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CURSO CIÊNCIAS CONTÁBEIS

JhonatanMoreira Oliveira
Leudilene Cunha De Oliveira
Thauanna Glória Sales

Quais as diferenças do custeio variável e o custeio ABC

Palmas – TO
Junho/2021
JhonatanMoreira Oliveira
Leudilene Cunha De Oliveira
Thauanna Glória Sales

Quais as diferenças do custeio variável e o custeio ABC

Trabalho apresentado ao 8º período do


curso de Ciências Contábeis, do Instituto
de Extensão e Pesquisa Objetivo-
Faculdades Objetivo de Palmas - Como
parte das exigências da disciplina de
Normas Internacionais De Contabilidade.
Professor (a): Karrario Ferreira Da Silva

Palmas – TO
Junho/2021
Quais as diferenças do custeio variável e o custeio ABC

Jhonatan Moreira Oliveira1


Leudilene Cunha De Oliveira2
Thauanna Glória Sales3
Prof° Karrario Ferreira da Silva4

RESUMO
Este artigo tem o objetivo de esclarecer as diferenças do custeio variável e o custeio ABC. O custeio
variável, também chamado de custeio direto, é um tipo de cálculo que considera que determinados
gastos que nem sempre incorrerão, ao menos não com aquele valor. Já O Custeio ABC é uma
metodologia de rastreamento de custos das atividades realizadas por uma empresa e de verificação
sobre como essas atividades estão relacionadas para a geração de receitas e o consumo de
recursos. Sua principal função é amenizar as distorções provocadas pelo uso do rateio arbitrário. Ao
conhecer os custos variáveis.

PALAVRAS-CHAVE: Custeio, Variável, ABC

1. INTRODUÇÃO

A Contabilidade de Custos foi originalmente desenvolvida para solucionar o


problema da avaliação dos estoques das empresas. Com o passar do tempo, aquilo
que parecia inicialmente satisfatório, já não supria mais as necessidades das
empresas. O sistema então, evoluiu e passou a gerar informações para a tomada de
decisões gerenciais. As complexidades da atividade econômica, com empresas
produzindo em grandes quantidades, um número cada vez mais diversificado de
produtos e a automação progressiva dos processos de manufatura, contribuíram
para realçar as falhas dos sistemas de custos então adotados. Como base dos
sistemas de custos, os métodos de custeio não nasceram prontos, mas evoluiu de
acordo com as demandas do mercado, o que leva a entender, que a Contabilidade
de Custos e os seus métodos de custeio nunca atingirão uma forma definitiva. Como

1 Acadêmico do 8º período do Curso de Ciências Contábeis Faculdade Objetivo - Palmas-TO.


2 Acadêmica do 8º período do Curso de Ciências Contábeis Faculdade Objetivo - Palmas-TO.
3 Acadêmica do 8º período do Curso de Ciências Contábeis Faculdade Objetivo - Palmas-TO.
4Profº Orientador do Curso de Ciências Contábeis Faculdade Objetivo - Palmas-TO
todo o mecanismo de apoio administrativo, são estruturas dinâmicas e, portanto, em
constante evolução.
A gestão de custos de acordo com Martins (2003) poderá contribuir para uma
melhor análise, subsidiando o processo decisório, o presente estudo justifica-se pelo
propósito de evidenciar a aplicação prática que permita reflexões teóricas sobre o
uso da margem de contribuição para fins gerenciais e ao mesmo tempo com
abordagem empírica envolvendo a realidade empresarial. O gerenciamento de
custos considerando a complexidade do ambiente estratégico, incluindo o variável
risco no processo de análise, surge como uma ferramenta aos tomadores de
decisão que buscam mensurar as probabilidades de sucesso das ações efetivadas.
Desta forma, a inclusão do risco na abordagem do custeio variável, como opção da
análise de custos, torna-se um instrumento essencial em ambientes de alta
instabilidade como a economia brasileira.
São todos os gastos necessários para, por exemplo, fabricar um produto,
executar um serviço ou até mesmo comprar algo para revender. Os custos podem
ser separados em quatro subconjuntos: custos diretos e indiretos, custos fixos e
variáveis. Os custos diretos interferem diretamente na fabricação de produtos ou
prestação de serviços. Estes devem fornecer a quantidade de cada elemento
consumido. Já os custos indiretos interferem indiretamente na fabricação. Por esse
motivo, eles não são tão facilmente identificados. Os custos fixos independem da
quantidade produzida, ou seja, eles permanecem iguais, como o aluguel do
estabelecimento, por exemplo. Em contra partida, os custos variáveis dependem
dessa quantidade, podendo aumentar ou diminuir conforme o nível produzido.
O método ABC é considerado por muitos uma evolução de todos os outros
sistemas de medição de custos, e ele surgiu exatamente para suprir as
necessidades das empresas por informações mais detalhadas quando duas
variáveis básicas da produção começaram a mudar: o acréscimo da participação
dos custos indiretos na composição dos custos totais e o aumento da diversificação
dos produtos e ações.
Dessa forma, calcular os custos da maneira mais tradicional, como vimos
acima, já não satisfazia, e questões ligadas à gestão estratégica do negócio, que
buscava a melhoria contínua dos processos, da qualidade e do desempenho da
empresa como um todo, não encontravam respostas.
Isso não quer dizer, porém, que os outros métodos são tenham suas
aplicações. Tanto é verdade que os cálculos feitos pelo método de custeio ABC não
são aceitos pela legislação societária e fiscal. Portanto, ele deve ser usado apenas
para a gestão e o controle interno da empresa, não como uma forma oficial de
cálculo. Ele vai ajudar, obviamente, mas não substituíra outras metodologias já
existentes.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1. Custeio variável


Custos variáveis: são os custos que variam conforme o volume de produção e
vendas da empresa, aumentando ou diminuindo proporcionalmente de acordo com
os resultados do período. Assim, os custos variáveis representam todos os custos
diretamente ligados à atividade-fim da empresa, que pode ser a fabricação de
produtos ou prestação de serviços. Por exemplo, em uma empresa que fabrica
roupas, um determinado tipo de botão. representa um custo variável, pois o gasto
com esses itens varia conforme a demanda dos modelos nos quais são aplicados no
período. Da mesma forma, uma empresa de prestação de serviços de TI tem como
gastos variáveis determinadas peças de manutenção, que também oscilam
conforme a demanda dos serviços.

2.1.1. Custeio variável x outros tipos de custeio

Além do custeio variável, existem outros métodos para gerenciar custos em


empresas, como o custeio por absorção e o custeio ABC. No custeio por absorção,
também chamado de custeio integral, os custos fixos são concentrados no custo
final de cada produto ou serviço comercializado. Ou seja: todos os custos de
fabricação e operação são embutidos no custo de vendas, fazendo com que cada
produto ou serviço absorva uma parte dos custos diretos e indiretos. No caso,
existem três tipos de custos de vendas variáveis, de acordo com a área de atuação
da empresa:
• Custo dos Produtos Vendidos (CPV): se aplica à indústria, pois considera os
custos com matérias-primas para fabricar um produto
• Custo das Mercadorias Vendidas (CMV): se aplica ao comércio, considerando
o custo da compra do produto dos fornecedores para revenda
• Custo dos Serviços Vendidos (CSV): é aplicado aos serviços, considerando
todos os custos de um serviço prestado.
Logo, no custeio por absorção, todos os outros custos fixos que mantêm a
empresa funcionando são debitados desse custo de vendas, procurando equilibrar
gastos e receitas. Já o custeio ABC se baseia no rastreamento dos custos de cada
atividade da empresa, verificando como essas atividades estão relacionadas ao
consumo de recursos e geração de receitas. Assim, é possível determinar o quanto
cada processo gera custos e contribui para a receita da empresa, otimizando o
rateio de gastos entre produtos e serviços. Porém, vale lembrar que o método ABC
ainda não é aceito pela legislação societária e fiscal, sendo utilizado apenas para
controle interno da empresa.

2.1.2. Como analisar o custeio variável

Uma das grandes vantagens do custeio variável é sua simplicidade e


objetividade, que facilitam a análise do investidor. Isso porque os custos
relacionados às vendas ficam mais claros e os custos fixos são tratados como
despesas permanentes. Isso permite avaliar com mais precisão como anda o
equilíbrio entre gastos e ganhos na empresa.
Ao conhecer os custos variáveis, você pode calcular a margem de
contribuição: o indicador que representa quanto o lucro da venda de cada produto
contribuirá para a empresa cobrir todos os seus custos fixos e ainda gerar lucro.
O custeio variável é apenas um dos critérios para a tomada de decisão de
investidores, que vem acompanhado de vários outros conceitos contábeis e
financeiros. Logo, se você pretende investir nas ações mais rentáveis da bolsa e
colher os frutos da gestão estratégica, precisa aprofundar seus conhecimentos
nessa área.
Ao entender os métodos de custeio, por exemplo, você percebe que o
aumento das vendas não significa, necessariamente, mais lucro para os acionistas.
Afinal, o que importa é como a empresa gerencia seus custos e direciona a
precificação para garantir a lucratividade do negócio
De maneira bem resumida, são considerados Custos, todo e
qualquer desembolsam relativo à aquisição ou produção de mercadorias. Alguns
exemplos de custos são: matérias-primas, insumos e embalagens. Também
compõem Custos os chamados Gastos Gerais de Fabricação (GGF), como
depreciação de máquinas e equipamentos, energia elétrica, manutenção, materiais
de conservação e limpeza para fábrica, viagens de pessoas ligadas à fábrica, etc.

Método de Custeio Variável (Método de Custeio Direto)

O Método de Custeio Variável (também conhecido por Método de Custeio


Direto, como o soco do Rocky Balboa) é um dos Métodos de Custeio mais
conhecidos e utilizados entre as empresas, principalmente aquelas que trabalham
no modelo industrial ou comércio. E um dos principais motivos para isto é sua
simplicidade e objetividade.
Os Custos Variáveis (ou Custos Diretos), como o próprio nome sugere, são
aqueles que variam de acordo com o volume de produção e vendas da empresa. Ou
seja, seus valores dependem diretamente do volume produzido, que por sua vez vai
variar conforme volume de vendas efetivadas em um determinado período de tempo.
Custo direto pode ser denominado, de forma mais abrangente, como todo o
custo que pode ser alocado diretamente ao produto, sem rateios, sendo que os
principais exemplos são os materiais diretos e a mão de obra direta.
Para Padoveze (2003, p. 41). Custos diretos são aqueles que podem ser
fisicamente identificados para um seguimento particular em consideração.
Assim, se o que esta em consideração é uma linha de produtos, então os
materiais e a mão de obra envolvidos na sua manufatura seriam custos
diretos. Dessa forma, relacionando-os com os produtos finais, os custos
diretos são os gastos industriais que podem ser alocados direta ou
objetivamente aos produtos.

Alguns exemplos de itens classificados custos variáveis:

• Matérias-primas;
• Insumos produtivos;
• Embalagens;
De acordo com as atividades realizadas pela empresa, podemos classificar os
custos de vendas de três formas: CPV, CMV e CSV. Neste artigo, vamos detalhar
um pouco mais o CPV (por ser o mais complexo), mas antes vamos ver um pouco
sobre cada um deles:
• CPV (Custo dos Produtos Vendidos) - Este tipo de classificação do
custo de vendas geralmente está associado às indústrias, que fabricam os
produtos que vendem. Neste caso, o custo dos produtos será composto
de matérias-primas e insumos utilizados na fabricação;
• CMV (Custo das Mercadorias Vendidas) - Já o CMV é utilizado no
calculo dos custos de vendas de empresas de comércio ou que apenas
revendem mercadorias. Para as mercadorias vendidas, o custo será o
próprio preço de compra do item que será revendido;
• CSV (Custo dos Serviços Vendidos) - Por fim, temos o CSV, que como
o próprio nome ajuda a explicar, é o custo dos serviços prestados.
Também conhecido como CSP (Custo dos Serviços Prestados),
geralmente este tipo de custeio é utilizado em empresas onde não existe a
venda de um produto ou mercadoria, e sim a prestação de um serviço,
que pode ser desde horas de uma pessoa (como o caso de uma
consultoria, escritórios de advocacia, agências de marketing, etc.), como
um aluguel de uma máquina, equipamento ou até mesmo recurso
computacional pago mensalmente (exemplo de softwares online, como
o Treasy). O CSV é um pouco mais complexo de ser calculado e
geralmente é feito utilizando o Método de Custeio por Absorção, que
vamos ver mais a frente.

OBS: vale lembrar que os custos (sejam eles CPV, CMV ou CSV) só acontecem
quando ocorre a venda dos produtos ou serviços, do contrário deverão ser
considerados como Estoques.

MÉTODOS DE CUSTEIO VARIÁVEL COMO FORMA DE


FLEXIBILIZAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

Um dos grandes desafios dos gestores na atualidade é a correta distribuição


e controle dos custos indiretos por meio de rateios. Nesse contexto o método de
custeio variável apresenta-se como método alternativo para gestão de custos, que
propõe a geração de informações sem a necessidade de realização de rateios dos
custos indiretos. Embora não aceito pelas normas contábeis brasileiras, o método do
custeio variável é um dos mais intrigantes métodos de custos gerenciais existente,
com sua estrutura organizada em custos fixos e variáveis, sua lógica apresenta
várias informações interessantes para a efetiva gestão da empresa em seus
produtos, serviços e estrutura. A operacionalização da separação entre os gastos
fixos e variáveis pode ser auxiliada pela identificação dos gastos que permanecem
constantes mesmo que a empresa mantenha sua atividade nula, ou seja, os gastos
que ocorrem mesmo que a empresa não fabrique ou preste um único bem ou
serviço, sendo estes considerados fixos dentro de determinada capacidade
instalada. A receita do período, assim como nos demais métodos, pode ser auferida
pela multiplicação do preço de venda pela quantidade vendida. Embora a receita
seja considerada a simples resultante multiplicação descrita, a elaboração do preço
de venda é um dos principais desafios dos gestores, que devem apresentar uma
solução mediadora entre o custo do produto ou serviço, a concorrência no mercado
e etc. A perspectiva de custos do estabelecimento do preço de venda é determinada
pela contribuição positiva do produto, devendo este cumprir com, pelo menos, seus
custos variáveis.

3. Custeio ABC
Custeio ABC é uma abreviação de Activity Based Costing, em português
“Custeio Baseado em Atividades”, e faz parte das atividades contábeis de uma
empresa. O Custeio ABC é uma metodologia de rastreamento de custos das
atividades realizadas por uma empresa e de verificação sobre como essas
atividades estão relacionadas para a geração de receitas e o consumo de recursos.
Sua principal função é amenizar as distorções provocadas pelo uso do rateio
arbitrário.
Ele consiste em observar separadamente as várias atividades de uma
empresa, para identificar individualmente os custos envolvidos em cada processo.
Assim, no método de Custeio ABC são identificados os custos mais altos envolvidos
em cada ação ou medida que a empresa toma. A partir disso, as informações
obtidas permitem que seja feito um aprimoramento onde existem ineficiências. O
Custeio ABC se estabeleceu com o desenvolvimento da automatização industrial, o
que elevou custos indiretos, por exemplo, os ligados à eletricidade.
3.1. Objetivos do custeio ABC
Devido a sua análise individual, o Custeio Baseado em Atividades possibilita:
1. Rateamento e divisão dos custos;
2. Descobrir os produtos que envolvem os maiores custos de produção;
3. Considerar não apenas serviços e produtos como consumidores de
recursos, mas atividades que levam à obtenção do produto ou serviço final.
Logo, o método de Custeio ABC acaba servindo, em uma empresa, como
uma forma de aumentar a competitividade ao proporcionar a diminuição dos preços
aplicados aos produtos. Essa diminuição se dá a partir de custos reduzidos
previamente nas atividades operacionais.

3.2. Como apurar o custo no Custeio ABC?


O sistema do Custeio ABC identifica custos indiretos, levando em conta todas
as atividades, porém considerando cada uma delas de forma específica.
Assim, o sistema de Custeio ABC ordena as atividades que “sugam” mais
recursos da empresa. Essa ordenação não ocorre em outros sistemas de custeio.
Tal ordenamento é realizado ao avaliar os custos de cada atividade, levando
em conta:
• Produto;
• Linha de produção;
• Serviços;
• Outros aspectos que se mostrem apropriados.

3.3. Custos de recursos e custos de atividades


Para entender a aplicação do Custeio ABC, é necessário saber que o sistema
considera dois grupos de custos: os custos de recursos e os custos de atividades.

3.3.1. Custos de recursos


Essa etapa, a análise se dá no sentido de verificar o consumo de recursos.
Essa verificação de custos se baseia em um direcionamento.
Tal direcionamento determina o aspecto que se deseja averiguar. Por
exemplo: o gasto com eletricidade em determinada etapa produtiva;
3.3.2. Custos de atividades

É a segunda etapa do método ABC. Averígua o quanto é consumido por


serviços ou produtos nas atividades, até o fim do processo de produção.
É baseado nos custos dos recursos, mas, aqui, o foco é o quanto as
atividades consomem. Por exemplo: quanto se gastou para contratar funcionários,
em cada setor, a fim de criar determinado produto.

3.4. Aplicação do método de Custeio ABC


A aplicação do Custeio ABC considera os recursos que são direcionados para
uma atividade ou mais. Na prática, temos o exemplo de um maquinário que pode ter
mais de uma função nas atividades de produção.
Tais atividades do maquinário podem ter em comum alguns recursos, como a
área administrativa e os funcionários, até finalizar o produto para comercialização.
Assim, cada produto tem seu custo considerado objeto de custo.
Portanto, este método tem como meta diminuir as diferenças no rateio dos
custos indiretos, que é realizado de forma arbitrária. Entretanto, também é utilizado
para gerenciar custos diretos, em especial os relacionados a mão de obra.
O Custeio ABC pode ser utilizado por empresas e analistas para determinar a
qualidade de uma operação.

DIFERENÇAS ENTRE CUSTEIO VARIAVEL E CUSTEIO ABC

Custeio variável significa a apropriação de todos os custos variáveis. Nesse


método de custeio os custos fixos têm o mesmo tratamento das despesas, pois são
consideradas despesas do período independentemente se os produtos foram
vendidos ou não. É o método de custeio indicado para tomada de decisões, porém
um método que fere os princípios contábeis da realização, competência e
confrontação, porque como já citado os custos fixos são reconhecidos como
despesas. As despesas e os custos considerados fixos deverão ser debitados contra
o lucro do período.
O método de custeio variável é recomendado como ferramenta de apoio à
decisão, o que ratifica sua essência gerencial. Segundo Bornia (2002) trata-se de
um modelo que ampara decisões de curto prazo em que os custos variáveis são
mais relevantes que os custos fixos. O mesmo autor ressalta ainda que tais decisões
estejam relacionadas com a quantidade a ser produzida de cada artigo com a
finalidade de obter maior rentabilidade. A margem de contribuição é informação
gerada pelo custeio variável, que representa o ponto de partida para a tomada de
muitas decisões.
Custeio Baseado em Atividades (ABC)
Este método é bastante distinto dos citados anteriormente. Rocha e Martins
(2015) apontam que o ABC não pertence ao gênero do custeio variável, pois leva
em conta os custos fixos em relação ao volume de produção e também não pertence
ao gênero do custeio por absorção, pois não considera, nos produtos, todos os
custos de produção nem todas as despesas.
O princípio básico do ABC é que os recursos das empresas são consumidos pelas
atividades que elas executam para a fabricação de seus produtos. Assim, o controle
do consumo dos recursos da empresa implica, necessariamente, controle das
atividades por ela executadas. Conhecendo- 29 se as atividades que uma empresa
executa, o custo dos produtos por ela fabricados será igual ao custo das atividades
necessárias à produção. (SOUZA e CLEMENTE, 2011, p. 228).

Fontoura (2013) analisa que esse método visa alocar os custos indiretos através de
direcionadores de custos, que como o nome diz, direcionam os custos às atividades de
processos produtivos ou auxiliares a produção, sendo então destinados diretamente aos
produtos, ou serviços. Conforme Souza e Clemente (2011), o custeio ABC entende o negócio
como um conjunto de processos, cada processo envolvendo uma série de atividades. Neste
método o objeto passa a ser a atividade, pois são estas que consomem recursos, separando a
informação de custos por atividades e não mais produtos.
O foco do controle de custos está nas atividades, com o objetivo de reduzir ou
eliminar as que não agregam valor aos produtos. Assim, pode-se dizer que o Custeio
ABC é um método de análise e gerenciamento de custos que busca rastrear os gastos
de uma empresa pelo monitoramento, em termos de consumo de recursos, das
múltiplas atividades executadas. (SOUZA e CLEMENTE, 2011, p.229).

Ainda estes autores resumem o que seria os quatro estágios do sistema ABC. Sendo
primeiramente feito um rateio dos Custos Indiretos de Fabricação (CIF) da estrutura aos
processos; em seguida feito um rateio dos CIFs dos processos às atividades que o compõem;
depois atribuindo, segundo taxa de incidência, dos custos das atividades aos produtos; e por
fim, é adicionado os custos diretos aos custos das atividades e cálculo do custo total e custo
unitário de cada produto.
CONSIDERAÇOES FINAIS

Ao concluir este trabalho e analisando, os métodos de custeio ABC e variável


observa-se que suas posições são opostas, porém complementares, em relação às
necessidades. É evidente que a adoção dos métodos de custeio vai depender dos objetivos
seguidos pela empresa. Se, por exemplo, a empresa só tiver como objetivo respeitar os
princípios contábeis e a legislação fiscal e não tem maiores problemas em relação a preços
dos produtos ou os pratica em um mercado não tão concorrido sem precisar considerar as
informações prestadas pela contabilidade de custos para a tomada de decisões. Entretanto, se a
empresa utiliza as informações prestadas pela contabilidade de custos para a tomada de
decisões, poderá adotar de forma complementar, o custeio variável. Toda empresa precisa,
não só, obter informações gerenciais necessárias para os aspectos decisórios, mas, também,
mensurar seus estoques e resultados, de acordo com os princípios contábeis e a legislação
fiscal. Para atender a esses dois objetivos, a empresa tende a adotar métodos de custeio
opostos, cada um para atender diferentes finalidades. Na verdade, observa-se que, apesar de
os métodos serem distintos, não são mutuamente excludentes, podendo a empresa utilizar os
dois métodos de forma complementar para a satisfação completa dos objetivos. Mediante a
avaliação dos métodos de custeio por absorção e variável, percebe-se que não existe o melhor
método de custeio, pois cada um satisfaz necessidades empresariais diferentes e importantes.
As informações geradas por eles seriam complementares para satisfação dessas necessidades.
Pelo custeio por absorção, a empresa estaria de acordo com os princípios contábeis e a
legislação fiscal, podendo utilizá-lo na formação de preço de venda com vistas à determinação
da margem de lucro e elaboração dos demonstrativos contábeis externos. Pelo custeio
variável, a empresa teria informações importantes para tomadas de decisão, com a utilização
da margem de contribuição, pois ao determinar com quanto cada produto esta contribuindo
para o lucro de uma forma geral, facilita a elaboração de relatórios gerenciais internos,
contribuindo no processo de decisão por parte da gestão. Com a utilização dos métodos de
custeio por absorção e variável de uma forma que os mesmos se complementem, pretende-se
promover uma maior eficácia na apuração e controle dos custos por parte dos envolvidos
neste processo e ao mesmo tempo atingir o objetivo principal que é a maximização dos lucros,
mas de uma forma que todo esse processo possa ser gerenciado e analisado para fins de
tomada de decisão.
Referencias:
PADOVEZE, Clóvis Luís. Curso básico gerencial de custos. São Paulo, Pioneira Thomson
Learning, 2003.

BORNIA, Antonio Cezar. Análise gerencial de custos: aplicação em empresas modernas.


Porto Alegre: Boockman, 2002.

Blog, Metodo de Custeio. Disponível em <www.blbbrasil.com.br/blog/metodos-custeio/>.


Acessado 24/05/2021

Blog, Análise de Custeio. Disponível em <www.https://www.dinamicaej.com.br/analise-de-


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Valmor Slomski, Artigo Custeio. Disponível em <www.e-publicacoes.uerj.br>. Acessado


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Carlos Alexandre, Artigos. Disponível em <www.carlosalexandresa.com.br/artigos/O-


Metodo-de-Custeio-por-Absorcao-e-o-Metodo-de-Custeio-Variavel>. Acessado 12/04/2021

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Acessado 06/05/2021

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absorcao-variavel-abc-e-uep/>. Acessado em 06/05/2021

Blog, Dicionário Financeiro. Disponível em <https://www.dicionariofinanceiro.com/custeio-


abc/>. Acessado 10/04/2021

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