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APRESENTAÇÃO .................................................................................................. 5
1. INTRODUÇÃO À ECONOMIA......................................................................... 6
1.1. Conceito de Economia ............................................................................ 7
1.2. O Problema Fundamental da Economia ................................................. 8
1.3. Quatro Perguntas Fundamentais ............................................................ 9
1.4. A Curva de Possibilidade de Produção ................................................ 10
1.5. Os Fatores de Produção ....................................................................... 11
1.6. O Sistema Econômico ........................................................................... 13
4. O MERCADO ................................................................................................ 24
4.1. O Preço de Equilíbrio ............................................................................ 25
4.2. Classificação dos Mercados ................................................................. 26
4.3. Estruturas de Mercado de Fatores de Produção .................................. 27
7. EMPREGO ................................................................................................... 39
7.1. Mercado de Trabalho ................................................................................ 40
7.2. Oferta e demanda de Emprego ............................................................. 40
BIBLIOGRAFIA ................................................................................................ 77
Uma das maneiras de estar no mundo, é através do conhecimento que você tem e
adquire. Ele é construído de diversas formas, seja na escola, no trabalho ou em casa. O
que se deseja e se espera daqueles envolvidos no mercado imobiliário é a consciência e o
cumprimento da responsabilidade quanto à buscar do conhecer que, com certeza, irá
colaborar para a realização dos seus sonhos e desejos.
Ao ler e estudar esse material, você certamente estará dando passos firmes na direção
da construção do saber e é isso que faz a grande diferença entre o profissional preparado e
daquele fadado ao fracasso. Invista em você mesmo, através do estudo, e tenha uma vida
de vitórias e realizações.
Boa Sorte.
O autor
A economia faz parte de uma ciência maior, denominada de ciências sociais, onde a
economia estuda a ação econômica do homem, envolvendo essencialmente o processo de
produção, a geração e a apropriação da renda, o dispêndio (as despesas) e o processo de
acumulação.
A economia para que possa dar respostas aos problemas econômicos, procura o
respaldo das demais áreas do conhecimento, das ciências humanas, exatas (matemáticas)
e com outras ciências, com o fim de juntas resolver os problemas econômicos.
Como não temos uma abundância relativa dos recursos de produção, nossas
necessidades não são completamente satisfeitas. Se todos os bens fossem livres, a
disponibilidade ilimitada de recursos seria de tal ordem que a obtenção de quaisquer bens
não seria problema. Daí, não necessitaria da ciência econômica, pois não haveria problemas
a resolver. Não haveria conflitos de interesses.
Mas são raros os bens que ainda são livres (água da chuva, por exemplo), que
A primeira questão diz respeito ao que produzir. O que produzir com os recursos que
são escassos para atender as necessidades ilimitadas da sociedade. Várias podem ser as
alternativas de produção, dentre elas o que produzir para usufruir e gastar da melhor
maneira possível os recursos que são limitados.
A última pergunta fundamental diz respeito para quem produzir. Para quem vai ser
direcionado o produto/serviço. Tal questionamento é importante para que se produza o
necessário para atender as necessidades da sociedade.
Esses agentes é que fazem parte do processo produtivo em que se tem que escolher
entre alternativas diferentes, devido à escassez de recursos.
O Fator Terra constitui a base sobre a qual se exercem as atividades dos demais
recursos de produção. As reservas naturais, renováveis ou não, encontram-se na base de
todo o processo de produção. As dádivas da natureza, aproveitadas pelo homem em seus
estados naturais ou então transformadas, são direcionadas para as outras atividades de
produção.
É a partir da interação com os demais fatores de produção que se viabiliza seu efetivo
aproveitamento. Aqui é importante a consciência social sobre sua preservação e reposição,
no intuito de tenha um melhor aproveitamento.
b) Fator Trabalho
É a parte da população total, considerada produtiva, que é definida por faixas etárias.
É constituído por uma parcela da população total denominada de economicamente ativa,
que contribui para o processo de produção.
c) Fator Capital
Pode ser definido como sendo a forma política, social e econômica pela qual está
Sistema capitalista de produção, que é aquele regido pelas leis de mercado, onde
predomina a livre iniciativa e propriedade privada dos fatores de produção;
Sistema socialista, que é aquele em que as questões econômicas fundamentais são
resolvidas por um órgão central de planejamento, predominando a propriedade pública dos
bens de produção.
Como está utilidade visa satisfazer as necessidades humanas, têm que apresentar
algum valor. É um conceito subjetivo, onde considera que o valor nasce da relação homem
com os bens e/ou serviços.
Dentro do estudo da demanda, temos a chamada Lei Geral da Demanda, que mostra
que há uma relação inversamente proporcional entre a quantidade demandada e o preço
do bem, coeteris paribus. Esta relação pode ser vista pela Curva de Demanda.
São bens que interferem na demanda de um produto por parte do consumidor. Pois
quanto mais substitutos houver para um bem e/ou serviço, mais opções ele terá à sua
disposição para decidir sobre a sua demanda. Neste caso, pequenas variações em seu
preço, para cima, por exemplo, farão com que o consumidor passe a adquirir mais de seu
produto substituto, provocando queda em sua demanda maior do que a variação do preço.
Por exemplo, o consumidor tem sua demanda por uma certa quantidade de tomate, que
Outra classificação que temos que ter em mente quando estamos falando de demanda,
diz respeito se os bens são bens de consumo, daí temos os bens de consumo duráveis e
não duráveis; dos bens de capital e dos bens intermediários.
Bens de consumo são àqueles bens destinados ao consumo final dos consumidores.
No caso específico dos bens de consumo duráveis, são por exemplo: televisores, geladeira,
aparelho de som, carro, liquidificador, etc., pois são bens que não possuem consumo
imediato. Já os bens de consumo não duráveis, são bens destinados ao consumo final e
são consumidos imediatamente pelos consumidores, por exemplo: alimentos, produtos de
higiene e limpeza, etc.
No tocante aos bens de capital, são ditos como bens que servem para produzir outros
bens, como por exemplo, uma máquina de costura, ou seja, máquinas e equipamentos que
são utilizados para fabricar outros bens.
Por último temos os bens intermediários que também são bens utilizados para produzir
outros bens, no entanto o fator que o difere dos bens de capital, é que os bens intermediários
são consumidos durante o processo produtivo. Por exemplo, o tecido que utilizado para
produzir a camisa, no final do processo não existe mais tecido, mas sim camisa, enquanto
a máquina de costura continua lá sendo utilizada para produzir outros bens.
DA PRODUÇÃO
Onde:
O resultado dito ótimo para empresa poderá ser obtida quando for possível alcançar um
dos seguintes objetivos: a) maximizar a produção para um dado custo total ou b) minimizar
o custo total para um dado nível de produção. O primeiro diz respeito que a empresa tem
um custo que não deve ser maior, pois se não seus lucros também serão maiores, então ela
procurará produzir cada vez mais para alcançar um patamar de produção que lhe dê àquele
custo. A alternativa b se refere que a empresa tem uma meta de produção que estabelece
alcançar e que para alcança-la terá que reduzir os seus custos ao mínimo possível.
Quanto aos custos totais de produção, define-se como o total das despesas realizadas
pela empresa com utilização da combinação mais econômica dos fatores, por meio da qual
é obtida uma determinada quantidade do produto. Os custos totais de produção (CT) são
divididos em custos variáveis totais (CVT) e custos fixos totais (CFT):
CT = CVT + CFT
Os custos fixos totais (CFT), correspondem à parcela dos custos totais que não
aumentam com o aumento da produção. São decorrentes dos gastos com os fatores fixos
de produção, como por exemplo, depreciação, aluguéis, seguros, etc.
Já os custos variáveis totais (CVT), correspondem à parcela dos custos totais que
variam com o aumento da produção. São despesas realizadas com a compra da matéria-
prima, materiais secundários, mão-de-obra direta, etc.
As empresas têm como objetivo maior a maximização de lucros. Onde se pode definir
o lucro total como a diferença entre as receitas de vendas da empresa e os seus custos
totais de produção. Ou seja:
LT = RT – CT
Como receitas totais entende-se o valor das vendas totais realizadas num determinado
período de tempo. Então como receita teremos:
RT = P x Q
Ou seja, receita total é igual ao preço do bem ou serviço multiplicado por sua respectiva
quantidade vendida.
Qualquer empresa, que deseje maximizar lucros, escolherá o nível de produção para
o qual a diferença positiva entre receita total e custo total sejam a maior possível.
A função oferta mostra uma relação direta entre quantidade ofertada e nível de preços,
coeteris paribus. Essa representa a chamada Lei Geral da Oferta.
A relação direta entre a quantidade ofertada de um bem ou serviço e seu preço deve-
se ao fato de que, um aumento do preço no mercado estimula as empresas, os produtores
a produzirem mais, aumentando sua receita. Podemos expressar a curva de demanda
conforme a figura abaixo.
A inclinação da curva de oferta e positivamente inclinada, uma vez que a relação entre
quantidade ofertada e o preço é diretamente proporcional.
Além do preço do bem, a oferta de bem ou serviço é afetada pelos custos dos fatores
de produção (matérias-primas, salários, preço da terra) e por alterações tecnológicas, ou
pelo aumento do número de empresas no mercado.
Um dos conceitos mais utilizados é o abordado por Rossetti (1992) em que Contabilidade
Social pode ser entendida como um compartimento da Ciência Econômica que se ocupa da
preparação sistemática e compreensiva de um conjunto articulado de informações sobre os
vários tipos de transações econômicas, verificadas entre grupos significativos de agentes
durante determinado período; é assim, uma técnica de quantificação de um conjunto de
variáveis que interessam à análise econômica global.
O resultado da atividade econômica do país pode ser medido sob três óticas: pelo lado
da produção e venda de bens e serviços finais na economia (ótica do produto e ótica da
despesa), e também pela renda gerada no processo de produção (ótica da renda), que vem
a ser a remuneração dos fatores de produção (salários, juros, aluguéis e lucros). As óticas
do produto e da despesa são medidas no mercado de bens e serviços, enquanto a ótica da
renda é medida no mercado de fatores de produção.
Neste caso a empresa efetua despesas com o pagamento de salários, juros, aluguéis e
lucros distribuídos que são destinados às famílias, que por sua vez recebe tais pagamentos
como receitas, e as empresas pela venda dos seus bens e serviços obtém renda, onde no
final do período considerado, faz-se a contabilidade das despesas e das receitas dessa
Daí se tem o Produto Nacional (PN) que representa o valor de todos os bens e serviços
finais, medidos a preços de mercado, produzidos num dado período de tempo, onde PN =
Σ p.q, sendo p = preço unitário dos bens e serviços; q = quantidades produzidas de bens e
serviços finais (tanto do setor primário, secundário e terciário da economia) e Σ símbolo de
somatório, ou soma.
O setor primário da economia se refere àquele onde são produzidos os bens e serviços
ligados ao segmento agropecuário (agricultura e pecuária). Em outras palavras, se referem
aos produtos produzidos pelo setor agropecuário.
Já o setor secundário, se refere ao setor industrial, o setor que fabrica bens, sejam a
partir de mercadorias oriundas do setor agropecuário ou não.
Também temos o conceito de Despesa Nacional (DN) que é o gasto dos agentes
econômicos com o produto nacional, onde revelam quais são os setores compradores do
produto nacional.
Já a Renda Nacional (RN) é a soma dos rendimentos pagos aos fatores de produção
no período: RN = salários + juros + aluguéis + lucros, para a produção dos bens e serviços
da economia. Quando dividimos o total desta renda pelo total da população de um País,
temos a Renda per capita.
Investimento agregado – é o gasto com bens que foram produzidos mas não foram
consumidos no período, e que aumentaram a capacidade produtiva da economia para os
períodos seguintes. O investimento é composto pelo investimento em bens de capital
(máquinas e imóveis) e pela variação de estoques de produtos que não foram consumidos.
Os bens de capital são chamados, nas contas nacionais de formação bruta de capital fixo.
Então Investimento total = Investimentos em bens de capital + variação de estoques.
Como receita fiscal do Governo, temos os impostos indiretos, que incidem sobre as
transações com bens e serviços. Exemplo: ICMS, IPI. Impostos diretos, que incidem sobre
a renda e a propriedade das pessoas físicas e jurídicas. Exemplo: Imposto de Renda.
Contribuições à Previdência Social e outras receitas.
É necessário aqui definirmos alguns conceitos básicos que também fazem parte
das contas nacionais, são eles:
2º) Renda Pessoal Disponível – procura medir o quanto a renda gerada no processo
econômico fica em poder das famílias. A renda pessoal disponível mede quanto sobra para
as famílias decidirem gastar na compra de bens e serviços ou então poupar.
Produto Interno Bruto (PIB) - é o somatório de todos os bens e serviços finais produzidos
dentro do território nacional num dado período, valorizados a preços de mercado, sem levar
em consideração se os fatores de produção são de propriedade de residentes (que estão
dentro do país) ou não residentes (fora do país).
Para muitos, o PIB não mede adequadamente o bem-estar da coletividade, pois não
reflete as condições econômicas e sociais de um país. Ele não registra a economia informal;
não considera os custos sociais derivados do crescimento econômico, tais como poluição,
piora do meio ambiente; e não considera diferenças na distribuição de renda entre os vários
grupos da sociedade.
O consumo global de um país é influenciado por uma série de fatores, tais como: renda
nacional, estoque de riqueza ou patrimônio, taxa de juros de mercado, disponibilidade de
crédito, expectativa sobre a renda futura, rentabilidade das aplicações financeiras, etc.
Então:
C = Consumo agregado;
RND = renda nacional disponível.
Então:
S = poupança agregada;
RND = renda nacional disponível.
Neste caso, um outro conceito importante é o de crédito, que regulado pela taxa de
juros, determina o montante de investimentos. Crédito pode ser definido como sendo a
troca de um bem disponível no momento pela promessa de um pagamento futuro. E quando
as operações de crédito na economia são estimuladas, normalmente o consumo das
famílias aumenta.
Esse capital pode sofrer desgaste durante o processo produtivo. Para repor
esse desgaste ou mesmo substituir os equipamentos, as máquinas durante o processo
produtivo, a depreciação pode ser utilizada para cobrir tais custos.
O uso da moeda nas economias em que vivemos é de tal forma generalizada que se
torna difícil imaginar o funcionamento de um sistema econômico em que não existam
instrumentos monetários. Mas existiam grupos que não utilizavam moeda. Esses primeiros
agrupamentos, em geral, nômades, teriam sobrevivido sob padrões bastante simples de
atividade econômica. Eram grupos que não conheceram a moeda e, quando recorriam a
atividades de troca, realizavam trocas em espécie, ou seja, trocavam mercadorias por
mercadorias, a esta prática denomina-se escambo.
Com a evolução da sociedade, certas mercadorias passaram a ser aceitas por todos,
por suas características peculiares ou pelo próprio fato de serem escassas. Por exemplo, o
sal, que por ser escasso era aceito na Roma Antiga como moeda. Em diversas épocas e
locais diferentes, outros bens assumiram idêntica função. Portanto, a moeda mercadoria
constitui a forma mais primitiva de moeda na economia.
Logo após, os metais preciosos passaram a assumir a função de moeda por diversas
razões: são limitados na natureza, possuem durabilidade e resistência, são divisíveis em
peso. Tiveram esse papel de moeda por várias épocas.
Moedas metálicas: são emitidas pelo Banco Central, constituem pequena parcela da
oferta monetária e visam facilitar as operações de pequeno valor.
Papel-moeda: são emitidas pelo Banco Central, representa parcela significativa da
quantidade de dinheiro em poder do público. Quando juntamos as moedas metálicas e o
papel-moeda em poder do público denominamos de moeda manual.
Moeda escritural: é representada pelos depósitos a vista nos bancos comerciais.
Oferta de Moeda
Aoferta de moeda pode também ser chamada de meios de pagamento. Estes constituem
o total de moeda à disposição do setor privado não bancário, de liquidez imediata, ou seja,
que pode ser utilizada imediatamente para efetuar transações econômicas. A liquidez da
moeda é a capacidade que ela tem de ser um ativo prontamente disponível e aceito para
as mais diversas transações.
Os meios de pagamento em sua forma tradicional são dados pela soma da moeda em
O conceito econômico de moeda é representado apenas pela moeda que está com o
setor privado não bancário, ou seja, excluem-se os próprios bancos comerciais, e a moeda
que está com as autoridades monetárias.
Esse dinheiro que pertence aos bancos é denominado de encaixe monetário, que o
mesmo tem que manter junto ao Banco Central. Representa a porcentagem dos depósitos
de um banco que não pode ser emprestada ou empregada em qualquer negócio, devendo
ficar como garantia ou lastro do mesmo.
Demanda de Moeda
A taxa de juros tem um papel estratégico nas decisões dos mais variados agentes
econômicos. Para as empresas, as decisões quanto à compra de máquinas, equipamentos,
aumentos ou diminuição de estoques, de matérias-primas ou de bens finais serão
determinadas não só pelo nível atual, mas também pelas expectativas quanto aos níveis
futuros das taxas de juros. Se as expectativas quanto à trajetória das taxas de juros se
tornarem pessimistas, os empresários deverão manter níveis baixos de estoques e mesmo
de capital de giro no presente, uma vez que o custo de manutenção desses ativos poderá
ser extremamente caro no futuro.
Muito se indaga sobre as diferenças das taxas de juros praticadas no mercado. Entre
a taxa de juros que é determinada pelo Conselho Monetário Nacional e as taxas de juros
cobradas pelos bancos comerciais. A essa diferença entre taxas de juros, no sistema
bancário, dar-se o nome de spread.
Subsistema Normativo – são aqueles que ditam a normas que tem que serem seguidas
pelas outras instituições. São eles: Conselho Monetário Nacional - CMN, Banco Central do
Brasil - Bacen e Comissão de Valores Mobiliários – CVM. O Banco Central do Brasil é o
órgão executor da política monetária, exercendo a regulamentação e a fiscalização de todas
as atividades de intermediação financeira no País. Já o Conselho Monetário Nacional
representa o órgão normativo. É quem determina as normas a serem cumpridas pelo Banco
Central. É o órgão máximo do Sistema Financeiro Nacional brasileiro. Já a Comissão de
Valores Mobiliários possui a função de fiscalizar as atividades das bolsas de valores e de
mercados futuros.
Variam com a intensidade e com a velocidade do processo de alta dos preços. Baixa
variação de preços dita discreta, produzem efeitos econômicos assimiláveis, em alguns
casos até despercebidos pelos consumidores. Esse quadro de relativo conforto começa a
alterar-se à medida que o processo de alta de preços se torna mais intenso, atingindo os
fatores de produção, os produtos, as categorias de renda e os estratos socioeconômicos.
A inflação corrói o poder de compra do salário nominal recebido pelo trabalhador, pela
população.
Não há uma única teoria que seja capaz de explicar todos os tipos de inflação. Eles
são muitos e, geralmente são diferenciados por qualificativos que remetem às causas, às
magnitudes dos processos de alta e suas características visíveis. Os principais troncos
teóricos que procuram explicar a inflação podem ser agrupados em: A inflação de demanda;
A inflação de custos e Inflação Inercial.
Neste caso uma das principais explicações teóricas da inflação sustenta que as altas
generalizadas de preços resultam de uma procura ou demanda agregada excessiva em
relação à capacidade de oferta da economia. Ou seja, refere-se ao excesso de demanda
agregada em relação à produção disponível de bens e serviços.
Neste caso a procura exacerbada empurra os preços para cima, dando origem a uma
espiral de alta, tanto mais intensa quanto menor for a capacidade ociosa da economia.
Nesta situação, aumentos da demanda agregada de bens e serviços, com economia já a
plena capacidade, conduzem a elevações de preços.
Podem se originar da expansão dos tributos indiretos cobrados pelo governo, que
pode desencadear um processo de alta que se auto-alimentará em espiral; a expansão dos
custos do fator trabalho também pode dar origem a altas generalizadas; por fim, a
ampliação das margens de lucro, ainda que setorialmente localizadas, podem propagar-se
ao longo da cadeia de produção, empurrando os preços para cima. Em outras palavras, o
aumento de salários e dos preços das matérias-primas representam um causador da
inflação de custos.
Fazendo uma simples leitura das séries históricas da inflação no Brasil, pode-se
observar que nos últimos 50 anos tivemos pelo menos sete períodos distintos, definidos
pela magnitude das taxas de variação da oferta monetária e dos preços, pelas causas
prováveis do processo de alta e pela tipologia dos programas de estabilização. Os períodos
são:
Já durante o período 1959-63 aliados às pressões por crédito pelo setor privado,
somaram-se as pressões fiscais devido aos constantes déficits de caixa do governo,
fazendo com que se expandisse à oferta monetária. A este fator de impulsão dos preços
somaram-se também as pressões reivindicatórias da classe trabalhadora, fazendo com que
impulsionasse ainda mais o processo inflacionário.
E por fim 1994, que foi o ano onde primeiramente ocorreu a desidexação da economia
com a criação da URV – Unidade de Referência de Valor, para depois criar um novo padrão
monetário, o Real. Neste período a inflação foi controlada, onde impunhou-se uma nova
disciplina emissora e a manutenção de uma rigorosa linha estratégica, dirigida para quebrar
as resistências sociais à estabilidade. A estabilização passaria a ser vista como um valor
fundamental. Sistema que prevalece até os dias atuais.
A inflação pode ser medida por números-índices, que são fórmulas matemáticas, onde
abrangem as variações dos preços dos diversos produtos que compõem a cesta de
consumo da população.
A Teoria das Vantagens Comparativas foi formulada por David Ricardo em 1817. A
teoria desenvolvida por Ricardo fornece uma explicação para os movimentos de mercadorias
no comércio internacional, a partir da oferta ou dos custos de produção existentes nesses
países. Logo, os países exportarão e se especializarão na produção dos bens cujo custo
for comparativamente menor em relação àqueles existentes, para os mesmos bens, nos
demais países exportadores.
Ataxa de câmbio está intimamente relacionada com os preços dos produtos exportados
e importados e, conseqüentemente, com o resultado da balança comercial do país. Se a
taxa de câmbio se encontrar em patamares elevados, estimulará as exportações, pois os
exportadores passarão a receber mais reais pela mesma quantidade de divisas, derivadas
da exportação, em conseqüência haverá maior oferta de divisas.
Uma taxa de câmbio sobrevalorizada surte efeito contrário tanto nas exportações
como nas importações. Há um desestímulo às exportações e um estímulo às importações.
A moeda brasileira (O Real) pode ser comparada com várias outras moedas, por isso
temos várias taxas de câmbio. Por exemplo, temos uma taxa de câmbio entre Real e Dólar
Americano; entre Real e Libra inglesa; entre Real e Peso Argentino, etc.
Existem alguns bens que o mercado não consegue fornecer (bens públicos), logo, a
presença do Estado é necessária (função alocativa). O sistema de preço, via de regra, não
leva a uma justa distribuição de renda, daí a intervenção do Estado (função distributiva).
Finalmente, o sistema de preços não consegue se auto-regular, por isso, o Estado deve
atuar visando estabilizar tanto a produção quanto o crescimento dos preços (função
estabilização).
Para que o Estado possa cumprir suas funções para com a sociedade, ele necessita
obter recursos por meio da arrecadação tributária, que compõe sua receita fiscal. Para que
possa ocorrer o poder público deve seguir uma série de princípios:
Os tributos podem ser: Imposto direto, aquele que incide sobre a renda e a riqueza
(patrimônio), ou seja, é cobrado na fonte. Exemplos: Imposto de renda, IPVA, IPTU, ITR,
etc.
Uma outra classificação dos impostos que se pode citar está relacionada à:
Também temos o Déficit Público Primário ou Fiscal – é medido pelo déficit total,
excluindo a correção monetária e cambial e os juros reais da dívida contraída anteriormente
pelo governo.
E por último o Déficit Operacional – é medido pelo déficit primário, acrescido dos juros
reais da dívida passada. É considerado a medida mais adequada para refletir as
necessidades reais de financiamento do setor público.
Quando o governo se defronta com uma situação de déficit, além das medidas
tradicionais de política fiscal, surge o problema de como deverá o mesmo ser financiado
pelo Governo. Este poderá financia-lo através de recursos extrafiscais, através da emissão
de moeda ou da venda de títulos da dívida pública ao setor privado.
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
Além destes podemos ter outros índices para avaliar o desenvolvimento econômico
de um país. Como índices que avaliem não só o analfabetismo, mas o sistema educacional,
a saúde pública, os níveis de poluição, de preservação do meio ambiente, de habitação, de
pobreza, os níveis de emprego, etc.
Para que haja desenvolvimento econômico uma condição essencial é que sejam
aplicadas novas tecnologias para que se produz mais e possam produzir transformações
sociais que acarretem numa melhor distribuição de renda.
São as seguintes:
Os principais instrumentos para atingir tais objetivos são as políticas fiscal, monetária,
cambial e comercial e de rendas.
emissões de moeda
reservas compulsórias (percentual sobre os depósitos que os bancos comerciais
devem colocar à disposição do Banco Central)
Open Market (compra e venda de títulos públicos)
Redescontos (empréstimos do Banco Central aos bancos comerciais)
Regulamentação sobre crédito e taxas de juros.
Políticas Cambial e Comercial – São políticas que atuam sobre as variáveis relacionadas
ao setor externo da economia. A política cambial refere-se à atuação do governo sobre a
taxa de câmbio. O governo, através do Banco Central, pode interferir no câmbio comprando
ou vendendo dólares. A política comercial diz respeito aos instrumentos de incentivos às
exportações e/ou estímulos e desestímulos às importações.
ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à economia. 17. ed. São Paulo: Atlas, 1997.
SILVA, César Roberto Leite da; LUIZ, Sinclayr. Economia e mercados. 10. ed. São
Paulo: Saraiva,1992.