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DISTORÇÕES COGNITIVAS

São basicamente maneiras distorcidas de processar uma informação, ou seja, são interpretações


enviesadas do que nos acontece, criando diversas consequências negativas.  Quando se sofre de depressão,
por exemplo, tem-se uma visão da realidade na qual as distorções cognitivas exercem um papel principal
(visão de túnel). Todos nós podemos utilizar algum tipo de distorção cognitiva. Saber detectá-las e analisá-
las ajuda-nos a desenvolver atitudes mais realistas e, acima de tudo, mais funcionais. Veja 17 delas:

Leitura Mental – Você presume saber o que as pessoas pensam sem ter evidências suficientes de seus
pensamentos. “Ele acha que sou um fracassado”.
Previsão do Futuro – Você prevê o futuro negativamente – as coisas vão piorar, ou há perigo à frente.
“Vou ser reprovado no exame” ou “Não vou conseguir o emprego”.
Catastrofização – Você acredita que o que aconteceu ou vai acontecer será tão terrível e insuportável que
não conseguirá tolerar. “Seria terrível se eu fracassasse”.
Rotulação – Você atribui características gerais negativas a si mesmo ou aos outros. “Sou indesejável” ou
“Ele não presta”.
Desqualificação dos aspectos positivos – Você afirma que as coisas positivas que você ou os outros fazem
são triviais. “Aqueles sucessos foram fáceis, então, não contam”.
Filtro Negativo – Você se concentra quase exclusivamente nos pontos negativos e quase nunca percebe os
positivos. “Veja todas as pessoas que não gostam de mim.”
Supergeneralização – Você percebe um padrão global negativo com base em um único incidente. “Isto
geralmente acontece comigo. Parece que eu fracasso em muitas coisas”.
Pensamento Dicotômico - Você vê os eventos ou as pessoas em termos de tudo-ou-nada. “Sou rejeitado
por todos” ou “Foi uma total perda de tempo”.
Personalização – Você atribui uma quantidade desproporcional de culpa a si mesmo pelos eventos negativo
e não vê que certos eventos são também causados pelos outros. “O casamento acabou porque eu fracassei”.
Pensamentos do tipo “deveria” – Você interpreta os eventos em termos de como as coisas deveriam ser,
em lugar de simplesmente focar em como são. “Eu deveria me sair bem. Caso contrário, sou um fracasso”.
Culpabilização – Você focaliza a outra pessoa como a fonte de seus sentimentos negativos e se recusa a
assumir a responsabilidade por mudar a si mesmo. “Ela é culpada pela forma como me sinto agora” ou
“Meus pais causaram todos os meus problemas”.
Comparações Injustas – Você interpreta os eventos em termos de padrões irrealistas – por exemplo, você
foca primeiramente aquelas pessoas que são melhores que você e se considera comparativamente inferior.
“Ela é mais bem-sucedida que eu” ou “Os outros se saíram melhor que eu no teste”.
Orientação para o arrependimento – Você foca a ideia de que poderia ter feito melhor no passado, em vez
de focar o que pode fazer melhor agora. “Eu poderia ter conseguido um emprego melhor se tivesse tentado”
ou “Não deveria ter dito isso”.
E se? – Você fica fazendo uma série de perguntas sobre “e se” algo acontecer e não se satisfazer com
nenhuma das respostas. “Sim, mas e se eu ficar ansioso?” ou “E se não conseguir recuperar o fôlego?”

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Raciocínio Emocional – Você deixa os sentimentos guiarem sua interpretação da realidade. “Sinto-me
deprimido, portanto, meu casamento não está dando certo.”
Inabilidade para refutar – Você rejeita as evidências ou os argumentos que possam contradizer seus
pensamentos negativos. Por exemplo, quando tem o pensamento “Não sou digno de amor”, você rejeita
como irrelevante as evidências de que as pessoas gostam de você. Consequentemente, seu pensamento não
pode ser refutado. “Essa não é a questão. Há problemas mais graves. Há outros fatores.”
Foco no Julgamento – Você vê a si mesmo, os outros e os eventos em termos de avaliações como bom-mau
ou superior-inferior, em lugar de simplesmente descrever, aceitar ou entender. Você continuamente mede a
si mesmo e aos outros de acordo com padrões arbitrários, considerando a si mesmo e aos outros
inadequados. Você focaliza os julgamentos dos outros e também os seus próprios julgamentos de si mesmo.
“Não me saí bem na faculdade”, “Se for jogar tênis, não vou me sair bem” ou “Veja como ela é bem-
sucedida e eu não sou”.

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