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Rotulação das Distorções Cognitivas

o Inferência Arbitrária: tendência de chegar a conclusões na ausência de provas suficientes


para isso ou por meio de um raciocínio falho: “eu sei que aquele funcionário não trabalha
direito”.

o Abstração Seletiva: tendência a focalizar apenas um detalhe do contexto ignorando outros


aspectos que também podem ser importantes. Em graus extremos desse tipo de distorção,
a totalidade da realidade é avaliada apenas com base em um fragmento dela. “como eu
tirei uma nota baixa na minha avaliação [que também continha várias notas altas], significa
que eu estou fazendo um trabalho malfeito.”

o Hipergeneralização: um determinado evento é visto como negativo e, a partir dele, os


demais eventos são avaliados e generalizados como negativos também. “[como eu me senti
desconfortável na reunião], eu não tenho condições necessárias para fazer amigos.”

o Desqualificação ou Desconsideração do Positivo: você diz a si mesmo, irracionalmente,


que as experiências positivas, realizações ou qualidades não contam. “eu realizei bem
aquele projeto, mas isso não significa que eu sou competente, só tive sorte.”

o Visão em túnel: você enxerga apenas os aspectos negativos de uma situação. “o professor
do meu filho não faz nada direito. Ele é crítico, insensível e ensina mal.”

o Maximização/Minimização: os fatos ou experiências positivas são minimizados a ponto de


serem desqualificados; da mesma forma, é maximizada a conotação negativa de alguns
fatos da vida diária. “receber uma avaliação medíocre prova o quanto eu sou inadequado.
Tirar notas altas não significa que eu seja inteligente.”

o Personalização: o indivíduo sustenta a crença de que ele é causador de fatos ruins. “o


encanador foi rude comigo porque eu fiz alguma coisa errada.”

o Pensamento dicotômico ou absolutista: tendência a interpretar fatos e experiências de


maneira dicotômica em apenas duas categorias opostas (o pensamento “tudo ou nada”).
“se eu não for um sucesso total, eu sou um fracasso.”

o Catastrofização: tendência a exagerar a conotação negativa de fatos e de experiências,


além de prever negativamente o futuro sem levar em consideração resultados mais
prováveis. “eu vou ficar muito perturbado, não vou conseguir trabalhar.”

o Raciocínio Emocional: tendência a tomar as próprias emoções como única forma de


validar uma realidade ou experiência. “no trabalho, eu sei fazer em muitas coisas, mas eu
ainda me sinto um fracasso.”

o Rotulação: tendência de avaliar erros como traços estáveis do comportamento ou como


rótulos estáveis que são atribuídos aos comportamentos. “eu sou um perdedor/ele não é
bom.”

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o Afirmações com “deveria” e “tenho que”: tendência de avaliar o comportamento na base
de auto regras altamente moralistas em termos de “deveria ou não deveria”, “certo ou
errado”. “eu sempre deveria dar o melhor de mim.”

o Leitura Mental: tendência de antecipar negativamente, e sem provas para isto, o que as
outras pessoas pensam sobre você. “ele acha que eu não sei nada sobre este projeto.”

o Vitimização: nos vemos como uma vítima impotente do destino e, em alguns casos,
atribuímos a culpa de nosso insucesso ao outro. Por exemplo: “fui mal na prova porque
meu vizinho fez tanto barulho na semana passada que não pude estudar um único dia”,
“não consigo fazer dieta porque vejo as pessoas de minha casa comendo a vontade”.

o Pensamento improdutivo: pensar sobre alguns assuntos específicos dos quais não se
poderá jamais obter uma resposta, ou ficar “remoendo” problemas passados que não tem
conexão com o presente, pode ser contraproducente, ou seja, além de não se obter uma
resposta e não chegar a lugar nenhum com este tipo de pensamento, ele somente gera
mais sofrimento. Por exemplo: “fico analisando os fatos e me perguntando todos os dias
quando foi que minha ex mulher começou a parar de gostar de mim”.

o Falácia da justiça: Ficamos ressentidos porque achamos que sabemos o que é a justiça
ou o que é justo, mas as outras pessoas normalmente não concordam conosco, assim,
nesta distorção, tudo aquilo que não coincide com nossa visão é “injusto”. “Não é justo que
o professor me dê esta nota! Mereço muito mais”.

o Estar sempre certo: Neste caso estamos constantemente tentando provar que as nossas
opiniões e ações são corretas. Estar errado é impensável e faremos o que for
necessário para demonstrar que estamos certos. Por exemplo: “eu não me importo o quão
mal você vai se sentir com este diálogo, eu vou ganhar argumento não importando o que
custe, porque eu estou certo.” Estar certo (para a pessoa que usa esta distorção cognitiva),
muitas vezes é mais importante que os sentimentos dos outros ou ouvir um outro ponto de
vista (que pode ser até mais plausível que o próprio).

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