PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL

P. DA LESIVIDADE Não há crime sem que haja ofensa aos bens

jurídicos protegidos.

P. DA ALTERIDADE A conduta a ser proibida deve lesar direito de

terceiros. A infração penal NÃO pode atingir
apenas o próprio autor.

P. DA CULPABILIDADE O autor da conduta deve ter agido com dolo ou

culpa.

P. DA ADEQUAÇÃO SOCIAL Condutas tidas como adequadas pela sociedade

não merecem tutela penal. Há controvérsias sobre
determinados temas. Ex.: Jogo do bicho; usuário
de drogas (cannabis), etc.

P. DA INTERVENÇÃO MÍNIMA O direito penal deve intervir na medida que for

estritamente necessário.

P. DA FRAGMENTARIEDADE Somente bens relevantes merecem a tutela penal

P. DA SUBSIDIARIEDADE O direito penal somente tutela um bem jurídico

quando os demais ramos do direito se mostrem
insuficientes
 CARACTERÍSTICAS DA LEI PENAL
EXCLUSIVIDADE Somente a lei penal pode definir
crimes e cominar sanções

IMPESSOALIDADE Não se refere a pessoas

determinadas

GENERALIDADE Destina-se a todos/ a toda e

qualquer pessoa

IMPERATIVIDADE É obrigatória a sua aplicação

diante de seu descumprimento

ANTERIORIDADE Deve ser anterior ao fato delitivo

HETEROGÊNEA, PRÓPRIA OU EM SENTIDO ESTRITO HOMOGÊNEA, IMPRÓPRIA OU EM SENTIDO AMPLO
COMPLEMENTO POR OUTRA NORMA DE STATUS NORMATIVO COMPLEMENTO POR OUTRA NORMA DE MESMO STATUS
DISTINTO, EMANADA DE OUTRA FONTE DE PRODUÇÃO. NORMATIVO, EMANADA DA MESMA FONTE DE PRODUÇÃO.
EXEMPLO: O PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. 1° DA LEI DE PORDE SER HOMOVITELINA (OU HOMÓLOGA) OU
DROGAS DEVE SER COMPLEMENTADO POR UM PORTARIA DO HETEROVITELINA (OU HETERÓLOGA)
MINISTÉRIO DA SAÚDE (LEI EDITADA PELO CONGRESSO
NACIONAL COMPLEMENTADA POR PORTARIA EDITADA PELA
ANVISA).
HOMOVITELINA HETEROVITELINA

O COMPLEMENTO ESTÁ NO O COMPLEMENTO ESTÁ EM

MESMO DIPLOMA LEGAL. DIPLOMA LEGAL DIVERSOS.
EXEMPLO: NO CRIME DE EXEMPLO: O CRIME DE
FRAUDE DE LEI SOBRE OCULTAÇÃO DE
ESTRANGEIRO (ART. 309), O IMPEDIMENTO PARA
CONCEITO DE TERRITÓRIO CASAMENTO (ART. 236) É
NACIONAL ENCONTRA-SE NO COMPLEMENTADO PELO ART.
ART. 5° DO CP. 1521 DO CC, ELE
ESTABELECE AS CAUSAS
IMPEDITIVAS.
 INCONSTITUCIONAL CONSTITUCIONAL
QUANDO O CONTEÚDO DA QUANDO A NORMA PENAL EM
NORMA É MODIFICADO POR UMA BRANCO PREVÊ O NÚCLEO
ESPÉCIE NORMATIVA DIFERENTE ESSENCIAL DA CONDUTA, NÃO
DE LEI, HÁ OFENSA AO PRINCÍPIO HÁ OFENSA AO PRINCÍPIO DA
DA LEGALIDADE. LEGALIDADE PORQUE O
COMPLEMENTO RESTRINGE-SE A
DETALHAR ALGUM ASPECTO DO
TIPO PENAL.
 PRINCÍPIOS UTILIZADOS NO
CONFLITO APARENTE DE NORMAS
ESPECIALIDADE A LEI ESPECIAL AFASTA GERAL
SUBSIDIARIEDADE A LEI PRIMÁRIA AFASTA A SUBSIDIÁRIA
A LEI CONSUNTIVA AFASTA A LEI
CONSUMIDA. QUANDO UM CRIME-MEIO E
NECESSÁRIO, FASE DE PREPARAÇÃO OU
CONSUNÇÃO DE EXECUÇÃO DE OUTRO CRIME MAIS
GRAVE (CRIME-FIM), O AGENTE
RESPONDE PELO ÚLTIMO. EXEMPLO:
SÚMULA 17 DO STJ: QUANDO O FALSO SE
EXAURE NO ESTELIONATO, SEM MAIS
POTENCIALIDADE LESIVA, É POR ESTE
ABSORVIDO.
traz
 TEORIAS – LEI PENAL NO TEMPO
ATIVIDADE RESULTADO UBIQUIDADE
CONSIDERA-SE CONSIDERA-SE CONSIDERA-SE
PRATICADO O CRIME PRATICADO O CRIME PRATICADO O CRIME
NO MOMENTO DA NO MOMENTO DO NO MOMENTO DA
CONDUTA. RESULTADO. CONDUTA OU DO
ART. 4°. CONSIDERA-SE APLICA-SE À RESULTADO.
PRATICADO O CRIME PRSCRIÇÃO (DATA DA
NO MOMENTO DA AÇÃO CONSUMAÇÃO - ART.
OU OMISSÃO, AINDA 111, I)
QUE OUTRO SEJA O
MOMENTO DO
RESULTADO.
 TEORIAS – LEI PENAL NO ESPAÇO
ATIVIDADE RESULTADO UBIQUIDADE
CONSIDERA-SE CONSIDERA-SE CONSIDERA-SE
PRATICADO O CRIME PRATICADO O CRIME PRATICADO O CRIME
NO MOMENTO DA NO MOMENTO DO TANTO NO LUGAR DA
CONDUTA. RESULTADO. CONDUTA QUANTO NO
ART. 4°. CONSIDERA-SE APLICA-SE À DA CONSUMAÇÃO.
PRATICADO O CRIME PRSCRIÇÃO (DATA DA
ART. 6°. CONSIDERA-SE
NO MOMENTO DA AÇÃO CONSUMAÇÃO - ART.
PRATICADO O CRIME
OU OMISSÃO, AINDA 111, I)
NO LUGAR EM QUE
QUE OUTRO SEJA O
OCORREU A AÇÃO OU
MOMENTO DO
OMISSÃO, NO TODO OU
RESULTADO.
EM PARTE, BEM COMO
ONDE SE PRODUZIU OU
DEVERIA PRODUZIR O
RESULTADO.
EXTENSÃO DO TERRITÓRIO NACIONAL
ART. 5º, §1°. PARA OS EFEITOS PENAIS, CONSIDERAM-SE COMO EXTENSÃO DO
TERRITÓRIO NACIONAL AS EMBARCAÇÕES E AERONAVES BRASILEIRAS, DE NATUREZA
PÚBLICA OU A SERVIÇO DO GOVERNO BRASILEIRO ONDE QUER QUE SE ENCONTREM, BEM
COMO AS ARERONAVES E AS EMBARCAÇÕES BRASILEIRAS, MERCANTES OU DE
PROPRIEDADE PRIVADA, QUE SE ACHEM, RESPECTIVAMENTE, NO ESPAÇO AÉREO
CORRESPONDENTE OU EM ALTO-MAR.
PAD.: EMBORA AS EMBAIXADAS SEJAM INVIOLÁVEIS, NÃO SÃO CONSIDERADAS
EXTENSÃO DO TERRITÓRIO REPRESENTADO.
EMBARCAÇÕES E AERONAVES SERÁ APLICADA A LEI BRASILEIRA
BRASILEIRAS, PÚBLICAS OU A SERVIÇO DO ONDE QUER QUE SE ENCONTREM
GOVERNO BRASILEIRO
BRASILEIRAS, MERCANTES OU EM ALTO-MAR OU NO ESPAÇO AÉREO
PARTICULARES CORRESPONDENTE (EXTENSÃO DO
TERRITÓRIO BRASILEIRO – “LEI DA
BANDEIRA”
ESTRANGEIRAS PRIVADAS EM TERRITÓRIO BRASILEIRO (SÃO
ESTRANGEIRAS, MAS QUANDO ESTÃO NO
TERRITÓRIO BRASILEIRO APLICA-SE A LEI
BRASILEIRA.
 INCONDICIONADA CONDICIONADA
ART. 7º - FICAM SUJEITOS À LEI BRASILEIRA, EMBORA ART. 7º. FICAM SUJEITAS À LEI BRASILEIRA, EMBORA COMETIDOS
COMETIDOS NO ESTRANGEIRO: NO ESTRANGEIRO:
I – OS CRIMES: II – OS CRIMES:
a) CONTRA A VIDA OU A LIBERDADE DO PRESIDENTE DA a) QUE, PO TRATADO OU CONVENÇÃO, O BRASIL SE OBRIGOU A
REPÚBLICA; REPRIMIR;
b) CONTRA A PATRIMÔNIO OU A FÉ PÚBLICA DA UNIÃO, DO b) PRATICADOS POR BRASILEIRO;
DISTRITO FEDERAL, DE ESTADO, DE TERRITÓRIO, DE MUNICÍPIO, c) PRATICADOS EM AERONAVES OU EMBARCAÇÕES BRASILEIRAS,
DE EMPRESA PÚBLICA, SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA, MERCANTES OU DE PROPRIEDADE PRIVADA, QUANDO EM
AUTARQUIA OU FUNDAÇÃO INSTITUÍDA PELO PODER PÚBLICO; TERRITÓRIO ESTRANGEIRO E AÍ SEJAM JULGADOS.
c) CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, POR QUEM ESTÁ A SEU
SERVIÇO;
d) DE GENOCÍDIO, QUANDO A AGENTE FOR BRASILEIRO OU
DOMICILIADO NO BRASIL;
ART. 7°, §1º. NOS CASOS DA INCISO I, O AGENTE É PUNIDO ART. 7°, §1º. NOS CASOS DO INCISO II, A APLICAÇÃO DA LEI
SEGUNDO A LEI BRASILEIRA, AINDA QUE ABSOLVIDO OU BRASILEIRA DEPENDE DO CONCURSO DAS SEGUINTES
CONDENADO NO ESTRANGEIRO CONDIÇÕES:
a) ENTRAR O AGENTE NO TERRITÓRIO NACIONAL;
b) SER O FATO PUNÍVEL TAMBÉM NO PAÍS EM QUE FOR
PRATICADO;
c) ESTAR O CRIME INCLUÍDO ENTRE AQUELES PELAS QUAIS A LEI
BRASILEIRA AUTORIZA A EXTRADIÇÃO;
d) NÃO TER SIDO O AGENTE ABSOLVIDO NO ESTRANGEIRO OU
NÃO TER AÍ CUMPRIDO A PENA;
e) NÃO TER SIDO O AGENTE PERDOADO NO ESTRANGEIRO OU,
POR OUTRO MOTIVO, NÃO ESTAR EXTINTA A PUNIBILIDADE,
SEGUNDA À LEI MAIS FAVORÁVEL.
ART. 8º. A PENA CUMPRIDA NO ESTRANGEIRO ATENUA A PENA
IMPOSTA NO BRASIL PELO MESMO CRIME, QUANDO DIVERSAS, OU
NELA É COMPUTADA, QUANDO IDÊNTICAS.