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III SEMEAD

TROCA DE LIDERANÇA: CALOI x MONARK


Sílvia Vidal Salmasi(*)
Andrea Pedreira Lopes(**)
Alberto Borges Matias(**)

RESUMO

Com as mudanças ocorridas no Brasil no início da década,


principalmente com a abertura de mercado, as empresas tiveram que
adaptar-se a forte concorrência que se estabeleceu. As reações a este
acontecimento foram diversas, refletindo numa mudança das posições
ocupadas pelas mesmas.
No setor de material de transporte, houve uma mudança de
liderança do mercado brasileiro entre a Caloi e a Monark, devido aos
diferentes comportamentos das empresas frente aos acontecimentos e
de acordo com a administração adotada.
O bom planejamento, a visão de mercado e a forma de captação
e aplicação de recursos são necessários para que a empresa seja
eficiente e permaneça com uma boa posição no mercado.

(*)
Graduanda do 6º semestre do Curso de Administração de Empresas da Faculdade
de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo -
Campus de Ribeirão Preto. E-mail: ssalmasi@hotmail.com e
deialopes@hotmail.com.
(**)
Bacharel, Mestre e Doutor pela Faculdade de Economia, Administração e
Contabilidade da Universidade de São Paulo; professor dos cursos de graduação
da FEA/USP - campi de São Paulo e Ribeirão Preto e professor do curso de pós-
graduação da FEA/USP. E-mail: fmatias@netsite.com.br.
INTRODUÇÃO capazes de enfrentar concorrência externa, o que
torna necessária uma completa reestruturação de
O Plano Collor, ao provocar uma abertura do diversos setores. (Barreto e Famá, 1996)
mercado geral brasileiro à competição es-
trangeira introduziu o aumento da competição no
mercado nacional como um todo, introdução de Caso Caloi x Monark
produtos de qualidade superior aos atuais a
preços semelhantes aos destes e oferecimento ao Em 1993, apesar do ano ter se caracterizado
consumidor de oportunidades de avaliação da por inflação crescente, com manutenção de altas
qualidade de produtos e serviços. A entrada de taxas de juros, a economia brasileira apresentou
produtos importados no país a preços competi- desempenho favorável, com o crescimento do
tivos fez com que as empresas brasileiras PIB em torno de 5%; no setor de material de
começassem a se voltar para o problema de suas transporte, o mercado apresentou vigoroso cres-
estruturas ineficientes. Viu-se que o parque in- cimento. As vendas de bicicletas apresentaram
dustrial nacional como um todo estava despre- crescimento de 73%, sobre 1992, com a Caloi
parado para enfrentar a concorrência em regime mantendo a liderança nacional do setor, mas
aberto com empresas estrangeiras. (Barreto e quase dividindo o seu lugar com a Monark.
Famá, 1996) Neste ano ambas tiveram o maior crescimento de
Isto levou empresas líderes no seu setor, sua história (Fontoura, 1997).
como por exemplo a Caloi e a Estrela, a perder No ano de 1994, o mercado de bicicletas se
mercado e competitividade dos seus produtos tornou muito retraído no primeiro semestre;
apresentando uma ineficiente administração houve um aumento nas importações de bicicletas
financeira. montadas, peças e acessórios e o surgimento de
No setor de brinquedos a abertura da econo- um novo concorrente de peso, a empresa parana-
mia gerou uma maciça entrada de produtos de ense Sundown, que em menos de dois anos já
preço reduzido e que atendiam de uma melhor deteve 20% do mercado. Neste mesmo ano fo-
forma as necessidades dos consumidores em ram vendidas 5,7 milhões de bicicletas segundo
relação a preço e qualidade. Em julho de 1996, dados da Anfaciclo, representando um fatura-
o governo para fortalecer a posição competitiva mento de 700 milhões de dólares . Quase um
das empresas do setor aumentou a alíquota de terço foi comercializado por fabricantes inde-
20% para 70%, diminuindo as importações em pendentes e importadores que registraram um
relação ao ano anterior. crescimento de vendas de mais de 200% nos
Já no setor de materiais de transporte, o que últimos quatro anos. Mais de 300 pequenas
inclui o ramo de bicicletas, a abertura de mer- montadoras surgiram após o processo de aber-
cado teve grande influência nas empresas bra- tura do mercado. Os importadores também de-
sileiras que atuavam nesta gama de produtos já colaram.
que as importações trouxeram para o mercado Ainda em 1994, a Caloi ampliou e moderni-
nacional produtos elaborados com preços mais zou os parques fabris, e seus processos de pro-
reduzidos e com o mesmo nível de qualidade do dução, buscando aumento de produtividade, e
que os praticados no país. desenvolvimento tecnológico de produtos, im-
O mercado nacional apesar de se apresentar plantou também automatização através de robôs.
favorável no setor de eletroeletrônicos, com Já em 1995, o desafio foi adaptar-se às
possibilidades de crescimento, empresas como a condições de uma economia em fase de
Tec Toy não conseguiram estruturar-se financei- ajustamentos. Os negócios apresentaram
ramente após a abertura de mercado e hoje en- períodos cíclicos com a atividade em expansão e
contram-se aquém de seus concorrentes e sem posterior retração. A política monetária de
adequar-se às mudanças que ocorrem no mundo manutenção de elevadas taxas de juros, o
globalizado. aumento dos custos de mão-de-obra e insumos,
Dessa forma, a estrutura do parque industrial as pressões competitivas internas e a crescente
brasileiro, de modo geral, se encontrou despre- competição dos produtos importados,
parada para a geração de produtos competitivos, influenciou diretamente na diminuição dos

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volumes e das margens de rentabilidade da loi está valendo um terço daquela cifra e a Mo-
Caloi, que apresentou prejuízo no final do Exer- nark teve mais que o dobro de valorização no
cício após de ter tido lucro no primeiro semestre mercado. A meta da Caloi é que a companhia
deste ano. possa corresponder às exigências do mercado,
A Monark, neste mesmo ano, reagiu às mu- alcançar a redução dos custos, aumentar a pro-
danças impostas pela globalização; terceirizou a dutividade e a margem de lucro; para isso está
produção do maior número de peças possível, prevista uma revisão do portifólio de produtos,
eliminou algumas linhas de produtos menos além da reestruturação do seu capital para alon-
rentáveis( deu maior ênfase à fabricação de bici- gar o perfil da dívida(Fontoura, 1997). Além da
cletas populares usadas como meio de trans- renegociação das dívidas, implica na reversão da
porte, as menos afetadas pelo declínio das ven- estratégia de diversificação, na criação de estra-
das) e enxugou a estrutura organizacional em tégias de longo prazo e em maior agressividade
todas as áreas, cortando para a metade o número comercial. A empresa, inclusive, criou a área de
de funcionários. Além disso investiu, nos últi- planejamento operacional, cuja função será inte-
mos três anos, em máquinas e equipamentos, grar as divisões comercial e industrial. As mu-
automatizando grande parte das operações antes danças implicam na venda dos direitos de distri-
feitas manualmente(Fontoura, 1997). buição dos óleos Mobul e dos motores Suzuki no
A Caloi preferiu concentrar sua produção nas Brasil. A Caloi também deverá deixar de vender
mountain bikes e passou a ceder mercado para as peças isoladas para a fabricação de bicicletas. A
bicicletas importadas (que representaram 40% empresa também pretende reduzir o porte das
das vendas deste produto), já que as importações coligadas Metalurgia Estampotécnica (São
se concentraram principalmente nos modelos Paulo) e Mecânica Cairu (Mococa, interior de
esportivos, provocando uma acentuada queda no São Paulo) (Jabur, 1997).
preço deste modelo(Fontoura, 1997). O grupo restringirá suas atividades à fábrica
No ano de 1996, foram vendidos 4,5 milhões principal em São Paulo e à unidade que mantém
de bicicletas no país, entre nacionais e importa- em Manaus. Além disso reduzirá drasticamente a
das, o pior resultado dos últimos quatro anos. linha infanto-juvenil, e cortará de 60 para 15 o
Além da invasão dos importados, as empresas número de modelos produzidos; em um primeiro
ressentiram-se da concorrência predatória dos momento a produção atual tende a recuar. As
fabricantes clandestinos. O alvo são as pequenas perspectivas para os próximos anos são de me-
bicicletarias que proliferam pelo país. Elas ad- lhora, mas a dificuldade da empresa vai ser re-
quirem os componentes dos fabricantes e de conquistar a confiança do mercado(Jabur, 1997).
importadoras e montam bicicletas que são ven-
didas sem nota fiscal(Fontoura, 1997).
No primeiro semestre de 1997, a Abraciclo Comparação da Administração Financeira
(entidade que reúne os fabricantes do setor) de-
nunciou a empresa Sundown; que iniciou suas Como vimos acima as duas empresas pos-
atividades nos anos 80 e no início desta década suem métodos administrativos diferentes tanto
começou importar peças de bicicletas de Taiwan na administração geral e de marketing quanto na
( sendo uma rival para os fabricantes tradicionais administração financeira. As áreas das empresas
do país); por prática desleal de comércio no são interdependentes mas a administração finan-
Cade, já que esta empresa estava declarando ceira de qualquer empresa dá uma visão abran-
apenas 10% das mercadorias importadas; reve- gente do todo, podendo diagnosticar a sua situa-
lando assim o motivo da sua rápida ascensão no ção corrente e as possíveis soluções dos proble-
mercado(Fontoura, 1997). mas e os pontos fortes que a empresa pode de-
No semestre de 1997 a Caloi assinou um senvolver.
contrato de gestão, por três anos, com a MGDK Entre a Caloi e a Monark podemos notar que
& Associados com o objetivo de superar a má as administrações financeiras são distintas e a
fase e voltar a emparelhar-se com a Monark. Há forma com que reagiram às mudanças ocorridas
quatro anos atrás, os valores de mercado da Ca- no país foram díspares, acarretando a decadência
loi e da Monark eram bem próximos, hoje a Ca- da primeira e a ascensão da segunda. Podemos

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detectar essas diferenças através da análise das dade de capital de giro, a Monark, neste item,
demonstrações financeiras e dos índices apre- tem maior barganha com seus fornecedores,
sentados pelas empresas. decorrendo numa baixa necessidade de capital de
giro e, em alguns anos, tem apresentado folga
de capital que pode ser investido em outro
Análise da Captação de Recursos componente da administração financeira. Para
compensar esta necessidade de capital de giro, a
Em relação às captações, as duas empresas Caloi vem buscando cada vez mais empréstimos
são díspares na obtenção de financiamento junto de curto prazo e também em contas a pagar a
a fornecedores. Enquanto a Caloi possui uma controladas no longo prazo, o que incrementa o
deficiência referente às negociações junto a for- seu endividamento.
necedores aumentando, portanto, a sua necessi-

Fornecedores

40.000
30.000
Mil US$ 20.000
Monark
10.000
- Caloi
93 94 95 96 97
Anos

Os recursos próprios das empresas possuem Social constante nos últimos três anos. A sua
uma trajetória diferente nestes últimos cinco concorrente brasileira do setor caracterizou-se
anos. A Caloi apresentou Patrimônio Líquido por um Patrimônio Líquido e Capital Social
crescente até 1995 e conseqüentes declínios crescentes indicando um autofinanciamento e
neste item nos anos seguintes, mostrando-se portanto tendo uma menor necessidade de capital
negativo em 1997, devido principalmente aos de terceiros culminando numa maior folga
prejuízos sucessivos apresentados e um Capital financeira.

Patrimônio Líquido e Capital Social

140.000
120.000
100.000
80.000 Monark - PL
Mil US$

60.000 Monark - CS
40.000 Caloi - PL
20.000 Caloi - CS
-
(20.000) 93 94 95 96 97
(40.000)
Anos

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Por exigir captações mais freqüentes, a Caloi se com estoque encalhado e podre, isto devido a
enfrenta, em conseqüência, maior incerteza de uma miopia em marketing que se deu pela
dispor sempre dos fundos necessários. Aspectos persistência em continuar investindo numa linha
da conjuntura econômica podem, em diversos de produtos mais elaborados que possuíam maior
momentos, limitar a oferta de dinheiro no mer- concorrência, já que os produtos importados, que
cado. Por outro lado, a empresa que recorre fre- tinham boa qualidade e preços mais reduzidos
qüentemente ao mercado de captações para via- que os similares nacionais, ocasionaram um alto
bilizar financeiramente seu negócios sujeita-se prazo médio de estoques durante o período de
evidentemente às incertezas com relação ao 1993 a 1996, com um pequeno decréscimo em
comportamento das taxas de juros, podendo 1997, provocado pela reestruturação da empresa.
absorver incrementos relevantes em seus valores Enquanto isso, a Monark especializou-se em
(Assaf,1997). produtos mais populares, menos elaborados, para
Segundo Assaf, a opção de se trabalhar com uma camada de renda mais baixa, com uma fatia
uma estrutura de maior risco, em que as dívidas de mercado que pudesse ser mantida e expan-
correntes chegam inclusive a financiar ativos dida. O estoque da Monark apesar de possuir um
caracteristicamente permanentes, propicia uma maior montante de capital em valor absoluto
vantagem econômica à empresa em termos de mostrou-se melhor administrado do que a sua
menores custos financeiros. Em termos de con- concorrente brasileira, tendo um decréscimo a
sistência econômica, os recursos passivos a partir de 1995 e mantendo-se praticamente
longo prazo são estruturalmente mais onerosos constante nos demais anos analisados.
ao tomador que os de curto prazo, em razão, Nas exigibilidades das demonstrações finan-
fundamentalmente, de: ceiras desta última, as suas aplicações de curto
prazo tiveram uma maior participação em rela-
§ Menor capacidade de previsão, por parte do ção ao total do Ativo, o que indica um melhor
emprestador, de retorno do capital aplicado; aproveitamento do capital disponível que além
de obter rendimento ainda aumenta a liquidez da
§ Maior risco proveniente das flutuações das
empresa. No que se refere a este item, a Caloi
taxas de juros. A poupança aplicada a prazos
possui maiores montantes no Ativo Permanente,
mais dilatados prevê normalmente
o que diminui a sua folga financeira no curto
remuneração maior como forma de
prazo, já que a conversão do capital torna-se
compensar variações que os juros venham
mais difícil e nem sempre possível no prazo
apresentar ao longo do tempo.
necessário.
Em relação ao Ativo, podemos notar que a
Monark apresentou um alto financiamento de
Análise da Aplicação de Recursos clientes até 1995, quando nesta data com uma
retração na sua eficiência em relação à alta com-
No Ativo da Caloi podemos observar que nos petitividade de mercado, restringiu sua política
últimos cinco anos a empresa concentrava maior de concessão de crédito diminuindo, portanto, o
parte do Circulante no financiamento a clientes, montante investido na conta de clientes.
ocorrendo em perdas devido a inadimplência, e
em estoques. Nos estoques, a empresa apresenta-

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Análise dos Indicadores vel calculá-lo. Já a sua concorrente direta, Mo-
nark, tem um bom controle de seu endivida-
O Endividamento da Caloi é crescente nos mento, estando sempre abaixo do mercado, com
últimos cinco anos, estando sempre muito acima exceção do ano de 1994, fato ocorrido devido à
do padrão e no ano de 1997, com o Patrimônio abertura de mercado.
Líquido da empresa negativo, torna-se impossí-

Endividamento

350
300
250 Endiv. Monark
200 Comp. Monark
(%)

150 Endiv. Caloi


100 Comp. Caloi
50
0
93 94 95 96 97
Anos

A política de Imobilização do Patrimônio Liquidez Corrente que apresenta-se constante e


Líquido das duas empresas são díspares. A acima do padrão nos cinco anos analisados, e
imobilização da Caloi é praticamente o dobro da com um menor investimento em estoques do que
Monark em todos os anos analisados. Vale sua concorrente brasileira, garantindo uma boa
ressaltar que a primeira vem utilizando no último Liquidez Seca.
ano recursos de curto prazo para financiamento A Caloi possuiu um alto Prazo de Renovação
do Ativo Permanente, aumentando de Estoques, com exceção dos anos de 1994 e
conseqüentemente o risco da quitação de suas 1997. Já a Monark sempre apresentou ser mais
dívidas. eficiente nesse item e estando sempre abaixo do
A Liquidez Corrente da Caloi esteve sempre padrão, principalmente em 1995, em que este
acima do padrão até 1996, sofrendo uma brusca índice era metade do mercado. Em relação ao
queda em 1997, já que um dos componentes Prazo Médio de Recebimento de Vendas, a
desse índice é o estoque, e este tendo seu última sempre esteve com este índice crescente e
montante reduzido significativamente nesse ano, acima do mercado. Em contrapartida, a Caloi
provocou esta queda. Podemos então observar apesar de também possuir esse índice elevado,
que a Liquidez Seca desta é sempre baixa, e em 1997, apresentou uma melhora significativa
portanto o cumprimento de suas obrigações pode nesse item, aproximando-se do estabelecido pelo
ficar comprometido. A Monark possui uma boa mercado.

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A Rentabilidade do Patrimônio Líquido da que observamos através da Análise de
Caloi reduzindo-se drasticamente no decorrer Regressão. Neste tocante, a rentabilidade da
dos últimos cinco anos , enquanto que a Monark Caloi só está correlacionada com a sua Margem
esteve sempre muito acima do mercado. No que Líquida.
diz respeito a este índice, a Margem Líquida e o
Giro do Ativo da última estão correlacionados, o

Rentabilidade do PL

30
20
% 100
-10 Caloi
-20 Monark
93 94 95 96 97
Anos

A diferença entre as margens das duas uma excelente Margem Líquida, sempre acima
empresas é substancialmente significativa. do padrão, apresenta-se nesse último ano 20
Enquanto a Caloi vem em franco declínio, vezes acima do mercado.
chegando em 1997 a –91%, a Monark possui

Margem Líquida

20
0
-20
% -40
Caloi
-60
-80 Monark
-100
93 94 95 96 97

Anos

CONSIDERAÇÕES FINAIS maneira oposta acarretando a troca de liderança


entre as mesmas.
Como foi visto, as empresas analisadas pos- Num mercado globalizado como o atual, a vi-
suem administrações financeiras distintas. Numa são de mercado e um planejamento da área fi-
situação de mudança no país, e conseqüente- nanceira com as demais, é um ponto de grande
mente da concorrência do mercado no ramo de importância, pois as mudanças são constantes e a
material de transporte, as empresas reagiram de interdependência entre as áreas é evidente e ne-
cessária. Este é um ponto diferenciador que

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garantirá a empresa um bom lugar no mercado, e FONTOURA, M. Hora de pedalar: A Caloi quer
na sua ausência pode acarretar dificuldades na sair do prejuízo. Revista Exame, São Paulo,
sua manutenção no setor. 16 julho 1997, p.60
Foi o que percebemos no caso analisado entre INTERNET, www.caloi.com.br,
a Caloi e a Monark. Ambas as empresas inseri- www.uol.com.br, www.cade.com.br,
das num mesmo mercado, com marcas consoli- www.altavista.com.br.
dadas, e tendo praticamente a mesma qualidade JABUR, M.A. Caloi reduz custo do endivida-
de produtos a serem oferecidos, a última adap- mento. Gazeta Mercantil, São Paulo, 11 nov
tou-se às mudanças e conseguiu a liderança que 1997, p. C-4.
anteriormente era da Caloi. Este é um ponto MATARAZZO, D. C. Análise Financeira de
relevante já que em apenas cinco anos as posi- Balanços, 4ª ed., São Paulo, Atlas, 1997.
ções das empresas no setor se inverteram. RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO –
Através da análise do Modelo de Insolvência Bicicletas Caloi S/A, 1993, 1994, 1995, 1996
Alberto Borges Matias, percebe-se que a Caloi e 1997.
encontra-se insolvente enquanto sua concorrente ROSS, S.A.; WESTERFIELD, R.W.; JAFFE,
nacional, Monark, apresenta-se solvente. Pode- J.J. Administração Financeira, trad. Antonio
mos assim notar que um bom planejamento e Zorato Sanvicente, São Paulo, Atlas, 1995.
uma adequada captação e aplicação de recursos, SOUZA, M.S.; FAMÁ, R. Gestão de Risco
além da visão de mercado, são essenciais para Bancário: Acordo de Basiléia. In: I SEMEAD,
que a empresa se mantenha solvente e possa 1996, p.442-469
crescer no setor. WESTON, J. F.; COPELAND, T.E.
Managerial Finance, The Dryden Press
International Edition.
BIBLIOGRAFIA

CD ROOM – EXAME – O melhor dos anos


noventa, Abril Multimídia, 1996.

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