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O SEGREDO DAS 7 IRMÃS

QUEM SÃO AS 7 IRMÃS

As grandes empresas petrolíferas eram conhecidas como as sete irmãs,


pois tinham o monopólio do petróleo desde a exploração até a
comercialização. As grandes corporações eram as norte-americanas Texaco,
Exxon, Amoco e Chevron; a britânica British Petroleum e a anglo-holandesa
Royal Dutch Shell.

Atualmente, o petróleo é a fonte energética mais utilizada no mundo,


correspondendo a 43% do total. Ele é composto por uma complexa
combinação de hidrocarbonetos, sendo obtido através de depósitos fósseis no
fundo do mar ou em grandes profundidades continentais. Vários países
possuem reservas de petróleo, no entanto, sua distribuição ocorre de forma
muito desigual no planeta.

O Oriente Médio é a região que abriga as maiores reservas mundiais de


petróleo (cerca de 65%), com destaque para a Arábia Saudita, que é a maior
produtora mundial. Outros locais onde há grande produção de petróleo são:
golfo do México, sul dos Estados Unidos, lago de Maracaibo (Venezuela),
Sibéria (Rússia), golfo de Bolhai (China), Ásia central (região do Cáucaso) e na
costa ocidental da África.

Alguns desses países integram a Organização dos Países Exportadores de


Petróleo (Opep). Essa organização visa controlar o volume de produção, com o
objetivo de alcançar os melhores preços no mercado mundial. Os países
membros da Opep possuem cerca de 70% das reservas mundiais de petróleo.
O petróleo, também conhecido como óleo cru e até mesmo por Ouro
Negro, faz jus a esta denominação, uma vez que se tornou a principal fonte de
combustível da sociedade moderna. Está presente em nossos veículos e em
objetos que usamos em nosso cotidiano, como por exemplo, maquiagens,
embalagens, tecidos etc.

Em se tratando de composição química, o petróleo tem a sua: é


constituído de compostos orgânicos denominados hidrocarbonetos. Se for
submetido a uma destilação fracionada, o petróleo cru pode dar origem a
diversas frações orgânicas, com diferentes pesos moleculares. Os
hidrocarbonetos mais pesados estão na forma sólida, e os mais leves são gases.
Com este princípio é possível obter frações de petróleo para todos os gostos.

As chamadas refinarias de petróleo são as responsáveis por deixá-lo livre


de impurezas e materiais contaminantes. Depois de fracionado, o petróleo
segue para a vasta indústria petroquímica, onde será convertido em
subprodutos, tais como: querosene, óleo diesel, gás natural, gás de cozinha,
graxas, parafinas e gasolina.

O petróleo não é usado diretamente na forma bruta, por isso ele precisa
passar por esse processo. Esse combustível é composto de uma mistura
complexa de hidrocarbonetos, além de pequenas quantidades de outras
classes de compostos orgânicos que contêm nitrogênio, oxigênio e enxofre.
Não é possível isolar cada um desses compostos orgânicos que compõem o
petróleo, tendo em vista que muitos possuem pontos de ebulição muito
próximos. Por isso, o refinamento do petróleo isola frações, ou seja, grupos
com menos compostos orgânicos, principalmente hidrocarbonetos que
possuem massas molares próximas.
Portanto, a diferença básica entre essas frações do petróleo é a
quantidade de átomos de carbono presentes em suas moléculas. Por exemplo,
a gasolina é uma fração do petróleo formada por hidrocarbonetos que
possuem de 6 a 10 átomos de carbono, enquanto outra fração do petróleo, o
óleo diesel, possui moléculas com 15 a 18 carbonos.

Quanto maior a massa molar de um composto orgânico, maior é o seu


ponto de ebulição, ou seja, a temperatura que passa do estado líquido para o
estado de vapor. Essa propriedade é importante, porque uma das principais
técnicas usadas nas refinarias é a destilação fracionada do petróleo, e ela se
basia nessa propriedade para separar as frações do petróleo.

Basicamente, essa técnica consiste em colocar o petróleo em um forno


ou fornalha para ser aquecido a cerca de 400ºC. Essa fornalha é acoplada a
uma torre de destilação a pressão atmosférica (ou torre de fracionamento) que
possui vários pratos ou bandejas de destilação (no máximo 50 bandejas).
Conforme vai subindo, cada bandeja apresenta uma temperatura diferente que
vai diminuindo nesse sentido.

Assim, ocorre o seguinte, os hidrocarbonetos de maiores massas molares


(de moléculas com maior quantidade de carbonos) formam uma fração que
permanece no fundo do recipiente no estado líquido, pois o seu ponto de
ebulição é muito elevado. Já as frações com menores massas molares e que
possuem menores pontos de ebulição, passam para o estado de vapor e sobem
na torre de destilação, chegando à próxima bandeja. Se a temperatura nessa
bandeja for menor que o ponto de ebulição da fração, ela se condensa e é
retida. Se não, ele continua subindo para a próxima bandeja e assim
sucessivamente, até a fração mais leve chegar no último prato da coluna, onde
a temperatura é a menor e é coletada ali.

Esse processo se repete, para garantir a eficiência do processo. Nesta


parte do processo são obtidos principalmente gás, gasolina, nafta e querosene.

O líquido de massa molar elevada que permaneceu na parte inferior da


torre de destilação é então encaminhada para outro forno, para ser aquecida
novamente. Mas, acontece que essa fornalha está acoplada uma torre de
destilação a vácuo ou a pressão reduzida, ou seja, que possui a pressão de
vapor menor que a pressão atmosférica. Desse modo, esses compostos
pesados entram em ebulição em temperaturas menores que 400ºC, o que
impede que suas moléculas se decomponham, isto é, sejam quebradas. O
mesmo processo que ocorreu na outra torre de destilação ocorre novamente e
são obtidas novas frações desse resíduo. Essas frações do petróleo são mais
pesadas que as obtidas na primeira destilação. Nesta parte do processo são
obtidos principalmente graxa, parafinas, óleos lubrificantes e betume que é
usado para fazer asfalto e na impermeabilização.

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