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6° SEMESTRE A
O presente acórdão foi julgado pelo tribunal de justiça de Minas Gerais com base num
pedido de apelação requerido pelo Restaurante Pub Kei LTDA, em face da sentença, julgada
parcialmente procedente, proferida pela 2° Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte,
em ação de Abstenção de ato Ilícito Marcário com pedido liminar.
Após fundamentação, a relatora dispõe que é evidente o uso indevido da marca pela
apelante/ré, pois o nome esta registrado em órgão competente pela titular. O pilar que sustenta
tal decisão é o da própria função do registro Industrial que é o de preservar e tutelar o nome
ou marca (assim como qualquer outra identificação de produto ou serviço no mercado),
assegurando o direito de zelo e usufruto do titular; assim como de estabelecer uma segurança
entre o empresário e o consumidor, permitindo que os produtos e serviços agreguem valor.
Por esta tese, a relatora argumenta que ‘‘[...] a utilização do nome comercial pode gerar
confusão no público, relacionando ambos os restaurantes como franquias, além de utilizar de
boa fama e qualidade do restaurante de propriedade do apelado, resultando, assim, em
concorrência desleal”. E por constatar a presente confusão que gerou entre os consumidores,
cabe indenização por danos matérias. Foi resguardada, ao seu turno, seguindo a
fundamentação, com base em entendimento do STJ, a ideia que a confusão gerada entre os
consumidores e a violação da proteção da marca em todo o território nacional acaba
destruindo a harmonia e a convivência entre o nome empresarial e a marca.
Portanto, a apelação é negada, mantendo os efeitos da sentença recorrida e condenando
a ré a cumprir as obrigações advindas da execução da sentença.