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RESPOSTAS
a) Algumas das cláusulas normativas previstas no acordo coletivo da empresa em
questão no caso fatídico, não contém validade jurídica. Com base na Consolidação
das Leis Trabalhistas, em seu artigo 611-A, está disposto que o intervalo mínimo para
jornada acima de 6 horas poderá ser reduzido por meio de acordo ou convenção, no
entanto, deve ser respeitado o limite mínimo de 30 minutos. Deve-se ressaltar
também o artigo 71 que dispõe que quando não for concedido pelo empregador este
intervalo, o mesmo, deverá ser remunerado. No caso em tela, houve a diminuição
para 15 minutos. Quanto a supressão do horário noturno, este só poderá ser retirado
do pagamento se houver mudança de turno, de acordo com a Súmula 265 do TST: “
[...] A transferência para o período diurno de trabalho implica a perda do direito ao
adicional noturno. [..]”, ou seja, se o empregado não for transferido, ele deverá receber o
adicional noturno. A Constituição Federal permitiu uma exceção para a redução do
salário proporcional a jornada, se for negociado em convenção coletiva ou acordo
coletivo com a participação do sindicato profissional, porém, esta redução deve ser
vantajosa ao empregado. A cesta básica pode ser concedida por livre e espontânea
vontade da organização ou ser obrigatória, conforme o Acordo, Convenção ou Dissídio
Coletivo de Trabalho. O valor do desconto no salário pode ser de, no máximo, 20% do
salário ou conforme o acordo coletivo. A partir do momento em que a empresa opta pela
distribuição do benefício, ela não poderá voltar atrás e deixar de concedê-lo, mesmo em
momentos de crise financeira.
b) No caso em tela diz-se que: “O prazo do ACT ficou estabelecido em 36 meses, visto
que a empresa estava passando por muitas dificuldades financeiras em virtude da
pandemia da COVID-19. ”, no entanto, não está em conformidade com a CLT, pois a
mesma dispõe em seu artigo 614, § 3º, que o prazo máximo dos acordos e convenções
coletivas é de dois anos. [...] § 3º - Não será permitido estipular duração de Convenção
ou Acordo superior a 2 (dois) anos. [..].
c) A ação cabível para solucionar os problemas dos empregados desta empresa, é a Ação
Anulatória, que se trata de uma ação destinada a anulação de atos jurídicos em geral.
Na Justiça do Trabalho, é uma ação que possui grande importância quando se trata de
ações coletivas, pois é apta para declarar nulidade nos acordos e nas convenções
coletivas que forem realizadas de forma contrária ao direito material e aos requisitos
da CLT.
d) Os requisitos para que um ACT seja válido estão dispostos exclusivamente na CLT, em
especifico entre o artigo 611 ao 625. De acordo com o artigo 613, deverão conter nos
ACT os seguintes requisitos:
REFERÊNCIAS