Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Santa Rosa
2015
Ari Edmundo Roehrs (ariroehrs@bol.com.br). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa DCEEng/UNIJUÍ, 2015
1
Santa Rosa
2015
_____________________________________________________________________________________________
Ari Edmundo Roehrs (ariroehrs@bol.com.br). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa DCEEng/UNIJUÍ, 2015
2
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para a obtenção do título de
ENGENHEIRO CIVIL e aprovado em sua forma final pelo professor orientador da disciplina
e pelo membro da banca examinadora.
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________________________________________________________________
Ari Edmundo Roehrs (ariroehrs@bol.com.br). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa DCEEng/UNIJUÍ, 2015
4
AGRADECIMENTOS
Primeiramente gostaria de, com saudades, agradecer aos meus pais pelo apoio
proporcionado ao longo de minha vida e pelos ensinamentos que me transmitiram, passando-
me confiança e fazendo com que acreditasse de ser capaz de realizar meus sonhos.
A minha esposa e ao meu filho que entenderam a minha falta, enquanto em aula ou
estudando, que a exemplo de meus pais desempenharam um papel muito importante na minha
formação.
A Deus, minha gratidão, por ter me dado saúde e as oportunidades ao longo de toda
minha existência.
___________________________________________________________________________________
Comparativo entre SINAPI e Preços Locais na Orçamentação de uma Obra Pública
5
Berthold Brecht
_____________________________________________________________________________________________
Ari Edmundo Roehrs (ariroehrs@bol.com.br). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa DCEEng/UNIJUÍ, 2015
6
RESUMO
A construção civil, pelos altos investimentos realizados pelo Governo Federal, tanto para
atendimento aos programas habitacionais como para construção de bens públicos, nos últimos
anos, apresenta um aquecimento substancial ao setor, e no caso de obras públicas a demanda
principal está na orçamentação, apresentando-se como uma das fases mais importantes do
processo construtivo. Nesse contexto, o trabalho visa comparar preços previamente
estabelecidos num orçamento, através de um índice considerado oficial e preços locais
praticados, tendo como base um estudo de caso, que foi realizado na forma de uma pesquisa
exploratória. Analiticamente foram comparados os valores dos 30 insumos mais
representativos financeiramente na construção de um Centro de Referência de Assistência
Social (CRAS), com os índices do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e índices da
Construção Civil (SINAPI), utilizados na orçamentação pela equipe de engenharia
responsável pela obra. Os insumos foram pesquisados junto a três empresas fornecedoras do
município de Nova Candelária/RS, local da obra. O objetivo principal do trabalho foi de, ao
final, verificar-se, se a utilização do SINAPI como parâmetro, constituiu-se vantajoso ou não
na elaboração do orçamento da obra.
___________________________________________________________________________________
Comparativo entre SINAPI e Preços Locais na Orçamentação de uma Obra Pública
7
ABSTRACT
ROEHRS, A.E. Comparison SINAPI and local prices in the budgeting of a public work.
2015. Term Paper. Civil Engineering course, Regional University of Rio Grande do Sul state
Northwest - UNIJUÍ, Santa Rosa, 2015.
The construction, by high investments by the federal government, both to serve the housing
programs as the construction of public goods, in recent years, presents a substantial warming
the sector, and in the case of public works the main demand is in the budget, with itself as one
of the most important phases of the construction process. In this context, the study aims to
compare prices previously set a budget, with an index considered official and local prices
charged, based on a case study, which was conducted in the form of an exploratory research.
Analytically they compared the values of the 30 most representative inputs financially in
building a Social Assistance Reference Center (CRAS) with the contents of the National
System of Costs Survey and Indexes of Construction (SINAPI) used in budgeting for team
responsible for engineering work. The inputs were surveyed along three suppliers in the city
of New Candelaria / RS, the job site. The main objective of this work was, in the end, be seen,
the use of SINAPI as a parameter, constituted advantageous or not work in preparing the
budget.
_____________________________________________________________________________________________
Ari Edmundo Roehrs (ariroehrs@bol.com.br). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa DCEEng/UNIJUÍ, 2015
8
LISTA DE FIGURAS
___________________________________________________________________________________
Comparativo entre SINAPI e Preços Locais na Orçamentação de uma Obra Pública
9
LISTA DE TABELAS
_____________________________________________________________________________________________
Ari Edmundo Roehrs (ariroehrs@bol.com.br). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa DCEEng/UNIJUÍ, 2015
10
LISTA DE SIGLAS
PO Planilha Orçamentária
PV Planilha Vencedora
___________________________________________________________________________________
Comparativo entre SINAPI e Preços Locais na Orçamentação de uma Obra Pública
11
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................... 13
1.1 CONTEXTO .......................................................................................................... 14
1.2 PROBLEMA.......................................................................................................... 14
1.2.1 Questões de Pesquisa ........................................................................................... 15
1.2.1.1 Questão Principal..................................................................................................15
1.2.1.2 Questão Secundária………………………………………………………………...……15
1.2.2 Objetivos de Pesquisa .......................................................................................... 15
1.2.2.1 Objetivo Geral........................................................................................................16
1.2.2.2 Objetivos Específicos.……………………….……………………………...……...……16
1.2.3 Delimitação ........................................................................................................... 16
2 REVISÃO DA LITERATURA ........................................................................... 17
2.1 OBRAS PÚBLICAS.............................................................................................. 17
2.2 ORÇAMENTO ...................................................................................................... 18
2.3 CUSTOS ................................................................................................................ 19
2.3.1 Custos Diretos ...................................................................................................... 19
2.3.2 Custos Indiretos ................................................................................................... 20
2.3.3 BDI ........................................................................................................................ 20
2.4 AMOSTRAGEM ................................................................................................... 20
2.5 CURVA ABC ........................................................................................................ 21
2.6 LICITAÇÃO .......................................................................................................... 23
2.7 CUB ....................................................................................................................... 23
2.8 SINAPI................................................................................................................... 24
3 MÉTODO DE PESQUISA.................................................................................. 26
3.1 ESTRATÉGIA DE PESQUISA ............................................................................ 26
3.2 DELINEAMENTO ................................................................................................ 26
3.3 CARACTERIZAÇÃO ........................................................................................... 28
4 RESULTADOS E ANÁLISE DOS DADOS...................................................... 29
4.1 INSUMOS AVALIADOS ..................................................................................... 29
4.2 ORÇAMENTO DA OBRA ................................................................................... 30
_____________________________________________________________________________________________
Ari Edmundo Roehrs (ariroehrs@bol.com.br). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa DCEEng/UNIJUÍ, 2015
12
___________________________________________________________________________________
Comparativo entre SINAPI e Preços Locais na Orçamentação de uma Obra Pública
13
1 INTRODUÇÃO
Ainda segundo Mattos (2006), uma obra é uma atividade econômica, seja onde estiver
localizado o cliente, os prazos de execução, os recursos disponíveis e o tipo de projeto, e em
assim sendo, o seu custo reveste-se de vital importância.
Neste contexto, faz-se importante a orçamentação de uma obra. Mais ainda, quando
tratar-se de uma obra pública, que além de um projeto básico, aprovado pela autoridade
competente, e disponibilizada para exame dos interessados, deve vir acompanhada de um
orçamento detalhado em planilhas que expressem a composição de seus custos unitários,
conforme preceitua a Lei Federal nº 8.666/93 (BRASIL, 1993).
Diversas tabelas são criadas, por órgãos públicos ou privados e utilizadas pelos
orçamentistas, e que lhes asseguram respaldo jurídico. Uma destas é a tabela SINAPI, cuja é
reconhecida como oficial para obras públicas, especialmente quando financiadas pela União
Federal. Este reconhecimento ocorreu quando da edição da Lei de Diretrizes Orçamentárias
(LDO) da União (BRASIL, 2003), que atribuiu a sua gestão a Caixa Econômica Federal
(CAIXA), tendo como parceiro o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fato
posteriormente ratificado pelo Decreto Presidencial nº 7983 (BRASIL, 2013).
_____________________________________________________________________________________________
Ari Edmundo Roehrs (ariroehrs@bol.com.br). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa DCEEng/UNIJUÍ, 2015
14
1.1 CONTEXTO
1.2 PROBLEMA
Segundo Limmer (1997), há uma fuga no pensar futuramente pela comodidade que
traz a direção de rotina, vezes por medo de expor ideias, vezes por falta delas, afirmando
ainda que atualmente os orçamentos na construção civil são criados de modo informal, sem
uma garantia pré-estabelecida de sua veracidade e exatidão.
Pouco ou quase nada foi escrito no âmbito da comparação proposta neste estudo, de
sorte que, buscou-se obter o conhecimento necessário para que houvesse o discernimento
entre o que é melhor na hora da elaboração do orçamento de uma obra pública.
_____________________________________________________________________________________________
Ari Edmundo Roehrs (ariroehrs@bol.com.br). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa DCEEng/UNIJUÍ, 2015
16
1.2.3 Delimitação
O foco deste estudo foi uma obra pública construída em Nova Candelária/RS, orçada
com a utilização do índice SINAPI, cujo orçamento é comparado com a média dos valores de
uma amostra de 30 insumos utilizados na obra, que foram obtidos junto a 03 empresas
fornecedoras de materiais de construção da cidade.
___________________________________________________________________________________
Comparativo entre SINAPI e Preços Locais na Orçamentação de uma Obra Pública
17
2 REVISÃO DA LITERATURA
As obras públicas rege ainda a mesma lei em seu art.10, podem ser executadas de
forma direta ou indireta, enquanto o art. 6º traz uma definição para estes regimes executórios,
estabelecendo como direta aquela obra feita pelos órgãos e entidades da administração pelos
próprios meios e como indireta a que o órgão ou entidade contrata, com terceiros, sob os
regimes de empreitada por preço global, empreitada por preço unitário, tarefa ou por
empreitada integral (BRASIL, 1993).
_____________________________________________________________________________________________
Ari Edmundo Roehrs (ariroehrs@bol.com.br). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa DCEEng/UNIJUÍ, 2015
18
2.2 ORÇAMENTO
A Lei Federal nº 5194/66 (BRASIL, 1966), que regula o exercício dos profissionais de
engenharia, estabelece em seu art. 14 a obrigatoriedade dentre outros destes serem os
responsáveis pelos orçamentos de obras, por si projetadas.
Para Mattos (2006), é fundamental que para ocorrer um bom negócio na área da
construção se tenha um bom orçamento. Para tanto, entende ser imprescindível que o
responsável pela sua elaboração tenha conhecimento pleno do realizado, com o máximo de
detalhamento possível, levando a fácil compressão dos projetos e suas especificidades,
permitindo formas alternativas na solução de problemas que surgirem durante a execução da
obra, trazendo com isso ganhos financeiros (MATTOS, 2006).
2.3 CUSTOS
Para Martins (2003), o custo é um gasto, só que reconhecido como tal, isto é, como
custo, no momento da utilização dos fatores de produção (bens e serviços), para a fabricação
de um produto ou execução de um serviço. Exemplos: a matéria-prima foi um gasto em sua
aquisição que imediatamente se tornou investimento, e assim ficou durante o tempo de sua
estocagem; no momento de sua utilização na fabricação de um bem, surge o custo da matéria-
prima como parte integrante do bem elaborado. Este, por sua vez, é de novo um investimento,
já que fica ativado até sua venda (MARTINS, 2003).
Para Silva (2011), os custos diretos são aqueles que podem ser identificados e
diretamente apropriados a cada tipo de obra a ser custeada, no momento de sua ocorrência, ou
seja, está ligado diretamente a cada tipo de bem ou função de custo, podendo ser atribuído
direto a um produto, linha de produto, centro de custo ou departamento e diretamente
incluídos no cálculo dos produtos.
Zanluca (2015), afirma que os custos diretos tem a propriedade de ser perfeitamente
mensuráveis de maneira objetiva e qualificados aos portadores finais (produtos),
individualmente considerados. Estes custos constituem todos aqueles elementos de custo
individualizáveis com respeito ao produto ou serviço, isto é, se identificam imediatamente
com a produção dos mesmos, mantendo uma correspondência proporcional onde um mero ato
de medição é necessário para determinar estes custos (ZANLUCA, 2015).
_____________________________________________________________________________________________
Ari Edmundo Roehrs (ariroehrs@bol.com.br). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa DCEEng/UNIJUÍ, 2015
20
Os custos indiretos para Zanluca (2015) são os custos que não se podem apropriar
diretamente a cada tipo de bem ou função de custo no momento de sua ocorrência sendo
apropriados aos portadores finais mediante o emprego de critérios pré-determinados e
vinculados a causas correlatas, como por exemplo, mão-de-obra indireta, rateada por
horas/homem da mão de obra direta, gastos com energia, com base em horas/máquinas
utilizadas.
Silva (2011) afirma que custo indireto pode ser entendido como aquele custo que não
pode ser atribuído, ou identificado, diretamente a um produto, linha de produto, centro de
custo ou departamento, necessitando de taxas/critérios de rateio ou parâmetros para atribuição
ao objeto custeado.
2.3.3 BDI
Para encontrar o valor exato do BDI, Leão (2004) utiliza-se do somatório dos custos
indiretos, lucro e custos tributários e a partir de então, para formar o preço final de venda,
soma o valor do BDI encontrado, com os custos diretos, obtendo o valor final da obra.
2.4 AMOSTRAGEM
Lakatos e Marconi (2003, p. 223) ensinam: “amostra é ser uma porção ou parcela,
convenientemente selecionada do universo (população); é um subconjunto do universo”.
informações para o estudo do fenômeno, afirmando ainda que a amostra sobre as quais serão
coletados os dados deve ter representatividade do todo, tal que se obtenha respostas
conclusivas.
Conforme Monteiro (2011), uma curva ABC (Figura 2), pode ser dividida em 3 faixas,
denominadas A, B e C. Neste contexto Monteiro (2011) estabelece que na faixa A encontram-
_____________________________________________________________________________________________
Ari Edmundo Roehrs (ariroehrs@bol.com.br). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa DCEEng/UNIJUÍ, 2015
22
se 20% dos insumos de uma obra, na B temos 30% e na C a representação é de 80% dos
insumos e 50% do total de custos, apesar de representar apenas 20% do custo da obra.
De acordo com Martins (2005), os itens da classe A são mais significativos em termos
de valor e de consumo, seguidos das classes B e C, permitindo identificar os materiais de
acordo com a proporção que eles representam no consumo e relacionar com o seu valor de
aquisição. Segue Martins (2005) afirmando que a classificação dos materiais em grau de
importância é necessária para avaliar os percentuais de itens que determinam a movimentação
do estoque, onde a classificação dos itens é feita na ordem decrescente de importância.
___________________________________________________________________________________
Comparativo entre SINAPI e Preços Locais na Orçamentação de uma Obra Pública
23
2.6 LICITAÇÃO
2.7 CUB
A NBR 12.721 (ABNT, 2006) define o Custo Unitário Básico (CUB), como parte do
custo por metro quadrado na construção de um projeto considerado, calculado mensalmente
pelos Sindicatos da Indústria da Construção Civil (SINDUSCON), servindo exclusivamente
para comparação na fase primeira da obra, expressando com realismo o custo desta obra e
ainda como parâmetro para verificar se o empreendimento é viável e o orçamento apresenta
veracidade.
Segundo Mutti (2011), através do CUB pode-se obter uma estimativa de preço e de
avaliação de uma obra.
_____________________________________________________________________________________________
Ari Edmundo Roehrs (ariroehrs@bol.com.br). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa DCEEng/UNIJUÍ, 2015
24
Para Goldman (1997), o produto do valor do CUB pela área da construção com padrão
semelhante ao em questão, estabelece uma estimativa global de custo da obra, não se
considerando os itens que não se encontram no elenco de seu cálculo, como por exemplo,
elevadores, fundações especiais, impostos, taxas e obras complementares.
2.8 SINAPI
De acordo com a Caixa (2015), o SINAPI foi criado em 1969, pelo Banco Nacional de
Habitação (BNH), com delegação ao IBGE para a produção e divulgação de preços de
insumos como mão de obra e materiais de construção, ocorrendo ao longo do tempo uma
ampliação destas tarefas de forma a que houvesse a divulgação de índices para o setor, até que
com a extinção do BNH, nos anos 80, os trabalhos que cabiam a si passaram para a Caixa.
___________________________________________________________________________________
Comparativo entre SINAPI e Preços Locais na Orçamentação de uma Obra Pública
25
A figura 3 mostra a evolução histórica pela qual passou o SINAPI desde sua criação.
_____________________________________________________________________________________________
Ari Edmundo Roehrs (ariroehrs@bol.com.br). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa DCEEng/UNIJUÍ, 2015
26
3 MÉTODO DE PESQUISA
Para Yin (2001), ao fazer-se pesquisa, o estudo de caso é apenas uma das inúmeras
maneiras de fazê-la, juntamente com a forma experimental, de levantamentos, de pesquisas
históricas e análise de informações em arquivos. De um modo geral, os estudos de caso
apresentam-se de modo preferencial quando a pesquisa traz questões que envolvem pouco
controle sobre os eventos e o foco encontra-se inserido em algum contexto da vida real (YIN,
2001).
3.2 DELINEAMENTO
___________________________________________________________________________________
Comparativo entre SINAPI e Preços Locais na Orçamentação de uma Obra Pública
27
• Pesquisa Bibliográfica
• Coleta de Dados
_____________________________________________________________________________________________
Ari Edmundo Roehrs (ariroehrs@bol.com.br). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa DCEEng/UNIJUÍ, 2015
28
3.3 CARACTERIZAÇÃO
___________________________________________________________________________________
Comparativo entre SINAPI e Preços Locais na Orçamentação de uma Obra Pública
29
O anexo A deste trabalho traz-nos os 30 (trinta) insumos de construção civil que foram
avaliados no estudo.
Sua escolha recaiu no fato de tratarem-se de insumos que representam uma amostra
considerável e suficiente para chegar-se a uma conclusão plausível diante do problema
proposto, atingindo uma soma pelo SINAPI de R$ 104.533,48 (cento e quatro mil, quinhentos
e trinta e três reais e quarenta e oito centavos) de um total da planilha orçamentária (PO)
máxima admitida, de R$ 312.705,61 (trezentos e doze mil, setecentos e cinco reais e sessenta
e um centavos), perfazendo 33,44% (trinta e três vírgula quarenta e quatro por cento),
conforme visualizado na figura 5, podendo-se considerá-los como estando dentro dos
principais itens que foram considerados e observados na obra, do ponto de vista econômico.
A presente pesquisa baseou-se numa obra pública, em que o valor orçado para fins de
parâmetro de julgamento no processo licitatório seguiu este preceito legal e o resultado
apresentando o valor que foi adjudicado, encontra-se na tabela 1. Nos valores estão inclusos o
BDI e a mão de obra.
___________________________________________________________________________________
Comparativo entre SINAPI e Preços Locais na Orçamentação de uma Obra Pública
31
Note-se que a proposta vencedora (PV) da licitação atingiu 99,93% (noventa e nove
vírgula noventa e três por cento) da PO, pressupondo-se que o orçamento referencial fora
muito bem elaborado (Figura 6).
Para fins de obtenção de uma média de custo referentes aos insumos considerados,
pesquisou-se em três empresas fornecedoras de materiais de construção no município de Nova
Candelária/RS e o resultado obtido encontra-se no anexo B deste trabalho, notando-se que os
valores praticados pelas empresas são muito semelhantes, oferecendo-nos segurança na
avaliação.
Para se obter um resultado conclusivo passou-se a avaliar os custos dos insumos pela
média e pelo SINAPI, considerando-se seus valores unitários e pela totalidade orçada,
conforme demonstrado nos anexos E e F, respectivamente, se observa também, que dos 30
(trinta) insumos, 18 (dezoito) apresentaram custo maior pela média contra 12 (doze) do
SINAPI.
___________________________________________________________________________________
Comparativo entre SINAPI e Preços Locais na Orçamentação de uma Obra Pública
33
5 CONCLUSÃO
Ao finalizar este trabalho conclui-se que os objetivos traçados foram atingidos em sua
plenitude, haja vista que possibilitou o comparativo entre o SINAPI e os preços de insumos
praticados em Nova Candelária/RS.
Elencados estes fatos, nota-se uma discrepância entre os valores levantados, onde ora
o índice oficial é o mais vantajoso e ora o mais vantajoso é a média, nos levando a concluir
pela necessidade de um estudo maior, a cerca da eficácia do SINAPI como referência.
_____________________________________________________________________________________________
Ari Edmundo Roehrs (ariroehrs@bol.com.br). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa DCEEng/UNIJUÍ, 2015
34
REFERÊNCIAS
BAUER, Martin W; GASKELL, George. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som.
Um manual prático. Editora Vozes, 2008.
______. Lei nº 8666, de 21 de junho de 1993. Institui normas para licitações e contratos da
Administração Pública, e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8666cons.htm >. Acesso em: 15 abr. 2015.
___________________________________________________________________________________
Comparativo entre SINAPI e Preços Locais na Orçamentação de uma Obra Pública
35
LEÃO, Nildo Silva. Custos e orçamentos na prestação de serviços. São Paulo: Nobel,
2004.
MATTOS, Aldo Dórea. Como preparar orçamentos de obras. São Paulo: Editora Pini,
2006.
OLIVEIRA JUNIOR, Nivaldo Cândido; CUNHA, Felix da; VIGNOLI, Sérgio José. Técnicas
de Previsão e Gestão de Estoques. Ebah, 2003.
_____________________________________________________________________________________________
Ari Edmundo Roehrs (ariroehrs@bol.com.br). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa DCEEng/UNIJUÍ, 2015
36
PINI, Revista construção mercado. Custos diretos e indiretos. n. 95, jun 2009. Disponível
em: < http://construcao mercado. pini.com.br/negocios-incorporacao-
construcao/95/artigo299236-1.aspx >. Acesso em: 20 abr. 2015.
YIN, Robert K. Estudo de Caso: Planejamento e Métodos. Trad. Daniel Grassi. 2. ed. Porto
Alegre: Bookman, 2001.
ZANLUCA, Júlio César. Manual Prático de Contabilidade de Custos. São Paulo: Maph,
2015.
___________________________________________________________________________________
Comparativo entre SINAPI e Preços Locais na Orçamentação de uma Obra Pública
37
CÓDIGO
Item Insumos
SINAPI
1 Pedra Britada nº 2(19 a 38 mm)-posto pedreira/fornecedor (sem frete) (m³) 4718
2 Areia Média-Posto Jazida/fornecedor (sem frete) (m³) 370
3 Laje Pré-moldada (lajotas + vigotas) (m²) 3736
4 Tábua de Madeira 2ª qualidade 2,5 x 30 cm (1x12") (m) 6189
5 Aço CA-50 D= 10mm vergalhão (Kg) 34
6 Aço CA-50 D= 6,3mm vergalhão (Kg) 32
7 Aço CA-60 D= 5,0mm vergalhão (Kg) 39
8 Cimento Portland Composto CPII-32(saco de 50 Kg) 10511
9 Pedra Britada nº 1(9,5 a 19 mm)-posto pedreira/fornecedor (sem frete) (m³) 4721
10 Areia Grossa-Posto Jazida/fornecedor (sem frete) (m³) 367
11 Bloco Cerâmico (alvenaria de vedação) 8 furos (9x19x19)cm. (um) 7271
12 Tijolo Cerâmico Maciço (5x10x20 cm) (un) 7258
13 Vidro Temperado Incolor E=10mm, sem colocação (m²) 10507
14 Porta de Madeira Semi-oca folha lisa para pintura (80x210x3,5cm) - ( un.) 10555
Porta de Abrir em ferro (tipo chapa nº 18) com almofada e guarnição, sem
15 4929
bascula, de (0,87x2,10 m)- (m²)
Janela de Correr em Alumínio, série 25, sem bandeira com 4 folhas para vidro
16 597
(2 fixas e 2 móveis) 1,60x1,10m (incluso guarnição e vidro liso incolor)-(m²)
17 Telha de Fibrocimento Ondulada E=6mm de 2,44x1,10 m (sem amianto) (m²) 7194
18 Madeira de Lei Nativa/Regional serrada aparelhada (m³) 3989
19 Azulejo Branco Brilhante 15x15 cm comercial (m²) 533
Piso em Cerâmica Esmaltada Extra, PEI maior ou igual a 4, formato menor ou
20 1287
igual a 2025cm² (m²)
21 Massa Acrílica para paredes interior/exterior (Gl) 4056
22 Tinta Acrílica Premium, cor branco fosco (Gl) 7355
Luminária Calha Sobrepor em chapa aço com 02 lâmpadas fluorescentes de 40
23 3799
w (completa, incluindo reator partida rápida e lâmpadas) (un)
24 Tubo PVC série normal DN 100mm para esgoto predial (NBR 5688) (m) 9836
Válvula de Descarga de 1 1/2" com registro e acabamento em metal cromado
25 10228
(un)
26 Bacia Sanitária (vaso) convencional de louça branca (un) 10420
27 Grama Batatais em placas (m²) 3324
28 Tubo Aço Galvanizado com costura DIN 2440/NBR 5580 classe média DN 2
1/2" (65mm) E=3,65 mm-6,51 Kg/m (m) 7701
29 Portão Ferro c/vara 1/2" com requadro (m²) 4948
30 Manta Impermeabilizante a base de asfalto modificado com polímeros de APP
tipo Torodim 4mm viapol ou equivalente (m²) 4015
_____________________________________________________________________________________________
Ari Edmundo Roehrs (ariroehrs@bol.com.br). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa DCEEng/UNIJUÍ, 2015
38
___________________________________________________________________________________
Comparativo entre SINAPI e Preços Locais na Orçamentação de uma Obra Pública
39
CUSTO
CÓDIGO QUANTITATIVO TOTAL DO ITEM DO
ITEM UNITÁRIO UNIDADE
SINAPI NO ORÇAMENTO ORÇAMENTO (R$)
(R$)
1 4718 45,00 m3 25,21 1.134,63
2 370 57,50 m3 113,79 6.542,98
3 3736 26,00 m2 256,83 6.677,58
4 6189 11,40 M 241,34 2.751,22
5 34 4,04 Kg 2762,01 11.158,52
6 32 4,22 Kg 8,30 35,03
7 39 4,00 Kg 916,78 3.667,12
8 10511 27,25 Sc 727,15 19.814,85
9 4721 45,00 m3 40,54 1.824,12
10 367 50,00 m3 40,00 1.999,90
11 7271 0,50 Um 11583,32 5.791,66
12 7258 0,32 Um 11286,40 3.611,65
13 10507 231,13 m2 9,45 2.184,18
14 10555 76,54 Um 8,00 612,32
15 4929 309,42 m2 6,04 1.868,90
16 597 319,16 m2 19,79 6.316,18
17 7194 17,85 m2 145,70 2.600,75
18 3989 3625,00 m3 1,20 4.350,00
19 533 14,19 m2 115,54 1.639,51
20 1287 14,90 m2 151,81 2.261,97
21 4056 28,40 GL 2,63 74,68
22 7355 49,15 GL 17,74 872,08
23 3799 81,05 Um 12,00 972,60
24 9836 9,00 M 48,20 433,80
25 10228 155,95 Um 4,00 623,80
26 10420 98,00 Um 4,00 392,00
27 3324 12,02 m2 143,15 1.720,66
28 7701 45,87 M 100,79 4.623,24
29 4948 206,50 m2 27,52 5.682,88
30 4015 34,76 m2 66,59 2.314,67
TOTAL 104.553,48
_____________________________________________________________________________________________
Ari Edmundo Roehrs (ariroehrs@bol.com.br). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa DCEEng/UNIJUÍ, 2015
40
CUSTO
CÓDIGO MÉDIO QUANTITATIVO TOTAL DO ITEM DO
ITEM UNIDADE
SINAPI UNITÁRIO. NO ORÇAMENTO ORÇAMENTO (R$)
(R$)
1 4718 56,66 m3 25,21 1.428,40
2 370 56,66 m3 113,79 6.447,34
3 3736 31,00 m2 256,83 7.961,73
4 6189 4,52 M 241,34 1.090,86
5 34 3,30 Kg 2762,01 9.114,63
6 32 2,59 Kg 8,30 21,50
7 39 2,33 Kg 916,78 2.136,10
8 10511 29,87 Sc 727,15 21.719,97
9 4721 56,66 m3 40,54 2.297,00
10 367 56,66 m3 40,00 2.266,40
11 7271 0,83 Um 11583,32 9.614,15
12 7258 0,43 Um 11286,40 4.853,15
13 10507 173,33 m2 9,45 1.637,97
14 10555 134,33 Um 8,00 1.074,64
15 4929 263,33 m2 6,04 1.590,51
16 597 463,00 m2 19,79 9.162,77
17 7194 18,00 m2 145,70 2.622,60
18 3989 1696,67 m3 1,20 2.036,00
19 533 16,33 m2 115,54 1.886,77
20 1287 18,77 m2 151,81 2.849,47
21 4056 31,00 GL 2,63 81,53
22 7355 60,33 GL 17,74 1.070,25
23 3799 63,00 Um 12,00 756,00
24 9836 7,63 M 48,20 367,77
25 10228 153,00 Um 4,00 612,00
26 10420 136,66 Um 4,00 546,64
27 3324 12,97 m2 143,15 1.856,66
28 7701 66,67 M 100,79 6.719,67
29 4948 250,00 m2 27,52 6.880,00
30 4015 33,00 m2 66,59 2.197,47
TOTAL 112.899,95
___________________________________________________________________________________
Comparativo entre SINAPI e Preços Locais na Orçamentação de uma Obra Pública
41
CUSTO A
VALOR (R$) CUSTO A
CÓDIGO VALOR (R$) MAIOR
ITEM MÉDIA MAIOR PELO
SINAPI SINAPI PELA
EMPRESAS SINAPI (R$)
MÉDIA (R$)
1 4718 45,00 56,66 11,66
2 370 57,50 56,66 0,84
3 3736 26,00 31,00 5,00
4 6189 11,40 4,52 6,88
5 34 4,04 3,30 0,74
6 32 4,22 2,59 1,63
7 39 4,00 2,33 1,67
8 10511 27,25 29,87 2,62
9 4721 45,00 56,66 11,66
10 367 50,00 56,66 6,66
11 7271 0,50 0,83 0,33
12 7258 0,32 0,43 0,11
13 10507 231,13 173,33 57,80
14 10555 76,54 134,33 57,79
15 4929 309,42 263,33 46,09
16 597 319,16 463,00 143,84
17 7194 17,85 18,00 0,15
18 3989 3.625,00 1.696,67 1.928,33
19 533 14,19 16,33 2,14
20 1287 14,90 18,77 3,87
21 4056 28,40 31,00 2,60
22 7355 49,15 60,33 11,18
23 3799 81,05 63,00 18,05
24 9836 9,00 7,63 1,37
25 10228 155,95 153,00 2,95
26 10420 98,00 136,66 38,66
27 3324 12,02 12,97 0,95
28 7701 45,87 66,67 20,80
29 4948 206,50 250,00 43,50
30 4015 34,76 33,00 1,76
TOTAL 2.068,11 363,52
DIFERENÇA 1.704,59 -
OBS: O valor de R$ 1.704,59 (hum mil, setecentos e quatro reais e cinquenta e nove
centavos) representa o custo maior quando utilizado o SINAPI, em relação ao custo médio
praticado por 03 empresas fornecedores de insumos de construção civil de Nova Candelária,
considerando-se os valores unitários de cada item.
_____________________________________________________________________________________________
Ari Edmundo Roehrs (ariroehrs@bol.com.br). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa DCEEng/UNIJUÍ, 2015
42
CUSTO A
VALOR (R$) CUSTO A
CÓDIGO VALOR (R$) MAIOR
ITEM MÉDIA MAIOR PELO
SINAPI SINAPI PELA
EMPRESAS SINAPI (R$)
MÉDIA (R$)
1 4718 1.134,63 1.428,40 293,77
2 370 6.542,98 6.447,34 95,64
3 3736 6.677,58 7.961,73 1.284,15
4 6189 2.751,22 1.090,86 1.660,36
5 34 11.158,52 9.114,63 2.043,89
6 32 35,03 21,50 13,53
7 39 3.667,12 2.136,10 1.531,02
8 10511 19.814,85 21.719,97 1.905,12
9 4721 1.824,12 2.297,00 472,88
10 367 1.999,90 2.266,40 266,50
11 7271 5.791,66 9.614,15 3.822,49
12 7258 3.611,65 4.853,15 1.241,50
13 10507 2.184,18 1.637,97 546,21
14 10555 612,32 1.074,64 462,32
15 4929 1.868,90 1.590,51 278,39
16 597 6.316,18 9.162,77 2.846,59
17 7194 2.600,75 2.622,60 21,85
18 3989 4.350,00 2.036,00 2.314,00
19 533 1.639,51 1.886,77 247,26
20 1287 2.261,97 2.849,47 587,50
21 4056 74,68 81,53 6,85
22 7355 872,08 1.070,25 198,17
23 3799 972,60 756,00 216,60
24 9836 433,80 367,77 66,03
25 10228 623,80 612,00 11,80
26 10420 392,00 546,64 154,64
27 3324 1.720,66 1.856,66 136,00
28 7701 4.623,24 6.719,67 2.096,43
29 4948 5.682,88 6.880,00 1.197,12
30 4015 2.314,67 2.197,47 117,20
TOTAIS 104.553,48 112.899,95 8.894,67 17.241,14
DIFERENÇA - 8.346,47
OBS: O valor de R$ 8.346,47 (oito mil, trezentos e quarenta e seis reais e quarenta e sete
centavos) representa o custo maior quando utilizado o valor médio praticado por 03 empresas
fornecedores de insumos de construção civil de Nova Candelária, em relação aos valores do
SINAPI, considerando-se os quantitativos totais dos insumos utilizados.
___________________________________________________________________________________
Comparativo entre SINAPI e Preços Locais na Orçamentação de uma Obra Pública