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TÍTULO DO TRABALHO

Trabalho avaliativo bimestral de Socioantropologia Jurídica I

Fernanda Roque Marcondes RA: 17.1182 e-mail:


marcondesroquefer@outlook.com

Maria Clara Kauana Mendes da Silva Boffi RA: 17.0253 e-mail:


mariaclaraboffi_20@outlook.com

RESUMO

Inserir aqui o resumo do trabalho, com fonte Arial, em corpo 12, justificado, em
parágrafo único, com espaçamento de 1,5 entre as linhas, deve conter no
máximo 350 (duzentas e cinquenta) palavras, com breves e concretas
informações sobre a justificativa, os objetivos, métodos, resultados e
conclusões do trabalho e sem inclusão de tabelas, equações, desenhos e
figuras. O arquivo deve ser apresentado em documento de Word, sendo o título
do arquivo o mesmo do trabalho. Não deve conter referências bibliográficas. O
resumo deve ser apresentado com parágrafo único.

Palavras-chave: Pobreza; Criminalização; Fato Social.

INTRODUÇÃO

O objetivo deste trabalho é conceituar, explicar e mostrar a pobreza


como fato social. Na primeira parte do trabalho será descrito o conceito de
pobreza onde levamos em conta pobre como a pessoa que não tem condição
básica para garantir a sua própria sobrevivência com dignidade, e como a
classe econômica desta pessoa. Em seguida será disposto as causas que leva
a pessoa a pobreza e a criminalização do pobre.

Na segunda parte do trabalho, será levantado a pobreza como fato


social. Devido à falta de oportunidades de obtenção das riquezas produzidas
pela sociedade, a pobreza como comportamento social torna os pobres
raramente ricos no sistema capitalista, mas, por outro lado, a pobreza torna
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muitos pobres. Este sistema torna a expressão dos problemas sociais ser
fortalecido porque insuficiente ou falta de renda econômica levará ao que
chamamos de desigualdade de diferentes formas e causará outros problemas,
que serão alcançados no decorres do trabalho.

MÉTODO

O método usado na composição destre trabalho foi a pesquisa


bibliografica e analise e comparação de artigos que traz no teu teor a pobreza
como fato social. Foi com base nestes métodos que chegamos no resultado
apresentado.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

A noção de pobreza se dá em sua maioria quando é deixado subtendido


o pressuposto da escassez de meios de subsistência, de carência, da
desvantagem em relação a um padrão ou nível de vida dominante ou em sua
maioria na falta de algo. Quando se trata de visões abstratas, subjetivas e
individuais, o conceito de pobreza é categorizado como um "juízo de valor"
sobre o que deve ser suficiente para atender ao grau de necessidade, ou o que
deve ser geralmente acessível. Os indivíduos expressaram seus sentimentos e
prescrições sobre as normas básicas que os padrões de pobreza da sociedade
moderna deveriam ter. Não se leva em consideração condições sociais
específicas e objetivamente identificáveis, caracterizadas por recursos
insuficientes. Portanto, embora seja claro que mesmo uma conceituação
objetiva da pobreza não pode escapar da existência de certos juízos de valor,
esse método não esconde sua vulnerabilidade.
A pobreza relativa está diretamente relacionada à distribuição desigual
de renda. Isso é explicado com base no padrão de vida atual da sociedade. O
padrão de vida na sociedade é definido como a população mais pobre na
camada mais baixa de distribuição de renda em comparação com aqueles com
rendas mais altas. O conceito de pobreza relativa é descrito como uma
situação em que um indivíduo não possui atributos desejados em relação aos
demais, ou seja, renda, condições de trabalho ou vantagens de poder. Por
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outro lado, essa conceituação se torna incompleta porque não deixa espaço
para a pobreza absoluta, requisito básico para se conceituar a pobreza.
Pode-se conceituar pobreza com privação da capacidade básica de um
indivíduo. Capacidade refere-se a uma combinação alternativa de operações
possíveis. Um exemplo de pobreza com privação da capacidade pode ser dado
com uma pessoa de classe média baixa, com dificuldade motora e cognitiva,
não consegue encontrar emprego com facilidade, e quando encontra o salário
é baixo. Com esses fatores a pessoa, na melhor hipótese, permanece na
classe média baixa, mas na pior hipótese, entra na pobreza.
Para Malthus (1988 apud SCHWARTZMAN, 2004, p. 14) a causa
principal da pobreza era a grande velocidade com que as pessoas se
multiplicavam, em contraste com a pouca velocidade em que crescia a
produção de alimentos. O problema se resolveria facilmente se os pobres
controlassem seus impulsos sexuais e deixassem de ter tantos filhos. Minorar-
lhes a miséria só agravaria o problema, pois, alimentados, eles se
reproduziriam mais ainda. A melhor solução seria educá-los, para que
aprendessem a se comportar; ou então deixá-los à própria sorte, para que a
natureza se encarregasse de restabelecer o equilíbrio natural das coisas.
A raiz da pobreza e a sua solução não dependem somente da vontade
ou do caráter do indivíduo, mas da relação entre as pessoas. O conceito
sempre existiu na forma mais radical do cristianismo, e irá existir nos tempos
modernos, nos escritos e movimentos de políticos socialistas e comunistas.
Para algumas pessoas, a solução ainda depende do renascimento da
moralidade que não é mais a vida dos pobres, mas a vida dos ricos. Seu
egoísmo e ganância devem ser transformados em um verdadeiro sentido de
caridade e justiça. Para os marxistas, essa crença no poder transformador das
convicções e da força moral era o que caracterizava o socialismo utópico, que
deveria ceder lugar a um socialismo científico, que entendesse a verdadeira
natureza dos conflitos sociais e os levasse à sua conclusão natural.
(SCHWARTZMAN, 2004, p.15).
Sobre a ajuda que a alta sociedade encontra para tentar solucionar a
pobreza é interessante analisar o que Schwartzman (2004, p.13) diz:
Quando a TV ainda engatinhava em Belo Horizonte, participei
de um programa ao vivo com uma senhora da tradicional
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família mineira e organizadora de bailes beneficentes. Fiquei


chocado quando percebi que não conseguiria convencer o
apresentador, e muito menos o público, de que o que ela fazia
era cínico e nocivo, mantendo os pobres iludidos pelas
migalhas que sobravam das festas da alta sociedade.

Com o exposto acima, e com a vivencia na sociedade no cotidiano, fica


fácil de concorda Schwartzman. Pois essas bailes beneficentes em sua grande
maioria são luxuosos e grandiosos, a maioria dos convidados são pessoas que
não estão realmente ligando para o propósito do evento, mais pela aparição de
ser uma pessoa “bondosa” por estar no evento. Isso mostra que essa
sociedade não está realmente ligando para o próximo.
Muitas das coisas que a sociedade tem feito para os pobres são eficazes
dentro do escopo de sua aceitação. Se o beneficiário não chegar a um acordo,
o investimento em escolas, hospitais ou habitação será inútil. Portanto, as
estratégias de redução da pobreza podem ser eficazes e sustentáveis apenas
se corresponderem ao conhecimento sistemático das percepções dos pobres.
Ninguém melhor para falar dos pobres, se não eles mesmo. As condições de
vida dos pobres, segundo eles mesmos são, geralmente, críticas e negativas.
Uma parte considerável da população pobre não recebe nenhum apoio
institucional que não seja o da sua própria família. Além disso, a qualidade do
atendimento prestado nos centros de saúde pública é objeto de queixas
constantes. A educação, segundo os pobres, é avaliada pelo custo-benefício.
Além disso, foram destacados, como problemas graves, a crise econômica e a
violência familiar ocasionada pelo abuso do álcool e das drogas. (CRESPO;
GUROVITZ, on-line)
Existem várias formas de criminalizar a pobreza, sendo a mais óbvia a
prisão em massa de pessoas economicamente desfavorecidas. Outro fator
relacionado é o rebaixamento dos locais mais perigosos para os locais mais
ricos em termos de violência e critérios geográficos. As pessoas mais pobres
devem ser consideradas inimigas de uma sociedade que funciona bem todos
os dias por causa de sua classe, raça ou local de residência e, portanto, devem
lidar com as injustiças todos os dias. Portanto, sua exclusão social aumentou o
interesse da elite em manter sua posição dominante nas minorias. Isso é um
fato da seletividade do sistema penal. Mesmo nos crimes de drogas, pequenos
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traficantes e usuários são presos, enquanto os milionários que lucram com o


tráfico são escondidos.
Como mencionado acima, a estigmatização das camadas populares da
sociedade causada pela insegurança generalizada tornou-as o alvo principal do
sistema penal, de modo que algumas regras e princípios jurídicos básicos
foram abandonados.
[...] a muito limitada capacidade operativa das agências
de criminalização secundária não tem outro recurso senão
proceder sempre de modo seletivo. Desta maneira, elas estão
incumbidas de decidir quem são as pessoas criminalizadas e,
ao mesmo tempo, as vítimas protegidas. (ZAFFARONI, 2003,
p.44)

A forma de desqualificação familiar é diferente da forma de família que


adota o modelo burguês, e os filhos desta são classificados como anormais e
próximos da ilegalidade, o que obviamente é uma forma de criminalizar a
pobreza. O conceito de criminalização da pobreza (ou criminalização da
miséria) é trabalhado por Wacquant (2003) especificamente em seu livro Punir
os Pobres, e se refere, de forma resumida das práticas sociais e estatais que
visam dar conta do excedente da miséria não administrável pelas políticas
públicas. Wacquant demonstra como os Estados das sociedades ocidentais do
pós-guerra fazem-se como os Estados Híbridos. (NASCIMEMTO; CUNHA;
VICENTE, 2007, on-line)
[...] nem protetor no sentido que o termo assume nos países do
Velho Mundo, nem mínimo e não-intervencionista como
sonham os turiferários do mercado. Seu lado social e os
benefícios que distribui são cada vez mais monopolizados
pelos privilegiados; sua vocação disciplinar se afirma
principalmente na direção das classes inferiores e das
categorias étnicas dominadas. Este Estado-centauro, guiado
por uma cabeça liberal montada sobre um corpo autoritarista
[...] (WACQUANT, 2003, p.20-21 apud NASCIMEMTO;
CUNHA; VICENTE, 2007, on-line).

Com o exposto acima, os problemas econômicos passaram a ser o


principal motivo de desqualificação e subjetividade das famílias pobres,
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subjetividade que mostra que elas não podem cuidar dos filhos, o que
comprova a racionalidade da tecnologia e da intervenção estatal. O processo
de criminalização da pobreza cria uma ligação direta entre pobreza e abuso e
abandono de seus filhos, como se isso não tivesse acontecido em outras
classes. A criminalização da pobreza transfere a perda dos direitos familiares
de um plano para proteger os direitos de convivência familiar para medidas
punitivas para as famílias pobres.
O fato social para Durkheim nada mais é do que a conduta de
determinado grupo social, sua maneira de agir no seu meio e da humanidade
em geral, segundo Durkheim os fatos sociais moldam a maneira de agir das
pessoas pelas influências que exercem sobre elas. Os fatos sociais são um
conjunto de hábitos praticados pelas pessoas por meio de suas ações que
permitem a identificação de uma ciência coletiva por meio dos indivíduos
influenciando de alguma maneira suas ações. Para ele o fato social é “toda
maneira de agir fixa ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma
coerção exterior, ou, ainda, que é geral na extensão de uma sociedade dada,
apresentando uma existência própria, independente das manifestações
individuais que possa ter”, significa que os fatos sociais são gerais, coercitivos
e exteriores, ou seja, eles apresentam como regras gerais de vivência nos
determinados grupos de indivíduos de uma sociedade, sendo assim ele não
pode ser modificado pela ação individual pois existe uma força maior exterior
(consciência coletiva) que o molda.
A pobreza como um ato social pelo não acesso à riqueza socialmente
produzida, fator que no sistema capitalista enriquece poucos, mas por outro
lado empobrece muitos, sistema que potencializa a manifestação das
expressões da questão social, pois a deficiência ou carência de renda
econômica causa o que chamamos de desigualdades em diferentes formas,
causando vários outros problemas como marginalidade, violência desenfreada
e desemprego, por isso onde faltam as políticas públicas para conter esse
caso, acaba gerando um ponto negativo para que seja realizado o
enfrentamento desses males sociais que impossibilita que esse grupo seja
inserido economicamente e socialmente dentro da sociedade.
O pobre, assim é visto, por essa mesma sociedade capitalista, que
reifica as relações humanas e mercantiliza todas as esferas da vida cotidiana
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como um perdedor, um ser desvalorizado socialmente, um ser desprovido sem


competência individual para alcançar um determinado patamar financeiro, essa
exclusão e análise do segmento mais pobre da população reflete uma visão
condicionada por traços mais marcantes de ideologia, difundido na sociedade.
As relações desumanas do capitalismo estão estreitamente ligadas à questão
da privação x abundância, tal grau de concentração e desigualdade revela uma
situação de progressiva desumanização das relações sociais, em que se torna
preferível jogar comida fora a alimentar o empregado. O egoísmo da sociedade
resulta na extremidade, pois uma parte é muita rica e a outra é extremamente
pobre, esse compartilhamento desregulado onde a divisão de renda é muito
desigual, os meios de trabalho não oferecem oportunidades de acolhimento à
essas pessoas, então a desigualdade começa quando se precisa de
empregados mas não dão oportunidades necessárias somente um grupo
seletivo.
As marcas apresentadas dos fatos sociais são, que os caracteriza;
a) Regulam a vida social;
b) São construídos pela soma das consciências individuais de todos os
indivíduos e, ao mesmo tempo, influenciam cada uma delas;
c) São produtos da vida em sociedade;
d) Têm como característica a exterioridade em relação às consciências
individuais e exercem ação coercitiva sobre essas ações.

Para ser feita a análise é necessário observar esses pontos, ver se todos se
encaixam e estão presentes, sendo assim, se tem o fato social, que é
extremamente presente no nosso cotidiano. A solidariedade social, segundo
Durkheim, se daria pela consciência coletiva, já que é a responsável pela
coesão entre as pessoas. A solidez dessa consciência coletiva é que mede a
ligação entre os indivíduos e conforme o modelo de organização social de cada
sociedade.
Nas sociedades de organizações mais simples predominaria um tipo de
solidariedade diferente daquela existente em sociedades mais complexas, já
que a consciência coletiva também se compõe de forma diferente em cada
realidade.
Assim o autor descreve sobre a sociedade desigual:
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A expressão desigualdade social descreve uma condição na


qual membros de uma sociedade possuem quantias diferentes
de poder, prestígio ou riqueza. De alguma forma, todas as
sociedades comportam algum grau de desigualdade social, e
estudos da história revelam que a igualdade é uma
impossibilidade social (DIAS, 2014, online).

Sendo a desigualdade social um processo existente dentro das relações


da sociedade e presente em todos os países do mundo, enquadra-se no
conceito de fato social, pois é uma exclusão de outra “sociedade” onde os
indivíduos agem de uma mesma maneira, comportando-se e utilizando sempre
dos mesmos meios para sobreviverem e estarem dentro da comunidade. Pode
ser considerado como um fato social patológico, é aquele que se desenvolve
fora da norma, como uma doença, ele é perigoso e quando atinge uma parte
maior pode afetar negativamente a sociedade. Os fatos sociais patológicos
podem ser, por exemplo, os crimes, homicídios, violência e negação de uma
parte, quando há um grande número de desigualdade social, de pessoas
dentre o restante da sociedade pode-se dizer que é efeito de um fato social
patológico.

A desigualdade social quando crescente desagrega e desintegra o


próprio sistema jurídico, aumentando as tensões e probabilidades de que o
sistema político deixe de ser meio de pacificação e equacionamento das
divisões sociais. O denominado conceito “justiça distributiva” as propostas
discutidas nos parlamentos não têm sido capazes de reduzir esse fenômeno
desintegrador da camada social, o ordenamento jurídico tem se renovado em
ritmo lento enquanto a realidade e os fatos ganham tração a cada dia.

O fenômeno da desigualdade se manifesta no acesso aos direitos, mas


principalmente no acesso a oportunidades, com isso Telles declara:

O que existe, isso sim, são indivíduos e grupos sociais em


situações particulares de degeneração direitos[...] a
indiferenciação do pobre remete a uma esfera homogênea das
necessidades da qual o indivíduo desaparece como identidade,
vontade e ação, pois é plenamente dominado pelas
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circunstâncias que o determinam na sua impotência (TELLES,


2001, pp. 51-52).

Ao analisar, portanto, o modo de como a pobreza é retratada no mundo


social percebe-se a existência de uma corroboração contínua, vinda de
diferentes fatores socias, dessa condição socioeconômica através da
naturalização de práticas e discursos que favorecem a aceitação e a apatia
social perante a situação problemática. Sabe-se que a pobreza política é a
encarnação mais próxima dos afeitos de poder de uma sociedade opressiva. A
pobreza não pode ser definida como uma única forma, mas tem o seu
destaque quando parte da população não consegue gerar renda suficiente para
ter acesso sustentável aos recursos básicos para garantir uma qualidade de
vida digna, a ideia de fato social é o que involuntariamente “obrigam” esse
grupo a agir de uma certa forma, até pela condição em que se encontra muitos
não tem escolha e precisam recorrer a maneiras mais radicais de
sobrevivência.

Um país tem pobreza quando existe a escassez de recurso, ou até


mesmo quando elas estão mal distribuídas, mesmo havendo um volume
aceitável de riquezas, como o Brasil que não é um país pobre e sim um país
desigual, sendo um dos primeiros do mundo em desigualdade social, segundo
pesquisas, é confuso e controverso por ser um país de alta renda ao mesmo
nível de uma alta pobreza, isso acontece exatamente pela má distribuição, ao
ver de Durkheim, isso ocorre porque o fato social obriga as pessoas a se
adaptarem às regras sociais, não vemos pessoas de extrema pobreza
comprando um carro do ano, ou adquirindo sua casa própria (muitos em
situação de rua), mas, por que isso acontece? A falta de oportunidade e do
olhar para esse grupo, o esquecimento, a falta de “merecimento”, até 1930 as
pessoas pobres e em situação de rua eram vistas como bandidos, a ideia era
de que quem daria um jeito nessas pessoas era somente a polícia, então,
quando que as pessoas param para pensar nessas pessoas como pessoas
iguais e dignas de direito, mas pelo comodismo e “cultura” de exclusão dessas
pessoas em situação vulnerável.

Durkheim define mais sobre:


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“A construção do ser social, feita em boa parte pela educação,


é a assimilação de uma série de normas e princípios – sejam
morais, religiosos, éticos ou de comportamento – que balizam a
conduta do indivíduo em um grupo. O homem, mais do que
formador da sociedade, é um produto dela”.

Esta é o conceito mais abrangente do fato social, como meio de controle


e segmento de uma sociedade, a separação e classificação delas para a sua
convivência, a política imposta pelas atitudes da própria sociedade que moldam
e regem todo o contexto e as situações dos indivíduos.

A desigualdade fundada no processo econômico produz, no campo


jurídico, o chamado legalismo em detrimento do Estado de Direito, a
prevalecente ausência de igualdade econômica no mundo necessita ser
debatida pela óptica do Direito, o risco desse processo é a essência
pacificadora do direito se perca na sua própria e aparente funcionalidade. “Eis,
portanto, uma ordem de fatos que apresentam características muito especiais:
consistem em maneiras de agir, de pensar e de sentir, exteriores aos
indivíduos e que são dotadas de um poder de coerção em virtude do qual
esses fatos se impõem a ele. Assim por diante, eles não poderiam se confundir
com os fenômenos orgânicos, já que consistem em representações e em
ações, nem com fenômenos psíquicos, os quais só tem existência na
consciência individual e através dela. Esses fatos constituem, portanto, uma
espécie nova, e é a eles que deve ser dada a qualificação de sociais”
(DURKHEIM).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Devem ser elaboradas com o verbo no presente do indicativo, em frases


curtas, sem comentários adicionais, e com base nos objetivos e resultados do
Resumo Expandido. Não deve exceder 1500 (um mil e quinhentas) palavras,
sendo a fonte Arial, em corpo 12, justificado, com espaçamento de 1,5 entre as
linhas.
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REFERÊNCIAS

CUNHA, Fabiana Lopes da; NASCIMENTO, Maria Lívia; VICENTE, Laila Maria
Domith. A desqualificação da família pobre como prática de criminalização
da pobreza. 2007. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S1519-549X2007000200006. Acesso em: 14 abr. 2021.

CRESPO, Antônio Pedro Albernaz; GUROVITZ, Elaine. A pobreza como um


fenômeno multidimensional. 2002. Disponível em:
https://www.scielo.br/pdf/raeel/v1n2/v1n2a03.pdf. Acesso em: 12 abr. 2021.

SCHWARTZMAN, Simon. As causas da pobreza. Rio de Janeiro: Editora da


Fundação Getúlio Vargas, 2004. 207 p.

SIQUEIRA, Luana. A pobreza como “disfunção” social: a culpabilização e


a criminalização do indivíduo. 2014. Disponível em:
file:///C:/Users/marco_000/Downloads/6032-Texto%20do%20artigo-19682-1-
10-20140815.pdf. Acesso em: 14 abr. 2021.

SILVA, Maria Beatriz Batista Feitoza. Criminalização da pobreza – causas e


consequências do encarceramento em massa da população mais pobre.
2019. Disponível em: file:///C:/Users/marco_000/Downloads/8266-67653332-1-
PB.pdf. Acesso em: 15. Abr. 2021.

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