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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO


GRANDE DO SUL – UNIJUI

ARI EDMUNDO ROEHRS

COMPARATIVO ENTRE SINAPI E PREÇOS LOCAIS NA


ORÇAMENTAÇÃO DE UMA OBRA PÚBLICA

Santa Rosa
2015

Ari Edmundo Roehrs (ariroehrs@bol.com.br). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa DCEEng/UNIJUÍ, 2015
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ARI EDMUNDO ROEHRS

COMPARATIVO ENTRE SINAPI E PREÇOS LOCAIS NA


ORÇAMENTAÇÃO DE UMA OBRA PÚBLICA

Trabalho de Conclusão de Curso de Engenharia


Civil apresentado como requisito parcial para
obtenção do título de Engenheiro Civil.

Orientador: Profº Doutor Giuliano Crauss Daronco

Santa Rosa
2015

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ARI EDMUNDO ROEHRS

COMPARATIVO ENTRE SINAPI E PREÇOS LOCAIS NA


ORÇAMENTAÇÃO DE UMA OBRA PÚBLICA

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para a obtenção do título de
ENGENHEIRO CIVIL e aprovado em sua forma final pelo professor orientador da disciplina
e pelo membro da banca examinadora.

Santa Rosa, 23 de novembro de 2015.

Prof. Giuliano Crauss Daronco (UNIJUÍ)

Doutor pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Orientador

Prof. Eder Claro Pedrozo

Coordenador do Curso de Engenharia Civil/UNIJUÍ

BANCA EXAMINADORA

Prof. Giuliano Crauss Daronco (UNIJUI)

Doutor pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Prof. Tarcísio Dorn de Oliveira (UNIJUÍ)

Mestre pela Universidade Federal de Santa Maria


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Comparativo entre SINAPI e Preços Locais na Orçamentação de uma Obra Pública
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Dedico este trabalho aos meus familiares, por estarem


sempre ao meu lado, qualquer que seja a circunstância.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente gostaria de, com saudades, agradecer aos meus pais pelo apoio
proporcionado ao longo de minha vida e pelos ensinamentos que me transmitiram, passando-
me confiança e fazendo com que acreditasse de ser capaz de realizar meus sonhos.

A minha esposa e ao meu filho que entenderam a minha falta, enquanto em aula ou
estudando, que a exemplo de meus pais desempenharam um papel muito importante na minha
formação.

Minha gratidão aos amigos e colegas de faculdade. Obrigado pelos momentos de


descontração e troca de experiências.

Agradeço também aos meus colegas de trabalho e a Administração Municipal de Nova


Candelária pelo incentivo durante o transcurso do período em que me dediquei aos estudos da
Engenharia Civil.

A Deus, minha gratidão, por ter me dado saúde e as oportunidades ao longo de toda
minha existência.

Por derradeiro, agradecer a todos os professores com quem tive o privilégio de


aprender e conviver ao longo de minha caminhada estudantil. Em especial, neste momento, ao
corpo docente do Curso de Engenharia Civil da UNIJUI, com deferência a orientadora do
Projeto Profª Marcelle Engler Bridi e ao orientador do Trabalho de Conclusão do Curso
(TCC) Profº Giuliano Crauss Daronco, pela atenção e generosidade proporcionadas.

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“Há homens que lutam um dia e são bons. Há outros que


lutam um ano e são muito bons. Porém, há os que lutam
toda a vida. Estes são os imprescindíveis”.

Berthold Brecht

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RESUMO

ROEHRS, A. E. Comparativo entre SINAPI e preços locais na orçamentação de uma


obra pública. 2015. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Engenharia Civil,
Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, Santa Rosa,
2015.

A construção civil, pelos altos investimentos realizados pelo Governo Federal, tanto para
atendimento aos programas habitacionais como para construção de bens públicos, nos últimos
anos, apresenta um aquecimento substancial ao setor, e no caso de obras públicas a demanda
principal está na orçamentação, apresentando-se como uma das fases mais importantes do
processo construtivo. Nesse contexto, o trabalho visa comparar preços previamente
estabelecidos num orçamento, através de um índice considerado oficial e preços locais
praticados, tendo como base um estudo de caso, que foi realizado na forma de uma pesquisa
exploratória. Analiticamente foram comparados os valores dos 30 insumos mais
representativos financeiramente na construção de um Centro de Referência de Assistência
Social (CRAS), com os índices do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e índices da
Construção Civil (SINAPI), utilizados na orçamentação pela equipe de engenharia
responsável pela obra. Os insumos foram pesquisados junto a três empresas fornecedoras do
município de Nova Candelária/RS, local da obra. O objetivo principal do trabalho foi de, ao
final, verificar-se, se a utilização do SINAPI como parâmetro, constituiu-se vantajoso ou não
na elaboração do orçamento da obra.

Palavras-chave: Orçamento. Licitação. Custo.

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Comparativo entre SINAPI e Preços Locais na Orçamentação de uma Obra Pública
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ABSTRACT

ROEHRS, A.E. Comparison SINAPI and local prices in the budgeting of a public work.
2015. Term Paper. Civil Engineering course, Regional University of Rio Grande do Sul state
Northwest - UNIJUÍ, Santa Rosa, 2015.

The construction, by high investments by the federal government, both to serve the housing
programs as the construction of public goods, in recent years, presents a substantial warming
the sector, and in the case of public works the main demand is in the budget, with itself as one
of the most important phases of the construction process. In this context, the study aims to
compare prices previously set a budget, with an index considered official and local prices
charged, based on a case study, which was conducted in the form of an exploratory research.
Analytically they compared the values of the 30 most representative inputs financially in
building a Social Assistance Reference Center (CRAS) with the contents of the National
System of Costs Survey and Indexes of Construction (SINAPI) used in budgeting for team
responsible for engineering work. The inputs were surveyed along three suppliers in the city
of New Candelaria / RS, the job site. The main objective of this work was, in the end, be seen,
the use of SINAPI as a parameter, constituted advantageous or not work in preparing the
budget.

Keywords: Budget. Bidding. Cost.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Vista Ilustrativa do CRAS......................................................................................... 15


Figura 2: Curva ABC generica ................................................................................................. 22
Figura 3: Histórico do Desenvolvimento do SINAPI ............................................................... 24
Figura 4: Delineamento de pesquisa ......................................................................................... 27
Figura 5: Percentual dos insumos considerados ....................................................................... 29
Figura 6: Comparativo entre a licitação e o orçado .................................................................. 30
Figura 7: Comparativo entre o orçamento pelo SINAPI e pela Média..................................... 31

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Planilha orçamentária máxima aceita e orçamento adjudicado ................................ 30


Tabela 2: Comparativo entre o SINAPI e a Média considerando-se os itens unitários............ 32
Tabela 3: Comparativo entre o SINAPI e a Média considerando-se os itens pelos totais……32

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LISTA DE SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

BDI Benefícios e Despesas Indiretas

BNH Banco Nacional de Habitação

CAIXA Caixa Econômica Federal

CRAS Centro de Referência de Assistência Social

CUB Custo Unitário Básico

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

LDO Lei de Diretrizes Orçamentárias

NBR Norma Brasileira

PMF Pré Misturado a Frio

PO Planilha Orçamentária

PV Planilha Vencedora

SINAPI Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil

SINDUSCON Sindicato das Indústrias da Construção Civil

TCC Trabalho de Conclusão de Curso

TCU Tribunal de Contas da União

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................... 13
1.1 CONTEXTO .......................................................................................................... 14
1.2 PROBLEMA.......................................................................................................... 14
1.2.1 Questões de Pesquisa ........................................................................................... 15
1.2.1.1 Questão Principal..................................................................................................15
1.2.1.2 Questão Secundária………………………………………………………………...……15
1.2.2 Objetivos de Pesquisa .......................................................................................... 15
1.2.2.1 Objetivo Geral........................................................................................................16
1.2.2.2 Objetivos Específicos.……………………….……………………………...……...……16
1.2.3 Delimitação ........................................................................................................... 16
2 REVISÃO DA LITERATURA ........................................................................... 17
2.1 OBRAS PÚBLICAS.............................................................................................. 17
2.2 ORÇAMENTO ...................................................................................................... 18
2.3 CUSTOS ................................................................................................................ 19
2.3.1 Custos Diretos ...................................................................................................... 19
2.3.2 Custos Indiretos ................................................................................................... 20
2.3.3 BDI ........................................................................................................................ 20
2.4 AMOSTRAGEM ................................................................................................... 20
2.5 CURVA ABC ........................................................................................................ 21
2.6 LICITAÇÃO .......................................................................................................... 23
2.7 CUB ....................................................................................................................... 23
2.8 SINAPI................................................................................................................... 24
3 MÉTODO DE PESQUISA.................................................................................. 26
3.1 ESTRATÉGIA DE PESQUISA ............................................................................ 26
3.2 DELINEAMENTO ................................................................................................ 26
3.3 CARACTERIZAÇÃO ........................................................................................... 28
4 RESULTADOS E ANÁLISE DOS DADOS...................................................... 29
4.1 INSUMOS AVALIADOS ..................................................................................... 29
4.2 ORÇAMENTO DA OBRA ................................................................................... 30
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4.2.1 Média dos Valores Pesquisados nas Empresas Fornecedoras A, B e C.......... 31


4.2.2 Orçamento pelo SINAPI e pela Média dos Valores .......................................... 31
4.3 COMPARATIVO ENTRE A MÉDIA DOS VALORES DAS EMPRESAS A, B,
C E O SINAPI, CONSIDERADOS OS ITENS UNITÁRIOS E TOTAIS ............................. 32
5 CONCLUSÃO ...................................................................................................... 33
REFERÊNCIAS...................................................................................................................... 34
ANEXO A – LISTA DE INSUMOS CONSIDERADOS COM O RESPECTIVO
CÓDIGO SINAPI………….………………………………………………………………..37
ANEXO B – MÉDIA DOS VALORES PESQUISADOS NAS EMPRESAS A, B E
C................................................................................................................................................38
ANEXO C – ORÇAMENTO REFERENCIAL PARA LICITAÇÃO DOS 30 INSUMOS
CONSIDERADOS..................................................................................................................39
ANEXO D – ORÇAMENTO PELA MÉDIA DOS VALORES PESQUISADOS NAS
EMPRESAS A, B E C.............................................................................................................40
ANEXO E – COMPARATIVO ENTRE A MÉDIA E O SINAPI(VALORES
UNITÁRIOS)...........................................................................................................................41
ANEXO F – COMPARATIVO ENTRE A MÉDIA E O SINAPI(VALORES
QUANTITATIVOS TOTAIS)...............................................................................................42

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Comparativo entre SINAPI e Preços Locais na Orçamentação de uma Obra Pública
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1 INTRODUÇÃO

A construção civil vem passando por alterações decorrentes da globalização


econômica, do surgimento de tecnologias alternativas inovadoras, da competitividade
intensificada e pela busca exigente dos clientes pela modernidade, com a redução dos recursos
financeiros disponíveis para a execução de empreendimentos levando a que haja uma
definição dos custos antes do início da obra, em sua fase de orçamentação (MATTOS, 2010).

Ainda segundo Mattos (2006), uma obra é uma atividade econômica, seja onde estiver
localizado o cliente, os prazos de execução, os recursos disponíveis e o tipo de projeto, e em
assim sendo, o seu custo reveste-se de vital importância.

Atingir os objetivos e metas traçadas antes de um projeto venha a ser desenvolvido só


é possível de acordo com Goldman (1997), com a participação eficaz e eficiente dos
profissionais engenheiros, dedicando-se com afinco nas tarefas para atender o cliente que está
em busca de custo reduzido, aliado à qualidade.

Neste contexto, faz-se importante a orçamentação de uma obra. Mais ainda, quando
tratar-se de uma obra pública, que além de um projeto básico, aprovado pela autoridade
competente, e disponibilizada para exame dos interessados, deve vir acompanhada de um
orçamento detalhado em planilhas que expressem a composição de seus custos unitários,
conforme preceitua a Lei Federal nº 8.666/93 (BRASIL, 1993).

Diversas tabelas são criadas, por órgãos públicos ou privados e utilizadas pelos
orçamentistas, e que lhes asseguram respaldo jurídico. Uma destas é a tabela SINAPI, cuja é
reconhecida como oficial para obras públicas, especialmente quando financiadas pela União
Federal. Este reconhecimento ocorreu quando da edição da Lei de Diretrizes Orçamentárias
(LDO) da União (BRASIL, 2003), que atribuiu a sua gestão a Caixa Econômica Federal
(CAIXA), tendo como parceiro o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fato
posteriormente ratificado pelo Decreto Presidencial nº 7983 (BRASIL, 2013).

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O presente estudo verifica a orçamentação de uma obra pública, comparando valores


de uma amostra de 30 insumos, com considerável representatividade econômica, utilizados na
construção do CRAS no município de Nova Candelária/RS. A comparação ocorre entre a
média aritmética dos valores dos insumos buscados através de uma entrevista em três
empresas fornecedoras da cidade com o SINAPI que foi a tabela considerada como parâmetro
na elaboração do orçamento da obra.

1.1 CONTEXTO

O sucesso de um empreendimento está no estudo de sua viabilidade econômica e


financeira a ser realizado antes de seu início, inserindo-se neste contexto um orçamento feito
de forma eficiente e o mais próximo possível da realidade fazendo com que sejam alcançados
os resultados buscados (TIEFENSEE, 2012).

O assunto escolhido para a elaboração deste trabalho está alicerçado no interesse


pessoal na busca de um referencial para a elaboração de um bom orçamento, através de um
aprofundamento teórico-prático sobre o tema.

1.2 PROBLEMA

Segundo Limmer (1997), há uma fuga no pensar futuramente pela comodidade que
traz a direção de rotina, vezes por medo de expor ideias, vezes por falta delas, afirmando
ainda que atualmente os orçamentos na construção civil são criados de modo informal, sem
uma garantia pré-estabelecida de sua veracidade e exatidão.

Pouco ou quase nada foi escrito no âmbito da comparação proposta neste estudo, de
sorte que, buscou-se obter o conhecimento necessário para que houvesse o discernimento
entre o que é melhor na hora da elaboração do orçamento de uma obra pública.

Saliente-se que o principal objetivo foi o de verificar se a utilização do SINAPI como


parâmetro, foi vantajoso ou não na elaboração do orçamento da obra de construção do CRAS
(Figura 1), em comparação aos preços locais, seguido na observação das limitações de um
orçamento, com suas convergências e divergências.
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Figura 1: Vista Ilustrativa do CRAS

Fonte: Setor de Engenharia

1.2.1 Questões de Pesquisa

Este trabalho visa responder os seguintes questionamentos:

1.2.1.1 Questão Principal

 Reflete o SINAPI, utilizado para a elaboração do orçamento de uma obra


pública, em Nova Candelária/RS, a realidade se comparado aos preços locais praticados?

1.2.1.2 Questão Secundária

 Os índices oficiais utilizados na orçamentação de obras são apropriados


independentemente do local da obra?

1.2.2 Objetivos de Pesquisa

Os objetivos deste trabalho são os seguintes:

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1.2.2.1 Objetivo Geral

 Verificar se a utilização do SINAPI como parâmetro, foi vantajoso ou não na


elaboração do orçamento de uma obra pública em Nova Candelária/RS, em comparação aos
preços praticados por fornecedores locais.

1.2.2.2 Objetivos Específicos

 Compreender a relação entre os valores de insumos fornecidos por índices


oficiais elaborados por órgãos públicos ou privados e os valores reais praticados pelo mercado
local;
 Comparar os custos de 30 insumos entre o SINAPI e a média dos preços destes
insumos, tendo por base 03 empresas fornecedoras de Nova Candelária;
 Discutir os valores obtidos para cada um dos orçamentos elaborados.

1.2.3 Delimitação

O foco deste estudo foi uma obra pública construída em Nova Candelária/RS, orçada
com a utilização do índice SINAPI, cujo orçamento é comparado com a média dos valores de
uma amostra de 30 insumos utilizados na obra, que foram obtidos junto a 03 empresas
fornecedoras de materiais de construção da cidade.

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2 REVISÃO DA LITERATURA

Neste capítulo conceitua-se tópicos úteis e necessários quando se trata de realizar um


orçamento, apresentando como referência uma obra pública, realçando o que já foi escrito e
os aspectos abordados.

2.1 OBRAS PÚBLICAS

Segundo a Lei nº 8.666/93 (BRASIL, 1993), que rege as licitações e as contratações


públicas, obra é toda construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação de um bem
público imóvel, realizada no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios, bem como nos órgãos da Administração Direta e Indireta, podendo assim
estender-se este conceito para obra pública.

As obras públicas rege ainda a mesma lei em seu art.10, podem ser executadas de
forma direta ou indireta, enquanto o art. 6º traz uma definição para estes regimes executórios,
estabelecendo como direta aquela obra feita pelos órgãos e entidades da administração pelos
próprios meios e como indireta a que o órgão ou entidade contrata, com terceiros, sob os
regimes de empreitada por preço global, empreitada por preço unitário, tarefa ou por
empreitada integral (BRASIL, 1993).

As definições acima descritas recebem o respaldo do Tribunal de Contas da União


(TCU), referindo-se a uma obra pública como sendo toda construção, reforma, fabricação,
recuperação ou ampliação de bem público, podendo ser executado de forma direta e indireta
(TCU, 2013). Direta quando é feita pelo próprio órgão da administração, por seus próprios
meios e, indireta quando a obra é contratada com terceiros por meio de licitação (TCU, 2013).

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2.2 ORÇAMENTO

A Lei Federal nº 5194/66 (BRASIL, 1966), que regula o exercício dos profissionais de
engenharia, estabelece em seu art. 14 a obrigatoriedade dentre outros destes serem os
responsáveis pelos orçamentos de obras, por si projetadas.

Para Mattos (2006), é fundamental que para ocorrer um bom negócio na área da
construção se tenha um bom orçamento. Para tanto, entende ser imprescindível que o
responsável pela sua elaboração tenha conhecimento pleno do realizado, com o máximo de
detalhamento possível, levando a fácil compressão dos projetos e suas especificidades,
permitindo formas alternativas na solução de problemas que surgirem durante a execução da
obra, trazendo com isso ganhos financeiros (MATTOS, 2006).

De acordo com Lunkes (2009), o processo orçamentário envolve a elaboração de


planos detalhados e objetivos de lucro, previsão das despesas dentro da estrutura dos planos e
políticas existentes e fixação de padrões definidos de atuação para indivíduos com
responsabilidades de supervisão.

Lunkes (2009) define orçamento como a etapa do processo de planejamento


estratégico em que se estima e determina a melhor relação entre resultados e despesas para
atender às necessidades, características e objetivos da empresa no período.

Já Parsloe e Wright (2001), apresentam que o orçamento é um plano financeiro que


apresenta da forma mais precisa possível o decorrer de negociações dentro de um período
mínimo de um ano, sendo objeto do plano estratégico, tendo a finalidade de colocar em
prática as decisões a serem tomadas, focando e identificando os pontos de maior importância.

Em acórdão, o TCU (2013) firma jurisprudência de que erros ou omissões relevantes


em um orçamento levam a ocorrência de termos aditivos aos contratos firmados. No entanto,
controverso considera, pela dicotomia apresentada na questão do enriquecimento sem causa,
que pode ocorrer a favor ou contra a quem contratou, podendo ser como superfaturamento ou
subestimado, seja por imprecisão nos itens que compõe o contrato, ou seja, de ordem
financeira (TCU, 2013).
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2.3 CUSTOS

Para Martins (2003), o custo é um gasto, só que reconhecido como tal, isto é, como
custo, no momento da utilização dos fatores de produção (bens e serviços), para a fabricação
de um produto ou execução de um serviço. Exemplos: a matéria-prima foi um gasto em sua
aquisição que imediatamente se tornou investimento, e assim ficou durante o tempo de sua
estocagem; no momento de sua utilização na fabricação de um bem, surge o custo da matéria-
prima como parte integrante do bem elaborado. Este, por sua vez, é de novo um investimento,
já que fica ativado até sua venda (MARTINS, 2003).

Já Souza e Clemente (2007), numa visão um pouco diferenciada, afirmam que,


tradicionalmente, os custos têm sido conceituados como o valor de todos os bens e serviços
consumidos na produção de outros bens e serviços, limitando-se este conceito ao processo
fabril, não incluindo os valores que se situam antes ou depois do processo de fabricação.

2.3.1 Custos Diretos

Para Silva (2011), os custos diretos são aqueles que podem ser identificados e
diretamente apropriados a cada tipo de obra a ser custeada, no momento de sua ocorrência, ou
seja, está ligado diretamente a cada tipo de bem ou função de custo, podendo ser atribuído
direto a um produto, linha de produto, centro de custo ou departamento e diretamente
incluídos no cálculo dos produtos.

Zanluca (2015), afirma que os custos diretos tem a propriedade de ser perfeitamente
mensuráveis de maneira objetiva e qualificados aos portadores finais (produtos),
individualmente considerados. Estes custos constituem todos aqueles elementos de custo
individualizáveis com respeito ao produto ou serviço, isto é, se identificam imediatamente
com a produção dos mesmos, mantendo uma correspondência proporcional onde um mero ato
de medição é necessário para determinar estes custos (ZANLUCA, 2015).

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2.3.2 Custos Indiretos

Os custos indiretos para Zanluca (2015) são os custos que não se podem apropriar
diretamente a cada tipo de bem ou função de custo no momento de sua ocorrência sendo
apropriados aos portadores finais mediante o emprego de critérios pré-determinados e
vinculados a causas correlatas, como por exemplo, mão-de-obra indireta, rateada por
horas/homem da mão de obra direta, gastos com energia, com base em horas/máquinas
utilizadas.

Silva (2011) afirma que custo indireto pode ser entendido como aquele custo que não
pode ser atribuído, ou identificado, diretamente a um produto, linha de produto, centro de
custo ou departamento, necessitando de taxas/critérios de rateio ou parâmetros para atribuição
ao objeto custeado.

2.3.3 BDI

Leão (2004) define o Benefício e Despesas Indiretas (BDI), conceituando como


Benefício, o lucro que a empresa espera obter com a execução do serviço, enquanto que
Despesas Indiretas é o que deve ser agregado ao preço do serviço para cobrir os custos
administrativos da empresa e os impostos ou tributos que irão incidir sobre o valor do serviço
prestado.

Para encontrar o valor exato do BDI, Leão (2004) utiliza-se do somatório dos custos
indiretos, lucro e custos tributários e a partir de então, para formar o preço final de venda,
soma o valor do BDI encontrado, com os custos diretos, obtendo o valor final da obra.

2.4 AMOSTRAGEM

Lakatos e Marconi (2003, p. 223) ensinam: “amostra é ser uma porção ou parcela,
convenientemente selecionada do universo (população); é um subconjunto do universo”.

Bisquerra, Sarriera e Martinez (2007) tratam amostra como um subconjunto da


população, utilizando-se certos métodos de amostragem, com os quais se coletam as
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informações para o estudo do fenômeno, afirmando ainda que a amostra sobre as quais serão
coletados os dados deve ter representatividade do todo, tal que se obtenha respostas
conclusivas.

De acordo com Stevenson (1981), a amostragem é um campo da estatística bastante


sofisticada, que estuda técnicas de planejamento de pesquisa para possibilitar inferências
sobre um universo, a partir do estudo de uma pequena parte de seus componentes, ou seja,
uma amostra, sem precisar examinar cada um de seus componentes.

Segundo Cereali (2013), a amostragem pode ser classificada em estatística, onde o


pesquisador escolhe cientificamente a amostra seguindo os rigores das regras estatísticas, ou
não estatística como sendo aquela em que o pesquisador utiliza sua experiência, critério e
conhecimento da entidade estudada.

Para a determinação da estratificação ou a seleção da amostra o mais apropriado é


levar em conta seus valores, assumindo ou não o risco de distorções e neste caso, quanto
maior for o tamanho da amostra, menor é o risco da distorção ocorrer, podendo esta seleção
ser principalmente, nas formas aleatória, acontecendo totalmente ao acaso, sistemática, em
que usa-se um critério, como por exemplo, um intervalo entre os elementos passíveis de
escolha e ainda ao acaso, tendo-se o cuidado de evitar tendenciosidade, procurando-se
assegurar que os itens pesquisados tenham a mesma chance de seleção (CEREALI, 2013).

2.5 CURVA ABC

A curva ABC desempenha um papel de suma importância na administração de uma


obra, especialmente quando se fizer necessário uma tomada de decisões, haja vista, que
possibilita a tomada de conhecimento dos insumos mais representativos na obra, mostrando
ao administrador onde uma ação, buscando a economia, pode ser aplicada, sendo traçada de
forma a mostrar o percentual acumulado de cada insumo no valor acumulado total
(MATTOS, 2006).

Conforme Monteiro (2011), uma curva ABC (Figura 2), pode ser dividida em 3 faixas,
denominadas A, B e C. Neste contexto Monteiro (2011) estabelece que na faixa A encontram-
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se 20% dos insumos de uma obra, na B temos 30% e na C a representação é de 80% dos
insumos e 50% do total de custos, apesar de representar apenas 20% do custo da obra.

De acordo com Martins (2005), os itens da classe A são mais significativos em termos
de valor e de consumo, seguidos das classes B e C, permitindo identificar os materiais de
acordo com a proporção que eles representam no consumo e relacionar com o seu valor de
aquisição. Segue Martins (2005) afirmando que a classificação dos materiais em grau de
importância é necessária para avaliar os percentuais de itens que determinam a movimentação
do estoque, onde a classificação dos itens é feita na ordem decrescente de importância.

Figura 2: Curva ABC generica

Fonte: Monteiro (2011).

Segundo Oliveira, Cunha e Vignoli (2003), o ponto principal a visualizar no sistema


de análise ABC, é que em verdade os itens que representam o mais alto consumo são os itens
que fazem parte do menor percentual de valor do estoque e o contrário disso, ou seja, os itens
que fazem parte do maior percentual de valor do estoque são justamente os que representam a
menor parte desse estoque.

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2.6 LICITAÇÃO

A Lei nº 8.666/93 (BRASIL, 1993) define as normas para licitações e contratos da


Administração Pública.

De acordo com o portal conlicitação (2015), a licitação é composta de normas


administrativas que passam por procedimentos formais, visando a realização de compras ou
contratar serviços, em todas as esferas de governo, pelo melhor preço, promovendo a
competição entre os fornecedores interessados.

[....] Licitação é o procedimento administrativo formal em que a Administração


Pública convoca, mediante condições estabelecidas em ato próprio (edital ou
convite), empresas interessadas na apresentação de propostas para o oferecimento de
bens e serviços. (TCU, 2003, p. 14).

Já Meirelles, Azevedo e Prendes (1999), definem Licitação como sendo um


procedimento administrativo em que a Administração Pública busca uma proposta que
apresente maior vantagem financeira, objetivando proporcionar oportunidades idênticas a
todos àqueles que desejarem realizar uma contratação com um órgão público, tendo uma
atuação como elemento de moralidade e eficiência, sendo realizada através de atos que
vinculem a administração e os licitantes, sem o que o procedimento licitatório e o contrato
decorrente tornam-se nulos.

2.7 CUB

A NBR 12.721 (ABNT, 2006) define o Custo Unitário Básico (CUB), como parte do
custo por metro quadrado na construção de um projeto considerado, calculado mensalmente
pelos Sindicatos da Indústria da Construção Civil (SINDUSCON), servindo exclusivamente
para comparação na fase primeira da obra, expressando com realismo o custo desta obra e
ainda como parâmetro para verificar se o empreendimento é viável e o orçamento apresenta
veracidade.

Segundo Mutti (2011), através do CUB pode-se obter uma estimativa de preço e de
avaliação de uma obra.

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Para Goldman (1997), o produto do valor do CUB pela área da construção com padrão
semelhante ao em questão, estabelece uma estimativa global de custo da obra, não se
considerando os itens que não se encontram no elenco de seu cálculo, como por exemplo,
elevadores, fundações especiais, impostos, taxas e obras complementares.

2.8 SINAPI

De acordo com a Caixa (2015), o SINAPI foi criado em 1969, pelo Banco Nacional de
Habitação (BNH), com delegação ao IBGE para a produção e divulgação de preços de
insumos como mão de obra e materiais de construção, ocorrendo ao longo do tempo uma
ampliação destas tarefas de forma a que houvesse a divulgação de índices para o setor, até que
com a extinção do BNH, nos anos 80, os trabalhos que cabiam a si passaram para a Caixa.

A LDO da União incluiu o SINAPI como balizador para os órgãos públicos no


orçamento de obras, especialmente, quando houver repasse de recursos federais por entes
intervenientes, sendo aceito e usado também em orçamentos de obras públicas que não são
objeto de repasses, determinação que foi mantida até a LDO de 2013 (BRASIL, 2003).

Com a edição do Decreto Presidencial nº 7.983 (BRASIL, 2013), o SINAPI passou a


ser por ele regido, de sorte a dar-se caráter permanente, reduzindo a sua dependência às
definições da LDO, que variavam conforme suas versões anuais. No entanto, foram mantidas
todas as atribuições e regras anteriormente atribuídas ao SINAPI.

Figura 3: Histórico do Desenvolvimento do SINAPI

Fonte: Manual de metodologias e conceitos da Caixa

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Comparativo entre SINAPI e Preços Locais na Orçamentação de uma Obra Pública
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A figura 3 mostra a evolução histórica pela qual passou o SINAPI desde sua criação.

O SINAPI apresenta-se na forma de insumos, compostos pelos elementos básicos da


construção civil, como os materiais, os equipamentos e a mão de obra, ou na forma de
composições unitárias de serviços que relaciona a descrição, codificação e quantificação de
cada insumo e/ou de composições auxiliares empregadas para a execução de uma unidade de
serviço (CAIXA, 2015).

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3 MÉTODO DE PESQUISA

A seguir serão abordadas as estratégias de desenvolvimento da pesquisa realizada, seu


delineamento e por fim a caracterização da empresa proprietária da obra pública, fornecedora
dos subsídios para embasamento do trabalho.

3.1 ESTRATÉGIA DE PESQUISA

O presente trabalho apresenta-se na forma de uma pesquisa exploratória, através de


um estudo de caso e entrevistas realizadas.

Sob o ponto de vista de Cooper e Schindler (2011), o pesquisador apresenta condições


de desenvolver conceitos mais claros, com estabelecimento de meios e o desenvolvimento
operacional de forma a melhorar a pesquisa final, quando esta ocorrer no âmbito exploratório.

Para Yin (2001), ao fazer-se pesquisa, o estudo de caso é apenas uma das inúmeras
maneiras de fazê-la, juntamente com a forma experimental, de levantamentos, de pesquisas
históricas e análise de informações em arquivos. De um modo geral, os estudos de caso
apresentam-se de modo preferencial quando a pesquisa traz questões que envolvem pouco
controle sobre os eventos e o foco encontra-se inserido em algum contexto da vida real (YIN,
2001).

Uma pesquisa quando realizada através de entrevista apresenta-se sob a égide de um


processo social, pela interação gerada, tanto de ideias quanto de significados, e onde
realidades diversas são exploradas, maximizando a compreensão de diferentes situações
(BAUER e GASKELL, 2008).

3.2 DELINEAMENTO

As etapas e o delineamento da pesquisa encontram-se referenciadas na figura 4.

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Comparativo entre SINAPI e Preços Locais na Orçamentação de uma Obra Pública
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Figura 4: Delineamento de pesquisa

• Pesquisa Bibliográfica

• Seleção de Insumos a Serem


Considerados (Amostra)
• Definição das Empresas para
Realização da Pesquisa

• Coleta de Dados

• Análise e Interpretação dos


Resultados
• Comparativo dos Resultados
Obtidos

Fonte: Autoria própria

No delineamento da pesquisa, inicialmente, fez-se um levantamento bibliográfico em


busca de embasamento no referencial teórico, seguido da escolha dos 30 insumos que foram
considerados, que compõem uma amostragem classificada como não estatística e selecionada
de forma aleatória. Ainda houve a pesquisa na forma de entrevista realizada nas 3 (três)
únicas empresas fornecedoras de materiais de construção do município, onde foram
solicitados os valores praticados naquele momento para estes insumos.

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Na sequência, passou-se a calcular a média aritmética dos valores coletados junto às


empresas. Em seguida se buscou no SINAPI os valores pertinentes aos insumos, considerando
seus códigos e, por fim, foi feita a análise e a interpretação dos dados e a comparação entre a
média aritmética obtida e os valores apresentados pelo SINAPI.

3.3 CARACTERIZAÇÃO

Para o desenvolvimento deste trabalho utilizou-se informações fornecidas pela


Prefeitura Municipal de Nova Candelária, com sede à Rua São Francisco, 520, centro,
pertinentes a uma obra em construção pela mesma (CRAS).

O Município de Nova Candelária desenvolveu ao longo de sua existência como ente


público, que data de 01/01/1997 até este momento, inúmeros projetos de construção, com
destaque para obras de sua propriedade que abrigam a Indústria Gráfica Sul Ltda, com 4.700
m² e a Jaeli Móveis Ltda, com 3.000m², além do Pavilhão da Schweinfest, com 1.600 m² e a
obra em construção do Centro Administrativo, com 1.700m², entre outros de menor
relevância. Além disso, desenvolveu projetos na área de pavimentação em que conta com uma
usina para asfalto, para a execução de pavimentação Pré-Misturada a Frio (PMF) nas ruas da
cidade.

Na época da realização da pesquisa, o município tinha em construção um Pavilhão


Industrial em estrutura metálica, com área de 2.503,40 m² a ser cedido em cessão de uso, após
a sua conclusão, para o desempenho das atividades da Indústria Chá Prenda do Brasil, e uma
Unidade Básica de Saúde (UBS) com 599,67 m², e a obra a que se refere este estudo, a
construção do CRAS, com área edificada de 165,30 m², tendo como fiscal de execução o Engº
Civil Cristiano Feltens, CREA RS 194435.

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Comparativo entre SINAPI e Preços Locais na Orçamentação de uma Obra Pública
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4 RESULTADOS E ANÁLISE DOS DADOS

Neste capítulo encontram-se os resultados da pesquisa realizada juntamente com sua


análise.

4.1 INSUMOS AVALIADOS

O anexo A deste trabalho traz-nos os 30 (trinta) insumos de construção civil que foram
avaliados no estudo.

Sua escolha recaiu no fato de tratarem-se de insumos que representam uma amostra
considerável e suficiente para chegar-se a uma conclusão plausível diante do problema
proposto, atingindo uma soma pelo SINAPI de R$ 104.533,48 (cento e quatro mil, quinhentos
e trinta e três reais e quarenta e oito centavos) de um total da planilha orçamentária (PO)
máxima admitida, de R$ 312.705,61 (trezentos e doze mil, setecentos e cinco reais e sessenta
e um centavos), perfazendo 33,44% (trinta e três vírgula quarenta e quatro por cento),
conforme visualizado na figura 5, podendo-se considerá-los como estando dentro dos
principais itens que foram considerados e observados na obra, do ponto de vista econômico.

Figura 5: Percentual dos insumos considerados

Fonte: Autoria própria


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4.2 ORÇAMENTO DA OBRA

A legislação brasileira impõe que obras públicas sejam precedidas de um orçamento e


este elaborado usando-se como referência o SINAPI, conforme já descrito anteriormente.

A presente pesquisa baseou-se numa obra pública, em que o valor orçado para fins de
parâmetro de julgamento no processo licitatório seguiu este preceito legal e o resultado
apresentando o valor que foi adjudicado, encontra-se na tabela 1. Nos valores estão inclusos o
BDI e a mão de obra.

Tabela 1: Planilha orçamentária máxima aceita e orçamento adjudicado

DESCRIÇÃO VALOR (R$)


Planilha orçamentária máxima aceita 312.705,61
Orçamento adjudicado 312.498,83

Fonte: Setor de licitações da Prefeitura Municipal de Nova Candelária

Figura 6: Comparativo entre a licitação e o orçado

Fonte: Autoria própria

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Comparativo entre SINAPI e Preços Locais na Orçamentação de uma Obra Pública
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Note-se que a proposta vencedora (PV) da licitação atingiu 99,93% (noventa e nove
vírgula noventa e três por cento) da PO, pressupondo-se que o orçamento referencial fora
muito bem elaborado (Figura 6).

4.2.1 Média dos Valores Pesquisados nas Empresas Fornecedoras A, B e C

Para fins de obtenção de uma média de custo referentes aos insumos considerados,
pesquisou-se em três empresas fornecedoras de materiais de construção no município de Nova
Candelária/RS e o resultado obtido encontra-se no anexo B deste trabalho, notando-se que os
valores praticados pelas empresas são muito semelhantes, oferecendo-nos segurança na
avaliação.

4.2.2 Orçamento pelo SINAPI e pela Média dos Valores

No anexo C, tem-se um orçamento de R$ 104.553,48 (cento e quatro mil, quinhentos e


cinquenta e três reais e quarenta e oito centavos), para a totalidade dos insumos, apresentando
o SINAPI com o mês de maio de 2.015 como referência. Já o anexo D, apresenta um
orçamento de R$ 112.899,95 (cento e doze mil, oitocentos e noventa e nove reais e noventa e
cinco centavos), levando-se em conta a média dos valores fornecidos pelas empresas
pesquisadas, conforme elucida a figura 7.

Figura 7: Comparativo entre o orçamento pelo SINAPI e pela Média

Fonte: Autoria própria


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Denota-se que o orçamento pelo SINAPI apresenta-se como o mais econômico.

4.3 COMPARATIVO ENTRE A MÉDIA DOS VALORES DAS EMPRESAS A, B, C E


O SINAPI, CONSIDERADOS OS ITENS UNITÁRIOS E TOTAIS

Para se obter um resultado conclusivo passou-se a avaliar os custos dos insumos pela
média e pelo SINAPI, considerando-se seus valores unitários e pela totalidade orçada,
conforme demonstrado nos anexos E e F, respectivamente, se observa também, que dos 30
(trinta) insumos, 18 (dezoito) apresentaram custo maior pela média contra 12 (doze) do
SINAPI.

Quando unitariamente (Tabela 2) o melhor resultado apresentou-se a favor do


orçamento realizado pela média, numa diferença de R$ 1.704,59 (hum mil, setecentos e
quatro reais e cinquenta e nove centavos).

Tabela 2: Comparativo entre o SINAPI e a Média considerando-se os itens unitários

CUSTO A MAIOR CUSTO MAIOR PELA


DESCRIÇÃO DIFERENÇA (R$)
PELO SINAPI (R$) MÉDIA (R$)
Comparativo unitário 2.068,11 363,52 1.704,59

Fonte: Autoria própria

No entanto, ao considerar os quantitativos (Tabela 3) dos insumos utilizados pela sua


totalidade, o resultado se inverteu, ou seja, passou a ser mais vantajoso o orçamento feito,
tendo o SINAPI como referência, apresentando uma diferença de R$ 8.346,47 (oito mil
trezentos e quarenta e seis reais e quarenta e sete centavos).

Tabela 3: Comparativo entre o SINAPI e a Média considerando-se os itens pelos totais

CUSTO A MAIOR CUSTO MAIOR PELA


DESCRIÇÃO DIFERENÇA (R$)
PELO SINAPI (R$) MÉDIA (R$)
Comparativo pela totalidade 8.894,67 17.241,14 8.346,47

Fonte: Autoria própria

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5 CONCLUSÃO

Ao finalizar este trabalho conclui-se que os objetivos traçados foram atingidos em sua
plenitude, haja vista que possibilitou o comparativo entre o SINAPI e os preços de insumos
praticados em Nova Candelária/RS.

As situações analisadas levam-nos a afirmar que o SINAPI apresentou um melhor


resultado quando considerados os quantitativos totais dos insumos, em detrimento aos valores
unitários, embasado no fato de que são estes totais que efetivamente, determinam o orçamento
final.

No entanto, há de considerar-se o fato de que numa análise em que os custos unitários


são avaliados, o resultado mais vantajoso recai sobre a média dos preços praticados em nível
do comércio local.

Elencados estes fatos, nota-se uma discrepância entre os valores levantados, onde ora
o índice oficial é o mais vantajoso e ora o mais vantajoso é a média, nos levando a concluir
pela necessidade de um estudo maior, a cerca da eficácia do SINAPI como referência.

Assim, derradeiramente, sugere-se em estudos futuros a exploração, especialmente, de


insumos como a areia e a pedra britada, cujos custos foram considerados na origem, sem a
contabilização do frete. Além de acrescentar na pesquisa outras fontes orçamentárias e uma
seleção de insumos, baseada na curva ABC, que contribuem para a elaboração de um
orçamento mais próximo possível, dos valores reais praticados pelo mercado.

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Ari Edmundo Roehrs (ariroehrs@bol.com.br). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa DCEEng/UNIJUÍ, 2015
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REFERÊNCIAS

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Comparativo entre SINAPI e Preços Locais na Orçamentação de uma Obra Pública
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Comparativo entre SINAPI e Preços Locais na Orçamentação de uma Obra Pública
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ANEXO A – LISTA DE INSUMOS CONSIDERADOS COM O RESPECTIVO


CÓDIGO SINAPI

CÓDIGO
Item Insumos
SINAPI
1 Pedra Britada nº 2(19 a 38 mm)-posto pedreira/fornecedor (sem frete) (m³) 4718
2 Areia Média-Posto Jazida/fornecedor (sem frete) (m³) 370
3 Laje Pré-moldada (lajotas + vigotas) (m²) 3736
4 Tábua de Madeira 2ª qualidade 2,5 x 30 cm (1x12") (m) 6189
5 Aço CA-50 D= 10mm vergalhão (Kg) 34
6 Aço CA-50 D= 6,3mm vergalhão (Kg) 32
7 Aço CA-60 D= 5,0mm vergalhão (Kg) 39
8 Cimento Portland Composto CPII-32(saco de 50 Kg) 10511
9 Pedra Britada nº 1(9,5 a 19 mm)-posto pedreira/fornecedor (sem frete) (m³) 4721
10 Areia Grossa-Posto Jazida/fornecedor (sem frete) (m³) 367
11 Bloco Cerâmico (alvenaria de vedação) 8 furos (9x19x19)cm. (um) 7271
12 Tijolo Cerâmico Maciço (5x10x20 cm) (un) 7258
13 Vidro Temperado Incolor E=10mm, sem colocação (m²) 10507
14 Porta de Madeira Semi-oca folha lisa para pintura (80x210x3,5cm) - ( un.) 10555
Porta de Abrir em ferro (tipo chapa nº 18) com almofada e guarnição, sem
15 4929
bascula, de (0,87x2,10 m)- (m²)
Janela de Correr em Alumínio, série 25, sem bandeira com 4 folhas para vidro
16 597
(2 fixas e 2 móveis) 1,60x1,10m (incluso guarnição e vidro liso incolor)-(m²)
17 Telha de Fibrocimento Ondulada E=6mm de 2,44x1,10 m (sem amianto) (m²) 7194
18 Madeira de Lei Nativa/Regional serrada aparelhada (m³) 3989
19 Azulejo Branco Brilhante 15x15 cm comercial (m²) 533
Piso em Cerâmica Esmaltada Extra, PEI maior ou igual a 4, formato menor ou
20 1287
igual a 2025cm² (m²)
21 Massa Acrílica para paredes interior/exterior (Gl) 4056
22 Tinta Acrílica Premium, cor branco fosco (Gl) 7355
Luminária Calha Sobrepor em chapa aço com 02 lâmpadas fluorescentes de 40
23 3799
w (completa, incluindo reator partida rápida e lâmpadas) (un)
24 Tubo PVC série normal DN 100mm para esgoto predial (NBR 5688) (m) 9836
Válvula de Descarga de 1 1/2" com registro e acabamento em metal cromado
25 10228
(un)
26 Bacia Sanitária (vaso) convencional de louça branca (un) 10420
27 Grama Batatais em placas (m²) 3324
28 Tubo Aço Galvanizado com costura DIN 2440/NBR 5580 classe média DN 2
1/2" (65mm) E=3,65 mm-6,51 Kg/m (m) 7701
29 Portão Ferro c/vara 1/2" com requadro (m²) 4948
30 Manta Impermeabilizante a base de asfalto modificado com polímeros de APP
tipo Torodim 4mm viapol ou equivalente (m²) 4015

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ANEXO B – MÉDIA DOS VALORES PESQUISADOS NAS EMPRESAS A, B E C


DATA BASE: MAIO DE 2.015

EMPRESAS PESQUISADAS VALORES EM


CÓDIGO MÉDIA EM R$
ITEM R$
SINAPI
A B C (A+B+C)/3
1 4718 55,00 55,00 60,00 56,66
2 370 55,00 55,00 60,00 56,66
3 3736 30,00 33,00 30,00 31,00
4 6189 4,35 4,50 4,70 4,52
5 34 3,50 3,40 3,00 3,30
6 32 2,66 2,60 2,50 2,59
7 39 2,33 2,36 2,30 2,33
8 10511 30,00 29,60 30,00 29,87
9 4721 55,00 55,00 60,00 56,66
10 367 55,00 55,00 60,00 56,66
11 7271 0,74 0,86 0,90 0,83
12 7258 0,42 0,45 0,42 0,43
13 10507 130,00 180,00 210,00 173,33
14 10555 140,00 143,00 120,00 134,33
15 4929 200,00 260,00 330,00 263,33
16 597 539,00 430,00 420,00 463,00
17 7194 17,88 18,23 17,88 18,00
18 3989 1.720,00 1.670,00 1.700,00 1.696,67
19 533 15,00 17,00 17,00 16,33
20 1287 18,00 19,30 19,00 18,77
21 4056 35,00 33,00 25,00 31,00
22 7355 55,00 54,00 72,00 60,33
23 3799 60,00 62,00 67,00 63,00
24 9836 7,00 7,50 8,40 7,63
25 10228 150,00 151,00 158,00 153,00
26 10420 150,00 135,00 125,00 136,66
27 3324 12,90 13,00 13,00 12,97
28 7701 70,00 70,00 60,00 66,67
29 4948 250,00 270,00 230,00 250,00
30 4015 31,50 34,50 33,00 33,00

___________________________________________________________________________________
Comparativo entre SINAPI e Preços Locais na Orçamentação de uma Obra Pública
39

ANEXO C – ORÇAMENTO REFERENCIAL PARA LICITAÇÃO DOS 30 INSUMOS


CONSIDERADOS
DATA BASE DO SINAPI: MAIO DE 2.015

CUSTO
CÓDIGO QUANTITATIVO TOTAL DO ITEM DO
ITEM UNITÁRIO UNIDADE
SINAPI NO ORÇAMENTO ORÇAMENTO (R$)
(R$)
1 4718 45,00 m3 25,21 1.134,63
2 370 57,50 m3 113,79 6.542,98
3 3736 26,00 m2 256,83 6.677,58
4 6189 11,40 M 241,34 2.751,22
5 34 4,04 Kg 2762,01 11.158,52
6 32 4,22 Kg 8,30 35,03
7 39 4,00 Kg 916,78 3.667,12
8 10511 27,25 Sc 727,15 19.814,85
9 4721 45,00 m3 40,54 1.824,12
10 367 50,00 m3 40,00 1.999,90
11 7271 0,50 Um 11583,32 5.791,66
12 7258 0,32 Um 11286,40 3.611,65
13 10507 231,13 m2 9,45 2.184,18
14 10555 76,54 Um 8,00 612,32
15 4929 309,42 m2 6,04 1.868,90
16 597 319,16 m2 19,79 6.316,18
17 7194 17,85 m2 145,70 2.600,75
18 3989 3625,00 m3 1,20 4.350,00
19 533 14,19 m2 115,54 1.639,51
20 1287 14,90 m2 151,81 2.261,97
21 4056 28,40 GL 2,63 74,68
22 7355 49,15 GL 17,74 872,08
23 3799 81,05 Um 12,00 972,60
24 9836 9,00 M 48,20 433,80
25 10228 155,95 Um 4,00 623,80
26 10420 98,00 Um 4,00 392,00
27 3324 12,02 m2 143,15 1.720,66
28 7701 45,87 M 100,79 4.623,24
29 4948 206,50 m2 27,52 5.682,88
30 4015 34,76 m2 66,59 2.314,67
TOTAL 104.553,48

_____________________________________________________________________________________________
Ari Edmundo Roehrs (ariroehrs@bol.com.br). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa DCEEng/UNIJUÍ, 2015
40

ANEXO D – ORÇAMENTO PELA MÉDIA DOS VALORES PESQUISADOS NAS


EMPRESAS A, B E C
DATA BASE: MAIO DE 2.015

CUSTO
CÓDIGO MÉDIO QUANTITATIVO TOTAL DO ITEM DO
ITEM UNIDADE
SINAPI UNITÁRIO. NO ORÇAMENTO ORÇAMENTO (R$)
(R$)
1 4718 56,66 m3 25,21 1.428,40
2 370 56,66 m3 113,79 6.447,34
3 3736 31,00 m2 256,83 7.961,73
4 6189 4,52 M 241,34 1.090,86
5 34 3,30 Kg 2762,01 9.114,63
6 32 2,59 Kg 8,30 21,50
7 39 2,33 Kg 916,78 2.136,10
8 10511 29,87 Sc 727,15 21.719,97
9 4721 56,66 m3 40,54 2.297,00
10 367 56,66 m3 40,00 2.266,40
11 7271 0,83 Um 11583,32 9.614,15
12 7258 0,43 Um 11286,40 4.853,15
13 10507 173,33 m2 9,45 1.637,97
14 10555 134,33 Um 8,00 1.074,64
15 4929 263,33 m2 6,04 1.590,51
16 597 463,00 m2 19,79 9.162,77
17 7194 18,00 m2 145,70 2.622,60
18 3989 1696,67 m3 1,20 2.036,00
19 533 16,33 m2 115,54 1.886,77
20 1287 18,77 m2 151,81 2.849,47
21 4056 31,00 GL 2,63 81,53
22 7355 60,33 GL 17,74 1.070,25
23 3799 63,00 Um 12,00 756,00
24 9836 7,63 M 48,20 367,77
25 10228 153,00 Um 4,00 612,00
26 10420 136,66 Um 4,00 546,64
27 3324 12,97 m2 143,15 1.856,66
28 7701 66,67 M 100,79 6.719,67
29 4948 250,00 m2 27,52 6.880,00
30 4015 33,00 m2 66,59 2.197,47
TOTAL 112.899,95

___________________________________________________________________________________
Comparativo entre SINAPI e Preços Locais na Orçamentação de uma Obra Pública
41

ANEXO E – COMPARATIVO ENTRE A MÉDIA E O SINAPI (VALORES


UNITÁRIOS)
DATA BASE: MAIO DE 2.015

CUSTO A
VALOR (R$) CUSTO A
CÓDIGO VALOR (R$) MAIOR
ITEM MÉDIA MAIOR PELO
SINAPI SINAPI PELA
EMPRESAS SINAPI (R$)
MÉDIA (R$)
1 4718 45,00 56,66 11,66
2 370 57,50 56,66 0,84
3 3736 26,00 31,00 5,00
4 6189 11,40 4,52 6,88
5 34 4,04 3,30 0,74
6 32 4,22 2,59 1,63
7 39 4,00 2,33 1,67
8 10511 27,25 29,87 2,62
9 4721 45,00 56,66 11,66
10 367 50,00 56,66 6,66
11 7271 0,50 0,83 0,33
12 7258 0,32 0,43 0,11
13 10507 231,13 173,33 57,80
14 10555 76,54 134,33 57,79
15 4929 309,42 263,33 46,09
16 597 319,16 463,00 143,84
17 7194 17,85 18,00 0,15
18 3989 3.625,00 1.696,67 1.928,33
19 533 14,19 16,33 2,14
20 1287 14,90 18,77 3,87
21 4056 28,40 31,00 2,60
22 7355 49,15 60,33 11,18
23 3799 81,05 63,00 18,05
24 9836 9,00 7,63 1,37
25 10228 155,95 153,00 2,95
26 10420 98,00 136,66 38,66
27 3324 12,02 12,97 0,95
28 7701 45,87 66,67 20,80
29 4948 206,50 250,00 43,50
30 4015 34,76 33,00 1,76
TOTAL 2.068,11 363,52
DIFERENÇA 1.704,59 -
OBS: O valor de R$ 1.704,59 (hum mil, setecentos e quatro reais e cinquenta e nove
centavos) representa o custo maior quando utilizado o SINAPI, em relação ao custo médio
praticado por 03 empresas fornecedores de insumos de construção civil de Nova Candelária,
considerando-se os valores unitários de cada item.

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Ari Edmundo Roehrs (ariroehrs@bol.com.br). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa DCEEng/UNIJUÍ, 2015
42

ANEXO F – COMPARATIVO ENTRE A MÉDIA E O SINAPI (VALORES


QUANTITATIVOS TOTAIS)
DATA BASE: MAIO DE 2.015

CUSTO A
VALOR (R$) CUSTO A
CÓDIGO VALOR (R$) MAIOR
ITEM MÉDIA MAIOR PELO
SINAPI SINAPI PELA
EMPRESAS SINAPI (R$)
MÉDIA (R$)
1 4718 1.134,63 1.428,40 293,77
2 370 6.542,98 6.447,34 95,64
3 3736 6.677,58 7.961,73 1.284,15
4 6189 2.751,22 1.090,86 1.660,36
5 34 11.158,52 9.114,63 2.043,89
6 32 35,03 21,50 13,53
7 39 3.667,12 2.136,10 1.531,02
8 10511 19.814,85 21.719,97 1.905,12
9 4721 1.824,12 2.297,00 472,88
10 367 1.999,90 2.266,40 266,50
11 7271 5.791,66 9.614,15 3.822,49
12 7258 3.611,65 4.853,15 1.241,50
13 10507 2.184,18 1.637,97 546,21
14 10555 612,32 1.074,64 462,32
15 4929 1.868,90 1.590,51 278,39
16 597 6.316,18 9.162,77 2.846,59
17 7194 2.600,75 2.622,60 21,85
18 3989 4.350,00 2.036,00 2.314,00
19 533 1.639,51 1.886,77 247,26
20 1287 2.261,97 2.849,47 587,50
21 4056 74,68 81,53 6,85
22 7355 872,08 1.070,25 198,17
23 3799 972,60 756,00 216,60
24 9836 433,80 367,77 66,03
25 10228 623,80 612,00 11,80
26 10420 392,00 546,64 154,64
27 3324 1.720,66 1.856,66 136,00
28 7701 4.623,24 6.719,67 2.096,43
29 4948 5.682,88 6.880,00 1.197,12
30 4015 2.314,67 2.197,47 117,20
TOTAIS 104.553,48 112.899,95 8.894,67 17.241,14
DIFERENÇA - 8.346,47
OBS: O valor de R$ 8.346,47 (oito mil, trezentos e quarenta e seis reais e quarenta e sete
centavos) representa o custo maior quando utilizado o valor médio praticado por 03 empresas
fornecedores de insumos de construção civil de Nova Candelária, em relação aos valores do
SINAPI, considerando-se os quantitativos totais dos insumos utilizados.

___________________________________________________________________________________
Comparativo entre SINAPI e Preços Locais na Orçamentação de uma Obra Pública

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