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PROCESSO DE ENFERMAGEM

Módulo 7: Fundamentos de Enfermagem

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


COMPETÊNCIAS
O ESTUDANTE DEVE SER CAPAZ DE :
 Indicar o objectivo e importância de uma anamnese de
enfermagem.
 Explicar o objectivo de uma entrevista e exame físico no
utente.
 Realizar levantamento e identificar as necessidades do
utente com base na observação, anamnese físico.
 Planificar, implementar, Monitorizar e Avaliar o Plano de
Cuidado de Enfermagem visando a responder as
necessidades do utente.
 Orientar os utentes e familiares sobre a sua condição de
saúde, de acordo com as necessidades identificadas.
(reavaliacao
2 dos Curso
verbos objectivos/competencias)
de Enfermagem Geral e ESMI
Processo de Enfermagem (PE)
Conceito e Importância do Processo de
Enfermagem.

 Processo de Enfermagem (PE) É um conjunto de


acções organizadas em etapas para solucionar os
problemas de saúde do utente. (fonte)

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Hierarquia das Necessidades Humanas Básicas

 NHB são os elementos necessários à sobrevivência


humana e à saúde (alimento, água, segurança e amor).
(fonte)

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Hierarquia das Necessidades Humanas Básicas

 As necessidades fisiológicas constituem a


sobrevivência do indivíduo e a preservação da
espécie: alimentação, sono, repouso, abrigo, etc.
 As necessidades de segurança constituem a busca
de protecção contra a ameaça ou privação, a fuga e
o perigo.
 As necessidades sociais incluem a necessidade de
associação, de participação, de aceitação por parte
dos companheiros, de troca de amizade, de afeto e
amor.

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Hierarquia das Necessidades Humanas Básicas

 A necessidade de Auto-estima envolvem a auto


apreciação, a autoconfiança, a necessidade de
aprovação social e de respeito, de status, prestígio e
consideração, além de desejo de força e de
adequação, de confiança perante o mundo,
independência e autonomia.
 As necessidades de auto realização são as mais
elevadas, de cada pessoa realizar o seu próprio
potencial e de auto desenvolver-se continuamente

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Importância das Necessidades Humanas
Básicas para o Processo de Enfermagem

 Ajudam o/a enfermeiro/a a priorizar continuamente


as necessidades de cuidado ao utente (paciente);
 É maneira útil para a planificação do cuidado
individualizado;
 Permitem compreender as inter-relações entre as
necessidades humanas básicas na prescrição dos
cuidados;
 Fornecem uma base para os utentes de enfermagem
em todas as idades em todos ambientes de saúde.
 (introduzir a fonte)
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Processo de Enfermagem
Características do Processo de Enfermagem
 É um instrumento legal para actuação de
enfermagem:
– A enfermagem é uma profissão que tem um papel
legal que actua independentemente na solução de
problemas reais e potenciais de saúde do utente,
através do diagnóstico e tratamento.
 Baseia-se no conhecimento:
– A capacidade de solução de problemas dos utentes
requer a aplicação de uma base sólida de
conhecimento de enfermagem.

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Processo de Enfermagem
Características do Processo de Enfermagem
 É planificado:
– As etapas do processo de enfermagem são
organizadas e sistemáticas (sistematizadas), uma
etapa conduz à outra.
 É centrado no utente:
– Espera se que o utente sempre que possível seja
participante activo de seu cuidado.
 É voltado para as metas:
– O processo de enfermagem facilita os esforços da
equipa e do utente para a obtenção de resultados
desejados.
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Processo de Enfermagem
 Define as prioridades:
– Tem uma estratégia virada para os problemas que
apresentam maior ameaça à saúde do utente.
 É dinâmico:
– O processo de enfermagem é flexível dependendo do
estado do utente. Permite uma avaliação contínua dos
resultados de cuidados prestados ao utente e
introduzir mudanças quando necessário.

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Processo de Enfermagem
ETAPAS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM:
1. Levantamento de dados;
2. Diagnóstico de Enfermagem;
3. Planificação dos cuidados de Enfermagem;
4. Implementação do plano de cuidados
5. Avaliação
(fonte)

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PE – Levantamento dos dados
Tem por objectivo a obtenção de informação sobre:
Saúde física;
Estado sócio-cultural
Estado psicológico;
Saúde Espiritual.
Que permitem a elaboração do diagnóstico de
enfermagem

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PE – Levantamento dos dados

 Tipos de dados
Os dados podem ser objectivos ou subjectivos:
a) Os dados objectivos - são as informações
observáveis e mensuráveis. Geralmente são
chamados de sinais da doença. Exemplo: a
alteracao da pressão sanguínea do utente.
b) Os dados subjectivos - consistem em informações
sobre aquilo que o utente sente e pode se
descrever. Também, são chamados por sintoma
da doença. Exemplo: a dor que o utente refere.

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PE – Levantamento dos dados
Fontes de dados
As fontes de dados podem ser principal e secundárias.
– A principal fonte de informação é o utente.
– As fontes secundárias são:
a) A família do utente;
b) Os relatórios;
c) Os resultados dos exames;
d) As informações em registos de enfermagem e
médicos actual e do passado;
e) As discussões com outros profissionais de saúde.
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PE – Levantamento dos dados
1. Anamnese
Na anamnese o enfermeiro recolhe informações sobre
utente, tais como:
– Dados de Identificação
– Idade, Sexo;
– Estado civil,
– Aspecto geral do utente,
– Identificação de outras fontes que possam
oferecer informações relevantes a história do
utente.

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PE – Levantamento dos dados

 Queixa principal
– A queixa principal é a razão da procura da Unidade
Sanitária/motivo da consulta.
 História da doença actual
– Consiste em fazer a descrição cronológica do surgimento
da doença, da frequência e da duração dos sinais e dos
sintomas actuais, resultados de tentativas anteriores de
auto tratamento e tratamento médico.
 História Pessoal
– Profissão do utente, grau de instrução, religião, endereço
da residência actual, naturalidade e filiação.

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PE – Levantamento dos dados
• História Anterior de Saúde
Na história anterior de saúde do utente o enfermeiro
faz o resumo das doenças desde a infância:
 Vacinações
 Lesões físicas;
 Hospitalizações médicas ou psiquiátricas anteriores;
 Procedimentos cirúrgicos;
 História de alergias de medicamentos, alimentos;
 Uso de álcool ou cigarro;
 História de uso de medicamentos ou drogas.

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PE – Levantamento dos dados
 História Familiar
Problemas de saúde entre membros de família
vivos ou falecidos, causa de morte entre parentes
consanguíneos falecidos, especialmente os pais e
os avôs

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PE – Levantamento dos dados
2. Exame Físico
 Conceito
O exame físico é um método para a colheita de dados
de saúde do utente, que consiste na avaliação
sistemática das estruturas do corpo, ou seja
investigação de determinadas partes do corpo na
busca de características normais ou anormais.

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PE – Levantamento dos dados
Integração do Exame Físico com o Cuidado de
Enfermagem
 O exame físico completo ou parcial, deve ser
integrado nos cuidados de enfermagem de rotina.
Exemplo: o enfermeiro pode avaliar o estado da
pele e de outras partes do corpo durante o banho
no leito.
 As habilidades de realizar o exame físico permitem
que o enfermeiro recolha dados mais relevantes e
aprofundadas.

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Processo de Enfermagem
Exemplo de Realização de Diagnósticos de Enfermagem
Individualizados
Método Achados Padrões Diagnóstico
de de
Avaliação Enfermagem
Inspecção -A Pele ao longo da área do sacro está intacta. Há uma
da pele - Há uma área de 3 cm com hematoma em volta área Risco à
do cóccix. pressionada integridade
- A pele fica pálida quando é palpada. em volta do da pele
- Não há lesões observadas na pele. cóccix. prejudicada.
Palpação -A pele está húmida devido a diaforese. A humidade
da pele - Há sensibilidade quando se palpa em volta do na pele
sacro. provoca a
- Há dilatação elástica da pele. descamação
Dados da -O utente sofreu fractura na perna esquerda. -
História - O utente está imobilizado devido à tracção na
perna esquerda.

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PE – Levantamento dos dados

 Objectivo do exame físico


 Colher dados de referência sobre a saúde do utente;
 Avaliar a condição física actual do utente;
 Detectar os sinais de problema actual de saúde;
 Para confirmar ou contestar dados obtidos na
anamnese;

22 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


PE – Levantamento dos dados
– Para identificar e confirmar os diagnósticos de
enfermagem;
– Fazer julgamento clínico sobre as alterações no
estado de saúde do utente;
– Avaliar os resultados do tratamento/
intervenções médicas e de enfermagem

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PE – Levantamento dos dados
 Técnicas de Exame Físico
Existem quatro técnicas básicas para exame físico:
 Inspecção;

 A palpação;

 A percussão;

 A auscultação.

24 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


PE – Levantamento dos dados
1. Inspecção
– consiste na observação do paciente para o
levantamento de dados físicos, utilizada com
um objectivo definido, ou seja para a
investigação de determinadas partes do corpo
na busca de características normais ou
anormais.

25 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


PE – Levantamento dos dados
• Durante o exame inicial o enfermeiro observa:
 A aparência física do utente;
 O seu nível de consciência;
 O tamanho do corpo;
 A postura;
 O modo de andar;
 Os movimentos;
 O uso de auxílio para andar;
 O tónus muscular;
 O estado de humor.

26 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Ao avaliar um utente, o enfermeiro deve
estar familiarizado com a natureza e a
origem dos odores

27 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


PE – Levantamento dos dados
Princípios a ter durante a inspecção:
 Ter a certeza de que há boa iluminação.
 Colocar o utente numa posição adequada
 Expor as partes do corpo de modo que toda a
superfície possa ser vista, respeitando o seu pudor;
 Respeitar a privacidade do utente
 Inspeccionar o tamanho, forma, cor, simetria, posição
e anormalidades em cada área;

28 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


PE – Levantamento dos dados
Princípios a ter durante a inspecção (2):
– Se possível, comparar cada área inspeccionada
com a mesma área do lado oposto do corpo.
– Usar iluminação adicional (lanterna) para
inspeccionar cavidades do corpo.
– Não inspeccionar com pressa. Prestar atenção
aos detalhes;
– Após a inspecção de uma parte do corpo, os
dados obtidos podem exigir mais exames. A
palpação é geralmente usada durante ou após a
inspecção visual.

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PE – Levantamento dos dados
2. Palpação
• Consiste no toque e pressão.
Existem dois tipos de palpação nomeadamente:
– Palpação leve (superficial)
– Palpação profunda
– Palpação mono e bimanual e a respectiva descrição

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PE – Levantamento dos dados
• A palpação leve
– Consiste no uso das extremidades dos dedos, do dorso
ou a palma da mão
– É utilizada quando se pretende sentir a superfície da
pele, as estruturas logo abaixo da mesma, a pulsação
das artérias periféricas e as vibrações do peito.
• A palpação profunda
– É feita pressionando-se o tecido aproximadamente uma
polegada, com o dedo indicador de uma ou ambas as
mãos.

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PE – Levantamento dos dados
• A palpação fornece informações sobre:
Massas anormais;
A simetria e assimetria de estruturas bilaterais,
exemplo lobo da glândula tiróide;
O tamanho, a forma, a consistência e a
mobilidade de tecidos normais (retirar);
A temperatura e a humidade da pele;
A presença ou ausencia de sensibilidade;
As vibrações anormais.

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PE – Levantamento dos dados

3. Percussão
 Consiste em bater levemente em forma de golpe,
com a ponta dos dedos em determinadas partes do
corpo, para produzir sons com vibrações.
 Finalidade da Percussão
 Avaliar o tamanho, os bordos e a consistência dos
órgãos do corpo
 Descobrir líquidos nas cavidades.
 Determinar a localização, o tamanho e a densidade
de estruturas subjacentes.

33 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


PE – Levantamento dos dados
Tipos de sons produzidos na percussão:
– Timpânico
– Ressonante
– Hiper-ressonante
– Maciço
– Submaciço.
• Alguns tecidos adjacentes são responsáveis pela
produção de cada som característico.
• A avaliação desse som, depende do seu volume,
duração e qualidade.
34 Curso de Enfermagem Geral e ESMI
PE – Levantamento dos dados
 Sons produzidos pela percussão
Localização
Som Intensidade Tom Duração Qualidade
Comum
Espaço
fechado
Semelhante contendo ar
Timpânico Alto Alto Moderado
a tambor gástrico
Bochecha
dilatada
Moderado a Pulmão
Ressonante Baixo Longo Oco
alto normal
Mais longo
Hiper- Muito Pulmão
Muito alto que Estrondoso
ressonante baixo enfisematoso
ressonante
Leve a Semelhante
Maciço Alto Moderado Fígado
moderado a um golpe
Submaciço Leve Alto Curto Nivelado Músculo
35 Curso de Enfermagem Geral e ESMI
PE – Levantamento dos dados
4. Auscultação
 Consiste em escutar(auscultar) sons da caixa
torácica, geralmente (tirar) (coração, pulmões) e
do abdómen (estômago e intestinos).

Para a obtenção de dados fiáveis a partir da auscultação,


deve ser assegurado que não haja ruídos no ambiente
onde está sendo realizado o exame

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PE – Levantamento dos dados
O exame físico, inclui também:
• Revisão por segmentos corporais:
– Cabeça e pescoço;
– Tórax;
– Abdómen;
– Extremidades (Membros superiores e membros inferiores);
– Genitais
– Ânus e recto.
• Avaliação dos sinais vitais: Temperatura, pulso,
respiração e tensão arterial;
• Medição do peso e altura.

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PE – Diagnóstico de Enfermagem
É a segunda etapa no processo de enfermagem que
consiste na identificação de problemas e esta resulta da
análise e da interpretação dos dados recolhidos.
Conceito:
– É um problema de saúde que pode ser evitado, reduzido
ou solucionado através de medidas independentes de
enfermagem;
– Os problemas de saúde do utente podem ser reais e
potenciais (risco).
– Reflecte o grau de saúde ou resposta do paciente a uma
doença ou processo patológico, um estado emocional,
um fenómeno sociocultural ou estágio de
desenvolvimento de um indivíduo ou uma comunidade.
38 Curso de Enfermagem Geral e ESMI
PE – Diagnóstico de Enfermagem
 De que difere do diagnóstico clínico?
 O diagnóstico clínico identifica uma doença específica
ou condição patológica dos órgãos e sistemas
corporais;
 Fornece informação sobre os sinais e sintomas da
doença;
 É um meio para comunicar as exigências de
tratamento.

39 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


PE – Diagnóstico de Enfermagem
 Os diagnósticos clínico e de enfermagem, são
desenvolvidos usando a análise de banco de dados.
 O objectivo do diagnóstico de enfermagem é orientar
um plano de cuidados de enfermagem individualizado
para ajudar os pacientes e família a se adaptarem à
doença e resolver problemas de cuidados de saúde.
 O diagnóstico clínico tem como objectivo a
identificação e elaboração de plano de tratamento
paliativo ou curativo para curar (tirar) a doença ou o
processo patológico.

40 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


PE – Diagnóstico de Enfermagem
ESTUDO DE CASO
Senhor J.M., estudante de 20 anos de idade, foi admitido
na Unidade Sanitaria por dor abdominal, no quadrante
inferior direito.
Na avaliação médica, foi diagnosticado apendicite aguda
tendo sido submetido a uma apendicetomia de urgência.
Após a cirurgia o enfermeiro elaborou vários diagnósticos
de enfermagem, um dos quais foi mobilidade física
prejudicada relacionada com a dor.
O enfermeiro prestou cuidados para o alívio da dor com
objectivo de promover a mobilidade física do paciente.

41 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


PE – Diagnóstico de Enfermagem
 Vantagens:
 Facilita a comunicação entre os enfermeiros sobre o grau
de bem-estar do paciente
 Ajuda a delinear a continuidade dos cuidados;
 Auxilia a definição de prioridades das necessidades do
paciente;
 Usado para registar notas de evolução, encaminhamento
e transferência efectiva da assistência (entre as
especialidades e de uma unidade sanitária para outra).
 Serve como foco para melhoria de qualidade da
assistência de enfermagem através da monitorização,
avaliação do processo e dos resultados.

42 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


PE – Diagnóstico de Enfermagem
 Limitações de diagnosticos de Enfermagem
 A Linguagem ou termos não padronizados para todos
grupos de profissionais.
 A linguagem imprecisa do diagnóstico pode “rotular”
incorrectamente o paciente.

43 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


PE – Diagnóstico de Enfermagem
 Para reduzir as limitações, a NANDA (North
American Nursing Diagnosis Association)
desenvolveu a taxonomia dos diagnósticos de
enfermagem;
 A toxonomia oferece uma estrutura para a
formulação dos diagnósticos de enfermagem de
forma padronizada.

44 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Erros de diagnóstico de enfermagem podem ocorrer
por falhas na colheita de dados, interpretação e
análise dos dados, agrupamento de dados, ou na
identificação do diagnóstico.

45 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


PE – Planificação dos cuidados

3. Planificação
 É a terceira etapa do processo de enfermagem
em que o enfermeiro:
 Define as prioridades do problema identificado;
 Traça metas e prevê resultados mensuráveis;
 Selecciona intervenções adequadas;
 Documenta o plano de cuidados de enfermagem.

46 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


PE – Planificação dos Cuidados
 Definição de Prioridades
 Envolve a classificação dos problemas desde os mais
importantes aos menos significativos;
 Os enfermeiros baseiam-se nos problemas que
interferem nas necessidades fisiológicas, pois estas
têm prioridade sobre os que afectam outros níveis de
necessidades.

47 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


PE – Planificação dos Cuidados
Estabelecimento de Metas
 Meta é um resultado esperado. Ajuda a equipa de
enfermagem a saber quando o cuidado é adequado
para solucionar o problema do utente.
 Os enfermeiros podem identificar metas a curto e longo
prazo.
 A Curto prazo – esperadas entre 24 horas à uma
semana.
 A Longo Prazo – esperadas entre semanas ou meses.
São metas estabelecidas para utentes com problemas
crónicos de saúde que requerem cuidados prolongados
no internamento ou no ambulatório.
48 Curso de Enfermagem Geral e ESMI
PE – Planificação dos Cuidados
Documentação do Plano de Cuidados
 Consiste na prescrição de enfermagem das
orientações para os cuidados a serem prestados a um
utente.
 A prescrição de enfermagem identifica:
 O quê?
 Quando?
 Onde?
 Como, necessários para a realização de medidas para
satisfação das necessidades do utente.

49 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Processo de Enfermagem
 Comunicação do Plano de Cuidados
O plano de cuidados deve ser partilhado com todos os
membros da equipe de enfermagem, o utente e seus
familiares.

50 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


PE – Implementação do Plano de Cuidados
4. Implementação do Plano de Cuidados
– É a fase de execução do plano de cuidados, o que inclui as
prescrições médicas e de enfermagem que se
complementam mutuamente.
– O plano de cuidados é parte permanente de registo de
enfermagem do utente.
– Envolve o utente e um ou mais membros da equipa de
cuidados, com papeis distintos.
– Este deve ser colocado onde toda a equipa de enfermagem
tenha fácil acesso para permitir que qualquer enfermeiro
encarregado de cuidar do utente possa consultar
diariamente e seja revisto de acordo com as mudanças da
condição do utente.

51 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


PE – Implementação do Plano de Cuidados

Documentação
 Consiste no registo dos procedimentos
realizados pelo enfermeiro.
 Identifica os cuidados prestados ao utente e
descreve a qualidade e quantidade das
reacções do utente.

52 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


PE - Avaliação
5. Avaliação
 É a última etapa do PE que determina se a meta pré
estabelecida foi ou não alcançada;
 Na avaliação, a reacção do utente ajuda a determinar a
eficácia do plano de cuidados;
 Durante a avaliação da evolução do utente, as
prescrições de enfermagem podem ser interrompidas
caso a meta tenha sido atingida e o problema não existir
mais.
 O plano de cuidados pode ser revisto, caso tenha havido
progresso, mas a meta ainda tenha sido alcançada, ou
caso não tenha ocorrido progresso na busca de um
resultado esperado.
53 Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Exame Físico

Aula Prática – Laboratório Humanístico

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Processo de Enfermagem
Ambiente para um Exame Físico
• O utente pode ser examinado numa sala especial
ou no quarto. Porém o local deve ter:
– Uma porta, cortina ou biombo para garantir
privacidade;
– Fácil acesso a uma casa de banho;
– Calor ambiental adequado ao conforto do utente;

55 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Processo de Enfermagem
 Uma mesa ou cama forrada e ajustável;
 Espaço suficiente para a movimentação de cada lado
do utente;
 Iluminação apropriada;
 Lavatório com água canalizada ou bacia e balde com
torneira para lavagem das mãos;

56 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Processo de Enfermagem
Material e Equipamento Necessário para um Exame Físico:

 Mesa ou carrinho limpos  Balança;


para colocar o material;  Esfigmomanómetro;
 Um balde ou outro Estetoscópio bi-auricular;
recipiente para itens  Termómetro clinico;
sujos;  Instrumento para exame
 Luvas de procedimentos; da garganta ;
 Bata ou pijama para o  Abaixador de língua
utente; (espatula);
 Diário de Enfermagem e
 Lençol para cobrir o
caneta.
utente;
 Relogio
57 Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Processo de Enfermagem
Realização de um Exame Físico

Procedimento Justificativa do
Procedimento

Levantamento de dados: Garantir que avaliação seja


feita a pessoa certa.
1. Identificar o utente.
2. Determinar a idade, sexo, e Determinar e planificar das
técnicas de exame.
a raça do utente.

58 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Processo de Enfermagem
3. Observar o estado de alerta Auxiliar na determinação
do utente e sua capacidade do local adequado para o
para movimentar se exame e da necessidade
ou não de auxílio.

4.Pedir a opinião do utente Ajudar a focalizar a


sobre seu estado de saúde e atenção durante o exame
sobre quaisquer sinais ou de determinadas estruturas
sintomas actualmente e suas funções.
presentes.

59 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Processo de Enfermagem

5.Dê ao utente um frasco para Aproveitar a oportunidade


colheita de urina caso haja quando a bexiga estiver
necessidade de análise de cheia.
urina.
6.Faça com que o utente Facilitar o exame e reduzir
esvazie a bexiga o desconforto.
7.Assegure a privacidade e dê Preparar o utente para o
um avental ou lençol ao exame indicado e respeitar
utente. o pudor.

60 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Processo de Enfermagem

8. Reúna todo o material e Promover a organização e


itens necessários para o o uso eficiente do controlo
exame. do tempo.

9. Decida o método a usar Estabelecer o plano de


para o exame físico: exame e garantir que a
cefalopedálico ou o método colheita de dados seja
de sistemas do organismo. abrangente.

61 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Processo de Enfermagem

Implementação
1.Explique o plano geral Informar ao utente, o que
sobre o procedimento de pode reduzir a ansiedade.
exames

2. Explique que todas as Encorajar o utente a ser


informações serão mantidas honesto e aberto na
em sigilo entre os envolvidos identificação dos problemas
em seu cuidado. de saúde.

62 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Processo de Enfermagem
3. Lave as mãos Oferecer segurança ao
completamente e de utente de que o enfermeiro
preferência na presença do está consciente quanto ao
utente. controle da disseminação de
microrganismos.
4.Aqueça as mãos antes de Demonstrar preocupação
tocar no utente. com o conforto do utente
5.Obtenha a altura, o peso e Contribuir para a colheita de
os sinais vitais dados gerais sobre o utente

63 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Processo de Enfermagem

6.Auxilie o utente a sentar Facilitar o exame da parte


se na beira da sua cama ou superior do corpo sem que o
na cama de exames. paciente mude de posição.

7.Mudar a posição do utente Demonstrar a adaptabilidade.


se o exame estiver sendo
feito em outros locais que
não seja a sala de exames.

64 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Processo de Enfermagem
8. Explique cada técnica de Reduzir a ansiedade.
exame antes da execução. Rever o num 1
9. Tente evitar cansar o Demonstrar preocupação
utente e peça desculpas com o conforto do utente.
caso ele sinta algum
desconforto.

10. Ajude o utente a sentar – Colocar o paciente na


se após o exame. melhor posição para
comunicar – se.

65 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Processo de Enfermagem

11. Lave suas mãos mais uma Mostrar responsabilidade pelo


vez. controle da disseminação de
microrganismos.

12.Revise os dados Demonstrar atendimento ao


pertinentes, normais e direito à informação que tem o
anormais, sem fazer utente.
interpretações médicas.
13. Dê ao utente oportunidade Incentivar a participação activa
de fazer perguntas. na aprendizagem e na tomada
de decisão.

66 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Processo de Enfermagem
14.Saia do quarto enquanto Garantir a privacidade.
o utente se veste ou ofereça
um roupão.
15.Auxilie o utente a sair da Demonstrar amabilidade
sala de exames. preocupação com a
segurança do utente.
16.Coloque o material sujo Mostrar consideração pela
no lixo adequado, limpe e pessoa que irá utilizar a sala
organize o local de exame e de exames a seguir.
reponha o que foi utilizado.

67 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Processo de Enfermagem
Avaliação
1.Se todos os procedimentos foram realizados
2. A colheita de dados foi abrangente
3.O utente continua seguro, aquecido e confortável
4.As perguntas e preocupações foram atendidas
Registo
1.Data e Hora
2.Todos os dados colhidos, normais e anormais
3.Qualquer incidente durante o procedimento e as acções
de enfermagem implementadas

68 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Processo de Enfermagem
4. A quem os incidentes foram verbalmente comunicados
e os resultados dessa comunicação.

Exemplo de um Registo
25/05/2011, pelas 1º horas: Senhor PS, 67 anos
transportado do leito para sala de exames em cadeira de
rodas, para exame físico. Capaz de cooperar sem
sofrimento. Registar os achados do exame físico.

69 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Processo de Enfermagem
Utilização do Processo de Enfermagem
Procedimento Justificativa/porquê do
procedimento
1. Recolhe as informações Oferecer a base para
sobre utente. identificação dos
problemas.
2. Organize os dados Simplificar o processo de
análise.
3. Analise os dados, Identificar indícios ou
buscando o que é problemas existentes no
normal e o anormal. utente.

70 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Processo de Enfermagem
4. Identifique diagnósticos Orientar o enfermeiro na
de enfermagem reais, selecção dos métodos
potenciais e possíveis, para a manutenção ou
além de problemas recuperação da saúde do
colaborativos. utente.
5. Priorize a lista de Ter como alvo aqueles
problemas. utentes que requerem
mais atenção.

71 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Processo de Enfermagem

6. Estabeleça metas com Prever os resultados


critérios específicos para esperados a partir dos
avaliar se os problemas cuidados de enfermagem.
foram evitados, reduzidos
ou solucionados.
7. Seleccione uma Utilizar o conhecimento
quantidade de científico para determinar
intervenções apropriadas aquelas medidas mais
de enfermagem. eficientes e eficazes para a
obtenção das metas de
cuidado.

72 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Processo de Enfermagem
8. Dê orientações específicas Promover consistência e
para os cuidados de continuidade entre os
enfermagem. provedores de cuidados.
9. Documente o plano de Oferecer uma referência
cuidados, utilizando qualquer para ser seguida pela
formato escrito aceitável. equipa de enfermagem.
10. Discuta o plano de cuidados Garantir que todos estejam
com os membros da equipa informados e envolvidos
de enfermagem, o utente e a sobre a meta e voltados
família. para ela.

73 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Processo de Enfermagem
11. Coloque o plano em Promover a obtenção da
acção. meta.
12. Observe as reacções do Formar a base para a
utente. determinação da eficácia do
plano de cuidados.
13. Registe todas as Demonstrar que o cuidado
actividades de planificado foi implementado e
enfermagem e as oferecer informações sobre a
respostas do utente. evolução do utente.
14. Compare as respostas Indicar o progresso na
do utente com os direcção das metas
critérios da meta. alcançadas.

74 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Processo de Enfermagem

15. Discuta o progresso, ou Promover discussões


sua ausência, com o para melhores alternativas
utente, sua família e outros ao revisar o plano de
membros da equipa. cuidados.
16.Mude o plano nas áreas Garantir que o plano de
que não estiverem cuidados esteja
adequadas actualizado.

75 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Técnica de Palpação - LH
 Procedimento
Primeiro, o enfermeiro avalia a razão para usar a
palpação, assim como a parte do corpo a ser
palpada e deve ser capaz de interpretar o
significado do que sentiu.
O enfermeiro usa partes diferentes da mão
quando toca a pele do utente para detectar
características tais como a textura e temperatura.

76 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Processo de Enfermagem

Durante a palpação, o utente deve estar


relaxado e numa posição confortável porque a
tensão muscular dificulta a realização do
procedimento. O relaxamento muscular aumenta
quando o utente respira lento e profundamente.
Solicitar para que o utente coloque os braços ao
longo do corpo para diminuir a rigidez do
abdómen.

77 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Processo de Enfermagem

 O enfermeiro deve solicitar ao utente para indicar


as áreas mais sensíveis e deve observar qualquer
sinal não verbal de desconforto. As áreas
sensíveis são as últimas a serem palpadas.
 As unhas do enfermeiro devem ser limpas, curtas
e sem pinturas.
 Usar uma linguagem agradável.
 A palpação pode ser superficial ou profunda,
controlada pela pressão que o enfermeiro faz com
os dedos ou a mão.

78 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Processo de Enfermagem

Pressionar com força e de forma prolongada


causa a perda de sensibilidade na mão do
enfermeiro.
Após a palpação superficial, a palpação profunda
é usada para examinar a condição dos órgãos,
como os do abdómen.
A palpação profunda pode ser realizada com uma
ou ambas as mãos (palpação bimanual).

79 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Processo de Enfermagem

Na palpação bi-manual uma mão (não activa)


está relaxada e é colocada levemente sobre a
pele do utente. A outra mão (mão activa) aplica
pressão directa e, portanto, retém a
sensibilidade necessária para detectar as
características de um órgão.
As partes mais sensíveis da mão, a superfície
palmar e a polpa dos dedos, são usadas para
avaliar a posição, textura, tamanho,
consistência, presença de massas e a pulsação.

80 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Processo de Enfermagem

 A temperatura é aferida/avaliada usando o dorso


da mão e os dedos onde a pele é mais fina.
 Para avaliar a posição, a consistência e o turgor
de uma parte do corpo o enfermeiro segura a pele
levemente com as pontas dos dedos.

81 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


82 Curso de Enfermagem Geral e ESMI
ADMISSÃO DO UTENTE: CONCEITO,
IMPORTÂNCIA E PROCEDIMENTO
PROPRIAMENTE DITO.

Módulo 7: Bases científicas para prática


de Enfermagem II – Fundamentos de
Enfermagem
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Conceito
 Admissão é o momento em que o utente chega
para ocupar um leito hospitalar, por período igual
ou maior que 24 horas.
 Por exemplo:
 Momento em que a gestante
chega na maternidade
em trabalho de parto
para ter o bebê.

Quem poderia dar outros


exemplos de casos para
admissão?
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Importância da admissão

 A importância da admissão está em:


 Acolher o utente e seu(s) acompanhante(s) para
amenizar medos e dúvidas relacionadas à
hospitalização;
 Oferecer todas as informações relativas a organização
e funcionamento da unidade;
 Realizar os procedimentos necessários a identificação
do utente e sua estadia na unidade.
 Proporcionar um encontro humanizado, alegre, entre
equipe de saúde e utente para que este se sinta o
mais à vontade possível.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


O utente e o ambiente hospitalar

 Em geral, os utentes enfrentam dificuldades para se


adaptar ao ambiente hospitalar, pois terão que:
 Seguir normas e rotinas da unidade de saúde quase
sempre rígidas e inflexíveis;
 Horário para o banho;
 Horário das refeições;
 Horários dos medicamentos;
 Rotinas de exames laboratoriais, e outros.

Como tornar essas normas e rotinas menos rígidas?

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


O utente e o ambiente hospitalar
(continuação)
 Outras dificuldades enfrentadas pelos utentes são:
 Entrosar-se com os companheiros de quarto e com a
equipe de saúde (médica, de enfermagem, de
serviços gerais e outros);
 Submeter-se aos inúmeros procedimentos;
 Mudanças nos hábitos alimentares, de higiene;
 Privacidade para fazer as eliminações: essa falta de
privacidade é causa comum de obstipação intestinal;
 Mudanças nos horários de sono e repouso e local de
dormir.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


O enfermeiro deve estar preparado para
a admissão

 Do exposto, percebemos que os utentes, em geral,


apresentam apreensão e ansiedade no primeiro contacto
com o hospital, sendo necessário que a equipa de saúde
esteja preparada para a admissão.
 A primeira impressão recebida é fundamental ao utente e
seus familiares, inspirando-lhes confiança no hospital e na
equipe que o atenderá.
 Quando na admissão o utente é recebido com atenção,
interesse, alegria, sua aceitação aos procedimentos,
tratamento e colaboração com a equipe de saúde é
sempre melhor.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


O enfermeiro deve estar preparado para
a admissão
 Apesar de estar doente, o utente tem o direito de:
 Participar, opinar e decidir junto com os profissionais,
sobre os cuidados que irá receber;
 Ser informado sobre os procedimentos e tratamentos que
lhe serão dispensados (benefícios e riscos);
 Sua privacidade física e o segredo sobre as informações
confidenciais que digam respeito à sua vida e estado de
saúde.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


O enfermeiro deve estar preparado para
a admissão
 Cada utente é diferente do outro, tem sua
individualidade, seu jeito de ser e, assim, deve ser
tratado com respeito, sem preconceitos ou
julgamentos.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Como receber o utente na admissão

 Reconhecer que cada utente é um


indivíduo, com suas
particularidades (modo de falar,
vestir-se, hábitos de higiene,
crença).
 Tratá-lo com gentileza,
cordialidade e compreensão para
despertar a confiança e a Manter o nome do
segurança, tão necessárias. utente junto a cama
 Tratá-lo pelo nome que o mesmo ajuda a equipa de
gosta de ser chamado. saúde a tratá-lo pelo
nome.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Como receber o utente na admissão

 Auxiliá-lo a familiarizar-se com a unidade de internação,


equipa de saúde e utentes internados, acompanhando-o
em visita às dependências da unidade, orientando-o sobre
as normas e rotinas do serviço.
 Solicitar aos familiares objectos de uso pessoal, quando
necessário, bem como arrolar roupas e valores nos casos
em que o utente esteja desacompanhado e seu estado
indique a necessidade de tal procedimento.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Enfermeiros em atividade de admissão na
Enfermaria Modelo

Após visitar as áreas da enfermaria e serem apresentadas à


equipa de saúde e companheiras de quarto, as utentes
recebem orientação sobre as normas e rotinas do serviço.
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Benefícios de uma admissão adequada

 Uma boa admissão resulta em:


 Utente seguro e confiante na equipa;
 Utente que sabe se dirigir a locais e
pessoas da enfermaria para resolver
suas necessidades;
 Utente que conhece e colabora com
o funcionamento ótimo da unidade;

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Materiais necessários e procedimento
de admissão

Guião de Procedimentos Básicos


de Enfermagem
Página 3 e 4.
(Leitura em pequenos grupos).

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


96 Curso de Enfermagem Geral e ESMI
ADMISSÃO DO UTENTE:
REACÇÕES DOS UTENTES E
CUIDADOS COM SEUS
PERTENCES

Módulo 7: Bases científicas para prática


de Enfermagem II – Fundamentos de
Enfermagem
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Reacções dos utentes

Observem esta
figura!

O que vocês
imaginam que
se passa na
cabeça de um
utente na
admissão da
hospitalização?

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Reações dos utentes
 Preocupações comuns dos utentes na admissão:
 Como são meus companheiros de quarto?
 Onde fica a casa de banho?
 Como será a alimentação?
 E os enfermeiros, como será que irão me tratar?
 Qual o horário da visita?
 E quando sentir dor?
 Medo do diagnóstico, da cirurgia e de outros
procedimentos invasivos.
 Solidão, choro, saudade da família, dos filhos.
 E minhas faltas no trabalho?

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Reacções dos utentes
 Para muitos utentes a
hospitalização significa a
interrupção do curso normal
da vida e a convivência com
pessoas estranhas, em
ambiente não-familiar.
 Para outros pacientes
representa perda financeira,
isolamento social, perda de
privacidade e individualidade,
medo e abandono.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Como lidar com as reacções dos
utentes

 O enfermeiro deve enfocar a aceitação do utente em


priorizar a sua saúde e que para tanto a internação é
necessária;
 É importante levar o utente a refletir sobre perdas
maiores na saúde em não aceitando a hospitalização,
porém sem parecer ameaças;

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Como lidar com as reacções dos
utentes
 A flexibilidade de certas rotinas, poderá proporcionar
melhor adaptação do utente e menos reacções à
hospitalização;
 Manter o utente informado sobre todas as rotinas da
unidade.
 Estas informações já poderão estar xerocadas e
prontas para serem entregues ao utente,
acompanhante e familiares.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Como lidar com reações dos utentes na
admissão
 Reacção relacionada ao tempo de permanência no
hospital: Explicar que dependerá de vários factores:
Tipo de doença e estado geral do utente;
Resposta orgânica ao tratamento realizado;
Complicações existentes.
 Actualmente, há uma tendência para se abreviar, ao
máximo, o tempo do internamento em vista de
factores como altos custos hospitalares, insuficiência
de leitos e riscos de infecção hospitalar.
 O período de internamento do utente finaliza-se com
a alta hospitalar, decorrente de melhora em seu
estado de saúde, ou por motivo de óbito.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Como cuidar dos pertences do utente
 Cada serviço/enfermaria deve ter uma rotina escrita sobre
os cuidados que se deve ter com os bens dos utentes no
internamento.
 Esta rotina deve estar afixada em um sítio visível por toda
equipa, e deve ser rigorosamente seguida.
 Cumprir com zelo essa rotina evita a perda dos bens dos
utentes e possíveis constrangimentos para os trabalhadores
de saúde e o hospital.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Como cuidar dos pertences do utente
 Faça uma lista dos
pertences do utente, confira
com o mesmo e peça-lhe
para assinar.
 Se o utente estiver
impossibilitado peça ao
acompanhante para
conferir e assinar;
 Se o utente tiver
acompanhante, entregue os
pertences que não serão
necessários enquanto ele
estiver internado, e peça-os
para assinarem;

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Como cuidar dos pertences do utente

 Se não tiver acompanhante,


coloque os pertences do utente
em envelope ou saco plástico
devidamente identificado e
guarde-o em armário específico
para este fim, com chave;
 Se a roupa do utente estiver
contaminada ou suja, coloque-a
em saco plástico, identifique e
entregue ao familiar, orientando
sobre como proceder com a
roupa;

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Como cuidar dos pertences do utente

 Não deite nenhum objecto ou peça de roupa


fora sem o consentimento do utente e/ou dos
seus familiares;
 Um objecto sem valor para a equipe de saúde
poderá ser de elevado valor e estima para o
utente;
 Evite conflito ético, respeitando todo e qualquer
tipo de pertence do utente.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Entrega final dos pertences do utente

 Entregue os pertences ao utente,


peça-o para conferir e assinar o
termo de entrega;

 Auxilie o utente a vestir-se e


arrumar os seus pertences, se
necessário;

 Verifique, antes do utente deixar a


enfermaria/serviço, que não tenha
esquecido nenhum objecto
pessoal;

 Despeça-se do utente e dos seus


familiares.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


109 Curso de Enfermagem Geral e ESMI
AVALIAÇÃO DE SINAIS VITAIS:
CONCEITOS E IMPORTÂNCIA;
TEMPERATURA

Módulo 7: Bases científicas para prática


de Enfermagem II – Fundamentos de
Enfermagem
Curso de Enfermagem de Saúde
Materno Infantil
Conceito de Sinais Vitais (SV)

 É um conjunto de
ações que tem o
objectivo de monitorar
a condição clínica do
utente através de
mensuração
sistematizada da
temperatura, pulso,
respiração e tensão
arterial.

Curso de Enfermagem de Saúde


111 Materno Infantil
Sinais Vitais: Importância
 A verificação dos sinais vitais é fundamental ao
monitoramento do utente, pois oferece parâmetros gerais
de como está as funções vitais do seu organismo;
 Devem ser verificados na admissão, diariamente de
acordo com a rotina do serviço, antes de cirurgias, ao
receber utentes cirúrgicos e em trabalho de parto,
durante todo trabalho de parto e puerpério e sempre que
o utente manifeste desconforto ou mal-estar;
 Suas alterações são sinais de enfermidade ou
agravamento do estado de saúde do utente.

Curso de Enfermagem de Saúde


112 Materno Infantil
Informações ao utente sobre SV
 O utente tem direito de saber seus valores de SV.
 Nunca lhe negue esse direito nem diga frases como:
 Sua tensão está ótima.
 A senhora não tem febre.
 As alterações devem ser comunicadas ao utente e/ou
familiar de modo adequado.
 Nos casos de alterações importantes nos SV a
enfermeira ou o médico devem ser imediatamente
comunicados.

Curso de Enfermagem de Saúde


113 Materno Infantil
Prevenção de infecções e uso de EPI
na verificação de SV
 O enfermeiro deve lavar as mãos com água e sabão ou
friccioná-las em álcool glicerinado entre um utente e
outro;
 O uso de máscara vai depender das precauções em que
o utente se encontra; A máscara clínica já deve ser de
uso contínuo do enfermeiro e a máscara N95 deve ser
usado durante contacto com utentes de doenças
transmissíveis por via área (varicela, sarampo e
tuberculose pulmonar);
 O uso de luvas de procedimentos está indicado para os
utentes com doenças de transmissão por contato.

Curso de Enfermagem de Saúde


114 Materno Infantil
Prevenção de infecções e uso de EPI
na verificação de SV
 Entre utentes fazer a desinfecção do termômetro no
sentido do corpo para o bulbo, obedecendo o princípio do
mais limpo para o mais sujo, mediante lavagem com
água e sabão ou desinfecção com álcool a 70% -
processo que diminui a possibilidade de infecção
cruzada.
 Contacto com o mercúrio pode causar problemas renais,
respiratórios e até danos irreversíveis no sistema
nervoso. Assim, quando o termômetro quebra, o mercúrio
deve ser acondicionado em recipiente plástico com água
(evita a evaporação), identificado e entregue em coleta
selectiva para produtos perigosos.
Curso de Enfermagem de Saúde
115 Materno Infantil
Prevenção de infecções e uso de EPI
na verificação de SV
 Entre utentes fazer a desinfecção do diafragma
do estetoscópio;
 Fazer a desinfecção das olivas do estetoscópio
antes e depois de verificar os SV de todos os
seus utentes;
 Reservar material de verificação de TA exclusivo
para utentes com doenças de transmissão por
contato;
 Após a alta do utente realizar desinfecção do
material, enviar manguito para lavandaria.
Curso de Enfermagem de Saúde
116 Materno Infantil
Temperatura corporal
 Vários processos físicos e químicos, sob o
controle do hipotálamo, promovem a produção
ou perda de calor, mantendo o organismo com
temperatura mais ou menos constante,
independente das variações do meio externo.
 A temperatura corporal está relacionada à
atividade metabólica, ou seja, a um processo de
liberação de energia através das reações
químicas ocorridas nas células.

Curso de Enfermagem de Saúde


117 Materno Infantil
Fatores que interferem na temperatura

 Fatores que aumentam a temperatura:


 Exercícios (pelo trabalho muscular); emoções (estresse e
ansiedade); e o uso de agasalhos, pois reduzem a
dissipação do calor.
 Fatores que diminuem a temperatura:
 Sono e repouso, emoções, desnutrição;
 Outros fatores promovem alterações transitórias da
temperatura corporal:
 Fator hormonal (durante o ciclo menstrual, gravidez e
climatério), banhos quentes ou frios e ingestão de
alimentos e bebidas quentes ou frias.

Curso de Enfermagem de Saúde


118 Materno Infantil
Fatores que interferem na temperatura
 A alteração patológica da temperatura mais freqüente
caracteriza-se por sua elevação e está presente na
maioria dos processos infecciosos e/ou inflamatórios.

Curso de Enfermagem de Saúde


119 Materno Infantil
Valores de normalidade da temperatura

 É difícil delimitar a temperatura normal porque, além das


variações individuais e ambientais, em um mesmo
indivíduo a temperatura não se distribui uniformemente
nas diversas partes do corpo. Assim, considera-se como
variações normais de temperatura:

Temperatura axilar: 35,8ºC - 37,0ºC;


Temperatura oral: 36,3ºC - 37,4ºC;
Temperatura retal: 37ºC - 38ºC.

 As regiões axilar, oral (sublingual) e retal são os


principais sítios de verificação da temperatura corporal.
Curso de Enfermagem de Saúde
120 Materno Infantil
Principais alterações da temperatura

 Hipotermia: temperatura abaixo do valor normal;


 Hipertermia: temperatura acima do valor normal;
 Febrícula: temperatura entre 37,2º. C e 37,8º. C.
 Febre: temperatura acima de 37,8º.C

Curso de Enfermagem de Saúde


121 Materno Infantil
Tipos de termômetro
 O controle da temperatura corporal é realizado
mediante a utilização do termômetro, sendo o
mais utilizado o de mercúrio, porém cada vez
mais torna-se freqüente o uso de termômetros
digitais.

Termômetro Termômetro
de mercúrio digital

Curso de Enfermagem de Saúde


122 Materno Infantil
Termômetro de mercúrio

O ponto de localização do
mercúrio indica a
temperatura.

Coluna de mercúrio

Bulbo Corpo

Curso de Enfermagem de Saúde


123 Materno Infantil
Temperatura axilar
 É a verificação mais freqüente,
embora
seja a menos precisa, pois o
suor ameniza a temperatura
durante a medição e a axila
está mais exposta ao ambiente
externo (ventilação).
 O termômetro deve permanecer
na axila por cerca de 5 a 7
minutos.

Curso de Enfermagem de Saúde


124 Materno Infantil
Temperatura axilar
 O bulbo do termômetro deve ser colocado no centro da
axila, que deve estar seca e o utente deve baixar o braço
pondo a mão em direção ao ombro oposto.
 Manter o termômetro pelo tempo indicado, lembrando
que duas leituras consecutivas com o mesmo valor reflete
um resultado bastante fidedigno.
 Para a leitura da temperatura, segurar o termômetro ao
nível dos olhos, o que facilita a visualização.

Curso de Enfermagem de Saúde


125 Materno Infantil
Temperatura oral
 O termômetro deve ser
individual, o qual deve estar
posicionado sob a língua e
mantido firme com os lábios
fechados, por 3 minutos.
 Este local é contra-indicado
para crianças menores,
idosos, utentes com distúrbios
mentais, inconscientes, com
lesões orofaríngeas, após
fumar e ingerir alimentos
quentes ou frios;

Curso de Enfermagem de Saúde


126 Materno Infantil
Temperatura retal
 O termômetro retal é de uso individual.
 Deve ser lubrificado (com vaselina, por exemplo)
e introduzido no reto, com o utente em posição
de Sims, inserido cerca de 3,5cm, em adulto, por
3 minutos;
 A verificação da temperatura retal é a mais
fidedigna;
 É contra-indicada em utentes submetidos a
cirurgias do reto e períneo e/ou que apresentem
processos inflamatórios locais;

Curso de Enfermagem de Saúde


127 Materno Infantil
Cuidados do enfermeiro na hipertermia

 Orientar o utente sobre a importância dos procedimentos


a serem realizados
para reduzir a temperatura;
 Controlar a temperatura com maior freqüência até sua
estabilização;
 Aumentar a ingesta líquida, se não houver contra-
indicação;
 Providenciar banho morno e repouso; o banho morno
provoca menos tremores e desconforto que o frio;

Curso de Enfermagem de Saúde


128 Materno Infantil
Cuidados do enfermeiro na hipertermia

 Se febre muito alta, aplicar compressas de água


(na temperatura ambiente) durante os calafrios,
cobrir o utente e protegê-lo de correntes de ar;
 No período de transpiração, arejar o ambiente e
providenciar roupas leves;
 Fornecer medicação de acordo com a prescrição
médica e registar no processo clínico.

Curso de Enfermagem de Saúde


129 Materno Infantil
Cuidados do enfermeiro na hipotermia

 Orientar o utente sobre a importância dos


procedimentos a serem realizados para elevar a
temperatura;
 Aquecer o utente com agasalhos e cobertores;
 Manter o ambiente aquecido;
 Proporcionar repouso e ingestão de alimentos
quentes.

Curso de Enfermagem de Saúde


130 Materno Infantil
Material necessário e procedimento
(EPI e registo)

 Guião de Procedimentos
Básicos de Enfermagem
(páginas 23 e 24).

Curso de Enfermagem de Saúde


131 Materno Infantil
132 Curso de Enfermagem Geral e ESMI
AVALIAÇÃO DE SINAIS VITAIS: PULSO E
RESPIRAÇÃO

Módulo 7: Bases científicas para prática de


Enfermagem II – Fundamentos de Enfermagem

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Pulso
 O controle do pulso é possível
porque o sangue impulsionado
do ventrículo esquerdo para a
aorta provoca oscilações
ritmadas em toda a extensão
da parede arterial, que podem
ser sentidas quando se
comprime a artéria contra uma
estrutura dura.
 Além da freqüência, observar o
ritmo e a força que o sangue
exerce ao passar pela artéria.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Fatores que interferem no pulso

 Fatores podem provocar alterações passageiras na


freqüência cardíaca:
 Emoções, exercícios físicos e alimentação;
 Estado de hidratação: nas situações de hemorragia,
diarréias severas e vômitos que levam o utente a
desidratação o pulso acelera na tentativa de
compensar o débito cardíaco;
 Ao longo do ciclo vital seus valores vão se
modificando, sendo maiores em crianças e menores
nos adultos.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Valores de normalidade do pulso

 Recém-nascido: é, em média, de 120 batimentos por


minuto (bpm), podendo chegar aos limites de 70 a 170
bpm.
 Aos 4 anos: a média é de 100 bpm, variando entre 80 e
120 bpm, mantendo-se até os 6 anos;
 > de 6 anos e até os 12 anos: a média fica em torno de
90 bpm, com variação de 70 a 110 bpm.
 Aos 18 anos: atinge 75 bpm nas mulheres e 70 bpm nos
homens.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Sítios de verificação do pulso
 A verificação do pulso é feita sobre a artéria radial e,
eventualmente, quando o pulso está filiforme, sobre as
artérias mais calibrosas, como a carótida e a femoral.
 Outras artérias, como a temporal, a facial, a braquial, a
poplítea e a dorsal do pé também possibilitam a
verificação do pulso.

Veremos na figura
a seguir

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Sítios de palpação do pulso

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Principais alterações no pulso

 Normocardia: frequência regular, ou seja, o período entre


os batimentos se mantém constante, com volume
perceptível à pressão moderada dos dedos.
 Bradicardia: freqüência cardíaca abaixo da normal;
 Taquicardia: freqüência cardíaca acima da normal;
 Taquisfigmia: pulso fino e taquicárdico;
 Bradisfigmia: pulso fino e bradicárdico;
 Filiforme: pulso fino.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Respirem e ...

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Respiração
 A respiração é a
troca de gases dos
pulmões com o meio
exterior, que tem
como objectivo a
absorção do
oxigênio e a
eliminação do gás
carbônico.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Respiração
 O transporte de oxigênio está a cargo da hemoglobina,
proteína presente nas hemácias. Cada molécula de
hemoglobina combina-se com 4 moléculas de gás
oxigênio, formando a oxi-hemoglobina.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Respiração
 Nos alvéolos pulmonares
o oxigênio do ar difunde-
se para os capilares
sangüíneos e penetra
nas hemácias, onde se
combina com a
hemoglobina, enquanto
o gás carbônico (CO2) é
liberado para o ar
(processo chamado
hematose).

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Respiração
 Nos tecidos ocorre um processo inverso: o oxigênio
dissocia-se da hemoglobina e difunde-se pelo líquido
tissular, até as células.
 A maior parte do gás carbônico (cerca de 70%) liberado
pelas células no líquido tissular penetra nas hemácias e
reage com a água, formando o ácido carbônico, que logo
se dissocia e dá origem a íons H+ e bicarbonato (HCO3-),
difundindo-se para o plasma sangüíneo (contribui para o
pH); Cerca de 23% do gás carbônico liberado pelos
tecidos associam-se à própria hemoglobina, formando a
carboemoglobina. O restante dissolve-se no plasma.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Fatores que interferem na respiração

 Atividade física: aumenta a frequência


ventilatória;
 Quando o pH está abaixo do normal (acidose) o
centro respiratório é excitado, ocorrendo
aumento da frequência respiratória;
 Quando o pH está acima do normal (alcalose), o
centro respiratório é deprimido, ocorrendo
diminuição da frequência respiratória.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Fatores que interferem na respiração

 A ansiedade e os estados ansiosos promovem


liberação de adrenalina que, freqüentemente
levam também à hiperventilação;
 Condições em que a concentração de oxigênio
nos alvéolos cai a valores muito baixos. Isso
ocorre quando se sobe a lugares altos, onde a
concentração de oxigênio no ar é muito baixa ou
em patologias como: pneumonia, tuberculose,
câncer de pulmão e outras.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Alterações na respiração

 Dispnéia: é a respiração difícil ou curta. É sintoma


comum de várias doenças pulmonares e cardíacas; pode
ser súbita ou lenta e gradativa.
 Ortopnéia: é a incapacidade de respirar facilmente,
exceto na posição ereta.
 Taquipnéia: respiração rápida, acima dos valores da
normalidade, freqüentemente pouco profunda.
 Bradipnéia: respiração lenta, abaixo da normalidade.
 Apnéia: ausência da respiração

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Valores de normalidade

 Lactentes:
 30 a 40 movimentos por minuto (mpm);
 Criança:
 20 a 25 mpm
 Adulto: 14 a 20 mpm
 Homem: 16 a 18 mpm
 Mulher: 18 a 20 mpm

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Material necessário e procedimento;
EPI e registo

 Guião de Procedimentos
Básicos de Enfermagem
(páginas 24 e 25).

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


150 Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Tensão Arterial (TA)
 A tensão arterial resulta da força
que o sangue exerce sobre as
paredes das artérias e depende:
 Do débito cardíaco relacionado à
capacidade de o coração impulsionar
sangue para as artérias e do volume de
sangue circulante;
 Da resistência vascular periférica,
determinada pelo lúmen (calibre),
elasticidade dos vasos e viscosidade
sangüínea (sua consistência resultante
das proteínas e células sangüíneas),
traduzindo uma força oposta ao fluxo
sangüíneo.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Tensão Arterial (TA)

 O controle da TA compreende a verificação da TA


máxima (sistólica) e da mínima (diastólica), registada em
forma de fração ou usando-se a letra x entre os valores.
 Exemplo: 120/70mmHg ou 120x70mmHg.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Fatores que interferem com a TA
 A TA é mais baixa durante o sono e ao despertar;
 Tabagismo, ingestão de alimentos, exercícios, dor e
emoções como medo, ansiedade, raiva e estresse
aumentam a TA;
 Local de verificação;
 Estado de hidratação: nas situações de hemorragia,
diarréias severas e vômitos que levam o utente a
desidratação a TA baixa pela diminuição do débito
cardíaco;
 Diabetes, aumento dos níveis de triglicerídeos e colesterol
(comum em obesos), a TA aumenta pelo aumento da
viscosidade sanguínea e pelo aumento da resistência das
artérias.
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Locais de verificação da TA
 A TA é verificada sobre a artéria braquial; caso o utente
esteja impossibilitado dos dois braços (o que é muito
incomum) verificar sobre as artérias poplítea e pediosa;

Artéria poplítea
Artéria pediosa
Artéria braquial
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Posição do utente

Artéria poplítea
Artéria pediosa
Artéria braquial

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Tipos de aparelhos de medição da TA
(Esfigmomanometro)

2) Aneróide
3) Digital

1) De coluna de
1 e 2 são os mais fidedignos;
mércurio (de mesa ou Todos devem estar calibrados para
de chão); o uso.
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Medidas de braço e largura da bolsa do
manguito
Circunferência do Denominação do Largura da bolsa Comprimento da
braço (cm) manguito (cm) bolsa (cm)
5-7,5 Recém-nascido 3 5
7,5-13 Lactente 5 8
13-20 Criança 8 13
17-24 Adulto magro 11 17
24-32 Adulto 13 24
32-42 Adulto obeso 17 32
42-50 Coxa 20 42

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Hipertensão arterial
 Termo usado para indicar pressão arterial acima
da normal; e hipotensão arterial para indicar
pressão arterial abaixo da normal.
 A hipertensão arterial é a principal causa de
mortalidade materna em todo o mundo. Portanto
deve ser controlada:
 Antes da gestação;
 No pré-natal;
 No parto;
 No puerpério.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Valores de normalidade da TA
 A TA varia ao longo do ciclo vital, aumentando com a
idade.
 4 anos: 85/60mmHg;
 10 anos: 100/65mmHg;
 Nos adultos, são considerados normais os
parâmetros:
 pressão sistólica variando de 90 a 140mmHg;
 pressão diastólica de 60 a 90mmHg.
 Quando a pressão arterial se encontra normal, dizemos
que está normotensa.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Cuidados na prevenção e/ou controle
da hipertensão
 Redução do peso corporal;
 Redução da ingestão de sódio; maior ingestão de
alimentos ricos em potássio (feijões, ervilha, vegetais de
cor verde-escuros, banana, melão, cenoura, beterraba,
frutas secas, tomate, batata inglesa e laranja);
 Redução do consumo de bebidas alcoólicas e do cigarro;
 Exercícios físicos regulares (30 min.
de caminhadas diárias);

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Material necessário e procedimento

 Guião de Procedimentos
Básicos de Enfermagem
(páginas 25 e 26).
 No slide seguinte
acompanhe passo a passo
as etapas de colocação do
manguito

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Itens a serem confirmados antes da
verificação da TA
 Não estar com a bexiga cheia;
 Não ter praticado exercícios físicos;
 Não ter ingerido bebidas alcoólicas, café, alimentos, ou
ter fumado até 30 minutos antes da medida;
 Ter descansado por 5 a 10 minutos, sentado em
ambiente calmo e com temperatura agradável;
 Relaxar bem o braço, mantendo-o na altura do coração;
 Não falar durante o procedimento.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Procedimento de verificação da TA no
braço

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


164 Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Cuidados com o conforto do utente:
conceito, importância, materiais
que constituem a unidade do
utente, factores que influenciam o
ambiente e o conforto.

Módulo 7: Bases científicas para prática


de Enfermagem II – Fundamentos de
Enfermagem
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
A unidade do utente

 Conceito:
 É o espaço físico hospitalar no qual o utente
permanece a maior parte do tempo durante a
internação.
 É basicamente composta por cama, mesa de
cabeceira, cadeira, mesa de refeições e escadinha.
 O utente acamado deve ter sempre à disposição uma
campainha para chamar o profissional caso necessite.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Materiais básicos que constituem a
unidade do utente

Cadeira
Cama Mesa de cabeceira

Escadinha
Mesa de
refeição Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Outros materiais específicos que
constituem a unidade do utente
Estes dependem do diagnóstico ou estado geral do
utente. Exemplos:

Berço: quando utente em Aspirador: quando utente


puerpério. traqueostomizado, com
dreno de tórax.
Quem poderia citar outros exemplos?
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Importância dos cuidados de conforto ao
utente
 O conforto do utente é uma de suas necessidades
básicas;
 Utente em situação de conforto tem uma recuperação
mais rápida;
 Quando uma gestante se sente segura e confortável em
uma unidade de saúde o parto evolui mais rápido;
 A hospitalização pode causar desconforto e insegurança
no utente pelo facto de:
 Enfrentar uma situação desconhecida;
 Conviver com pessoas novas;
 Estar longe da família;
 Preocupações com trabalho e situação financeira e
outros.
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Importância dos cuidados de conforto
ao utente
 O conforto do utente depende:
 Da tranquilidade mental e do seu estado físico;
 Sono e repouso em condições satisfatórias;
 Interrelação das diferentes partes do corpo;
 Relações positivas com as demais pessoas;
 Estado de espírito e atitudes positivas para consigo e
para com o ambiente;
 Adaptação ao novo ambiente que é o hospital;
 Aceitação e compreensão da importância ou da
necessidade de internação.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Imaginem os sentimentos de um utente em
situação de conforto!

O formador regista
a opinião dos
participantes.

Quarto de utentes da Enfermaria Modelo


Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Agora imaginem os sentimentos de um utente
nessas condições

O formador regista
as opiniões dos
participantes.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Mesmo em condições precárias o enfermeiro
pode melhorar o conforto do utente?

Como? O que
falta muitas
vezes?

Utente internado na Enfermaria Modelo em


falta de camas.
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Fatores que influenciam o ambiente e
conforto do utente

 Para que o utente se sinta confortável em uma unidade de


internamento é necessário que seja tratado de forma
humanizada, levando-se em consideração que ele está
em um ambiente fora de seus hábitos, de sua realidade.

 É muito importante que os profissionais de saúde estejam


atentos aos sinais de desconforto do utente, a fim de
ajudá-lo a diminuir seu sofrimento e auxiliar na sua
recuperação.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Fatores que influenciam o ambiente e
conforto do utente

Na opinião de vocês quem é


responsável pelo barulho no hospital?
Este pode ser reduzido? Como?

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Fatores que influenciam o ambiente e
conforto do utente
 Barulho gerado pela própria equipe:
 Evitar conversas desnecessárias;
 Evitar calçados que faça barulho;
 Treinar um tom de voz baixo;
 Equipamentos arrastados – treinar serventes;
 Carrinhas sem manutenção – lubrificar rodinhas;
 Barulho externo: próximo a escolas, ruas de muito trânsito
– sinalizar motoristas para evitar buzinas, visitar escolas
para que os estudantes evitem barulhos excessivos
durante as entradas e saídas.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Como proporcionar conforto ao utente

 Tratá-lo com educação, cortesia e respeito;


 Cumprimentá-lo e tratá-lo pelo nome;
 Sempre explicar os procedimentos que serão realizados;
 Manter a unidade do utente limpa e organizada;
 Assegurar que a cama tenha roupas limpas e esteja
arrumada;

As atitudes dos profissionais de saúde são


tão importantes quanto o conforto físico e
ambiental.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Como proporcionar conforto ao utente

 Fazer diligências para que o utente se mantenha em


temperatura agradável (nem muito quente, nem muito
frio);
 Assegurar que sejam satisfeitas suas necessidades de
ingestão de líquidos, alimentação e eliminações;
 Providenciar almofadas ou rolos feitos com mantas ou
lençóis e colocá-las em locais que melhorem seu conforto
físico na cama ou cadeira.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Como proporcionar conforto ao utente
 Quando se tratar de uma gestante:
 Escutar com atenção todas as suas dúvidas e
preocupações com relação a si e a criança;
 Informar, tranquilizar e apoiar;
 Elogiar quando estiver a praticar o auto-cuidado, a
frequentar as consultas de pré-natal e realizar os exames
recomendados.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Como proporcionar conforto ao utente
 Quando tratar-se de uma parturiente
 Escutar com atenção as suas queixas;
 Informar calmamente sobre os sinais e sintomas do trabalho de parto
e sua evolução;
 Informar sobre sua evolução no sentido de ter um parto natural,
enfatizando as condições da criança; ou evolução para uma
cesariana;
 Não deixar a parturiente sozinha;
 Atender aos seus chamados
com interesse e carinho;
 Contar com a colaboração
da mesma, sempre elogiando
o auto-cuidado.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Como proporcionar conforto ao utente
 Quando tratar-se de uma puerpera:
 Escutar suas queixas e preocupações
com atenção;
 Informar calmamente sobre o
sangramento pós-parto, as contrações
uterinas, a importância de levar o bebe
ao seio; sinais e sintomas para
reconhecer infecção puerperal;
 Apoiar a amamentação, a pega
correta;
 Elogiar a utente nos cuidados e
reacções positivas;

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


182 Curso de Enfermagem Geral e ESMI
MEIOS PARA PROPORCIONAR
CONFORTO AO UTENTE: POSIÇÕES
DE CONFORTO DO UTENTE E
MECANICA CORPORAL

Módulo 7: Bases científicas para prática


de Enfermagem II – Fundamentos de
Enfermagem
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Posições de conforto do utente
 A postura confortável é aquela que gera segurança e
bem-estar no utente;
 Deve ser escolhida pelo utente, exceto quando tumores,
cicatrizes, drenos, equipamentos ortopédicos, patologias
o impedem;

Cesareana
Cirurgia ortopédica
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Posições de conforto do utente
 O utente deve assumir uma postura confortável,
estando em movimentação ativa ou passiva;
 Em movimentação passiva, cabe a equipe de
enfermagem realizar a mudança de decúbito, com as
seguintes finalidades:

Proporcionar
Prevenir escaras conforto

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Posições de conforto do utente
 O enfermeiro poderá utilizar travesseiro, lençol, travessa
e outros materiais improvisados para proporcionar
posição de conforto ao utente.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Posições de conforto do utente
 Cadeiras, colchões d’água e colchões pneumáticos,
camas versáteis, ajudam a posicionar o utente,
oferecendo-lhe conforto.

Cama que pode


Conforto e ajudar ao utente
prevenção de assumir diversas
Excelente para Fowler e escaras. posições de modo
manter membros inferiores confortável.
elevados ou planos.
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Posições de conforto do utente
 Fowler: Utente fica semi sentado.
 Posição usada para descanso, alimentação, conforto
ventilatório, patologias e cirurgias respiratórias.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Posições de conforto do utente durante
exames
 Sims: Lado direito - deitar a utente sobre o lado direito
flexionando-lhe as pernas, ficando a direita semi
flexionada e a esquerda mais flexionada, chegando
próxima ao abdômen. Para o lado esquerdo, basta
inverter o lado e a posição das pernas.
 Posição usada para lavagem intestinal, exame retal e
toque.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Posições de conforto do utente durante
exames
 Genu-peitoral: Utente se mantém ajoelhada e
com o peito descansando na cama. Os joelhos
devem ficar ligeiramente afastados.
 Posição usada para exames vaginais, retais
(sigmoidoscopia) e cirurgias.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Posições de conforto do utente durante
exames
 Ginecológica: a utente fica deitada de costas,
com as pernas flexionadas sobre as coxas, a
planta dos pés sobre o colchão e os joelhos
afastados um do outro.
 Posição usada para sondagem vesical, exames
vaginais e retal, parto normal.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Posições de conforto do utente durante
exames
 Litotômica: a utente é posta em decúbito dorsal, as coxas
são bem afastadas uma das outras e flexionadas sobre o
abdome; para manter as pernas nesta posição usam-se
suportes para as pernas (perneiras).
 Posição usada para parto, toque, curetagem.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Posições de conforto do utente
 Tredelemburg: a utente fica em decúbito dorsal, com as
pernas e pé acima do nível da cabeça.
 Posição usada para retorno venoso, cirurgia de
varizes, edema.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Posições de conforto do utente
 Ereta ou ortostática: o utente permanece em pé com
chinelos ou com o chão forrado por um tapete.
 Posição usada para exames neurológicos e certas
anormalidades ortopédicas.

Atenção! Todas as
posições apresentadas
até aqui são
extremamente usadas na
assistência Materno-
infantil

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Importância da mecânica corporal no trabalho
do enfermeiro
 O enfermeiro deve realizar
boa mecânica corporal,
principalmente ao cuidar
de utentes acamados;
 Orientar e supervisionar
os demais membros da
equipa a esse respeito;
 Nos cuidados de
enfermagem é muito
comum o levantamento
de peso excessivo,
incorreto ou repetitivo, que
com o tempo pode vir a
prejudicar a coluna
vertebral do trabalhador.
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Importância da mecânica corporal no trabalho
do enfermeiro

 Ao executar cuidados de enfermagem que requeiram


esforços físicos acentuados, o trabalhador deve:
 Solicitar o auxílio de um colega;
 Planear técnicas e meios que favoreçam a tarefa;
 Ao fazê-las, manter as costas sempre erectas e os
joelhos flexionados.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Como aplicar boa mecânica corporal
 Mecânica corporal é o modo como o corpo se
movimenta e mantém o equilíbrio pelo uso mais
eficiente de suas partes.
 Use os músculos mais longos e fortes dos braços e
pernas para evitar tensão dos músculos das costas;
 Os músculos dos quadris, das coxas e das pernas são
fortes e devem ser usados sempre que possível.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Regras para prática da boa mecânica
corporal
 Encoraje o utente a fazer o máximo por si próprio,
sempre que possível.
 Proporcionará exercitar seu tônus muscular, prevenir
contracturas, deformidades e articulações
endurecidas;
 Mantenha uma larga base de sustentação, ficando com
os pés confortavelmente afastados, um à frente do outro
e as pontas voltadas para o movimento que se vai
executar;
 Fique junto ao utente e flexione os joelhos e quadris
quando precisar inclinar-se, em vez de dobrar a cintura;

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Regras para prática da boa mecânica
corporal

 Carregue objectos pesados


junto ao corpo;
 Movimente o utente fazendo-o
rolar ou virar, sempre que
possível, em vez de levantá-lo;
 Sempre que possível, puxe o
utente em sua direcção, pois
tal procedimento exige menos
esforço do que empurrá-lo.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


200 Curso de Enfermagem Geral e ESMI
MEIOS PARA PROPORCIONAR
CONFORTO AO UTENTE: LIMPEZA
DA UNIDADE

Módulo 7: Bases científicas para prática de


Enfermagem II – Fundamentos de Enfermagem

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Limpeza da unidade do utente

 O enfermeiro pode observar se a enfermaria está livre de


poeira, sujidade em geral e odores desagradáveis e
providenciar e orientar a limpeza;
 Antes de realizar qualquer procedimento o enfermeiro
deve dispor de recipiente para o lixo comum, lixo
infeccioso e perfuro-cortante;
 Enquanto trabalha, manter a área a sua volta limpa e
organizada;
 Em caso de derramamento de secreções, excreções,
isolar a área e providenciar a limpeza.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Limpeza da unidade do utente

 O enfermeiro pode desenvolver um plano de educação


para utentes, acompanhantes e visitantes no sentido de
não sujar a unidade;
 É importante disponibilizar recipientes para lixo nos
quartos, áreas de passagem, casas de banho, área de
procedimentos e que estejam sinalizados;
 Deve acompanhar se o plano e a rotina de limpeza de
sua unidade estão sendo cumpridos;
 O plano indica para cada dia da semana o responsável pela
limpeza, quais os sectores a serem limpos e tipos de limpeza
conforme as áreas de baixo e de alto risco.
 A rotina da limpeza deve estar afixada em local visível e ser do
conhecimento de toda a equipe.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Áreas de baixo risco

Recepção

Sala do director

Sala de espera
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Áreas de baixo risco

Área de guarda de
materiais

Cozinha

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Áreas de baixo risco

 São as áreas nas quais os doentes têm pouco ou nenhum


contacto ou ali estão apenas de passagem.

Estas áreas são limpas com


água e sabão

+
Água Sabão em pó ou
líquido
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Áreas de alto risco

Quartos de doentes

UTI
Bloco operatório
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Áreas de alto risco

Lavandaria

Laboratório

Salas de exames

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Áreas de alto risco

Casa mortuária
Sala de esterilização

Casa de banho

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Áreas de Alto Risco

São as áreas ocupadas pelos doentes e nas quais se


realizam actividades com alto risco de contaminação.

 Estas áreas são limpas com água, sabão e um


desinfectante (hipoclorito de sódio a 0,5%).

+ +
Hipoclorito
Sabão em pó ou de sódio a
Água líquido 0,5%
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Para garantir qualidade na limpeza

 O servente precisa ser


formado, supervisionado e
seguir uma rotina de
trabalho;
O enfermeiro é um
profissional que pode
realizar esse treinamento.

Quem poderia comentar os


Servente realizando limpeza EPI usados pelo serventes ,
em área crítica (Bloco relatando a importância e
proteção de cada um.
operatório)

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Cuidados gerais com a limpeza do ambiente

 Não se deve varrer o pó seco; Limpar com pano


húmido;

 Limpar sempre de áreas de baixo risco para áreas


de alto risco;

 Seguir a regra de preparo da solução desinfectante


para garantir a eficácia;

 A limpeza de rotina (diária) é necessária para


manter o padrão de limpeza e descolonizar os
microorganismos.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Técnicas de limpeza do ambiente

Técnica de 1
balde

Água + sabão (áreas de baixo risco)


OU
Água + sabão + hipoclorito de sódio
a 0,5% (áreas de alto risco)

Essa técnica gera desperdício de sabão e


desinfectante, uma vez que o pano ou esfregona é
lavado diretamente na solução.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Métodos de limpeza do ambiente
Técnica de 2 baldes: um balde somente com água é
usado para lavar o pano ou a esfregona e outro é usado
com a solução, tornando-a mais duradoura.
Água + sabão (área de baixo
risco)
OU
Água + sabão + hipoclorito de
Somente água sódio a 0,5% (área de alto risco)

Técnica de 3 baldes: um balde vazio é acrescentado para


nele ser torcida a esfregona.
Água + sabão
OU
Água + sabão +
hipoclorito de
Água
sódio Vazio
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Exercício
 Na opinião de vocês qual a técnica mais
recomendada ou utilizada?
( ) 1 balde
( ) 2 baldes
( ) 3 baldes

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Revisando!

 Para cloro líquido:


 Total de partes (TP) (H2O)= [% concentrada/% diluída] – 1

 Para cloro em pó:


 Gramas/Litro = [% diluída/%concentrada] X 1000

Concentrações desejadas:
Descontaminação e limpeza: 0,5% com água de torneira
DAN: 0,1% com água fervida
Água limpa: 0,001%

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Preparação da solução de hipoclorito a
0,5%

1 parte da solução
concentrada de 3,5 ou
3,6%

Para 6 partes iguais de água


Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Preparação da solução de hipoclorito a
0,5%
1 parte da solução
concentrada de 5 %

Para 9 partes iguais de


água

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Tipos de limpeza
 Limpeza concorrente:
 É feita diariamente após a arrumação da cama, para
remover poeira e sujidades acumuladas ao longo do
dia em superfícies horizontais do mobiliário;
 Normalmente, é suficiente a limpeza com pano húmido
com água e sabão, realizada pelo pessoal de limpeza;

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Tipos de limpeza
 Limpeza terminal:
 É feita em todo o mobiliário da unidade do paciente;
 É realizada quando o leito é desocupado em razão de
alta, óbito ou transferência do paciente, ou no caso de
internações prolongadas.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Limpeza terminal
 Deve-se retirar da unidade do utente todo o equipamento e
material usado que não pode ser reutilizado – este é
descartado;
 Equipamentos e materiais usados que podem ser
reutilizados devem ser descontaminados e reprocessados;
 É realizada limpeza com água, sabão e desinfectante
(hipoclorito de sódio a 0,5%) da cama, colchão, cadeira,
mesa de cabeceira e algo mais usado pelo utente;
 Roupas de cama e toalhas são recolhidas para lavandaria;

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


222 Curso de Enfermagem Geral e ESMI
MEIOS PARA PROPORCIONAR
CONFORTO AO UTENTE: ARRUMAÇÃO
DE CAMAS E ORNAMENTAÇÃO DA
ENFERMARIA

Módulo 7: Bases científicas para prática de


Enfermagem II – Fundamentos de Enfermagem

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Arrumação de camas
 Uma cama confortável, devidamente preparada e limpa,
favorece o repouso e o sono adequado do utente.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Tipos de camas
 Cama fechada:
 É a que está
desocupada, a espera de
um novo utente;
 Cama aberta:
 É a cama ocupada, que
pode ser por um utente
ambulante, em
condições de se
locomover ou por um
utente que não
deambula.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Tipos de camas
 Cama cirúrgica ou cama de
anestesia:
 É preparada para receber utente
operado ou submetido a
procedimentos diagnósticos ou
terapêuticos sob anestesia;
 Possui um lençol em forma de
travessa para facilitar seu
recebimento, deslocamento e
higiene (trocar apenas a
travessa); dispor cobertor para
conter o frio.
 É importante ter suporte lateral,
para prevenir quedas

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Arrumação de camas
 Sempre que a roupa de
cama apresentar sujidade
ou estiver molhada com
fluidos corporais deve ser
trocada, para garantir o
conforto do utente e evitar
a formação de úlcera de
pressão e lesões na pele.
 A arrumação da cama
deve ser sempre precedida
da limpeza.
 Ao término da arrumação
da cama, observar a
reorganização da unidade
do utente
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Arrumação de camas

 Na arrumação da cama a equipe deve organizar o


trabalho de forma a evitar problemas posturais e
desperdício de energia.
 Portanto, deve:
 Providenciar todo o material necessário antes;
 Dobrar a roupa de cama de maneira funcional, na
ordem de instalação;
 Soltar, primeiramente, todo o lençol da cama e, em
seguida, preparar todo um lado da cama e depois o
outro.
A arrumação será praticada no Laboratório Humanístico
(LH)
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Arrumação de camas

 Para prevenir infecções, lavar sempre as mãos antes


e após a realização da arrumação de camas;
 Nunca pôr roupa limpa sobre a cama de outro utente
ou na cama a ser arrumada sem antes limpar;
 Evitar manuseio excessivo da roupa e seu contato
com o uniforme ou com o chão.
 Se a cama estiver destinada a receber utente
operado, a arrumação dos lençóis deve ser feita de
modo a facilitar seu recebimento e higiene (travessa)
e aquecimento do mesmo (cobertor).
 Cuidado ao deslocar o utente, evitando trauma(s) e
não puxar as sondas, cateteres e tubos, que podem
desconectar-se com movimentos bruscos ou mesmo
lesar o local onde estão instaladas.
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Ornamentação da unidade do utente
 A unidade do utente, quer
seja um ambiente
individualizado (quarto) ou
espaço colectivo
(enfermaria), deve
proporcionar-lhe completa
segurança e bem-estar.
 A conservação do teto, piso
e paredes, instalação elétrica
e hidráulica, disposição do
mobiliário e os espaços para
a movimentação do utente,
da equipa e dos
equipamentos são aspectos
importantes.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Ornamentação da unidade do utente
 O ambiente e os factores
estéticos influenciam o estado
emocional e o humor das
pessoas;
 Decoração atraente, cores de
paredes e tectos agradáveis,
iluminação adequada, ambiente
arejado, calmo e silencioso,
proporcionam maior aconchego
às pessoas, especialmente
quando doentes.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Ornamentação da unidade do utente

 Além de a estética proporcionar uma sensação


agradável, a assistência humanizada pressupõe a
preservação dos direitos dos utentes, boas relações
interpessoais e a realização das actividades de forma a
melhor atender às necessidades do utente.
 Ampliação do horário de visitas, facilitação do uso de
meios de comunicação com o exterior e conservação de
objectos pessoais são formas de melhor atender às
necessidades dos utentes.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Ornamentação da unidade do utente
 A enfermaria pode permitir
que o utente se considere
em sua casa, um local
privativo e sob seu controlo;
 Deve proporcionar ao utente
expressar seus sentimentos
e valores, dispor objectos
pessoais e que lhe
despertam recordações,
como fotografias, objectos
religiosos e outros.
 A equipe de enfermagem
deve zelar pela unidade do
utente sem desrespeitar sua
privacidade.
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Ornamentação da unidade do utente
 Manter a cama com
roupas limpas, secas e
bem esticadas;
 Roupas sujas devem ser
deitadas imediatamente
em recipiente para roupa
suja;
 Manter o ambiente
arejado e iluminado,
conforme vontade do
utente;
 Manter arrastadeira,
escarradeira, urinol,
limpos e ao alcance do
utente;
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Ornamentação da unidade do utente
 Assegurar que estão
disponíveis: recipiente para
água potável e copo;
 Colocar a mesa de
cabeceira do lado oposto a
porta, à cabeceira desta, e
a cadeira do mesmo lado
aos pés da cama;
 Verificar as condições dos
móveis, paredes, janelas,
portas, tecto, e comunicar
ao administrativo
necessidades de
manutenção.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


236 Curso de Enfermagem Geral e ESMI
CUIDADOS DE HIGIENE AO
UTENTE: CONCEITO E
IMPORTÂNCIA

Módulo 7: Bases científicas para prática


de Enfermagem II – Fundamentos de
Enfermagem
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Aspectos gerais da higiene

 A noção de higiene não estava presente na


cultura da humanidade até há alguns séculos
atrás.
 Os povos de origem européia, por exemplo, não
tinham o hábito de asseio que se tem nos dias
actuais.
 Nos séculos XIX e XX, com a descoberta de que
vários micróbios causam doenças, a higiene se
tornou fundamental à manutenção da saúde e a
prevenção de infecções.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Conceito de higiene
 A palavra higiene é de origem grega, que
significa hygeinos - o que é saudável.
 É derivada de Hígia - Deusa Grega da
saúde, limpeza e sanitariedade.
 Tornou-se um ramo das ciências da
saúde que visa �a prevenção de
doenças.
 É um conjunto de conhecimentos e
técnicas para prevenir doenças
infecciosas usando métodos de limpeza.

Hígia Deusa grega da


saúde, limpeza e
sanitariedade.
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Importância da higiene
 O utente, em geral, tem seus mecanismos de defesa
comprometidos pela própria doença, tornando-se mais
vulnerável às infecções.

A pele é constituída por células que se renovam e


descamam continuamente.

Por isso, diversos tipos de sujidades aderem a


pele com facilidade. Assim, os microrganismos se
multiplicam intensamente em toda a sua
superfície.
Portanto, ao assegurar a integridade e a higiene
da pele e da mucosa do utente é favorecido que
estas funcionem como barreiras mecânicas aos
microrganismos.
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Tipos de higiene

 Higiene pessoal
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Tipos de
higiene

 Higiene Mental:
Observe o quadro ao
lado e identifique três
características que
marcam o seu dia a
dia.

Guarde só para você e


avalie como está sua
saúde mental.

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Tipos de higiene

 Higiene coletiva

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Tipos de higiene

 Higiene ambiental
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Higiene pessoal

 É um conjunto de hábitos de limpeza e asseio com que


cuidamos do corpo.
 Lavar o corpo, as roupas, os utensílios, as habitações,
diminui sensivelmente o risco de infecção por fungos,
bactérias e vírus.
 A higiene corporal abrange a pele, as mucosas, cavidade
oral, unhas compondo todas as atividades para conservar
a saúde e o bem-estar do utente e prevenir infecções.
 Por ser um fator de importância no dia a dia, acaba por
influenciar no relacionamento inter social.

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Benefícios da higiene pessoal do utente

 Promove a higiene corporal e da pele;


 Proporciona a sensação de conforto e bem-estar;
 Estimula a circulação sanguínea;
 Mantém o utente com uma aparência saudável;
 Auxilia na prevenção de escaras por decúbito;
 Previne o aparecimento e a propagação de infecções;

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Meios de promover a higiene pessoal

 Banho diário com água e sabonete neutro.


 Assepsia: uso de desodorizante é bastante útil. No
entanto devem ser evitados os que inibem a produção de
suor, podendo assim aumentar a transpiração em outros
locais do corpo – transpiração compensatória.
 Lavagem das mãos: sempre que necessário, antes das
refeições, antes do contacto com os alimentos e depois
de utilizar a casa de banho.
 Manter as unhas cortadas e limpas.

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Meios de promover a higiene pessoal
 Higiene oral: Os dentes e a boca devem ser escovados
depois da alimentação, usando um creme dental com
flúor.
 A higiene inadequada dos dentes dá origem à cárie
dentária, que pode ser causa de inúmeras doenças.
 Água potável: beber água filtrada, fervida ou mineral.
 Alimentação equilibrada, com alimentos naturais (se
possível) e que encontrem-se em melhores condições de
conservação.

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Higiene mental
 É a necessidade que o ser humano tem de aliviar, limpar
seus pensamentos, buscando manter-se com idéias
positivas e otimistas;
 A higiene mental previne conflitos sociais e doenças
psicossomáticas, mantendo o utente sereno, tranquilo,
cooperativo;
 O enfermeiro pode contribuir com a higiene mental do
utente possibilitando ou estimulando actividades que o
mesmo sinta-se bem em realizar:
 Rezar, ouvir música, ler, jogar, pintar, escrever,
receber uma massagem e outros.

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Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Higiene coletiva
 É o conjunto de normas de higiene implantadas por um
grupo ou comunidade para evitar doenças e preservar a
vida de todos.
 Cada um se preocupa com a sua higiene e com a higiene
do meio que lhe rodeia.
 Por exemplo: A higiene do quarto do utente.
 Vai depender dos cuidados de higiene de cada utente:
 Colocar o lixo no lixo;
 Evitar restos de alimentos na mesa de cabeceira;
 Expectorar em local apropriado;
 Solicitar troca de roupas sempre que sujo ou molhado;
 Manter seu espaço organizado.

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Higiene ambiental
 Consiste na limpeza dos ambientes naturais, como rios,
mares, florestas, terrenos urbanos e rurais;
 O espaço externo do hospital, por exemplo, constitui um
espaço de higiene ambiental:
 Manter limpo;
 Isento de lixo comum e lixo infeccioso;

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Dicas gerais de higiene
 A higiene do ambiente deve ser diária, com reforço
semanal mais cuidadoso;
 Observar a presença de insetos e providenciar o controle;
 Não deixar restos de alimentos na cozinha;
 Manter janelas e portas abertas sempre que possível e
livres de poeiras;
 Lavar as mãos sempre que sujas, ao sair da casa de
banho, antes das refeições;
 Lavar frutas e verduras com água e sabão;

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Dicas gerais de higiene
 Evitar levar o dedo na boca, nariz, olhos e ouvidos; Faça
a limpeza dessas área na casa de banho.
 Não roer as unhas;
 Espirrar ou tossir protegendo a boca e o nariz com a mão
em concha; Em seguida lavar as mãos;
 Tomar banho diário;
 Lavar cabeça e couro cabeludo pelo menos 2 a 3 vezes
por semana;
 Escovar os dentes ao acordar, a cada término de refeição
e antes de dormir.

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256 Curso de Enfermagem Geral e ESMI
CUIDADOS DE HIGIENE AO
UTENTE: BANHO NO LEITO

Módulo 7: Bases científicas para prática


de Enfermagem II – Fundamentos de
Enfermagem
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Banho

 Consiste na remoção da sujidade do corpo do utente a fim


de proporcionar conforto, estimular boa circulação e manter
a aparência saudável.
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Benefícios do banho
 O banho é um fator importante para o utente na sua
recuperação, no seu conforto, no seu bem-estar, ajuda na
circulação e, também, limpa a sujeira da pele como o
suor, urina, fezes, secreções.
 No banho o utente fica mais exposto, assim com sutileza,
o enfermeiro avalia a pele, cabelos, unhas e a higiene
oral.
 A observação da pele inclui a cor, temperatura,
hidratação, edema e vermelhidão, que podem ser
indicativos de aparecimento de futuras escaras.

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Quando o paciente se mostrar
resistente ao banho
 O enfermeiro deve buscar a causa, perguntando:
 Tem medo da temperatura da água? Ou medo de
cair?
 Sente dificuldades para caminhar até a casa de
banho?
 O utente pode estar deprimido, ter alguma infecção
que o faz se sentir com mal estar, pode sentir dor e ter
tonturas.
 Até estar com vergonha de se expor diante do
cuidador, que pode ser familiar ou estranho, e
especialmente se o cuidador for do sexo oposto.

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Banho no leito
 O banho no leito é somente para os utentes
acamados que não apresentam condições para o
banho de chuveiro.

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Banho no leito

 Material necessário:
 Roupa para mudar (dois lençóis, uma fronha), toalha
de banho e pijama;
 Biombo, saco para roupa suja;
 Bacia, balde com água morna, balde para água suja,
sabão (peça o de uso do utente), compressas,
arrastadeira ou urinol;
 Produtos pessoais: desodorizante, perfume e outros.

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Banho no leito
 Já existe o “Kit Banho no Leito”, com
excelente aprovação por usuários e
utentes por facilitar, economizar e
agilizar o banho ao acamado;
 O kit contem: 1 lavatório anatômico com
capacidade para 5 litros, 1 rede de
proteção para revestir o lavatório e não
permitir que os cabelos fiquem imersos
sob a água, 1 chuveiro térmico portátil
com capacidade para 3,5 litros e
controle de fluxo de água, 1 lençol
impermeável para manter o leito sempre
seco.

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Banho no Leito
 EPI necessário:
 Luvas de procedimento;
 Máscara;
 Óculos;
 Avental plástico.

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Banho no leito
Guião de Procedimentos
 O formador pede dois alunos
Básicos de Enfermagem. voluntários. Um fará o papel de
Páginas 29 a 31. utente e outro, o papel de
enfermeiro. Considerar que o
utente é acamado.
 Os demais estudantes vão lendo
paulatinamente os passos do
procedimento no Guião, enquanto
o colega vai demonstrando sob
supervisão do formador.

Disponibilizar os materiais
necessários e EPI

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Registos de Enfermagem
 Após o banho no leito o enfermeiro deve registar o
procedimento no processo do utente;
 Acrescentar registos sobre:
 A aceitação do utente ao banho;
 Condições do cabelo e couro cabeludo;
 Condições da face (olho, nariz, ouvido, boca, lábios);
 Condições da pele (sinais de dermatite, de pressão ou escaras);
 Condições das unhas;
 Higiene íntima: corrimento, vermelhidão, perdas involuntárias de
urina ou fezes.

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267 Curso de Enfermagem Geral e ESMI
CUIDADOS DE HIGIENE AO
UTENTE: LAVAGEM DO CABELO E
COURO CABELUDO; CUIDADO COM
AS UNHAS.

Módulo 7: Bases científicas para prática


de Enfermagem II – Fundamentos de
Enfermagem
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Lavagem dos cabelos e do couro
cabeludo

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Aspectos gerais
 O couro cabeludo é a pele que reveste o crânio e que
possui cabelo.
 É diferente das demais peles por dois motivos:
 Abaixo desta pele existe uma estrutura muito
vascularizada;
 Grandes sangramentos ocorrem em ferimentos neste
local, que devem necessariamente ser suturados para
evitar a formação de hematomas.

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Aspectos gerais
 Trauma no couro cabeludo com necessidade de
sutura.

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Aspectos gerais
 O tecido do couro cabeludo fino,
friável e altamente vascularizado é Hematoma
chamado de Gálea.
 Os ferimentos contusos apresentam
grandes hematomas, e muitos
recém-nascidos nascem com bossa,
ou seja, hematomas abaixo do couro
cabeludo e acima do crânio.

Portanto, a lavagem dos cabelos e do couro cabeludo


deve ser cuidadosa, com o utente bem posicionado
para evitar quedas e traumas.
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Lavagem dos cabelos e do couro
cabeludo
 Consiste na lavagem dos cabelos e do couro cabeludo,
promovendo a limpeza, bem estar, o relaxamento e a
sensação de conforto do paciente acamado.
 A higiene do couro cabeludo é necessária para prevenir
lesões, estimular a circulação sanguínea e evitar o
aparecimento de pedículos, sendo importante também
para a estima pessoal.
 Em geral, é realizada 2 a 3 vezes por semana, pois o
acúmulo de seborréia e caspa causa prurido e
desconforto no utente.

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Lavagem dos cabelos e do couro
cabeludo
 Antes de iniciar o procedimento, certifique-se de que não
haja contra-indicações ou prescrição de cuidados
especiais, como nos casos de utentes graves,
submetidos a cirurgias de cabeça e pescoço ou com
traumatismo raquimedular.
 Previamente à lavagem, proteger os ouvidos do utente
com algodão, visando evitar a entrada de água.
 Para facilitar o procedimento e evitar a fadiga, o utente
deve ser posto em decúbito dorsal, com um travesseiro
ou coxim sob os ombros; a cama deve estar forrada com
oleado impermeável e toalha, e a bacia mantida sob a
cabeça.

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Lavagem dos cabelos e do couro
cabeludo

 No intuito de propiciar conforto ao utente, moderar, no


enxágüe, a quantidade de água, mas cuidar para que
todo o sabão/shampoo seja removido. Este é oferecido
pelo utente ou familiar.
 Realizar movimentos de fricção do couro cabeludo com a
ponta dos dedos (nunca com as unhas) para estimular a
circulação.
 Após a lavagem, retirar o excesso de água dos cabelos
com a toalha e providenciar a secagem.
 Pentear, quando o utente estiver impossibilitado.

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Registos de Enfermagem
 Após a lavagem dos cabelos e couro cabeludo registar o
procedimento no processo do utente;
 Acrescentar registos sobre:
 Queda de cabelos;
 Rarefação de áreas (sugestivo de micoses, cicatrizes);
 Presença de pediculose (tratar);
 Presença de seborréia ou caspa excessiva.

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Higiene dasTécnicas
mãos e das unhas

 Trata-se de cuidados simples da lavagem das mãos. As


mãos são vectores que favorecem a contaminação. As
unhas são receptoras de numerosas bactérias.
 Propor ao utente para lavar as mãos ao sair da casa de
banho, antes e depois das refeições, antes de tomar
medicamentos, antes de se deitar e de acordo com as
suas necessidades.
 Lavar as mãos com um sabão neutro, incluindo os
espaços interdigitais, a palma e as costas da mão e
embaixo das unhas.
 Enxaguar e secar em toalha pessoal.
 Manter as unhas aparadas, retas.

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Higiene das mãos e das unhas
 O álcool glicerinado pode estar ao alcance do utente para
a higiene das mãos;
 Este substitui a lavagem das mãos com água e sabão
desde que as mãos não estejam visivelmente sujas.
 Deitar cerca de 5ml do produto na palma de uma das
mãos e friccionar na região
palmar e dorsal das mãos, espaço
interdigital, dedos, unhas.

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279 Curso de Enfermagem Geral e ESMI
PREVENÇÃO DE ÚLCERAS POR
PRESSÃO: MEDIDAS DE
PREVENÇÃO, ORIENTAÇÕES AOS
UTENTES E FAMILIARES, EPI E
REGISTOS DE ENFERMAGEM.

Módulo 7: Bases científicas para prática


de Enfermagem II – Fundamentos de
Enfermagem
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Medidas de prevenção das úlceras por
pressão
 A pele deve ser limpa no momento que sujar para
minimizar a exposição da pele à humidade devido a
incontinência urinária, fecal, perspiração ou drenagem de
feridas.
 Quando essas fontes de humidade não podem ser controladas,
usar fraldas descartáveis ou forros feitos de materiais que
absorvam a humidade e que mantenham seca a superfície em
contato com a pele.
 Agentes tópicos que agem como barreira para humidade como
cremes, películas protetoras ou óleos também podem ser usados.
 A freqüência de limpeza da pele deve ser individualizada de acordo
com a necessidade do utente.

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Medidas de prevenção das úlceras por
pressão
 Danos causados pela fricção também podem ser
reduzidos pelo uso de lubrificantes (como cremes e
óleos), películas protetoras (como curativos transparentes
e selantes para a pele ) e curativos protetores (como
hidrocolóides extra-finos).

Hidrocolóide
Cremes e óleos a
base de Ácido Filme
Graxo Essencial transparente
(AGE) Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Medidas de prevenção das úlceras por
pressão
 Utente em uso de filme
transparente

 Utente em uso de
hidrocolóide

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Medidas de prevenção das úlceras por
pressão
Ação Indicação Modo de usar
AGE Mantem o leito da Lesões abertas não Aplicar utilizando
ferida húmido e infectadas e profilaxia uma compressa
acelera o processo de de úlceras por pressão embebida. Trocar a
granulação. cada 12h
Filme Mantém o leito da Cobertura de incisões Aderir sobre a área.
transpa- ferida húmido e cirúrgicas; prevenção Troca em média a
rente apresenta de úlceras por pressão cada sete dias ou
permeabilidade e fixação de catéter quando sujo.
seletiva. vascular.
Hidroco- Barreira protetora, Feridas limpas, Aderir sobre a área.
lóide isolamento térmico, prevenção de úlcera por Troca com a
meio húmido, pressão, saturação do
promove queimadura de segundo produto em média
desbridamento grau, suturas cirúrgicas no 5º ou 6º dia
autolítico, granulação e feridas cavitárias.
e epitelização
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Medidas de prevenção das úlceras por
pressão
 Lesões da pele devido a
fricção e força de
cisalhamento (arrastão)
devem ser minimizadas
através do posicionamento
adequado para transferência
e mudança de decúbito do
utente.
 Recomenda-se que os utentes
não sejam "arrastados" durante
a movimentação, mas que
sejam "erguidos" utilizando-se o
lençol móvel .

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Medidas de prevenção das úlceras por
pressão
 Diminuir os fatores ambientais que levam ao
ressecamento da pele, como a exposição ao frio, pois
leva ao ressecamento e descamação. A pele deve ser
hidratada com cremes.
 Evitar massagens nas proeminências ósseas. Acreditava-
se que a massagem em regiões com hiperemia
auxiliavam a melhorar o fluxo sanguíneo. As evidências
atuais sugerem que massagem pode causar mais danos .

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Medidas de prevenção das úlceras por
pressão

 Monitorar as condições predisponentes controláveis,


como:
 Tabagismo;
 Desnutrição ou obesidade;
 Uso de esteróides;
 Tensão na ferida;
 Nível glicêmico em utentes diabéticos;
 Nível tensional em utentes hipertensos.

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Medidas de prevenção das úlceras por
pressão
 Quando indivíduos aparentemente bem nutridos
desenvolvem uma ingestão inadequada de proteínas ou
calorias, os profissionais devem tentar descobrir os
fatores que estão comprometendo a ingestão e então
oferecer uma ajuda na alimentação. Às vezes outros
suplementos nutricionais podem ser necessários.
 Se a ingestão dietética continuar inadequada,
intervenções nutricionais como alimentação parenteral ou
enteral devem ser consideradas.
 Para indivíduos comprometidos nutricionalmente um
plano de suplementação nutricional deve ser
implementado.

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Medidas de prevenção das úlceras por
pressão
 Uso de colchões para o alívio da pressão.

Colchão inflável

Colchão caixa de ovo


Colchão d’água
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Medidas de prevenção das úlceras por
pressão
 Uso de almofadas anti-úlceras por pressão

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Medidas de prevenção das úlceras por
pressão
 Uso de protector para o calcanhar e cotovelos. Podem
ser improvisados com luva de procedimento cheia de
água ou uma almofada feita com algodão e compressa.

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Orientações aos utentes,
acompanhantes e familiares

 Todo serviço que admite utente com risco para


formação de úlcera por pressão deve ter um
programa de educação do utente, acompanhante
e familiar voltado para prevenção deste agravo;
 É bem mais fácil prevenir do que tratar a úlcera
por pressão;
 Quando há o envolvimento de todos a prevenção
é mais eficaz.

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Orientações aos utentes,
acompanhantes e familiares
 Observar diariamente a pele do utente para detectar
possíveis áreas comprometidas (áreas de coloração
esbranquiçada, manchas roxas ou bolhas) e comunicar
ao enfermeiro.
 Identificadas no início, o problema é resolvido eliminando-se a
pressão exercida na pele provocada pelo peso do corpo ao nível
da saliência óssea;
 Hidratar a pele com creme hidratante: região glútea, face
posterior das coxas, pés e artelhos.
 Evitar massagens nas áreas comprometidas ou com sinais
iniciais de úlcera, pois vai causar mais danos que benefícios;

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Orientações aos utentes,
acompanhantes e familiares
 Usar protetores nas áreas de maior risco (proeminências
ósseas);
 Os joelhos devem ser mantidos afastados de contato
direto um com o outro;
 Os calcanhares também devem ser protegidos com
almofadas. Essas almofadas são necessárias não
somente na fase preventiva como também no tratamento
das escaras já existentes;
 Usar colchão anti-úlcera que apóiam o corpo de forma
suave e uniforme, sem causar pressão excessiva nas
áreas mais vulneráveis.

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Orientações aos utentes,
acompanhantes e familiares
 Quando deitado, o utente deve mudar de posição a, pelo
menos, cada duas horas, sendo conveniente registar o
horário para evitar esquecimentos.
 Autores preconizam mudanças de decúbitos de 4 em 4
horas desde que o utente seja mantido em colchão anti-
úlcera e haja observação cuidadosa da pele para
identificar alterações precoces.
 Recomenda-se evitar o lado que esteja com áreas
comprometidas, ou seja, se o utente tiver uma mancha
roxa na região coxofemoral direita, não deve permanecer
em decúbito lateral direito;

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Orientações aos utentes,
acompanhantes e familiares

 Quando sentado em cadeira de rodas ou poltrona o


utente deve usar almofadas para aliviar a pressão.
 Manter o utente fora do leito sempre que possível;
 Manter a cama sempre limpa com os lençóis bem
esticados, sem dobras;
 Evitar cruzar os membros do utente para não obstruir o
fluxo sanguíneo desses segmentos;
 Exercitar o utente, fazendo movimentos passivos nas
articulações das mãos, braços, pés e pernas.

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Orientações aos utentes,
acompanhantes e familiares

 Não arrastar o utente na cama ou cadeira;


 O utente deve ingerir em torno de dois litros de líquidos
por dia;
 A alimentação deve ser diversificada (colorida), cinco a
seis vêzes ao dia;
 Se possível proporcionar banho de sol nas primeiras
horas da manhã;
 Combater o cigarro, caso o utente fume.
 Lavar as mãos com água e sabão ou fricção com álcool
glicerinado antes e depois de realizar qualquer cuidado
com o utente

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EPI necessários durante os cuidados de
prevenção de úlceras

 Em geral, o enfermeiro irá precisar de luvas de


procedimento e máscara;
 Nos casos em que o utente represente risco de
contato com secreções, cabe ao enfermeiro o
bom senso e adotar outros EPI como óculos,
avental de plástico e barrete.
 Oferecer EPI ao acompanhante ou familiar que
participe do cuidado.

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Registos de Enfermagem
 Todas as medidas de prevenção de úlceras por pressão
realizadas devem ser registadas no processo do utente:
 Educação ou orientação do utente, acompanhante ou
familiar;
 Inspeção de pele com enfoque nas proeminências
ósseas e descrição da condição encontrada;
 Mudança de decúbito;
 Higiene e hidratação da pele;
 Aplicação de almofadas de alívio;
 Ingestão hídrica diária;
 Redução do tabagismo e outros.

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300 Curso de Enfermagem Geral e ESMI
CUIDADOS COM A
ALIMENTAÇÃO DO UTENTE

Módulo 7 – Fundamentos de Enfermagem


Aula 7

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Competências
Após a discussão deste tema os alunos
deverão ser capazes de:

 Reconhecer os objectivos e importância da alimentação e


hidratação do paciente;
 Identificar os tipos de dietas hospitalares;
 Prestar assistência de enfermagem na alimentação do
paciente, de acordo com o tipo de dieta;
 Administrar alimentos ao paciente através de sonda
nasogástrica (gavagem);
 Realizar cuidados especiais em relação a sonda alimentar.
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Alimentação e Hidratação
 Importância da alimentação:
 Essencial para a saúde e bem-estar;
 Fornecer nutrientes;
 Facilitar a recuperação do paciente;
 Contribui nos diversos processos
orgânicos:
 Crescimento;
 Desenvolvimento;
 Imunológico;
 Cicatrização ;
 Fornecimento de energia.

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Alimentação e Hidratação
 Importância da Hidratação:
 Prevenir desidratação;
 Aumento da força muscular;
 Manter o balanço hídrico
(reposição de perdas);
 Manutenção da
termorregulação e volume
circulatório;
 Manutenção da função
renal.

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Tipos de dietas hospitalares

1. Dieta de Rotina 2. Dietas Especias


 Geral, Livre ou  Hipocalórica/diabéticos);
Voluntária;
 Hipercalórica;
 Pastosa;
 Hipossódica;
 Branda;
 Assódica
 Leve;
 Hiperproteíca;
 Líquida.
 Hipogordurosa;
 Obstipante;
 Laxativa.

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Dietas de Rotina
 Dieta geral, livre ou voluntária
 Permite escolha ilimitada de alimentos;
 Todo tipo de alimentos e preparação
sem restrições de acordo com a
tolerância do paciente.
 Dieta Pastosa:
 Aplicável a pacientes com dificuldades
de mastigação e/ou deglutição;
 Alimentos permitidos em consistência
cremosa: Purés, sopas cremosas,
arroz bem cozido, papa de bolacha,
pudins, frutas cozidas.

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Dietas de Rotina
 Dieta Branda:
 Constituída de alimentos bem cozidos,
restrita de celulose e alimentos
fermentáveis;
 Usadas nos pré e pós-operatórios e
em transição para a dieta geral.
 Dieta Leve:
 Consistência semi-liquida, usada nos
pré e pós-operatórios e distúrbios
gastrointestinais;
 Alimentos: caldos, sopas, carnes,
verduras, legumes (bem cozidos e em
puré), frutas macias, gelatinas e
pudins.
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Dietas de Rotina
 Dieta Líquida:
 Consistência líquida e requer
mínimo de trabalho digestivo;
 Aplicável para pacientes com
disfagias, desconforto
gastrointestinais, dificuldades de
mastigação, deglutição e pré e
pós-operatórios;
 Alimentos: água, chá, gelatinas,
sucos, verduras e frutas em forma
de suco, caldos, sopas
liquidificadas, verduras, cremes,
sorvete, gelatina, cereais.

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Dietas Especiais
Dieta Características
Hipocalórica – Aplicável para pacientes que não podem comer açucar e
necessitam controlar os alimentos energéticos: arroz,
( diabéticos)
batata, pão e massa;
– São proibidos: alimentos e bebidas contendo açucar,
alimentos gordurosos e frituras em excesso.
Hipercalórica – Para fornecer mais energia
– Recomenda-se o fornecimento de maior quantidade de
arroz, massa, doces.
Hipossódica – Dieta com controlo de sódio e sal, pode ser oferecido até
2g de sal (em 24 horas);
– São proibidos: pão, bolachas de água e sal, biscoitos,
queijos salgados e embutidos
Assódica – Dieta preparada sem adição do sal no cozimento dos
alimentos.
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Dietas Especiais
Dieta Características
Hiperproteíca – Contém maior quantidade de proteínas;
– Alimentos: leite, gelatina, carne, iogurte, queijos e ovos.
Hipoproteíca – Contém menor quantidade de proteínas.
Obstipante – Para pacientes com diarreia;
(sem resíduos) – São proibidos: verduras cruas ou cozidas, legumes,
frutas cruas, frituras e alimentos gordurosos, leite e
derivados, doces (só gelatinas) e sumos de frutas.
Laxativas – Para pacientes com obstipação;
(com resíduos) – Alimentos em maior quantidade: verduras, legumes,
frutas (laranja, papaia, ameixa) e líquidos.
Hipogordurosa – Contém pouca quantidade de gordura;
(problemas de – São proibidos: manteiga, margarina, queijo, iogurte,
fígado) frituras e alimentos gordurosos.

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 Acompanhar os utentes de quem
cuida, preparando o ambiente e
auxiliando-as durante as refeições;
Dicas  É importante verificar se os
Úteis pacientes aceitam a dieta e
identificar os factores que
interferem na alimentação do
utente;
 Deve familiarizar se do tipo de dieta
do paciente;
 Organize bem a bandeja da dieta
dos pacientes;
 Estar atendo as quantidades e a
apresentação ou a disposição dos
alimentos no prato.

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Assistência de Enfermagem na
alimentação do Utente - Prática LH
Critérios para apoio na
alimentação:
 Pacientes disfágicos;
 Pacientes cegos;
 Pacientes com demência;
 Pacientes debilitados;
 Pacientes em coma;
 Pacientes com Sonda
Nasogástrica.

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Assistência de Enfermagem na
alimentação do Utente - Prática LH
Material:
 Bandeja
 Copo com água, sumo ou chá;
 Lenço de papel ou guardanapo;
 Talheres;
 A refeição ou dieta específica para o
paciente;
 Materiais para reposicionamento do
paciente;
 Materiais para higiene das mãos.

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Assistência de Enfermagem na
alimentação do Utente - Prática LH
Servindo e retirando a Bandeja de refeições
 Lavar as mãos antes de servir a bandeja;
 Entregar a bandeja de refeições, observando a temperatura
desejável;
 Conferir o nome na bandeja e comparar ao bracelete de
identificação;
 Colocar a bandeja diante do paciente;
 Retirar as tampas dos alimentos e verificar o aspecto;
 Auxiliar o paciente, se necessário, a abrir as embalagens e
a preparar os alimentos;
 Substituir os alimentos indesejáveis ou solicite alimentos
especiais adicionais;
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Assistência de Enfermagem na
alimentação do Utente - Prática LH
Servindo e retirando a Bandeja de refeições
 Verificar se o paciente possui outras solicitações:
posicionamento, uso de óculos, etc;
 Certificar de que a campainha esteja ao alcance da mão;
 Verificar a evolução do paciente periodicamente;
 Retirar a bandeja quando o paciente concluir a refeição;
 Observar a percentagem de alimentos consumidos;
 Auxiliar o paciente a escovar os dentes e a usar o fio dental;
 Colocar o paciente na posição confortável;
 Fazer registos: tipo de dieta, percentagem dos alimentos
consumidos e a quantidade de líquidos consumidos.

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Assistência de Enfermagem na
alimentação do Utente - Prática LH
Alimentando um Paciente
 Lavar as mãos antes de preparar os alimentos;
 Obter ou limpar os utensílios;
 Elevar a cabeceira da cama para colocar o paciente
sentado ou use uma cadeira;
 Verificar para que a dieta e a bandeja correctas sejam
servidas ao paciente;
 Cobrir a parte superior do peito e o colo do paciente com
uma toalha ou um guardanapo;
 Sentar-se ao lado do paciente ou diante dele;
 Retirar a tampa dos alimentos e abrir as embalagens,
colocar os temperos;
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Assistência de Enfermagem na
alimentação do Utente - Prática LH
Alimentando um Paciente
 Estimular o paciente a colaborar o máximo, segundo as suas
capacidades;
 Evitar a pressa;
 Colaborar com o paciente em relação aos alimentos
desejados antes de colocar a comida nos talheres;
 Oferecer porções razoáveis de alimento a cada mordida;
 Dar tempo para que o paciente mastigue completamente e
engula o alimento;
 Deixar o paciente indicar quando está pronto para nova
porção ou novo gole de bebida;
 Conversar agradavelmente com o paciente;
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Assistência de Enfermagem na
alimentação do Utente - Prática LH
Alimentando um Paciente
 Retirar a bandeja e deixar o paciente confortável,
permanecendo sentado ou semi-sentado pelo menos 30
minutos;
 Oferecer ao paciente oportunidade para a higiene oral;
 Calcular a percentagem de alimentos ingeridos;
 Fazer registos sobre:
 Tipo de dieta e a percentagem de alimentos ingeridos;
 Quantidade de líquidos ingeridos;
 Tolerância aos alimentos;
 Problemas encontrados com o acto de mastigar e de engolir;
 Métodos utilizados para resolver os problemas.
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Alimentação pela Sonda Nasogástrica
(Gavagem)
 Consiste na administração de
alimentos por meio de uma sonda
nasogástrica ou através de
gastrostomia ou jejunoscopia,
aconselhando se uma pausa
nocturna, não superior a 4/6
horas
 Esta técnica também é chamada
Gavagem.
 Esta alimentação também se
chama de Nutrição Enteral.

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Alimentação pela Sonda Nasogástrica
(Gavagem)
 Métodos de gavagem:
 Bólus: provoca frequentemente náuseas, vómitos,
diarreia e cólicas, devendo por isso ser evitada.
 Contínua: o alimento em administrado em gotejamento
gravitacional. Indicada para pacientes
hemodinâmicamente instáveis e em pacientes com
duodenostomia ou jejunostomia, diminuindo o risco de
aparecimento de náuseas, vómitos, diarreia e cólicas.
Exige controlo rigoroso acada 30 minutos.
 Intermitente: a introdução do alimento pode ser feita
por meio de seringa, com fluxo lento, para evitar
náuseas, diarreia, distensão e cólicas.

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Alimentação pela Sonda Nasogástrica
(Gavagem)
 Precauções:
 Verificar as condições de higiene da sonda;
 Testar o posicionamento da sonda e sua permeabilidade
antes do uso. Para estimular o peristaltismo podem ser
administrados pequenos bólus de alimentos (10 - 20CC);
 Controlar a existência de conteúdo gástrico a cada 4 em
4 horas quando a alimentação é contínua.

Nos pacientes em ventilação mecânica (ventilador)


durante a pausa nocturna e após ter sido digerido o
conteúdo alimentar, o sistema de alimentação deve
ser colocado em drenagem passiva, para se
prevenir a distenção gástrica.
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Alimentação pela Sonda Nasogástrica
(Gavagem)
 Materiais e EPI:
 Tabuleiro com:
 Seringa 100cc;
 Copo plástico de uso único com água;
 Guardanapos de papel ou similar;
 clamp ou pinça de Kocher (se necessário);
 Recipiente com alimentação;
 Sistema para alimentação entérica ou sistema de soro sem
filtro;
 Bomba de alimentação entérica ou bomba infusora;
 Material para higiene oral;
 Suporte de soros (se necessário).
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Assistência de Enfermagem na Gavagem
 Identificar o doente e conferir a rescrição: tipo de
alimentação, forma e duração da administração;
 Proceder à lavagem higiénica das mãos;
 Preparar o material e transportá-lo para junto do
doente;
 Explicar ao doente todos os procedimentos;
 Proporcionar um ambiente calmo, sem cheiros
desagradáveis e apresentar os alimentos em
recipientes adequados;
 Aspirar o conteúdo gástrico e reintroduzi-lo, excepto se
contra-indicado.

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Assistência de Enfermagem na Gavagem
 Introduzir 2cc (em crianças) a 10cc de ar auscultando
simultaneamente a região epigástrica (aspirar de seguida),
se não existir conteúdo gástrico residual.
 Posicionar o doente em semi-Fowler;
 Verificar a temperatura dos alimentos a administrar.
 Preparar e conectar o sistema de alimentação à sonda. Se
usar seringa de alimentação, injectar lentamente e de forma
contínua, observando as reacções do paciente;
 Regular o ritmo da administração de acordo com a
prescrição;
 Lavar a sonda injectando 5 a 30CC de água após terminar a
administração;

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Assistência de Enfermagem na Gavagem
 Lavar o sistema/seringa de alimentação após cada
utilização. Reutilizá-lo apenas durante 24 horas;
 Proporcionar higiene oral uma vez por turno e SOS;
 Manter o doente com a cabeceira elevada pelo menos a
30°, em decúbito lateral direito ou decúbito semi-dorsal
direito, durante 30' após a alimentação.
 Recolher e dar o destino adequado a todo o material
 Proceder à lavagem higiénica das mãos.

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Assistência de Enfermagem na Gavagem

 Registos de Enfermagem
 Procedimento (data/hora).
 Tipo de alimentação.
 Quantidade.
 Duração.
 Reacção do doente.
 Data de substituição do sistema ou seringa.
 Complicações.

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Referência Bibliográfica
1. Timby, Barbara Conceitos e Habilidades
K.
Fundamentais no Atendimento de Enfermagem. 6ª
Edição. Editora Artmed, Porto Alegre – Brasil, 2001;
2. MISAU. Guião de Procedimentos Básicos de
Enfermagem. Maputo – Moçambique, 2009
3. Potter & Perry. Fundamentos de Enfermagem, 6ª
Edição, Mosby Elsevier Editora Lda. São Paulo - Brasil,
2005
4. Universidade Fernando Pessoa. Fundamentos Básicos
em Enfermagem. Normas e Procedimentos. Escola
Superior de Saúde, 2006. Brasil

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328 Curso de Enfermagem Geral e ESMI
VIAS E PROCEDIMENTOS DA
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS:
ORAL, SUBLINGUAL, INSTILAÇÃO,
INALAÇÃO, NOSOGÁSTRICA, TÓPICA,
VAGINAL E RETAL.

Módulo 7: Bases científicas para prática de


Enfermagem II – Fundamentos de Enfermagem

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Procedimentos da administração de
medicamentos
 Antes de administrar
qualquer tipo de
medicamento, o
enfermeiro deve
confirmar os 5 sinais de
certeza:
 Medicamento certo;
 Dose certa;
 Utente certo;
 Via certa;
 Hora certa;
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Vias de administração

 Fatores que determinam a escolha da via de


administração:
Tipo de ação desejada;
Rapidez de ação desejada;
Natureza do medicamento.

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Via oral

 Vantagens:
 Auto-administração,
econômica, fácil uso;
 Relativamente segura;
 Confortável ao utente (sem
dor);
 Provoca efeitos locais e
sistêmicos.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Via oral
 Desvantagens:
 Absorção variável;
 Destruição de alguns agentes
farmacológicos por enzimas
digestivas;
 Interação com alimentos;
 Pode causar irritação na mucosa
gástrica (nestes casos pode ser
associado a um protector gástrico);
 Pode interferir na digestão,
causando constipação ou diarréia
(nestes casos associações também
podem ser feitas);

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Via oral

 Administração:
 Administrar com quantidade de líquido suficiente à
deglutição;
 Administrar medicamentos efervescentes
imediatamente após dissolvê-los;
 Não permitir que se mastigue ou degluta pastilhas e
outras apresentações não mastigáveis;
 Evitar dar líquidos após os xaropes;
 Proteger o utente acamado de aspiração pulmonar.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Via oral

 Administração:
 Deitar a dose na tampa do frasco e depois no copo
de medicação (no caso de medicamentos sólidos).
Assim, o enfermeiro não tocará no medicamento.
 Líquidos: remova a tampa, deixe o rótulo virado para
palma da mão, copo de medida na altura dos olhos;
desprezar o excesso em uma pia.
 A medida também pode ser feita com uma
seringa.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Equivalência de medidas para cálculo de
dosagem de medicamentos orais.

 1 ml: 20 gotas
 1 xícara: 240 ml
 1 colher de café: 2 ml ou 2g
 1 colher de chá: 5 ml ou 5g
 1 colher de sobremesa: 10ml ou10g
 1 colher de sopa: 15ml ou 15g
 1 copo: 200 e 250ml

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Via sublingual
 Consiste em colocar a
medicação sob a língua;
 Orientar o utente a
manter sob a língua até
dissolver totalmente;
Não é para deglutir.
 Ação mais rápida do que
a via oral, pois não sofre
a ação do suco gástrico;
 Imprópria para
substâncias irritantes e
de sabores
desagradáveis;

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Instilação
 Consiste em colocar um medicamento em uma
cavidade ou orifício corporal:
 Nariz
 Olhos
 Ouvidos
 Usada para efeitos locais (pode levar a efeitos
sistêmicos).

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Instilação no olho
 Colírio: utente olha para cima,
cabeça levemente inclinada,
gotejar na bolsa conjuntival.
 Evitar contaminar o conta-
gotas.
 Pomada: utente olha para
cima (pálpebra inferior); olha
para baixo (pálpebra superior);
aplicar uma faixa fina de
pomada de forma uniforme
sobre a conjuntiva, fechar o
olho e friccionar a pálpebra.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Instilação no ouvido

 Posicionar o utente:
 Adulto: puxar o pavilhão
auricular para cima e para trás.
 Criança: puxar o pavilhão
auricular para trás e para
baixo.
 Instilar as gotas na parede do
canal auditivo.
 Permanecer com a cabeça
lateralizada por 2 a 3 min

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Instilação nasal
 Cabeça inclinada para trás: a medicação chega aos seios
etmóides ou esfenóides;
 Cabeça inclinada para trás e lateralizada: a medicação
chega aos seios frontal e maxilar;
 Permanecer na posição por 5 minutos

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Via inalatória

 A medicação é inalada pelo


aparelho respiratório;
 Absorve em toda sua
extensão;
 Finalidades:
 Humidificar;
 Eliminar secreções;
 Dilatação dos brônquios.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Via nasogástrica

 Administração de medicamento ou de alimentação por


sonda nasogástrica.
 O medicamento deve ser diluído (solução);
 Verificar antes se a sonda está no estômago (aspire e
observe o conteúdo gástrico).
 Acoplar a seringa contendo o medicamento na sonda
e injetar lentamente;
 Observar qualquer reacção do utente;
 Lavar a sonda após administrar o medicamento.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Via tópica

 Aplicação de medicamento na pele ou mucosas;


 Tem ação local ou sistêmica (tipo de pele e
concentração da droga).
 Exemplos:
 Anti-sépticos;
 Loções hidratantes;
 Pomadas para pele ou via vaginal.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Via vaginal
 Uso de cremes e realização de duchas;
 Decúbito dorsal com as pernas afastadas.

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Via retal
 Com freqüência, a via
retal é utilizada
quando a ingestão não
é possível, por causa
de vômitos ou porque
o utente está
inconsciente.
 Posição de Sims
(decúbito lateral com
perna superior
flexionada)
 Uso de: supositório,
clister ou enema.
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347 Curso de Enfermagem Geral e ESMI
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS:
COMPLICAÇÕES E PREVENÇÃO DE
ACIDENTES

Módulo 7: Bases científicas para prática de


Enfermagem II – Fundamentos de Enfermagem

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Procedimentos da administração de
medicamentos
 Antes de administrar
qualquer tipo de
medicamento, o
enfermeiro deve
confirmar os 5 sinais de
certeza:
 Medicamento certo;
 Dose certa;
 Utente certo;
 Via certa;
 Hora certa;
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Complicações e prevenção de
acidentes
 A preparação e administração de medicamentos
passa por um processo longo e complexo,
fragmentado, que eleva as chances de falha. Para
preveni-las é necessário:
 Controle de qualidade das indústrias farmacêuticas;
 Controle de qualidade dos produtos hospitalares;
 Compromisso e conhecimento técnico dos profissionais
e gestores da saúde;
 Utente informado e activo.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Complicações e prevenção de
acidentes
 As causas de complicações e acidentes podem ser:
 Evitáveis:
 São aquelas relacionadas a falha humana e qualidade
de determinados produtos.
 Administração de um medicamento impróprio na via
endovenosa; choque séptico devido a um lote de
soro fisiológico com substâncias pirogênicas;
 Não evitáveis:
 São aquelas relacionadas às condições intrínsecas ao
utente;
 Reacção alérgica severa ou choque anafilático a um
determinado medicamento.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Complicações e prevenção de
acidentes
 Causas evitáveis
 Administração ou uso incorrecto do medicamento;
 Falha em um dos 5 sinais de certeza;
 Erro de diluição;
 Prazo de validade expirado;
 Posição errada do utente;
 Erros de prescrição:
 Ilegíveis, incompletas, abreviaturas, frases que
deixam duplo sentido;
 Indicação de dose, via, frequência e interações de
farmácos impróprias;

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Complicações e prevenção de
acidentes
 Reacção Adversa a Medicamentos (RAM):
 “É qualquer efeito prejudicial ou indesejável, não
intencional, que aparece após a administração de um
medicamento em doses normalmente utilizadas no
homem para a profilaxia, o diagnóstico e o tratamento
de uma enfermidade“ (Organização Mundial de
Saúde).
 Constitui problema importante na prática do
profissional da saúde, pois são causas significativas
de hospitalização, aumento do tempo de permanência
hospitalar e óbito; influenciam na perda de confiança
do utente para com os profissionais e aumentam
custos;
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Complicações e prevenção de
acidentes
 Cabe ao enfermeiro ouvir toda queixa do utente atribuída
ao uso de determinado medicamento;
 Registar no processo;
 Evitar explicações simplistas ou sem fundamentos para as
queixas;
 Oferecer informações seguras sobre o que o utente está
sentindo;
 Providenciar os cuidados necessários;
 Observar sinais e sintomas no utente, esperados ou não.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Possíveis complicações na administração
por via oral, sublingual e retal.
 Irritação da mucosa do trato digestório;
 Dor estomacal;
 Diarréia;
 Flatulência;
 Constipação;
 Naúseas e vômitos;
 Alteração do paladar;
 Ressecamento da mucosa oral e outros.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Possíveis complicações na
administração por instilação, via tópica,
retal e vaginal.
 Nariz, olho, ouvido e pele:
 Irritação local
 Edema
 Vermelhidão
 Ardor
 Prurido
 Úlceras, necrose, fístulas
 Perdas das funções auditiva, visual e sensitiva

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Possíveis complicações na administração
parenteral
(ID, SC e IM)
 Abcessos;
 Úlceras;
 Necrose;
 Atrofia da pele e tecido adiposo;
 Acometimento de nervos importantes (radial e
ciático), levando a diminuição de sensibilidade e
paralisia do membro.
 Choque anafilático;

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Complicações de injecções no deltóide

O que poderia ter causado essas lesões?


Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Causas das lesões
 Falha na técnica de preparação ou
administração:
 Contaminação do medicamento e materiais;
 Aplicação de volume acima do recomendado;
 Medicamento aplicado na via errada;
 Negligência com a assepsia do local de aplicação;
 Elevada freqüência de aplicações.
 Materiais já contaminados na fábrica;
 Medicação tóxica, destacando-se os
antibióticos;

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Complicações EV

 Flebite: inflamação
do vaso (dor,
vermelhidão, edema;
calor;
 Hematoma;
 Embolia, trombose;
 Choque séptico;
 Hipervolemia;
 Úlceras.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Complicações EV

O que poderia ter causado essas lesões?


Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Causas das lesões
 Falha na técnica de preparação ou
administração:
 Contaminação do medicamento e materiais;
 Tempo de infusão abaixo do recomendado;
 Medicamento aplicado na via errada;
 Negligência com a assepsia do local de aplicação e
com o tempo de troca do cateter;
 Contaminação na troca de penso e no manuseio para
administrar medicamento;
 Materiais já contaminados na fábrica;
 Medicação tóxica, destacando-se os antibióticos
e quimioterápicos;

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Complicações do acesso central
 O uso prolongado do cateter venoso central aumenta a
probabilidade de complicações:
 Infecção de pele;
 Obstrução do cateter;
 Ruptura parcial ou total do cateter;
 Ruptura dos pontos cirúrgicos de fixação;
 Infecção do próprio cateter;
 Endotelite bacteriana ou endocardite bacteriana;
 Septicemia;
 Lesões de câmara cardíaca; arritmia cardíaca;
 Hemo, hidro ou pneumotórax;
 Lesão do ducto torácico (geralmente no acesso subclávio direito).

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364 Curso de Enfermagem Geral e ESMI
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS:
VIA PARENTERAL (INTRADÉRMICA,
SUBCUTÊNEA E INTRAMUSCULAR)

Módulo 7: Bases científicas para prática de


Enfermagem II – Fundamentos de Enfermagem

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Procedimentos da administração de
medicamentos
 Antes de administrar
qualquer tipo de
medicamento, o
enfermeiro deve
confirmar os 5 sinais de
certeza:
 Medicamento certo;
 Dose certa;
 Utente certo;
 Via certa;
 Hora certa;
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Via parenteral
 A administração de medicamentos por via
parenteral exige técnica asséptica;
 O enfermeiro deve usar máscara clínica, óculos
de protecção e luvas de procedimento.
 Para acesso central as luvas devem ser esterilizadas.
 A via parenteral compreende as vias:
 Intra-dérmica, subcutânea, intramuscular e
endovenosa.
 Intraperitonial, intra-raquidiana, intratecal, intra-
esternal e intra-arterial – estas não serão tratadas
nesta formação.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Via parenteral
 Os medicamentos de uso parenteral podem se
apresentar em ampolas ou frascos
hermeticamente fechados;
 Devem ser estéreis e isentos de substâncias
pirogênicas;
 Podem ser constituídos por veículos:
 Aquosos;
 Oleosos;
 Pó em suspensão para ser homogeneizado;
 Pó liofilizado (desidratado) para reconstituição.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Via parenteral
 Os medicamentos são administrados por meio de
seringas, usadas diretamente ou acopladas a outro
dispositivo já instalado no utente.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Partes da seringa e seu manuseio
 Para manter a esterilidade da seringa evita-se tocar na
parte interna do cilindro, êmbolo e bico;
 Pode-se manusear o lado externo do cilindro e o suporte do
êmbolo.

Cilindro

Suporte do
Bico êmbolo

Êmbolo
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Tipos de seringas
 As seringas variam quanto a capacidade ou volume em 1, 2,
3, 5, 10, 20, 30, 50, 60 e 100ml.

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Tipos de bicos de seringas

 Luer-Lock: com  Não Luer-Lock: bico


rosca. reto, acopla sob
pressão.

 Na opinião de vocês, qual


o bico mais seguro?

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Agulhas

 Partes da agulha: canhão, haste e bisel.


 Apenas o canhão pode ser tocado.

Bisel
Haste

Canhão

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Agulhas
 As agulhas variam quanto ao comprimento e a
espessura:
25x6,0 30x10 40x8,0
13x3,8 25x7,0 30x7,0 40x12
13x4,5 20x5,5 25x8,0 30x8,0 40x16

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


 As cores do
canhão têm um
padrão
universal que
identifica o
calibre das
agulhas.

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Agulhas
 Alguns fabricantes usam o sistema inglês (polegadas) e
outros o sistema métrico para apresentar o calibre das
agulhas. Esse último podendo ainda ser apresentado de
duas formas, conforme o exemplo abaixo:

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Dispositivos endovenosos

Cateter de
Scalp (qualidade acesso único Cateteres de múltiplos
inferior ao cateter, acessos
pois é inflexível).
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Cateteres endovenosos
 São de materiais à base de poliuretano, eliminam as
dobras devido a ótima memória e mantém uma alta
resistência à deterioração, causada por repetidos
pinçamentos.
 Material termo sensível, adquire a maleabilidade do
silicone, após a introdução, ficando menos propenso à
dobras e aumentando o conforto do utente.
 De ponta macia, reduz a incidência de estenose ou lesão
do vaso.
 Superfície lisa e regular, diminui a agregação de
plaquetas.

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Preparo da medicação de frasco
ampola
 Organize o material: bandeja, ampola, algodão seco e
álcool a 70%;
 Lavar as mãos com água e sabão ou friccioná-las em
álcool glicerinado; Usar máscara clínica;
 Bater com o dedo na parte de cima da ampola até que o
líquido desça do gargalo;
 Realizar a anti-sepsia da ampola com álcool etílico a
70%; esperar secar para abrir.
 Envolver o gargalo em mecha de
algodão para quebrar, protegendo-se
de acidente.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Preparo da medicação de frasco
ampola
 Ao aspirar o medicamento evitar que a agulha
toque superfícies contaminadas;
 Caso isso ocorra desprezar tudo e iniciar novo
preparo.
 Concluída a aspiração manter a agulha sempre
protegida com a tampa;
 Manter a seringa preparada dentro do invólucro
estéril do pacote com o suporte do embolo
voltado para dentro do pacote;
 Organizar a bandeja com a medicação,
algodão seco e algodão embebido em
álcool a 70%;
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Preparo da medicação de frasco
hermeticamente fechado
Organize o material
na bandeja: diluente,
frasco, seringa, agulha
de bom calibre para
aspirar, algodão seco
e álcool a 70%.
Lavar as mãos com
água e sabão ou
friccioná-las em álcool
glicerinado; Usar
máscara clínica;

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Etapas do preparo

1º.) Anti-sepsia do diluente 2º.) Abrir o recipiente,


girando-o
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Etapas do preparo

4º.) Remover a tampa metálica


3º.) Aspirar o diluente do frasco; realizar a anti-sepsia
da borracha do frasco; injetar o
diluente no frasco.
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Etapas do preparo

5º.) Homogeneizar
girando o frasco em 6º.) Aspirar a solução do frasco
360º.
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Ângulos de introdução da agulha

90º. 15º.
45º.

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Via Intradérmica (ID)

 Volume: 0,1 a 0,5ml;


 Usada para aplicação
de vacinas, alérgenos e
teste tuberculínico;
 Esticar a pele, introduzir
a agulha em ângulo de 5
a 15o com bisel para
cima e o líquido é
injetado, formando uma
pápula;
 Não massagear o local.
 Agulha
13x3,8
13x4,5 Pápula
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Via ID

 Áreas de Aplicação:
 Região interna do
antebraço;
 Região superior do
dorso (anterior e
posterior);
 Inserção inferior do
deltóide;

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Via Subcutânea (SC)
 Volume: 0,5 a 1ml;
 Usada para aplicação de
vacinas, heparina e insulina;
 Fazer uma prega na pele e
aplicar em ângulo reto se
agulha
13x3,8
 Na falta destas agulhas
13x4,5
adequar a inclinação para 45
ou 15º.
 Realizar rodízio dos locais
de aplicação;

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Via SC

 Administração:
 Recomenda-se a anti-sepsia do local com álcool a
70%; esperar secar;
 Fazer a prega na pele e após introduzir a agulha,
soltar a prega; aspirar para verificar punção de
capilar; injetar a medicação; retirar a agulha e
pressionar o local sem massagear.
 Se heparina, soltar a pele somente depois de
retirar a agulha e pressionar de 2 a 3 minutos
para evitar lesões na pele.

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Via SC
 Áreas de aplicação: As seqüências
para absorção mais rápida são
abdome, braços, coxas e glúteos.
Abdome: região abdominal, exceto
no espaço entre 3 dedos à direita ou
à esquerda do umbigo. Não aplicar
nem acima nem abaixo do umbigo
por ser desconfortável.
Braços: região posterior externa
entre 3 dedos abaixo do ombro e 3
dedos acima do cotovelo.
Coxas: região frontal e lateral
superior da coxa, entre 4 dedos
abaixo da virilha e 4 dedos acima do
joelho.
Glúteo: região superior lateral
externa, tendo como referência a
prega interglútea.
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Via Intramuscular (IM)

 Volume: 3 a 5 ml;
 Absorção mais rápida que no tecido subcutâneo devido
a maior vascularização, variando conforme o tipo de
substância:
 Solução oleosa: absorção lenta
 Solução aquosa: absorção rápida
 Desvantagens:
 Risco de lesar vasos sanguíneos e nervos;
 Risco de contaminação, infecção (abscessos,
nódulos, endurecimento da região e celulites);
 Doloroso.

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Via IM
 Administração:
 Recomenda-se a anti-sepsia do local com álcool a
70%; esperar secar;
 Esticar a pele, exceto no deltóide e vastolateral de
pessoas magras (fazer prega); introduzir a agulha
(bisel para baixo) em ângulo reto se agulha
adequada; aspirar para verificar punção de vasos;
injetar a medicação; retirar a agulha e pressionar o
local sem massagear.
 Agulhas:
20x5,5 Crianças; adultos ou idosos com
atrofia muscular
25x6,0
25x7,0 Adultos e idosos com musculatura
25x8,0 normal
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Via IM

 Músculos de aplicação de medicamentos:


Deltóide;
Vasto lateral da coxa;
Região ventro-glútea;
Região dorso-glútea.

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Músculo deltóide
 Volume: 1 a 2ml; Há
autores que indicam 3ml.
 Local de aplicação: 3 a 4
dedos abaixo do acrômio
(ombro);
 Posição do utente: deitado
ou sentado com o braço ao
longo do corpo ou com o
antebraço flexionado, com
exposição do braço e
ombro.

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Músculo deltóide
 Particularidades do músculo:
Risco de lesão do nervo radial.
Região de grande sensibilidade local;
Não permite que seja injetado grande volume;
Não pode ser utilizado para injeções
consecutivas e com substâncias irritantes, pois
pode causar abcessos e necrose;
Contra-indicado para menores de dois anos
pela pouca massa muscular.

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Vastolateral da coxa
 Volume: 3 a 4 ml;
 Local de aplicação: Estende-se de um palmo
acima do joelho até um palmo abaixo do
trocânter do fêmur (9-12cm);
 Posição do utente: deitado em decúbito lateral
ou sentado; no caso de criança, sentada no colo
do acompanhante.

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Vastolateral da coxa

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Vastolateral da coxa
 Particularidades do músculo:
 Local seguro por ser livre de vasos e nervos
importantes. Os vasos e nervos percorrem a região
póstero-medial dos membros inferiores.
 Apresenta grande massa muscular, extensa área de
aplicação, podendo receber injeções repetidas;
 Proporciona melhor controle de pessoas agitadas ou
crianças chorosas;
 É de fácil acesso para o enfermeiro e para o próprio
utente que dela poderá utilizar-se sozinho.

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Região dorsoglútea
 Volume: 3 a 5 ml;
 Local de aplicação: localize
a crista ilíaca posterior
(passe uma linha
imaginária vertical); localize
a região sacra (passe uma
linha imaginária horizontal);
Assim o dorsoglúteo fica
dividido em 4 quadrantes.
Aplicar a injeção no
quadrante superior externo.

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Região dorsoglútea
 Posição do utente: decúbito ventral, com a cabeça voltada
para o enfermeiro (para observar desconforto ou dor na
aplicação),os braços ao longo do corpo e os pés virados
para dentro. No caso de criança, esta deverá estar deitada
no colo de um adulto, em decúbito ventral.

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Região dorsoglútea
 Particularidades do músculo:
 Não é indicada para menores de 2 anos, pois nesta
faixa etária o dorso glúteo é composto de tecido
adiposo, com pequeno volume de massa muscular.
Este se desenvolve com a locomoção, sendo indicado
quando a criança já anda, com idade > 2 a 3 anos;
 Pela inquietação da criança há maior risco de uma
angulação inadequada da agulha e atingir vasos e o
nervo ciático;
 Não é indicado para utentes com atrofia de
musculatura glútea, parestesia ou paralisia e lesões
vasculares de membros inferiores.

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Região ventroglútea
 Volume: 4 a 5 ml;
 Local de aplicação: Põe-se
a mão esquerda no quadril
direito do utente e vice-
versa; aplica-se a injeção
no centro do triângulo
formado pelos dedos
indicador e médio quando o
primeiro é colocado na
espinha ilíaca antero-
superior e o segundo na
crista ilíaca.
 Posição do utente: decúbito
dorsal, lateral, ventral ou
sentado.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Região ventroglútea

 Particularidades do músculo:
 É a região mais indicada por estar livre de vasos
sangüíneos ou nervos significativos (área servida por
pequenos nervos e ramificações vasculares).
 É constituída pelos músculos glúteos médio e mínimo
de espessura muscular grande (média de 4cm).
 Indicada para qualquer faixa etária, especialmente
crianças, idosos, indivíduos magros ou obesos.

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Vamos revisar a delimitação dos
principais músculos!

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


405 Curso de Enfermagem Geral e ESMI
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS:
VIA PARENTERAL (ENDOVENOSA)

Módulo 7: Bases científicas para prática de


Enfermagem II – Fundamentos de Enfermagem

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Procedimentos da administração de
medicamentos
 Antes de administrar
qualquer tipo de
medicamento, o
enfermeiro deve
confirmar os 5 sinais de
certeza:
 Medicamento certo;
 Dose certa;
 Utente certo;
 Via certa;
 Hora certa;
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Via Endovenosa (EV)

 Aspectos gerais:
 O efeito farmacológico é imediato, sendo bastante
usada em emergências;
 Permitem medicamentos que irritam os músculos e
tecidos subcutâneos;
 Admite infundir grandes volumes;
 Indicação para os utentes com via oral comprometida;
 A sobrecarga circulatória deve ser evitada:
 Infusões rápidas devem ser bem monitoradas.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Via endovenosa
 Características essenciais às substâncias
injetadas por via EV:
 Os medicamentos injetados na veia devem ser
soluções solúveis no sangue.
 Podem ser líquidos hiper, iso ou hipotônicos, sais
orgânicos, eletrólitos, medicamentos não oleosos e
não deve conter cristais visíveis em suspensão.
 Não conter substâncias pirogênicas (as substâncias
devem ser estéreis).

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Tipos de acesso venoso

 Periférico:
 Utiliza veias periféricas
dos membros
superiores e inferiores.

 Central:
 Utiliza veias centrais.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Acesso venoso periférico

 Não puncionar membros:


 Submetidos a radioterapia; correspondente à
mastectomia ou a esvaziamento ganglionar;
 Edemaciados; com pele adjacente lesionada (eritema,
escarificação, ulceração, vesícula).
 Com lesões ou presença de tumor primário ou
metástase;
 Com distúrbios motores e sensoriais;
 Excessivamente puncionados; com sinais de flebite ou
fibrose;

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Escolha do acesso periférico
 Preferir puncionar, inicialmente, membros superiores,
evitando-se articulações.
 O melhor local é a face anterior do antebraço “não
dominante”. Iniciar pela área mais distal para a proximal,
para que não se inutilize um vaso sangüíneo na porção
proximal;

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Escolha do acesso periférico

 Não puncionar a mesma veia em um ponto abaixo da


punção anterior para evitar extravasamento;
 Evitar membros cuja rede venosa é de difícil visualização
e palpação;
 Não garrotear membro que esteja recebendo medicação
(extravasamento por refluxo), tampouco aferir pressão
arterial.
 As veias da região cefálica costumam ser utilizadas em
recém-natos e lactentes;

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Acesso venoso periférico

 Deve ser realizado por pessoal habilitado;


 A acomodação do utente e do enfermeiro em
posição confortável e ambiente bem iluminado
é muito importante;
 Não ter pressa, inspecionar e selecionar com
segurança o melhor acesso para a punção;
 O utente pode ajudar, indicando os pontos de
facilidade de acesso.

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Uso do garrote
 Sua finalidade é promover a estase sanguínea, dilatando
a veia; deixar o membros pendente também ajuda a
evidenciar as veias, bem como friccionar a pele na
direção do torniquete, pedir ao utente para abrir e fechar
a mão e aplicar calor local.
 Ao aplicar o garrote verifique o pulso distal, se não estiver
presente alivie o garrote e reaplique-o com menor tensão
para impedir a oclusão arterial.
 O garrote deve ser aplicado com cuidado evitando-se as
áreas onde já foram realizadas punções recentes, pois
poderá constituir fator de risco para o trauma vascular e
formação de hematomas.

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Uso do garrote
 Garrotes são utilizados de modo indiscriminado em
sucessivos utentes, independente de seu estado
infeccioso.
 Estudo em Hospital no Reino Unido, avaliou 200 garrotes
durante duas semanas, com cultura e inspeção visual e
encontrou que:
 37,5% tinha sangue visível, sendo maior o índice entre os
profissionais que coletavam sangue (69,2%) e os auxiliares de
enfermagem (72,7%);
 Os estafilococos coagulase negativo e o micrococos foram
isolados em 199 garrotes e o S. aureus em 5,0%.

Fonte: Rourke C, Bates C, and Read RC. Poor hospital infection control
practice in venepucture and use of tourniquets. Journal Hosp Infect
(2001) 49: 56-61.
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Uso do garrote
 Considerando o garrote fonte potencial de infecção
cruzada, este deve ser desinfectado com álcool a 70%
antes e após cada procedimento.
 Caso o utente esteja em precauções de contacto, seu
uso deve ser destinado somente a este utente.
 Se o utente estiver com a área de por o garrote
visivelmente suja providenciar higiene com água e sabão;
 Serviços têm adotado um lenço de papel descartável
para proteger a pele do utente do contacto com o garrote.

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Na punção
 Usar máscara clínica e luvas de procedimento;
 Usar dispositivo de calibre adequado ao vaso, às
características da droga a ser infundida e à
velocidade de fluxo desejado;
 Introduzir o cateter com segurança; evitar
punções incompletas;
 Fixar o dispositivo, preferencialmente, com
adesivo de boa qualidade, estreito, em pequena
quantidade;

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Acesso periférico em membros
superiores
 Utilizam-se as veias
cefálica e basílica para
manutenção de via
venosa contínua.
 Também são utilizadas
veias do dorso da mão
(veias metacarpianas
dorsais) para injeções
únicas e contínuas,
embora deve-se evitar
para esta última função.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Acesso periférico em membros
superiores
 A veia intermediária do
cotovelo é muito utilizada
para coletas de sangue e
para injeções únicas,
devendo ser evitada para
infusão contínua devido os
movimentos da articulação;
 Em casos especiais usa-se
uma tala embaixo do
cotovelo para imobilizar a
articulação.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Acesso periférico em
membros inferiores

 Nos membros inferiores


utilizam-se as veias safena
e tibial anterior;

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Acesso periférico em membros
inferiores
 No dorso do pé
utilizam-se as
veias da rede
dorsal, porém
devem ser
evitadas devido
a maior risco de
flebite e
embolia; são
contra-indicadas
em utentes
neurológicos.

fluxo venoso planta do pé


Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Punção periférica com cateter

Inspeção e escolha Anti-sepsia

Punção firme e completa


Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Punção periférica

Cateter de acesso único

Fixação

Protecção da pele com


uma compressa
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Fixação com filme transparente
 Características:
Permite observar as condições do local (sinais de
flebite, irritação da pele);
Hipoalergênico e resistente à água;
Seu sistema de fixação possui um guia
centralizador, com fitas laterais para anotações.

Troca a cada 72
horas ou sempre
que visivelmente
sujo. Portanto, mais
seguro e reduz o
trabalho do
enfermeiro.
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Modos de infusão
 Bolus: é a administração
realizada em tempo menor ou
igual a 1min, direto no vaso
com a seringa;
 Infusão rápida: é realizada
entre 1 e 30 min. Algumas são
feitas com seringa, porém para
infusões em tempo maior que
10 min. recomenda-se o
equipo.
 Infusão lenta: é realizada entre
30 e 60 min.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Modos de infusão
 Infusão contínua: é realizada
em tempo superior a 60
min., ininterruptamente.
 Administração intermitente:
não contínua, por exemplo
de 6 em 6 horas.
 Para este tipo de terapia é
importante a manutenção da
permeabilidade do cateter que
permanecerá com dispositivo
tipo tampinha nos intervalos da
medicação.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Acesso central

 Conjunto de veias que permite acesso rápido de


cateteres ao átrio direito ou à artéria pulmonar.
 Indicações:
 Uso de fármacos ou soluções irritantes ao endotélio
(quimioterápicos).
 Utentes com dificuldade de acesso periférico.
 Nas Unidades de Terapia Intensiva é usado para
infusão de medicamentos, de alimentação parenteral e
monitorização (pressão venosa central, cateter de
Swan-Ganz).

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Principais veias de acesso central

Jugular externa
Veia subclávia esquerda
Veia cava superior

Veia cefálica
Basílica
Veia cubital média
Veia antebraquial

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Acesso central
 O cateter venoso central deve ser implantado por médico
treinado, devendo ser responsável por eventuais
complicações e estar capacitado para tratá-las em tempo
hábil.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Acesso central
 As trocas de pensos são realizadas
pelo enfermeiro e eventuais
complicações detectadas são
registadas no processo do utente e
comunicadas ao médico responsável.
 A manipulação do cateter exige
técnica asséptica (uso de luvas
estéreis e máscara clínica);
 A via deve ser pinçada durante a
troca para se evitar
extravasamento de sangue ou a
aspiração do ar, evitando-se a
embolia aérea;
 O penso com o filme transparente é
o ideal. Registar data e
responsável pela
troca do penso.
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Tempo de permanência do cateter
venoso central
 É variável e deverá levar em consideração a necessidade
de infusão por veia central. Com cuidados rigorosos, a
permanência pode ser de 30 dias, o que implica no
aumento da frequência das complicações tardias.
 Portanto, o cateter venoso central deverá ser retirado
assim que terminar sua indicação médica.
 Alguns têm seu tempo de permanência muito longo
(meses ou anos) dependendo dos cuidados com seu
manuseio.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


433 Curso de Enfermagem Geral e ESMI
ADMINISTRACAO DO SANGUE E
SEUS DERIVADOS

Módulo 6 – Fundamentos de Enfermagem


Sub-modulo 09

Curso de Enfermagem Geral e de Saude


Materno-Infantil
Competências
Após a discussão deste tema os alunos deverão
ser capazes de:

 Listar quatro factores que afectam a escolha do cateter


utilizado para a administração de soluções intravenosas;
 Identificar as reacções a transfusões de sangue e seus
derivados;
 Discutir os critérios para solucionar uma veia através do
qual são administrados líquidos intravenosos.

Curso de Enfermagem Geral & ESMI


Conceito de Transfusao de Sangue

 Conceito;
 Transfusao de sangue;
E procedimento clinico utilizado atraves do acesso
venoso, em que e administrado sangue total ou seus
derivados/componentes,tais como o plasma,
concentrado de hemacias e plaquetas.

Curso de Enfermagem Geral e da Saude


436 Materno-Infantil
Objectivos de Administracao de Sangue

Algumas situacoes exigem a necessidade de transfunsao


de sangue e seus derivados; por ex:
 SangueTotal;e para repor as perdas de sangue
provocadas por;
 Acto Cirurgico ou politraumatismos.
 Plasma, para repor a perda de liquidos em grandes
queimaduras.
 Concentrado de hemaceas, para casos de anemias
graves.
 Concentrado de plaquetas, para o controlo de
hemorragias.

Curso de Enfermagem Geral e da Saude


437 Materno-Infantil
Composicao do Sangue
O Sangue e composto por duas partes distintas;
Solida e Liquida
 Solida, e constituida por celulas sanguineas;
 Liquida; e constituida por plasma;

 As celulas sanguineas sao os eritrocitos ou


globulos vermelhos, os leucocitos ou globulos
brancos e as plaquetas, tambem chamados por
trom

438 Curso de Enfermagem Geral


Precaucoes a serem tomadas na
transfunsao sanguinea
 A Transfusao de Sangue deve ser realizada de maneira
criteriosa e por um profissional de saude competente que
detenha conhecimentos sobre os procedimentos tecnicos
de transfusao, natureza do produto, possiveis reaccoes
adversas e cuidados com o paciente.
 A transfusao de sangue assim como seus derivados
devem serem realizados mediante prescricao medica, na
qual devem constar;nome legivel do medico ou outro
tecnico e sua assinatura.
 O pedido de sangue sera encaminhado ao banco de
sangue deve conter a identificacao do receptor, o produto
hemoterapeutico indicacdo sua respectiva quantidade e
indicacao de transfusao.
439 Curso de Enfermagem Geral
Precaucoes a serem tomadas na
transfunsao sanguinea
 O pedido de sangue sera encaminhado ao
banco de sangue deve conter a identificacao do
receptor, o produto hemoterapeutico indicacdo
sua respectiva quantidade e indicacao de
transfusao.

 Deve-se colher uma amostra de sangue do paciente,


colocar em frasco contendo anti-coagolante, devidamente
identificado e encaminhado junto com pedido para banco
de sangue, para determinacao do grupo sanguineo.

Curso de Enfermagem Geral e de


440 Sangue Matern-Infantil
Preparação psicologica ao utente para transfusao

 Apos a colheita do sangue, e testado para verificar se


tem anti-corpos de sifilis, hepatite e virus da
imunodeficiencia humana (HIV),para evitar a
administracao do sangue capaz de transmitir doencas
sanguineas ao utente.

Curso de Enfermagem Geral e de Saude


441 Materno-Infantil
Compatibilidade Sanguinea

 No Sangue existem varias diferencas entre as proteinas


presentes no sangue de um individuo, quer seja dador
como receptor, onde cada um pode provocar grandes ou
pequenas reaccoes a transfusão.

 O grupo mais importante para a transfusao de sangue, e


o sistema ABO, o qual inclui os grupos B,o antigeno B

Curso de Enfermagem Gera e de Saude


442 Materno-Infantill
Compatibilidade Sanguinea

 Os Antigenios determinam o grupo sanguineo


caracteristico-A,B,AB,e O

 O factor Rh positivo,significa que a proteina esta presente


na celula.

 O factor Rh negativo, significa que a proteina nao esta


presente na celula.

Curso de Enfermagem Geral e de Saude


443 Materno-Infantil
Compatibilidade Sanguinea
(Cont.)

 Para evitar reaccoes de incompatibilidade, deve


administrar o mesmo grupo sanguineo e o mesmo factor
Rh, porem existem algumas excepcoes.

 O grupo “O” e considerado dador universal uma vez que


nao apresenta as caracteristicas do grupo sanguineo A e
B na membrana celular.

Curso de Enfermagem Geral e da Saude


444 Materno-Infantil
Compatibilidade Sanguinea

 O sangue tipo O pode ser fornecido a qualquer pessoa


porque nao ira desencadear uma reacao.

 As pessoas com Rh positivo podem receber sangue Rh


negativo e positivo, uma vez que o factor nao contem a
proteina sensibilizante.

 O inverso nao e valido, ou seja as pessoas com Rh


negativo nunca devem receber sangue Rh positivo.

Curso de Enfermagem Geral e de Saude


445 Materno-Infantil
Grupos Sanguineos e Tipos Compativeis

Grupos Tipos Sanguineos


Sanguineos Compativeis
A AeO
B BeO
O O
AB AB,A, B e O
Rh(+) Rh (+) e Rh (-)
Rh(-) Rh(-) apenas

446 Curso de Enfermagem Geral


Derivados do Sangue

 Existem varios derivados do sangue que podem ser


administrados a utentes que necessitam de substancias
especificas que nao tenham todos os componentes
celulares do sangue integral.

 ( ver a tabela seguinte).

Curso de Enfermagem Geral e da Saude


447 Materno-Infantil
Tabela 2: Derivados de Sangue

Derivados de Descricao Proposito da administracao


Sangue
Plaquetas Celulares em forma de Restauram a capacidade de
disco que promovem a controlo de sangramento
coagulacao do sangue
Granulocitos Tipos de celulas brancas do Melhoram a capacidade de
sangue combater as infeccoes
Substitui os factores
Plasma Soro sem celulas coagulantes e aumenta o
volume de liquidos
intravascular.

Albumina Proteinas do plasma Atrai as doencas de


coagulacao de sangue (
hemofilia).

Crio precipitado Mistos de factores Trata as doencas de


coagulantes coagulacao do sangue
448 Curso de Enfermagem Geral
Material necessario

 Dispositivo para a recepcao do sangue,


 Luvas de procedimentos,
 Sistema para administracao do sangue,
 Soro fisiologico
 Equipamento de Proteccao Individual (EPI) necessario:
 Procedimentos e Registos; Apos o procedimento, o
enfermeiro deve fazer registos do seguinte:
 A data e a hora da transfusao,
 O Tipo e a quantidade do produto transfundido
 Os sinais vitais do paciente e sua verificacao no inicio da
transfusao.
 A reacao
449 do pacienteCurso
no deinicio da transfusao.
Enfermagem Geral
Cuidados Pre-transfusional

 As reacções de transfusão de sangue ocorrem devido a


reacção antigéno-anticorpo, podendo variar de uma
reacção ligeira a um choque anafilático. Por isso, É
importante a realização de prova do sangue doado e do
sangue de quem vai receber-lo, pois o receptor precisa
receber do doador um tipo de sangue compatível com o
seu, para que não haja distruição das hemácias.
(hemólise).

Curso de Enfermagem Geral e de Saude


450 Materno-Infantil
Cuidados Pre-transfusional (Cont.)

 Avaliar os Sinais Vitais antes e durante a


transfusao.

 Utiliza uma agulha ou cateter com calibre nao


inferior a numero 20, uma solucao salina normal
e sistema tipo“y”

 Uma unidade transfusional deve correr no


máximo quatro horas de tempo (em condições
normais).
Curso de Enfermagem Geral e de Saude
451 Materno-Infantil
Cuidados Pre-transfusional (Cont.)

 O sangue ou seu derivado deve ter uma etiqueta de


identificação com os seguintes dados: Nome completo,
número da cama do paciente e sua localização, grupo
ABO e Tipo do receptor, data e nome do responsável
pela realização dos testes e pedido do produto e
resultado de compatibilidade.

 É muito importante que o enfermeiro que vai administrar


o sangue ou seus componentes confira atentamente a
etiqueta, para verificar se os dados estão correctos.

452 Curso de Enfermagem Geral


Cuidados Intra-Transfusional

 O sangue deve ser administrado mediante punção


de uma veia calibrosa ou utilização de cateter
venoso central, se disponível.
 A transfusão deve ser sempre instalado com um
sistema próprio com filtro, trocado de 4 em 4 horas
ou antes, se houver sinais de saturação ou
contaminação, podendo ser usado para mais de uma
unidade no mesmo paciente desde que respeitados
esses critérios. Se tiver que fazer.

Curso de Enfermagem Geral e de Saude


453 Materno-Infantil
Cuidados Intra-Transfusional (Cont.)

 Nos primeiros 15 minutos deve se deixar o sangue


gotejar lentamente, observando as condições do
paciente para despiste da ocorrência de hemólise.
 Aumentar a velocidade se não houver contra-
indicação.
 Monitorar o processo de transfusão, observando as
reacções e aparecimento de sinais ou sintomas
como febre, calafrios, tremores, erupção cutânea,
prurido generalizado, cefaleia, hipotensão,
taquicardia, dispneia.

Curso de Enfermagem Geral e de Saude


454 Materno-Infantil
Cuidados Intra-Transfusional – Reacção transfusional

 Em caso de reacção: Interromper imediatamente a


transfusão e comunicar médico ou outro técnico
superior e ao banco de sangue.
 Acções imediatas
 Interromper a transfusão, mantendo a punção
venosa com uma solução fisiológica a 0.9%.
 reexaminar cuidadosamente todas as etiquetas,
rótulos e registos, conferindo novamente os dados
do paciente com os do banco de sangue ou
componentes em uso.

Curso de Enfermagem Geral e de Saude


455 Materno-Infantil
Cuidados Intra-Transfusional – Reacção
transfusional

 Encaminhar o balão contendo o resto do sangue ou


componente, o sistema e a etiqueta de identificação do
balão, para o banco de sangue, tendo o cuidado de não
contaminar o produto durante a manipulação.

 Colher amostra de sangue para exame e determinação


de hemoglobina.

456 Curso de Enfermagem Geral


Cuidados Intra-Transfusional – Reacção
transfusional

 Encaminhar o balão contendo o restante do sangue ou


componente, o sistema e a etiqueta de identificação do
balão, para o banco, tendo o cuidado de não contaminar
o produto durante a manipulação.

 Colher amostras de sangue para exame e determinação


de hemoglobina.

Curso de Enfermagem Geral e de Saude


457 Materno-Infantil
Cuidados Pos-Transfusional

 Deve avaliar os sinais vitais de quinze em quinze


minutos ate a situacao do utente ficar normalizada.

458 Curso de Enfermagem Geral


Reaccoes mais frequentes na administracao de
sangue

 As reaccoes ocorrem durante os primeiros 5 a 15 minutos


apos o inicio da transfusao.
 Ocorrem reaccoes febris alergias, (rubor e dispneia),
septicas, tremores, sobrecarga circulatoria, sinais de
hipoglicemia.

 Causas de reaccoes na administracao de sangue


 Incompatibilidade sanguinea
 Subrecarga circulatoria(Taquicardia por hipotensao)

459 Curso de Enfermagem Geral


Causas de reaccoes na administracao de sangue

 Incompatibilidade sanguinea

 Subrecarga circulatoria

 Taquicardia por hipotensao

Curso de Enfermagem Geral e de Saude


460 Materno-Infantil
Tabela 3: Reacoes a Transfusao de Sangue
Tipos de Sinais Sintomas Causas Accao
Reacoes
Hipotensao, Incompatibil Suspende a infusao do
pulso rapido, idade entre o sangue,
Incompatibil dificuldade sangue do dador e Administra salina ev,
idade repiratoria,dor do receptor Administra oxigenio
nas costas e Elevar os pes.
rubor.
Febre, Alergias a proteinas Suspende a infusao do
Febre calafrios,dor de estranhas no sangue
cabeca, pulso sangue doado. Administra a salina,
rapido e dores Avalia os sinais vitais
musculares.
Febre,tremores, Infusao do sangue Suspende a infusao de
hipotensao. com sangue
Septicemia microorganismos Administra a solucao salina,
Guarda o sangue em lugar
seguro.
Extema, prurido, Pequena Reduz o volume da infusao
Alergia vermelhidao, sensibilidade de do sangue
sinais vitais substancias no Avalia os sinais vitais do
461 Curso de Enfermagem Geral
estaveis sangue doado. paciente
Reacoes a Transfusao de Sangue

Tipos de Sinais Sintomas Causas Accao


Reacoes

Manter a infusao
Tremor Ausencia Infusao de sangue Cobrir o paciente e deixar
moderado frio lhe confortavel.

Hipertensao, Grande volume ou Reduzir o volume do


dificuldade infusao rapida, sangue infundido,
respiratoria, sons funcao cardiaca ou Elevar a cabeca
Sobrecarga respiratorios renal Administrar oxigenio
ruidosos e pulso comprometidos.
oscilante.
Hipotensao, caibras Multiplas Suspender a transfusao de
musculares e transfusoes de sangue
Hipoglcemia convulsoes. sangue contendo Administrar a solucao
agentes anticalcio salina
Curso de Enfermagem Geral e de Saude
462 Mterno-Infantil
Resumo

 As pessoas com sangue tipo “O” são considerados


dadores universais e as do tipo “AB” receptores
universais.

 O enfermeiro deve sempre observar se não há presença


de bolhas ou alterações na cor do sangue.

 A presença de bolhas pode indicar multiplicação de


bactérias e a cor anormal ou turva podem ser indicação
de hemólise.
Curso de Enfermagem Geral e de Saude
463 Materno-Infantil
Resumo (Cont.)

 Não se deve adicionar ao sangue ou a seus derivados


quaisquer substâncias ou medicamentos bem como sua
infusão concomitante pela mesma linha que a do sangue.
Caso haja necessidade, deve se optar por soluções
isotônicas ao sangue, sem cálcio de modo a evitar a
hemólise.

 O tempo de infusão não deve exceder a 4 horas, devido


ao risco de proliferação de bactérias.

Curso de Enfermagem Geral e de Saude


464 Materno-Infantil
Bibliografia

 Bibliografias;Enfermagem Basica, Teoria e Pratica


Editora,RIDEEL Pag-308 a 317,

 Conceitos e habilidades fundamentais no atendimento


de Enfermagem
6a edicao; Barbara K.TIMBY
Pags 296 a 300.

Curso de Enfermagem Geral e de Saude


465 Materno-Infantil
466 Curso de Enfermagem Geral e ESMI
ASPIRAÇÃO DE SECREÇÕES
NAS VIAS RESPIRATÓRIAS

Módulo 6 – Fundamentos de Enfermagem


Aula 11

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Competências
Após a discussão deste tema os alunos
deverão ser capazes de:

 Conceituar aspiração de secreções, descrevendo os


objectivos da aplicação da técnica;
 Reconhecer a importância de aspiração de secreções
no utente;
 Seleccionar os materiais e EPI necessário para
diferentes tipos de aspiração de secreções;
 Aplicar a técnica de aspiração de secreções usando os
diferentes métodos.
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Aspiração de Secreção

 Conceito:
 E o procedimento utilizado para retirar secreções do trato
respiratório e ou cavidade oral através de sucção por cateter.
 Importância:
 Evitar a atelectasia;
 Aumentar a capacidade residual funcional;
 Facilitar as trocas gasosas;
 Melhorar o conforto respiratório do paciente;
 Registar as características das secreções;
 Assegurar que as vias respiratórias estejam permeáveis.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Aspiração de Secreções

 Objectivos
 Manter as vias aéreas livres;
 Retirar secreções do trato respiratório ou boca sem
traumatismo;
 Prevenir, tratar infecções respiratórias e vias aéreas
superiores.
 Tipos
 Nasal e oral;
 Nasotraqueal e Orofaringea;
 Nasofaríengea e orofaríngea.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Aspiração Orofaríngea/Nasofaríngea
Indicação:
 Pacientes que não conseguem eliminar as secreções por
deglutição ou expectoração.
Contra-indicação:
 Pacientes que fazem anti-coagulantes;
 Pacientes com distúrbios da coagulação, septicemia ou
deformação nasofaringea.
Complicações:
 A infecção nos seios paranasais pode ser decorrente de
obstrução da drenagem, assim como a possível
aspiração de sangue pela traqueia.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Aspiração Nasal e Oral
 As vias aéreas podem ser
aspiradas a partir do nariz ou da
boca.
 Quando o cateter é inserido no
nariz, bem profundamente nas
vias aéreas superiores, que e a
técnica mais comum, chamamos
de aspiração nasofaringea.
 Se o cateter e movimentado na
direcção das vias aéreas
inferiores, usa-se o termo
aspiração nasotraqueal.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Aspiracao Nasal e Oral (Cont.)
 Na via aérea oral, usa-se cânula de
Guedel/Mayo que mantém a língua
posicionada para frente ao interior
da boca.
 No geral, a cânula de Guedel é
usado em pacientes inconscientes
que não podem proteger as próprias
vias aéreas.
 A cânula de Guedel evita a
obstrução de uma via aérea superior
ocasionada pelo relaxamento da
língua.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Aspiração orotraqueal e Nasotraqueal

 É a remoção de secreções da traqueia ou brônquios, por


meio de uma sonda inserida através do nariz.
 A sonda é introduzida ate a traqueia pela cavidade oral,
ou através da narina preferencialmente.
 Estimula o reflexo da tosse, ajuda manter a via
respiratória desobstruída mantendo uma troca de
oxigénio e dióxido de carbono, prevenindo a pneumonia.
 A Canula de Guedel, facilita a aspiração orotraqueal do
paciente inconsciente, tornando mais fácil o acesso da
sonda traqueia.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Aspiração orotraqueal e Nasotraqueal
Indicação:
 Pacientes que apresentam secreções
pulmonares e com a diminuição da
capacidade de tossir;
 Pacientes com tubo endotraqueal;
 Pacientes com diminuição do estado
de consciência;
 Pacientes com obstrução das vias
aéreas;
 Pacientes em ventilação mecânica
 Para remoção das secreções
acumuladas na traqueia. 475

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Aspiração orotraqueal e Nasotraqueal

A retirada das secreções da


traqueia precisa ser asséptica,
atraumática e eficaz;
Aspirar inicialmente a
traqueostomia, seguindo a
cavidade nasal e oral.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Aspiração orotraqueal e Nasotraqueal
 Complicações:
 Hipoxia e dispneia, pela remoção de oxigénio com as
secreções;
 Proporciona ansiedade e inquietação, podendo alterar
o padrão respiratório;
 As arritmias cardíacas  resulta da hipoxia e do
estimulo ao nervo vago (ramo traqueobronquica).
 Traumatismo da traqueia ou brônquica;
 Sangramento  em pacientes que usam
anticoagulantes ou com discrasia sanguínea;
 Infecções sistémicas e pulmonares.
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Materiais Necessario
Tabuleiro contendo:
 EPI: mascara cirúrgica, óculos, avental plástico, 2 pares
de luvas
 Aspirador fixo ou portátil;
 Frasco colector e extensão de borracha;
 2 Sondas de aspiração com ou sem dispositivo para
controlar a sucção;
 Seringa;
 Frasco (250 ml) de soro fisiológico ou água destilada;
 Ambu conectado a fonte de oxigénio;
 Toalha de rosto.
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Assistência de Enfermagem – Prática LH

Preparação do Procedimento:
 Cumprimentar o utente e identifique-se;
 Avaliar os sinais e sintomas de obstrução das vias aéreas
superiores e inferiores;
 Avaliar os sinais e sintomas associados a hipoxia:
apreensão, ansiedade, menor capacidade de
concentração, letargia, ↓ consciência, fadiga,
irritabilidade, palidez, cianose e dispneia;
 Explicar o procedimento e pedir a sua colaboração, se
possível;
 Encorajar o paciente a tossir durante o procedimento;

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Assistência de Enfermagem - Prática LH
 Ajudar o paciente a assumir a posição de fowler ou semi-
fowler, com a cabeça em hiperextensão;
 Colocar o oxímetro de pulso no dedo do paciente;
 Colocar a toalha sobre o tórax do paciente;
 Lavar as mãos;
 Preparar material para aspiração de secreções:
 Abrir o kit de aspiração (usando técnica asséptica);
 Desembrulhar a cápsula/cuvete e colocar na cabeceira, enche-a
de 100 ml de Soro fisiológico;
 Conectar uma ponta do tubo ao aspirador e testar a
funcionalidade;
 Ligar e acertar a pressão do aspirador: De parede (80 a 120
mmHg) e portátil (7 a 15 mmHg).
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Assistência de Enfermagem - Prática LH
Aspiração Orofaríngea:
 Usar a máscara cirúrgica ou protector facial;
 Usar as luvas de procedimentos;
 Prenda o cateter de aspiração ao tubo de conexão;
 Inserir o cateter na boca do paciente, mover o cateter pelo
interior da boca, incluindo a faringe e linha das gengivas
até a completa limpeza de secreções;
 Encorajar o paciente a tossir e repetir a aspiração SOS;
 Limpar o cateter sugando o soro fisiológico da cuvete;
 Coloque o cateter num lugar limpo e desligar o aparelho.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Assistência de Enfermagem - Prática LH
Aspiração Nasofaríngea e Nasotraqueal:
 Aumentar a quantidade de oxigénio em 100%, se não for
contra-indicado e encorajar a respiração profunda;
 Colocar luvas estéreis em ambas mãos;
 Conectar o cateter ao tubo de conexão sem tocar nas
áreas não estéreis;
 Verificar o funcionamento do aspirador aspirando a
solução na cuvete;
 Cobrir cerca de 6 a 8 cm do cateter com lubrificante
hidrossolúvel;
 Remover o equipamento de oxigénio. Sem aplicar a
aspiração, inserir delicadamente o cateter nas narinas;
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Assistência de Enfermagem - Prática LH
 Na aspiração Nasofaríngea:
 Seguir o curso natural das narinas, inclinando delicadamente o
cateter para baixo, avançando ate a parte posterior da faringe;
 Aplicar a sucção intermitente por 10 a 15 segundos, colocando e
retirando o polegar da mão dominante sobre o respiro do cateter;
 Retirar lentamente o cateter girando-o em vai-vem entre os dedos
polegar e indicador.
 Na aspiração Nasotraqueal:
 Seguir o curso natural das narinas, avançando o cateter
ligeiramente inclinado para baixo um pouco acima da entrada da
traqueia;
 Deixe o paciente respirar e inserir rapidamente 16 a 20 cm na
traqueia. O paciente vai começar a tossir;

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Assistência de Enfermagem - Prática LH
 Na aspiração Nasotraqueal - Continuação:
 As posições opcionais para aspiração nasotraqueal: virar a cabeça
do paciente para direita ajuda a aspirar o brônquio principal
esquerdo. Virar para esquerda ajuda a aspirar o brônquio principal
direito;
 Aplicar a sucção intermitente por 10 a 15 segundos, colocando e
retirando o polegar da mão dominante sobre o respiro do cateter e
lentamente retirando o cateter girando-o para frente e para trás
entre o polegar e indicador dominantes;
 Encorajar o paciente a tossir;
 Recolocar o dispositivo de oxigénio, se aplicável.

 Enxaguar o cateter e o tubo de conexão com soro


fisiológico ou agua destilada;
 Verificar a necessidade de repetir o procedimento.
Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Assistência de Enfermagem - Prática LH
 Registos de enfermagem:
 Data e hora da realização do procedimento;
 Características das secreções: quantidade, consistência, cor e
odor;
 Estado cardiopulmonar do paciente: Comparar os sinais vitais
do paciente e saturação do oxigénio antes e depois da
aspiração;
 Resposta do paciente ao procedimento: facilidade de respirar
e se a congestão diminuiu.

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Referência Bibliográfica
1. MISAU. Guião de Procedimentos Básicos de Enfermagem.
Maputo – Moçambique, 2009
2. Potter & Perry. Fundamentos de Enfermagem, 6ª Edição,
Mosby Elsevier Editora Lda. São Paulo - Brasil, 2005
3. KNOBEL, Elias. Condutas no Paciente Grave. Ed. Ateneu.
São Paulo, 1994.
4. KISNER, Carolyn. Exercícios Terapêuticos. Fundamentos e
Técnicas. Ed. Manole. São Paulo, 1996.
5. LIPPERT, Lynn. Cinesiologia Clínica para Fisioterapeutas.
Ed. Revinter, Rio de Janeiro, 1996.
6. http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapi
a/respiratoria/pneumo_cristina/pneumo_cristina.htm

Curso de Enfermagem Geral e ESMI


487 Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Fundamentos de
Enfermagem

Submódulo 12
Controle da diurese
Curso de Enfermagem Geral
Curso de Enfermagem Geral e de Saúde Materno-Infantil 488
COMPETÊNCIAS

 1-Discutir a importância do controle da diurese no


paciente.
 2-Identificar os parâmetros normais na diurese.

Curso de Enfermagem Geral e de Saúde Materno-Infantil


IMPORTÂNCIA DA MEDIÇÃO DA DIURESE

 É import ante a medição da diurese porque permite


fazer-se o balanço hídrico ( quantidade de líquidos
ingeridos e eliminados), evitando assim o desiquilíbrio
hidroeletrolítico e de ácido-básicos.

 O controle da diurese deve ser muito maior na criança do


que no adulto pelo facto dela ser mais vulnerável aos
desiquilíbrios hidroelétrico e ácido-básicos.

490 Curso de Enfermagem Geral e de Saúde Materno-Infantil


INDICAÇÕES

O CONTROLE DA DIURESE ESTÁ INDICADO NOS


SEGUINTES CASOS:

 1-Vigilância da desidratação ou da retenção da água.


 2-Insuficiência renal ou cardíaca.
 3-Paciente em reanimação com ventilação assistida.

Curso de Enfermagem Geral e de Saúde Materno-Infantil


PARÂMETROS DA DIURESE

 Os parâmetros da diurese tem a ver com a quantidade


aproximada de água ingerida diariamente ( casos
normais) em 24 horas varia de
2100 a 2900 ml.

 A quantidade eliminada pela urina varia de 1000 a
1500ml as restantes quantidades são eliminadas por
outras vias como por exemplo: pelas fezes, pela pele e
pelos pulmões durante a respiração.

Curso de Enfermagem Geral e de Saúde Materno-Infantil


MATERIAL E EPI NECESSÁRIOS

O MATERIAL NECESSÁRIO SERÁ O SEGUINTE:


 Frasco de aproximadamente 2,5l para recolha da urina.
 Luvas não esterilizadas.
 Compressas não esterilizadas.

NB: O material e EPI necessários encontram-se no


laboratório Humanístico.

Curso de Enfermagem Geral e de Saúde Materno-Infantil


PROCEDIMENTOS E REGISTOS

NB: Os procedimentos são feitos no L H, consultando o


guião de Procedimentos, nas páginas, 67 e 68.

Contudo deve-se ter em conta o seguinte:

 1- O paciente urina num urinol ou arrastadeira e esta


urina é recolhida num frasco preparado para o efeito.

. Curso de Enfermagem Geral e de Saúde Materno-Infantil


CONT. DE PROCEDIMENTOS E REGISTOS

 2-As medições são feitas nas manhãs depois da 1ª


micção,mas ter o cuidado de lavar bem o frasco para a
recolha da urina do dia.

. Curso de Enfermagem Geral e de Saúde Materno-Infantil


CONT. DOS PROCEDIMENTOS E
REGISTOS
 3-O registo da quantidade da urina eliminada é feito de
manhã.

 4-Se o paciente estiver algaliado, deve-se esvaziar o


saco colector em determinadas horas do dia e registar.

 5- O total das quantidades recolhidas soma-se de 24 em


24 horas e regista-se

Curso de Enfermagem Geral e de Saúde Materno-Infantil


497 Curso de Enfermagem Geral e ESMI
ENEMA DE LIMPEZA

Módulo 6 – Fundamentos de Enfermagem


Aula - 17
COMPETÊNCIAS
 1-Discutir a importância da adequada eliminação
intestinal para a saúde e o bem estar do indivíduo.

 2-Descrever a finalidade do Enema ou Clister de


Limpeza

 3-Identificar as indicações de enema;

 4-Aplicar princípios relevantes na aplicação e


implementação das intervenções de Enfermagem

499 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Enema de Limpeza
 Introdução de uma sonda, no intestino grosso,
inserida através do ânus, para instilação de uma
certa quantidade de solução variável, em função dos
objectivos a atingir
 Indicações:
 Obstipação;
 Preparação do intestino para: exames, cirurgia, parto e
clister opaco;
 Preparação do intestino para estabelecimento do
padrão de evacuação, normalmente, durante um
programa de treino intestinal.

500 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Enema de Limpeza
Objectivos Contra-indicações
 Remoção de sólidos e/ou  Infecção aguda do intestino;
gases acumulados no trato  Cancro do recto;
intestinal inferior;  Após rotura bolsas da água
 Estimular o peristaltismo  Doente com hemorróides;
intestinal;  Nos períodos digestivos
 Acalmar e tratar a mucosa  Com fistulas anais;
irritada;  Perfuração intestinal;
 Limpar o intestino para  Pacientes com suspeita de
exames, intervenções peritonite.
cirúrgicas e parto;
 Pesquisar a presença de
hemorragia gastrointestinal.
501 Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Tipos de Enemas
 Evacuadores/Limpeza
 Simples
 Lubrificantes - aumentam o peristaltismo;
 Emoliantes - amolecem o material fecal.
 Medicamentosos;
 Opacos - para exames radiológicos;
 Enema sedativo;

 Enema Antihelmíntico.

502 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Material e EPI
 Tabuleiro contendo:
 Irrigador, tubo de ligação e Suporte de irrigador
 Sonda ou cânula rectal;
 Jarro com solução prescrita (soro fisiológico, água tépida,
etc)
 Lubrificante hidrossolúvel
 Pinça de Koch
 Resguardo impermeável
 Lençol de pano e Papel higiénico
 Luvas de procedimentos;
 Aparadeira ou cadeira sanita.
503 Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Cuidados de Enfermagem - LH
 Identificar o doente;
 Verificar prescrição e objectivos;
 Verificar o registo da última dejecção
 Proceder à lavagem higiénica das mãos;
 Preparar o material e transportá-lo para junto do doente;
 Explicar ao doente o procedimento;
 Isolar o doente;
 Verificar a temperatura da solução;
 Posicionar correctamente o doente, decúbito lateral
esquerdo;
504 Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Cuidados de Enfermagem - LH
 Expor unicamente a região necessária à execução do
enema;
 Colocar resguardo impermeável absorvente, sob as
nádegas;
 Pendurar o irrigador no suporte cerca de 45 a 60 cm
acima do nível da cama;
 Calçar as luvas;
 Adaptar irrigador, tubo de ligação e sonda, retirar o ar do
tubo e sonda, antes de inserir no recto;
 Lubrificar a sonda;

505 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Cuidados de Enfermagem - LH
 Separa as nádegas e introduzir a sonda com suavidade,
pedindo ao doente que inspire profundamente e expire
lentamente;
 Abrir o clamp e iniciar a administração. Se o doente se
queixar com cólicas ou desejo de evacuar, fechar o
compressor e aguardar que passe o estímulo e reiniciar a
administração;
 Verificar se a solução está a ser introduzida;
 Verificar se a solução está a ser administrada lentamente;
 Findo o enema fechar a torneira ou compressor para não
entrar ar;

506 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


Cuidados de Enfermagem - LH
 Clampar a sonda e retirar com movimentos suave
enrolando em papel higiénico;
 A solução deve permanecer no cólon o tempo desejado
ou prescrito;
 Aumentar o efeito;
 Retirar as luvas e proceder à lavagem higiénica das
mãos;
 Colocar o doente na aparadeira, cadeira sanita ou ida à
casa de banho, conforme a situação do doente,
colocando a campainha junto dele
 Observar os resultados do enema
 Ajudar o doente a lavar o períneo, vestir-se e posicionar
confortavelmente;
507 Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Cuidados de Enfermagem - LH
 Arejar o quarto ou enfermaria;
 Recolher e dar o destino adequado ao material e
equipamento;
 Proceder à lavagem higiénica das mãos;
 Proceder aos respectivos registos.

508 Curso de Enfermagem Geral e ESMI


509 Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Colheita de Amostras para
Exames Laboratoriais
Interpretação dos Resultados

Módulo 6 – Fundamentos de Enfermagem


Aula 13

Curso de Enfermagem Geral & ESMI


Competências
Após a discussão deste tema os alunos deverão
ser capazes de:

 Reconhecer a responsabilidade do enfermeiro nos


exames auxiliares de diagnóstico;
 Identificar as principais amostras usadas para exames
laboratoriais, mencionando a finalidade de da colheita de
cada amostra: Urina; Fezes; Expectoração; Pus e
Sangue;
 Seleccionar o material e EPI necessários para a colheita
de cada tipo amostra: Urina; Fezes; Expectoração; Pus e
Sangue.
Curso de Enfermagem Geral & ESMI
Competências
Após a discussão deste tema os alunos deverão
ser capazes de:

 Prestar assistência de enfermagem antes, durante e


depois da colheita de amostras de: Sangue, Urina; Fezes;
Expectoração e pús/secreções;
 Interpretar os resultados das análises laboratoriais de
rotina: Hemograma, Bioquímica, Urina II e Teste rápido
para HIV e para Malária.

Curso de Enfermagem Geral & ESMI


Diálogo em pares

 Quais são as
responsabilidades do
enfermeiro em relação
aos exames auxiliares de
diagnóstico?

Curso de Enfermagem Geral & ESMI


Responsabilidades do Enfermeiro
relacionadas com exames auxiliares
Antes do exame:
 Preparação do utentes e família;
 Obtenção do consentimento
informado;
 Marcação do exame;
 Preparação física do utente (jejum,
sedação, enemas, etc);
 Preparação do equipamento;
 Transporte do utente para a sala de
exames e encaminhar para sala de
espera a família/acompanhante.
Curso de Enfermagem Geral & ESMI
Responsabilidades do Enfermeiro
relacionadas com exames auxiliares

Durante o exame:
 Apoio ao utente durante o
exame auxiliar de
diagnóstico;
 Colheita de dados iniciais e
avaliação contínua do
utente;
 Colaboração nos exames
auxiliares de diagnóstico.

Curso de Enfermagem Geral & ESMI


Responsabilidades do Enfermeiro
relacionadas com exames auxiliares
Depois do exame:
 Prestação de cuidados e medidas
de conforto após o exame;
 Informação à família da
conclusão do exame auxiliar de
diagnóstico, em coordenação
com a equipa clínica;
 Envio de espécimes;
 Manutenção do equipamento;
 Registo do exame, verificando a
correspondência dos resultados
com o utente

Curso de Enfermagem Geral & ESMI


Chuva de ideias

 Quais as finalidades da colheita de amostras de:


Sangue; Urina; Fezes e Expectoração?

 Que tipo de materiais e EPI são necessários para a


colheita de amostras de: Sangue, Urina; Fezes e
Expectoração.
Curso de Enfermagem Geral & ESMI
Colheita de espécimes
 Espécime é uma amostra de tecidos orgânicos,
exsudatos ou excreções que podem ser obtidas
durante procedimentos diagnósticos e de tratamento.
 Os espécimes incluem:
 Sangue;
 Urina;
 Fezes;
 Expectoração;
 LCR – líquido cefalorraquideo;
 Sudação;
 Secreções gastrointestinais.

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A AMOSTRA PRECISA:
 Processamento adequado;
 Manipulação cuidadosa  a falha pode
alterar os resultados;
 Identificar a amostra correctamente;
 Entrega rápida no Laboratório;
 Por vezes podem ser adicionados
conservantes;
 Saber a temperatura mantido após a
colheita;
 A ingestão de fármacos até 72 horas
antes do exame pode alterar os
resultados.
Curso de Enfermagem Geral & ESMI
Colheita de Sangue

Curso de Enfermagem Geral & ESMI


Colheita de Sangue
 O sangue é um líquido vermelho e viscoso constituído pelo
plasma (parte líquida) e pelas células sanguíneas.

Células sanguíneas:
 Glóbulos vermelhos
(hemáceas);
 Glóbulos brancos
(leucócitos);
 Plaquetas sanguíneas.

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Colheita de sangue
 Finalidades:
 Hemograma - contagem diferencial dos valores de
leucócitos, eritrócitos, plaquetas e hemoglobina
hematócritos;
 Bioquímica - níveis de electrólitos, enzimas, glicose,
proteínas, lípidos e hormonas;
 Serológica - exames virais (hepatites, HIV, etc);
 Imunológica ou bacteriológica
 Testes de compatibilidade sanguínea;
 Grupo sanguíneo.

Curso de Enfermagem Geral & ESMI


Colheita de sangue
 Material e EPI:
 Tubos sob vácuo (tipo
vacutainer);
 Seringas descartável;
 Agulhas descartáveis;
 Sistema de vácuo: suporte,
tubo e agulha descartável;
 Garrote;
 Anti-séptico;
 Quadrados de algodão;
 Adesivo;
 Luvas de procedimento;
 Avental impermeável.
Curso de Enfermagem Geral & ESMI
Tubos com anticoagulantes:
Tampa roxa/lilás:
 Rotina hematológica,
 Tipagem sanguínea
 Dosagens bioquímicas.
Tampa cinza:
 Determinação da glicose,
 Não é para hemograma.
Tampa verde:
 Gasometria
 Algumas dosagens bioquímicas.
Tampa azul:
 Testes da coagulação.
Curso de Enfermagem Geral & ESMI
Tubos com anticoagulantes:
Tampa vermelha:
 testes sorológicos;
 determinações bioquímicas.

Tampa amarela/laranja:
 usado quando não é possível transferir o
soro para outro frasco após centrifugação.

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Colheita de Sangue - Prática LH
Usando seringa e agulha descartável
 Coloque a agulha na seringa;
 Movimente o êmbulo e pressione-o para retirar o ar;
 Oriente o paciente quanto ao procedimento;
 Ajuste o garrote e escolha a veia;
 Faça a antissepsia do local a puncionar com algodão
humedecido em álcool 70%;

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Colheita de Sangue - Prática LH
Usando seringa e agulha descartável
 Faça a punção e solte o garrote assim que o sangue começar
a fluir na seringa;
 Colhe o sangue de acordo com o número de exames
solicitados (5 a 10 ml);

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Colheita de Sangue - Prática LH
Usando seringa e agulha descartável
 Separe a agulha da seringa com a ajuda do suporte de
desconectar ou com uma pinça e descarte-a;
 Oriente o utente a pressionar com algodão à parte
puncionada, mantendo o braço estendido, sem dobrá-lo.

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Colheita de Sangue - Prática LH
Usando seringa e agulha descartável
 Transfira o sangue para um tubo de ensaio, com ou sem
anticoagulante, de acordo com o exame solicitado.
 Escorra delicadamente o sangue pela parede do tubo para
evitar a hemólise da amostra.
 Descarte a seringa no recipiente específico para
perfurocortante, não ultrapassando 2/3 do limite da
capacidade.

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Colheita de Sangue - Prática LH
Usando sistema de vácuo
 Rosqueie a agulha no adaptador (canhão) sem remover a
capa protectora de plástico da agulha;
 Oriente o paciente quanto ao procedimento;
 Ajuste o garrote e escolha a veia;
 Faça a antissepsia do local da colheita com algodão
umedecido em álcool 70%;
 Faça a punção e após introduza o tubo no suporte,
pressionando-o até o limite;
 Solte o garrote assim que o sangue começar a fluir no
tubo;

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Colheita de Sangue - Prática LH
Usando sistema de vácuo
 Separe a agulha do suporte com a ajuda do frasco
desconectador ou com uma pinça e descarte-a no
recipiente adequado para material pérfurocortante;
 Oriente o paciente a pressionar com algodão à parte
puncionada, mantendo o braço estendido, sem dobrá-lo.
 Faça registos de enfermagem.

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Curso de Enfermagem Geral & ESMI
Colheita de Sangue Capilar

 O sangue obtido por punção transcutânea é uma


mistura de proporções indeterminadas do sangue de
arteríolas, vênulas, capilares e dos fluidos intersticial
e intracelular.
 Indicações:
 Testes rápidos: HIV, Malária, glicémia digital, etc;
 Crianças menores: teste de pezinho e outros exames
de rotina;
 Pacientes queimados, obesos, geriátricos.

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Colheita de Sangue Capilar
Locais de punção:
 Superfície palmar da falange distal (extremidade) dos
dedos médio ou anelar em crianças >1 ano ou em
adultos;
 Superfície plantar lateral ou medial do calcanhar (área de
menor risco) em crianças <1 ano.

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Colheita de Sangue Capilar
 Material e EPI:
 Lanceta descartável
 Tubos capilares;
 Recipientes para amostra;
 Kit de teste para: Malária ou
HIV ou Glicémia digital;
 Anti-septico;
 Quadros de algodão;
 Luvas de exame;
 Avental impermeável;
 Caixa incineradora.
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Colheita de Sangue Capilar – Prática LH

 Dispor da requisição de exames e identificar e posicionar


o paciente;
 Lavar as mãos e calçar luvas;
 Selecionar o material e EPI necessário;
 Aquecer o local da punção (friccionando);
 Fazer assepsia do local da punção e permitir secagem
natural;
 Preparar a lanceta de punção;
 Puncionar a pele (falange distal ou calcanhar)
 Descartar a lanceta;

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Colheita de Sangue Capilar – Prática LH
 Limpar a primeira gota de sangue com gaze seca e
colher o sangue em recipiente apropriado, fazendo a
mistura correcta com os aditivos indicados
(anticoagulantes e/ou estabilizadores). Ou coloque a gota
de sangue no teste pretendido;
 Pressionar o local da punção com algodão ou gaze e
elevar ligeiramente;
 Identificar os recipientes com a amostra segundo os
procedimentos estabelecidos (Nome, Cama, Serviço,
Data);
 Descalçar as luvas e lavar as mãos antes de atender
outro paciente.
 Encaminhe a amostra e faça registos.
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Colheita de Urina

Curso de Enfermagem Geral & ESMI


Colheita de Urina
 Consiste na recolha de um determinado volume de
urina para a realização de exames de diagnóstico.
 Pode ser feito pelo enfermeiro ou pelo próprio utente.
 Tipos de técnicas:
 Jacto médio;
 Colheita asséptica;
 Utente já algaliado.

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Colheita de Urina
 Finalidades:
 Uroculturas
 Análise sumária (Tipo II);
 Urina de 24 horas.
 Material e EPI:
 Material para higiene perineal;
 Arrastadeira ou Urinol;
 Frasco de urina esterilizado;
 Papel higiénico;
 Compressas
 Luvas de procedimentos.
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Colheita de Urina: Jacto Médio
 No Homem:
 Expor a glande e lavar a área em redor do meato com
água e sabão.
 Remover o sabão e limpar com compressas
esterilizadas.
 Instruir o doente a abrir correctamente o frasco
esterilizado, tendo em atenção em não tocar no seu
interior, nos bordos ou na tampa;
 Desperdiçar a primeira porção de urina e, de preferência,
sem interromper o jacto colher para o frasco uma
quantidade de 20 ml de urina.
 Termina a micção para a sanita ou urinol.

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Colheita de Urina: Jacto Médio
 Na Mulher:
 Separar os grandes lábios para expor o meato urinário;
 Lavar e limpar, usando a técnica de limpeza da frente
para trás;
 Manter os lábios afastados e urinar de forma que a urina
saia com pressão e em jacto, desperdiçando o porção
inicial.

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Colheita de Urina: Através da introdução
de cateter vesical
 Só deve ser realizada
quando a técnica do
jacto médio não é
possível;
 Quando se pretende
urina asséptica;
 Usar técnica asséptica
rigorosa inerente a uma
boa algaliação e colher
a urina.

Curso de Enfermagem Geral & ESMI


Colheita de Urina: Utente já algaliado
 Com luvas desinfectar a parte destinada a punção da
sonda;
 Previamente clampar a sonda com pinça apropriada
ou clampe apropriado;
 Puncionar a sonda no local destinado e aspirar cerca
de 20cc de urina;
 Verter esta urina no frasco esterilizado.

NÃO colher a urina do saco


pois pode não ser recente!

Curso de Enfermagem Geral & ESMI


Assistência de Enfermagem - Prática LH
Intervenções Justificação
 Identificar o doente,  Evitar erros;
 Proceder à lavagem higiénica  Prevenir infecções cruzadas;
das mãos;
 Preparar o material e transportá-  Economizar tempo;
lo para junto do Utente;

 Explicar ao doente o  Diminuir a ansiedade, obter a


procedimento; sua colaboração e envolve-lo
na prestação de cuidados;

 Isolar o doente;  Respeitar a privacidade;


 Posicionar correctamente o  Proporcionar conforto e
doente; facilitar a execução do
procedimento;
Curso de Enfermagem Geral & ESMI
Assistência de Enfermagem - Prática LH
Intervenções Justificação
 Utilizar a técnica de colheita de  Cumprir norma;
urina mais apropriada à
condição do doente.
 Identificar o frasco e juntar a  Evitar erros;
requisição;
 Arejar o quarto ou enfermaria;  Eliminar odores;

 Recolher e dar o destino  Prevenir a contaminação do


adequado ao material e ambiente;
equipamento;
 Proceder à lavagem higiénica  Prevenir infecção cruzada;
das mãos;
 Proceder aos respectivos  Documentar o procedimento
registos. realizado
Curso de Enfermagem Geral & ESMI
Assistência de Enfermagem - Prática LH

 Registos de Enfermagem:
 Data e hora da colheita;
 Características da eliminação vesical;
 Conservação e/ou envio da amostra ao Laboratório.

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Colheita de Fezes

Curso de Enfermagem Geral & ESMI


Colheita de Fezes
 Consiste na recolha de uma determinada quantidade
de fezes para a realização de exames de
diagnóstico.
 Finalidades:
 O estudo das funções
digestivas
 A dosagem da gordura
fecal
 As pesquisas de sangue
oculto
 A pesquisa de ovos e
parasitas
 A coprocultura
Curso de Enfermagem Geral & ESMI
Colheita de Fezes
 Material e EPI:
 Arrastadeira;
 Frasco esterilizado para
amostra;
 Espátula;
 Papel higiénico;
 Luvas de procedimentos;
 Máscara cirúrgica;
 Avental impermeável.

Curso de Enfermagem Geral & ESMI


Colheita de Fezes - Prática LH
Intervenções Justificação
 Identificar o doente,  Evitar erros;
 Proceder à lavagem higiénica  Prevenir infecções cruzadas;
das mãos;
 Preparar o material e transportá-  Economizar tempo;
lo para junto do Utente;

 Explicar ao doente o  Diminuir a ansiedade, obter a


procedimento; sua colaboração e envolve-lo
na prestação de cuidados;

 Isolar o doente;  Respeitar a privacidade;


 Posicionar correctamente o  Proporcionar conforto e
doente; facilitar a execução do
procedimento;
Curso de Enfermagem Geral & ESMI
Colheita de Fezes - Práticas LH
Intervenções Justificação
 Providenciar uma arrastadeira esterilizada,  Cumprir norma;
caso sejam coproculturas.
 Abrir o frasco e colher com espátula
esterilizada uma porção (5 a 10gr) de
fezes da porção central.
 Identificar o frasco e juntar a Requisição;  Evitar erros;

 Arejar o quarto ou enfermaria;  Eliminar odores;


 Recolher e dar o destino adequado ao  Prevenir a
material e equipamento; contaminação do
ambiente;
 Proceder à lavagem higiénica das mãos;  Prevenir infecção
cruzada;
 Proceder aos respectivos registos.  Documentar
Curso de Enfermagem Geral & ESMI
Colheita de Expectoração

Curso de Enfermagem Geral & ESMI


Colheita de expectoração
 Consiste na recolha de uma determinada quantidade
de escarro para a realização de exames de
diagnóstico.
 Finalidade:
 Baciloscopia;
 Cultura de micobactérias.
 Material e EPI:
 Frasco esterilizado;
 Luvas de exame;
 Mascara N95.

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Colheita da Expectoração
 Orientar o paciente sobre a finalidade do exame e o
método para colheita do material;
 Lavar as mãos;
 Preparar o material necessário, identificar o frasco e levar
ao quarto/enfermaria;
 Orientar a higiene oral somente com água, sem anti-
séptico, antes da colheita;
 Orientar que o material deve ser escarrado e não
cuspido;
 Fornecer o frasco;

Curso de Enfermagem Geral & ESMI


Colheita da Expectoração

 Orientar o paciente a tossir


profundamente e expectorar
(escarrar) no recipiente, fechando-
o em seguida;
 Lavar as mãos;
 Encaminhar ao laboratório;
 Realizar anotação de
enfermagem.

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Colheita da Amostra por
Zaragatoa

Curso de Enfermagem Geral & ESMI


Colheita da amostra por zaragatoa
 Consiste na recolha de substâncias orgânicas com
uma zaragatoa para a realização de exames
complementares de diagnóstico.
 Finalidade:
 Cultura da materiais:
 Orofaringe;
 Recto;
 Pénis;
 Vagina;
 Uretra;
 Feridas.
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Colheita da Amostra por Zaragatoa
 Material e EPI:
 Zaragatoa;
 Luvas esterilizadas;
 Fonte luminosa;
 Espéculo (Se vaginal).

Curso de Enfermagem Geral & ESMI


Colheita de amostra por Zaragatoa
Prática LH
Intervenções Justificação
 Identificar o doente,  Evitar erros;
 Proceder à lavagem higiénica das  Prevenir infecções cruzadas;
mãos;
 Preparar o material e transportá-lo  Economizar tempo;
para junto do Utente;

 Explicar ao doente o  Diminuir a ansiedade, obter a


procedimento; sua colaboração e envolve-lo
na prestação de cuidados;
 Isolar o doente;  Respeitar a privacidade;
 Posicionar correctamente o  Proporcionar conforto e
doente; facilitar a execução do
procedimento;

Curso de Enfermagem Geral & ESMI


Colheita de Fezes - Práticas LH
Intervenções Justificação
 Abrir a zaragatoa, respeitando técnica  Cumprir norma;
asséptica, e colher o produto biológico

 Fechar a zaragatoa
 Identificar o frasco e juntar a  Evitar erros;
Requisição;
 Recolher e dar o destino adequado ao  Prevenir a
material e equipamento; contaminação do
ambiente;
 Proceder à lavagem higiénica das  Prevenir infecção
mãos; cruzada;
 Proceder aos respectivos registos.  Documentar

Curso de Enfermagem Geral & ESMI


Interpretação dos
resultados

Curso de Enfermagem Geral & ESMI


Interpretação do Hemograma

Valores normais
Parâmetro
Homem Mulher
Hemoglobina 14 - 18 g/dl 12 - 16 g/dl

Hematócritos 40 - 50% 37 - 45%

Plaquetas 140.000 - 450.000/mm3


4,4 - 6,0 4,2 - 5,4
Eritrócitos
milhões/mm3 Milhões/mm3
Leucócitos 3.500 - 11.000 mm3

Curso de Enfermagem Geral & ESMI


Interpretação de Bioquímica

Parâmetro Valores de referência


Glicose 3,9 - 6,2 mmol/L
Potássio 3,5 - 5,4 mmol/L
Sódio 135 - 148 mmol/L
Ureia 10 – 45 mg/dl
Creatinina 62 - 125 μmol/L
Bilirrubina total 1,7 – 17 μmol/L

Curso de Enfermagem Geral & ESMI


Interpretação dos resultados de Urina
Características Físicas
e Químicas
Cor Clara Composição do sedimento da
Urina
Densidade 1.005 - 1.030
Hemáceas Raras
pH 5,5 - 8,0
Leucócitos 0-4
Proteínas Negativa-traços
Células Ocasional (> na
Glicose Negativa
epiteliais mulher)
Cetonas Negativo
Cilindros Ocasional hialinos
Bilirrubinas Negativo
Bactérias Negativas
Sangue Negativo
Muco Negativo a 2+
Bactérias Negativo
Cristais Negativo
Leucócito
Negativa
esterase
Curso de Enfermagem Geral & ESMI
Interpretação do Teste de HIV

Curso de Enfermagem Geral & ESMI


Teste de Malária Positivo

Curso de Enfermagem Geral & ESMI


568 Curso de Enfermagem Geral e ESMI
FUNDAMENTOS DE
ENFERMAGEM

Sub –MÓDULO 17

Transferência do Paciente
COMPETÊNCIAS
O ESTUDANTE DEVE SER CAPAZ DE :

 Conceituar transferência do paciente.


 Descrever as indicações para transferência do
paciente.
 Reconhecer o papel do enfermeiro no processo
de transferência do paciente.
 Prestar cuidados de enfermagem na
transferência do paciente.

Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil


Conceito

 A transferência, consiste na alta de um


paciente de uma unidade sanitária ou serviço
e sua baixa em outra, sem que haja um
período em casa entre essas duas
operações. Pode ocorrer quando o estado de
um paciente melhora ou agrava – se.

Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil


Indicações

 Por indicação médica, para o paciente receber


cuidados de especialidade.

 Em situações de emergência com pacientes em


estado grave, para receber cuidados intensivos.

Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil


Documentos necessários

 Guia de transferência, com relatório detalhado


sobre a situação clínica do paciente, elaborado
pelo médico ou outro técnico credenciado.

 Documento de Identificação do paciente.

Curso de Enfermagem Geral


Orientações de enfermagem pra a
transferência do paciente

 O enfermeiro deve garantir que o paciente e


seus familiares estejam informados da
necessidade de transferência o mais cedo
possível.
 Se o tempo permitir paciente e os seus familiares
manifestarem certa preferência, estimular a
família a investigar e a colaborarem em relação à
instituição de sua preferência.

Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil


Orientações de Enfermagem (cont.)
 Comunicar – se com a unidade sanitária ou
serviço para onde o paciente será transferido.
 Fazer registo da transferência no processo de
enfermagem ou no livro apropriado.
 Fazer o registo da transferência no processo de
enfermagem ou no livro apropriado.
 Fazer um breve resumo por escrito da condição
do paciente, do tratamento e dos cuidados de
enfermagem realizados.

Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil


Oreintações de enfermagem (Cont.)
 Recolher os pertences do paciente, entrega a
família se estiver presente, tratamento e dos
cuidados de enfermagem realizados.
 Recolher os pertences do paciente, entregar a
família se estiver presente ou envi os com o
paciente.
 Auxiliar o paciente a transferir para maca ou
para cadeira de rodas.
 Colocar a guia de transferência no envelope
fechado e entrega o enfermeiro que vai
acompanhar o paciente.
 Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil
Orientações de enfermagem (cont.)
Comunicar a transferência do paciente, os
serviços financeiros para efeitos de pagamento de
hospitalização, se for necessário.

Comunicar outros serviços no sentido de


concluírem as suas responsabilidades com o
paciente ( serviço de cozinha, farmácia, etc.)

Comunicar os serviços de transporte para


levarem o paciente.
Atenção: o paciente deve ir sempre acompanhado pelo enfermeiro

Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil


578 Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Cuidados de Enfermagem
na Alta do Utente

Módulo 6 – Fundamentos de Enfermagem


Aulas 13/16

Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil


COMPETÊNCIAS
ESTUDANTE DEVE SER CAPAZ DE :
 Descrever os tipos de alta hospitalar.

 Reconhecer as tarefas do enfermeiro no


processo de alta do paciente.

 Prestar os cuidados de enfermagem na alta do


paciente.

Curso de Enfermagem e Saúde Materno Infantil


Conceito de Alta Hospitalar

 A alta é um processo que ocorre quando o


paciente sai de uma instituição de cuidados de
saúde, e consiste em:
 Obtenção de uma ordem escrita pelo médico.
 Cumprimento de instruções para a alta.
 Ajuda ao paciente para sair da unidade
sanitária.

Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil


Conceito de Alta Hospital – Cont.

Resumo das condições da paciente no


momento da alta.

Comunicação ao pessoal de para limpeza e


desinfecção do quarto.

Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil


Tipos de Alta Hospital – Cont.

1. Autorização médica para alta.


 O médico é que determina quando o paciente
está suficientemente bem para sair do
hospitalar.

 O médico faz a prescrição e indica a data e o


local para uma consulta de acompanhamento.

Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil


Tipos de Alta Hospital – Cont.

2. Alta a Pedido
 O paciente sai da unidade sanitária, antes da
autorização médica. Geralmente, a alta ocorre
quando o paciente ou os familiares não estão
satisfeitos com o atendimento ou cuidados
prestados.

Nestes casos, o enfermeiro tem a função de


persuadir o paciente ou os familiares, para
desistirem da ideia.
Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil
Tipos de Alta – Cont.

 Caso permaneça a decisão, a enfermeira deve


solicitar a assinatura de um termo de
compromisso, que é um documento que protege
o médico e a instituição da responsabilidade por
complicações que possam ocorrer depois da alta.

3. Alta por Óbito


 Aquela que ocorre com a morte do paciente.

Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil


Orientações para a alta do paciente

 O enfermeiro identifica na admissão do paciente


o conhecimento e as habilidades este
necessitará para manter um nível seguro de auto
cuidado após a alta.
 Elabora um plano de ensino durante a
hospitalização do paciente na unidade sanitária.
 Revê o que o foi ensinado, orienta-o sobre os
cuidados e aconselha –o a marcar uma consulta
na data especificada pelo médico.

Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil


Orientações para a alta do paciente

 Faz o resumo no diário de enfermagem, das


condições do paciente na alta e das instruções
dadas.
 Antes do paciente sair do hospital o enfermeiro
deve verificar junto ao sector administrativo se a
conta de hospitalização foi paga.
 Auxiliar o paciente na arrumação dos seus
pertences, se houver lista de verificar para
assegurar que nada ficou esquecido.

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Orientações para a alta – Cont.

 Comunicar os familiares para providenciar o


transporte, ou ajuda-lo a chamar um táxi se ele
assim o desejar.

 Coordenar com a Acção Social para providenciar


o transporte para o paciente ( se for necessário).

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Acompanhamento do Paciente

 Conduzir o paciente em carrinho de rodas ou


apoia–lo a caminhar até a porta(se necessário).

 Permanecer com o paciente na porta até que


entre na viatura e esteja instalado com
segurança.

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Limpeza Final

 Retirar os lençóis e cobertores da cama.


 Desinfectar a cama.
 Arrumar o quarto, ou a cama e deixar pronto para
a recepção de outro paciente.

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Procedimento

 Certificar se existe uma ordem médica para a


alta do paciente.

 Verificar outras prescrições e outras


instruções médicas para a alta.

 Informar –se sobre a existência ou não de


novas ordens médicas que precisam ser
executadas antes de alta do paciente.

Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil


Procedimento - Cont.

 Informar se sobre a existência ou não de


novas ordens médicas que precisam de ser
executadas antes da alta.
 Revisar o plano de alta do enfermeiro.
 Planificar o tempo para o paciente sair do
hospital.
 Discutir com o paciente o meio de
transporte para leva – lo para casa.

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Procedimento - Cont

 Cancelar as refeições que seriam servidas ao


paciente.

 Planificar o banho e outros cuidados médicos e


de enfermagem atempadamente.

Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil


Material Necessário
 Cartão de identificação do paciente.
 Cartão de operação de for paciente de foro
cirúrgico.
 Atestado de hospitalização.
 Guia de transferência para o paciente marcar
consulta externa de controlo no hospital e, ou
guia de transferência para o Centro de Saúde
( se necessário).

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Material necessário

 Atestado de doença, se necessário.


 Recibo da Hospitalização.
 Guia de alta.
 Receitas médicas.

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Procedimento na alta de paciente
Cirúrgico – Cont.
 Informar o paciente sobre a sua alta, com
antecedência, sempre que possível.
 Contactar o serviço social quando necessário.
 Explicar o paciente com clareza sobre os
cuidados no domicílio: dieta indicada, repouso se
necessário, uso correcto de medicamentos,
higiene geral e cuidados com a ferida.
 Orientar sobre a necessidade de fazer penso no
centro de saúde e marcar consulta de controlo,
se pertinente.
Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil
Procedimento – cont.

 Entregar ao paciente os seus bens que estavam


na posse da enfermaria.
 Providenciar o transporte do paciente em maca
ou na cadeira de rodas, quando necessário.
 Fornecer a primeira medicação a ser tomada em
casa, se necessário.
 Verificar se existirem dúvidas esclareça o
paciente e/ou a familiares.

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Procedimentos – Cont.

 Forneça a primeira medicação a ser tomada em


casa, se necessário.
 Despeça – se do paciente e seus familiares.
 Registe a alta no livro conforme a rotina do
hospital.
 Encaminhe o processo internamento do paciente
à secretaria do serviço para procedimentos e
arquivo.
 Providencie a limpeza da cama ou unidade do
paciente.
Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil
Procedimento - Misau

 Lavar as mãos.
Fazer os cuidados de higiene e, evitar
trocar de roupa de cama.
Finalizar o tratamento e as prescrições de
enfermagem conforme o plano de cuidados.
Ajudar o paciente a vestir – se com a roupa
que usará para casa.
Revisar as instruções da alta e finalizar a
educação para saúde.

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Procedimento – MISAU ( Cont.)
 Auxiliar o paciente a empacotar os seus pertences;
se for caso; solicitar que ele assine a liste de peça
de vestuário ou objectos de valor.
 Ajudar o paciente a usar a cadeira de rodas para
se deslocar até ao transporte se necessário.
 Acompanhar o paciente até a viatura.
 Enviar todo o processo para o arquivo.
 Guardar a cadeira de rodas no lugar correcto na
enfermaria.
 Lavar as mãos.

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Procedimento ( Cont.)
 Fazer o resumo da alta no livro de altas
onde deve constar:
 Data e horário da alta.
 Condições do paciente no momento da alta.
 Resumo das instruções dadas.
 Meio de transporte usado.
 Identificação da (s) pessoa (as) que
acompanhou (aram) o paciente.

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Exemplo de documentação de alta
cirúrgica

 Data e hora:
 O paciente estava afebril, sem dor na região
afectada. As suturas foram removidas. A incisão
abdominal intacta, sem sinais nem sintomas de
infecção. Sem penso. Com prescrição médica de
amoxaciclina.
 Ele é capaz de repetir o número de cápsulas
pode auto administrar se por dose, os horários
adequados para tal os possíveis efeitos
secundários do medicamento.
Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil
Procedimento ( Cont.)
 Os sinais e sintomas de infecção repetidos e
necessidades de relata – los imediatamente.
 Foi orientado para tomar banho de chuveiro
como costume e evitar temporariamente
levantar objectos pesados/ com mais de 19
quilos.
 Informado quanto a consulta de
acompanhamento dentro de uma semana com
o médico, conforme a indicado no cartão de
instruções da alta.

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Procedimento (Cont.)
 O paciente recebeu cópia da folha de
instruções da alta. Foi efectuado pagamento
da hospitalização pelo filho.

 Foi auxiliado em carrinho de rodas até a


viatura particular que o transportou para casa
sem quaisquer queixas.
Assinatura do enfermeiro e responsabilidade

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Sub- módulo17/32
Cuidados de
Enfermagem ao
paciente na fase
Terminal
COMPETÊNCIAS

O ESTUDANTE DEVE SER CAPAZ DE :

 Identificar os cuidados de enfermagem para o


paciente na fase terminal.
 Reconhecer a importância dos cuidados de
enfermagem no paciente nas fase terminal.
 Prestar os cuidados de enfermagem ao paciente
na fase terminal.

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Conceito de Fase Terminal

 É uma fase em que a recuperação do paciente


está aquém de uma expectativa desejável.
 Alterações corporais que normalmente
antecedem a morte indicam para a equipa de
enfermagem que o estado de saúde do
paciente é grave e a resposta ao tratamento
não é satisfatório.

Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil


Sinais e Sintomas de Fase Terminal
(cont. )
 Geralmente o paciente apresenta sinais e
sintomas neurológicos como:
 agitação psicomotora ;
 estado de inconsciência;
 Relaxamento muscular;
 Diminuição ou ausência de reflexos;
 Queda de mandíbula;

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Sinais e Sintomas (cont.)

 Incapacidade de deglutição;
 Acumulação de secreções Orofaríngea;
 Relaxamento do esfíncter e
 Medríase/ dilatação da pupila.
 Também ocorrem alterações dos sinais vitais tais
como:
 Falência cardiocirculatória e respiratória;
 Pulso filiforme;
 Hipotensão arterial;
Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil
Sinais e Sintomas (cont.)

 Dispneia acentuada,
 Respiração ruidosa e irregular;
 Cianose, e
 Equimose;
 pele pálida e fria;
 Suor/sudorese frio e viscoso.

Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno infantil


Sinais e Sintomas ( cont.)
 Muitos pacientes, chegam a fase terminal sem
alterações no estado de consciência e quando
são informados sobre a gravidade e evolução da
doença apresentam reacções emocionais
distintas.
 A família pode sentir se desorientada sobre como
agir ou o que dizer ao paciente, uma vez que a
abordagem sobre a morte é dolorosa e de difícil
compreensão e aceitação.

Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil


Apoio emocional e conforto
 A compreensão dos seus sentimentos é
fundamental para uma abordagem propícia e
eficaz e o paciente e seus familiares, percebam
que o enfermeiro está a fazer tudo para
minimizar a sua“dor”.
 Se o paciente ou um familiar manifestar o desejo
de receber assistência espiritual, o enfermeiro
pode proporcionar o encontro com o
representante de sua escolha.

Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil


Apoio emocional e conforto

 O enfermeiro deve dar apoio e encorajamento a


família e respeitar suas crenças.
 Garantir a privacidade do paciente e companhia
dos seus ante queridos, mantendo o num quarto
ou utilizar biombos se ele estiver a enfermaria.
 Realizar os cuidados de higiene corporal de
forma carinhosa com maior frequência
necessária.
 Mudanças de decúbito e adequado alinhamento
do corpo numa cama confortável.
Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil
Apoio emocional e conforto
 Observar o paciente frequentemente sem
exigir uma resposta verbal ;
 Manter os olhos fechados se o reflexo
palpebral estiver ausente, para evitar a
ulceração da córnea.
 Realizar aspirações frequentes de secreções
para manter as vias aéreas superiores
premiáveis.
 Humedecer o ar e retirar as próteses dentárias
se o paciente tiver.

Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil


Apoio Emocional e Conforto (Cont.)
 Aceitar o comportamento do paciente não
importa qual seja.
 Dar oportunidade para que o paciente expresse
livremente os seus sentimentos.
 Procurar compreender os sentimentos do
paciente e trata – lo com muito carinho
 Respeitar os direitos do paciente e ajuda - o a
escolher a maneira e o local em que deseja
receber os cuidados antes de sua morte.
Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil
Estágios da Morte
1. Estágio de não aceitação
 A negação é um mecanismo psicológico de
defesa pelo qual o paciente recusa se a creditar
que determinada informação seja verdadeira. O
paciente neste estágio pode:
 Rejeitar que o diagnóstico seja verdadeiro.
 Especular que o resultado de seus testes sejam
errados.
 Serve de protectora de quem está a ser
confrontado com uma realidade muito dolorosa.

Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil


Estágios da morte(cont.)

II. Estágio da Raiva


 A raiva é uma reacção de emoção e sensação
de ser vítima. Uma vez que a morte em
eminência não pode ser vingado, os pacientes
deslocam sua raiva contra outros, como os
enfermeiros, os médicos, a família e até a Deus.
 A raiva pode ser expressa através de queixas
contra os cuidados prestados ou reacções
exageradas ao mínimo problema.

Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil


Estágio de Morte ( Cont.)
3. Estágio de Negociação
 A negociação é uma forma de tentar adiar o
inevitável (a morte). Nesta fase o paciente
pede ao médico para repetir o tratamento
médico, ou negoceia com Deus para adiar a
sua morte de modo a assistir um evento
próximo na família. Exemplo: o casamento de
seu filho mais novo.

Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil


Estágio de Morte (Cont.)
O paciente vai se apercebendo de que a morte
não pode ser adiado e entra em depressão.
4. Estágio de Depressão
 É o período muito realista de sofrimento, em que
paciente tem tendência a desistir do mundo,
prefere estar sozinho, há diminuição do apetite,
e sono.
5. Aceitação
 O paciente toma consciência e aceita todas as
implicações de seu prognóstico. O paciente pode
manifestar o desejo de ir morrer em casa ao lado da
família.
Sub-módulo 18
Preparação do
Corpo(Múmia)
COMPETÊNCIAS
O ESTUDANTE DEVE SER CAPAZ DE :

 Conceituar a múmia.
 Reconhecer os objectivos e a importância da
preparação do corpo.
 Identificar o material e EPI necessário.
 Prestar os cuidados de enfermagem ao corpo
após a morte.

Cuidados de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil


Conceito de Morte

 A morte ou óbito, é a cessação de vida do


paciente, com interrupção irreversível das
funções vitais do organismo e, é legalmente
confirmada pelo médico.

Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil


Sinais de Morte

 O esfriamento do corpo.
 As manchas generalizadas.
 Cor roxeada da pele.
 Relaxamento dos esfíncteres e
 Rigidez do corpo/cadavérica.

Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil


Importância

 Permitir que a família encontre o corpo


devidamente preparado e conservado em lugar
seguro.
 Evitar os odores desagradáveis e saídas de
secreções e sangue.
 Adequar a posição do corpo antes que ocorra a
rigidez cadavérica.
 Garantir que os familiares encontrem os
pertences do seu ente querido conferidos e
guardados em lugar apropriado e seguro.
Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno e Infantil
Material e EPI necessários
 Equipamento de Protecção Individual(EPI):
 máscara.
 óculos,
 barrete,
 luvas de procedimentos,
 avental plástico e sapatos impermeáveis
fechados
 Material para preparação do corpo: bacia, água,
sabão, algodão, compressas, toalha, éter ou
benzina, ligaduras e adesivo.

Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil


Material necessário (Cont.)

 Dois lençóis.
 Biombo, quando necessário.
 Recipiente com sacos plásticos identificados,
para o lixo comum e lixo infeccioso.

Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil


Procedimento
 Chamar o médico para confirmar o óbito;
 Verificar se o preenchimento do processo clínico
está correcto;
 Assegurar que o horário e data do óbito estão
correctos;
 Confirmar se o “certificado de óbito” foi
preenchido correctamente conforme o processo
clínico e está assinado pelo médico.
 ENVIO???
Procedimento (Cont.)
 Lavar as mãos com água e sabão ou fricciona –
las com álcool glicerinado, se não estiverem
visivelmente sujas.
 Utilizar os EPI descritos;
 Retirar a roupa, catéteres, sondas, sistemas de
drenagem, ligaduras e outros materiais inseridos
no corp;
 Limpar com éter ou benzina as marcas de
adesivo, se necessário;

Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil


Procedimento (Cont.)
 Retirar anéis, brincos e outras jóias e identificar
para entregar a família;
 Realizar a higiene do corpo;
 Fechar os olhos e a boca do falecido, colocando
um ligadura sob o queixo até a cabeça;
 Iniciar o tamponamento, ao tapar todos os
orifícios corporais com algodão para evitar a
saída de secreções;
 Fixar as mãos e os pés com ligadura;

Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil.


Procedimento (cont.)
 Retirar os anéis, brincos e outras jóias e
identificar para entregar a família;
 Realizar a higiene do corpo;
 Fechar as pálpebras e a boca do falecido sob o
queixo até a cabeça;
 Iniciar o tamponamento, ao tapar todos os
orifícios corporais com algodão para evitar a
saída de secreções;
 Fixar as mãos com os pés com ligadura;

Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil


Procedimentos

 Identificar o corpo com duas tiras largas de


adesivo( um na atesta e outro no peito) com:
serviço onde ocorreu o óbito, nome completo do
falecido, idade, filiação, hora e data.
 Envolva o corpo com lençol colocado no sentido
diagonal, deixando –o em decúbito dorsal;
 Cubrir o corpo com outro lençol;
 Recolher e organizar os materiais usados;
 Retirar os EPI ;

Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil


BIBLIOGRAFIA
 Conceitos e Habilidades Fundamentais no Atendimento de
Enfermagem –TIMBY K.BARBARA, 6º Edição.
 Enfermagem Fundamental Abordagem Psicofisiológica
SORENSEN e LUCKMANN, 3º Edição
 Fundamentos de Enfermagem - POTTER PERRY 7ª
edição.
 www.Fundamentos de Enfermagem.com/.
633 Curso de Enfermagem Geral e ESMI
Sub- módulo17/32
Cuidados de
Enfermagem ao
paciente na fase
Terminal
COMPETÊNCIAS

O ESTUDANTE DEVE SER CAPAZ DE :

 Identificar os cuidados de enfermagem para o


paciente na fase terminal.
 Reconhecer a importância dos cuidados de
enfermagem no paciente nas fase terminal.
 Prestar os cuidados de enfermagem ao paciente
na fase terminal.

Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil


Conceito de Fase Terminal

 É uma fase em que a recuperação do paciente


está aquém de uma expectativa desejável.
 Alterações corporais que normalmente
antecedem a morte indicam para a equipa de
enfermagem que o estado de saúde do
paciente é grave e a resposta ao tratamento
não é satisfatório.

Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil


Sinais e Sintomas de Fase Terminal
(cont. )
 Geralmente o paciente apresenta sinais e
sintomas neurológicos como:
 agitação psicomotora ;
 estado de inconsciência;
 Relaxamento muscular;
 Diminuição ou ausência de reflexos;
 Queda de mandíbula;

Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil


Sinais e Sintomas (cont.)

 Incapacidade de deglutição;
 Acumulação de secreções Orofaríngea;
 Relaxamento do esfíncter e
 Medríase/ dilatação da pupila.
 Também ocorrem alterações dos sinais vitais tais
como:
 Falência cardiocirculatória e respiratória;
 Pulso filiforme;
 Hipotensão arterial;
Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil
Sinais e Sintomas (cont.)

 Dispneia acentuada,
 Respiração ruidosa e irregular;
 Cianose, e
 Equimose;
 pele pálida e fria;
 Suor/sudorese frio e viscoso.

Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno infantil


Sinais e Sintomas ( cont.)
 Muitos pacientes, chegam a fase terminal sem
alterações no estado de consciência e quando
são informados sobre a gravidade e evolução da
doença apresentam reacções emocionais
distintas.
 A família pode sentir se desorientada sobre como
agir ou o que dizer ao paciente, uma vez que a
abordagem sobre a morte é dolorosa e de difícil
compreensão e aceitação.

Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil


Apoio emocional e conforto
 A compreensão dos seus sentimentos é
fundamental para uma abordagem propícia e
eficaz e o paciente e seus familiares, percebam
que o enfermeiro está a fazer tudo para
minimizar a sua“dor”.
 Se o paciente ou um familiar manifestar o desejo
de receber assistência espiritual, o enfermeiro
pode proporcionar o encontro com o
representante de sua escolha.

Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil


Apoio emocional e conforto

 O enfermeiro deve dar apoio e encorajamento a


família e respeitar suas crenças.
 Garantir a privacidade do paciente e companhia
dos seus ante queridos, mantendo o num quarto
ou utilizar biombos se ele estiver a enfermaria.
 Realizar os cuidados de higiene corporal de
forma carinhosa com maior frequência
necessária.
 Mudanças de decúbito e adequado alinhamento
do corpo numa cama confortável.
Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil
Apoio emocional e conforto
 Observar o paciente frequentemente sem
exigir uma resposta verbal ;
 Manter os olhos fechados se o reflexo
palpebral estiver ausente, para evitar a
ulceração da córnea.
 Realizar aspirações frequentes de secreções
para manter as vias aéreas superiores
premiáveis.
 Humedecer o ar e retirar as próteses dentárias
se o paciente tiver.

Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil


Apoio Emocional e Conforto (Cont.)
 Aceitar o comportamento do paciente não
importa qual seja.
 Dar oportunidade para que o paciente expresse
livremente os seus sentimentos.
 Procurar compreender os sentimentos do
paciente e trata – lo com muito carinho
 Respeitar os direitos do paciente e ajuda - o a
escolher a maneira e o local em que deseja
receber os cuidados antes de sua morte.
Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil
Estágios da Morte
1. Estágio de não aceitação
 A negação é um mecanismo psicológico de
defesa pelo qual o paciente recusa se a creditar
que determinada informação seja verdadeira. O
paciente neste estágio pode:
 Rejeitar que o diagnóstico seja verdadeiro.
 Especular que o resultado de seus testes sejam
errados.
 Serve de protectora de quem está a ser
confrontado com uma realidade muito dolorosa.

Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil


Estágios da morte(cont.)

II. Estágio da Raiva


 A raiva é uma reacção de emoção e sensação
de ser vítima. Uma vez que a morte em
eminência não pode ser vingado, os pacientes
deslocam sua raiva contra outros, como os
enfermeiros, os médicos, a família e até a Deus.
 A raiva pode ser expressa através de queixas
contra os cuidados prestados ou reacções
exageradas ao mínimo problema.

Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil


Estágio de Morte ( Cont.)
3. Estágio de Negociação
 A negociação é uma forma de tentar adiar o
inevitável (a morte). Nesta fase o paciente
pede ao médico para repetir o tratamento
médico, ou negoceia com Deus para adiar a
sua morte de modo a assistir um evento
próximo na família. Exemplo: o casamento de
seu filho mais novo.

Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil


Estágio de Morte (Cont.)
O paciente vai se apercebendo de que a morte
não pode ser adiado e entra em depressão.
4. Estágio de Depressão
 É o período muito realista de sofrimento, em que
paciente tem tendência a desistir do mundo,
prefere estar sozinho, há diminuição do apetite,
e sono.
5. Aceitação
 O paciente toma consciência e aceita todas as
implicações de seu prognóstico. O paciente pode
manifestar o desejo de ir morrer em casa ao lado da
família.
Sub-módulo 18
Preparação do
Corpo(Múmia)
COMPETÊNCIAS
O ESTUDANTE DEVE SER CAPAZ DE :

 Conceituar a múmia.
 Reconhecer os objectivos e a importância da
preparação do corpo.
 Identificar o material e EPI necessário.
 Prestar os cuidados de enfermagem ao corpo
após a morte.

Cuidados de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil


Conceito de Morte

 A morte ou óbito, é a cessação de vida do


paciente, com interrupção irreversível das
funções vitais do organismo e, é legalmente
confirmada pelo médico.

Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil


Sinais de Morte

 O esfriamento do corpo.
 As manchas generalizadas.
 Cor roxeada da pele.
 Relaxamento dos esfíncteres e
 Rigidez do corpo/cadavérica.

Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil


Importância

 Permitir que a família encontre o corpo


devidamente preparado e conservado em lugar
seguro.
 Evitar os odores desagradáveis e saídas de
secreções e sangue.
 Adequar a posição do corpo antes que ocorra a
rigidez cadavérica.
 Garantir que os familiares encontrem os
pertences do seu ente querido conferidos e
guardados em lugar apropriado e seguro.
Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno e Infantil
Material e EPI necessários
 Equipamento de Protecção Individual(EPI):
 máscara.
 óculos,
 barrete,
 luvas de procedimentos,
 avental plástico e sapatos impermeáveis
fechados
 Material para preparação do corpo: bacia, água,
sabão, algodão, compressas, toalha, éter ou
benzina, ligaduras e adesivo.

Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil


Material necessário (Cont.)

 Dois lençóis.
 Biombo, quando necessário.
 Recipiente com sacos plásticos identificados,
para o lixo comum e lixo infeccioso.

Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil


Procedimento
 Chamar o médico para confirmar o óbito;
 Verificar se o preenchimento do processo clínico
está correcto;
 Assegurar que o horário e data do óbito estão
correctos;
 Confirmar se o “certificado de óbito” foi
preenchido correctamente conforme o processo
clínico e está assinado pelo médico.
 ENVIO???
Procedimento (Cont.)
 Lavar as mãos com água e sabão ou fricciona –
las com álcool glicerinado, se não estiverem
visivelmente sujas.
 Utilizar os EPI descritos;
 Retirar a roupa, catéteres, sondas, sistemas de
drenagem, ligaduras e outros materiais inseridos
no corp;
 Limpar com éter ou benzina as marcas de
adesivo, se necessário;

Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil


Procedimento (Cont.)
 Retirar anéis, brincos e outras jóias e identificar
para entregar a família;
 Realizar a higiene do corpo;
 Fechar os olhos e a boca do falecido, colocando
um ligadura sob o queixo até a cabeça;
 Iniciar o tamponamento, ao tapar todos os
orifícios corporais com algodão para evitar a
saída de secreções;
 Fixar as mãos e os pés com ligadura;

Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil.


Procedimento (cont.)
 Retirar os anéis, brincos e outras jóias e
identificar para entregar a família;
 Realizar a higiene do corpo;
 Fechar as pálpebras e a boca do falecido sob o
queixo até a cabeça;
 Iniciar o tamponamento, ao tapar todos os
orifícios corporais com algodão para evitar a
saída de secreções;
 Fixar as mãos com os pés com ligadura;

Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil


Procedimentos

 Identificar o corpo com duas tiras largas de


adesivo( um na atesta e outro no peito) com:
serviço onde ocorreu o óbito, nome completo do
falecido, idade, filiação, hora e data.
 Envolva o corpo com lençol colocado no sentido
diagonal, deixando –o em decúbito dorsal;
 Cubrir o corpo com outro lençol;
 Recolher e organizar os materiais usados;
 Retirar os EPI ;

Curso de Enfermagem Geral e Saúde Materno Infantil


BIBLIOGRAFIA
 Conceitos e Habilidades Fundamentais no Atendimento de
Enfermagem –TIMBY K.BARBARA, 6º Edição.
 Enfermagem Fundamental Abordagem Psicofisiológica
SORENSEN e LUCKMANN, 3º Edição
 Fundamentos de Enfermagem - POTTER PERRY 7ª
edição.
 www.Fundamentos de Enfermagem.com/.
662 Curso de Enfermagem Geral e ESMI
FUNDAMENTOS DE
ENFERMAGEM
PREPARACAO DO CORPO(MUMIA)

Sub-modulo 18

Curso de Enfermagem Geral


COMPETENCIAS
 No fim da discussao o estudante deve ser capaz
de;

 Citar os objectivos e a importância dos cuidados após a morte

 Nomear os componentes dos cuidados pós morte.

 Descrever a técnica de prestação de cuidados de enfermagem pós


morte.

 Prestar os Cuidados de enfermagem após a morte

664 Curso de Enfermagem Geral


CONCEITO DA MORTE

 A morte ou óbito significa a cessação de vida,


com interrupção irreversível das funções vitais do
organismo e, legalmente deve ser confirmado
pelo médico.

665 Curso de Enfermagem Geral


IMPORTANCIA DOS CUIDADOS COM
O CORPO

 E para permitir que o enfermeiro inicia a preparação do


corpo,realizando a limpeza e desinfecção,para evitar os odores
desagradáveis e saída de secreções, sangue e adequar a posição do
corpo antes que ocorra a rigidez cadavérica.

 Permite que a família encontre o corpo devidamente preparado e


conservado em lugar seguro,

 Permite os familiares encontrar os pertences do morto, arrolados e


guardados em local apropriado e seguro.

Curso de Enfermagem Geral e de Saude


666 Materno-Infantil
OBJECTIVOS

 Permite que o enfermeiro após a morte do paciente,


observe o esfriamento do corpo, manchas generalizadas,
cor da pele,relaxamento dos esfíncteres e rigidez do
corpo/cadavérica.

 Permite a preparação do corpo que consiste na limpeza


e desinfecção deixar o corpo preparado e conservado,
adequando a posição do corpo antes que ocorra a rigidez
cadavérica.

Curso de Enfermagem Geral e de Saude


667 Materno Infantil
Preparacao do Corpo

 O Enfermeiro antes da preparacao do material a ser


utilizado,deve verificar se há necessidade de realizar a
higiene do corpo;
 Providenciar o seguinte material
(algodão,pinça,ligadura,benzina para remover adesivo,
maca, lençóis, biombo (se houver outros pacientes no
quarto) e etiquetas de identificação preenchida e
assinada pelo enfermeiro.
 Após a limpeza do corpo e retirada de drenos, sondas,
cateteres e outros objectos, realizar o tamponamento de
cavidades.
Curso de Enfermagem Geral e de Saude
668 Materno-Infantil
Preparacao do Corpo (Cont.)
 O Enfermeiro deve estar atento antes que ocorra rigidez
cadavérica, fechar os olhos do morto, colocar a prótese
dentária ou outras próteses (se houver) e com o auxílio
de atadura imobilizar o queixo, os pés e os bracos.

 A etiqueta de identificação deve ficar presa ao pulso, o


corpo mantido em posição anatómica decúbito dorsal e
braços sobre o tórax.

 O corpo deve ser transferido para maca forrada com


lençol disposto a diagonal, com o qual será enrolado,
coberto e transportado a morgue.

Curso de Enfermagem Geral e de Saude


669 Materno-Infantil
Preparacao do Corpo (Cont.)

 Os valores e pertences devem ser entregue aos


familiares e na ausência dos mesmos, arrolados e
guardados em local apropriado e seguro.

 Nunca descartar pertences que aparentemente não


possuem valor, como papel de orações, revistas, entre
outros, deixar que os familiares seleccionem o que achar
desprezivel.
 Após os procedimentos, lavar e desinfectar os aparelhos
e materiais utilizados na reanimação e providenciar a
limpeza da unidade.

Curso de Enfermagem Geral e de Saude


670 Materno-Infantil
MATERIAL E EPI NECESSARIO

 Material Necessario para preparação do corpo:


 Bacia, água, sabão, algodão, compressas, toalha, éter ou benzina,
ataduras e adesivo;
 Dois lençóis;
 Biombo, quando necessário;
 Recipiente com casos plásticos identificados para o lixo comum e o
lixo infeccioso.
 Procedimento: Ver Pág: 11- Guião de procedimentos básicos de
enfermagem.
 EPI:
 máscara, óculos, barrete, luvas de procedimentos, avental plástico e
sapatos impermeáveis fechados.

Curso de Enfermagem Geral e Saude


671 Materno-Infantil

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