Discente: CARLOS HENRIQUE DE OLIVEIRA BRATTI Docente: DR. ALEXANDRE. Disciplina: Direito Ambiental
O crescente movimento de proteção ao meio ambiente, tem uma preocupação
com responsabilidade e ética das gerações presentes com as gerações futuras, no sentido de que a dignidade humana, é princípio fundamental não somente da sociedade atual, mas também da futura. Nessa perspectiva, em alguns países há a possibilidade de gerir e guardar bem recursos naturais, para que não se findem e ainda existam para gerações futuras, e a partir disso podemos discutir sobre o princípio da precaução. Podemos citar a Convenção das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, no art. 3º, princípio 3: “As partes devem adotar medidas de precaução para prever, evitar, ou minimizar as causas da mudança do clima e mitigar seus efeitos negativos. Quando surgirem ameaças de danos sérios ou irreversíveis, a falta de plena certeza científica não deve ser usada como razão para postergar essas medidas...”
O princípio da precaução visa evitar um risco potencial. As medidas a serem
tomadas nas ações sobre o meio ambiente, devem ser tomadas levando em consideração a viabilidade econômica, não somente a certeza científica de suas eficácias. Uma mera dúvida não pode paralisar atividades, mas sim uma dúvida com elementos consistentes, as ameaças a serem consideradas na adoção de medidas, devem ser as graves e irreversíveis. O princípio da precaução invoca que uma ausência de certeza científica não pode ser fundamento para se afastar as medidas eficazes e economicamente viáveis, para prevenir danos ambientais. Exemplo de jurisprudência que envolve o princípio da precaução em situaçao de rotulagem de produtos transgenicos: Apelação apl 02182435820078260100 SP O princípio da prevenção aplica-se a impactos ambientais já conhecidos, que forneçam elementos capazes de mensurar impactos futuros prováveis. Não implica em eliminação dos danos, os benefícios de determinada ação são avaliados também, ponderando os direitos e interesses em questão. As condutas a serem desenvolvidas sobre o meio ambiente podem ser avaliadas com base em toleráveis níveis de impacto, o que permite estabelecer projeções das consequências, via de consequência, medidas a serem utilizadas para evitar danos. Podemos citar o §1º, do art. 225 da CF : Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações. § 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade; (Regulamento) Um exemplo de medida de prevenção é a obrigação de preservação de mata nativa em propriedade rural. O princípio da prevenção pode legitimar a proibição de algumas atividades, se estas, ocasionarem eventos danosos, já que pela ótica desse princípio, as consequências danosas já estarão definidas por análises científicas.