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1) Ao tratarmos sobre a diversidade e os distintos modos de lidarmos com

aquilo que difere de nossas próprias realidades, tendo como base desde
concepções acríticas até entendimentos mais abertos e reflexivos sobre o
“outro”, podemos organizar essas compreensões em diferentes conceitos
ou expressões. Assim, tendo em vista noções de respeito às diferenças,
relativismo cultural e a compreensão do “outro” a partir de seu contexto
histórico, social, econômico e político, numere as explicações a seguir com
o conceito a qual se referem.
1. Etnocentrismo
2. Processo civilizatório
3. Preconceito racial
4. Alteridade
(1) Valoração do outro — nos mais diferentes âmbitos, seja racial, social, de
gênero, etc. — a partir de nossa própria cultura. Dificuldade de pensar e
compreender a partir da diferença, o que se expressa com a estranheza, o
medo ou a violência.
(4) A identidade do indivíduo se constrói a partir de sua relação com o outro.
Nos constituímos por meio da diferença. Assim, há a capacidade de se
colocar no lugar do outro, tendo a compreensão do mundo por meio da
diversidade.
(2) A vinda de imigrantes europeus para o Brasil, no século XIX, entendida,
também, como um empreendimento político, a partir da compreensão de que
pessoas brancas eram superiores ao restante da população.
(3) Trata-se de concepções pré-estabelecidas, baseadas em uma valoração
que inferioriza determinada raça ou etnia. Parte de uma crença infundada de
que, em razão de traços que denotam diferenças raciais, podemos atestar as
capacidades cognitivas ou intelectuais, por exemplo, de uma determinada
pessoa.

2) A Lei das Eleições (9.504/1997) estabelece que “cada partido ou coligação


preencherá o mínimo de 30% e o máximo de 70% para candidaturas de cada
sexo” (BRASIL, 199, s.p.). Em 2009, a Lei 12.034/2009, substituiu a expressão
prevista na lei anterior – “deverá reservar” – para “preenche-la” (BRASIL, 2009,
s.p.). Sobre a Lei das Eleições, podemos dizer que:

a. Trata-se de uma ação afirmativa de gênero que busca substituir o número


de homens eleitos por mulheres: o objetivo é derrubar o patriarcado e instituir
uma ditadura feminista.

b. Trata-se de uma ação afirmativa étnica que tem por objetivo conscientizar
o povo brasileiro de sua dívida histórica para com a população negra,
marginalizada desde sua diáspora e da escravidão.

c. Trata-se de uma ação afirmativa ligada ao Movimento LGBTQ+ que tem por
objetivo colocar em pauta as discussões da homofobia e da transfobia.

d. Trata-se de uma ação afirmativa de gênero que tem por objetivo contribuir
para a redução da desigualdade entre os gêneros que ainda está presente na
sociedade brasileira.

e. Trata-se de uma ação afirmativa étnica que procura colocar em pauta a


chegada de novos imigrantes ao Brasil e as diferentes formas possíveis de incluí-
los em nossa sociedade.

3) Em nosso cotidiano, deparamo-nos com inúmeros tipos de preconceitos e


discriminações, sendo que, muitas vezes, institui-se uma realidade de
desrespeito e de violações de direitos humanos básicos.
Sendo assim, com base em nossos estudos, em relação as diversas
expressões de preconceito, analise as afirmativas a seguir e marque V para as
verdadeiras ou F para as falsas...
I. (F) A hierarquização da capacidade intelectual ou emocional entre homens e
mulheres — dando a entender que os primeiros são mais aptos a certas
profissões ou ocupações — não é um preconceito, mas uma forma de destacar
a diferença de qualidades de um e de outro, e como elas se complementam.
II. (F) Por muitos anos as mulheres foram impedidas de votar e se candidatarem
a cargos eletivos no Brasil. Apesar de se tratar de uma demonstração clara de
preconceito e discriminação, isso já é algo muito bem resolvido e, hoje, podemos
observar uma representação equânime entre homens e mulheres na política
brasileira.
III. (V) No Brasil, historicamente falando, pessoas negras têm sido vítimas de
violações de direitos. Tendo em vista essa questão, poderíamos afirmar que o
racismo presente na sociedade brasileira não se expressa somente por meio de
injúrias pessoais, mas, também, por injustiças operadas por instituições
governamentais, como o fato de pessoas negras serem inegavelmente o maior
alvo de interpelações policiais.
IV. (F) A baixa representação de negros na mídia não se dá em razão da questão
racial, mas, sim, social e de classe. Por conta de a população negra ter menos
poder aquisitivo em relação a pessoas brancas, elas têm menos acesso à uma
formação que lhes permite acessar profissões como de atores, apresentadores
ou jornalistas.

4) O Brasil, um país permeado por diferentes tipos de preconceitos e


discriminações, em parte, ainda não se reconhece como um país que — tanto
individual quanto coletivamente — reforça atitudes e concepções racistas e
preconceituosas. Tanto no âmbito das relações cotidianas quanto em um âmbito
mais jurídico e institucional, observamos a falta de equidade no acesso à
educação, saúde, alimentação, trabalho, etc. Assim, tendo em vista as
desigualdades históricas que assolam o Brasil e como elas se relacionam aos
preconceitos e discriminações raciais perpetrados a pessoas negras, bem como
a forma como essas violências se expressam no cotidiano das relações sociais,
analise as afirmativas a seguir.
(V) I. O preconceito racial brasileiro é, muitas vezes, expressado de maneira
sútil, mas, nem por isso, menos perversa. Ele pode ser expresso na forma de um
racismo institucional, de modo que exclui — de forma aparentemente legítima —
e reproduz desigualdades raciais.
(F) II. O preconceito racial se caracteriza pela manifestação individual em
relação a uma raça/etnia diferente da sua, e não tem consequências
institucionais, já que somos todos iguais em direitos.
(F) III. O preconceito racial é algo que pode ser observado de maneira
esparsa no Brasil. Apesar de ainda ser presente na realidade do país e vir
acompanhado de preconceitos de outras naturezas, ele pouco se relaciona às
desigualdades relativas à distribuição de renda, por exemplo.
(F) IV. Em razão da miscigenação do povo brasileiro, convivemos de maneira
saudável com as diferenças raciais e étnicas. Piadas, deboches e brincadeiras
são uma expressão latente da democracia racial que vivenciamos.

5) Sobre a miscigenação, denotamos o cruzamento entre grupos étnicos


distintos. Já por Sincretismo Religioso, consideramos a fusão de crenças e
rituais de diferentes origens e sua transformação em algo híbrido, com a
harmonização de elementos díspares e/ ou contraditórios.

6) Aaron Hurst trata em sua palestra de uma nova fase da economia,


denominada por ele de “economia de propósito”. Em seu discurso, o economista
fala de aspectos da evolução humana, que considera em seus estudos diversas
ciências, incluindo a Antropologia.
(V) Em busca de uma melhoria em sua qualidade de vida e,
consequentemente, de sua expectativa de vida, o homem percebeu que, ao
manipular a natureza e o ambiente para atingir seus objetivos, recebia os
mesmos benefícios advindos da evolução.
(F) O iPhone representa a última etapa de evolução, por sua eficiência e
velocidade - ideais de diferenciação desejados por CEOs de vários setores da
economia. Seu surgimento coincide com os preceitos defendidos pela economia
de propósito por englobar tais características. (pois, o processo evolutivo é ininterrupto)
(V) A essência da economia de propósito pode ser observada no apoio dado
aos colaboradores por seus líderes na descoberta de como o trabalho se liga
com o que eles são enquanto seres humanos e na compreensão do que almejam
além de recursos financeiros.

7 e 8) Assinale, dentre as alternativas a seguir, aquela que está em consonância


com o conceito de sensibilidade cultural apresentado por Colleen Logan no vídeo
sensibilidade cultural. Ter Sensibilidade Cultural envolve:

• Respeitar o indivíduo em diversos níveis, como por exemplo, sua


orientação sexual, sua religião, sua raça e seu contexto social e
econômico. (V)
• Trata-se de um processo que se desenvolve de forma contínua,
envolvendo vários passos. (V)

As outras alternativas são falsas....

9) O conceito de Sensibilidade Cultural permeia vários campos de conhecimento.


No vídeo Sensibilidade Cultural, Colleen Logan vincula o assunto com o tema:
• da filosofia (F)
• da comunicação (F)
• das ciências humanas (F)
• do aconselhamento (V)
• das ciências exatas (F)

10) "Leia o texto a seguir. “Fragmentada em pequenos grupos, fragilizada pela ausência
de algum tipo de organização ampla, tendo que carregar o peso do preconceito racial que
se transfere do negro para a cultura negra, a religião dos orixás tem poucas chances de se
sair melhor na competição — desigual — com outras religiões. Silenciosamente,
assistimos hoje a um verdadeiro massacre das religiões afro-brasileiras. Sem um projeto
novo de expansão e de reorientação num quadro religioso que se tornou extremamente
complexo e competitivo, a umbanda talvez tenha menos recursos que o candomblé para
enfrentar a nova conjuntura. Os dados dos censos mostram que é da umbanda que vem o
encolhimento demográfico do segmento religioso afro-brasileiro, e o vigor do novo
candomblé não tem sido suficiente para compensar as perdas”. PRANDI, R. O Brasil com axé:
candomblé e umbanda no mercado religioso. Estudos avançados, São Paulo, v. 18, n. 52, p. 223-238,

set./dez. 2004, p. 231. Disponível em: . Acesso em: 18/04/2018. O texto trata de um tipo
específico de preconceito. O preconceito, como sabemos, diz respeito a noções
pré-estabelecidas que temos em relação a determinado grupo ou modo de viver,
o que causa repercussões negativas em nossa sociedade: violação de direitos,
males psicológicos, desigualdades sociais, manifestações de violência, entre
tantas outras. Tendo em vista as diferentes formas que adquirem no âmbito
social, essas ideias e comportamentos de teor etnocêntrico acabam assumindo
diferentes designações. A partir disso, relacione as colunas a seguir.
1. Intolerância religiosa 2. Desigualdade de gênero
3. Discriminação 4. Preconceito racial
(4) Concepções pré-estabelecidas de que uma raça ou etnia seja pior ou possua
incapacidades inatas em relação a determinado campo, como o cognitivo ou
intelectual.
(3) Maneira como os preconceitos podem ser manifestados, o tratamento
diferenciado que é despendido à vítima deste mal. Transgride os direitos de certa
pessoa de maneira infundada ou com base em uma ideia acrítica em relação a
ela.
(1) Falta de respeito à crença alheia e que pode ser manifestada por meio de
depredações e violências físicas e simbólicas.
(2) Desequilíbrio social no que tange ao tratamento e ao acesso a oportunidades
entre homens e mulheres. Problemática que, até hoje, apresenta-se de maneira
profunda na realidade brasileira.

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