Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Aula 6
coleção
História
Essencial da
Filosofia
por Olavo de car!âlho
Edlor
Edson Manoel de oh,eira Iilho
História
cEP, 04009-970 - §ào Paulo SP Essencial da
Teleilx, (ll) 5s72-s563
E únil ca.fercalizàcoes @nr br
www úcâlizáco.s «!n br
Filosofia
todosnsdkeiros deíx ohrJ Pniihida rlda c qoalqucr rcprodrçao d.Í. cilçar Ítr
Roservados
qualqrermelo.u lônna sej cLaeleh.ônicà ou DccániF, toLocópla, grava(áo.u qu{lqú0r fri.r.
i
(lroçax) Histó.iâ trssencial da Filosofiâ
Período Helenístico I - Aula 6
por Olavo de Carvalho
âlgunras ccntcras dc pcssoas c r(l(Ilitava n]uito Do trabalho orgâni- rss.rrlrdo cnr suas bâscs .ecográficas quando ele lnorre lsso qucr dizer
zado. no imbalho dc grupo, I,)s bols rlrslll&los !l colaborlcáL) (tIo, do scu projclo de construção só loi leita â pârtc nirgâtivâ, a pâric
Ilrisle Lrm livro seu qur s. chlnrr a)í.ri/oes, qLLC saú r ilharcs dc (lrslrutiva: deslntir ludo que tinhâ enr voltâ para dcpois lanqar novas
pcrguntas, e nós nos ferguntanros p0 quc o ttrj!ito jria iãzer uln Inro hascs Quândo chcgou a hora de lançar as novas b.rses, Ale\ândr€
intciro só conr pcrtunrâs, scnr ncnhurnâ rcsposLa, sc ,rqUilo nào losse llr(,rrcu, rnuito joven, erltiro o lnpério loi unr proieio âborlado. lá na
ulnprograma detrabalho. EIc csiar cll lciarido.tucslaus qLr! acha digfas suâ lãse de inlpLantaçao, el€ linhâ desmoniâdo as \,árias cstruluras
de sorcrn inve5tigirdÀs, porquc icria nnpossivcl acrc(litâr qrLe clc rncsrn.) p(níiicâs de iodâs as cidacles quc lÉviâ ocupôdo. Nisso desaparece d
lossc dcscobrir iüdo aqDilo ern vida A prí)priâ e\istôncia dcssc iextú ,/Í1is, a cidâdc'estado independeDle, qlre era à hâse da orgarizaÇão
nos nlostra quc Aristótclcs iinha nlgurna idóiâ da possibilidade de pros rrcgâ câda uma delas c(,n as süâs leis, coff o scn parlantcnto, em
seguünento normal dâs atividadcs invcstigâtivâs como â de qLrakluer surlrâ, conr uma vida pdítica bcrn oreanizada. E tudo isso desapâreceu
instiiuto dc pesqLlisas nrod€nro que dura celll. duzertos, trezentos anos. j,r na làsc das nrvâsa)es.
dentro do qral os conhccimcnros adqlrldclos nurüa geraçáLr stur passados QuandoAlexândre morre. o negócio piora âinda Inâis. porque havia
à outra e lhe servem dc basc. unra sé e de reinos €nr t,oliâ, c câda um tonlou para si uma pârte dos
Logo após esse período, vcnr a inkrvcnçào dc latdcs quc náo tôrr ierritririos conquistados por ele. Flavizr monàrquias no Egiio, na Síiâ,
absolutanrcntc uadr â vcr colr a llk)iolia. rn§ (luc nrodilicam (lc tal nrcdo ctc . e cadaumâ lbipegandoün pedaço, comoqu€ dividindo o cadávcr da
o panorama quc iudo isso quc cstudallx)s r(,D o r0N dt t ulolisiloe vítimâ. Í1, naturêlmenie. esses reis implantara]n, cm todos os terriiórios
zdsÍrelislro de repente se tornâ nrais csqLLisito pam os girgos do quc o qup r, nri'alL I'I Ipo dc,nor.rqur- ab.ulrri' qur j., c,d,i "e5i Ir qrc
é para nós. Hojc, pâssados dois rril c.tuatrocurlos nos s(,nos c,rpazcs linhârnnos seus respectivos países Issoqüerdizerquc. dc rcpcnte, conl
de reconstituir csscs dois crlifÍcios conr os !loillcrlos qLrc ddes sohraram â ürdependênciâ. desapârecem âs consiituiçôcs -c comas constiluições
e conpreender perleiiamentc a ilrtcnçtio conr !uo I)rârn cr)rsirui.bs, ris desâparece, efetivamcntc. todo e qualquer tipo de atividade politica,
objctivos qre csrâvârr ali sobentendidos e quíis as larelàs cicntiücas quc a não ser a atividade palacianr, quer di7er, do círculo dos camaradas
eles nos impõcm. Nocniantír, apcnas xnrâgelaçitodcpois de Arislóteles próxinos ao gôvernante.
'Ibdá a virla da polis girâvâ em torno da idéia de participaçâo na Quârdo isso desaparec€, some tan1bén1 a condiçáo de cidadáo,
vida políticâ. a qual seriâ o escoadouro para onde desaguavaÚ1 todos (tuc ó subsiituída pcla condição de súdiio. E o súdito, evjdent€mcn-
os conhecimentos adquiridos no curso da cducaçáo do cidadáo. in- tc. náo pâÍiicipa de discussóes e muito menos de decisÕes políticas;
cluindo os discipulos de Platâo e dcAristóteles. Então a polÍtica ó uma (llc nem sabc quâis sáo as decisõcs, pois as ordens vêm dc cima e ele
cspécic de campo de teste de todas as idéiâs qlre havia en1 circulação. n,]r) precisâ sequer compreendê-làs. Aí já sc tem uma massa de gente
e vemos, pelos diálogos dc Plâiâo, quc grandc número de seus discí- cxcluída de úm modo de vicla ao qüal tinham se âcosiumâdo durante
pulos eram dedicados à vida pública. era praticamcnte uma alguns séculos. Desâparecendo a polÍtica, é evidenie quc desaparece
^quilo pelo menos algumâ
escolâ de estâdistâsi se nAo lbsseDr estadis!âs. tambórn a necessidade da arte retóricâ qüe era o aprendizado no
participaçâo teriam. quât os Iuturos políticos êfiavam as suas capacidâdes.trgunrentativas.
Grâças â essâ intensa atividade política haviâ sc descnvolvido, âo Agom não há mais aiividade polÍticâ. entáo não há mais nccessidade
longo dos séculos, já antes de Plaliio € Arisióteles, todâ â arte da retó- desse treinamento.
rica. Quer dizer os grcgos já cstavam bastante âliâdos nâs discxssóes. À arte rcióricâ logo reflui paÍâ se tornar uma atividade úerâmcnte
Náo nâs discussões cientificas. quc comcçâm apcnas dcpois - é só na escolar a exprcssào "retóricâ escolar" dcsigna pecisanente o tipo de
escola plaiônjca que se vé reâlmente uma discussào cierliífica orgâ- relórica quc se ensinava nesse período - que é â de nrero exercício sem
nizadâ, ântes náo -, mas pclo mcnos nas discussoes politicas. Coflr o tinalidade. Vira unra espócie de arte pela aÍie. o sujeito aprendiâaqui1o.
advento da €scola platónica sc dá um salto: da díscussãa |etótica, da t'âziê os exercícios cscolâres para aprendcr a fazer eretcícios escolares.
discussáo política. para o debatecíe títica,co]maintroduçáo da ciênciâ Nenhum dcsscs discursos tteinados na escola serian1 jamais testados nâ
dialéticae, depois, conr a introduçáo dos critérios prop amentelógicos. vidâ real. É como se você entrasse pâra uma academia de boxe, ficâsse
Mâs âcontece que. desaparecendo a âtividâdc política, dcsaparecc a treinando, treinando, c depois losse proibido de participar de campco_
condição social sobre a quâl se e*uiâ tlrdo isto, e desde logo a própria naios. Nâ verdâde. você nunca vai saber se você sabe ou náo.
condiÇáo de cidâdâo desaparece Como uma espésie de compcNaçáo, surge um segundo tipo de
O que é o cidadào no sentido grcgo? É o suicito que está habiliiado retódca, que é a "retórica epistolâr". ]üdo aquilo que havia de troca
a pa{icipêr da políiicà, eparricipar nâo apcnas con1o cleitor mas como de idéias em praÇa públicâ passa a haver mais na eslera pÍivâda. Aí
voz ativâi hoje ele é um eleiior, amanha poderá ser um governânte. se desenvolvc muito a arte das cal1as. que ao longo do tempo vai
NâluraLnentc, avida dapolls erâ constituída de umâ série de tiltrâgens se tornar uma co;sa muito impoftante na literâtura do Ocidente- com
e seleçóes dos vários pretendentes. Vimos que quase todos os cidâdáos conseqüências dc longo pmzo que, evidenternente. nessaépoca, elcs
âtenienses, por eremplo. eÍanr de âlgum üodo políticos alguns com nem podedâm irnaginar Às cartas, na medidaem que sãoumatroca
mais sucesso, outros com menos sucesso, mas virtualmenie eram todos de informaçôes de ordem particular, váo facilitaÍ cada vez mais a
politicos e se considerâvâm todos governantes virtuais, prctendentes às auto-observaqáo das pessoas eascontissóes intimas, etc. Daí vai nasce!
funçôes de governo. de algum modlr. mil e setecentos anos depois, o nodemo romance psicológico.
E
Os primeiros romances psicológicos \,â o ser todos nâ base dascarias. I fr)Isn var c o pânorâura social e cultlrralcm torno. Ern que mcdidn â
Se você pcgâr as Iamosâs llelaçoes perigasas. de Laclos,r csse tivro é rrrllgelrcia dos individuos é dependcrte do meio social? Ai existe todâ
nâ base de cartas e nrulto! erên1 na basc de cartàs. lsto é um filhote. Lrrrr inlinidêde dc respostês quc vào desde a aútonomia âbsolLrta, na
€m longo prazo, da rctórica epistulâr quc surge nesse período. Mas ó (lLrll o irrdividuo paira como uma espécle cle iluminado sobre uma mul'
claro quc, de início, não honvc nenhurn resuliado assirn cspetacular: iith() dc igrorantes, até aresposta contrária. que diz quc os indivíduos
ao contrário. aquilo lbi um refluxo c uffa decadênciâ dâ arte rctdrica. riidrL podem e que quem pensa é a sociedâde, o colctivo, a Hislóriâ, etc.
EssepeÍíodo é contado denaneira extrâordinária no talvez melhorli\,1.o Nu() lcnlos quc dâI rcsposias de iipo dolrlrinal a issoi buscâmos uma
de história liierária do século XX, que é o de grncst llobcrt Curtiüsl rcsposta histórica, ou seja, comc, âs coisas realmente sc passamm
Lileratura eunpéia e Idade Módia latina.) O que se pâssa nesses sécülos imediaiamenie posieriores a Aristó_
O sumiço das djscussoes públicas cria uma segunda, Daior e mais tcles p .ece sugerir â ioial sujeiçáo da mente indifidual às condiçÔes
1rágica dificlrldade: desaparece â biiÍe vcrbal sobrc â qual se eíigiâ a lrnr lorro. porque, desapârecidas as condiçôes sociais e políticas do
possibilidadc daquelas grandes intuiçôcs de ordem metalisica que cn- diálogo. âs concepçóes a que os indivíduos iinhân acesso ântes se
conlralnosjá no plaionisnoe no âristotclisnlo. Veja que nenhlün desses Lornan inacessíveis. inalcançávcis e, eln brese tcmpo, ioialrnentc in'
ohte.n. dê melrl'rsi.'" e i'IcJ,a imeIrc.r(r.\r\ rl ao\ \cr)liJo\ I pr(. isu compreensíveis, enrbora estivessem escritas no mesmo idioma que âs
tei-toda uma aimoslem verbal preparada pâra iornar possível às pessoâs pcssoas continuavam lalando.
o acelso a certas intuiÇões. que só corn a estim laçáo sensorial elas não observando o que os filósofos desse período dizen a respeito dc Pla-
váo ter, elas jâmais chcgâria a isso. tâo e Aristótc]es. nós nos surpreendemos âo ver coDro erê possível um
Quando desâparecem as discussoês públicas, desaparecc iambérn sujeiio entcnder tâo pouco obras de prcduçáo Íão recent€. O contrasie
êquele substraio verbal sobre o quâl se podia esÍabelecer a discussâo cntr€ â filosofia clássica (Plaiáo c Àristóteles) e o que veio depoi§ - que
dialética e, na discussão dialética. lazer êque]a escalada metalísica que sào basicamcnte os lilósolos cinicos, os epicuistas, os estóicos e os
tão benr caracterizâ os diálogos platônicos. Justamente airavés dâ arte célicos - chega a ser acâchapanie. porque os novos filósofos tratam
dialética - cxcluinclo uma possibilidadc, cxclüindír Lrurrâ e outra - é dc raciocinâr segundo todâ uma pautâ toúlmente nova de temas, dc
q0e Sócrates, conl muito cuidado, aÍisticamcnie, leva o discipulo, o conceilos e de categorias, a qual náo tinha nada a ver com a filosofia
intcrlocuior, aperceber por si mesmo certâs coisas quc scnl essa escâdâ clirssicâ, mâs que rellelia muitíssirno benr â novâ situaçao.
verbâl ele náo tcria conseguido. Essas concepçares de orden metafÍsica EmUineilo lugar, ]nía haveúo mâis a atividadc politica, o§ nrdiví-
in:l"rlJneànrinle dc'apa,ê(en Jo prnurrmr duos náo se consideravam mais integrados num organismo social; eles
A coisamais extraordinária que aconiece ]resse periodo é justamente cstava mais ou menos soltos como átomos no espaço. Essa idéia de
esse esqüecínento rápido. Nósnos pergüntanos hoje eissodcfâiovai "áiomo solto no espaÇo". como uma imagem, vai reaparecer m[itas vezes
consiituir um dos grandes enigmas da Históriâ da Filosofja quâis são nodiscurso filosófico dessa época. Esse relatjvo isolamento, essa fâlta de
as relações enire os conhccimentos qlle os individuos podem âdqujrir orÍaanicidadc quânto à situaçáo do indivíduo na comunjdâde vai Íazer
, t** I /r. - ,*1" r. .,il. , -
ll
quc cssa idóia rlc "irdividuo" sc iorne rerLlnentc irnpofiiinte do dia pâra cont
, , \ r{ rL lsso aparc.e sirulraneamerÍc à i.léia .l.i tilosofia unta
â noire O scr hLlnrâno iá nao cra mâis viÍo corno unl cidadãr), comil uorrro urn guiamento parâ ele
r,rri(rilt,!idirparaomdivid o,ouseiâ
mcurbro dc unra coletividâde na qual clc tinhi um lugarl umâ irnçao ,, r:trrLir unr scoti(lo de vidâ r1o melo dâquela ât{)nrizaçào e para
,
conhccldâc Llelennjnada. mas como u,nacspócic de iitlnno sdto. Entáo,
liI\(,rr rlqo q c lhc parecc ser a Lelici.lâdc. preocupaçâo conr a tcli'
uti dos primeiros traços da lllosolia nunr período quc sc
csle derá por ^
, r{litrlc individnal ó muito inlênsâ cm toLlos esscs séculos As técrica§
sóculos é essa preocupaÇão com a idaiâ dr nr.li?iluuhíhde hunana. c (l( Í'lllvidas pârâ cnconlrá-la, quando âs dcscrevemos hoje. clas nos
ná1, rnâis conr a cidadaDia. âpolls. ês viúudcs civicas erc chegamos scqucr a conccbcr
rlci\lllr |roliürclâmente inlllizes. Náo
tj\ segutdo lular, já quc sc tràrâ .le lilosotãr sdre o individuo. r!rrro telicidadc. podc tcr lido aquclas
ó quc o inclivídrro. blrscàndo a
làz-sc isso colr uma finalidnde qUc. nlio scndo mais a dc intcgrá lo f.Ls
i{lcias, por(lue muitâs delas sâo liancârn€nte deprinlêntcs. (Quundo
virtudcs civicas e napolrs. sa) poclc scr a rlc cncr)Itrar nnra mcta dc vldn
.u csl.rva estu.lando [picuro pâra escrcver os capítulos iniciâis dc
que o justifiqüe erqutmto indi\,iduo soito. Nlâs poderíanro! dizer: l{h,
t) t.orliÍt das dt'lições,t pouco lalloa parâ qlre eü cstourêsse os miolos
issoéalé unl progrcsso, (lecerto nrodo ltln (lua? Itnq u c cssâ clim ens.Lil
rl. lato horrorizado que liqlrei com aquilol) Ai sur.qe a idóia dâ filLrsoiiâ
do irdi!íduo iÍrâdo os gregos |ào a tinharir rnuito. Ftlcs náo lrabrthil r(rno um g!iarncnto e connr o qLl€ chamaritLmos allio_aiu.LL, voliada
raln muito sobrc isso, crnbora o clesti|o dc S(icrr(es. por crcrnplo. iá para o irdi!iduo isolado quc clevcriâ sc realiTar no mero dessâ âLomi
puscssc crn qucsrÍr) e§5n situacão do iDclivíduÍr corr.d a coleiividadc,
/açao. Nlas a situação do indi\,ícluo no meio aiolnistico impóe qtre ele
ou do indiv uo qrLc ó de algum nrodo superior à colctilklade NÍrLs. sr-) possa encontrar â sua ltlicidade. â suâ rcalização, crn si nrerno c
vcjâm. o lndiví.tuo scr sup€rior à coleri!idâde eslail porranto. contra
ê col.iividâde naro quer dizer (tue elc estcja forâ dela. ,\o contrário, é Sur'.qc cntâo unr qi./arlo lord. quc c a jdéia.la inclepen.lôrrcia ou du
uÍr aLlversário qne i€i. sobre clâ uír ceúo tipo dc supcrioridade, e elâ rxidrquia. 'Aütarquia" é o governo rle si rncsmo: você ó principio dc si
tcrn sobre ele uIn outro iipo de supcrioridacle. rnas estão rclactonados
rncsrno Qllâsc lodos os fila)sulos do pcríodo lôni cssa preocufaçáo de
E a situâÇão aqui já náír cra esla. Na novâ situaçaro. poclcnros dizer
delenvoh,cr umalécnica que perüitaao indi!iduo. já que ele esiá írlto nL)
qLre os indir,Íduos e!tavanr rcalnrelte soltos: clcs |tro rêm lunrão. a
.spaço. tomar-scainda nrais indcpenden{cdocspâço em tornoclealizâr-
náo ser que scjârr lirncocs palacixnâs, rs I gâdas ao g.,!.rno
sc conú uma unidêde inlcirarntnte sobcrana à nralgcltr da sociedadc à
Al srt1c tt]fn leiceia eLeücrlí,. qUr (i I rola antilsc. â !.rlorizrcão do màrgerlr da soci€dadc, porénr inlegrado nunrr ôrrtrâ rrnidrrlê
aprcrldizâdo iécfico pronssiorül Os si) (lados já r:ro sar) cidêdáos qLre Ai surge u.r q!//?Ío le,r?o: a idéia dc quc. sc o indivi ro não Per
nâs épocàs dequcrmsiro chama.los adclender sua cidâdc são pioiissio, tcrcc. se clc nao iem ligaqáo orgânicâ com.r coürurlidade. é porque
nâis, eniio surge o âprcrrdizado profissio nlclas arlcs miliiares Asarres
..,.,,, rid,,i, ,f,,ra u,,. 'i,.,:r.-rr p.rrir,u' rl"n,1'. quL
clâ fala e dâ escrita lârnbóm j:i nAo servcnr rnais para discUSSão púbiicu.
hi dê sc dcstâzer N{as conlinüann)s. de âlgu r nn)dLr. iarendo pârte da
mas para o cxcrcício de lunçócs h0rocráticas. E assirn lor diantc. Aí hrlnanidê.lc c do clrsrlos Entào a idéiâ do indiYíduo como cidrdão do
su€e unra séric dc âprendizaclos pclos quàis o indivÍduo pocle slrbir cosnn)s aparcce aí rressc pcriodo
,',
t2 §if lr,1,, r llt] nrCies lrl00 l-l
Isscs pcúodosdc dcsaparic,ocla atividadc políLica. eu meslno vlvi unl ,l rt rlLlrfi (tuc sinr. lrá oLrlras que dizem qüc náo. N'las o qu!'devenros
dcles. rrais ou menos nopcriododepo;s do lllsiitLrcionaln.5 até uns r ina respo§tit leórica, porqne cssá ráo é uma pcr:gunta
^to siiuaÇâo pârecj!lf
seis, seic anos dcpois, e pudc cxpcrin]entarulna conr r, ,, rt r r (L nr pcrgunla lãctlral, na vcrdade, enião renx» quc buscat a
essa atonlizaçâo. Porque nio se tinha mais viâs de pâÍiclpaçào polilica, ,1.! r,sl n,) torcno do ialo.
só s. tinlia, cle unl lado. r)s miliiarcs e. dc 0utro. os gucrilheiros. g o râl dos lak]s que virnos ântcs. ao cstllclannos os sjstenras cLássicos.
^l[Lrrs
âssunto cra co eles. e vocô não scndl, nern u â coisa nem onlrí náo ,,,r rratfrLnr uma inreisa âu«)llonúâ do irdividuo ern rclaqào ao nleio
tinha muilo o qüc larer ali. 1lâ\,iâ .ntão ün cerlo isolaincnro. Curio ítr rirl r ll rorno. Il Sói:rarcs. Platáo e Arislóielcs sc sobrepunham de lal
samcntc. nesse lnesrno pcriodo, ó quando entrâm Do Ilrasil ns técnicas rL,,xl(, r ruliüra cln tol]lo que eles chcitaram a gerar uma nova Elcs abaL-
dc auto-âiudll. Írs esoterismos, as dn,gâs , irvrLrr {) discurso colelivo e iarr muito pâIa cinrâ, eniáo. o irncnso poder
As drogas scdissern;naram justarrcr[. ncssc período, oqucó cudo5o. ,l, s!s inieligênci.ls molda um noro qlradrc dê catcgorias. de conceilos.
Se a gente conrparar corno loi suâ clisscnrilll..ão nr)s Estâdos Llnidos e rlrvo rrodo dc pcrcebrr âs coisas, e â socicdadc acíbá copiando.
rrLrr
no Brasil, lá elas sc disscrrinar r cnrrr a jUvcntudc conro urna cspé- \!r! cslamos vendo e\atanrcnic o pro.csso conlrário Esiarnos venclo
cje dc cmblcmzL.le uma aiitudc âgrcssilr dc rcjci(iiÍr iL socicdâ.le enr !rLI L)rl)ccss{) de Ieilulo em qLre a mudaDça social e polÍticâ vai lào alénr
loffot clas u.r elenlcnto dc lllt.r contra o sistema. Aqr, cl.is
são quâse Lh r (nnPrecnsão dos individuos que ela os ârmsia. apaga da nenLe o que
enirârain conrc elemcrio dc tugr o suieih ia pârâ âs drcgis porquc .li sahianr ató a véspeÍt Nessc lcÍiodo. vcmos LInr exer plo dc iotal ou
s
ele já nâo podia àtuar politicamcnrc, entaro h.Lvia aqLrclâ fuga para a (tursc ldal (naLo posso dizcr toial. lnas aié orde vió qitas. totaL) sujci!,o
vida privada, c âÍ se . rlts menres indivlduais a urn 1àkrr sociê|. crlllural. poiítico exlerno
p ineia aula ?)ocà laLoLt tueulita dasío Lrusdesecoüt4r t.\1.n,, I'o, , ta,1."t,.4tt, t,.,.,'trtwu i1ort..'o Ni\t 4Lfu,n to
l\1t1t1o: Na
ú Histótia dti llilosolia é aüar as sisenias lilosólíús. tento) aelitat n(inlio r?ceu an obietu Lle ptcacLtpdçaa paru o Íilósí'ta.1
assislet as filosólíLos cono u i reíkxa lo acontecinúLa saciale palí- lile lornece não só o objero, nras, pior, Iorncce âs caicgLrrias, poÍquc
tiu bt1to 1:rttrc cssc ntiÍotlo lttn td{u s ptoblcutos. V)cê estutlou
etn . u nova sltuacão {lue cria por si as categorjas de Pensâmcnto. As câte_
a do Descanes nts. () ttuc ttLtcttnda diltt i: a rusa dcsslr sr)riâs do irldi\,íduo isolado, isso não lbi um.L i.lóia quc unr filósolo tcve.
1túnsiçao dt Plal.io e
^b|
poru ll.picuto, ( lutlo issa lu tiono, l i'dir r.1,. c.rl1\1 l r.alrlrrr.. i'o :,1." l-1, . nr r..j n,, ii,.i,,,,, r r "
^ristólelcs
csst nútado /L1l1ciot|a. enltjo oci eslá tt oca da a preootpaçAa canl lunros .lc individuos isolacl{)s porqLrc elc I unr indiví.luo isolâdÍr. Esta
a hdiaíduo. uma üeacupaçao quase Lonrc . utta prcocu L,ncão gercút ,. ,r ,,, .ir|,. i. (,r, , " q,,. .. n,ú. J, L c.
t.1 ti
Pois ó. o que acontece nessc periodo ó exalarncnre isio. é uma silua, i,(.ii, si,ciêl dctcrmina o pensamento dos indivíduos, ou â outra que diz
ção, umâ rnudança social que cria c{rltas situaçoes. e cstas determinam i, ((nrlrLirio, isso é urrra estupidcz. Nào se iraia de umâ leoria, poque
as caiegoriâs dc pensanento. Háumâ passjvidadc da mentc individual, irs i[r.rs coisas iá acontcceram. Se êconicccram. as duas são possíveis.
e isto é a coisâ espanlosa nesse periodo, porque nós nos perglrntêIl1os (llxI)(lo vocô iefl unl 1àto. e o laio já dá a resposia do quc você está pro'
assim: OIha, se mudou a situaqâo, sc houÍc uflâ série cle modificaçÕes irrrrlldo. vlrcê nao lem qrc inventar uma teoriâ: sabe que já acontcceu
ai. o quelhe impcde de reflcrir critica mcn rc sobrc o que estáacontecen- r[ uLll jcilo e já aconteceu do oulro. O quc nós nos petguDtamos con1
do à luz do que vocô já aprendeli anres? por que esses novos filósofírs, ll]Lrçro a esse pcriodo é: Conro loi possível qlre se pâssâssc de uma coisâ
tcndo o legado de Sócraics, plaráo c Arjltótclcs, não l'ortun câpazes de l rtrrLra assin láo rapidâmentc?
usar as categorias de pensamento âprcndidas pârâ interprciâr a nova
siruação e, não podcndo modil'icá la, pclo nrenos conservar dcntrô Llelâ l|lüno: A peryunía iflerca não é mttis ÍáciL de rcspcndet? Como
a consciência do que se sabia ânicri(rnientc? Essa é a perguntâ que loi t)assírc|o pensafienta e o espítito llttfiana Lhegarcn...?)
laço. c náo encontro respostâ Claro. essa perguntâ iârnbém vale, mas nósjáaiizemos. E, de algum
O lãto é que elcs náo conscguirilm laz.r isio. O iàio é que a sirüâç.ro rr)do. se não a rcspondemos intcgralnente, pelo mcnos indicamos
pass,Ju por cina dâs inteligênciasi as iDicligôncias l'orânr atropcla.l:rs rlgumas linhas que vamos também explorar mâis tarde. Ao longo da
pela siilraçâo c, qüaudo rccomeçêm a |ilosolãrt clas o lãzcm de urna llisiória, veremos rnuitos casos de irteligências individuais que se so
torna passiv.r em rêlaçio à situâção. Elas riem mesmo percebem que hrcpóeln cle ral modo ao n1eio ambicnte que o meio âmbicnte náo pode
sua filosofia ou prcicnsâ iilosofia é apenas um eco passivo ale caicgo conrpreendcr nada do que eles csiâo dizendo.
rias iirpostas pelá mudânçâ sociâ]. Estâ é uma pergunta terrilicanic, Quando venos um Leibniz, no séculoXVIII, enunciando o indeier'
rrinislno, as Leoriâs lingüísticas qüe vieram depois. até alinguagen dos
computadores, é evidenre que o scu meio social náo entendia nadâ do
IAluno:ruas isso rAo i rona Lansla te, aliás _ ?) q c c1c esiavâ faLândo. Quândo a gente vêi por cxemplo. o que Voltaire
O pr;meiro caso, que é o da tilosofia clássicê, do individuo que cscrevesobre Leibniz, quando a genre lê a história do Doutor Pangloss,+
se
anlecipa e sobe âcima da coleiividâclc c sobc ê ponto dc elc tcr uma o lilósofo do oiimismo, que seria um personagem cômico bâ§eado em
i|fluência mil e quinhcntos rnos ou dois nrit ânos ürtnris -. ó entáo evi- l,eibniz, a gente vê queVoliairc não erlendja nada dc Leibniz eVoltairc
dcntc: você náo vai poder cxplicar o platol1isnr(] e o ârisrotctismo como o nào erâ nadâburrol Elc iinha unra visão totalmente esiereotipâda e ca-
rcsultado dc mudânçâs sociais cm torno, evidcnlcnrcnreque nao ricâtuÍal, ê csiava inlinitâ ente abaixo da in teligência daquele homem.
^ssinr
comovocótci,e esle caso. no periodo seguinicvocê teln o iIversoiqucr llle riâ daquilo que náo comprccndia Hoje, a gentc ri é d€ Vohâire. Vendo
dizer as duas coisas sáo possíveis. o quc Voltâire escrevcu sobre Leibnjz, a gcnte diz: "Esse eÍa üm coitado
tsasta csse câso parâ você ver qlre niio sc tmta de uma questâo tcó de Lrm joÍnâlista metido a discutir com um suieiio que cra um verdadeim
rica. mês dc üma questào hisLórica. Aderir a unrâ jeoria qne cliz que o Arisiótelcs'. Continüamos lendo Voltaire por divertimerlo e por uma
,\,'"'ffi
tí 17
núbrmaçáo hisiórica. e só, n1as Lcibniz ien uúlidadc cicDiílica aindu r,, r(stx,r)(lido lsso rcon{ece muitas vezes. e é noflnalque aconi€çâ
r:r
hoje e vâi conlinnar tcnl:lo por nruito ternpo. r.rrr llr(' iLo tirio (lLrd cíarnos investigando aqui, cssc pcríodo histórico é
Nâo se vai poder clplicâr üü eleito tão grandc â pâdlr de causas ,, ,ri ,, ilri)rllâ1. porqnc o esqueclmellto é nruito rápido.
iáo pcqucrâs. Houve ali unl outroclenrento  inieligênciado individuo
siÍnplesnente lura o i|vóhcro sociâl e cnncrga nuiio adiante. Quan.lo tlá algunla rclatão et1ü'e aqüeLe pc|íado e o petíada q c a
cnxcrya nrulto àdianic, elc às veTes lcm rlnra influôncia histórica du- ^ful.o:
,tllt» tl)ttctúa, nos tiltinas dLzentos a os, que houúe Lm declitia
radoura, mâs, às vezes, justamcntc por ter enxergado ião âci )a, su.t
inflLrência demora â apârecer Primcilo tcr]l qüe esgotar êquele rcpcrtóri.) lli. nras acontece quc. quando a genle lâla de üm dcclÍnio da l'i
social enr lorno pâra. rnuito nrâis urde. as pessoas descobrircm aquilo ,)s,,llà rno.lcrlra. cssc clcclinio ocorÍe enr ccrios setores. Ille aconrecc
e entcndcrcnr do que Lr sujcito cstâvâ làlando. pois às vczcs a dis(:us I rl(l.lia do rnundo acadêmico, mas há pessoas que estáo ohservando
sao em krrno cstá iáo polar-izada cln ccrtos iênras. e o que o filósofo .riLlcrmcnte. iio da ncadê em
est,Lo enlendendo c cstào nrantendo o
está fâlando é tao esiranho àquik), que fio há urna li|guâgem pública rr rL(áo âo período poÍcriot e tentando emcndá-lo conl o seguinie
cêpâz dc ahsorvê lo. Por exenpl.,. lctltranros (lc lalar dc Vdtaire. Veja. Ncss! qlle estamos estudrndo náo acontcce nada disslr Oü seja, cssâ
Voltaire é o grande divulgoclor do urccâricisrrrí) de Newto|. quc ramLrór! hislória quc cstuu conlando, o cidadào que vivesse naquclc pcrÍodo
ninguém podia cntcndcr tuIas Volla;re escrcvc um \i\fi', Eletne tos da r)11, scria capaz de contáJa, pLrrque ele não perccbcu que lui isso que
ÍilosaÍía de Nealo .: ,tLte cobca aqrilo à disposiçâo de unr público n,to ,r((nrteceu Mudou a situâçâo social e. i[stantâneamenie, os iidivíduos
especiâlizaclo, c gradâlivalncnte aquilovai entrando na moda. NIas isso ( (nleçâor a raciochar em calegorias adaptadâs à novit siiuaçáo c ncnr
já loi dep0is de Nc$'ton. sr lcnrbrâm dc exa jná lâ à luz do conhccimenio iá obiido.
Existc scmpre o probleDra da cornpactaçAo da linguâgcm As.lesco Se você pegar os elemenlos dâ filosofia poliiica de Platáo c
berks filosóficas iôm que aos poucos scr descornpâcttdas parâ cnirar clcs sào mâi! do qre suficientes pâra explicar iudo o
nurnâ linguâgen quc seiâ à da convcrsaçào culra correrre. Isso podc ^iisióleles,
(tuc aconteceu. locios esses conceitos que eslou usan.lo aqui sào os
dernorar uur pouco, e às vezcs dc[rom séclrlos. Lcibniz pcfinaneceu ro rceilos das iilosofias de Piatrlo e AÍlsiólelcs, porianto, âlguém que
incunprcendido dlIÍ:rnte ttxlo o sécuk) XIX, p{)rque âs cârcgoriâs de vrvesse nêssc pcriodo poderia eniendê-los. Mas você nao vê nenhum
pensitnento eranr muiio estr.rnhas. tjÍâlnnr lr).los nru 1o cnrb<rlacbs \iraldisso dcntro d.r própriâ Acâdemiâ plâtônicâ, houve!m vcrdadciro
na idóia do necaticisnn) c âiLi cnlusirsnrir.los (orr a posslbilidàde dc rpagáo O negóci.r ioi monurncntal. unrâ câláírofe iniclcctual de Pro
estender o mccanicisrno às ciônciâs bnn(tgicâs c mcsmo às ciôncias
t)(,cÕes incâlculávcis
soci.lis e politicas. Elcs ainda estavaln lãzcndo lsto e l,eibniz iá estava
com o negócio do indcrcrmilrisnro lênr que cspcrar cles acahrarem,
|Alrno' L, í etplictiteis.l
frin,( ru prcci.d cl. .,lrerr.. r rrú lrrra -ô
n(!.,r:r i.Ir,, prl" cri.i^ J, \... Não erplicá\,cis, porque eslranhâmos isso hoie e talvez esle seiâ
percunrareljlr.Tjg!1{q1ljgsj:!1que o suie o rá ârrás iá i) rcnra principal da Hisiória da Iilosofia, que é o dà continuidadc ou
i tr NI d. \t, nmr.Ir.,.nrrs th li\)eÍia tu Ncara
IE
^
Canrpn'as. Lrniump. r 996
l9
da descontinujdade. Você só pode lâlar em progrcsso do corhecinenlo Í)irrc a origern da geornciria, texto que de lato dá o critédo para res'
quando exisle uma aclrmulaçâo, quando ern cima dâquilo quc foi con-
ponder a essas quesiôes que estamos colocando.
quistâdo você pode conquislar novos conhecimentos; ou seja, âquilo
Para quesurja umâciência é necessário: primeiro. que algunsindivi
quc t'oi adquirido se iorna premissa daquilo que é descoberlo depois.
duos tenharn alÊ'um contalo com algum tipo de objeto l1a sua cxperiência
Dizemos que uma ciência progride Por quê? Porqüe as descober-
rcal: seguncto, ráo bâsta que eles tenhafl tido csses contâlos. é preciso
tas da gemçáo anterior sáo prcmissas para as descobeÍas seguintes. que esses objeios sc tomem como imâgens ou sinais relatjvamentc cs_
Sc você descobre uúr no\]o lato, esse novo faio se lorna a prmissarnenor
ràbilizados nâconsciênciâ, â ponto de cles poderen lalarrlcssas coisas
de um silogismo cuja prcmissa rnaior são os conhecimentos adqlriddos
Isso tlrdo ânies de apareccr a ciência. Por exemplo. quando.tparece a
anieriormente. É assim que a coisa vai andando, pois sevocê descobre geometria. antes dc aparecer o primeim g€ôm€tra é preciso que alguérn
um fato novo, rnas não tem prcmissas com às quais ârticulá-lo, vocênão
tcnha percebido que existem quadrados, triángulos. elc. sem sâbcrnada
tirâ conclusão nenhuma, dâí a coisa náo lbl nem paÍa lrenle nem para degeomctriê. M.Ls ele pÍecisâ podcr identlficar essas fornras de rnâneirâ
lrás. As ciênciâs só existen porque â progressão icnporal vâi sendo
csiâbilizada e poder 1ãlar delas.
gradativamenie n1ontadâ sob a lorma de uma progressáo lógica.
E você acha quc o hom""m nasce sâbendo isso? Não, isso dá um
Se o que vem ântes é premissa do quevem depois, existe nâo apenâs a
trabalho miscrávell Ou seja, !In suicito. uma geraçáo percebcu; percebetr
relâçâo temporal, rnas un1â a.riiculaçáo 1ógica. Claro que essââftjculâção
rnas nâo criou os remros para aquilo. Então aquilo sc perde. e â geraçáo
lógica náo se produz por si, que é cada novo pesq isador que, tendo
sc!]rinie teü que pcrceber de novo. Aos poucos, sediz: "Foi esiabilizâclo
descoberto alguma cojsa nova. ien que aniculàr aquilo togicamente com
ra linguagem. tcmos o nome para essa coisa, entáo podemos comcqar a
a anterior Se ele náo conseguirarticular, das duas uma: ou o lâto que ele l lar dcla" Érnuito ienrpo.lcpois de se poder idlârdcla quc surge aidéja
descobriu é fâlso e aquilo náo acontece, ou €ntáo a ieoria anterior csiavâ epcndc de regishos qlre per-
dc estudá lacientificamenie. Mas iudo isso d
errada, daí ele tem que montâr de outro jeito. Mas seja num câso, sejâ
nitam a cada gcraçáo o retorno às mesmâs cxperiências jnielêctivas que
no outÍo, ou mesrro no câlo de ele conseguirlazer a articulaçao, o fato pelnliiiram o sursimenio da primeim investigâ(áo Se vocô nâo é capaz
é quc o progresso da ciência náo é nadâ mais do que a transposiçáo de
dc tcr as mesnlas inilriçôes que Eüclicles teve qLrando estava conpondo
uma progressâo temporal para uma progressâo lógica, quc é o cdilÍcio
ns Eleúentas rle geamettid. você náo poderia entcndernada dâ geometria
teóÍico dessas ciências tal como é rcpassâdo à geraçáo seguinte. eíá montada numa orden lógica que lhe pcrmite
de t]uclides. É que ela
Estamos tãoâcostumados conr essa idéiâqüejá nen nos lembramos
cstudarcâda teoremâparavocé esmointuiras relaçócs queeleestáque'
mais de que issotem de ser assim. Achamos que ciêrcia broia cm áNore.
|cndo lhe nr(xirar. Nlasvamos suporque, no mciodasligtlras d.rnalurezâ,
Hoje em dia, temos tanto conhecinento acumulado, registrado, que (là inlinidâde de n»m s da nâtureza, vocô náo tivesse ainda eíabilizado
náo lembramos como é que isso loi apârecendo, e em gerâl ráo temos .ssâ idóia do quadrêclo, ln)Í e{ernplo. Dá unl habalho rniserávcl chegar
consciôncia de como isso se produz ao iongo do iempo. No Seminário rié aí, não é? O qüadrado. o triângulo, o cículo... Bom. circulo é quâse
de Filoso6a temos cstudâdo um pouco aquele texio de Edmundo Husserl ou
i possível. porquc você vé o Sol e a Lua c mais eros percebc.
2A
l{llrt-to: E o canbúrio. é o quadrcdo que a &enle nao percebe a i,,,s in.livÍdnos urn.r margem de açáo lambém rcstriiâ. lsso eü vi acon-
l.r(r já duâs ve7es, e tâlvez estejalros cnirândo numa fasc que vai leÍ
É quadrado que não sc pcrcebe. o quadÍado dá muito mais trâbalhoL . tcrccir-(] esquecimento.
Or percebendo pelânatureza. ou criando aqLlela ligura. n]esmocriando Is$ qüer dizer que nós vil.crnos de lato rro meio de Lrnr processo
nào quer dizcr que você delr unr Dome que lhe pernita ialâr daquilo e .ntl1ipico, um prcccsso de desgâsie, c, se nato eriiÍe o esforco delibe
r,,uu r.r ',Ju f nr,.i.^r(, p n ci"u -.,r. c\p. ric.cia. rLlft) parâ conscrvâr as possibilidades el.ls se perrlcnl. O indivíduo
intelecdvas, ler esse conlato com os obi€tosi é prcciso que isso esteiê rslá crente que está progrcdindo. mas não cstá. ele esrá é perdendo
docurnentado nâ linguageü de nodo a pe nitir conircrsar â respeil{:,. possibilidêdes Ele poderia lalar de pr)grcsso na medidâ em que existe
Aos poucos. reparando nâquilo lnesmo que você lalou. você 1ãz um IclLrnulaçáo, qucr dizet ele conscrvâ o que tirhâ ântes e cria oütro u
exânre rellexivo e daÍ vai sLrgindo a possibilidade Llesse conhccincnto regócio. Agora, se sempre pcrde o que tinha anres e ganha oulro. não
orgarizado. §aiu do lug nâ verdâdc.
AL, longo do dcscnvolvirnento da ciênci . cssc processo coniinua. O prcgresso das ciências se baseia intejrâmentc no reglstro € na
Aqullo tem qlre vlmr linguagem, tcr]l quc poder scr "lalávcl"i os mesnús conservação, c târnbém na contÍnua aiivklade quc permila decodificar
obictos têir que poderser ]l1ostrados clc novo a cada gc raçáo. e cada um essos rcgistros de lal modo qlre os indivíduos dâ nova gerâção possân1
vai ier que lazer dc novo as rresmils e\periências cogritivas dc basc. lilzer as mesmâs cxpe ências cognitivês voltadas para os mesmos ob_
lsso se torna l:lcil quando vocô rcnr um cnsinamento o4ânizado. E se iclos e sabcr, poliânto- qLl. clcs estáo lalando dâs nresmàs coisas que
não tem? Se nao tern, enr.io é muiro tãcii âconiecer isso que estaNos lluclidcs ou Plâtáo talavant. À lacilidâdc con] que isso se perdc âs pes
narrandoâqui. querdiz€r'. em âpenasuma ger.Lçâotudo se perde, c iunto .,.4. r.'u t(n ni.r|rr.rncn.. ( I \ 'ro. po-q ,. n ru \'\ ' r1r I um. \i u, c'r"
col|r o vocêbulário somcnl as coisas também rrâurnática como estÂ. Agofa, estudúndo Hisiória. você !ê quc cssas
fr rcr.l.rn<,ror.ol, nlud" rr rlrrr;Ja.rr t., \r.,.5a(urreci sii açócs eriisiem muitâs vezes. e no instante ern qle âconiece isso o
m€ntos dcssc iipo llstou com 55 anos. portanto, vi aparc.crcm depois .tuc sucede en] conscqüência? Sucedc que as trânsformaçôes dlr nreio
de nim pelo mcnos duàs gcraçí]es Pude nolât nâ passâgen de uma politico, ecolrômico e social iÍnnam a .liân leirâ da inteligêncla e Passâm a
para oulra. às vezes unl cortc nurca no sellliclo de unr arnpljrtçào, clelerniná-1â. Nío po.le hâvcrun1â respoÍa tcúicâaissoâqui porquê'?
nunca. os dois que eu vi lbr.rm fo sentido dc pc].la. Islo irão é unra Porque às vezes âconiece de un1 jêiio c às vezes ací]ntecc do ouiro.
ieoria bistóricâ Tinha o làmoso vcrsr) de lr)rgc Ntanl1(1ue "crdílrirrz
tieklpo passado lue tneiol -, rnas não é istr) qre eíou diTcndo. Flstou [Aluno: Nessd q estàa rla sabedotia árabe q e houxe na ldat]e
.lizcndo que. do ponio de vista cogniiivo, as urudanÇâs qlrc clr !i iorsnr llléd ia (...) ao é alfo potccido com isso'l Ou ao? Porque seten ütnd
sentpre para menos. [oÍâÍn sempre dinlinuiçarcs. Um rcpcrtório dc coi- :e saçtLo cle que na ldarle Média os áÍabes eram os maís sofislicados
sâs q!e eram sabidas e de repentc rlcsaparccern e são sLrbsliluí(las por e desenaal\iílas, pela me os lltais do qLte o kLarle Média eutopéia, e
clcrncntos cognitivos de unportâr1ciâ muiio mcnor, qxe dáo portânio depai: caitl, fido é?l
Na ycrdade náo caiü, nós é que paranros dc receber noiicias. Se você n úo recehemos rnais notÍciê algunr a e ac red iiamos q uc o lnllndo islánrico
pegat aHistótia da liloso,4l7 islArTicd,'tlc Hcrlry Corbin. SclTed Ossein clecairi intclcciualnente. llnlao coincidc dc ir parâ lá um embaixador
Nasr. vai ver qüe o Irâ. sozirl , rem rnais e nrelhorcs filósolbs do qüe â irâncôs, quc erâ o Corbini ele fâz amizadc com um iilósolo de lá c clcs
tluropâ inicira. Nós é quc nunca ficônr()s sabcndo f) esquecimcnt(r lá começam À irâduzir aquilo, a âbrir â câj\a prcr.r. c saifllarsolb para tudo
comeÇou agorn. ComeÇor m décâda.lc 19'10 a 1950 Se vocô p€rguntar quanto é lâdo. Eu n1esmo levei um susto. O ncg(;cio do conheciúenio
quais são as leituras dos aiâloiás. você pensa que clcs sabenl algumâ por prcscnça, que eu aclei que iinha dcscobcrto. descobri que iinhâ unr
coisa.le filosofiâ islânicà, .las suâs tradiça)es? Náo sabenr na.lal Elcs filósolir iraniâno que já hâ\,ia dcscobcrtoisso. São tenôftenos csq uisit(».
leran Heideggel Derrida. Jean PaLrl Sâdrc.. â I Iislrida da Filosofia estri cheia de esquisiiiccs.
Náo estou brincando, isso é sóriol Essas revohrçaes iranianas. Lr rndica- Q0ândo cu rtigo "esquisiL(»" querc dizcr quc eies náo corrcspondenr
lisnoislâmico queo pessoal a. Lr "lirrdamcnialista", náo é rrâda
i charüa de à nossa crp€ctativÀ. nã() corrcspondcn ao qlre rrL,s parece ló8ico, mâs
fundânrcntalista, lssôóiudo crir(ao ocidcr)tâl ovice doaiâiolá loxnneini que. evidenrementc. não qucr dizer qLre seiârn iáo nristeriosos. Siglliiica
foi o sLrjeito lue iraduzju para 0 iralriâno o livrt, do Franiz Fanon. i-es apenas qLre clcs náo têm uma explicação gcral, náo poden se reduzir
damnés cle Io Tetel lOs condenados da l'0rial, qrc cra o nlanual dâ a urna nornra geral que lpaTigúe a nossa mcntc e nos dê a inrpressá.)
rcvoluçáo nlarÍisla no Tcrcciro Munclo lja inflrancjad.tÍcidcggcré dc quc esianros coniprecrldcnd.r Não. eles tênr que ser inv€stigados na
.norlnc'. ele lundânrcnia uma espécic dc rcbeliáo contrâ o munrlo lt1oder sua pec!liarkladc parâ sabe ros craiarrentc c.nno aconicccu, aí vürê
no baseado no rctorno às raíres ótnicas. o que tâmbólr lundamentou o entendc. É como nessc caso aqui.
naris ro. E cles aceitarn isso c misluran corn Sartrc. coln Der (1a. cic .e Scvocêpcrguniâr"porqüesccsqucccu?', bonl. rmudÀ.qa Ioi vaía,
usanl ulnfl miqrriagcnr islàmica que confLrnde a coisâ mâis aindâ. gcrâl demais. e não sc iinha de muncira nlgunra rn€ios dc rcgistro e dc
Aí é uln câso dc ruptura: â Europa pára de reccbcr inÍi»nraÇa)es. continüidâdc dc cnsino que pennjtisse q rc â formaçâo das inteligências
Durântc todâ â ldade Médiâ, a pâriir do sécuLo Xl. Xll, eles rênr um individuais tivesse umâ velocitlâde supcrior à das rnudantas sociâis
irrcnso intercârnbio com o mLrndo islâmico, corrlo varnos cslud<rr Teriâ sido prcciso intênsificar o ensnro dentrc cln Acadenria plâtônicâ
adimte. Rep€n1inâmcnie, à coisa mais csPaniosâ ôcorrrccc ê llislriria L!' i, r-t;di .,r . in .liB 1 r. ,. , if, /ê. J. 'r^op.no\.or
\cadÍ.,
da Filosofiâ é cheia de cr)isas esparltosas Nlas lu sto quândo corrreçarn legâdo antcrior. Mas estarianr lazen.lo urr estbrço para segurar o legaclo
as grârlcles nàveglções c sc tein lnei()s.le ir 1á fisiotrmentc. de rcpcntc anicrior ao n1esnlo tempo sr]l qLrc iá icriâm que aplicá lo para enlender
corianr os contâtos. quancio devcriâ aconleccr o conirárioL S. l'mrás unra silüâçáo e r mudançâi ou seja. teriitrn !ue ier tido ccrn vezcs ais
de Aquino. por exemplr, discutiâ co r\verróis. com connr âLivkladc inlclcctual dentro dá Acadenria plâtônica parâ dâr conin das
^vicena, IrrJà !,. d, q. ! r. rl,r ', riJ, nl8cÍ4."^an.ri,,.
se losscm colegas de lâculdâdcr cle está lá contcntando um lerto dc Lrm
suieiio que el€ nunca viu pessoâlL cnic. mas que pâm clLr ó um membríl lloie n:li) rne parccc difÍcil cnrencler esse perfudo com os mcstnos
da niesna conlunidâ.]c. Dc rlrpcntc, da llenascençâ ató o século XX, rós corl.ciios dâ filosofiâ aristotélica e platônicâ, qLlc ó cxâtârnente o que
Hci\ti,)iir riir.tr /./,tl,rLt)vr)1tit inntrnltr. C,)nr..Laborr!iLt cstou iazcndi) âqui eslou usando a noçâo da po1is, .lo cidâdào. dos
(r S.§,rd Oscii NarrL t\rirLi \ih!. l'r i. (;xlinrx'd lq6'1
li'rnr r\r.r t.s dr,,r rr lr 7
21
direitos. eic , dcscrcvcndo ê situ.iç,o enr icrr os âristotélico plalônicos. lil,lrasto, você iá tcn1 ulnÀ qllcda de nív€l absolutânrenrc âssonrbrosn.
lvlas na época teria sido preciso cssc duplo eslorEo por um lado, para liirliro náo é o problelna da cxtinç,ro clas instituiqões como tais. ncm da
você nào esqlrecer o que aprcndcui por outro lado, porquc você vai 1er r rler'r1rpçio do ensiro O cnsino não loi inierrdnpido, o contcúdo dele
que usar âqtl ilo não apenas para conserválo, mâs conio m instru rento ,.(tLrc l{)i cnlblrra. E vai sendír sllbstituído por conhêcinrcnio§ dc nívcl
para lnvcsiigar e cnler.ler unr negócio quc está aconlecendo agorâ c que , r(la vcz nlais baixo, muis grosseito . Sobrcludo dcntro dessa atoni
náo csiava acontecendo rlo tcmpo de Plâiaro e Arlslótelcs. (...) 7rc{o, surge tâinbém â irrpossjhilidadc de você subir àqlrelâs grandes
ri)nctPçõcs de orll€Íl1 ntetâlísica, porque já Dào tcnl u .liálirgo capâz
p.lo rTeros paM ü(jerl)er o conhecimellto de PIataa
rvlds. iL{ criâr a silüação nâ qual possa ler aqnilo.
IAluno:
e Atistóteles. ao haüfu cap(idaàt dc rcfis|o? (. )) o diálogo ó rudo. lLdo que o ser humano iaz. cle lilz lalando .A únl
Nào é possívcl â prcscrvâçào nessas c(,ldiçócs. pura e silnpl€s cr uç,to lrrmana de iaro é t rr Falâr "eu vi ' na vercliide lrragine. por
l'icando dilcrc|tc dêquelac você iána«) crlcodc o qLLe clcs csLao qucrcn- !,ssc diáLogo, você náo percebcria aquilo. Quer dizer. â lirglragerrr vai
do di7cr. Ertr:Lo. a pnrâ colrscrvaqào mccânicâ nao adianta nada. Você cstfururanclo possibilidâdcs.]e corrccpção que dc reptnle pcrnitcnl
conserva nràs nlro enicndc, fica com unru peça dc musc qr're, quaDlo inlrir cerias coisâs. e isso dl,r unr trâbâlho nrisclável.
rlliLis conser1/â, rnais lhc parece esquisitâ c incontpreensí,el. Para isso Desleito unr certo anrbienic dialogalqnc havia nâ Grócia ci.issica,
scr conscrvado teria sido prcciso quc se cofservassc crrl 11so. qLrer di rs .orlccpçóes a que ele dâva aces§o acabanr dcsapârecendo dc vislir
zcr que conl;nurssern âs discussa)es. as inlesiigâçôcs na Acadernia. cle LIosrno. Quando desapârcccm us conccpqÕes rrrcialisicas o qrc âcorrlecel
nodo a !5ar os instruncntos cognitivos lcgâtlos por PIâiàu e Aistóiclcs À ris r(ilelcs tinha est ruturado as ciôncias ló!ioas, lisicas e rrctalisicas ialrio
pam sccxplicâroque es tavâ âco nlcccnd o Nesse caso, avclocidâded,rs ( Lrc sLrnriu a nrcraÍjsica, bairorL paraà lísicâ. que passa a s€rarelcrôncia
,\ristóreles diz que, se â rcali.ladc mâis elevadâ c universal q[e e\rsle
inicligênciês leria que scr supcrn)r à velocid.lde dâs orrdânças. e isso
rcalmenle rêo d.rva parâ lazcrt nralerialnrcnic loi i possivcl. nao tirrhâ t,sse de orden lísicâ. cn1áu a lísica scriâ a ciÓncia slrpr'ernâ. Co$o ao
gente para lazcr isso. ai. conú alénr.lo rnundo iisico teln aigo airlda qüe sc pode corrccber
Parfl vocôsvcrcnr c(rno o nrcrgLrlho ti)ilurdo, pod€lros examjnar por ir prs§oa-gaio. a pessoa{i$c... u.a üm sujeito que {iviâ lotalnrentc
cxcrnplo. só um dos lilósoios dcssc período. Dcpois c.\arninaremos os s,)zirho no meio do rnâ1o. Estando sozirlho. nao tcndo lunçao nrma
oLrtros. porque não adiânta nacla erPlicâr vilte lili5olbs e ficâr sornenle \ri.ic.lade. elc inverta urra sociedade, e â prctellsâ iriegrâçáo na n;i
c(nn esses dados na mar) scrn tcr n articulaqâo hiíóricâ. E essa âriicu iuftrza râo ó senilo o empobreciDenlo do papel sociâl tlo camâradâ
lação lristórica, por s0â ycz. nào dá pârr você pcrccber senr .r gcntc dar lilr náo a ninguénr na sociedade, enrâo invenia urrra socjedade nâ qual
pelo mcros alguns ctesscs.l€menios tcóricos !ue esroU dând(j âqui di'bomdia'âcachorloe.hâmâgatode'meütio'.queélit€ml cnteo
(tuc o personagen ltl7 o curioso é quê, ra época qüe âssisii, eu âchâva
locô podc ter Ulna idóia do que se passou cxâ iinarl(lo. por cxcüfto,
â Iilosdla clc Diógercs. o lannrso liiós(,Ío quc nx, ava rbalrit. N{orâr
nr
h(,iiioi hoje eu perceho qLLe é Lrm dcscspero lotâl
nur bxrrjl dn Inagine se numa sociedade quc eslá ben, está oryânizâda, cm que
iá lbj um sinai E unr |cAóciu incrivcl. um s!ieiro cria a
lnelâlisica. a lógica. inâüg r dLr,ortâs ciônciàs c i)r)Lrrrc scguinte.tiz \,ocê ienr â süa função, tcm coisâ pàra fâzc! tem os Ulhos para clridar.
''Ntlo. o ncg(icio nqui é rrrorar nu,rr ha il' Só p(,, isÍ) r,ocis iá yôein tcm o 1râbalho.. Você vai se Preocupâr em licar conversando corr
que loi Lrüra cspócic de irlticiínax.nLII ba|ri1 para rrlo prccisaI
N{orar pedràs?l E ainda achar que isso é uma proi!ndidâdc fiiosólica lora do
í)ciedadc. somos cidr! los .lo cos ros". L uur ncgó.io mcio ccolósic.) f.Liurcza na socledâdc. lsso âí é o contrário, otr seia, você lenr unlâ ír-
que surge fâ épocâ, rão ó'l
-1
ciedadc que está táo bem orgartizâdinhâ. eslá táoarlulnadjnhâ qrcvocê
Nole benr quc as coricepçaes ccoligiirxs (]e rLSâ as câleSorias dela para botar a nnl0rcza dcnlro Não icm o inglês
cidadáo do i](,sn(Js,,
qlre legou a suâlortunâ pâra o gato? O gâio naro ten] mcios de receb€râ
e.\prcssaur dcsespero. loca buscu sc iItcgrar Ir
f.rlLrrcTâ qrL,rndr) â
toúuna, assim cono a pedrâ não tcm a menLrr condiÇào de respondcr à
Í'cic(ladc já lhe c\plrlsoLi V)ca rrrLo s;rbc itu l rt r) scu trrSIr niro sâbc o
q c cstá lazendo ali. Qu trdo loca iax) sc|ic rLIa lUncao ortin;lr ra "scnhordolltor" nàovai .esolvcr nâd.r,
süa pcrguntâ. Vocô chanrrt la dc
socicdâdc cnr que cski, cntão ii]rrlir se intcgrar n)illcanrenrc na nâlureza chamar o hipopótamo dc "vosstr e\celôncia" lanrbém não Esse é um
A inlegracaio na socledâclc ntnr a nríii.a c prática. ú rerl 0 sujeiro quc lalso diálogo Náo há csse nivel de ürtegração com a nêiureza, colno
i(rnra paúe dâs discnssócs púhlicâs. e\crce cargos. ctc. €le náo cÍai nAo há csse nível de absorçáol
lazerdo isso sinrbolirarncnte eslii lâz.ndo dc lâlo. Nlas qua|do clc dlzl Quando âparecem essas nlodas culturais, elas scmpre relletem
un1â n\Lrdança cletivâ quc houve, e â partir dos ânos 60 há ÚilhÕcs .le
'Ah, agora cst.rLr integrado na lllrtur-eza. eÍoü aqrt cofversando conr . ,r',r,'," r, i],r * ,,,,,'
URSS/lâpa..l!7.1 13inirl. únor n,r', i6rnm ?a
pêssoas sc scutindo lorâ da sociedade ll de irto se colocarn lora dela, lAlürro: M.,s se. po, eteulpla. nào fosse aqueLll attla dos Pté'
porque às veTes lérn e{pcrlênciâs sLihi ivâs quc não são.analiziil,ejs tt)tt.ili:os, eu aocompn)t rleti o tl tLtl a dessa seLttcn<:a: "TL1do eioda
no Lliscurso social. Aquelc pcssoaL rodo qLLe sc encheu de drogÂs. o q.re Ltr]ta". Llmt pessaa que esl dou isso a l da tfidüzitt isso patu )ttit ,
o sujcito scntiu c passou, aqullo lá é ltl0 subjeli\,o e tão i,rslgnificantc t)aryLLe eu tanbém . )
para as ourras pessoâs quc tte nio tenr uonro dizet aquikr Aquilo não Ah. muito lrenr. nras sc cLr csrLrdar À lürrdo por cinqüenla anos náo
tenr inrB»lânria; se dlsscr niniluirn vâi prcstar aicnçào. iissa assa de \r)u conseguir imduzir para locÔ o quc o idiola cla es.tLIina scntiu quan
expcriônciâs pnranlcntc subjctnas iÍna o sujeilo da soriedade, âindaqüe (k) cheirou cola. porque aquilo ó insignilicanle Náo ó vcrbâljzálel náo
clc csicja fisiramentc núegrado nela llle eslil inlegrâdo, ffâs scntc quc pirrtuc scja prl,lundo. nrâs porque náo significâ nadã.
intcgrq porque selnpre vai ler
náo eslil mais, e não ierr rrais ieiro dc sc Tem un ra hisiória conlada pelo Arlhur Koestler qlrc é labLrlosa:ljnht
u1r Íesíduo dc !i!ôncias pcssoâis absolutâDlefte s"-m sigfilrc.rdo que rao unr nrieiio quc vil,ia lonrando LSD. c €le acredi!(N nâ tcoria dLr Aldous
sáo vcrbalizávcis c não síro trociveis eln nroeda coÍenie lillgilistica. llurlcy, cm Ás pollas dd percepçao.ttr (le lre drruntc o uso de drogas
clc dcsoobrjrià o segrcdo do Universo (no finr clas conta§), nras quando
Quando lemos aquehs t.,Ilrrivrs Ic Lâs pch pocsia à.4r,i/i!, elc
de expressar\,c ralmcrlc cxpcriôncias obtkftrs conr dr)gr'§. aquil(, é dc f,rssrl!â o irânsc ele iinhn esquccido tudo. Eledissc: "Eu prcci§oanotar
uma chaticc. dc uüa insignificarncia atroz. tanlo que rlirguónr rais sc rsse ncgócio, preciso ânolar na horâ". 1r ão clc iomâva o l,SD e dci
intercssa por isso Se chega rnn slrjeiio cltogâdo icntando contar para xava âo lado Lrma pilhâ cic papel corn um lápis. c Lrm .]ia ele conscguiu
locê o q c elc scniiu durantc a viageln, duranle quanto lenrN vocô ,rnolar. Depois quc passr)!r o transc. elo loi ler o que linha €scrito. e â
agúcnia ouvir o srrjcito? Náo ngücnra. Hnirr). para vocô âqrilo ó nada, assirr A tranana é gr.Lnde. Lllas a casca é maior'
lrasc cscrita era
mas acontccc que parâ ele é ulna experiôrrciâ.le uma intcnsidâdc lbr- Vcja, qlranclo vocô pcnctr. no Inull,:lo .las purus sensâçócs. o
midável, nràrcn. cle rrao c(,nscguc tirâr aquilo da cabeqa (orpo hunlaÕo cstá habililâ.lo â scniir milhões e nrillrÕcs c bilha)es
dc estÍmrlos diferentes qüc não signilicrnr nbsoluiarnentc naLla Parâ
r\luno: Qua d., làLes ctuloü lulaúlo que a água é que esÍata rós. os e!timnlos significam algo qlrando clcs podem ser ohietivados
a (»igem de ludo. lai lintbAn n experiêtlLia esotlriut. subíclita nr nnnla de nmâ coisa, de unl enle qrc provocou aqLrilo. o dc uma
(le1e... Qua I é a dilere tryo? |
siiuaÇão clcscrilivel (calor, ftn), medo, esperança. ctc ). QLrândo nao
Nào. dc jeiio nenhum A dilerença ú qnc larrio r crpcriôncia dclc lonnaln essês ligüras, qLrândo s.]o {penas scnsaça)es aiomtiicas solias
nào era assim que ela l'oi lerhalizávcl, c lanio a \crbaliztlvtl que loi un1tLs das ouirâs. nâo sáo nada rcallnentc.
verbâlizadâ c pôdc scr discLrrida, e aqlrilo se integril ra culrur:r. N{as \a,, .",' r-Jr r\' I r. r'1,'. rrr. o rr e,;rr lr,, , c'',. 5t I '.( ,r' i tr'.
sc chcgârcrn aquinil pessoas.lescrevendo o que se pâssor nâ câbeça §pcriência intensâ É lnuito intersrt e não significa nada. Porquc não é
clelas duranle un1a erperiência conr drogâs, cada unlâ \'ai dizer Lrmâ nâdâ, nao acÍrni€ccr rcallnerte nada. Nós que cstamos de forâ sâbcnnrs
coisâ conrpletarnente difcrentc. quc não ten nada a ver conr o outro. (llsso: o sujcito ficou ali dellâdo na carnâ. nio aconleceu nâda. Para ele.
não sc articula. e nào teln reâlmenle illportincia âlgunra. dcntrodo ser unilerso fisico subjelivo. rcontcccu urn nloniâo de colsas.
a loi S(-rcrâtes. NÍas isso não àcolllcce lodo dia _ nào é (odo dia que lem
para qucvoces velâo1que
lnconruricabilidade Eslou dizendo isto um Sócrates quc cheg.L lá no neio da confus,Lr e clc nlesmo c()locâ
pertudo é porquc elc implica ccrlas
rlificuldadc de a gente estlr'lar €ste
lz
orden Náo. às !'czes é necessário o irabalho dc nuiias tserâçoes quc ( \t)rctaiivas do terapcut.r e ele vai ac|ar que a tcoria dele eslí certa,
váo depurando a linguagen. Por e{emplo se não
houvessc os so$slas' rLirs cstii certa só para aqueles casos. É isso quc Leiblliz charnavâ dc
tl.o netnótico- tta lãta da psicôtico. tlue aqüilo cru cafisirle tdL' 'Ah rclaçào ao organismo sociâl e torno, isso ró(.n.nntrâtrrnc nô.âcô
psicolerâpclrta Ircudiano lenr pacicnlcs freirditLrros () iunBuiano tenr um râi(r coflcndo pclo.Lcscrto senl nenhun objctivo predelermjn;Lclo
1r,,br.nrr Jer'\lô.'" ril\u' 'r' r'rrit"' rt ''rr'r" J'^' l^"r\'i' decendo apenas ao seü eslin]rlo intcrior Nao havia ali rLln qxeijo para
procuÍâ mâs irâ-
oulro' () râto corrcr â1r'ás. nen] tinkr uln girlo c(nrendo êirás (leler cle eslav.l
Sc você não dá ccrlo oaquclc teraPeÚtâ' você
yerá o ouiro pacicrÍc que clá ccrio coln aqtrelc' lsso v'ri conlitnlÀr as indo par.r olrdr bcnr entendesse de acordo conr o I)uro instinto do corpo
1.1
liberdade' a independêncià' lr(rlanlo, se lor preciso se masturbar cm púb]ico nâo há nenhum pro-
Entáo Dióge cs lorma essa idéia de quc a
exclüsivallrente âos hlcnrâ... E âs pessoas lcvavan isso mortalmente a sérbl Da Aülde ia
a teliciclade tlo individlto consisiem en1 obcde'o
o ;rmbie te em torno' plaiarnicâ pâra isso, algo .rclrnleceu I íl nrlrilo esquislio esse negócio. Nâo
impulsos Llo seü organisrno scm tcr em conla
já revela a sua íntimâ âpcnas éesquililo, conro nâo resisteà mínima anáLisc dc acordocom os
A icléia. evidentenrenLe, iáo logo loÍmu]âdâ
isnro náo sâo só do nosso critérios platônico-a stotéiicos, o critério de gênerc e espéciel
contracliçáo, porquc os irrpulsos do nosso orga'
herdadosi eles sáo daêspécie e nâo nossos'
Vocé icm Agora, êcontece o seguinie: por ur.a ironia cruel, a concêntrâçáo
organismo, n1as sào
mas enquanio membro das âlençóes no lema do indivídro. como ela vem junto com cssa perda
tnLe. sc,no. etc nao erq uênio I ndivíduo isolâdo
da espécic la rbém têm' do diá1ogo, da lnrguagem, etc., ela tâmbém vem junlo com a perlla da
da cspécie, porque todos os olLÚos mcnrbros
ldrge de provar algumâ auionomra câpacidade de percepção do indivíduo humano por ouiro indivíduo
Os impulsos intcmosdo orgânislno,
conlrário â suâ süieição à genética' hulnêno. Quündo você vê os Dldlogos d€ Platão, como é quc ali se
sua provam e{ataüentc o
dilerencian os indiví.luos? Cada um tenl uma hisiória. tem um nomel
en reldcia rL itu)i|íduas scu Fulano é filho do Fulâno. ele esieve nêguerraem iall0gar, ele é rico,
fAluno: ,le esl, faLando de attton')tnia
cle é pobrc... Ele lem uüit hisló a, lem uma biografiâl Isso quer dizcr
coficrclos. não a?l
que. embora nem Plalão nem Aristóreles tcnhâm trabalhado o tena dê
Nào, a iodo o lneio em torno
individualidade-qucsóvaiapareoerfilosoficanenlernuilLrmâisiarde,
ào eslá a "fieio em lor o" I já apareceâli, inluitivamente, â noçao de que airdividualidadehumana
lAlrno: Plis é, a espécie
idóia que elc náo se consiitui apenas da dislinçáo espâcia1 cntrc.iois organismos,
Nio. 'tuau o ,r"io" qu"t dizer inclusive a naturcza '{
ponto que ele achâva dois corpos no espaço. mas iâÍ bém dc uma distinção de históritl, uma
tinlü da âutononia do individuo chegava a tal
horÍive], por cxemplo, tcr que coücr Conrcr
é um sinal de suieiçío'l disrinçào individualizada, biográlica. Pois essa d;íirrção no te po de
as catcgoÍias de podianr ao meslno templr lãlar dâ cidâdânia cósmica? Sc você não tem
qlrc cla náo rcsiste ao mais ninimo e{âne segundo
Acontece quc essc negócio dc Platáo e Aristóteles
rcm unrâ fünqáo. se nAo há nem ur a uonexáo com o lneio enr torno,
Platáo c Aristi)telcs
de novo \,ocênãorem cosmos nenhumlO cosmos €xâtâmen te uln conjunio de
iinhâ se tornado incomprcensivcl Esses camaradas cslâvam
é
o quc est,L acontecendo na China Dá a inprcssao de que há todâs Âs
"
permiie âtLrar organicamcnte denÚo
organizaçóes e de cócligÍrs que lhe possibiliclades ao mesno tcmpo. Então. não há nais nârrâiiva'
o que
só a individuâlidâde lisica
;;,i1.. ;.,râ" t"- r.-çào orsânica sobrou
cxiste é âpenâs uln mosâico. A História deste
periodo é enomlen1enie
consideraala no sentido âtomíslico compârâçáo com
vislas à luz do que hoje complicadâ, e o quc estou làlândo âqui é idículo em
Náo se pode ncgar quc essâs concepçóes' qlre teria que scr invcstigado'
o nate âl inteiÍo
âs pessoâs entende âm mais como
felicidade humanâ' parecen lian-
lundamcnlais qüe sao os cíicos, que aparcceram
Essas escolas
que' dizer, sáo lormas de âuiodestruiçáo' eviden
*u.obrus,
pelo própdo Diógenes, os estóicos, os cpiclrislas e Lrs céticos '
un1
"unt",rt" fil(rsoÍiâ iem quc Írorâr
tenente. Se o sujeito, para começar a csludat lundo desse aiomismo, desse maletialismo dessâ büsca dâ
feliciclade
piorolr, nÀo é? E se o sujeito
num barril e se mâsturb em pÍrblicl'j Por oulro lado' lambém ó
glória' aí é na direçâo da âulononliâ, isso tem em loclos
acha qlrc lazendo isso cle está âlcânçando os píncaros da que tiraram de Sócraics'
cerio que eles Lrsâm detcmrinados elementos
quc piorou nlâis aindâl o indi\'íduo'
de profundo desespe_ Por ej(crnplo, à rccusâ ala auioridade dâ socjedâdc sobre
Náo se pode regar que essa foi unra época iinha um sentido c neles
isso cxistc em Sócrates também só que nele
por ulnn épocâ totaLmente
ro. Náo creio que nós possa os passar
tem outro compleiamentc di[crenic'
ossim peto t,to que icmos regjstros c mais regisiros de
cle grcgo que recusa â lei
";-pt"" Sócrates é o próprio personagem do leâiro
gerâção in i€ira náo hajaninguénr
conhecnnentos, eéclificil que numa \up'rru' a Ii di\ind' tuno rrra''
getaçâo seguinte Pela Lei das pro
ri,.ômun.drrlcr'n rúncd, trmo ler
capaz de cleco.tificar aquilo para a jogâ na arena serei comido
tarde Iarão os mitdires crislãos: "Você mc
geral desses é quase impossívell um
Uúitiaua"", unt pclos lcôes, porque essa é a lci dâ cidadc' À43s ãcima de tudo
tcm a Lei
""qu"timento Enáo podemos csquecer
esquecimcnto universal disso é impossível' Issoéunlâcoisâ'
universâl' mas de Dcus, evou segui_la rnesmo que o leáo mc coma"
que esse período também nào Ioi ile esquecimento náo tinhan lei supcrior nenhümâ Como
poderiâ
nâs esscs camarldas
outros lugares' cslâvam aconie_
somente local. Ao mesmo tempo, em autonomiâ dll
que em geral náo entram
haver un1a lci supedor se você esiava buscando â tolaL
cendooutras coisas com pletamenie difercnies lcses mate'
áionoisolado? Maisainda, se vocêadcriu completamente a
mas que iâh'cz dcvessem entrar
no reperiório da HistóÍiâ da Fjlosofia' Se você só acredita na ei(istência do que é orgânico'
sensível'
aÚiculaçáo desses rialistas?
exâia' a
Infclizmente, ainda náo existe uma cronologiâ perceptível?
vários tempos históricos simultâneos' Sócrates'
a escÍevet a Histótia das
Por isso é qlrc Diógenes é uln Sócrates que enlouquecelr'
Veia que Eric Voegelin. quando comcqorr apenas pârecia nrâluco sob cer-
se losse mâluco, seriâ esse aí. Sócrates
acreditou que pudesse arlicular náo ümí
nârrativa
iaAias potiticas." o individuo
uma série de patamarcs tos aspectos, mas sob outros pareciâ muito mais sábio Já
linear como a de Hegel, evidentcmente' mas que está initandoun rato que corre dâqui para lá' quevai morar num
menos quando ele chega
que iossem sendo conquisiados Nlais oÚ que há
a se encavalar porque o quc
baüil e sc mâsturbâ nâ frenin de todo mundo para âdmitir
nesse peÍiotlo âqui. as coisas começan
âlguma sabedoria nisso vocô precisa dc uita imâginaçâo
Por quê?
com o que está âcontecendo na Ásia'
corn
u"un,""" uqri nao fato autonomiâ'
"oi,..i'l€ Porque você esiá vendo qllc essa âuionomia nao é de
isolaÍnenta do nlüfido?]
lAlunai (.. ) DiÍjErre§ (.. ) é possít)eL esse
É impossível. Quânto mais se isola, mâis impotente fica, e nais
Leiturâs sugeridas
não ê?
lAlunaj Hole a Sente rcco hece essa impossibiliclade'
Naquele tefipo nao se Íeconhecia.) C^I§ALHO. Olavo de O /dnn das ariiqdeJ
Sâo Paulo: É Realizâqóes, 2000.
Porque a noqáo de ind ivialualidade humaná que ele tinhâ era muito
fisicistâ. era individualidade iísica Aâutonomiada individuêlidâde
só a OOLDSCHID! \,rcior te slsG,tcstir.ie d lA@de tenpt
fGica, quanto mais ele âhuscâvâ.mais ela o tomavâ i1npotentc' eviden_ P tis Vri., 1993
temente, a tal ponto que ele se ressentia do fato de terque come! cono
REAL!, Giovanni tltstótia da frlósafia qahpa T|ad Marcelo Peine
se tosse uma húmilhação. (. .) I 1
Sào Pallor Loyola, 1oo1