A Constituição Federal brasileira, promulgada em 1988, prevê a todo cidadão o pleno direito à dignidade humana, à moradia e ao bem-estar social. Em oposição a esse estatuto, o Brasil tem apresentado um número cada vez maior de pessoas em situação de rua, fenômeno que revela o grave descaso em relação a esse grupo socialmente vulnerável. Nesse sentido, convém analisarmos as principais causas de tão nociva situação. Diante desse cenário, cabe destacar fatores históricos como a colonização do Brasil e as condições da Abolição da Escravatura como graves motivadores para o problema. Sob esse aspecto, o modelo colonialista do século XVI, aliado ao abolicionismo perverso, sem caminhos de reinserção social para os ex-escravizados no século XIX, provocou um panorama de exclusão que contabiliza hoje pardos e negros como maioria entre os pobres sem moradia. É, portanto, nociva a percepção de que, mesmo após 520 anos do início do período colonial e 132 anos após o fim do cruel regime escravocrata no país, nossa sociedade ainda conviva com seu triste legado de abandono. // OS CONECTIVOS DO NOVO ENEM
Pessoas em situação de rua no Brasil
A Constituição Federal brasileira, promulgada em 1988, prevê a todo cidadão o pleno direito à dignidade humana, à moradia e ao bem-estar social. Em oposição a esse estatuto, o Brasil tem apresentado um número cada vez maior de pessoas em situação de rua, fenômeno que revela o grave descaso em relação a esse grupo socialmente vulnerável. Nesse sentido, convém analisarmos as principais causas de tão nociva situação. Diante desse cenário Diante de tal cenário, cabe destacar fatores históricos como a colonização do Brasil e as condições da Abolição da Escravatura como graves motivadores para o problema. Sob esse aspecto, o modelo colonialista do século XVI, aliado ao abolicionismo perverso, sem caminhos de reinserção social para os ex-escravizados no século XIX, provocou um panorama de exclusão que contabiliza hoje pardos e negros como maioria entre os pobres sem moradia. É, portanto, nociva a percepção de que, mesmo após 520 anos do início do período colonial e 132 anos após o fim do cruel regime escravocrata no país, nossa sociedade ainda conviva com seu triste legado de abandono. // OS CONECTIVOS DO NOVO ENEM
Outrossim, o uso de drogas e os transtornos mentais compõem a
realidade da maioria das pessoas em situação de rua. De acordo com publicação do Jornal O Estadão, além de se tratar de uma questão social de urbanização, o problema envolve fatores relacionados à saúde, pois a drogadição dessas pessoas causa não só dependência como sequelas psicológicas. Assim, é contraditório que um país signatário da Declaração Universal dos Direitos Humanos não garanta condições básicas de existência às parcelas mais vulneráveis de sua nação. Sendo assim, o Ministério da Cidadania, por meio de parceria com o Ministério da Saúde, deve destinar a estados e municípios tanto recursos quanto modelos de atendimento e acolhimento, para que, em conjunto, consigam diminuir o alto índice populacional em situação de rua. Espera-se, com isso, promover a ressocialização dessas pessoas e tornar as prescrições da Constituição Cidadã uma realidade que atinja a todos, independentemente da classe social.