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CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS

LUIZ HENRIQUE MENEZES DE PAULA MACIEL


RGM: 011.5099

DIREITOS REAIS DE GARANTIA

Dourados
2021
SUMÁRIO:

Sumário.............................................................................................................................pag.01
I. Introdução.....................................................................................................................pag.01
II. Noções Gerais de Direito Reais de Garantia..............................................................pag.01
A) Noções Históricas....................................................................................................pag.01
B) Noções Elementares de seu Conceito e suas Característica................................pag.02
C) Requisitos................................................................................................................pag.03
D) Efeitos......................................................................................................................pag.05
E) Vencimento Antecipado da Dívida........................................................................pag.07
III. Hipotéca......................................................................................................................pag.07
IV. Penhor.........................................................................................................................pag.11
V. Anticrese.......................................................................................................................pag.14
Referências Bibliográficas...............................................................................................pag.15

I. INTRODUÇÃO:
Os direitos reais, aqueles estabelecidos no artigo 1.225 do Código Civil, podem ser
classificados em 6 grupos, a saber: a) direito de posse, uso, gozo e disposição (na qual a
propriedade se configura plenamente); b) direito de posse, uso, gozo e disposição, porém com
restrições advindas do direito alheio; c) direito de posse, uso e gozo mas sem disposição; e)
direito do promitente-comprador do imóvel; e por fim f) direitos de garantia.
O presente trabalho se dedicará á expor este último grupo, apresentando sua evolução
histórica, conceitualizando, descrevendo e elucidando os três institutos jurídicos que compõe
os direitos de garantia, sendo eles o penhor, a anticrese e a hipoteca e demonstrando, por fim,
sua importância no direito brasileiro contemporâneo.

II. NOÇÕES GERAIS DE DIREITOS REAIS DE GARANTIA:


A primeira noção que se deve possuir dos direitos reais de garantia é sua evolução
histórica até o presente momento, demonstrando suas origens e todos os formatos assumidos
por estes institutos jurídicos até a configuração atual.

A) NOÇÕES HISTÓRICAS:
Primeiramente deve-se constatar que a ideia de garantia não era conhecida nas culturas
primitivas nem nas primeiras civilizações, pois toda dívida de um credor vinculava a sua própria
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pessoa ao pagamento das obrigações pactuadas. Era a responsabilidade pessoal, na qual o corpo
do devedor era passado ao domínio do credor como forma de cumprimento da dívida
inadimplida. Muitas vezes, em certas culturas, a família do devedor acabava sendo vinculada á
divida também, mediante trabalho escravo como ônus da obrigação não adimplida. A condição
de escravo, aliás, surgia fortemente como consequência de alguma obrigação desrespeitada,
havendo a perda da liberdade total por parte do descumpridor, podendo ser encarcerado ou
leiloado em feiras de escravos como ocorria normalmente num estágio do Direito Romano. A
criação de normas com responsabilidade pessoal do devedor fora regra em todas as antigas
civilizações, desde a egípcia, passando pela lei mosaica hebraica, chegando até os primórdios
da República Romana com a Lei das XII Tábuas, na qual expressava várias cláusulas nesse
sentido.
O primeiro indício de uma responsabilidade não mais pessoal, mas patrimonial, começou
com o desenvolvimento da lex Poetelia Papiria, na qual o devedor, ao invés de entregar a
próprio corpo e a própria liberdade em nome da dívida, poderia agora entregar algum bem
patrimonial em garantia. Ao cumprir a obrigação podia-se reaver o bem que fora dado em
garantia. Este instituto inicialmente recebeu a denominação de fidúcia. Entretanto, começou-se
na época o ato dos credores não devolverem os bens dados em garantia após o cumprimento da
dívida corretamente. O pignus surgiu como uma forma de proteção e ‘‘segurança patrimonial’’
do devedor, na qual o instituto permitia a transferência da posse ao credor, sob o asseguramento
e a proteção por interditos. A hypotheca e a anticrese foram outros dois institutos que se
desenvolveram no direito romano visando criar formas de cumprimento de obrigação com
caráter de natureza pessoal e real mais eficazes.
Com esta origem no Direito Romano, os institutos jurídicos de garantia foram herdados
para o Direito Brasileiro e está atualmente firmado e consolidado nos três elementos que
compõe o direito real de garantia: A hipoteca, a anticrese e o penhor.

B) NOÇÕES ELEMENTARES DE SEU CONCEITO E SUAS CARACTERÍSICAS:


A Noção seguinte que se deve ter em matéria de direito real de garantia é a sua
conceitualização. Nesse sentido, a garantia, no direito real, é quando o devedor possui uma
obrigação que necessita ser adimplida e vincula um bem de seu próprio patrimônio, ou de
terceiro por meio da autorização do mesmo, como meio para satisfazer a referida obrigação em
caso de inadimplemento. É um meio de segurança para a satisfação da relação estabelecida.
Essa segurança se concretiza- diferentemente de outros tipos de garantias, como é o das

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garantias pessoais, como por exemplo nos contratos de fianças- por meio do ato de separação
do bem resguardado para uma futura satisfação da obrigação nos casos que ocorrerem o
inadimplemento. Tal conceito estabelece dois caráteres indispensáveis da garantia: o caráter
pessoal da garantia, que nasce através do vínculo que existe com o bem separado para satisfazer
a obrigação, que faz surgir daí, portanto, a natureza real da garantia.
Por isso pode-se considerar os direitos de garantias como direito misto, sendo da sua
própria natureza estar configurado, simultaneamente, os ônus e deveres reais com os deveres
obrigacionais ou pessoais. A relação é pessoal, por existir a dívida, e real, por haver a garantia.
Por outro lado, é justo averbar que aquilo que se considera direito do credor de recebimento é
o valor exigido na obrigação. O patrimônio separado do devedor representa em si o valor que
se exige como adimplemento. Ou seja, em síntese, o credor não possui direito em cima do
patrimônio do devedor, mas sim, ao valor que este proporciona como crédito para cumprimento
da dívida.
Por ser uma garantia real tem eficácia erga omnes, exigindo-se ato de publicidade para
sua validade e possui aderência, podendo advir a sequela ou resultar no direito de preferência.
A sequela condiciona o bem que esta como garantia, permanecendo o ônus independentemente
do dono, pois está vinculado ao bem. Não se finda a garantia com a transferência, extinguindo-
a somente após a extinção da dívida. Por sua vez, a preferência delimita a ordem que se deverá
ter entre os credores para o adimplemento de cada obrigação devida pelo devedor, possuindo o
credor titular da garantia a preferência de ter seu crédito satisfeito primeiramente. Importante
salientar outras características primordiais dos direitos reais de garantias como as de sua
natureza acessória, temporária e que se exige um objeto que seja alienável.
O fim último que se destina os direitos reais de garantia, portanto, é proteger o credor
contra uma possível insolvência do devedor, possuindo, aquele, direito sobre o respectivo
patrimônio vinculado e separado.

C) REQUISITOS:
Para existir eficazmente um direito real de garantia é necessário três requisitos essências
e indispensáveis, categorizados em: requisito subjetivo, ou de capacidade; requisito objetivo,
referente ao bem patrimonial; e o requisito formal, que estabelece os pressupostos formais para
o contrato de garantia real.

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O art. 1.420 do Código Civil (C.C.) dispõe, em sua primeira parte, quem é que tem a
capacidade de constituir ônus reais de garantia, estabelecendo assim, quem é a pessoa legítima
e capaz para a prática dos atos da vida civil.
“Art. 1420: Só aquele que pode alienar poderá empenhar, hipotecar ou dar em
anticrese; [...]’’
Este é o requisito subjetivo. Estabelece que quem tem a capacidade para estabelecer o
ônus é apenas o próprio dono da coisa, pois quem pode efetuar a alienação tem livre
disponibilidade da mesma, o que lhe permite o poder de gravá-la com os ônus que entender.
Evidente, portanto, que ficam proibidos de constituírem ônus reais de garantia os absolutamente
incapazes e os relativamente quando ausente a assistência do responsável direto e o cônjuge,
que não poderá hipotecar um bem sem o assentimento do outro quando se tratando de imóvel
particular, ou sem o consentimento, quando for comum o imóvel. Uma exceção que se
configura é quando se trata de proprietário superveniente (art.1420, §1°). Assim, poderá ser
eficaz a constituição de garantia quando a pessoa não proprietária do bem entrega este em
garantia e posteriormente o adquire para si, se tornando titular posteriormente. Neste caso, não
se visualiza nulidade do ato.
O requisito Objetivo se encontra disposto na segunda parte do art.1420 na qual
estabelece:‘‘ art. 1240: [...] só os bens que se podem alienar poderão ser dados em penhor,
anticrese ou hipoteca”.
Por este prisma se firma que apenas os bens suscetíveis de alienação que podem ser
objetos de garantia real. São nulas, portanto, aquelas garantias reais que passem a onerar bens
inalienáveis. Necessitam ser bens possíveis e lícitos, ou seja, bens in commercium (exemplos
de bens que estão fora do comércio- ou seja, que não poderão servir como garantia em contrato
real de garantia- e que necessitam de lei especial para se configurarem objetos de relação
jurídica são os bens públicos).
Analisando as três espécies de garantia real tem-se que o objeto do penhor é a coisa
móvel; na hipoteca, o objeto é o bem imóvel, não havendo transferência da posse ao credor,
bem como os navios e as aeronaves; e por fim, a anticrese, o qual o objeto são os frutos e
rendimentos do bem, permanecendo este em posse do credor, para viabilizar aqueles direitos.
Por último, temos o requisito Formal na qual determinará a eficácia e plenitude dos
direitos reais de garantia. Tal requisito tem como base o cumprimento de dois atos para
assegurar o cumprimento da garantia real que é a proteção do bem, o separando, perante
terceiros, que é sua finalidade última: o ato de especialização e o de publicidade.

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Especialização é o ato de estabelecer no contrato a descrição pormenorizada dos
principais elementos que devem estar na relação de garantia real, expressando a real situação
do devedor (suas condições econômicas e patrimoniais) para credores e terceiros fora da
relação, mas que possuem interesse e vinculo com o devedor. O ato de especialização esta
previsto no art. 1424 do Código Civil na qual determina que dever estar formalmente expresso:
I. O valor do crédito com sua estimação ou seu valor máximo; II. O prazo que fora fixado para
efetuar o pagamento; III. a taxa de juros quando existente; IV. Todas as especificações e
informações importantes do bem dado em garantia.
O segundo ato de extrema importância para o requisito formal é a publicidade. Ela
ocorre através do registro do título constitutivo da matrícula no Registro de Imóveis, quando
for garantia real de hipoteca, anticrese ou penhor rural (arts. 1438 e 1492 do C.C.), e mediante
registro no Registro de Títulos e Documentos quando for bens móveis nas garantias reais de
hipoteca e penhor convencional. Possuindo publicidade, com o registro, e tendo seus elementos
contratuais especificados, a garantia real se torna eficaz e formalmente perfeita.

D) EFEITOS:
O principal efeito que as garantias reais têm é o de proteger o credor da insolvência do
dever resguardando o bem patrimonial deste em favor daquele. Assim, o bem que era
comumente assegurado para todos os credores passa a ser reversado ao cumprimento de
determinada obrigação. Essa sujeição gera um vínculo real, e dela sobressaem os seguintes
efeitos decorrentes: a) o efeito de prelação ou conhecido como direito de preferência; b)
sequela; c) direito de excussão e d) efeito indivisível.
A preferência traz o efeito de excluir os demais credores do devedor, limitando uma
parte do patrimônio deste com a separação, como garantia real, concedendo ao titular da
garantia a preferência em usar o bem reservado como adimplemento da obrigação pactuada. A
prelação, portanto, estabelece a primazia do credor com garantia real em receber o valor
correspondente ao crédito que lhe é devido pela obrigação, preterindo os demais concorrentes.
Mesmo que o bem em garantia não proporcione o valor integral para quitar a dívida, o credor
sem privilégio permanecerá preferencial do que faltar, agora, como credor quirografário.
O direito de sequela diz respeito ao direito que possui o credor de ter sua satisfação
obrigacional cumprida mesmo que a posse do bem esteja com terceiro. O efeito da sequela nas
garantias reais habilita o credor de possui o poder de perseguir o bem na onde quer que esteja
por conta de seu direito real; tal direito é uma espécie de aderência que marca o bem objeto da

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garantia, não permitindo que este possa ser objeto de obrigação alheia, ou que ele seja alienado
para outrem. Mesmo estando com um terceiro, o credor titular continua com o direito sobre o
bem como garantia de sua satisfação obrigacional.
Estabelece o art. 1422 do C.C. que: ‘‘o credor hipotecário e o pignoratício têm o direito
de excutir a coisa hipotecada ou empenhada”. A excussão significa o direito de vender o bem
por vias judiciais em hasta pública para o pagamento da dívida, adquirindo o valor recebido
com a venda. O único requisito exigido para este efeito é o de que a dívida esteja vencida.
Ocorrendo duas hipotecas sobre o mesmo bem deverá observar a ordem prioritária dos registros,
preponderando o pagamento da dívida cuja garantia teve prioridade no Registro de Imóveis. O
art. 1.430 preleciona que: “Quando, excutido o penhor, ou executada a hipoteca, o produto não
bastar para pagamento da dívida e despesas judiciais, continuará o devedor obrigado
pessoalmente pelo restante”. Caso o valor obtido na excussão do bem não venha satisfizer a
dívida integralmente, continuará o devedor responsável pelo restante, cobrável também via
executiva. A excussão é uma ação especial que visa, mediante a hipoteca e o penhor, efetuar a
vendo do bem em garantia, pela via judicial, adquirindo com o valor da venda o montante para
o adimplemento da obrigação devida, excluindo os credores quirografários.
Outro efeito decorrente das garantias reais é seu caráter de indivisibilidade. O art. 1.421
do C.C. dispõe que “O pagamento de uma ou mais prestações da dívida não importa
exoneração correspondente da garantia, ainda que esta compreenda vários bens, salvo
disposição expressa no título ou na quitação”. A garantia protege o credor utilizando o
patrimônio do devedor reservado para que responda integralmente o valor da obrigação. A
coisa inteira permanecerá garantindo o remanescente da dívida, pois o cumprimento parcial da
obrigação não extingue a parcela faltante que corresponde a garantia.
Um outro efeito importantíssimo para o estudo e compreensão das garantias reais é a
remição. Remir significa o ato de liberar a coisa de seu agravamento por meio do pagamento
do credor. Não se pode confundir com o termo Remissão que quer dizer o ato de perdoar a
dívida no direito das obrigações da qual o efeito é a extinção da mesma. Assim previsto no art.
1421 do C.C. anteriormente citado, prevê a necessidade de remir a dívida inteiramente para
liberar a coisa da garantia real. Por esse efeito também insurge a impossibilidade de efetuar a
remição parcial do débito. O art. 1429 do C.C. estabelece que: “Os sucessores do devedor não
podem remir parcialmente o penhor ou a hipoteca na proporção dos seus quinhões; qualquer
deles, porém, pode fazê-lo no todo”. Portanto o herdeiro ou sucessor que realiza a remição
torna-se sub-rogado nos direitos do credor pelas cotas que houver satisfeito.

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O ultimo efeito que se deve se ater é a nulidade imposta á cláusula que estipule o pacto
comissório. O art. 1428 traz que: ‘‘É nula a cláusula que autoriza o credor pignoratício,
anticrético ou hipotecário a ficar com o objeto da garantia, se a dívida não for paga no
vencimento”. Assim sendo, tal efeito tenta evitar a ocorrência de usura, instituto proibido no
ordenamento jurídico brasileiro. O credor com garantia real poderá excutir o bem somente
pagando-se com o produto da arrematação. O que sobejar, deverá retornar ao devedor. O
procedimento que se permite nesse caso é a dação em pagamento, assim estabelecido no art.
1428, parágrafo único, em que “Após o vencimento, poderá o devedor dar a coisa em
pagamento da dívida”. Esse instituto é fruto e decorre exclusivamente da vontade do devedor;
de sua faculdade, não ocorrendo o risco da fraude possível num pacto comissório.

E) VENCIMENTO ANTECIPADO DA DÍVIDA


Um dos requisitos indispensáveis para a efetividade da garantia real é a formalidade de
especificar os elementos contratuais que fora pactuado. Essa formalidade estabelece a
necessidade de fixar o prazo certo para o pagamento da dívida, e consequentemente, o da
extinção da garantia real. Entretanto pode ocorrer de, em certos casos, a lei permitir a
antecipação do vencimento da obrigação e da garantia no intuito de proteger o credor de
prejuízos possíveis. Os casos que possibilitam a ocorrência de prejuízo ao credor são aqueles
listados no art.1425 do C.C. sendo elas:
“A dívida considera-se vencida:
I - se, deteriorando-se, ou depreciando-se o bem dado em segurança, desfalcar
a garantia, e o devedor, intimado, não a reforçar ou substituir; II - se o devedor cair em
insolvência ou falir; III - se as prestações não forem pontualmente pagas, toda vez que
deste modo se achar estipulado o pagamento. Neste caso, o recebimento posterior da
prestação atrasada importa renúncia do credor ao seu direito de execução imediata; IV
- se perecer o bem dado em garantia, e não for substituído; V - se se desapropriar o bem
dado em garantia, hipótese na qual se depositará a parte do preço que for necessária
para o pagamento integral do credor”.
Caso venha ocorrer algumas das situações elencadas acima, tendo o credor ciência da
situação, poderá ele tomar as providências judiciais cabíveis a fim de ver assegurado seu crédito
executando a excussão.

III. HIPOTECA:

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A hipoteca é das três espécies de direito real de garantia a mais utilizada na prática
jurídica. Deve-se ter em conta que as garantias reais perderam imensa força e utilidade
atualmente. Com o uso da propriedade fiduciária o credor observou que possuiria mais
segurança nas relações que travasse e maior praticidade na satisfação de seu crédito com tal
instituto em vez de utilizar alguma das três espécies de garantias reais. Entretanto o Código
Civil prevê a utilização delas na justiça atual e por isso é de grande importância estuda-las.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) define o instituto da hipoteca como um “[...]
direito real de garantia por meio do qual o devedor permanece com o domínio e posse, mas,
em caso de inadimplência ou perecimento da coisa, o credor tem a faculdade de promover a
venda judicial do bem, recebendo o produto até o valor total do crédito, com preferência”.
A hipoteca detém as características típicas de qualquer garantia real. Deve ser publica,
efetivada através do registro, oponível contra qualquer outra pessoa (efeito erga omnes),
possuindo direito de sequela e preferência ao recebimento do crédito. Além disso, é indivisível
e acessória, vinculada à obrigação garantida. Deve-se lembrar que o objeto gravado precisa ser
de propriedade do devedor ou de terceiro, e que a posse do mesmo bem continua com o devedor.
A hipoteca tem três requisitos básicos: requisito objetivo, subjetivo e formal. O primeiro
se refere aos bens que lei determina poderem ser hipotecáveis, que são aqueles previstos no art.
1473 do C.C. São bens hipotecáveis, portanto: a) os imóveis e os acessórios dos imóveis
conjuntamente com eles; b) o domínio direto e o domínio útil; c) as estradas de ferro; d) todos
os recursos naturais determinados no art. 1230, independentemente do solo onde se encontram;
e) os navios e as aeronaves; f) o direito de uso especial para fins de moradia e o direito real de
uso; g) a propriedade superficiária; e por fim h) gasoduto.
Para que haja validade na constituição da hipoteca é necessário não apenas que o
devedor tenha a capacidade genérica, mas, principalmente, que possua a capacidade de alienar.
Este é o requisito subjetivo da hipoteca, assim como predito no art. 1420 do C.C. (ressalvando
o efeito da propriedade superveniente). A lei e a doutrina estabelecem outras condições para a
alienação necessárias para que ocorra a hipoteca: assim, há o dever de outorga uxória de um
cônjugue ao outro para que se constitua a hipoteca, pois ‘‘nenhum dos cônjuges pode, sem
autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta, alienar ou gravar de ônus real
os bens imóveis” (CC, art. 1.647, I). Os menores sob poder familiar (CC, art. 1.691) ou sob a
tutela, bem como os curatelados, poderão hipotecar seus bens mediante representação ou
assistência e após autorização judicial para que possam gravar os seus bens. Não é permitido
ao inventariante constituir hipoteca sobre bens que integram o acervo hereditário, salvo se
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houver autorização judicial. Entretanto, o herdeiro, quando a sucessão estiver aberta, passará a
possuir a capacidade para hipoteca sua parte ideal, que, separada na partilha, será atribuída ao
arrematante. Deve considerar a capacidade subjetiva dos condôminos na qual, se tratando de
condomínio geral, um condômino apenas poderá hipotecar a coisa em comum integralmente
após haver o consenso de todos os demais. Sem este consenso aquele somente poderá hipotecar
sua parte ideal (art.1420, §2°). No tocante aos condomínios edilícios e de lotes poderá ser dada
em garantia real a unidade autônoma de um dos condôminos sem o consentimento dos demais;
porém, referente à área em comum, isso se torna impossível.
Agora, explana-se sobre os requisitos formais, tratando de como são as formalidades
básicas para a constituição da hipoteca. Este instituto pode surgir mediante contrato, a lei ou
pela decisão judicial e necessita do título constitutivo, da especialização e do registro no
Cartório de Registro de Imóveis. Atenta-se que os requisitos indispensáveis nas garantias reais
em geral compõem aqueles que constituem a hipoteca, como por exemplo a especialidade e a
publicidade (arts. 1424 e 1492 do C.C.). Nos casos em que venha ocorrer hipotecas sucessivas
em cima do mesmo bem para diversos credores o art. 1493 determina que os ‘‘ registros e
averbações seguirão a ordem em que forem requeridas, verificando-se ela pela da sua
numeração sucessiva no protocolo.’’ e ainda dispõe em seu parágrafo único que ‘‘O número
de ordem determina a prioridade, e esta a preferência entre as hipotecas.’’ O art. 1.494 do
C.C. dispõe, no intuito de evitar qualquer confusão, que: ‘‘Não se registrarão no mesmo dia
duas hipotecas, ou uma hipoteca e outro direito real, sobre o mesmo imóvel, em favor de
pessoas diversas, salvo se as escrituras, do mesmo dia, indicarem a hora em que foram
lavradas.’’. A prioridade e a preferência advêm da prenotação e do número de ordem, e não do
registro da hipoteca. Não ocorre o impedimento da constituição de duas hipotecas em um único
dia, mas impede-se a ocorrência de dois registros no mesmo dia. Em última análise vale
ressaltar que é válido ‘‘o registro da hipoteca, enquanto a obrigação perdurar; mas a
especialização, em completando vinte anos, deve ser renovada.’’ (art.1498 do C.C.).
Referente as espécies de hipoteca há a existência de três: hipoteca convencional, a legal
e a judicial. A primeira surge da livre manifestação de vontade entre as partes gerando um
acordo celebrado entre si materializado na forma de um contrato, em que o devedor, de modo
voluntário, vincula um bem capaz de ser hipotecável em garantia para assegurar a obrigação
pactuada. É muito típico que ocorra em contratos de mútuo.
A segunda espécie de hipoteca que pode ocorrer é a legal, que advém da Lei, na qual há
a intenção de resguardar o crédito do credor em certas situações que é previsível a ocorrência

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de inadimplência por parte do devedor. Nesse caso não é propriamente a dívida que incide a
hipoteca, mas sim, a qualidade da parte credora. O art. 1489 do C.C. dispõe quem são os
credores capazes de possuir a hipoteca legal, sendo eles: a) as pessoas de direito público interno
e sobre os imóveis pertencentes aos encarregados da cobrança, guarda ou administração dos
respectivos fundos e rendas; b) os filhos, sobre os imóveis do pai ou da mãe que passar a outras
núpcias, sem que antes se tenha feito o inventário do casal; c) o ofendido, ou aos seus herdeiros,
referente aos imóveis do delinquente, para satisfação do dano causado pelo delito ocorrido e
pagamento das despesas judiciais; d) o coerdeiro, para que se garanta seu quinhão ou torna da
partilha, sobre o imóvel adjudicado ao herdeiro reponente; e por fim, e) o credor sobre o imóvel
arrematado, para garantia do pagamento do restante do valor necessário para a arrematação.
A última espécie de hipoteca é a judicial que surge como garantia para que se cumpra
uma decisão judicial. Tal modalidade esta disciplinada no Art. 495 do CPC/15 que propõe que
‘‘A decisão que condenar o réu ao pagamento de prestação consistente em dinheiro e a que
determinar a conversão de prestação de fazer, de não fazer ou de dar coisa em prestação
pecuniária valerão como título constitutivo de hipoteca judiciária.’’ Não sendo
necessariamente uma garantia que surja exclusivamente de uma sentença, podendo advir de
uma tutela ou de uma decisão interlocutória. A hipoteca judicial pode se realizar através de
‘‘apresentação de cópia da sentença perante o cartório de registro imobiliário,
independentemente de ordem judicial, de declaração expressa do juiz ou de demonstração de
urgência.’’ (art. 495, §2° do CPC). O principal efeito que sobressai com a constituição da
hipoteca judicial é o direito de preferencia do credor hipotecário da qual se deverá efetuar
primeiramente o pagamento, satisfazendo seu crédito antes dos demais credores existentes. O
fundamento de tal efeito se encontra no §4° do art.495 do CPC, que versa da seguinte forma:
’’A hipoteca judiciária, uma vez constituída, implicará, para o credor hipotecário, o direito de
preferência, quanto ao pagamento, em relação a outros credores, observada a prioridade no
registro.’’
Conseguintemente faz-se necessário conferir a atenção aos efeitos ocasionados pela
constituição da hipoteca. Os efeitos são variados dependendo da perspectiva de que se analisa
a hipoteca. Em relação ao devedor, este sofre sérias limitações em seu direito de propriedade,
mesmo que conservando a posse. A propriedade plena é restringida. Fica proibido de agir, direta
ou indiretamente, de forma que possa vir a deteriorar, depreciar ou degradar a coisa garantida.
Não pode haver a incidência de outro direito de garantia real enquanto pendurar a garantia da
hipoteca, dentre outras restrições. Referente ao credor, poderá, este, exigir a conservação e

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manutenção do bem resguardado pela garantia. Vencendo a dívida e estando o devedor em
inadimplência tem o credor o direito de executar o bem vendo-o judicialmente. Determina o
C.C. que ‘‘Se o bem hipotecado for penhorado por outro credor, não poderá ser validamente
praceado sem a citação do credor hipotecário (art. 1.501).’’ Os efeitos referentes aos terceiros
iniciam-se propositadamente pela questão dos direitos reais em si, com a consequência de
atingir todos da sociedade (efeito erga omnes) em face do titular do bem, e nas garantias reais
ocorre o mesmo, por conta do registro feito e a publicidade que decorre disso. O terceiro que
comprar o bem com ônus da hipoteca, alienado pelo devedor, receberá o bem gravado, e caso
ocorra a inadimplência da obrigação, haverá a excussão e suas consequências. Na situação em
que o adquirente queira escapar da excussão e da remição do bem imóvel poderá restringir
totalmente sua posse, disponibilizando aos credores ou depositando-o em juízo “até as vinte e
quatro horas subsequentes à citação, com que se inicia o procedimento executivo’’ (art. 1480
e seu parágrafo único).
Tratando-se da remição, pode considerar que a dívida pode ser paga e extinta, junto com
a garantia, e que há certas pessoas capacitadas para remir a hipoteca. São elas: a) o próprio
devedor; b) o credor sub-hipotecário e c) o adquirente do imóvel hipotecado. O art. 902 do CPC
prevê que ‘‘no caso de leilão de bem hipotecado, o executado poderá remi-lo até a assinatura
do auto de arrematação, oferecendo preço igual ao do maior lance oferecido.’’ E dispõe seu
parágrafo único que: ‘‘no caso de falência ou insolvência do devedor hipotecário, o direito de
remição previsto no caput defere-se à massa ou aos credores em concurso, não podendo o
exequente recusar o preço da avaliação do imóvel.’’ Situa-se que o adquirente do imóvel
hipotecado possui dentro do prazo de trinta dias, contados por meio do registro de título
aquisitivo, ‘‘o direito e remi-lo, citando os credores hipotecários e propondo importância não
inferior ao preço por que o adquiriu’’. Tal fundamento está expresso no art. 1481 do CC.
A hipoteca poderá ser instituída em muitos casos, podendo ser objeto de hipoteca: a) as
estradas de ferro; b) os recursos naturais; c) os navios e aviões; d) aqueles de uso especial com
a finalidade de moradia; e) o direito real de uso e f) o gasoduto.
Por fim, a extinção da hipoteca ocorrerá mediante o cancelamento do registro após
averbar-se no Registro de Imóveis tendo vista da prova respectiva para o ato (art.1500 do CC).
A extinção poderá ocorrer quando: a) a obrigação principal se extingue; b) a coisa vem a
perecer; c) houver a resolução da propriedade; d) o credor renunciar seu direito; e) houver a
remição e f) fazer a arrematação ou a adjudicação.

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IV. PENHOR:

Também considero um instituto que está em processo de desuso e decadência


atualmente, o penhor é utilizado, por exemplo, no caso das joias que são penhoradas pela Caixa
Econômica Federal. A par disso, é um instituto válido pelo Código Civil e que possui uma
importância seja histórica, seja pelo uso corriqueiro que ainda possa ter. Seu conceito estabelece
que é um direito real de garantia pela qual se efetua uma transferência da posse de coisa móvel
ou mobilizável para o credor, capaz de se alienar, como garantia do pagamento da dívida com
o valor apurado pela venda.
São sujeitos dessa relação o devedor pignoratício e o credor pignoratício. O primeiro é
o sujeito passivo da obrigação com a garantia, ou então o terceiro que oferece coisa de sua
propriedade para garantir a dívida do devedor, enquanto que o segundo é o ativo da obrigação,
aquele que detém o título do crédito garantido.
As características do penhor são igualmente as mesmas que a da hipoteca, mudando
apenas que o objeto para ser penhorado necessita e depende da tradição, pois o bem deverá ficar
na posse do credor, diferente da hipoteca, na qual a manutenção da posse do bem permanecia
com o próprio devedor. O art. 1431 do C.C. estabelece que o penhor tem como objeto ‘‘coisa
móvel, suscetível de alienação’’. Pode-se empenhorar todos os objetos que não estejam
submetidos á exclusiva garantia da hipoteca do art. 1473 do C.C. Ou seja, se o bem não está no
rol do artigo supracitado, poderá ser empenhorado.
O penhor poderá ser constituído e formado mediante convenção ou por meio da lei. A
primeira forma é normalmente executada através de um contrato (de mútuo) que é
convencionado entre as partes. O segundo diz respeito ao penhor legal, que permanece com a
mesma forma que a hipoteca legal, existindo para proteger o credor de ver seu crédito dissolvido
pela inadimplência do devedor.
Fica expresso no art. 1433, 1434 e 1435 do C.C. os direitos e deveres dos sujeitos da
relação obrigacional do penhor, principalmente as do credor pignoratício, dos quais possui os
direitos de: a) ter a posse da coisa empenhada; b) permanecer com a coisa retida até houver
feito as indenizações necessárias com as despesas para a manutenção do bem; c) quando a coisa
estiver viciada, poderá exigir ressarcimentos pelos prejuízos; d) promover a venda amigável ou
a execução judicial quando possível; e) pegar os frutos para si enquanto o bem estiver
empenhado e f) executa a venda antecipada mediante prévia autorização judicial quando a coisa
empenhada estiver em vias de deterioração ou perda. Por outro lado, possui o credor os deveres

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de a) quando culpado, ressarcir ao devedor ou ao dono da coisa pelo prejuízo ocorrido, podendo
abater o valor do ressarcimento na dívida garantida; b) defender a posse da coisa que tem
consigo e relatar todas as medidas tomadas para a proteção possessória que executou ao dono
da coisa; c) imputar o valor dos frutos de que se apropriar nas despesas efetuadas pela
conservação e guarda do bem, no juros e também no capital da obrigação garantida; d) quando
paga a dívida garantida, restituir-se-á ao dono junto com os frutos e acessões que tiver e por
fim e) entregar o que sobeje do preço, quando a dívida for paga quando for o caso que determina
o art. 1433, em seu inciso IV, do C.C. Sobre os direitos e deveres do devedor o Código não
estabelece expressamente, podendo deduzir eles em comparação com os do credor pignoratício.
Portanto, o devedor pignoratício deverá: a) permanecer com a propriedade da coisa garantida
bem com os de seus frutos e acessões; b) permanecer com a posse indireta do bem em penhor;
c) proibir que o credor utilize da coisa gravada; d) quando o credor der causa em danos na coisa,
pedir indenização pelos prejuízos; e) quando houver saldo positivo com a venda judicial da
coisa pode exigir a restituição desse saldo; f) ter os frutos percebidos pelo credor, havendo
desconto na dívida; g) reaver para si novamente o bem que foi empenhado após adimplir a
dívida. Por fim, são os deveres do devedor pignoratício os seguintes: a) cumprir a obrigação
principal que fora garantida; b) quitar as despesas da guarda e conservação da coisa empenhada;
c) quando a coisa tiver vício oculto ou defeito, necessita indenizar o credor pelos prejuízos; d)
reforçar a garantia; e) obter a autorização do credor para que possa vender a coisa empenhada,
sob pena de sofrer sanção penal e f) exibir o bem empenhado quando exigido, nos casos em que
permanecer ele com a posse do bem.
O penhor poderá ocorrer em diversos casos possuindo, portanto, aplicação, fazendo com
que tenha espécies variadas. O penhor poderá ser constituído em forma comum; pode se dar
por mando da lei (penhor legal) previsto no art. 1467 e 1472 do C.C.; há o penhor rural, que se
divide me penhor agrícola e penhor pecuário (arts. 1438 e 1446 do C.C.); os penhores industriais
e mercantis, estabelecidos nos arts. 1447 e 1450 do C.C.; penhor de direitos e títulos de crédito
com fundamento nos arts. 1451 e 1460 do C.C. e, finalmente, o penhor de veículos.
A extinção do Penhor esta estipulada no artigo 1436 do C.C. e estabelece que: o penhor
poderá ser extinto quando se extinguir a obrigação principal; quando o bem dado em garantia
vem a perecer; quando o próprio credor renuncia seu crédito; quando ocorre a confusão entre
credor e o dono do bem na mesma pessoa ou, no fim, quando houver a adjudicação judicial,
remissão ou a venda do bem que fora empenhado, feita ou pelo credor ou pela autoridade

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legitima. Numa dessas hipóteses, será feita a averbação do cancelamento do registro mediante
a respectiva prova.

V. ANTICRESE:

A última das garantias reais que existem no ordenamento jurídico brasileiro é a


anticrese, que pode ser conceitualizada como a garantia em que o credor reterá a coisa imóvel
do devedor com o intuito de extrair desse bem seus frutos cujo o valor será abatido no
pagamento da obrigação assumida pelo devedor, até o adimplemento ou abatimento integral da
dívida. Tal definição esta expressa no artigo 1506 do C.C.; e sua origem vem do grego
antichresis (uso de forma contraria), que poderá significar ‘uso recíproco’. Deve-se atentar que
é o direito real de garantia que perdeu totalmente o uso e importância atualmente, sendo
questionada sua permanência no Código de 2002.
Os sujeitos dessa relação podem ser denominados de devedor anticrético e credor
anticrético. Suas principais características são parcialmente iguais as da hipoteca e do penhor.
Deverá, no entanto, analisar que a anticrese não poderá ser empenhorada nos frutos do seu bem
garantido, pois estarão destinados ao pagamento da dívida principal. Outra importante
característica é que não irá conferir direito de preferencia na excussão do bem, ou seja, no
produto final da venda. Depende de tradição igual ao penhor, devendo ficar o bem na posse do
credor tendo a propriedade no domínio do devedor. Todo o restante guarda semelhança com as
demais garantias reais. Seu objeto de acordo com o art. 1506 são os bens imóveis capaz de
produzirem frutos e rendimentos.
Podem ser constituídas por meio convenção entre as partes em um acordo, mediante
contrato de mútuo (o mais provável), devendo ser registrado em escritura pública e tendo a
outorga uxória, não podendo o conjugue fazer qualquer acordo sem o consentimento do outro.
A anticrese poderá ser extinta pelo pagamento da dívida ou qualquer outra forma de
extinção da obrigação; quando o prazo houver terminado (art. 1423); quando houver o
perecimento do bem dado em anticrese; pela desapropriação ou concentração e, por fim, pela
renúncia feita pelo credor. Deverá ser, igualmente como ocorre com a hipoteca e o penhor, ser
averbado o seu cancelamento na matrícula do imóvel, bem como devolvido o bem ao devedor.
Quando não houver essa devolução, a posse do credor tornar-se-á precária, o que permite o
manejo de ação possessória do devedor contra o credor. A anticrese é a única que possui
modalidade específica de extinção no Código Civil.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

GAGLIANO, Pablo Stolze, PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Manual de Direito Civil; volume
único. São Paulo: Saraiva, 2017.
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro, volume 5: direito das coisas– 7. ed.
– São Paulo: Saraiva, 2012.
MARCHETTI FILHO, Gilberto Ferreira. Estudos de Direito- Direito Civil: Direito das
Coisas. 1ª ed. Campo Grande: Contemplar, 2018.
RIZZARDO, Arnaldo. Direito das Coisas – 9. ed. – Rio de Janeiro: Forense, 2021.

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