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Aula EAD 2

11.2 - Séries
Séries

O que queremos dizer quando expressamos um


número como um decimal infinito? Por exemplo, o que
significa escrever

π = 3,14159 26535 89793 23846 26433 83279 50288 . . .

A convenção por trás de nossa notação decimal é


que qualquer número pode ser escrito como uma soma
infinita. Aqui, isso significa que

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Séries

onde os três pontos (. . .) indicam que a soma continua


para sempre, e quanto mais termos adicionamos, mais
nos aproximaremos do valor real de π.
Em geral, se tentarmos somar os termos de uma
sequência infinita , obteremos uma expressão da
forma
a1 + a2 + a3+ . . . + an + . . .

que é denominada uma série infinita (ou apenas série)


e é denotada, por simplicidade, pelo símbolo

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Séries

Seria impossível encontrar uma soma finita para a série

1 + 2 + 3 + 4 + 5 + ...+ n + ...

porque, se começarmos adicionando os termos,


obteremos as somas cumulativas 1, 3, 6, 10, 15, 21, . . . e
depois do n-ésimo termo, obteremos n(n + 1)/2, que se
torna muito grande à medida que n aumenta.

Contudo, se começarmos a somar os termos da série

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Séries

obtemos A tabela 1
mostra que, quando adicionamos mais e mais termos,
essas somas parciais se tornam cada vez mais próximas
de 1.

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Séries

De fato, somando um número suficiente de termos da


série, podemos fazer as somas parciais se tornarem tão
próximas quanto quisermos de 1. Assim, parece razoável
dizer que a soma dessa série infinita é 1 e escrever

Usamos uma ideia parecida para determinar se uma


série geral tem uma soma ou não.

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Séries

Consideramos as somas parciais


s1 = a1
s2 = a1 + a2
s3 = a1 + a2 + a3
s4 = a1 + a2 + a3 + a4
e, em geral,

sn = a1 + a2 + a3 + . . . + an =

Essas somas parciais formam uma nova sequência {sn},


que pode ou não ter um limite.

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Séries
Se existir (como um número finito),
então, como no exemplo anterior, o chamamos soma
da série infinita Σan.

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Séries

Assim, a soma de uma série é o limite da sequência de


somas parciais. Desse modo, quando escrevemos
an = s, queremos dizer que, somando um número
suficiente de termos da série, podemos chegar tão perto
quanto quisermos do número s. Observe que

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Exemplo 2
Um exemplo importante de uma série infinita é a série geométrica

a + ar + ar2 + ar3 + . . . + ar n–1 + . . . = , a≠0

Cada termo é obtido a partir do anterior, multiplicando-se pela razão


comum r.

Se r = 1, então sn = a + a + . . . + a = na → ± . Como limn → sn não


existe, a série geométrica diverge nesse caso.

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Exemplo 2 continuação

Se r ≠ 1, temos
sn = a + ar + ar2 + . . . + ar n-1
e rsn = ar + ar2 + . . . + ar n-1 + ar n

Subtraindo essas equações, obtemos

sn – rsn = a – ar n

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Exemplo 2 continuação

Se –1< r < 1, sabemos que r n → 0 quando n → , assim

Então, quando | r | < 1, a série geométrica é


convergente, e sua soma é a/(1 – r).
Se r ≤ –1 ou r > 1, a sequência {r n} é divergente; assim,
pela Equação 3, limn → sn não existe. Portanto, a série
geométrica diverge nestes casos.

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Séries

Resumimos os resultados do Exemplo 2 como a seguir.

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Exemplo 6

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Exemplo 7 (Série Telscópica)

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Exemplo 8

Mostre que a série harmônica

é divergente.

SOLUÇÃO: Para essa série particular é conveniente


considerar as somas parciais s2, s4, s8, s16, s32, . . . e mostrar
que elas se tornam grandes.

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Exemplo 8 – Solução continuação

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Exemplo 8 – Solução continuação

Analogamente, s32 > 1 + , s64 > 1 + , e, em geral

Isso mostra que → quando n → e assim {sn} é


divergente. Portanto, a série harmônica diverge.

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Primeiro teste de convergência
(Teste do termo)

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Primeiro teste de convergência
(Teste do termo)
A recíproca deste Teorema não é verdadeira.
Recordar exemplo série harmônica, embora o termo 1/n
tenda a zero quando n cresce a série é divergente!

Mesmo que a série pode divergir

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Primeiro teste de convergência
(Teste do termo)
Este teorema é para ser utilizado da seguinte forma:

Testar se o termo não vai a zero, então a série é


divergente!

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Exemplo 9

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Propriedades de séries
convergentes:

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Exemplo 9

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Exercícios: (Fazer marcados em Amarelo)

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Exercícios: (Fazer marcados em Amarelo)

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Definição de Integral imprópria:

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Interpretação geométrica da
Integral imprópria:

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Exemplo 1

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Exemplo 1

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Segundo teste de convergência
(Teste da Integral)
Nos exemplos de séries convergentes vistos até agora,
(série geométrica e série telescópica), podíamos
calcular a soma explicitamente, nem sempre isto é
possível;
Considere por exemplo:

É convergente?

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Segundo teste de convergência
(Teste da Integral)

Observando a tabela
ao lado, a série parece
convergir, será?

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Segundo teste de convergência
(Teste da Integral)
A área sob o gráfico da curva majora as
somas parciais

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Segundo teste de convergência
(Teste da Integral)
Dessa forma, a soma das áreas dos retângulos é

Se excluirmos o primeiro retângulo, a área total dos retângulos


remanescentes será menor que a área sob a curva y = 1/x2 para x ≥ 1,
que é o valor da integral
A integral imprópria é convergente e tem valor 1. Assim,
a figura mostra que todas as somas parciais são menores que

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Segundo teste de convergência
(Teste da Integral)
Então, as somas parciais são limitadas. Também sabemos que
as somas parciais são crescentes (porque todos os termos são
positivos). Portanto, as somas parciais convergem (pelo Teorema
da Sequência Monótona) e, dessa maneira, a série é
convergente. A soma da série (o limite das somas parciais) é
também menor que 2:

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Segundo teste de convergência
(Teste da Integral)
Vamos considerar outro caso:

é convergente?

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Segundo teste de convergência
(Teste da Integral)
A tabela de valores de sn sugere que as somas parciais
não estão se aproximando de um número; assim,
suspeitamos que essa série possa ser divergente.

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Segundo teste de convergência
(Teste da Integral)

Novamente usamos um desenho para a confirmação. A Figura


2 mostra a curva porém dessa vez utilizamos retângulos
cujos topos estão acimada curva.

Figura 2

A base de cada retângulo é um intervalo de comprimento 1. A


altura é igual ao valor da função
na extremidade esquerda do intervalo.
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Segundo teste de convergência
(Teste da Integral)
Nesse caso as somas parciais são maiores que a área sob o
gráfico

Como sabemos é divergente, logo a série


também diverge.

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Segundo teste de convergência
(Teste da Integral)

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Segundo teste de convergência
(Teste da Integral)

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Exemplo 1:

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Exemplo 2:

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Exemplo 2:

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Exemplo 3:

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Exercícios: (Fazer marcados em Amarelo)

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Terceiro teste de convergência
(Teste da Comparação)
Nos testes de comparação, a ideia é comparar uma série dada
com uma que sabemos ser convergente ou divergente. Por
exemplo, a série

Considere a seguinte desigualdade

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Terceiro teste de convergência
(Teste da Comparação)
Cada termo da série é estritamente menor, como se tratam de
termos positvos, temos que a série é convergente e além disto

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Terceiro teste de convergência
(Teste da Comparação)

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Exemplo 1:

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Exemplo 2:

Note que basta que a desigualdade seja válida a partir de um


certo valor!!

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Exercícios: (Fazer marcados em Amarelo)

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