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RASTREAMENTO DE MÁXIMA POTÊNCIA

PARA SISTEMAS FOTOVOLTAICOS COM A


REDUÇÃO DO NÚMERO DE SENSORES
Alexandre W. Preissler, Philipe R. de Souza, Jumar L. Russi, Guilherme S. da Silva
Universidade Federal do Pampa
Alegrete, RS, Brasil, 97546-550
xandewp@gmail.com, philipe-ssr@hotmail.com, jrussi@gmail.com, guilhermesds@gmail.com

Resumo — Este artigo apresenta um estudo e simulação de um Outra forma de contornar este problema é adicionando um
sistema fotovoltaico em que o rastreamento do ponto de máxima observador que possibilita remover um destes sensores, sendo
potência (MPPT) é realizado em conjunto com um observador por uma das estratégias o observador por modos deslizantes
modo deslizantes, a fim de diminuir o número de sensores (OMD). Ao invés de medir a tensão e a corrente com sensores,
empregados no sistema. Nesse estudo é definido o conversor CC-
CC elevador de tensão e o método perturba e observa (P&O) de
como normalmente é feito, uma destas grandezas pode ser
MPPT para validação da estratégia proposta. A partir da obtida a partir do OMD. Na literatura encontram-se trabalhos
modelagem em espaço de estados para validar o sistema que abordam o controle de corrente de conversores sem o uso
desenvolveu-se o observador por modo deslizantes, no qual de sensores de tensão, propondo um observador de corrente por
considera-se o erro entre os valores medidos e observados. Em modos deslizantes [8]-[9]. Outras propostas utilizando o
seguida são apresentados os resultados, que são divididos em três observador por modos deslizantes afim de se remover o sensor
partes: (i) topologia do conversor e modelo em espaço de estados; de corrente do sistema [10]. Sem o uso de sensores, a proteção,
(ii) topologia do conversor com observador por modos deslizantes; condicionamento para estes sinais e sistema de controle para o
(iii) simulação da topologia completa, isto é, conversor com mesmo, o custo é reduzido. Além disso a confiabilidade
observador por modos deslizantes, incluindo a estratégia P&O de
MPPT.
aumenta pois há um menor número de componentes que podem
vir a falhar [9]. Utilizando-se apenas um sensor (de corrente ou
Palavras-chave— Observador por Modos Deslizantes, de tensão) é possível obter o valor da grandeza e, assim, torna-
Conversor Boost, MPPT, Perturba e Observa, Sistemas se possível o MPPT.
Fotovoltaicos Neste sentido, este trabalho apresenta a proposta, projeto e
simulação de um método de rastreamento de máxima potência
I. INTRODUÇÃO sem o uso de sensores de corrente. A partir do observador por
Diversas estratégias de MPPT são encontradas na modos deslizantes é obtida a corrente observada, a qual é
literatura, como a de Tensão Constante, da Condutância utilizada em conjunto com a tensão medida do módulo
Incremental (IC), da Perturbação e Observação (P&O) e outros fotovoltaico para a implementação do método de MPPT P&O.
métodos baseados em temperatura e em inteligência artificial Resultados de simulação demonstram a adequada operação do
[1]-[4]. Porém cada técnica apresenta algumas dificuldades sistema de rastreamento de máxima potência proposto.
como pouca aplicabilidade, perdas de potência e desempenho
não adequado em regimes permanente e transitório. II. TOPOLOGIA
Dentre essas técnicas, será utilizada a técnica P&O, que
A. Topologia completa
apresenta diversos subtipos e modos de ser realizada, além de
ser bastante eficiente e de uma facilidade razoável de Para o desenvolvimento do trabalho foi escolhido o módulo
implementação. Porém, a maior parte das estratégias de MPPT fotovoltaico comercial 3TSolar – 260 Wp [11], a fim de utilizar
necessitam de dois ou mais sensores de tensão e de corrente, o seus parâmetros para as simulações. É possível obter as curvas
que eleva o custo do projeto, principalmente para sistemas com características, I × V e P × V com a ferramenta chamada Solar
microinversores, e a redução da confiabilidade dos sensores. Na Module (physical model) do software PSIM® com as
literatura são encontradas diversas estratégias para utilizar um características do painel obtidos a partir da folha de dados do
menor número de sensores, seja utilizando métodos de MPPT mesmo, fornecido pelo fabricante. Esta ferramenta simula um
em que não se faz o uso de sensor de corrente [5] ou utilizando módulo fotovoltaico real, gerando os dados necessários para a
métodos preditivos como o Modelo de Controle Preditivo simulação, como na Tabela 1, e as curvas características,
(MPC) [6]-[7]. apresentadas na Fig. 1. Foram utilizados dois painéis em série
a fim de se obter uma maior tensão e uma maior potência nos
1
terminais do arranjo.   tan 1    0, 6155 rad=35,26° (6)
R
Tabela 1 - Especificações para o projeto.
Assim, o conversor opera entre o ângulo de 35,26° e 90° na
Característica Grandeza Valor curva característica I ×V.
Potência máxima nominal Pmax (W) 520,83 Na Fig. 2 é apresentado um esquemático da topologia
Tensão de pico nominal Vpmax (V) 61,95 completa, sendo iL a corrente no indutor.
Corrente de pico nominal Ipmax (A) 8,41
Boost
Corrente de saturação (µA) 5,58
Coeficiente de temperatura (A/°K) 0,003656 CC
Tensão de saída Vo (V) 220 PV Carga Vo
Frequência chaveamento fs (kHz) 40 CC

vpv vpv

Observador MPPT

iL

Fig. 2 - Esquemático da topologia completa.

Fig. 1 - Curvas características (a) I × V e (b) P × V. B. Modelo em espaço de estados


Com estes dados pode-se calcular os valores dos elementos Considerando uma carga constante nos terminais do
do conversor. A resistência (ou a carga) pode ser obtida através conversor, pode-se controlar a tensão de saída com o aumento
da lei de Ohm, conforme equação (1), e tendo as tensões de ou diminuição da corrente de entrada. Além disso, a tensão de
entrada e saída pode-se, também, calcular a razão cíclica com a entrada é uma fonte independente do sistema (depende da
equação (2) [12]: irradiação incidida no painel), então pode-se reescrever o que
foi dito anteriormente como a necessidade de que a corrente do
Vo 2
R  93, 08  (1) indutor como variável (IL) e a tensão de saída do conversor
Pmax como variável (Vo) sejam controladas a fim de se obter um
Vo  V pv equilíbrio de potências. Para isto, foi adotada a técnica de
D  0, 72 (2) modelo em espaços de estados, e com esse modelo pode-se
Vo relacionar a corrente de entrada com a razão cíclica do
Com o valor da resistência R pode-se calcular a corrente conversor e relacionar a tensão de saída com a corrente de
média no indutor na equação (3), que, por sua vez, será entrada do conversor. Essa modelagem será vista no tópico
necessária para calcular o valor da indutância L em (4) e a seguinte.
capacitância em (5): A modelagem do sistema com boost considera os dois
estágios do conversor, apresentado na Fig. 3, sendo o primeiro
Vo 2
I L  med   8, 47 A (3) estágio com a interruptor S conduzindo (fechada) e o segundo
V pv R estágio com a interruptor S bloqueada (aberta) [14], como
apresentado na Fig. 3(a) e (b).
V pv D
L  1,31 mH Para a modelagem em espaço de estados consideram-se as
f s I L (4) equações diferenciais dos elementos que acumulam energia no
sistema, são eles o indutor e o capacitor. Assim, pode-se definir
Onde, IL  ILmed 10%
como variáveis independentes do sistema a corrente do indutor
Vo D (IL(t)) e a tensão no capacitor (Vo(t)), que pode-se representar,
C  1,936 μF na equação (7), como um vetor de estados. Como a tensão de
Rf s Vo (5) entrada (Vpv(t)) é uma fonte independente do sistema, também
Onde, Vo  Vo10% podemos incluí-la como um vetor de entrada, representado na
equação (8). Na equação (9) tem-se a corrente do indutor como
Com a determinação da resistência pode-se calcular o vetor de saída, uma vez que o objetivo é relacionar a tensão
também o ângulo de operação, que deve ser superior ao arco de saída com a corrente do indutor e este com a razão cíclica,
tangente do inverso da resistência R, como descrito na equação conforme visto na Fig. 2 [14].
(6) [13]:
L
No segundo estágio, como visto na Fig. 3(b), S está
bloqueado, sendo o tempo de condução expresso por
iL
D iC
DTS  t  TS . Aplicando a LKT, obtém-se o conjunto de
Vcc
S
C R Vo equações diferenciais expressas em (15).

 dI L (t )
 L dt  V pv (t )  Vo (t )
(a) 2 estágio   (15)
C dVo (t )  I (t )  Vo (t )
L
 dt
L
R
D iC
Podem-se expressar as equações que descrevem os estágios
iL
S
relacionando os vetores de estados e de entrada e de saída pelas
Vcc C R equações de (16).
dx ( t )
 A2 x (t )  B2 u ( t )
dt (16)
(b)
y(t)  H2 x(t)
Fig. 3 - Estágios de operação do Boost: (a) estágio de condução da chave S e
(b) estágio de bloqueio da chave S. Do mesmo modo que no primeiro estágio, substituindo (16)
em (15) podem-se definir os valores das matrizes A2, B2 e H2
 I L (t )  (7) em (17), (18) e (19).
x(t )   
Vo (t )  0 1 
L
A2   1 (17)
u (t )  V pv (t )  (8)  C  1 
RC 
y(t )   I L (t ) (9) 1 
B2   L  (18)
No primeiro estágio, como visto na Fig. 3(a), o semicondutor  0 
S está em condução, considerando que o tempo de condução
expresso por 0  t  DTS , e que TS  1 FS . Aplicando a Lei de H 2  1 0 (19)
Kirchhoff das Tensões (LKT), obtêm-se o conjunto de equações
Obtendo as equações dos estágios do conversor, pode-se
diferenciais apresentadas em (10).
encontrar uma equação de equilíbrio do sistema para que,
 dI L (t ) finalmente, se possa obter o modelo em espaço de estados. Para obter
 L dt  V pv (t ) a modelagem é necessário que o modelo em espaço de estado esteja
1 estágio   (10) em regime permanente [14]. Isso só é possível se a frequência de
C dVo (t )   Vo (t ) variação das grandezas que compõe a entrada do sistema for muito
 dt R menor do que a frequência de comutação, o que é válido, visto que
Podem-se expressar as equações que descrevem os estágios a entrada é CC e a comutação da chave é de 40 kHz.
relacionando os vetores de estados e de entrada e vetores de Para a obtenção do modelo, o vetor de estados em regime
saída pelas equações (11) [14]. permanente e o vetor de saída em regime permanente podem
ser solucionados a partir de (20) e (21).
dx ( t )
 A1 x ( t )  B1 u ( t ) X   A1 BU
dt (11) (20)
Y  (  HA1 B )U
y(t)  H1x(t)
onde:
Assim, aplicando (11) em (10) podem-se definir os valores
A  A1 D  A2 D '
das matrizes A1, B1 e H1 em (12), (13) e (14), onde A é definido
como o ganho dinâmico e B é o ganho de entrada. B  B1 D  B2 D '
H  H1 D  H 2 D ' (21)
0 0 
A1   1  (12) U  V pv 
0 RC 
Assim, substituindo (12)-(14) e (17)-(19) em (21) e (21) em
1  (20), tem-se as equações (22), (23) e (24).
B1   L  (13)
 0   IL   0 D 1 
L  I L   1 L
    1  D   V (22)
Vo   1  Vo   0  pv
H1  1 0 (14) C RC   
D 1 V pv para o estado medido pode ser garantida quando a derivada do
IL  Vo  (23) erro quadrático é negativa, como mostra a equação (27) [14].
L L
1 D 1 d  x 2 (t )  dx (t )
Vo    Vo (24)    x (t ) 0 (27)
C RC dt  2  dt
C. Observador por modos deslizantes A partir das equações (22)-(27) e do conceito de observador
por modos deslizantes apresentados anteriormente, obtém-se a
Nesta seção será apresentado o observador do conversor por equação (28) que pode ser detalhado através de (29) e (30).
modos deslizantes, com modelagem e desenvolvimento em
tempo contínuo. A proposta do uso de observador por modos  dIˆL (t ) 
deslizantes é a possibilidade de reduzir o número de sensores,    0 D 1   ˆ 
 dt    L  I L (t )
uma vez que pode-se eliminar a necessidade de medir um dos 1   
 dVˆo (t )   D 1  Vˆ (t ) 
parâmetros utilizados pelo MPPT.    C RC   o 
 dt  (28)
A técnica de observação por modos deslizantes consiste em
reduzir o problema de um controle de um sistema genérico 1   V k 
como, por exemplo, um sistema descrito por equações de estado   L  V pv (t )   o i   (t )
com entradas descontínuas através de uma superfície definida  0   1 
no modelo em espaço de estados. A técnica por modos
deslizantes é um projeto capaz de fazer com que todas as dIˆL (t ) D  1 ˆ V pv (t )
trajetórias do sistema convirjam para a dada superfície, chamada  Vo (t )   Vo (t ) ki  (t ) (29)
dt L L
superfície deslizante [15]-[17].
Proposta, inicialmente, por Emelyanov (1967) e sua equipe dVˆo (t ) 1  D ˆ 1 ˆ
 I L (t )  Vo (t )   (t ) (30)
na década de 1950, a teoria de sistemas de estrutura variável dt C RC
(SEV) é baseada na utilização de um modelo matemático com
uma malha fechada com realimentação descontínua. Dentre as onde, IˆL (t ) é a corrente no indutor observada, Vˆo (t ) é a tensão
aplicações da teoria SEV, as estratégias de observação são do capacitor de saída observada, ki é o ganho do observador de
utilizadas para obter os estados de um determinado sistema, corrente e  (t ) é a função de chaveamento do observador,
onde a realimentação descontínua permite que a trajetória dos
dada por (31):
estados fique confinada em uma superfície de deslizamento
[17], [18]. µ 𝑡 𝑘 sign 𝑉 𝑡 (31)
Um sistema opera em modo deslizante quando uma das onde, kv é o ganho da função chaveada e Vo (t ) é o erro entre a
entradas do sistema é uma função descontínua, onde a corrente observada e a medida.
frequência da descontinuidade pode ser teoricamente infinita O termo Vo (t ) da equação (29) foi incluído de modo a
[18]. Utilizando um sistema de primeira ordem relacionando os atingir um melhor desempenho em regime transitório da
vetores de estado e de entrada, tal como expresso na equação corrente observada, uma vez que a velocidade de convergência
(11) para rastrear o estado x(t ) , pode-se obter a equação (25), aumenta proporcionalmente com o termo Vo (t ) . Quando o
adicionando uma função de chaveamento na equação (11), observador possuir elevado erro de corrente, a velocidade de
assim tem-se: convergência aumentará proporcionalmente e quando o
dxˆ(t ) observador se aproximar dos valores nominais a velocidade de
 Axˆ(t )  Bu (t )  Of (t ) (25) convergência diminuirá. Devido a atuação da função de
dt
chaveamento µ(t) o observador, em regime permanente,
onde O é o vetor de ganhos do observador, xˆ(t ) é o vetor de
indicará a existência de pequenos erros de tensão Vo (t ) .
estados observado e f (t ) é a função de chaveamento.
D. Estratégia de MPPT
A função de chaveamento tem por objetivo que o erro x (t )
A estratégia de MPPT escolhida para o projeto foi a P&O
entre o estado medido x(t) e o estado observado xˆ(t ) seja nulo,
por ser dotada de uma resposta de boa qualidade e confiável, de
de modo a tornar a derivada do estado observado positiva ou ser de fácil implementação e razoável esforço computacional.
negativa, ou seja, fazendo com que xˆ(t ) convirja para x(t). Essa A programação do algoritmo do P&O foi baseado no
relação entre o estado observado e o estado medido é chamada fluxograma apresentado na Fig. 4. Os parâmetros de frequência
de superfície de deslizamento, que pode ser expressa por (26). de amostragem e passo de variação cíclica delta (ΔD) do
algoritmo foram escolhidos empiricamente e os valores são,
x (t )  xˆ (t )  x(t ) (26) respectivamente, 500 Hz e 0,005. Para se chegar nesse valor
O observador por modo deslizante deve operar na superfície foram avaliados os resultados com outras frequências de
de deslizamento em que x (t ) é teoricamente nulo, para isso o amostragem e outros passos de variação cíclica delta.
ganho do observador associado ao estado x(t) deve ser
projetado adequadamente. A convergência do estado observado
Início I(L) - Conversor I(L) - Rastreado

10

Medição de
V(m), I(m) 8

P(m) = V(m) . I(m)


4

2
Não P(m) > P(m-1) Sim
0
Não V(m) > V(m-1) Sim Sim V(m) > V(m-1) Não
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
Time (s)
Vref = Vref + ΔV Vref = Vref - ΔV Vref = Vref + ΔV Vref = Vref - ΔV
Fig. 6 – Formas de onda de corrente no indutor medida no conversor operando
com MPPT e observada.
V(m-1) = V(m)
I(m-1) = I(m) Ppv - Rastreado Ppv - Painel
P(m-1) = P(m)
600

500
Retorna

400
Fig. 4 - Fluxograma do algoritmo P&O [19].
300

III. RESULTADOS 200

Nesta seção são apresentados os resultados das simulações 100


da topologia completa, isto é, incluindo os módulos
0
fotovoltaicos com todos seus parâmetros, o conversor, o
observador por modo deslizante e o algoritmo da estratégia 0 0.5 1 1.5
Time (s)
2 2.5 3

P&O de MPPT. A estratégia de MPPT utiliza uma frequência


(a)
de amostragem baixa em relação à frequência de comutação do Razão cíclica

sistema e um baixo valor de passo de ΔD, o que deixa a resposta


0.75
do sistema com rastreamento mais lento.
Estas simulações resultaram nas formas de onda da Fig. 5, 0.7

a qual apresenta a tensão de saída medida no conversor 0.65

(vermelho) e a tensão de saída observada (azul), e no gráfico da 0.6


Fig. 6, a qual apresenta a corrente do indutor medida no
0.55
conversor (vermelho) e a corrente do indutor observada (azul).
O último resultado de simulação compreende a observação 0.5

frente à perturbação, onde foi inserida uma perturbação 0.45

senoidal com frequência de 0,5 Hz com o objetivo de simular 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3
um comportamento de variação de irradiância mais lenta. O Time (s)

(b)
resultado para a perturbação senoidal é mostrado na Fig. 7.
Fig. 7 – Formas de onda da (a) potência medida no painel e rastreada com
perturbação senoidal e (b) da razão cíclica do conversor.
Vo - Conversor Vo - Rastreado

IV. CONCLUSÃO
250
Através da definição de parâmetros, cálculo dos valores dos
200 elementos do conversor, elaboração do observador por modo
deslizante e do algoritmo da estratégia P&O de MPPT, foram
150
realizadas diversas simulações:
100 (i) primeiramente, simulou-se o conversor com o modelo
em espaço de estados, onde concluiu-se que, mesmo com
50
perturbação na fonte, o mesmo é validado pelo êxito em obter-
0
se as mesmas tensões e correntes que o medido diretamente no
conversor nas simulações;
-50 (ii) seguida da simulação da topologia do conversor com
observador por modos deslizantes, que, também, foi validada
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
Time (s) em suas simulações, mesmo com perturbação na fonte, pois as
tensões e as correntes observadas pelo modo deslizante foram
Fig. 5 – Formas de onda de tensão de saída medida no conversor operando
com MPPT e observada. as mesmas medidas diretamente no conversor;
(iii) e foi simulado a topologia completa, isto é, conversor [8] SILVA, Marcelo Campos. Estudo e implementação de observador via
modos deslizantes aplicados a motores síncronos a ímãs permanentes.
com observador por modos deslizantes, incluindo a estratégia Florianópolis: UDESC, 2013.
P&O de MPPT, que realizou o rastreamento de máxima [9] TONIN, Rodrigo Gehrke. Controle de Corrente Aplicado a Conversores
potência a partir da observação pelo modo deslizante, também PWM Conectados à Rede Elétrica sem Sensor de Tensão CA Utilizando
foram realizados simulações com perturbação incidente sobre o Observadores por Modos Deslizantes. Santa Maria: UFSM, 2014.
módulo com uma forma de onda senoidal, a fim de simular o [10] KIM, Il-Song; KIM, Myung-Bok; YOUN, Myung-Joong. New Maximum
comportamento do sistema durante um dia. Power Point Tracker Using Sliding-Mode Observer for Estimation of
Solar Array Current in the Grid-Connected Photovoltaic System. [S.l.]:
Pode-se concluir que o observador funciona IEEE Transactions on Industrial Eletronics, Vol. 53, No. 4, 2006.
adequadamente, visto que nas simulações percebe-se que a [11] 3T SOLAR. FOLHA DE DADOS Módulo Fotovoltaico 260Wp -
tensão e corrente medidas no conversor são rastreadas em todos Policristalino - 60 célu-las. Disponível em:
os casos. A potência ativa fornecida pelo painel fotovoltaico foi <http://www.3tsolar.eco.br/placa-260w-1>. Acesso em 12 de Março de
2018.
rastreada com êxito utilizando a estratégia P&O de MPPT.
[12] MOHAN, Ned. Power Eletronics: Converters, Application and Design. 2ª
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[13] COELHO, Roberto Francisco. Estudo dos Conversores Buck e Boost
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Aplicados ao Rastre-amento de Máxima Potência de Sistemas Solares
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