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Redação

FERRARETTO, LUIZ ARTUR. RÁDIO: O VEÍCULO, A


HISTÓRIA E A TÉCNICA. PORTO ALEGRE: DORA
LUZZATTO, 2007. (P. 193-236)
12.1. A notícia (para julgar os fatos como notícia,
verificar critérios)

Atualidade;
Proximidade;
Proeminência;
Universalidade.
12.1.1. Fluxo informativo - Fontes internas (para
obter informações)

Equipe de reportagem (interessante quando há


equipe exclusiva para apurar as informações).
Enviados especiais (equipe é deslocada para outro
local).
Correspondentes (atuam em outra cidade ou estado e
geralmente têm liberdade para escolher os assuntos).
12.1.1. Fluxo informativo -Fontes externas

Informantes (importante checar suas informações e


cuidar possibilidades de interesses particulares).
Ouvintes (das próprias reclamações podem surgir
reportagens).
Agências de notícias [agências respondem aos
interesses de seus países – internacionais (VALDÉS
apud FERRARETTO, 2007, p. 198); no caso das
nacionais, servem como instrumento de informação
de governos e de guia para outros meios de
comunicação (HERMAN; OTERO; PASCUAL apud
FERRARETTO, 2007, p. 198)].
Outros veículos de comunicação (a pauta da
reportagem e dos programas de entrevista e de
debate sofre influência da imprensa escrita).
Assessorias de imprensa.
Internet (a maioria das grandes empresas de
comunicação têm versões online).
12.1.3. A estrutura da notícia

O texto radiojornalístico é um resumo que inicia sempre


pelo aspecto mais importante do fato, hierarquizando os
detalhes restantes (ordem decrescente de importância). A
notícia radiofônica deve responder ao lide, mas possui
suas próprias características:
O primeiro período responde ao: que, quem, onde e
quando.
O primeiro detalhes, seguido do segundo e do terceiro
(podendo ainda haver mais detalhes), respondem ao
como e ao porquê.
No entanto, um detalhe mais significativo (mais
importante que os primeiros detalhes) pode encerrar a
notícia.
12.2.2 Texto corrido (oriundo da leitura, sem preparação
especial, de notícias de jornais. É a forma adotada nos boletins,
comentários e editoriais, além de notas para sínteses noticiosas)

Tamanho do texto (seis a oito linhas de 65 a 72


toques com períodos de duas linhas e meia). Só em
casos muito importantes atingir ou ultrapassar uma
lauda (12 linhas), que equivale a um minuto de texto
lido.
São parâmetros referenciais porque isso varia
conforme a velocidade do locutor. AM mais rápido;
FM mais conversada (mais devagar).
Ordem direta (sujeito + verbo + complementos).
Usar voz ativa, pois dá mais impacto (senão desloca o
“quem” para “o quê”).
Clareza (não misturar idéias; uma informação por vez).
Tempo verbal (usar presente sempre que possível; se não
comprometer a informação, presentificar). Ex: “Fulano
viaja hoje” e não “Fulano viajará”.
Usar singular e não plural (ex. p. 210-211).
Evitar texto telegráfico (por isso usar artigo – ex. p. 211).
A primeira frase deve causar impacto.
Cargo antes do nome.
Instituição como fonte (caso de levantamentos, pesquisa e
dados estatísticos ex. p. 213-214).
Quando políticos: cargo + partido + nome da pessoa.
Barras (uma barra após ponto em cada período e
duas ou mais para indicar fim do texto).
Caixa alta (apenas em nomes próprios de pessoas).
Negrito ou itálico para expressões jocosas ou
complicadas.
Somente as siglas mais comuns não aparecem por
extenso (quando cada uma das letras for
pronunciada, separá-las por ponto ou hífen. Ex:
U.F.S.M).
Números: até nove por extenso (acompanhar livro p.
216, 218 e 219).
12.2.3 Texto manchetado (aprimoramento dos
radiojornais dos anos 40, em que os trechos da mesma notícia eram lidos
por vários locutores. Hoje é a forma mais usada nos radiojornais do centro
do país, em especial São Paulo)

As informações são distribuídas em períodos, o que


lembra manchetes da imprensa.
Apresentado por dois ou três locutores, geralmente
com fundo musical.
Algumas emissoras preferem todo o texto em caixa
alta.
Tamanho da notícia: média de oito manchetes com
uma linha e meia cada (+- 100 toques/ 72 toques ou
caracteres por linha).
Se mais de 10 manchetes, recuperar o fato principal
no final.
Sem uso de barras (ver ex. p. 220 como não é
necessário para separar períodos).
O lide é a primeira manchete. Usar verbo.
Ritmo: marcá-lo com pontuação (ver p. 222).
INTERPRETAÇÃO: o texto manchetado propicia o
jornalismo interpretativo; então situar o leitor em
nível histórico, geográfico e social.
12.2.4 Recursos de redação

Desdobramento cargo e nome: cargo num primeiro


período e nome na sequência. Ex: p. 224.
Declarações (ver p. 225-226).
Verbos de elocução (ver p. 226- 227).
12.2.5 Expressões e situações que devem
ser evitadas

l Não usar abreviaturas; aliterações (sequência de palavras


iniciadas pela mesma letra ou sílaba - ex: o partido
político do prefeito de Ponta Porã; cacofonias (a boca
dela; uma mão lava a outra).
l Cuidado com conjunções: “pois” e “porém” são pouco
coloquiais e não soam bem; “mas” confunde com “más”.
l Evitar que expressões diminuam o impacto da notícia:
ontem, manter, permanecer, ou continuar não dão idéia
de novidade.
l Frases negativas (trocá-las por afirmativas, que têm
mais impacto. Ex: p. 229).
l Palavras e expressões vetadas (ver p. 230, 231, 232 2
233).
l Falta de precisão (não usar “Mais de mil pessoas...”,
porque representar qualquer número maior;
arredondar quando possível, ex: “Mil pessoas...”.
Selecionem dois dos elementos das grandes notícias, conforme orientação de Andrew Boyd (apud
PARADA, 2000) e produzam duas diferentes notícias (cada uma delas a partir de um dos elementos selecionados). As
notícias devem seguir as recomendações do texto corrido (uma delas) e do texto manchetado (a outra),
conforme Ferraretto (2007), além de respeitar o máximo de itens considerados por McLeish para a produção de um
“texto para os ouvidos”. Por último, ensaiem a locução desses textos, observando as quatro variáveis apontadas por
Prado, e os apresentem em aula.

Os trabalhos devem ser realizados em duplas ou trios (apenas nessas duas condições), sendo produzidos por todos os
integrantes. Não é necessário que todos os integrantes façam a locução do texto corrido, mas todos devem realizar
alguma locução. Por exemplo: se trabalho em trio, um aluno realiza a locução do texto corrido e os outros dois do
manchetado, se distribuído para dois locutores (Loc 1 e 2); se distribuído para três (Loc 1, Loc 2 e Loc 3), o locutor do
texto corrido também pode contribuir com a locução do manchetado. Já se trabalho em dupla, o locutor do texto
corrido fatalmente também deve contribuir na locução do manchetado, que terá espaço para Loc 1 e Loc 2. 

Cada um dos componentes do grupo deve ter um cópia impressa do(s) texto(s) em que vai colaborar com a locução. E o
professor deve receber uma cópia impressa dos dois textos.

Utilizem as laudas anexas, selecionando-as para os textos de acordo com os elementos que apresentam. Completem as
laudas quanto à indicação dos locutores, no caso do texto manchetado. E sigam o tipo e tamanho de fonte que as laudas
trazem.
OU
Apurem e produzam duas diferentes notícias sobre assuntos que tenham perspectiva positiva (não
podem ser notícias negativas). Devem ser pautas locais, que lhes permitam ir a campo e apurar os
dados no contato direto com as fontes. As notícias devem seguir as recomendações do texto corrido
(uma delas) e do texto manchetado (a outra), conforme Ferraretto (2007), além de respeitar o
máximo de itens considerados por McLeish para a produção de um “texto para os ouvidos”. Por
último, ensaiem a locução desses textos, observando as quatro variáveis apontadas por Prado, e os
apresentem em aula.

Os trabalhos devem ser realizados em trios, sendo produzidos por todos os integrantes. Não é
necessário que todos os integrantes façam a locução dos dois textos, mas todos devem realizar
alguma locução: um aluno realiza a locução do texto corrido e os outros dois do manchetado.

Cada um dos componentes do grupo deve ter um cópia impressa do(s) texto(s) em que vai colaborar
com a locução. E o professor deve receber uma cópia impressa dos dois textos.

Utilizem as laudas anexas, selecionando-as para os textos de acordo com os elementos que
apresentam. Completem as laudas quanto à indicação dos locutores, no caso do texto manchetado.
E sigam o tipo e tamanho de fonte que as laudas trazem.

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