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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS (UFAL)

FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E


CONTABILIDADE (FEAC)

4° PERÍODO DE ADMINISTRAÇÃO

Gustavo Schausse

Mondrian Feitosa

Arthur Mendonça

Relatório do SENAI/AL
Análise de Demonstrações Contábeis 2

Maceió

2018
A História do Serviço Social Nacional de Aprendizagem
Industrial - SENAI
Criado em 1942, por iniciativa do empresariado do setor, o Senai é hoje um dos
mais importantes polos nacionais de geração e difusão de conhecimento
aplicado ao desenvolvimento industrial. Parte integrante do Sistema Indústria,
liderado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e composto pelas
Federações das Indústrias dos estados, o Senai apoia 28 áreas industriais por
meio da formação de recursos humanos e da prestação de serviços como
assistência ao setor produtivo, serviços de laboratório, pesquisa aplicada e
informação tecnológica.

Graças à flexibilidade de sua estrutura, o Senai é o maior complexo de


educação profissional da América Latina. Diretamente ligados a um
Departamento Nacional, 27 Departamentos Regionais levam seus programas,
projetos e atividades a todo o território nacional, oferecendo atendimento
adequado às diferentes necessidades locais e contribuindo para o
fortalecimento da indústria e o desenvolvimento pleno e sustentável do País.

Departamento Regional de Alagoas - SENAI/AL

Em Alagoas o Senai foi criado no ano de 1947, logo após a Federação das
Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea), vindo a complementar o cenário
nacional dentre as escolas voltadas para atender à capacitação dos
trabalhadores da Indústria.

As atividades do Senai Alagoas se dividem em duas áreas distintas e


complementares: Educação Profissional e Tecnologia e Inovação. Elas
possibilitam atender, de forma mais ampla, às necessidades dos diversos
setores industriais locais.

Situação atual:

Atualmente, o SENAI possui a sua sede localizada na Casa da Indústria e outras


seis unidades localizadas em São Miguel dos Campos, Coruripe, Arapiraca, no bairro do
Tabuleiro, Poço e Benedito Bentes. Nessas unidades são ofertados diversos cursos
profissionalizantes de inúmeras áreas de atuação (alimentos, construção civil, têxtil e
vestuário, polímeros, automotiva, petróleo e gás, instrumentação etc) e nas mais
diversas modalidades (iniciação profissional, qualificação, aprendizagem industrial,
habilitação profissional), assim, aumentando a atratividade do consumidor que possui
a perspectiva de crescimento de vida. Há também a modalidade que é EAD, assim
tendo a possibilidade de alcançar e atrair mais pessoas. Nessa modalidade, há a
possibilidade do fechamento de parcerias com a indústria, com as empresas, para que
os colaboradores que não possuem uma formação, venham a concluir essa fase e
assim há um benefício tanto para o colaborador, quanto para o empregador, que terá
um funcionário mais qualificado.

Figura 1 – Centro de Educação Profissional Gustavo Adolpho Soares – São


Miguel dos Campos

Figura 2: Centro de Educação Profissional Jackson Monteiro Ferreira –


Coruripe
Figura 3: Unidade integrada SESI/SENAI – Arapiraca

Figura 4: Centro de Educação Profissional Napoleão Barbosa - Tabuleiro


Figura 5: Centro de Formação Profissional Gustavo Paiva

Figura 6: Escola SESI/SENAI Carlos Guido Ferreira Lôbo


Matriz SWOT:
 Para auxiliá-la, iremos utilizar a análise SWOT, que nos permite fazer um
planejamento estratégico que consiste em recolher dados importantes que
caracterizam o ambiente interno e externo como: (Forças, fraquezas, oportunidades e
ameaças da empresa). A seguir, será apresentada a Matriz SWOT do SENAI/AL:

TABELA 1 - SWOT

FORÇAS FRAQUEZAS
Fatores internos

1. Marca 1. Falta de fluídez de processos


2. Estrutura física/tecnologia 2. Comunicação (interna, institucional)
3. Preço 3. Atuação mercadológica

4. Projetos sociais voltados para a Socieadade -

5. Escola em tempo integral -


6. Material didático -
7 - Cursos de curta duração -

OPORTUNIDADES
AMEAÇAS
Fatores externos

1. Baixa produtividade do trabalhador da indústria


2. Cursos superiores caros 1. Crise econômica e política
3. Captação de novos clientes 2. Fechamento de empresas/desemprego
4. Educação a distância 3. Constestação em relação ao Sistema S
5. Pouca oferta no ensino público 4. Crescimento da concorrência
- 5. Baixa industrialização do estado
- 6. Perda do compulsório
- -
Análise de SWOT:

 Forças:

- Marca: O SENAI/AL possui unidades em Maceió e no interior, que tem em


comum um grande suporte físico e tecnológico.

- Estrutura física e tecnológica: O SENAI/AL possui unidades em Maceió e no


interior, que tem em comum um grande suporte físico e tecnológico, que proporciona
ao aluno um grande aparato que vai servir de suporte para um melhor aprendizado,
possibilitando simulações, por exemplo, da área d

- Preço: O SENAI/AL oferece um ótimo custo-benefício, pois tem preços


acessíveis aliados a um ótimo ensino. Sendo assim acessível das grandes a pequenas
classes da sociedade, o que o torna uma força no mercado.

- Projetos sociais voltados para a sociedade: Uma das coisas que tornam o
SENAI uma marca forte, reconhecida, é o fato de ter projetos sociais. Um exemplo é o
Vira-Vida, que fornece a adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade e os
inserem no curso de aprendizagem industrial, para que após sejam estabelecidos
como jovens aprendiz em uma empresa.

- Proposta educacional: em rede voltada ao mundo do trabalho: Tendo como


funções trazer soluções, ajudar no crescimento e desenvolvimento da indústria, o
SENAI busca em suas unidades instruir os estudantes ao mundo do trabalho, com
disciplinas que venham a prepara-los para o mercado. Para que sejam profissionais
preparados para suprir as exigências do mercado.

- Material Didático: O SENAI oferece em todas as modalidades, um material


didático completo, que completa as instruções do instrutor.

- Cursos de curta duração: Em um mundo cada vez mais corrido, há cada vez
mais uma busca por cursos mais curtos, mas que sejam diretos e completos. O SENAI
oferece esse serviço, com cursos com duração de um dia, por exemplo.

 Fraquezas:

- Falta de fluidez de processos: Com um grande leque de serviços, produtos, há


vários estágios de processos, como agendamento de visita, coleta de dados, sendo que
tais processos acabam se prolongando muito até a conclusão (mais do que o normal),
assim tendo um tempo maior até a baixa nas receitas.
- Comunicação: Com várias áreas, desde nas unidades administrativas até as
operacionais, se percebe a falta, um ruído na comunicação. O que acaba interferindo
nos processos, pois alguma informação que é para ser repassada acaba sendo retida
ou é passada com um atraso. Assim, há uma demora maior para que cada etapa dos
processos seja concluída.

- Atuação Mercadológica: É uma das fraquezas, pois apesar de um grande


número de estudantes, de pessoas que já fizeram um curso, há um nicho muito grande
ainda a ser explorado, assim a atuação mercadológica precisa ser melhor planejada.

 Oportunidades:

- Baixa produtividade do trabalhador da indústria: É uma oportunidade, visto


que grande parte dos trabalhadores da indústria não possuem uma formação
educacional ou qualquer tipo de qualificação (pesquisas mostram que
funcionários alfabetizados/qualificados rendem mais que um que não é).

- Cursos superiores caros: Com cursos de superiores caros, muitas pessoal vem
buscando uma alternativa nos técnicos/profissionalizantes.

- Parcerias com Sindicatos: Uma oportun

- Captação de novos clientes: Apesar de ter um grande número de clientes, o


mercado apresenta uma variedade enorme de clientes. Dessa forma, o SENAI/AL
precisa formular estratégias para alcançar cada vez mais novas pessoas, empresas,
sindicatos e indústrias.

- Educação à distância: Como já foi citado neste documento, o SENAI/AL possui


o e EAD. O que é uma boa aposta, visto que a educação a distância cada vez
mais atrai novos adeptos, consequência de uma sociedade que cada vez mais
valoriza o tempo.

- Pouca oferta no ensino Público: Como já foi dito, os cursos superiores são
caros, e as Universidades públicas possuem poucas vagas para muitos concorrentes.
Assim se torna uma oportunidade para que aqueles que querem se qualificar e não
conseguem no ensino público, pois são cursos com valores baixos.

 Ameaças:
- Crise econômica e política, e o Fechamento de empresas/desemprego: Estas
duas ameaças estão juntas pelo fato de uma levar a outra. Uma crise política causa
desconfiança em investidores, em empresários e acaba refletindo também na
população, visto que há incertezas no que se refere ao futuro do país, onde quais
medidas serão tomadas e se estas terão um bom efeito. Isso pode gerar um crise
econômica, com um aumento da inflação, o que leva a uma queda no consumo,
queda da demanda, fechamento de postos de trabalho e consequentemente o
fechamento de empresas e indústrias. O SENAI trabalha com a indústria,trabalha
preparando pessoas para as indústrias , então o fechamento delas se torna uma
ameaça, visto que o SENAI depende do funcionamento delas para vender seus
cursos e gerar receita.

- Contestação em relação ao Sistema S e o Compulsório: O Sistema S é um nome


dado a um conjunto de 9 instituições de interesse de categorias profissionais (SESI,
SENAI, SESC, SENAC). Estas instituições recebem recursos do governo e também
contribuições que incidem sobre a folha de salários das empresas pertencentes à
categoria (no caso do SENAI, a indústria), em troca de um alto percentual de
serviços e cursos gratuitos, como o Jovem Aprendiz, que é uma porta de entrada
no mercado de trabalho para jovens e adolescentes. A contestação se dá pelo uso
desses recursos vindos do governo e das folhas. São recursos muito importantes,
visto que é um valor considerável no orçamento das instituições e uma perda do
compulsório, por exemplo, traria graves consequências.

- Crescimento da concorrência: Uma concorrência sempre é motivo de ameaça,


ainda mais quando ela cresce. O motivo do crescimento é um amplo campo a ser
explorado, pois há um aumento no número de interessados nos cursos técnicos.
Assim, com a chegada de concorrentes, cada vez mais é preciso montar estratégias
para atrair os clientes e assim não ver sua receita cair.

- Baixa industrialização do estado: Assim como em outros pontos, nestas duas


ameaças estão no mesmo tópico por estarem ligadas. Alagoas é o segundo menor
do Brasil e um dos mais pobres também. Há poucas indústrias (a maioria são
usinas), mesmo comparando proporcionalmente com outros estados vizinhos.
Como o SENAI trabalha com um ensino voltado para a indústria, quanto maior for a
industrialização do Estado, maior será a demanda por serviços, por pessoas
(estudantes dos cursos). Consequentemente entrará mais receita.

Balanço Patrimonial
ATIVO 2016 2017

ATIVO CIRCULANTE 20.067.039,01 14.711.502,89

CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 6.431.165,91 4.744.978,14

CRÉDITOS A RECEBER 13.203.425,44 9.864.982,77


CLIENTES 1.910.037,89 2.565.892
(-) PROVISÕES PARA CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA -613.238,54 -827.504,54
ADIANTAMENTO A EMPREGADOS 15.892,41 9.284,60
ADIANTAMENTO A CONCEDIDOS 6.142,50 -
DEPARTAMENTO CONTA MOVIMENTO 11.127.489,53 8.001.731
SISTEMA INDÚSTRIA CONTA MOVIMENTO 542.715,65 115.579,81
IMPOSTOS A RECUPERAR 214.386,00 -

DESPESAS ANTECIPADAS 80.789,04 101.541,98

ATIVO NÃO CIRCULANTE 35.983.980,11 22.060.015,55

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 499.172,58 203.180,36


DEPÓSITOS P/RECURSOS JUDICIAIS 499.172,58 230.180,36

IMOBILIZADO 24.558.808,67 21.856.835,19


BENS IMÓVEIS 11.396.753,30 11.396.753,30
BENS MÓVEIS 32.902.242,50 33.310.320,79
(-) DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO ACUMULADA -19.740.187,13 -22.850.238,90

ATIVO COMPENSADO 10.925.998,86 11.723.981,07


SERVIÇOS CONTRATADOS 8.100.000,00 8.100.000,00
COMODATO DE BENS 330.468,58 330.468,58
COMP. ATUAL CONTRIB. INSS-A ATIVA 2.495.530,28 3.293.512,49

TOTAL DO ATIVO 56.051.019,12 48.495.499,51


PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2016 2017

PASSIVO CIRCULANTE 22.480.763,13 25.186.025,71


CONTAS A PAGAR 2.857,00 -
FORNECEDORES 789.564,53 602.680,53
IMPOSTOS, TAXAS E CONTRIBUIÇÕES A RECOLHER 600.203,63 392.124,49
SALÁRIOS E ENCARGOS A PAGAR 1.516.308,88 1.101.625,54
PROVISÕES 8.486.828,66 9.411.723,85
DEPARTAMENTO CONTA MOVIMENTO 46.159,22 3.690,22
EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS - 790.693,23
SISTEMA INDÚSTRIA - CONTA MOVIMENTO 424.419,55 95.457,97
CONVÊNIOS E ACORDOS 87.802,56 -
CONTAS CORRENTES PASSIVAS 180.967,64 202.377,12
OUTRAS OBRIGAÇÕES 10.336.641,46 12.585.625,76

PASSIVO NÃO CIRCULANTE 11.739.707,40 10.532.796,01


EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS CONTRATADOS 10.965.519,33 9.758.607,94
DEMAIS OBRIGAÇÕES A LONGO PRAZO 774.188,07 774.188,07

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 10.904.559,73 1.052.696,72


PATRIMÔNIO SOCIAL ACUMULADO 24.198.002,44 10.904.559,73
SALDO DO EXERCÍCIO -13.293.442,71 -9.851.863,01

PASSIVO COMPENSADO 10.925.998,86 11.723.981


SERVIÇOS CONTRATADOS 8.100.000,00 8.100.000,00
COMODATO DE BENS 330.468,58 330.468,58
COMP. ATUAL CONTRIB. INSS- PASSIVA 2.495.530,28 3.293.512,49

TOTAL DO PASSIVO E DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 56.051.019,12 48.495.499,51

DRE:
2016 2017
Receita Bruta 53.264.301,26 47.020.860,76
●(-) CMV 39.916.450,13 36.105.111,19
● (-) Despesas com Vendas 39.757.399,97 35.832.122,04
●(-) Impostos sobre a venda 159.050,16 272.989,15
●(=) Receita Líquida 13.347.851,13 10.915.749,57
●(=) Lucro Bruto 13.347.851,13 10.915.749,57
● (-) Despesas Operacionais 7.766.735,16 7.591.169,56
● (-) Despesas Financeiras 1.135.214,75 1.231.686,83
● (-) Despesas Gerais e Administrativas 6.631.520,41 7.627.773,45
● (+) Receitas Financeiras 0,00 1.268.290,72
● (=) Lucro/Prejuízo Operacional 5.581.115,97 3.324.580,01
Análise Vertical e Horizontal:
ATIVO 2016 A.V.2016 2017 A.V.2017 A.H.2017

ATIVO CIRCULANTE 20.067.039,01 35,80% 14.711.502,89 30% 0,73

CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 6.431.165,91 11% 4.744.978,14 10% 0,74

CRÉDITOS A RECEBER 13.203.425,44 24% 9.864.982,77 20% 0,75


CLIENTES 1.910.037,89 2.565.892
(-) PROVISÕES PARA CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA -613.238,54 -827.504,54
ADIANTAMENTO A EMPREGADOS 15.892,41 9.284,60
ADIANTAMENTO A CONCEDIDOS 6.142,50 -
DEPARTAMENTO CONTA MOVIMENTO 11.127.489,53 8.001.731
SISTEMA INDÚSTRIA CONTA MOVIMENTO 542.715,65 115.579,81
IMPOSTOS A RECUPERAR 214.386,00 -

DESPESAS ANTECIPADAS 80.789,04 0% 101.541,98 0% 1,26

ATIVO NÃO CIRCULANTE 35.983.980,11 64% 22.060.015,55 45% 0,61

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 499.172,58 1% 203.180,36 0% 0,41


DEPÓSITOS P/RECURSOS JUDICIAIS 499.172,58 230.180,36

IMOBILIZADO 24.558.808,67 44% 21.856.835,19 45% 0,89


BENS IMÓVEIS 11.396.753,30 11.396.753,30
BENS MÓVEIS 32.902.242,50 33.310.320,79
(-) DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO ACUMULADA -19.740.187,13 -22.850.238,90

ATIVO COMPENSADO 10.925.998,86 19% 11.723.981,07 24% 1,07


SERVIÇOS CONTRATADOS 8.100.000,00 8.100.000,00
COMODATO DE BENS 330.468,58 330.468,58
COMP. ATUAL CONTRIB. INSS-A ATIVA 2.495.530,28 3.293.512,49

TOTAL DO ATIVO 56.051.019,12 100% 48.495.499,51 100% 0,87

PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2016 A.V.2016 2017 A.V.2017 A.H.2017

PASSIVO CIRCULANTE 22.480.763,13 40% 25.186.025,71 52% 1,12


CONTAS A PAGAR 2.857,00 -
FORNECEDORES 789.564,53 602.680,53
IMPOSTOS, TAXAS E CONTRIBUIÇÕES A RECOLHER 600.203,63 392.124,49
SALÁRIOS E ENCARGOS A PAGAR 1.516.308,88 1.101.625,54
PROVISÕES 8.486.828,66 9.411.723,85
DEPARTAMENTO CONTA MOVIMENTO 46.159,22 3.690,22
EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS - 790.693,23
SISTEMA INDÚSTRIA - CONTA MOVIMENTO 424.419,55 95.457,97
CONVÊNIOS E ACORDOS 87.802,56 -
CONTAS CORRENTES PASSIVAS 180.967,64 202.377,12
OUTRAS OBRIGAÇÕES 10.336.641,46 12.585.625,76

PASSIVO NÃO CIRCULANTE 11.739.707,40 21% 10.532.796,01 22% 0,90


EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS CONTRATADOS 10.965.519,33 9.758.607,94
DEMAIS OBRIGAÇÕES A LONGO PRAZO 774.188,07 774.188,07

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 10.904.559,73 19% 1.052.696,72 2% 0,10


PATRIMÔNIO SOCIAL ACUMULADO 24.198.002,44 10.904.559,73
SALDO DO EXERCÍCIO -13.293.442,71 -9.851.863,01

PASSIVO COMPENSADO 10.925.998,86 19% 11.723.981 24% 1,07


SERVIÇOS CONTRATADOS 8.100.000,00 8.100.000,00
COMODATO DE BENS 330.468,58 330.468,58
COMP. ATUAL CONTRIB. INSS- PASSIVA 2.495.530,28 3.293.512,49

TOTAL DO PASSIVO E DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 56.051.019,12 100% 48.495.499,51 100% 0,87


Índice de Liquidez:
Os índices de liquidez são indicadores financeiros de análise de crédito
que revelam quanto à empresa possui de recursos disponíveis para quitar suas
obrigações com terceiros. A capacidade de pagamento de uma empresa é
calculada por meio de um quociente que relaciona os valores de seu ativo com
os valores de seu passivo.

Segue abaixo a tabela do índice de liquidez do Serviço Nacional de


Aprendizagem Industrial de Alagoas:

2016 2017
Índice de Liquidez Geral 0,60 0,42
Índice de Liquidez Corrente 0,89 0,58
Índice de Liquidez Seca 0,89 0,58
Índice de Liquidez Imediata 0,29 0,19

Como se pode ver na tabela, há alguns tipos de Índices e cada um


possui um uso diferente. Dessa forma, vamos analisar cada um.

 Análise do Índice de Liquidez Geral

Esse Índice busca mostrar visão da solvência de uma empresa no longo


prazo. A sua fórmula é seguinte: Liquidez Geral = (Ativo Circulante + Realizável
a Longo Prazo) / (Passivo Circulante + Passivo Não Circulante). Agora,
analisando o Índice de Liquidez Geral, podemos constatar que o SENAI vem
perdendo sua capacidade de pagamento, pois de 2016 para 2017 ela teve uma
queda de 0,60 para 0,42. A queda do ativo circulante contribuiu para essa
diminuição.
 Análise do Índice de Liquidez Corrente

Índice de Liquidez Corrente


1.00
0.89
0.90
0.80
0.70
0.58 Índice de Liquidez Corrente
0.60 Linear (Índice de Liquidez
0.50 Corrente )
0.40
0.30
0.20
0.10
0.00
2016 2017

Dando continuidade às analises, temos o Índice de Liquidez Corrente,


que mede a capacidade de pagamento de uma empresa no curto prazo. Ele é
um dos indicadores mais conhecido para se analisar a capacidade de
pagamento de uma companhia. No caso da empresa em questão, vemos que,
como na Liquidez Geral, o índice do SENAI está abaixo de 1, o que é ruim, pois
mostra que ele não possui uma boa capacidade de pagamento, e este em
questão vem em queda. Em 2016 possuía 0,89, já em 2017 ela possui 0,58.
Uma queda de 0,31, que é consideravelmente grande.

 Análise do Índice de Liquidez Seca

O índice de liquidez seca é similar ao índice de liquidez corrente. A única


diferença é que ele exclui os estoques do ativo circulante da empresa, já que
esses direitos são menos realizáveis no curto prazo. A liquidez seca considera,
portanto, os valores de que a empresa dispõe para pagar suas contas no curto
prazo ainda que não consiga vender nada do que tem estocado.

No caso do SENAI, o índice de liquidez seca é o mesmo do índice de


liquidez corrente, pois não há a conta de estoques no Balanço Patrimonial.
Assim mostra que se a empresa precisasse quitar todas as suas obrigações no
curto prazo, ela não teria recursos suficientes. O preocupante é que o índice
vem em queda. O que mostra que a empresa está em uma situação delicada,
precisando buscar mecanismos para reverter essa situação.

 Análise do Índice de Liquidez Imediata

É o mais conservador dos índices de liquidez. Esse indicador considera


apenas a conta do balanço patrimonial da empresa que representa os valores
já disponíveis, ou seja, o dinheiro em caixa, os saldos bancários e as
aplicações financeiras de curto prazo. Além dos estoques, são excluídos,
portanto, também direitos como os decorrentes das vendas a prazo.

Esta tabela mostra que o SENAI possui um baixo poder de liquidez


imediata, chegando muito próximo a zero. Mostrando que a empresa tem um
baixo valor de dinheiro em caixa, de dinheiro disponível. Além de como os
outros índices, ele está em queda.

Índice de Endividamento:

Índice de Endividamento é a relação entre a dívida e a renda de um


indivíduo ou empresa. Basicamente, é a porcentagem de renda ou receita que
está sendo usada para pagar as dívidas. Credores, investidores, contadores,
administradores, e planejadores financeiros, usam o índice de
endividamento para descobrir os riscos que suas finanças apresentam, e a
partir daí buscar meios para poder reverter tal situação.
Segue abaixo a tabela do índice de endividamento do SENAI:

2016 2017
Grau do Endividamento 314% 3393%
Índice de Endividamento Geral 61% 74%
Composição do Endividamento 66% 71%
Imobilização do Patrimônio Líquido 225% 2076%
Imobilização dos Recursos Não Correntes 108% 189%

Como se pode ver na tabela, há alguns tipos de Índices e cada um


possui um uso diferente. Dessa forma, vamos analisar cada um.

 Grau do Endividamento

O Grau do Endividamento mostra o quanto a Empresa tomou de Capital


de terceiros para cada 100 reais de capital próprio.

No caso do SENAI mostra que de 2016 para 2017 a empresa teve um


crescimento no grau de endividamento de mais de 3079%, o que mostra que
cada vez mais ela vem se tornando dependente do capital de terceiros. O que
mostra que a empresa está menos solvente. Porém, o endividamento na
maioria das vezes possui um custo de captação inferior ao capital próprio.
 Índice de Endividamento Geral

O famoso E.G. é utilizado largamente pelas empresas para identificar a


proporção de ativos que uma empresa possui, mas que estão financiados por
recursos de terceiros, ou seja, por dívidas que devem ser liquidados em data
futura.

No caso da Empresa em questão, como no gráfico anterior, o índice teve


um aumento de 2016 a 2017. O que mostra que se essa porcentagem
continuar aumentando, maior vai ser a probabilidade da empresa se tornar
inadimplente. Do ponto de vista financeiro, a empresa visivelmente possui
maior dependência de capital de terceiros, 74%.

 Composição do Endividamento
Este índice, também denominado de perfil da dívida, mostra a relação
entre o passivo de curto prazo da empresa e o passivo total. Ou seja, qual o
percentual de passivo de curto prazo é usado no financiamento de terceiros.

Assim, no caso do SENAI, passivo em curto prazo teve uma alta de


2016 a 2017. O que mostra que cada vez mais a obrigações da empresa no
financiamento de terceiros são em curto prazo, 71% terão que serem pagas em
curto prazo.

 Imobilização do Patrimônio Líquido

O índice de imobilização do PL indica quanto do Patrimônio Líquido da


empresa está aplicado no Ativo Permanente, ou seja, o quanto do Ativo
Permanente da empresa é financiado pelo seu Patrimônio Líquido,
evidenciando, dessa forma, a maior ou menor dependência de recursos de
terceiros para manutenção dos negócios.

O gráfico mostra que de 2016 a 2017 teve um aumento de


1851%. Já a análise, verificamos que uma grande % do Ativo Permanente da
empresa é financiada pelo seu Patrimônio Líquido. A interpretação do índice de
IPL é no sentido de que “quanto maior, pior”, mantidos constantes os demais
fatores. Sendo assim, um aumento nessa proporção é um péssimo sinal.

As aplicações dos recursos do Patrimônio Líquido são exclusivas


do Ativo Permanente e do Ativo Circulante. Quanto mais a empresa investir no
Ativo Permanente, menos recursos próprios sobrarão para o Ativo Circulante e,
em consequência, maior será a dependência a Capitais de Terceiros para o
financiamento do Ativo Circulante.
 Imobilização dos Recursos Não Correntes

Este índice indica que percentuais de Recursos Não Correntes a


empresa aplicou no Ativo Permanente.

A Interpretação do índice é no sentido de que “quanto menor, melhor”.


Assim, no caso do SENAI, os índices estão altos (aumento de 81%), o que é
ruim. Assim, a empresa precisa ver estratégias para estancar essa crescente.

Índices de Rentabilidade:

Índices de Rentabilidade são as evidências de que a empresa é ou não


rentável. Ou seja, se ela está dando lucro ou prejuízo.

Assim é de grande interesse por parte dos sócios e dos investidores,


porque demostram o retorno dos recursos aplicados em um empreendimento
ou em um projeto, por exemplo.

Segue abaixo a tabela do índice de rentabilidade do SENAI/AL:

2016 2017
Capital Circulante Líquido -R$ 2.413.724,12 -R$ 10.474.522,82
Grau de Alavancagem 216% 214%
Retorno sobre o Investimento 217% 215%
Margem Operacional 100% 101%
Rentabilidade do Patrimônio Líquido 51% 316%

Como visto na tabela, há alguns tipos de índices, vamos ver como a


empresa se comportou em cada um deles:
 Capital Circulante Líquido

O capital circulante líquido corresponde à chamada “folga financeira” de


um empreendimento, é o dinheiro que permite um negócio funcionar e girar o
seu estoque de forma conveniente.

Assim, no caso do SENAI essa “folga” está no negativo, e cada vez


menor, visto que de 2016 para 2017 o valor do Capital Circulante Líquido caiu
de R$ - 2.413.724,12 para R$ -10.474.522,82 Reais. A partir desses
resultados, cabe aos responsáveis da empresa buscar um melhor
planejamento, avaliar prazos de recebimento, fazer provisões quando
necessário, entre outras estratégias que façam o “negócio” funcionar da melhor
forma e pare com esta queda.

 Grau de Alavancagem
O grau de Alavancagem mostra na prática se uma empresa está
multiplicando a sua capacidade de realizar alguma atividade que antes não
poderia, se utilizasse o capital próprio.

No caso do SENAI, mostra que a alavancagem está no positivo em


2017, mas que o seu ritmo desacelerou/caiu em relação a 2016. Mesmo com
essa queda, a situação da alavancagem ainda é boa para a empresa, situação
diferente dos outros gráficos, que, mostram em sua maioria uma situação
negativa na empresa. Porem, uma boa medida é fazer estratégias para que
ocorra novamente uma alavancagem e assim, o percentual suba.

 Retorno sobre o Investimento

Retorno sobre o investimento é um termo bastante comum na analises,


ela mostra por meio de % de taxa de retorno, quanto um investidor ganhou ou
perdeu em relação ao valor aplicado em um determinado investimento.

No caso do SENAI, mostra que no período de 2016 á 2017, ROI teve um


decréscimo de 1%. O que mostra que apesar da queda, os Investimentos feitos
pela está trazendo lucro. Os custos estão menores que os ganhos.
 Margem Operacional

A margem operacional mede a eficiência operacional da empresa, ou


seja, o quanto de suas receitas líquidas provenientes de Vendas e Serviços
veio de suas atividades operacionais.

No caso da Empresa em questão, diferentes outros índices, a situação


está evoluindo. Mais precisamente um crescimento de 1%. Estes números
mostram que cada vez a empresa mostra resultados melhores para cada real
vendido.

 Rentabilidade do Patrimônio Líquido


A rentabilidade do patrimônio líquido é o retorno do capital investido
pelos sócios, é taxa “que volta”. Então, quanto maior a porcentagem positiva,
melhor.

No caso da SENAI o retorno do que foi investido pelos sócios subiu de


51% em 2016 para 316% em 2017, o que só confirma que os rumos da
empresa em seus investimentos nos últimos anos andam bem, inclusive para o
capital investido pelos sócios. Tal aumento no último ano é justificado pela
diminuição do Patrimônio Líquido de 2016 a 2017, com o lucro operacional
bastante superior em relação a ele.

 Indicadores de Rotação de Estoque

INDICADORES DE ROTAÇÃO DE ESTOQUE 2017


PME (Prazo Médio do Estoque) 210
PMRV (Prazo Médio do Recebimento de Vendas) 78
PMPF (Prazo médio pagamento fornecedores) 7
CI (Ciclo operacional) 295

Assim, como se pode perceber na tabela há índices de rotação de


estoque, cada um será analisado e daí dará para se ter uma noção da situação
do SENAI/AL.

 Prazo Médio de Estocagem

O prazo médio de Estocagem, em resumo, é o tempo médio que o


estoque da empresa leva até a venda. Usaremos a quantidade de dias
como parâmetro.
No caso da empresa em questão, que é uma prestadora de serviços, o
tempo médio do “estoque” dela demora mais que de um açougue, por exemplo.
Em 2017, o “estoque” levou uma média de 210 dias para ser vendido. Em uma
análise, quanto menos dias melhor, mesmo sabendo que o ramo da empresa é
diferente, teve uma alta quantidade de dias, o que significa que está
demorando a vender, podendo ser um fruto da crise econômica brasileira (já
que ela vende cursos e precisa de quem compre)

 Prazo Médio de Recebimento de Vendas

O prazo médio de recebimento de vendas, em resumo, é o tempo médio


que levo para receber o pagamento do meu cliente.

No caso do SENAI, o cliente em 2017 levou 78 dias, respectivamente para


pagar pelo “produto” (cursos). Em sumo, quanto menos dias o cliente levar
para pagar, melhor. Assim, a situação devido ao preço médio dos produtos, os
cliente demoram mais do que em outros ramos. Assim, o ideal seria que os
clientes pagassem cada vez mais rápido, para que este dinheiro seja usado
nos diversos fins.

 Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores

O prazo médio de pagamento a fornecedores é o tempo médio que a


empresa tem para pagar aos seus fornecedores.

No caso do SENAI, ele possui um tempo de 7 dias de pagamento aos


fornecedores. Porém, há uma diferença muito grande entre o tempo em que a
empresa vende os seus produtos (saem do estoque), e o tempo médio em que
os fornecedores são pagos. O ideal seria um tempo mais equilibrado, para que
a empresa não precisasse de capital de terceiros para honrar seus
compromissos.

Já o ciclo operacional (cálculo de todo o ciclo da empresa, a soma de todos


os prazos) deu um resultado de 295 dias.

Por fim, a “folga de caixa” do SENAI teve um resultado de -71, assim,


quando o resultado é negativo, chamam-se de necessidade de capital de giro.

 Ponto de Equilíbrio

É o ponto no qual a receita total é igual aos custos e despesas totais.


Também chamado de Break-even Point ou Ponto de Ruptura ou Ponto Crítico.
Tem a seguinte fórmula: Ponto de Equilíbrio Contábil= (Custos fixos +
despesas fixas) / margem de Contribuição.

Analisando o caso do SENAI temos o seguinte quadro:


2016 2017
Receita total 53.264.301,26 47.020.860,76

Custos Variáveis Totais 39.916.450,13 36.105.111,19

Margem de Contribuição 13.347.851,13 10.915.749,57

Custos Fixos 7.766.735,16 7.591.169,56

Resultado 5.581.115,97 3.324.580,01

Analisando o quadro, vemos que tanto em 2016 quanto em 2017, o resultado do


SENAI foi positivo. Assim, essa receita total (vendas provenientes dos cursos) para
chegar ao ponto de equilíbrio poderiam ter sido menores. Assim o Ponto de equilíbrio
de 2016 seria com uma receita anual de 47.683.185,29 ou de 3.973.598,77 de reais ao
mês. Já em 2017, o ponto de equilíbrio seria com uma receita de 43.696.280,75 ou
3.641.356,73 reais ao mês. Dessa forma, com esses custos, o SENAI precisa atingir
essa receita (através dos seus serviços) para atingir o ponto de equilíbrio.

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