Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Avaliação: 4,0
1. Introdução
Vale destacar, que a língua portuguesa chegou ao Brasil pelos colonizadores no século
XVI. Contudo, a língua no Brasil não acompanhou as mudanças com a mesma velocidade e
isso fez com que a língua permanecesse em seu estado “ estático” por muito tempo (BAGNO,
2006, p. 143).
Evidentemente que todas línguas mantem suas formas arcaicas, e muitas dessas
formas ainda se perduram até os dias atuais, isso é notório nos verbos; ex, levantar ~alevantar.
Formas essas que são mantidas principalmente por populações que estão mais “ isoladas” ou
que não sofrem tantos impactos da evolução linguística.
Nesse sentido, a proposta desse trabalho é mostrar como as variações de metaplasmos
(no caso, metaplasmo por acréscimo) estão presente no cotidiano dos entrevistados, dentro do
campo do nível de escolaridade e analisar os motivos dessa variação.
3. Metodologia
Neste referido trabalho de pesquisa (em campo), realizado na cidade de Breves no dia
05/07/2019, aos redores da Feira Municipal de Breves, foram identificadas seis pessoas
distintas, entre eles homens e mulheres, com funções diversas.
• Identificação e introdução da pesquisa;
• Aproximação, gerar empatia e explanação do objetivo da pesquisa; apresentação dos
pesquisadores, estudantes da Universidade Federal do Pará (UFPA);
• Levantamento de dados;
• Apresentação das imagens correspondentes à pesquisa; voar; limpar; levantar; sentar e
suspender.
Neste referido trabalho, foram formulados critérios para a obtenção dos dados, entre eles
Fonte: http://secretofflight.files.wordpress.com/2012/02/white-flying-bird.jpg
imagens, vídeos, gestos e ações do cotidiano. Assim foram abordadas oito pessoas, na qual
apenas seis concordaram em participar da entrevista. Segue abaixo as imagens utilizadas para
o desenvolvimento da pesquisa:
1-
2-
Fonte: https://assets.almanaquesos.com/wp-content/uploads/2012/10/PRATELEIRA-COMO-MEDIR.jpg
Fonte: http://htesports.com.br/wpcontent/uploads/2016/06/
levantamentopeso_jaquelineferreira_reu_951.jpg
3-
4-
Fonte: https://i.pinimg.com/originals/67/da/02/67da020509bf25d3267364ffc58cc5b7.jpg
5-
Fonte: https://tudoparahomens.com.br/wp-content/uploads/2016/07/homem-faxinando.jpg
3.3.Hipótese inicial
Nossa pesquisa é voltada no campo da escolaridade, subdividem-se em dois grupos: A
e B. Nesse sentindo, a hipótese formulada pelo grupo visa mostrar que as pessoas do
grupo A comentem mais variações em relação ao grupo B, haja vista que, o nível de
escolaridade que os entrevistados possuem influencia na fala dos mesmos.
culta da Língua Portuguesa. Sendo assim, são mais sujeitos a cometer variações
de prótese.
TABELA 1
VARIAÇÃO [ a ] em “Voar”
Na primeira tabela, é possível notar que o verbo VOAR, sofrera apenas duas
alterações “avoar”, este dado é comprovado diante dos resultados apresentados. No grupo A,
houveram 2 (duas) variações, entre três entrevistados, apenas duas pessoas usaram a forma
variada. Já no grupo B, as três pessoas entrevistadas, nenhuma cometeu a variação “ avoar’,
como o esperado.
TABELA 2
VARIAÇÃO [ a ] em “Limpar”
TABELA 3
VARIAÇÃO [ a ] em “Levantar”
TABELA 4
VARIAÇÃO [ a ] em “Sentar”
Na tabela referente ao verbo SENTAR, vale observar que houve apenas uma variação,
“assentar”, no grupo A, apenas uma pessoa variou “Assentar”, já no grupo B, não ocorreu a
variação “assentar”, novamente como o esperado.
TABELA 5
VARIAÇÃO [ a ] em “Suspender”
Por fim, na última tabela, observa-se que o verbo SUSPENDER, apresenta apenas
uma alteração, “ assuspender”. No grupo A, duas pessoas variaram a forma verbal, contudo no
grupo B, não houvera nenhuma alteração, fato este já esperado.
Considerações finais
É com o resultado deste trabalho que entendemos que a língua portuguesa desde sua
origem vem sofrendo uma constante variação na sua estrutura, e da importância dessas
transformações para o desenvolvimento e sobrevivência da língua portuguesa.
Urge, portanto, que a língua sofreu modificações e sofre até hoje. Isso devido as várias
influencias absorvidas pela Língua Portuguesa, assim algumas variações do “passado” estão
presente até hoje. Nesse sentido, a hipótese incialmente levantada pelo grupo se confirmou na
pesquisa em campo. Logo, as pessoas do grupo A de fato tendem a cometer mais a variação
colocada em questão neste presente trabalho, condigno a sua escolaridade ser mais baixa, isso
em relação ao grupo B, no qual cometia menos alterações. Entretanto, é importante ressaltar
que mesmos as pessoas pertencentes ao grupo B, acabam por cometer essas modificações,
fato que se justifica no ambiente que vive.
Quero mostrar que muita coisa que a gente pensa que está “errada”, que é fala de gente
ignorante”, na verdade não é nada disso. De fato, esses supostos “erros” são heranças muito
antigas, vestígios de outros tempos, verdadeiros “fósseis” linguísticos. (BAGNO, 2006, p.
141).
Referências