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ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL

TEMA: TEMA: AVIVA, Ó SENHOR A TUA OBRA!

LIÇÃO Nº 2 –O Avivamento no Lar (Primeiro Trimestre–


09/01/2000)

TEXTO AUREO

"E Zacarias, seu pai, foi cheio do Espírito Santo" (Lc 1.67).

VERDADE PRÁTICA

A família salva, unida e avivada pelo Espírito Santo é um elemento-chave na propagação do


avivamento.A família salva, unida e avivada pelo Espírito Santo é um elemento-chave na
propagação do avivamento.A família salva, unida e avivada pelo Espírito Santo é um
elemento-chave na propagação do avivamento.A família salva, unida e avivada pelo Espírito
Santo é um elemento-chave na propagação do avivamento.

LEITURA DIÁRIA

Segunda Jz 13.24,25 Impelido pelo Espírito para o deserto.


Terça  Rt 4.14,15 É preciso revigorar a alma
Quarta 1 Sm 7.3,4 Avivamento não coexiste com idolatria
Quinta 1 Sm 2.5,6 Oração, jejum e confissão, clima do avivamento
Sexta 1 Sm 10.1-6 O Espírito Santo muda o nosso modo de ser
Sábado 1 Sm 19.18-24 O Espírito Santo prevalece como quer

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE – (Gn 35. 1-15)


1
Então disse Deus a Jacó: Levanta-te, sobe a Betel, e habita ali, e faze ali um altar ao Deus
que te apareceu quando fugias da presença de Esaú, teu irmão. 2 Então disse Jacó à sua
família, e a todos os que com ele estavam: Lançai fora os deuses estranhos que há no meio
de vós, e purificai-vos, e mudai as vossas vestes. 3 Levantemo-nos, e subamos a Betel,
onde farei um altar ao Deus que me respondeu no dia da minha angústia, e que foi comigo
no caminho por onde andei. 4 Então deram a Jacó todos os deuses estranhos, que tinham
nas mãos, e as argolas que lhes pendiam das orelhas, e Jacó os escondeu debaixo do
carvalho que está junto a Siquém. 5 Então partiram, e o terror de Deus caiu sobre as
cidades que estavam ao redor deles, e não seguiram aos filhos de Jacó.
6
Assim chegou Jacó a Luz, que está na terra de Canaã (isto é, Betel), ele e todo o povo que
com ele havia. 7 Edificou ali um altar, e chamou àquele lugar El-Betel, porque ali Deus se
lhe tinha manifestado, quando fugia de seu irmão. 8 Morreu Débora, a ama de Rebeca, e foi
sepultada ao pé de Betel, debaixo do carvalho que se chamou Alom-Bacute. 9 Depois que
Jacó voltou de Padã-Arã, Deus lhe apareceu de novo, e o abençoou. 10 Disse-lhe Deus: O
teu nome é Jacó, mas não te chamarás mais Jacó; Israel será o teu nome. E lhe chamou
Israel. 11 Disse-lhe mais Deus: Eu sou o Deus Todo-poderoso; frutifica e multiplica-te. Uma
nação, sim, uma multidão de nações sairão de ti, e reis procederão dos teus lombos. 12 E te
darei a terra que dei a Abraão e a Isaque, a ti a darei; também à tua descendência, depois
de ti, a darei. 13 Então Deus se retirou dele, do lugar onde lhe falara. 14 Jacó erigiu uma
coluna de pedra no lugar onde Deus lhe falara, e derramou sobre ela uma libação; deitou-
lhe também azeite. 15 Jacó chamou Betel ao lugar onde Deus lhe falara.

PONTO DE CONTACTO
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Comece a aula fazendo as seguintes perguntas a seus alunos: Qual seria o efeito de um
verdadeiro avivamento em nossa família? Há alguma espécie de "ídolo" comum aos
componentes de nossa família ou "objeto de adoração" de um membro específico que deve
ser abandonado para que o renovo e a bênção de Deus recaia abundantemente sobre
nossos familiares? Nossas famílias têm "habitado" na Casa de Deus e mantido a comunhão
e a preservação do altar do Senhor? Temos nos sentido líderes espirituais em nossas
próprias casas? Quais os reparos necessários à reativação do altar do Senhor em nossas
próprias vidas?
É claro que estas perguntas não precisam ser respondidas publicamente. Mas servirão de
base para uma profunda e oportuna reflexão sobre a necessidade de restauração espiritual
no seio da família de cada crente.

OBJETIVOS:

No término da aula seu aluno deverá estar apto a:


Reconhecer, a exemplo de Jacó e sua família, que o caminho da paz, segurança e vitória
consiste em buscar a renovação espiritual do Senhor.
Relacionar os passos que evidenciam a prontidão da família para a adoração e
conseqüente avivamento.
Colocar-se inteiramente a disposição de Deus para que Ele o transforme e renove
espiritualmente toda a sua família.

SINTESE TEXTUAL

Somente um autêntico despertamento espiritual poderia livrar a família de Jacó de ser


aniquilada pelos seus vizinhos por aquela ocasião.
Os filhos de Jacó provocaram uma situação complicada e irremediável entre os siquemitas,
ensandecidos num desejo de justiça própria.
A destruição parecia certa. E seria, caso não houvesse uma intervenção divina. Mas Jacó,
Ouvindo a voz de Deus, levantou-se e assumindo a legítima posição de líder, ordenou que
sua família se desfizesse dos deuses estranhos, se purificasse e voltasse para Betel, "Casa e
lugar das bênçãos do Senhor".
Jacó não poderia ter tomado decisão mais acertada: a partir de então, o "terror de Deus" foi
sobre os seus inimigos e sua família foi renovada e abençoada pelo Todo-Poderoso.
Estamos realmente disponíveis para sermos usados por Deus como instrumentos para a
renovação espiritual de nossas famílias?

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

Peça a seus alunos para lerem em casa, durante a semana, os relatos bíblicos mais
importantes sobre avivamentos. Em cada relato deverão fazer as seguintes observações:
Quando ocorreram os fatos? Quais as condições do povo na referida época? Qual a situação
política e econômica? Israel estava envolvido com as nações iníquas? Havia alguma crise
nacional ameaçando a segurança do povo? Quais as condições dos líderes religiosos daquela
época? As alianças com Deus haviam sido rompidas? Havia indiferença para com a adoração
e os sacrifícios? Ignorância em relação às Escrituras? 
Deverão também observar como Deus levantou os líderes: 
1) Quem foi o instrumento humano que Deus usou? 
2) Quais as suas qualidades? 
3) Como era sua personalidade? 
4) Qual a mensagem central que Deus colocou em seu coração? 
5) Foram muitos os que seguiram o líder? 
6) De que maneira seguiram? 
7) Oração? 
8) Jejum? 
9) Confissão? 
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10) Derrubada dos altares falsos? 
11) O avivamento foi progressivo ou repentino? E assim por diante.
Ao analisarem o curso de cada avivamento deverão compará-lo a outros movimentos da
Bíblia. O que havia de comum com despertamentos similares? E as diferenças? Juntando
tudo que estudaram, procure saber qual a lição mais significativa que aprenderam?
No próximo domingo reserve um tempo para apresentarem as comparações que fizeram.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO

A família é o primor da criação de Deus. É ela a primeira instituição divina na terra; o


estado apenas incorporou-a mais tarde. Quando Deus estabeleceu a família no Éden, tudo o
mais Ele já criara. A família é a célula fundamental da sociedade, seja ela qual for, inclusive
a igreja como segmento social. Isto posto, a família devidamente constituída é a parte mais
importante da igreja e da sociedade e, portanto, da nação.
Quando a família é atingida por um mal, as conseqüências são inevitáveis sobre a igreja e a
sociedade em geral, em todos os seus aspectos. Os poderes satânicos, de maneira indireta,
iludente e traiçoeira, cada vez danificam a família de muitas maneiras.
Deus executa seus planos aqui na terra por meio da família. Foi assim quando Ele quis
suscitar para si um povo terreno (Israel). Deus deu início a esse povo através de um casal:
Abraão e Sara. Para a execução do plano divino da salvação da humanidade, Deus usou um
casal, o qual trouxe o Salvador ao mundo.
A família tem pois em Deus a sua origem, sua instituição, sua proteção e sua bênção,
portanto, deve-lhe sua total lealdade, submissão e 
adoração. O avivamento espiritual deve alcançar primeiro cada família da igreja. É a história
de Jacó e a sua família nesta lição.

I. DEUS, O SENHOR DA FAMÍLIA 

Jacó num momento de muita incerteza e preocupação, em viagem a Padã-Arã, ainda


solteiro, Deus a ele se revelou assegurando-lhe a sua bênção. Jacó fez então um solene
voto ao Senhor, conforme Gn 28.20-22. Vinte anos ele ficou fora da sua terra. Agora
decorridos uns dez anos de seu retorno a Canaã, já casado e com numerosa família, Deus
relembra-lhe o cumprimento daquele voto. O tempo, os compromissos e as atividades
podem fazer uma família esquecer ou retardar seus deveres para com Deus o seu Criador,
mas Ele nada esquece.
1. Crises na família. "Depois disse Deus a Jacó (v.1). O "depois" refere-se à crise do cap.34
que quase destruiu toda família de Jacó. O desejo da justiça dos seus filhos era natural,
mas o modo como agiram foi demais pecaminoso. Ver também Gn 49. 5-7. Há poucos anos
antes, Jacó tivera uma profunda experiência com Deus, no vale de Jaboque, que mudou
todo seu viver, mas sua família pouco mudou. Deus quer a família inteira renovada
espiritualmente.
"Disse Deus a Jacó." É ao chefe da família a quem Deus procura, juntamente com sua
esposa, é evidente. Na tentação no Éden, Eva pecou primeiro, mas Deus ao julgar os dois
chamou primeiro Adão, mas não isentou Eva. É que na família que Deus instituiu, o marido
é a cabeça (Ef 5.23). O marido cristão como líder da família precisa andar com Deus e só
assim ele pode ser exemplo para ela.
2. A solução da família está em Deus. "Levanta-te, sobe a Betel, e habita ali" (v.1). "Betel"
significa casa de Deus. Jacó ainda solteiro, em viagem para Harã passou uma noite ao
relento em Betel e a pedra que lhe serviu de travesseiro ele a ergueu por coluna de Deus,
por sua revelação naquele santo lugar ( Gn 28.18-22). Essa coluna Jacó levantou e ungiu por
sua iniciativa. Betel já fora também um local sagrado para o fiel Abraão, seu avô, que ali
erigiu um altar ao Senhor (Gn 12.8; 13.3).
a) A ordem de Deus era "subir". Jacó precisava de renovação urgente. Quando Deus nos
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ordena algo, mesmo que pareça uma descida, mas resultará em subida espiritual. Porque
Deus nos ama, Ele sempre nos adverte de um modo ou de outro sobre nossos deveres
negligenciados, pessoais e domésticos. Quanto a esse deveres, a começar dos espirituais,
estamos subindo, descendo ou parados, segundo os padrões bíblicos? 
b) A ordem de Deus era Betel. "Sobe a Betel" (v.1). É esta a prioridade de toda a família
cristã. Podemos ir a muitos lugares apropriados e convenientes, mas a prioridade é a da
casa de Deus; do culto ao Senhor; do encontro com Deus. Betel é o lugar da comunhão
com Deus. Betel era o lugar onde Jacó teve sua primeira revelação de Deus, mas ele (Jacó)
continuou apenas como um religioso que professa o nome de Deus mas não se rende
integralmente a Ele.
Ele chegara a Betel a primeira vez devido a problemas de família criados por ele mesmo.
Agora ele volta a Betel por ordem do Senhor e já com o seu nome mudado para Israel ( Gn
32.27,28; 35.10).
Deus quer que cada crente, pelo poder do Espírito Santo seja aqui transformado de glória
em glória à imagem de Cristo (2 Co 3.18).
c) A ordem de Deus era para ele habitar. "E habita ali" (v.1). Isso importa em duas coisas.
(1) Deus não disse "visitar Betel", mas habitar, permanecer, demorar ali. Há muitos "alis"
importantes para o crente na Escritura, mas o de Betel destaca-se entre os demais. É a
importância da Igreja, como povo e como santuário de Deus para a família. Não são idas
periódicas e irregulares da família à casa de Deus, mas estar lá sempre, regularmente.
Quem apenas "visita" a igreja é muito diferente de quem "habita" ali. Quem habita, cuida,
zela, defende, conhece; ao passo que, quem apenas visita e faz casualmente sem qualquer
responsabilidade. O crente "visitante" da casa de Deus só quer receber e não dar; é o
inverso do "habitante". (2) Outra coisa implícita nesta ordem de Deus é o seu propósito de
abençoar a família inteira. Deus não queria Jacó sozinho habitando em Betel, ausente da
esposa e filhos e netos e etc. Ver o versículo 3. Deus quer toda a família dentro do seu
reino, mas também quer este reino dentro de cada um dos familiares. O culto doméstico,
isto é, a família reunida em casa para cultuar a Deus está bem evidente na presente lição.
"Bem aventurado os que habitam a tua casa" ( Sl 84.4). 
d) A ordem de Deus inclui um altar. "Faze ali altar ao Deus que te apareceu" (v.1). Esse
altar de Jacó (é também o teu e o meu) não pode ser adquirido, emprestado, transferido,
transplantado, mas erigido por nós próprios. 
É o altar da renovação espiritual do crente. (O altar era então um tipo visível da presença
do Deus invisível em nós.) No Antigo Testamento o altar era o caminho do acesso a Deus.
Era o primeiro objeto que o pecador encontrava à entrada da casa de Deus. O caminho para
o Lugar Santíssimo onde fulgurava a glória divina começava no altar. Era aqui o lugar do
encontro do pecador com Deus. Nosso Salvador Jesus é tanto o caminho para Deus, quanto
o nosso supremo altar (Jo 14.6; Hb 13.10).
Num passado distante, Jacó ainda carnal e "suplantador", levantou uma "coluna" a Deus em
Betel (Gn 28.18,22).
Isso era mais um marco comemorativo da revelação que Deus lhe dera ali. Agora tratava-se
de um altar em conjunto com toda sua família e serviçais. Era agora um marco de adoração
e entrega a Deus.
Mas tarde Jacó levantou um altar a Deus em local impróprio, como hoje muitos ainda fazem
(Gn 33.19,20).
Agora Deus mesmo indica o local: Betel. Famílias há que mantêm um altar espiritual, mas
impróprio e inaceitável a Deus, por ser um altar misto, antibíblico e só de aparência e de
tradição religiosa como o dos separatistas de Israel ( Is 22.10).

II. O MARIDO, LÍDER DA FAMÍLIA 

Deus outra vez falou a Jacó (v.1) quando este e sua casa menos mereciam, pois viviam a
crise espiritual, moral e social do capítulo 34. Espiritual (a cilada fatal, seguida de massacre
e pilhagem pelos filhos de Jacó); moral (a filha, levada à força e violentada), e social (a
inimizade surgida na redondeza, pelos incidentes).
Falamos sempre em buscar a Deus, mas na realidade é Ele que por seu amor, graça e
compaixão sempre nos busca e nos acode em nossos apertos. Crises as mais terríveis se
abatem sobre a família em toda parte, mas Deus quer salvar a todos os membros da família
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e não apenas os "bonzinhos", como aqueles cujos nomes não aparecem em Gn 34, mas
seus feitos horríveis, sim. Ali aparecem só os nomes de Simão e Leví ( Gn 34.25). Ver At
11.14.
1. Jacó e sua família (vv.2,3). A obediência de Jacó foi imediata como chefe de família.
Nada ficou para mais tarde. A família inteira correspondeu, como vimos nos vv. 4,5. E isso
contrasta fortemente com o seu estado anterior de fraqueza espiritual e falta de
determinação. A preparação de Jacó e sua família para irem a Betel por ordem de Deus,
ilustra muito bem os passos necessários da nossa parte para um reavivamento espiritual e
as bênçãos que o caracterizam.
Jacó reconheceu o baixo estado espiritual da sua família e agiu primeiramente nesse
sentido, para mudar esse quadro espiritual diante de Deus. A Bíblia não menciona aqui a
esposa de Jacó nesse momento tão importante da família porque ele estava completamente
culpado nesse ponto. 
Jacó teve mais de uma mulher. Isso é antibíblico, conforme a lei divina ( Gn 2.24; Mc 10.6-8).
A Palavra de Deus é a regra única aqui. Toda justificativa humana para a poligamia e a
poliandria é apenas pretexto oco, vazio, diante de Deus. Todo marido ou esposa que viola a
lei divina nesse particular sofre severos revezes juntamente com sua família e
descendentes.
a) Idolatria na família. "Tirai os deuses estranhos no meio de vós" (v.2). Evidentemente
Jacó como chefe da família sabia da existência desse ídolos dentro de casa, mas não tomara
providências para eliminar esse pecado.
Agora, avivado pelo Espírito Santo ele vê coisas erradas, inconvenientes e pecaminosas que
antes não via. Deus não falou a Jacó desses ídolos no v.1 mas agora sua consciência
avivada tem outra sensibilidade.
Tiremos os "deuses estranhos" de dentro do lar. São "ídolos" de muitos tipos e gostos, do
marido, da mulher, dos filhos. Um ídolo na vida cristã é tudo o que ocupa o lugar entre nós
e Deus, ou tudo o que em nossa vida tem a primazia em relação a Deus; isto é, desloca
Deus do seu lugar em nossa vida.
O Diabo usa ardilosamente uma infinidade de seus "ídolos" dentro da família hoje,
aparentemente inofensivos, naturais e úteis, para estragar e contaminar o lar. O crente
morno, como o caso do "anjo da igreja" de Laodicéia, não vê coisas erradas, por perda de
visão (Ap 3.16,17). Jacó e sua família eram crentes, mas tinham ídolos em casa. Esse ídolos
em nossa vida arruinam a nossa fé. Jacó, agora despertado, sabia disso e agiu sem demora.
Que ídolos eram esses? Os eruditos no assunto vão longe aqui e alguns até são favoráveis a
esse terafins, mas com pouco espaço que temos, a prioridade é da Bíblia.
Esse ídolos do lar, como chegaram às tendas de Israel?
Da ladroeira de Siquém? (Gn 34.27,29); dois servos trazidos da Mesopotâmia? Da cultura
pagã do oriente? (Gn 29.1). Da pouca espiritualidade da família? Seja o que for, tiremos
quaisquer tipos de ídolos do nosso lar, para Deus poder agir! ( 1 Co 10.19-21; 2 Co 6.16; 1 Jo
5.21). "Preparai o vosso coração" para o avivamento (1 Sm 7.3)! "Preparai o caminho do
Senhor" (Mt 3.3). 
b) Pureza espiritual. "Purificai-vos, e mudai os vossos vestidos" (v.2). Foi a ordem seguinte
de um chefe de família renovado na sua vida espiritual. A retidão da vida, a santidade, a
integridade, a justiça é das coisas mais importantes da lei divina, como Jesus ensinou em Mt
23.23b. A pureza é o repúdio ao, e afastamento do, pecado por parte do crente, pois é o
pecado que estraga, contamina, enfraquece e por fim extingue a vida espiritual do crente. É
evidente que práticas e ritos religiosos estavam vinculados a esses ídolos da família de Jacó.
O mesmo acontece hoje. O efeito do pecado nunca é singelo; é sempre múltiplo; esse é um
dos enganos do pecado (Hb 3.13). Certamente eles adotaram vestes dos cananeus que não
conheciam a Deus e portanto não tinham o santo temor de Deus, mas também vestes
associados a esses ídolos já mencionados. Na Bíblia, vestes, devido cobrirem o corpo, falam
da cobertura da justiça dos santos (Ap 19.8; Is 61.10; Sl 132.9). O crente que se veste
indignamente, compromete seriamente o ensino bíblico aqui figurado. Romanos 13.14 é
também de profundo significado. Literalmente este texto declara que estando o crente sob a
cobertura da justiça de Cristo, não deve deixar qualquer alimento para a carne. A fonte da
nossa purificação em tudo está no poder do sangue de Jesus ( Ef 5.26; 1 Jo 1.7,9; Ap 1.5).

III. A FAMÍLIA SUBMISSA AO MARIDO 


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As palavras de Jacó vinham de Deus e a sua família prontamente obedeceu, pois o alvo de
tudo era adorarem juntos na casa de Deus (o significado de Betel), como nos mostra o v.3.
1. A prontidão da família em obedecer. O v.4 mostra que renunciaram aos ídolos de todos
os tipos e Jacó os sepultou também sem demora, para não serem mais vistos. Na entrega
dos ídolos, Raquel, a amada e diligente esposa de Jacó teve sua parte, pois ela furtara os
ídolos de seu pai (Labão), quando da viagem de Harã para Canaã ( Gn 31.19). Os problemas
da família podem se agravar através da mãe. A família de Jacó, como já vimos, tinha
problemas da parte do pai, dos filhos, mas também da mãe.
2. A prontidão da família para adorar. O v.5 diz "e partiram." 
A partida seria mais simples, se fosse apenas a família de Jacó. Mas tratava-se de uma
mudança completa, incluindo os servos e servas e todos os pertences. Quando nos
dispomos a fazer a vontade de Deus em tudo, a pontualidade é observada. Os atrasos
viciosos são a causa de muita contenda nas famílias e de muito prejuízo para a obra de
Deus.
3. A proteção de Deus à família. Na viagem de Siquém para Betel "a terra do Senhor"
instalou-se na alma do povo estranho e adversário. Foi essa a proteção escolhida por Deus.
Deus protege a família não é só por sua ação externa, mas também no íntimo das pessoas
como vemos aqui. Grandioso é o Senhor!

IV. O MARIDO SUBMISSO AO SENHOR 

Deve ter sido um momento solene para Jacó, agora já idoso, voltar a Betel, já com novo
nome (Israel) dado por Deus, consoante a transformação espiritual em sua vida.
1. Submissão completa a Deus (v.6). "Assim chegou Jacó". "Assim", isto é, guardado por
Deus. Sua chegada a Betel foi parte da sua obediência Deus como chefe de família (v.1).
Toda sua família estava ali reunida e unida (v.6b). Jacó poderia Ter saído de Siquém e
chegado a outro lugar (como ele fez com seu irmão Esaú ( Gn 33.14,17). Ele foi fiel ao
Senhor.
2. O altar de Deus construído (v.7). Edificado segundo a direção de Deus. Este é o segundo
altar de Jacó. O primeiro ele fez em lugar impróprio (33.20). Ele seguiu os passas de seu
pai Isaque que também construiu um altar (26.25). Filhos que procuram seguir os pais nas
coisas do Senhor. Este altar era como o de Siquém, que só tem o registro; este tem uma
história de fé, de avivamento e de vitória (vv.7-5).
3. O altar do avivamento (v.7). Este altar redundou em bênção para aquele lugar. Ele
chamou aquele lugar El-Betel. Literalmente: "O Deus Todo-Poderoso da Casa de Deus".
Antes de ser avivado, Jacó se preocupava com o lugar ("Casa de Deus").
Agora ele se preocupa com a Pessoa do lugar, chamando El-Betel ("O Deus Todo-Poderoso
da Casa de Deus"). Isso indica que Jacó experimentara uma das gloriosas mudanças
espirituais que o avivamento lhe trouxe.

CONCLUSÃO

A obediência de Jacó foi imediata como chefe de família. Nada ficou para mais tarde. A
família inteira correspondeu, como vimos nos vv.4,5. E isso contrasta fortemente com o seu
estado anterior de fraqueza espiritual e falta de determinação. A preparação de Jacó e sua
família para irem a Betel por ordem de Deus, ilustra muito bem os passos necessários da
nossa parte para um reavivamento espiritual e as bênçãos que o caracterizam.
Crises as mais terríveis se abatem sobre a família em toda parte, mas Deus quer salvar a
todos.

AUXILIOS SUPLEMENTARES

Subsídio Teológico 
"O teólogo holandês Jacob Arminius (1560-1609) discordou das doutrinas do calvinismo,
argumentando que tendem a fazer de Deus o autor do pecado, por ter Ele escolhido, na
eternidade passada, quem seria ou não salvo, e negam o livre-arbítrio do ser humano, por
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declararem que ninguém pode resistir à graça de Deus. 
"Os ensinos de Arminius foram resumidos nas cinco teses dos Artigos de Protesto (1610): a
predestinação depende da maneira de a pessoa corresponder ao chamado da salvação, e é
fundamentada na presciência de Deus; Cristo morreu em prol de toda e qualquer pessoa,
mas somente os que crêem são salvos; a pessoa não tem a capacidade de crer, e precisa
da graça de Deus; mas a graça pode ser resistida; se todos os regenerados perseverarão é
questão que exige mais investigação. 
"As diferenças entre o calvinismo e o arminismo ficam, portanto, claras. Segundo os
arminianos, Deus sabe de antemão as pessoas que lhe aceitarão a oferta da graça, e são
estas que Ele predestina a compartilhar todos os que, de livre e espontânea vontade, lhe
aceitam a salvação outorgada em Cristo, e continuam a viver por Ele. A morte expiatória de
Jesus foi em favor de todas as pessoas indistintamente. 
"A maioria dos pentecostais tende ao sistema arminiano de teologia tendo em vista a
necessidade do indivíduo em aceitar pessoalmente o Evangelho e o Espírito Santo."
(Teologia Sistemática, CPAD, pág. 54. Para estudar o calvinismo vide pág. 53 desta
mesma obra.) 

Subsídio Doutrinário 
O Dicionário Teológico (CPAD) dá a seguinte definição para Livre-arbítrio: "[Lat. Liberum
arbitrium] Liberdade de escolha. Capacidade que possui o ser humano de pensar ou agir
tendo como única motivação a sua vontade. 
Em linguagem filosófica, é o instituto moral e ontológico que nos faculta escolher entre o
bem e o mal. Através do livre-arbítrio, podemos exercer um poder sem outro motivo que
não a própria existência desse poder".

GLOSSÁRIO

Beneplácito: Consentimento, licença, aprovação, aprazimento, querer. 


Elite: Minoria prestigiada e dominante no grupo. 
Expiar: Remir (a culpa), cumprindo pena; pagar. 
Indisfarçável: Não disfarçável; que não encobre, oculta. 
Magistral: Perfeito, completo, exemplar. 
Magnificência: Qualidade de magnificente; grandiosidade, suntuosidade, pompa,
esplendor. 
Plenitude: Qualidade ou estado de pleno. 
Predestinar: Destinar com antecipação. Em Teologia é escolher desde a eternidade. 
Redenção: Ato ou efeito de remir ou redimir.
Remissão: Compensação, paga; satisfação; perdão total dos pecados, concedido por
Deus. 
Resgate: Libertação, livramento. 
Velar: Encobrir; esconder, ocultar, guardar.

QUESTIONÁRIO

1. Quais são as duas expressões-chaves do propósito divino da salvação?

R. "Nos elegeu" e "nos predestinou".


2. O que se refere o termo predestinação?
R. A indicação de que, no glorioso propósito da salvação, Deus já havia estabelecido que os
eleitos seriam, também, adotados como filhos de Deus.
3. Qual o efeito imediato da redenção?
R. Deus tornou abundante a possibilidade de redenção e perdão capacitando todo o salvo
em Cristo conhecer as riquezas da sua salvação.
4. Quem promove a fé em Cristo como Salvador e, também, a sua presença viva e dinâmica
na vida dos crentes?
R. O Espírito Santo.
5. Que significa a palavra "penhor"?
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R. Garantia, segurança, prova de alguma coisa.

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