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Direito Constitucional

25/9/2019

O sistema político – Blanco de Morais


Pp 18-34, 10 dos sumários

A organização do poder político mais eficaz e dominante é a do Estado.


Dentro do estado estão ordens jurídicas que o integram. A ONU por
exemplo, é uma associação do estado.

Analise do estado de direito democrático:

Estado de direito: Espaço territorial. Onde esta fixado um povo, ligado a


este espaço por vínculos de natureza jurídica (nacionalidade) onde existe
um poder político. Poder soberano.
Estado existe porque tem de haver ordem jurídica.
Satisfazer necessidades coletivas. Fins secundários e primários.

Estado antiguidade oriental: territórios vastos com fronteiras indefinidas,


poder político e religioso misturado.
Antiguidade clássica Roma: parecido mas com ordenamento jurídico mais
forte
Grécia: contornos fronteiriços pouco definidos mas
poder politico mais bem organizado. Inícios/ primeira de democracia.
Idade media: monarquia frágil limitado por leis
fundamentais e limitado pelas cortes pelo clero nobreza e povo
(burguesia).
Estado absolutista: fim do feudalismo, estado já com
fronteiras definidas e um soberano que exercia efetivamente o seu poder.
Estado moderno: Estado nação, tratado westfalia,
soberania n se limitava ao soberano mas si ao próprio estado. Fronteiras
fixadas. Nação soberana. Papado perde poder que tinha e o império. Essa
realidade acabou com os
nacionalismos.
Estado atual: povo, território, poder político soberano
Povo: nem toda a população presente no estado é povo. Todas as pessoas
que se encontram vivas no estado são a população do Estado mas o povo
implica a realidade humana que se encontra ligada a um estado pelo
vinculo jurídico da nacionalidade. São os cidadãos desse mesmo país. Por
sua vez, existem direitos e deveres exclusivos dos nacionais.

A noção de povo é diferente de nação na medida em que:

Nação - Comunidade humana ligada entre si por tradições, aspirações e


necessidades coletivas iguais.

Nem todos os estados correspondem ao modelo de Vestfália, existem por


seu turno:

Nações sem estado: Curdos, Judaicos


Estado sem nação: Kosovo, Espanha
Estado-Nação (nações que o povo corresponde aos Estados): França,
Portugal

Nacionalidade e cidadania – não há diferenças, constituição fala de


cidadania a lei fala na nacionalidade. Sinónimos. Artigo 4º, 26º,4, 37 CRP.
Pode ser objeto de aquisição originaria- filhos de portugueses tem
nacionalidade portuguesa ou derivada- efeitos posteriores ao nascimento:
adoção, naturalização, descarinali etc

(Procuradoria distrital de lisboa: quando for necessário procurar no


Google)

Nacionalidade europeia- direito dos cidadãos residentes na união


europeia. (art 15º)
Livre circulação
Eleger/ser eleito em eleições locais e/ou parlamento europeu
Proteção Diplomática das instituições europeias

Sobre os artigos: Regra geral 1, exceção é o 2, 3,4 ,5

Território: Artigo 5º n3 importante


Mar territorial: estado exerce soberania plena sobre mar territorial.
Espaço adjacente a 12 milhas.

ZEE: Zona económica exclusiva

26/9/2019

35-53 manual

Poder político como elemento do estado:

Soberania é uma qualidade identitária do poder político que envolve 3


componentes:
- Auto-Organização. A forma desse mesmo poder estatual se poder auto
organizar livremente.
-Soberania interna. Poder tomar decisões, faculdade de comando e ditar
regras.
-Soberania externa. Faculdade dos órgãos de poder representarem o
estado noutras instituições de poder.

Liberdade de expressão: liberdade de cada pessoa de exercer poder.


Faculdade de exercer uma vontade. Poder de exigir.

População aprova constituição ao eleger.

Maior ato de soberania de um estado é o poder de se organizar


livremente.

Ideia de Independência nacional -------- soberania nacional (conceitos


semelhantes)

Maior limitação a soberania: europa, criação de organizações


supranacionais como a união europeia.

Organizações Supranacionais: por tratado os estados limitam a sua


própria soberania e as cancelas dessa mesma soberania são delegadas
nessa mesma união.
União Europeia: delega normas e regulamentos, aprova atos jurídicos
que vinculam todos os estados relativamente a um conjunto de matérias –
limitação de soberania de todos os estados. Soberania plena encontra se
limitada. Limitação jurídica.

Limitações fáticas da soberania: Portugal sob programa de resgate


financeiro internacional FMI. Implicou redução drástica na soberania
nacional. Portugal era então visto como protetorado pelos países que o
ajudava.

Processo de globalização faz com que muitos estados fiquem num estado
de dependência financeira e soberania limitada. Limitações jurídicas.

Ideia dos Estados terem soberania limitada na UE é uma frase feita.

Há estados como china, Rússia, EUA que todos tem um grau muito
superior de soberania

Art 3 CRP- soberania portuguesa una e indivisível. (n pode ser divisível


nem delegação internamente, não e possível fornecer soberania a
entidades municipais nem R.A.)

Art 7º - prevê possibilidade do estado português delegar poderes a UE.

Formas territoriais do estado:

- Como o estado organiza o poder a nível territorial

-Como o estado organiza no plano horizontal as suas competências


envolvendo os entes territoriais menores (municípios e regiões
autónomas) e a soberania. Simbiose entre poder e soberania.

Autonomia: Autorregulacao. Enquanto órgãos de soberania são soberanos


há coletividades menores que n são soberanas mas dispõem apesar de
tudo poderes de autorregulação. Podem criar direito próprio no seu
próprio interesse e esse direito e reconhecido pelo estado que o incorpora
na ordem jurídica geral.
Orgaos das RAA podem regular leis

Autonomia: enquandra se na descentralização territorial.

Centralismo: concentrar a soberania num território e ignorar periferia.


Realidade ultrapassada. Impossível ao poder central conhecer todos os
problemas locais dos sítios mais distantes. Lamene: leva a congestão.

Cada local tem interesses próprios terriotoriais.

Forma de estado: tem a ver com a organização territorial do estado

2 grandes modelos do estado quanto a organização territorial:

-Estado unitário
-Estado federal

Destinção entre eles: Unitário tem 1 só constituição. Unicidade do poder


constituinte. Federal tem uma pluralidade de constituições. Constituição
federal (EUA, Alemanha) e as constituições dos estados federados
-estados que integram o estado federal mas tem autonomia, tem
possibilidade de aprovar a sua própria constituição e aprova alterações na
mesma, para alem de todas as características da autonomia.

Enquanto num estado unitário dos municípios e regiões autónomas não


participam na construção/modificação da constituição. Nos federais, ¾
dos estados federais tem de participar nas ratificações das constituições

Unitário: única ordem jurídica. Tribunais.


Federação: 2 ordens judiciarias. Tribunais e tribunais de cada estado
federal.

Unitário: Instituições
Federais: duas camaras, camara baixa e camara que representa os estados
(senado americano9

Uni: n podem aprovar tratados com outros estados federados


FED: podem desde que n contrarie constituição federal.

Organização territorial:

Unitário: há 2 tipos. Unitários Simples e Complexos.

Simples - descentralização administrativa: entes territoriais exercem


apenas a função administrativa. Possibilidade de autonomia financeira
mas limitam se a aplicar as leis através de regulamentos, normas da
função administrativa e atos administrativos. Autonomia puramente
administrativa.

Desdobra se em 2 ---
Estado Unitário Simples com Autonomia municipal e o
Estado unitário simples regional com autonomia administrativa. (Córsega)

Complexo: Autonomia politco-administrativa. Região com grau superior


de autonomia em relação a outras regiões. Regiões c grau superior de
descentralização. Legislam as leis para alem de só as aplicar. Ex: Espanha,
Itália, que tem macro espaços com muitos poderes. (Catalunha,
autonomia muito avançada)

2 modalidades, desdobram se também em 2:

Unitário complexo: Regionalização integral - todo o estado se


encontra dividido em regiões.
Autonomia periférica – Regiões Autónomas,
autolegislativa.

Prof: contra-regionalização, Portugal 98. Referendo. Mesmo se ganhasse


não era vinculativo porque metade da população não votou.

Art 6º- Portugal como estado unitário


Nota do estado federal: há 2 tipos de federalismo.
- centrico. População abdica das independências/soberanias dos
estatutos para formar um estado federal. Processo livre e de evolução
histórica. Autonomia vem livremente da periferia para o centro.
- centrífugo- derivam de estados unitários que resolveram
federalizar se. A Transmitir para parcelas territoriais competências
administrativas (ex brasil)

Cêntrico mais fortes que centrifugo.

30.9.19

Páginas: 45-59
63-68
71-81
86-92

Legitimidade do poder - Justificação do substancial com base em valores


princípios factos de uma relação do domínio das autoridades políticas
num estado que é soberano. Conjunto de princípios de valores vínculos de
diversa natureza que justifica junto dos governados que de alguma forma
e titulada por parte dos governantes.

Domínio territorial - Realidade me que os membros de uma sociedade


obedecem a comandos jurídicos manifestando expressa ou tacitamente
no acatamento desses comandos.

Injunção – ordem

Max weber - Numa comunidade estadual terá de ser identificada uma


vontade dos indivíduos na submissão do poder.

-Destingue 3 tipos legitimidade

Tradicional – ocorre dos primeiros reis, fundamentos culturais, religiosos,


estamentais
Carismática – forma de legitimidade que muitas vezes surgem em quadros
revolucionários. Certos propriedades com certas lideranças com
componente afetiva, emocional. Figuras paternais (ex: américa latina).
Tanto podem operar num quadro revolucionário como democrático mas
mantem se ideia de provencionalismo. Quando morre o líder a carismática
costuma a desintegrar se. Difere da revolucionaria pois os lideres são
eleitos democraticamente e após isso e que adotam esse carisma. Pode se
associar a um populismo, mas nem sempre. Líderes políticos apenas.

Legal/racional – para conforto de todos, cidadãos aceitam a legitimidade


de quem se encontra habilitado a tomar decisões segundo os princípios da
constituicao. Universal. Surge em rotura com as leis e constituição. Entram
outros fundamentos por vezes. Há outros tipos de legitimidades ligadas a
ideologias. Assética e relativista.
-Formal – estado novo – o poder e legitimo não necessariamente
porque os governados elegeram o poder livremente mas aceitam o poder
passivamente.
-Material – realidade diferente, estado de direito democrático, 1art
CRP, implica existência de: princípio da separação de poderes (poder n se
encontra concentrado numa instituição), princípio da independência dos
tribunais mas na tutela jurisdicional dos direitos fundamentais,
prerrogativa dos governados escolherem governantes.

Legitimidade democrática – Portugal – poder da autoridade dos


governantes resulta do consentimento dos governados. A partida através
da formação da constituição e através das eleições. Governados designam
governantes.

Legitimidade revolucionária: fundamenta o poder de quem fez uma


revolução, alguém que rompeu com antiga ordem jurídica e funda ordem
jurídica nova (MFA)

Legitimidade legal/bruta - Poder por mera obediência as leis (asia central


antigas repúblicas soviéticas que se tornaram independentes e regeram se
após disso com comunismo).

Legitimidade de título- porque foi eleito, titular de um cargo.

Legitimidade de exercício - da conduta que tem no dia a dia.


Constituição - fonte de legitimidade pura, poder político tem de agir em
conformidade com a constituição. Poder legitimador das constituições.

Estatuto do poder - Constituição – perguntar (pedir a partir daqui)

Regime político - modelo doutrinal ou ideológico assente numa doutrina


ou ideologia (simplificação política de uma doutrina) que explica a
estrutura de poder onde estão presentes as justificações fundamentos do
poder soberano depois o estado que define também a relação ou enlace
jurídico ou político que estabelece entre o povo e o poder. Pode
compreender vários sistemas de governo.
Relação entre governantes e governados: invoca sempre
o povo com exceções (Coreia do Norte).

Regimes políticos:

Formal – Monarquias (com características de legitimidade tradicional) e


Repúblicas.

Material -

Tipo de envolvimento do povo na eleição do poder político

Defensor dos referendos: prof

Democracia: Regime político democrático em que a legitimidade está


presente na vontade plural soberana livre e competitiva com alternativa
de opções emanada do povo.

Falta aula.

7.10.19

Constituição fala da democracia participativa.

Página – 113-119, 112, 120-122, 125-126, 169-173, 176, 195-197, 199-201,


203-204/ 212-213(?) perguntar

Democracia representativa precisa de ser melhorada.


Democracia Participativa significa que o poder participativo e que os
órgãos tomam decisões mas as decisões deveram ser tomadas depois de
ouvidas as estruturas representativas dos interesses da sociedade civil.
Exemplos: sindicatos, organizações não governamentais representativas
de certos interesses. Tem como objetivo evitar que as leis sejam objeto de
uma taxa elevada de contestação. (Portaria do cavaco silva em relação as
pontes – revolta camionistas – norma mal preparada).

Sistema Neo-Corporativo – anos 80 em Portugal, concertação social –


órgão que representa conjunto de interesses, havendo dentro desse
conselho outro conselho, (perguntar). Ad jornata – modelo tripartido da
concertação social.

Democracia participativa tem um relevo que diz respeito a ?

Teoria da democracia consuciativa – ideia do critério de decisão por maior


que fosse não teria de alguma forma a capacidade de acarratar/integrar
todos os interesses da sociedade. Não é só o critério da maioria mas sim a
necessidade de a maioria integrar as vontades das minorias.

Democracia deliberativa – reclama e exige a necessidade que a decisão


para ser tomada deve ser objeto de uma discussão publica por parte de
cidadãos conscientes e preparados.

Vertente institucional-
Extrainstitucional-

4º elemento – atos referendários.

Democracia Semi-direta- Promove referendo: ato eleitoral que envolve


votação dos cidadãos sobre questão colocada. Resposta de sim ou não.
Não há referendos constitucionais nem perigosos de natureza fiscal.
Referendo enriquece democracia. Retorno à
velha democracia ateniense. Entende se que o povo não está apenas
passivo entre os mandatos. Vontade do povo prevalece aos das
instituições. Porém, o país não pode ser governado por democracia
referendaria obviamente. Os cidadãos não podem deliberar
permanentemente sobre todas as leis, até porque não tem esse
conhecimento. Seria inviável.
(4 exemplos de oxigenação da democracia representativa)
A Democracia Representativa não podia ser trocada pela participativa.
Seria retroceder a um sistema que não era verdadeiramente democrático.

Consuciativa – Suíça e países nórdicos. Governos dos mais votados


governam os menos com respeito destes. A ideia mítica que uma decisão
final resulta do produto de propostas diferentes seria melhor não é bem
assim.

Adepto da democracia semi-direta – prof

Formas mais relevantes – representativa e semi-direta

Democracias Limitadas – Prossupostos limitados como as eleições livres,


pluralidade de partidos, etc. Forma como as instituições se comportam.
Democracias defetivas.

Democracias Iliberais – Hungria. Eleições livres e regulares, sem fraudes


etc. O que sucede é que o poder político exibe uma desconfiança contra
os poderes, dá-se o controlo interorgânicos. Nestas democracias há
grande desconfiança na intervenção do controlo das leis. Poderes de
hétero controlo são reduzidos. Separação de poderes encontra se
limitada. Essência do poder encontra se no poder executivo apoiado pelo
legislativo. Desconfiança relativamente a certos direitos fundamentais.
Certos tipos de direitos passam a ser objeto de contestação pelo poder
político (como direito à obtenção de nacionalidade por exemplo).

Democracias Autoritárias - Meio termo entre sistema democrático e


autocrático. Apesar de haver eleições e pluralismo eleitoral o pluralismo é
limitado. Posicionamentos fáticos à liberdade de expressão. Desigualdade
entre forças concorrentes pelo estado, tendo a favorecer os que querem.
Restrições aos poderes/direitos civis. Nem todos os partidos são
tolerados. Exemplo: Rússia.

Sistema autocrático – Ordem jurídica de domínio fundada numa


determinada ideologia que envolve um poder político concentrado por
parte de um grupo dominante que restringe ou impede o acesso dos
cidadãos ao governo, utilizando para o efeito a supressão pela restrição
severa dos direitos civis e políticos.
2 variantes –

Sistema totalitários - Maior intensidade da concentração de poder,


envolve aquilo que é uma visão filosófica doutrinaria global do homem e
do estado. Cosmo visão da sociedade e do estado que implica que esse
mesmo estado intervenha em todos os setores da vida política social e
cultural e até familiar. Estado interfere no domínio individual das pessoas.
Exemplos: Fascismo italiano e nacional socialismo.

Estado autoritário – Concentração de poder num órgão superior, não


tende a intervir excessivamente na sociedade civil mas pretende dominar
efetivamente a vida politica através da limitação drástica da escolha dos
governantes pelos governados.

10.10.19

P 234-237,

Sistemas políticos de governo

Regime político - Regime formalmente republicano e materialmente


democrático.

Separação de poderes – Montesquieu – poderes tem relação colaborativa.

Sistema eleitorais podem influir num sistema de partidos e governo?


Influem.
Cada círculo elege um deputado, concentrando o voto num partido
favorecendo a maioria absoluta.
Bipartidarismo – representação maioria do governo e grande
representação da oposição - Estabilidade política.

Sistema de governo – Paradigma/modelo de governação que tem um


conjunto de características identitárias. Envolve a restruturação dos
órgãos de soberania. Tentar perceber quem é que manda, quem é que
governa num determinado país. Modo como se relacionam e estruturam
os órgãos de soberania nas suas interações políticas e que exercem a sua
função política, usualmente estão excluídos os tribunais tendo em conta
que estes órgãos são independentes.

Competências – Poderes funcionais repartidos por órgãos que agem em


nome do estado.

Elemento relacional – Poderes atribuídos a certos órgãos para exercer


fiscalização do governo(?) (modelo americano)

Presidencialismo – maior protagonismo presidencial – americano –


relação do presidente e parlamento

Semipresidencialismo de cunho parlamentar – Áustria, Portugal em certos


ciclos.

3 tipos dominantes de sistemas políticos num sistema democrático

-Sistemas parlamentares: sistema onde a fonte da legitimidade do poder


político, sobretudo da essência do poder político, erradica do parlamento.
Em regra, os governos terão de ser investidos em funções pelo
parlamento. Existem as instituições: Chefe de estado, Governo,
Parlamento. Diarquia institucional é simbólica no poder executivo – poder
de governação e de executar leis – tem duas cabeças, dois polos de poder
partilham o exercício de uma determinada função.
Polos: de um lado chefe de estado e do outro o governo. O fulcro do
poder encontra se presente no parlamento cria relações de dependência
com o governo em relação ao parlamento. As características são a
investidura pela votação do seu programa no parlamento e possibilidade
de parlamento demitir o governo (moção de censura ou de confiança). Ao
contrário dos presidencialistas em que os deputados têm independência
em função dos seus interesses nem sempre acompanharem a função. Nos
sistemas parlamentares a ligação entre o governo e as bancadas não há
grande margem, são postos na ordem por assim dizer. Chefes de estado
são figuras com poderes limitados, por vezes simbolicamente. Atenuados
poderes de controlo, não são deles que recaem poderes relevantes. Em
certos parlamentarismos os poderes são por vezes arbitrários (Itália).
Muitos autores diziam ate há pouco tempo que o chefe de estado ou era
eleito no parlamento (Espanha) ou era um monarca (Benelux, países
nórdicos), porém no leste da Europa começaram a surgir regimes
parlamentares que os chefes de estado são eleitos pelo parlamento.
2 modalidades:

Parlamentarismos de assembleia – Parlamentaristas com proeminência do


parlamento. Mais simples. Efetiva proeminência, governo dependente do
parlamento. Compromissos interpartidários. (Benelux). Coligações arco
iris. (frança Alemanha e UK não conseguiram lidar com o fenómeno, como
a Espanha nesta altura). Esta modalidade tem como base o método de
Hondt. Chefe de estado com caracter simbólico, assembleia com
proeminência. Historia: Período da convenção em França – todo o poder
deveria estar concentrado no parlamento, era algo ajustado as ideias de
russeou (defende democracia direta) modelo representativo ajustado a
estas ideias, originando a ditadura do Terror, liderança dos jacobinos.
Após 2º guerra mundial este parlamentarismo foi renovado. Mecanismos
de racionalização.
2 Dinâmicas – Norte da europa, Benelux: Partidos concertam
determinadas políticas havendo fenómenos de governos minoritários,
alguma instabilidade mas menor graças a cultura de compromisso.
Sul da europa – associado a instabilidade política (Itália, França)
Neste parlamentarismo é comum o partido mais votado não governar pois
os outros coligam se (Bélgica, Holanda – partido trabalhista)

Parlamentarismos racionalizados – Parlamentarias com proeminência do


governo, preocupam se com a racionalidade. Composta por institutos de
natureza constitucional. Adoção de preocupações que reforçam a
autonomia do governo destinadas a dar estabilidade ao governo. Sistemas
eleitorais maioritários são aqueles que providenciam uma maior
racionalização, representação de 2, 4, 6 deputados sem relevo (de
pequenos partidos) não valem a pena. Sistemas a 1 volta - UK, sistema a 2
voltas – França. Maior racionalização. Outra forma de racionalização é
combinar o sistema eleitoral com elementos constrangedores com outros
mecanismos de estabilização do governo como em Espanha (elimina os
partidos com menos de 2%) e Alemanha (sistema misto, componente
maioritária e componente proporcional, não estão representados no
parlamento os partidos com menos de 5%). Elemento de racionalização e
reforço dos poderes: Moção de censura construtiva – feita para
desincentivar moções de censura ao governo e não apresentem
alternativa nenhuma. Para demitir o governo é necessário que se unam e
tenham maioria absoluta.
Sistema britânico – monarquia parlamentar de gabinete/ sistema
primoministrial. Estado unitário regional – Escócia, pais de gales e irlanda
do norte. Inglaterra não esta regionalidade. Tem constituição em sentido
histórico mas não há um único documento. As normas não têm hierarquia
formal superior. A constituição e constituída por peças separadas, recua
se à magna carta, instrument of Government (Cromwell), revolução
gloriosa – bill of rights, act of settement assim os documentos começam a
suceder, não revogam/derrogam expressamente leis anteriores.

Peças da constituição britânica – 2 tipos de normas – statue of law e


common law (costume selado por uma decisão jurisdicional que lhe
reconhece natureza constitucional e vinculativa).
Conventions – poder de dissolução parlamentar sobre proposta do
primeiro ministro até 2011 por exemplo, funcionam por vezes como
articulações de ossatura do sistema. Menos poder vinculativo em relação
ao statue of law e a common law.

Monarca – (livro, p. 346) poderes de natureza honorifica, simbólica,


representacional, cerimonial.
Coroa –
Parlamento – 2 câmaras – câmara de lordes (p.351, discute as leis e
podem atrasa la 1 ano ou 3 meses se tiverem conteúdo financeiro, não
vetam, atrasam, camara consultiva) e a câmara dos comuns (instituição
dominante, representa o povo, é a câmara eleita). Soberania do
parlamento no sistema britânico essencialmente a câmara dos comuns. As
suas leis não podem ser questionadas pelo monarca.
House of cards – primeira série 1991 (passada no reino unido)
Chiefs of whips – chefes de bancada.
Gabinete – p.352 – círculo interior do governo que equivale a um conjunto
restrito, pode não representar todos os senior ministers
PR – chefe de bancada, deputado, chefe dos chiefs of whips.

Sistema feito para governar, partido com a maioria e partido da oposição,


pequenos partidos têm representação porém é pouca. Cerca de 80 a 85%
da representação concentra se nos 2 grandes partidos.
Ligação estreita entre o deputado e o círculo eleitoral.

Fixed term parliment act (2011) p.350 – Impossibilidade de convocar


eleições antecipadas -
Presidencialismo – PR eleito por sufrágio universal, direto ou indireto. Não
existe diarquia no poder executivo, existe poder executivo executado pelo
PR, não existe governo(?)/primeiro ministro(?), separação efetiva de
poderes entre presidente e parlamento em termos de responsabilidade
política. PR não pode dissolver o parlamento nem o contrário salvo o
impeachment (destituição por crimes cometidos pelo PR).
Modelo Americano – efetiva separação de poderes. Modelo Brasileiro – De
coalisão (de coligação) presidente interfere mais facilmente no exercício
de outras funções, menor separação de poderes.

14.10.19

p. 331; 335 – 360

28.10.19

P 276 - 290
446 - 494

Sistemas proporcionais

Prof prefere método de Hondt e acha que devia acontecer em portugal


Nano partidos não tem representação

Sistema misto -

Semi presidencialismo
Nasce de Pactos entre forças armadas e partidos políticos (terrível forma
para o prof)
PR -eleito por sufrágio universal tem poderes reguladores do sistema
-Tinha poderes importantes e relevantes (p alem de vetar): demitir o
governo e de dissolver o parlamento.
Diarquia do governo

Monarca: demitir o governo, dissolver o senado e + um

Dupla responsabilidade do governo


31.10.19 - 481-508

Constituição – estatuto do poder

Presidente como regulador do sistema. Garante do regular funcionamento


das instituições.

Governo é um órgão de alguma autonomia política legislativa.


Não é objeto de uma investidura ...

Parlamento – predomina nas suas competências de fiscalização, fonte


principal da sustentabilidade do governo

Governo minoritário simples (situação atual) e governos minoritários com


acordo parlamentar (governo anterior).

Fatores para a dinâmica do sistema: impacto do sistema eleitoral na


composição do parlamento e as suas consequências para o governo

Sistema proporcional segundo método de Hondt é aquele que favorece os


maiores partidos. Pode ser mais ou menos dispersivo em função do
tamanho dos círculos eleitorais

Cenários de confluência e de coabituação com o presidente da república

Quando se trata de governos maioritários o presidente no segundo


mandato geralmente é mais escrutinador (governo de Cavaco Silva e
segundo mandato de Mário Soares).

Nos minoritários o presidente é responsável por não criar muitos


problemas

11.11.19 - 636 – 697


Governo em gestão encontra os seus poderes diminuídos, são apenas
usados para questões de manter o seu regular funcionamento.
Nos primeiros e últimos 6 meses não é possível a dissolução da
Assembleia.

Quando o governo ou presidente da república perdem confiança de um


chefe militar este é demitido
18.11.19 - Curso de Direito Constitucional 13-16 31-41
Teoria da Constituição
198º nº 1 alínea a), b)

Atos que o governo pode emitir:


- regulamentos administrativos
- contratos administrativos
- atos administrativos

199 alínea d)
267 nº3

Constituição (noção provisoria) – norma/lei colocada numa posição de


supremacia sobre os restantes atos jurídicos ou políticos; regência de uma
estrutura jurídica de uma ordem estatal.
Não é igual às demais leis
Normas sobre normas
Regula organização do poder politico em concreto

25.11.19

427 444
Os direitos sociais custam muito dinheiro – Canotilho

Funções da constituição
- Integradoras da unidade política do estado e dos seus vínculos
internacionais - A constituição acaba por ser um fator de agregação de
diferentes realidades através dos elementos simbólicos (hino), regime
político (democracia), chefe de estado e outros aspetos como património
cultural, língua oficial, forças armadas e a integração humana (liberdades
e garantias da constituição)
-Legitimadoras – A constituição dá uma justificação/fundamento ao poder
político ao consagrar um Estado de Direito Democrático, permite afirmar
que a soberania radica no povo, através de eleições livres, iguais e
competitivas
-Limitadoras – Limita o poder político, através do princípio da separação
dos poderes com interdependências dos poderes e através da
consagração dos direitos, liberdades e garantias (direitos fundamentais)
-Estruturação do sistema ordenativo – A constituição contem um
conjunto de normas hierarquicamente superiores que tem como função
regular as outras e os atos políticos, ou seja, são “normas sobre normas”
(art 3º CRP)
-Organização do poder político – Norma de organização e funcionamento
do poder
-Garantia do sistema de direitos fundamentais – Contem declarações de
direitos, alguns com aplicação direta
-Estabelece tarefas do Estado – Artigo 9º CRP – Realização da justiça, da
segurança e do bem-estar (tarefas essências de qualquer estado segundo
o professor Blanco de Morais

Poder Constituinte
-Poder constituinte: Ato de força de autoridade de vontade política que
estabelece a constituição de um Estado. A maior parte das constituições
advém de revoluções. Poder criador, fundador e ilimitado (cria Direito).
Realidade pré-jurídica (“antes de ser norma é poder” de acordo com CSS)
Poder constituinte material – Ideia de direito que está subjacente à
feitura de uma Constituição.
Poder constituinte formal – Termos/procedimentos em que é feita
uma Constituição.
Vias Democráticas:
Forma Representativa – o povo elege uma Assembleia Constituinte para
esta elaborar uma Constituição
Via referendária – o povo elege uma Assembleia Constituinte, no entanto,
o projeto de Constituição é sujeito a referendo pelo povo para decidir se
aceita ou não a Constituição. Para o Prof Blanco, caso o projeto não seja
aprovado, não existe nenhum “vazio jurídico”, contrariando o prof Jorge
Miranda, e as formas referendárias são “formas mais oxigenadas” para
elaborar uma constituição
-Ato Constituinte: Máxima manifestação normativa soberana de um
Estado. Não deve acatamentos, por regra, a outra norma que seja
superior. Representa exclusivamente os interesses de um dado Estado.
Prof – adepto de democracia direta
Vias Autoritárias:
- Outorga real – Monarca decide auto limitar os seus poderes, através de
um decreto (Carta Constituicional de D. Pedro IV)
-Formas Vanguardistas convencionais
-Forma Czarista
Vias Mistas:
Diferença entre poder constituinte e poder de revisão constitucional
-Poder constituinte é sempre superior ao poder constituído

9.12.19
137 – 150

Constituiçao de 1822 – pouco tempo de vigência


D Pedro – outorgou a Carta Constitucional e procurou fazer um
compromisso entre o absolutismo e liberalismo (Regente acha estranha
esta união). O compromisso consistia no casamento da sua filha com o seu
irmão, D. Miguel

Forma de exercício do poder constituinte – autocrática

Dualismo surgiu em diversos países da Europa


Dualismo durou 60% do século 19 – constituições dualistas
predominavam.
Estes implicavam dois tipos de poder constituinte: a outorga (momento
que o monarca tinha poderes mais fortes) e o pacto (acordo pacto entre
as duas legitimidades, monarca e parlamentos)

Carta Francesa de 1814 influencia a Brasileira, duas outorgadas pelo rei D.


Pedro.

Benjamim Constante – homem que impressionou D Pedro, achava que


monarca devia ter faculdade de poder intervir em todos os restantes
poderes/instituições. Carta Constitucional Portuguesa tem forte influencia
de Constante

4º poder que aparece: Moderador

Poderes do Rei na CC Portuguesa: Moderador e Poder Executivo


-Podia nomear pares
-Podia dissolver o parlamento
-Podia vetar as leis
-Aprovar regulamentos
O Monarca era ele próprio um ramo do poder legislativo – deliberada
pelos deputados e sancionadas pelo rei

Constituição era ainda muito religiosa

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