Você está na página 1de 19

03/04/2021 Curso: ELABORAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS-T01-2021-1

link videoaula as terças a partir das 7:15h: meet.google.com/ibp-ykdy-xuk

Elaboração e Avaliação de projetos - Atividades no AVA


Prezados,
faremos nosso EaD, referente a disciplina Elaboração e Avaliação de projetos, no ambiente AVA.
Dado o fato de ser um novo ambiente de trabalho para muitos dentre nós, nessas primeiras semanas poderemos ter,
eventualmente, alguns percalços. A comunicação via email continua disponível caso não tenham sucesso de comunicação
nesse ambiente.
Criarei um fórum aqui no ambiente AVA para que todas as dúvidas possam ser colocadas e dirimidas. O fórum estará aberto
para todos os discentes dado o fato que uma dúvida de um grupo possa ser também a dúvida de outros grupos.
Semanalmente irei disponibilizar conteúdo referente ao desenvolvimento do projeto. É minha intenção que esses conteúdos
estejam "sincronizados" com a fase em que vocês estejam no projeto ou, eventualmente, o conteúdo estará um pouco mais
"adiantado" em relação ao desenvolvimento dos trabalhos dos grupos. Isso porque alguns grupos podem desenvolver suas
atividades mais rapidamente e portanto terem necessidade de mais conteúdos.
Em cada TÓPICO de aula está aberto um fórum de perguntas e respostas relativas ao tema tratado.

Apresentação da disciplina - Plano de Ensino


Neste tópico é apresentado o Plano de ensino da disciplinada Elaboração e Avaliação de projetos assim como a sua
"operacionalização"

PDF
Introdução

PDF
Plano de Ensino

ESTUDO DE MERCADO
Após breve apresentação introdutória sobre o produto/mercado a ser desenvolvido, o projeto deve apresentar as tendência de
mercado do produto/serviço a ser desenvolvido.

A tendência de consumo mundial tende a mostrar uma perspectiva futura de consumo para a produto/serviço. Tendências de
consumo mundiais, sejam elas com viés de alta ou de baixa, tendem a chegar ao mercado brasileiro com alguns anos de "atraso".
Assim, avaliar a tendência de consumo mundial para um produto pode ser um aperto muito relevante quando de analisa a
viabilidade de um produto no longo prazo.

De forma análoga, a tendência de consumo nacional, e especialmente em grandes centros urbanos, pode indicar um
comportamento futuro para a vendas.

Já a tendência de consumo local é uma medida mais concreta para a projeção das vendas do negócio.

A análise conjunta de tais tendências aponta para possíveis taxas de crescimento/decrescimento da utilização do produto e são
parâmetros importantes para a percepção do comportamento de consumo no longo prazo, estimulando investimentos na atividade
ou, contrariamente, evidenciando um declínio estrutural nas vendas e, como consequência, um desestímulo ao investimento.

Desenvolver a atividade:

Estudo de mercado

Tendências de consumo

Mundial

Nacional

Local

Em anexo, exemplos de análises de tendência de consumo.

Pesquisa consumidor

A pesquisa de comportamento de consumo mostra, de maneira bastante evidente, o perfil do público-alvo, os principais
critérios de escolha do produto, as condições de consumo, o preço percebido e os principais players no setor de atividade.

Normalmente a pesquisa de consumidor dá-se por meio da elaboração de um questionário (enquete) a ser aplicada junto à um
público específico.

Atividade:

https://ava.ufms.br/course/view.php?id=15325 1/19
03/04/2021 Curso: ELABORAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS-T01-2021-1
Elaboração de teste de questionário

Aplicação do questionário

Tabulação dos dados

Análise dos resultados

Nesta etapa o grupo deve construir gráficos de algumas das principais variáveis da pesquisa. O intuito desta análise é
dar subsídios para a definição do público-alvo, seja ele amplo, ou seja um nicho específico de mercado. (esta já é uma escolha
que o grupo deve fazer) e, ainda, dá fortes subsídios para a definição dos 4P's para o negócio.

Em anexo, exemplos de pesquisas de consumidores.

Link aula Tendências de Mercado:

https://drive.google.com/file/d/19sM3ztvgzsJYcVThYVu66ULRahXXH-rn/view?usp=sharing

Análise da concorrência

Esta fase tem como objetivo a identificação dos principais concorrentes e suas estratégias. Ele é muito importante pois
ajudará o grupo a definir o seu POSICIONAMENTO DE MERCADO. Está sendo fornecida uma tabela excel para análise da
concorrência.

Definição do Público-alvo

Uma vez feitas a pesquisa consumidor (que já deve dar alguns indícios de públicos-alvos possíveis) e a análise da
concorrência (que deve evidenciar como cada concorrente se posiciona no mercado), o grupo deverá definir qual o públivo-alvo
que será o objetivo da empresa. Este público poderá ser amplo (empresas generalistas) ou específico, atendendo algum nicho de
mercado.

Definição do posicionamento de mercado

Nesta etapa o grupo deve decidir como irá se posicionar no mercado. Esta escolha depende fundamentalmente do público-
alvo escolhido e do posicionamento da concorrência já estabelecida no mercado. O posicionamento de mercado pode ser, por
exemplo, produto/serviço popular para público amplo; produto/serviço “premium” (posicionamento superior); atendimento à um
nicho específico (ex: alimentação natural, turismo para melhor idade, etc.). Lembrem-se que, na escolha, vocês devem ter em
mente que esse posicionamento deve gerar faturamento suficiente para que o negócio tenha perspectiva de ser viável, quer dizer,
não escolham um nicho muito específico sob pena de não ter faturamento suficiente.

Definição dos 4 P’s

Uma vez definidos o público-alvo e o posicionamento de mercado, o grupo deverá definir o composto de marketing do
empreendimento.

Produto – Definir as características do produto ou serviço a ser oferecido no mercado.

Preço – Definir o posicionamento preço da empresa no mercado. Não se trata de de se definir o preço de venda, mas o
posicionamento (ex: barateiro/combate, preço premium, preço médio de mercado).

Praça – Definir as características da locação desejada para o empreendimento. Não se trata de definir o ponto comercial,
mas as características desejadas da localização (ex: bairro popular; área nobre da cidade; centra comercial; ruas centras de
grande fluxo de pedestres, etc.) A partir dessa definição que, futuramente, o grupo irá fazer o estudo de localização, o qual definirá
exatamente a localização do empreendimento.

Publicidade – Definir muito brevemente como será a comunicação/publicidade com os clientes. Isto gerará um orçamento
publicitário, o qual deverá futuramente compor os custos de operação do empreendimento.

Link aula Público-alvo, Posicionamento de Mercado e 4P's:

Link da aula Tendências de Mercado e Pesquisa consumidor

Link Aula Análise da Concorrência, Posicionamento de Mercado, 4P's

PDF
Exemplo 1 - Tendências de mercado e questionário consumidor

PDF
Exemplo 2 - Tendência de mercado e questionário consumidor

https://ava.ufms.br/course/view.php?id=15325 2/19
03/04/2021 Curso: ELABORAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS-T01-2021-1

Tabela de análise da concorrência

PDF
Exemplos de definições de Público-alvo, Posicionamento de Mercado e 4P's

FÓRUM - ESTUDO DE MERCADO

E S C O P O T É C N I C O - D E S E N V O LV I M E N TO D E P R O C E S S O S D E
NEGÓCIOS

Escopo técnico do projeto

Esta segunda etapa concentra-se nos aspectos técnicos do projeto. São desenvolvidos os processos de trabalho a partir dos
quais avalia-se a demanda por equipamentos (tecnologia a ser adotada) e a capacidade a ser instalada, pessoal e espaço
físico. Além disto, numa fase seguinte, serão calculadas as necessidades de insumos.

Desenvolvimento dos processos de trabalho

Os processos devidamente representados são uma expressão das escolhas tecnológicas do processo produtivo e ou
comercial.

Eles devem representar, o mais fielmente possível, cada uma das etapas do processo produtivo e comercial de forma que, a partir
destes, possam ser definidas as demandas por equipamentos e pessoas.

Mapeamento de processos é uma ferramenta gerencial que tem como objetivo identificar as informações, o fluxo, as partes
envolvidas, capacidades, competências e recursos para atender todos os componentes necessários. Isso faz com que todas as
atividades de uma empresa ou negócio saiam conforme o planejado, com poucas alterações e sem problemas.

Essa abordagem está relacionada à gestão de operações, que envolve sempre um mapeamento eficaz dos processos. Portanto,
uma empresa é formada por processos e um sistema que os organiza.

O Mapeamento de processos é uma técnica geral utilizada por empresas para entender de forma clara e simples como uma
unidade de negócio está operando, representando cada passo de operação dessa unidade em termos de entradas, saídas e
ações.

O mapeamento de processos é a identificação da sequência lógica das atividades que compõem um processo e de outros
elementos que interagem com o fluxo de trabalho. Realizar esse mapeamento, pode atingir diferentes objetivos. Tais como:
entender como o processo funciona na prática, realizar reparos incrementais no processo, produzir documentação estruturada
sobre o processo, garantir que um processo seja executado da melhor maneira possível ou, ainda, promover mudanças,
reformulando-os.

Vocês deverão elaborar 3 processos:

Processo produtivo

Processo comercial

Processo contas à pagar (este pode ser “copiado” dos existentes na internet).

Os processo produtivo e comercial devem ter um nível de detalhe que permita identificar os equipamentos necessários, a
necessidade de pessoal e de insumos.

Está sendo disponibilizado um material powerpoint para orienta-los na elaboração dos processos de trabalho, assim
como um conjunto de exemplos de processos desenhados.

material para desenvolvimento de processos e exemplos

FÓRUM DESENVOLVIMENTO DE PROCESSOS DE TRABALHO

I N V E S T I M E N TO S - D E M A N D A D E E Q U I PA M E N TO S
DEFINIÇÃO DOS EQUIPAMENTOS

Uma vez definidos os processos de trabalho (proc. produtivo, proc. comercial e proc. administrativo), o grupo terá condições de
começar a definir a quantidade de equipamentos, utensílios, veículos, equipamentos de informática, etc., necessária ao
desenvolvimento das atividades (projeto). Definam os equipamentos para cada atividade de cada processo.

https://ava.ufms.br/course/view.php?id=15325 3/19
03/04/2021 Curso: ELABORAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS-T01-2021-1
** Aqui não se trata de definir os insumos de produção, o qual será feito à posteriori, mas somente a necessidade de
equipamentos.

Dado ao fato que provavelmente os processos foram desenvolvidos de forma “simplificada”, muitos equipamentos necessários
deverão ser acrescentados à lista, mesmo que a atividade por ele desenvolvida não esteja representada no processo (ex.: sofá na
sala de espera de clientes, extintores de incêndio, bebedouros, etc.).

Caso tenham a oportunidade de visitar um concorrente, isto certamente lhes dará uma ótima dimensão dos equipamentos
necessários aos diversos processos.

Na internet também encontra-se, com alguma facilidade, os equipamentos necessários para os mais diversos tipos de
empreendimentos. Os mesmos podem ser observados nos diversos layouts disponíveis para empreendimentos semelhantes aos
do empreendimento do grupo.

Notem que ao definir os equipamentos vocês estarão, simultaneamente, definindo a capacidade de produção a ser instalada.
Então fiquem bem atentos, ao escolherem tais equipamentos na internet, à capacidade de cada equipamento. Façam escolhas
equilibradas, pois de nada adianta escolher um equipamento com alta capacidade e o seguinte na linha de produção com uma
capacidade bem mais reduzida. (*deem equilíbrio a linha de produção).

A tabela/lista de equipamentos é algo que o grupo irá “montando” ao longo do desenvolvimento do projeto uma vez que a
familiaridade com o mesmo irá aumentando, somada à possibilidade de visitar-se concorrentes.

Ao se levantar os equipamentos juntos aos fornecedores (internet), fiquem atentos, também, ao registro do preço do mesmo para
evitar retrabalho posteriormente.

Nessa fase, “inauguraremos” nossa planilha Excel do projeto. Cada grupo elaborará UMA ÚNICA PLANILHA EXCEL,
com DIVERSAS ABAS DE TRABALHO, que serão construídas à medida que o projeto evolui.

Assim, a primeira ABA da planilha será a aba INVESTIMENTOS, na qual os equipamentos, e seus respectivos preços, serão
lançados. Nessa aba, serão inseridos posteriormente os custos relativos à construção ou à reforma de prédios, e outros
investimentos que se fizerem necessários (todos considerados como investimentos”).

É importante que o somatório dos valores dos equipamentos seja totalizado e que, a medida que novos equipamentos e utensílios
sejam agregados ao projeto, esse VALOR TOTAL seja atualizado.

Seguem exemplos diversos de tabelas de INVESTIMENTOS elaboradas em projetos. Notem que o segundo exemplo mostra
claramente que a aba INVESTIMENTOS faz parte de uma planilha com diversas outras ABAS.
Utilizem, sempre que possível, fórmulas, pois a cada equipamento adicionado à planilha já recalcula o investimento. Essa
totalização dos INVESTIMENTOS irá, por sua vez, compor a tabela do FLUXO DE CAIXA a ser elaborada posteriormente.

ex1

ex2

ex3

FÓRUM INVESTIMENTOS - EQUIPAMENTOS, UTENSÍLIOS, VEÍCULOS, ETC.

L AY O U T, P L A N TA - B A I X A E FA C H A D A

LAYOUT, PLANTA-BAIXA E FACHADA

Tendo desenvolvido os processos produtivo, comercial e um processo administrativo, os grupos deram início ao levantamento dos
equipamentos e utensílios necessários ao empreendimento. Uma vez conhecidas as características técnicas dos equipamentos a
serem utilizados, os grupos poderão dar início ao desenho do layout do projeto. Para tal, existe vasta literatura sobre modelos de
layout para cada tipo de processo produtivo. Para os empreendimentos comerciais a literatura disponível também é bastante
suficiente. Ao iniciar o layout o grupo deverá, conjuntamente, refletir sobre a planta-baixa do empreendimento, isto é, o local físico
no qual o empreendimento se desenvolverá, com todas as demandas de infraestrutura necessárias para que o empreendimento
possa se dar em condições satisfatórias.

CABE RESSALTAR AQUI QUE A MAIORIA DOS GRUPOS DEVE OPTAR POR LOCAÇÃO AO INVÉS DE CONSTRUÇÃO, UMA
VEZ QUE A CONSTRUÇAO DE UM IMÓVEL IMPLICARIA EM UM INVESTIMENTO SIGNIFICATIVO QUE PODE INVIABILIZAR
O PROJETO. ENTÃO POR QUÊ FAZER A PLANTA-BAIXA? ELA DEVE SER DESENVOLVIDA COMO UMA PLANTA-BAIXA
“IDEAL”, A PARTIR DA QUAL OS GRUPOS IRÃO PROCURAR IMÓVEIS PARA LOCAÇÃO COM CARACTERÍSTICAS QUE
POSSAM ATENDER AS DEMANDAS FÍSICAS DO PROJETO, OU SEJA, A PLANTA-BAIXA, DARÁ UM ÓTIMA NOÇÃO DO TIPO
E TAMANHO DE IMÓVEL QUE O PROJETO NECESSITA.

É oportuno lembrar que um espaço físico para um empreendimento possui características específicas ao mesmo. Especialmente

https://ava.ufms.br/course/view.php?id=15325 4/19
03/04/2021 Curso: ELABORAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS-T01-2021-1
para empreendimentos na área alimentícia, a legislação para a construção de imóveis para este fim requer o cumprimento de uma
séria de normativas (procurar legislação para tipo de negócio). Obviamente que se o grupo não atender uma ou outra norma, isto
não trará prejuízo à nota do projeto pois, na grande maioria das vezes, a planta-baixa é desenvolvida por profissional
especializado (eng. civil, arquiteto, etc.) para tal e que detém o conhecimento das regras vigentes. Procurem fazê-lo respeitando a
legislação vigente.

Dicas importantes (nem sempre os projetos necessitarão de todos estes itens):


a) Reservem locais para circulação de pessoas e materiais;
b) Reservem local para circulação de veículos;
c) Banheiros para cliente e funcionários;
d) Área para estoque de materiais matérias-primas, ferramentas, produtos de limpeza, etc.;
e) Área administrativa;
f) Área para descarte de resíduos/lixo;
g) Copa/cozinha para funcionários;
h) Estacionamento;
i) Etc.

É bastante comum que alguém do grupo conheça estudantes de eng. civil ou arquitetura, estes poderão auxiliar no
desenvolvimento do layout/planta-baixa. Esse layout/planta-baixa pode ser desenvolvido de diversas maneiras: desenho em
software CAD, softwares “demo” de arquitetura/decoração, desenho em papel milimetrado, softwares 3D online, etc., ou seja,
qualquer forma de representação é válida.

O layout/planta-baixa é um processo evolutivo. Comecem fazendo uma primeira aproximação do espaço físico necessário e vão
“melhorando” o mesmo paulatinamente à medida que vocês tomem mais familiaridade com o processo produtivo. Conhecer o
espaço físico da concorrência pode ser muito inspirador para que vocês definam as suas necessidades. Na internet existem
inúmeras opções de layout/planta-baixa para empreendimentos semelhantes aos de vocês. Fachada Os empreendimentos
“comerciais” que atendam clientes no local do empreendimento, como lojas, restaurantes, oficinas mecânicas, etc., deverão fazer
uma proposta de fachada, ou seja, fazer um desenho frontal do imóvel.

Seguem exemplos em anexo.

Ex1 layout/planta-baixa

Ex2 - Layout/planta-baixa

Ex3 - layout/planta-baixa

Ex4 - layout/planta-baixa

Ex5 - Layout/planta-baixa

Ex6 - Layout/planta-baixa

Ex1 - Fachada

Ex2 - Fachada

FÓRUM LAYOUT, PLANTA-BAIXA E FACHADA

I N V E S T I M E N TO E M I N F R A E S T R U T U R A

Investimentos em infraestrutura

Após definidas as necessidades de espaço físico, devemos calcular o quanto será necessário de investimentos para o projeto.

A grande maioria dos grupos deverá trabalhar em espaço locado e, portanto, pagará aluguel o qual comporá os custos fixos do
projeto.

POR QUÊ EVITAR CONSTRUIR? A construção de novos espaços físicos vai demandar uma quantidade enorme de recursos,
muitas vezes da ordem de milhões se somarmos o preço da área e da construção sobre a área. Isto pode gerar uma demanda
muito grande de recursos a serem solicitados ao agente financeiro (banco), inviabilizando o projeto como um todo. Assim, na
medida do possível, optem pela locação. Projetos muito específicos, que demandam estruturas físicas únicas, estes
possivelmente terão que adquirir uma área e construir o prédio (os grupos que julgarem ser este o caso, falem comigo).

Em ambos os casos, locação ou construção, a definição dos investimentos é bastante simples.

Locação - o grupo deve prever um orçamento (investimento) para uma reforma do prédio locado. Na grande maioria dos casos,
ao locarem um imóvel este não estará em condição imediata de ocupação, precisará de reformas nos sistemas hidráulico e
elétrico, na alvenaria, pisos, etc.). Assim, para estes casos, sugiro que o grupo aloque como investimento (NA MESMA ABA
INVESTIMENTOS DA PLANILHA, A QUAL JÁ TEM O INVESTIMENTO EM EQUIPAMENTOS) o custo da reforma. Obviamente
que o custo da reforma depende da situação de cada imóvel, mas lembrem-se, trata-se aqui de uma estimativa, e este será o

https://ava.ufms.br/course/view.php?id=15325 5/19
03/04/2021 Curso: ELABORAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS-T01-2021-1
recurso (investimento) escolhido por vocês para gastarem com a reforma do prédio. Sugiro que vocês aloquem, nos
investimentos, o custo de R$500,00 por metro quadrado de área construída para a reforma do prédio. Ex: caso o projeto seja um
salão de beleza com 100 m2 de área construída, o grupo deverá colocar, na aba investimentos da planilha, um custo de reforma
de R$50.000,00 (cinquenta mil reais).

Construção – Caso tenham que construir um imóvel, considerem o valor de R1.300,00 por metro quadrado de área construída
para imóveis tipo “galpão” (academias, oficinas mecânicas, etc.). Neste caso, se o imóvel a ser construído terá 100m2, considere
um valor total de construção de R$1.300.000,00.

Para imóveis que demandem melhor acabamento (salão de beleza, lojas, consultórios, petshop, etc.), considerem o valor de
R$2.200,00 por metro quadrado. Neste caso, se o imóvel a ser construído terá 100m2, considere um valor total de construção de
R$2.200.000,00.

Ainda em optando por construção, deve-se somar o custo da área a ser adquirida, mas isto irá depender da localização do
empreendimento, tópico que veremos um pouco mais adiante no projeto (deixar “em aberto” o custo da área a ser preenchido
futuramente).

D E F I N I Ç Ã O D O S P O S TO S D E T R A B A L H O , S A L Á R I O S E E N C A R G O S

Definição do número de funcionários, salários e encargos

Uma vez definidos os equipamentos e o espaço físico necessário, é possível definirmos os postos de trabalho do projeto.

Vocês deverão avaliar se os equipamentos do projeto demandam um operador em tempo integral ou em tempo parcial.

Em boa parte dos casos, a demanda de um equipamento por operador dá-se em tempo parcial, isto quer dizer que um
funcionário irá operar mais de um equipamento e, portanto, irá circular pelo espaço físico.

Definição dos postos de trabalho

A partir do layout (equipamentos + espaço físico) fica mais fácil a visualização da necessidade de pessoal.

Desta forma, plotem, sobre o layout, os postos de trabalho (pode ser um circulo em cor verde, por exemplo) indicando que
naquele local do layout temos um posto de trabalho.

Quando um determinado posto de trabalho exigir 2 turnos, coloque um x2 ao lado do posto de trabalho. (exemplo em anexo).

No texto do projeto, faça uma breve descrição de cada posto de trabalho, dos requisitos necessários ao cargo e do salário mensal
líquido.

ex: Recepcionista

Funções: recepção do público, preenchimento de cadastro, agendamento, retorno de ligações, recebimento de pagamentos

Requisito: nível médio completo.

Remuneração líquida: R$ 1.500,00

Lembretes:

O projeto não é feito para empregar os membros do grupo!

Na maioria dos casos, o projeto somente terá necessidade de um administrador, algumas vezes, mesmo assim em tempo parcial.

A pergunta que fica é: Ah, então como vamos receber nossa remuneração? VOCÊS SÃO SÓCIOS DO PROJETO E, PORTANTO,
TERÃO PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS QUANDO OCORRER A DISTRIBUIÇÃO DE DIVIDENDOS.

Para todos os cargos, coloquem valores salariais de “mercado”, normalmente definidos pelo sindicato da categoria. Não é porque
um dos sócios irá ocupar um cago na empresa que ele irá receber mais do que o valor de mercado do salário para o cargo.

Se um dos membros do grupo for trabalhar na empresa, este terá o seu salário (valor de mercado) mais a participação nos lucros
como os demais sócios.

Organograma

Desenvolver, de forma bastante simplificada um organograma para o empreendimento, deixando claros os diversos níveis de
subordinação e as principais atividades (funções) a serem desenvolvidas (exemplo em anexo).

Cálculo da folha de pagamento

https://ava.ufms.br/course/view.php?id=15325 6/19
03/04/2021 Curso: ELABORAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS-T01-2021-1
O cálculo da folha de pagamento será feito em uma nova aba da nossa planilha do projeto (vocês já devem ter uma aba contendo
os investimentos do projeto (equipamentos + custos da reforma do imóvel locado ou custo da construção)

Abram uma nova aba (mão de obra) na planilha, criem uma colona com os postos de trabalho necessários ao projeto. Para cada
posto de trabalho defina o valor de salário líquido (sugiro utilizar valores definidos pelos sindicatos da categoria, quando existirem).
Esta será a coluna “salário líquido”.

Criem uma terceira coluna contendo o “salário bruto” a qual conterá o valor do salário líquido adicionado dos encargos
trabalhistas. Os encargos trabalhistas podem variar dependendo do enquadramento tributário da empresa e do tipo de atividade.
Para efeito do projeto, assumiremos um encargo trabalhista da ordem de 60% do salário líquido, ou seja, se um funcionário recebe
líquido R$1.500,00, o custo dele para o projeto (salário bruto) será de R$2.400,00 (este é o custo real daquele funcionário). Neste
valor adicional de 60% já estão computados os encargos previdenciários, férias, décimo terceiro salário, afastamento maternidade
quando for o caso, etc.

Assim, totalizando a coluna “salário bruto” nós teremos o custo total da mão de obra, o qual será utilizado no cálculo de custos
fixos e variáveis mais adiante no projeto.

OBSERVAÇÃO: CALCULEM A NECESSIDADE DO PROJETO COMO SE O MESMO ESTIVESSE OPERANDO À 100% DA


CAPACIDADE INSTALADA. O VALOR RESULTANTE POSSIVELMENTE NUNCA SERÁ ATINGIDO POIS, POR EXEMPLO,
CASO O PROJETO OPERE COM 30% DA CAPACIDADE INSTALADA NO PRIMEIRO ANO DE ATIVIDADE, A CUSTO
TOTAL DO SALÁRIO BRUTO SERÁ SOMENTE 30% DESSE VALOR CALCULADO.

PDF
EXEMPLO DE ALOCAÇÃO DE POSTOS DE TRABALHO

DEFINIÇÃO DOS POSTOS DE TRABALHO

E S T U D O D E L O C A L I Z A Ç Ã O - PA R T E 1 - P E R F I L S O C I O E C O N Ô M I C O
E DEMOGRÁFICO DE CAMPO GRANDE

ESTUDO DE LOCALIZAÇÃO - Parte 1 - Perfil socioeconômico e demográfico de Campo Grande

Uma vez definido o posicionamento estratégico do empreendimento, este decorrente da análise de mercado e expresso
pelo detalhamento dos 4P’s (Tópico Estudo de Mercado) e, também, a estrutura física (planta-baixa) (Tópico Layout,
planta-baixa e fachada) necessária ao mesmo, inicia-se o estudo de localização.

O estudo de localização pode ser subdividido em duas partes; a primeira deve mostrar uma visão macro da cidade,
evidenciando seus indicadores socioeconômico e demográficos, as regiões de menores e maiores rendas, os níveis de
escolaridade por região, a taxa de ocupação (número de habitantes e habitantes/km2), os acessos viários, etc., de cada
região/bairro da cidade.

Trata-se, nesta fase do projeto, de se conhecer a cidade na qual o projeto será instalado e, a partir disto, dar início à parte 2 do
estudo de localização - Definição do local do empreendimento.

PARTE 1 – Perfil socioeconômico e demográfico de Campo Grande

Nesta fase do projeto devem ser apresentadas as principais características demográficas e sociais do município no qual o
empreendimento será instalado.

Os dados básicos e agregados a serem apresentados são:

- Evolução populacional e sua taxa de crescimento

- Renda per capta

- IDH

- Pirâmide de idade

- Escolaridade

- etc. (informações específicas e necessárias ao projeto; ex: se o projeto é na área de saúde, reforça-se as informações
municipais sobre saúde).

É oportuno salientar que tais informações sejam apresentadas preferencialmente de forma gráfica, ao longo de um determinado
período, para que se possa ter uma ideia de como tal indicador está evoluindo ao longo do tempo.

As informações agregadas sobre o município poderão ser encontradas no site IBGE Cidades, e no site SISGRAN da
Prefeitura Municipal de Campo Grande, dentre outros.

https://ava.ufms.br/course/view.php?id=15325 7/19
03/04/2021 Curso: ELABORAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS-T01-2021-1
Informações regionalizadas – Estão disponíveis, também, informações regionalizadas sobre a cidade de Campo; elas nos
permitem observar como se dá a distribuição geográfica/espacial (por macrorregiões e por bairros) dos indicadores
socioeconômicos.

É a partir dessas informações regionalizadas que vocês identificarão as regiões com características (com maior potencial) que
atendam a necessidade do projeto ou seja, cujas características sejam compatíveis com o posicionamento estratégico do
empreendimento.

Trata-se nesta fase de identificar as regiões da cidade que sejam mais compatíveis com o posicionamento estratégico do
projeto.

As informações regionalizadas de Campo Grande estão disponíveis nos seguintes documentos:

- Perfil socioeconômico de Campo Grande – MS, 2019 (em anexo no tópico);

- Índices de inclusão e exclusão social de Campo Grande, 2012 (em anexo no tópico);

- Site SISGRAN da Prefeitura Municipal de Campo Grande – neste site estão disponíveis informações detalhadas de cada
bairro de Campo Grande;

Vale lembrar que quaisquer outras fontes de informações, que possam contribuir para a melhoria das informações sobre o
município, devem ser utilizadas.

Para a apresentação da etapa 1 Perfil Socioeconômico e Demográfico de Campo Grande podem ser dedicadas umas 5
páginas.

PDF
Perfil socioeconômico de Campo Grande - 2019

PDF
Índice de inclusão e exclusão social em Campo Grande - 2012

FÓRUM PERFIL SOCIOECONÔMICO DE CAMPO GRANDE

E S T U D O D E L O C A L I Z A Ç Ã O - PA R T E 2 - E S C O L H A D O " L O C A L " D E
I M P L A N TA Ç Ã O D O E M P R E E N D I M E N TO

ESTUDO DE LOCALIZAÇÃO – Parte 2 – Escolha do “local” de implantação do empreendimento

Após o estudo das macrorregiões e bairros de Campo Grande, cada grupo deve determinar, em sintonia com o
Posicionamento Estratégico do empreendimento, quais são os bairros possíveis/viáveis para a instalação do empreendimento.

Uma vez definidos estes bairros, passa-se à uma etapa de maior detalhamento com vistas a se encontrar um “local” que possa
maximizar o retorno aos investimentos do projeto.

Com o apoio de ferramentas disponíveis na internet (google maps, google Earth), verifiquem nesses bairros selecionados, as
vias (ruas e avenidas) que possam ser oportunas para a instalação do projeto.

Um conjunto de variáveis deve ser analisada para cada “local” para se definir aquele com melhor chance de viabilizar o projeto
(Modelo de Lista de Controle, em anexo no tópico). Apliquem esse método aos "locais" pré-selecionados.

Como o projeto, depois de concluído, deverá ser apresentado a um agente financeiro para o seu financiamento então, nesta
fase, NÃO PRECISAMOS TER O LOCAL EXATAMENTE O QUAL DESEJAMOS. NÃO É NECESSÁRIO APONTAR UM
IMÓVEL EM ESPECÍFICO EM NEM O MESMO ESTAR VAGO PORQUE, QUANDO DA INSTALAÇÃO EFETIVA DO
PROJETO É QUE SE FARÁ A BUSCA POR IMÓVEIS VAGOS.

ENTÃO AGORA, TEMOS QUE DEFINIR UM “LOCAL” NO QUAL PROCURAREMOS O IMÓVEL PARA
LOCAÇÃO/CONSTRUÇÃO.

Exemplo 1: O projeto X definiu como local ideal para sua instalação um “local” na Rua Euclides da Cunha, situado entre as
ruas Bahia e Espírito Santo (notem que este projeto (exemplo) definiu como “local” um intervalo de 5 quadras para a procura
de um imóvel para locação com as características desejadas (definidas na planta-baixa). Isto será feito somente depois que os
recursos financeiros estejam disponíveis, então de nada adianta o imóvel desejado estar vago “agora”, porque ele certamente
não estará quando os recursos financeiros forem liberados.

Passo à passo:

1) Definir 2 a 4 bairros possíveis para a instalação do projeto (a partir do estudo do Perfil socioeconômico de Campo Grande)

https://ava.ufms.br/course/view.php?id=15325 8/19
03/04/2021 Curso: ELABORAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS-T01-2021-1
2) Identificar as ruas com maior potencial comercial nesses bairros (google maps, google Earth)

3) Selecionar 3 a 4 possíveis 'locais" para teste (como no exemplo 1 acima) (exemplo mapa em anexo)

4) Aplicar o método Lista de Controle (anexo) para estes “locais” pré-selecionados

5) Selecionar o/os ponto(s) com melhor(es) resultado(s)

Desta forma, o projeto define seu melhor "local" comercial.

Utilizando o site Infoimóveis, o grupo terá condições de avaliar o valor médio do aluguel na região, o qual comporá os custos
fixos do projeto. Procurem, no referido site, imóveis com características semelhantes as que o projeto necessite. Normalmente
as regiões tem seus preços definidos por “metro quadrado”, assim, vocês podem obter o valor da locação por metro quadrado
e multiplicar pera área que o projeto necessita (definida na planta-baixa). A consulta pode ser feita também em imobiliárias.

Existe vasta literatura sobre como proceder estudos de localização.

Para localização "industrial" normalmente os livros de administração da produção cobrem bastante satisfatoriamente este tópico.

Para complementar o estudo de localização comercial sugiro a leitura de:

SPROESSER, R. L.; LIMA FILHO, D. O. . Varejo de alimentos: estratégia e marketing. In: Mario Otávio Batalha. (Org.). Getão
Agroindustrial. 3ed.São Paulo: Atlas, 2007, v. , p. 257-331.

Embora o capítulo do livro trate sobre o estudo de localização para o varejo de alimentos, as técnicas são as mesmas para outros
tipos de comércios urbanos.

PDF
Exemplo Localização - Mapa de 3 locais pré-selecionados

PDF
Exemplo Localização - LISTA DE CONTROLE a ser aplicada aos locais pré-selecionados

FÓRUM - ESTUDO DE LOCALIZAÇÃO

C Á L C U L O D O S I N V E S T I M E N TO S N E C E S S Á R I O S

CÁLCULO DOS INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS

Nesta etapa são apresentados todos os investimentos necessários ao projeto.

De modo geral, os principais itens de investimentos são os equipamentos, utensílios, mobiliário, informática, veículos, aquisição de
área e a construção predial ou a reforma de prédio locado de terceiros para a instalação do projeto.

Todos os subitens dos investimentos já devem ter sido apresentados em etapas anteriores então, nesta fase, trata-se de
consolidar (somar) os investimentos totais.

Assim, façam o levantamento dos preços de aquisição dos equipamentos, utensílios, mobiliários, informática, veículos, etc.
Utilizem preços médios de mercado para a composição dos investimentos. Não baseiem o projeto em preços de “promoção”
eventualmente encontrados durante a pesquisa, pois estes preços promocionais podem não estar mais ofertados na ocasião da
aquisição efetiva dos bens.

Poderão ser adquiridos equipamentos “usados”, isto é comum em projetos, desde que sejam de fontes seguras e a um preço
atrativo. Normalmente há grande oferta de cozinhas, padarias, oficinas mecânicas, etc., seminovas.

Veículos seminovos também poderão ser adquiridos, quando necessários. Tais elementos adquiridos no mercado de seminovos,
diminui consideravelmente a necessidade de investimentos.

Lembro que a instalação dos equipamentos também tem um custo e este deve ser entendido como investimento. A instalação de
equipamentos pode custar de 5% a 10% do valor do mesmo.

Boa parte dos projetos serão desenvolvidos em imóveis locados, neste caso considerem o valor da reforma como investimento.
Lembro que pode ser definido um valor de R$500,00 por metro quadrado para a reforma do imóvel locado. Caso tenham um
orçamento de reforma mais acurado do que este proposto, podem utiliza-lo.

Segue, em anexo ao tópico, um exemplo de planilha de investimentos. Notem que, neste exemplo, o projeto assegurou um
investimento de R$ 800,00 por metro quadrado para a reforma, possivelmente devido à disponibilização de um ambiente “mais
sofisticado” aos clientes.

https://ava.ufms.br/course/view.php?id=15325 9/19
03/04/2021 Curso: ELABORAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS-T01-2021-1

PDF
EXEMPLO DE PLANILHA DE INVESTIMENTOS

FÓRUM INVESTIMENTOS

C U S TO S O P E R A C I O N A I S D E C O R R E N T E S D O P R O J E TO - C U S TO S
FIXOS

CUSTOS OPERACIONAIS DECORRENTES DO PROJETO - CUSTOS FIXOS

Nesta fase do projeto serão definidos os custos fixos e os custos variáveis do projeto.

CUSTOS FIXOS

Os CUSTOS FIXOS são todos os CUSTOS QUE INDEPENDEM DA QUANTIDADE PRODUZIDA, ou seja, mesmo que a
produção opere em escala mínima, ou esteja parada, a empresa continuará tendo tais despesas.

Os custos fixos não variam conforme a quantidade produzida pela empresa. De modo geral, tais itens são custos considerados
fixos mesmo que, de tempos em tempos, normalmente quando se varia a escala de forma muito significativa (ex: quando a
empresa abre uma nova unidade produtiva), estes possam passar à um outro patamar e continuar fixo por mais um grande
espaço de tempo ou volume produzido.

A alocação de um item de despesa como custo fixo ou variável pode depender da interpretação da informação, ou seja, mesmo
que haja um consenso de quais sejam os principais custos fixos de uma operação produtiva, eventualmente um elemento de
despesa pode ser classificado como custo variável.

Observações sobre os custos fixos:

Aluguel – algumas empresas consideram o aluguel como custo fixo, pois mesmo operando em baixíssima capacidade ou não
operando, a empresa deve arcar com o aluguel do imóvel devido ao contrato estabelecido com o proprietário do imóvel. Em
alguns casos, o aluguel é tratado como custo variável pois, caso a empresa aumente a produção e necessite de um novo prédio,
um “novo” aluguel será estabelecido e, neste caso, o aluguel variou devido a variação da produção e, neste caso, pode ser
considerado com custo variável. De um modo geral, como o imóvel nos quais os projetos de vocês estão estabelecidos são
suficientes para operar a 100% da capacidade instalada, o aluguel poderá ser considerado como custo fixo.

Energia e água – As despesas com energia e água são normalmente consideradas como custos variáveis, pois elas variam
de acordo a utilização de equipamentos elétricos e demais equipamentos, os quais são, mais ou menos, acionados de acordo
com o volume produzido. No entanto, a “conta de energia” e a “conta de água” carregam consigo uma tarifa mínima fixa e,
muitas vezes, mesmo com a operação “parada” a empresa deve ter a iluminação, sistemas de segurança, refrigerados, etc.,
em funcionamento. Assim, é muito comum os projetos considerarem um percentual de aproximadamente 20% da despesa
média de energia e de água como custos fixos.

Mão de obra – A folha de pagamento é, na grande maioria das vezes, tratada com um elemento de custo variável pois, a
medida que a produção aumenta são contratados novos funcionários. Nenhuma empresa contrata 100% dos seus postos de
trabalho se estiver operando à 20 % da capacidade instalada.

No entanto, alguns postos de trabalho independem da quantidade produzida, por exemplo, a recepção em uma academia costuma
ser um custo fixo independente da quantidade de clientes; mesmo operando em baixíssimas quantidades, uma empresa
necessitará de um posto de trabalho no setor administrativo. São vários casos nos quais a empresa precisa manter um posto de
trabalho ativo mesmo operando em baixa quantidade ou não operando.

Uma solução possível para estas situações é considerar que 20% da folha de pagamento da empresa seja tratada como um custo
fixo e que os 80% restantes sejam tratados com custo variável.

Taxas – Algumas taxas municipais (ex: IPTU, etc.) independem da quantidade produzida e, portanto, são consideradas como
custo fixo.

Na planilha que está sendo desenvolvida para o projeto, abram uma nova aba “CUSTOS FIXOS” e apresentem os custos
fixos relacionados ao projeto.

Como nosso fluxo de caixa será “anualizado”, ou seja, o intervalo temporal será de um ano ao longo de 15 anos, os custos fixos
devem ser calculados também de forma “anualizada”.

É razoável pensar que os custos fixos sejam pagos mensalmente, assim, calculem o custo fixo mensal e multipliquem este valor
por 12 (meses). Será este valor “anualizado” que futuramente será utilizado na tabela do fluxo de caixa.

Na literatura sobre custos há ampla discussão sobre tais elementos de despesa e seu enquadramento. Observem como os
diversos autores definem os custos fixos e construam os “custos fixos” de seus projetos.

https://ava.ufms.br/course/view.php?id=15325 10/19
03/04/2021 Curso: ELABORAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS-T01-2021-1
São apresentados, em anexo, alguns exemplos de custos fixos de empresas.

PDF
Custos Fixos - exemplo 1

PDF
Custos Fixos - Exemplo 2

PDF
Custos Fixos - Exemplo 3

FÓRUM - CUSTOS FIXOS

C U S TO S O P E R A C I O N A I S D E C O R R E N T E S D O P R O J E TO - C U S TO S
VA R I Á V E I S

CUSTOS OPERACIONAIS DECORRENTES DO PROJETO

Nesta fase do projeto serão definidos os custos variáveis do projeto.

CUSTOS VARIÁVEIS

A estimativa dos custos variáveis é uma das fases mais complexas durante a elaboração de um projeto. Mesmo empresas
operando há alguns anos tem dificuldades em estimar seus custos variáveis. Em um projeto, o qual ainda não está em operação,
fazer esta estimativa torna-se uma tarefa ainda mais difícil.

Os custos variáveis são todos os custos operacionais que variam em função da quantidade produzida, ou seja, eles ocorrem
somente se houver algum nível de produção/faturamento.

Os principais itens que compõem os custos variáveis são a matéria-prima e a mão de obra (aquela que não foi considerada
como custo fixo). Uma série de outros itens são normalmente tratados como custos variáveis: combustível, frete, material de
limpeza, energia (80%), água (80%), publicidade, material de escritório, embalagens, gás de cozinha, etc. Alguns elementos
que compõem os custos variáveis são comuns à maioria dos empreendimentos, outros são específicos à cada atividade produtiva.

Dada a característica de que o custo variável varia em função da quantidade produzida (O faturamento é a expressão monetária
da quantidade produzida), é bastante comum expressarmos o custo variável como uma função do faturamento.

Exemplo:

CV = 0,29*faturamento

Esta função quer dizer que os custos variáveis representam 29% do faturamento da empresa, ou que, para cada 100 reais
vendidos/faturados, houve um custo variável de 29 reais.

Desta forma, nesta fase do projeto, devemos estimar esta função para o empreendimento.

Existem várias formas de se estimar os custos variáveis, os quais são encontradas em literatura específica. Um método bastante
comum, é o de composição por coeficiente técnico de cada insumo utilizado por unidade ou lote produzidos.

Outra forma é estima-lo a partir dos custos variáveis da concorrência. A literatura costuma trazer elementos e valores percentuais
de custos variáveis para boa parte das atividades econômicas.

Para a estimativa dos custos variáveis é comum calcula-lo a partir de uma produção à 100% da capacidade instalada, mesmo que
está não seja atingida em nenhum momento da vida do projeto.

Exemplo:

Suponhamos que uma empresa opere à 100% da sua capacidade instalada e tenha um faturamento mensal de R$60.000,00.
Neste mesmo mês ela teve um custo de matéria-prima de R10.000,00, de mão de obra (80%) de R$ 4.000,00 e demais custos
operacionais de R$ 6.000,00, totalizando R$ 20.000,00 de custos variáveis mensais.

Desta forma o custo variável desta empresa é de 20/60, igual á 33%, ou expresso na forma de função

CV = 0,33*faturamento

É uma função como esta que será utilizada na construção do fluxo de caixa do projeto. Assim, qualquer variação do
faturamento da empresa, devido ao aumento da taxa de utilização da capacidade instalada ao longo da vida do projeto,
implicará no aumento do custo variável, que neste exemplo é de 33% do faturamento.
.

Orientação para cálculo do custo variável

1 – Estimar o faturamento, em um determinado período (mês ou ano), com 100% da capacidade instalada em
operação.

https://ava.ufms.br/course/view.php?id=15325 11/19
03/04/2021 Curso: ELABORAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS-T01-2021-1
Estimar 100% da capacidade instalada pode ser uma tarefa fácil quando se tem uma produção “fabril” com uma capacidade
definida por equipamentos. Por exemplo, 10.000 picolés/dia (capacidade dos equipamentos), vendidos à preço de atacado a R$
1,70 a unidade, totalizam R$ 17.000,00 de faturamento por dia, multiplicado por 26 dias trabalhados no mês, totalizam R$
442.000,00 por mês.

Em outras situações esta estimativa pode não ser tão evidente, por exemplo, uma choperia com 30 mesas. Considera-se que
um ticket médio por atendimento/mesa seja R$ 120,00, e que uma mesa “roda”, em média, 3 vezes por dia (das 17h às 24 h) e
que uma choperia funciona, efetivamente, de quinta à domingo. Desta forma teremos que cada mesa fatura R$360,00 (3x120)
por dia, vezes 30 mesas (capacidade instalada), totalizando R$ 10.800,00 por dia. Em um mês de 4 semanas tem-se
efetivamente 16 dias trabalhados (4 x quinta à domingo), assim, R$ 10.800,00/dia vezes 16 dias, totaliza um faturamento
mensal de R$ 172.000,00.

2) Estimativa dos custos variáveis relativos ao faturamento à 100% da capacidade instalada

Caso tenham calculado o faturamento à 100% no período de um mês, estimem os custos variáveis para o mesmo período.
Construam uma tabela com os itens de custo variável relativos à sua empresa, avaliem o valor monetário de cada item de custeio,
por exemplo:

Item de custo variável Valor mensal à 100% da


cap. instal. (R$)

Matéria-prima 72.000

Mão de obra + encargos 18.000

Energia (80%) 3.000

Água (80%) 2.500

Embalagem 7.000

Combustível 9.000

Gás 2.000

Material de limpeza 2.000

Material de escritório 1.500

Demais custos variáveis 5.000

Total 122.000

Obs. O item “matéria-prima” pode ser subdividido em vários itens para melhor clareza da estrutura dos custos variáveis.

Ainda como exemplo, considerando-se que estes custos variáveis apresentados na tabela referem-se aos custos variáveis da
fábrica de picolés do exemplo anterior (faturamento de R$ 442.000,00 por mês), temos:

3) Cálculo da função dos Custos Variáveis

CV = 122.000/442.000 = 0,276 ou seja, o custo variável representa 27,6% do faturamento, ou ainda,

CV = 0,276*Faturamento (esta é a fórmula que será inserida na tabela do fluxo de caixa a ser elaborada futuramente).

De modo geral, quando os custos variáveis superam 35% do faturamento do projeto isto já é um indicador de que o projeto possa
ter sua viabilidade econômica prejudicada, pois do restante do faturamento (75%) terão que ser subtraídos, ainda, os custos fixos,
a depreciação os e impostos, o que certamente irá comprometer a margem do projeto.

Com base em tais elementos e em literatura especializada sobre custos, determine a função que melhor representará os custos
variáveis do projeto.

PDF
CUSTOS VARIÁVEIS - EXEMPLO 1

FÓRUM - CUSTOS VARIÁVEIS

P O N TO D E E Q U I L Í B R I O D O P R O J E TO

PONTO DE EQUILÍBRIO

O PONTO DE EQUILÍBRIO é quantidade de produtos, ou percentual da utilização da capacidade instalada ou o faturamento


que a empresa necessita produzir ou vender para cobrir o Custo Total (CF + CV) da empresa.
https://ava.ufms.br/course/view.php?id=15325 12/19
03/04/2021 Curso: ELABORAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS-T01-2021-1
O Ponto de Equilíbrio deve ser entendido como um indicador parcial da viabilidade econômica da empresa.

Quantidades produzidas abaixo do ponto de equilíbrio certamente irão conduzir a empresa ao prejuízo. Quantidades produzidas
acima do ponto de equilíbrio asseguram o Lucro Operacional e tendem a conduzir a empresa ao Lucro.

O atingimento do Ponto de Equilíbrio por uma empresa, não garante automaticamente o lucro, uma vez que esta deve ainda
honrar com os impostos e a depreciação. No entanto, como impostos e depreciação podem ser “adiados” por um determinado
período, assim o atingimento do Ponto de Equilíbrio garantiria a “sobrevivência” da empresa no médio prazo.

CÁLCULO DO PONTO DE EQUILÍBRIO

Para o cálculo do Ponto de Equilíbrio é necessário ter a dimensão dos custos operacionais da empresa e do faturamento em
função da taxa de utilização da capacidade instalada (quantidade produzida/vendida).

Seja:

Custo Total (CT) = Custo Fixo (CF) + Custo Variável (CV)

Faturamento = Taxa de utilização da capacidade instalada (quantidade) X Preço

Desta forma, o Ponto de Equilíbrio é obtido quando o valor do Faturamento se iguala ao valor do Custo Total (Ver gráfico do
Ponto de Equilíbrio no anexo):

Passo à passo:

1) Trace a linha horizontal do Custo Fixo (independe da quantidade produzida);

2) Projete a linha do Custo Variável (CV = 0 quando a taxa de utilização da capacidade = 0 e CV = 100% da taxa de utilização
instalada quando CVunit. x quantidade produzida à 100% da capacidade instalada);

3) Projete o Custo Total (CF + CV) (o CV começa no valor do Custo Fixo e segue paralelo ao CV);

4) Projete a linha do Faturamento (Fat. = 0 quando taxa de utilização da capacidade for igual a zero).

No exemplo dado (anexo), o Ponto de Equilíbrio ocorre quando a taxa de utilização da capacidade instalada for igual à 45%
da capacidade máxima de produção. Dos 55% “restantes” a empresa tem, ainda, que pagar seus impostos e fazer a reserva
para Depreciação, só então teremos um lucro do empreendimento como um todo.

Na literatura sobre custos e sobre elaboração de projetos há ampla exemplificação sobre o cálculo do Ponto de Equilíbrio.

PDF
EXEMPLO DO GRÁFICO DO PONTO DE EQUILÍBRIO

FÓRUM PONTO DE EQUILÍBRIO

DEPRECIAÇÃO

Depreciação

A depreciação é a perda de valor de um ativo devido sua utilização ou obsolescência.

Para fazer face a este uso/desgaste, a empresa deve “recolher” (guardar, poupar, manter em “caixa”) anualmente uma certa
quantidade de recursos financeiros para a reposição dos ativos após alguns anos de sua utilização.

Dado ao fato de que a depreciação de ativos, por parte de uma empresa, pode ter impacto na lucratividade e, portanto, no
recolhimento dos tributos sobre o lucro, a legislação brasileira estabelece regras contábeis para a depreciação de um ativo. Desta
forma, a legislação brasileira estabelece:

Percentual de Depreciação dos diversos tipos de ativos

Ativo Depreciação Depreciação


anual (%) total (anos)

Máquinas e 10% 10
equipamentos

Instalações 10% 10

Móveis e utensílios 10% 10

https://ava.ufms.br/course/view.php?id=15325 13/19
03/04/2021 Curso: ELABORAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS-T01-2021-1

Prédios, construções 4% 25

Computadores e 20% 5
periféricos

Veículos 20% 5

Assim, se uma empresa tem como ativos R$ 50.000,00 em máquinas e equipamentos e um veículo de R$ 20.000,00, ela poderá
depreciar anualmente:

Máq/equip. (deprec. 10% ao ano) = 50.000 x 0,10 = 5.000 ao ano

Veículo (deprec. 20% ao ano) = 20.000 x 0,20 = 4.000 ao ano

Desta forma, neste exemplo, a empresa deverá depreciar seus ativos em 5.000+4.000 = R$ 9.000,00 a cada ano, ao longo da vida
útil do projeto, para a sua reposição.

Na realidade, a tabela de depreciação é um pouco mais completa do que a mencionada acima, procurem a tabela completa na
literatura/Internet. Há alguma variação nos percentuais de depreciação dependendo do tipo de veículo.

É ampla a literatura sobre o tema da depreciação, consultem material disponível na internet e observem um exemplo em anexo no
tópico.

Atividade: Abram uma nova aba “depreciação” na planilha excel do projeto e calculem a depreciação dos ativos.

PDF
EXEMPLO DEPRECIAÇÃO DE ATIVOS

FÓRUM DEPRECIAÇÃO

PROJEÇÃO DO FLUXO DE CAIXA

PREVISÃO DE FLUXO DE CAIXA DO PROJETO

O fluxo de caixa é a “expressão monetária” do comportamento do projeto ao longo dos anos. Ele é o resultado de todas as
decisões tomadas durante a elaboração do mesmo. Ele evidencia TODAS as ENTRADAS e SAÍDAS financeiras de um
empreendimento.

De modo geral, cada uma das fases do projeto está representada, de forma monetarizada, na previsão do fluxo de caixa. Por
exemplo: o estudo de mercado deverá orientar as projeções das vendas e, consequentemente, da taxa de utilização da
capacidade instalada. Nas “SAÍDAS” do projeto temos os Investimentos necessários, os quais ocorrem normalmente no “ano zero”
do projeto, e são o resultado das escolhas das tecnológicas e do posicionamento estratégico feitos durante a elaboração do
projeto.

O Custo Fixo, Custo Variável, os quais são resultados das escolhas operacionais (processos, turnos de trabalho, tecnologia,
equipamentos, etc.) e ainda a depreciação e impostos a serem pagos também são considerados como Saídas do projeto.

Ao final do Fluxo de Caixa temos o “SALDO”, que é compreendido como o resultado econômico do projeto, a partir do qual será
calculada a viabilidade econômica do mesmo.

Normalmente, um Fluxo de Caixa, para efeito do cálculo da viabilidade econômica de um projeto, é expresso em “anos”, visto que
dificilmente um empreendimento é projetado para durar menos que um ano. Convencionou-se expressar o Fluxo de Caixa de um
projeto em um período de 15 anos, isto não quer dizer que um projeto deva “durar” somente 15 anos, deseja-se que o mesmo seja
o mais longevo possível. No entanto, 15 anos é um período suficiente para se avaliar o resultado econômico do mesmo. Casos
excepcionais, como bares e outros empreendimentos “da moda”, podem projetar o fluxo de caixa para períodos menores, entre 5
e 10 anos.

A construção do Fluxo de Caixa é algo bastante simples uma vez que o projetista já tenha cumprido todas as etapas anteriores da
elaboração de um projeto, ele apenas aglutina informações já produzidas anteriormente.

Operacionalmente, no Fluxo de Caixa, espera-se que sejam evidenciadas todas as Entradas e Saídas ao longo dos 15 anos de
“vida útil” do projeto, e consequentemente, o Saldo resultante.

Assim, temos no Fluxo de Caixa:

ENTRADAS:

Faturamento – valor monetário relativo à quantidade produzida e vendida

Cessão de ativos – no final da vida útil do projeto, após os 15 anos, alguns ativos ainda têm valor residual, ou seja, tem
algum valor no mercado de “usados”. Sugiro que os grupos utilizem 15% do valor total dos ativos como valor residual, a ser
considerado como uma “entrada” adicional ao caixa no “ano 15” do fluxo de caixa.
https://ava.ufms.br/course/view.php?id=15325 14/19
03/04/2021 Curso: ELABORAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS-T01-2021-1
SAÍDAS:

Investimentos – montante investido para a operacionalização do projeto, normalmente feitos no “ano zero” do projeto

Custo Fixo – despesa fixa que independe da quantidade produzida ou vendida, sendo constante ao longo de toda a vida útil
do projeto

Custo Variável – despesa que varia em função do faturamento obtido pela empresa. Normalmente expresso como um
percentual do faturamento

Depreciação – valor monetário que é “retido em caixa” anualmente para reposição de ativos desgastados ou obsoletos,
sendo constante ao longo de toda a vida útil do projeto caso não se aumentem os ativos. A legislação brasileira estabelece
normas para o cálculo da depreciação

Impostos – valores devidos ao Estado (federal, estadual ou municipal) relativos à venda de mercadorias e ou serviços. A
alíquota de imposto a ser aplicada depende do regime tributário no qual a empresa está submetida e do valor do faturamento

SALDO – é o montante financeiro resultante das “Entradas” menos as “Saídas”. É o RESULTADO do projeto, valor sobre o qual
será calculada a viabilidade econômica do projeto, a exemplo da Taxa interna de retorno (TIR)

Observações sobre o fluxo de caixa

A evolução taxa de utilização da capacidade instalada (no exemplo) equivale à evolução da demanda.

A taxa e utilização da capacidade instalada das empresas brasileira é da ordem de 82% da capacidade instalada. Por isto sugiro
estabilizarem a demanda do projeto em 80% da capacidade instalada. No entanto, cada caso deve ser analisado individualmente.

A Cessão de Ativos (venda de ativos usados no “final do Projeto”) melhora o Saldo do projeto. Alguns ativos não têm valor algum
de revenda.

É comum que no Fluxo de Caixa os investimentos sejam feitos no “ano zero”. Ano zero é considerado como o período de
instalação do projeto.

O valor da alíquota dos impostos varia em função do faturamento da empresa e do regime tributário adorado (aplicação da tabela
de tributos Simples Nacional).

Algumas empresas não podem aderir ao Simples Nacional. Para estes casos, deve-se utilizar a alíquota do regime Lucro
Presumido.

É comum que o Saldo de um projeto seja negativo nos primeiros anos de operação (além do ano zero que tem somente
investimentos). Isto se dá porque, com o baixo volume de vendas, o Custo Fixo tem um “efeito maior” sobre o resultado. A medida
que as vendas aumentam, como o Custo Fixo permanecendo constante, o Saldo torna-se paulatinamente positivo e crescente, até
a sua estabilização.

Existe ampla literatura sobre a elaboração de Fluxo de Caixa de projetos. Ele pode ter alguma variação em função do período
de análise. Consultem literatura sobre elaboração de projetos e sobre finanças para a elaboração do fluxo de caixa do projeto.

Na planilha excel do projeto, abram uma aba “fluxo de caixa” e construam-no.

No anexo ao tópico está disponível um exemplo de Fluxo de Caixa.

PDF
EXEMPLO DE FLUXO DE CAIXA

FÓRUM FLUXO DE CAIXA

C Á L C U L O D A TA X A I N T E R N A D E R E TO R N O ( T I R )

VIABILIDADE ECONÔMICA DO PROJETO

Uma vez elaborado o fluxo de caixa do projeto, passa-se à fase de análise da sua viabilidade econômica. É nesta etapa que
se verifica qual o nível de retorno financeiro sobre os investimentos efetuados.

Além do fato de o projeto ser gerador de trabalho e renda, espera-se, de todos os investimentos, algum retorno sobre o capital.

O investidor, seja ele uma pessoa física, um dos sócios por exemplo, ou um agente financeiro como um banco público ou privado,
sempre irá avaliar o “custo alternativo do capital”, quer dizer, o investidor tem várias alternativas de investimento no mercado com
diversos níveis de riscos associados (poupança, renda fixa, dólar, ouro, ações, fundos imobiliários, imóveis, etc.). Cada um destas

https://ava.ufms.br/course/view.php?id=15325 15/19
03/04/2021 Curso: ELABORAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS-T01-2021-1
possibilidades de investimentos tem um retorno médio esperado e um grau de risco associado. De modo geral, quanto maior o
risco, maior o retorno esperado sobre o capital investido.

Desta forma, o projeto, que também tem um risco associado a este, irá “disputar” o capital do investidor com essas outras opções
de investimento. Neste caso, o projeto precisa ser tão, ou mais, atrativo quanto as alternativas existentes no mercado.

Esta fase de viabilidade econômica do projeto, calcula/apresenta justamente sua atratividade financeira, para ser comparada às
demais alternativas e posterior tomada de decisão quanto a execução do projeto.

Uma outra forma de se visualizar a atratividade de um projeto é o fato de que seu retorno financeiro irá balizar até que taxa de
juros o capital necessário à sua implantação poderá ser obtido. Por exemplo, se um projeto tem como retorno financeiro uma taxa
de 8% ao ano sobre o capital investido e um agente financeiro (banco) “cobra” 11% ao ano sobre o capital emprestado,
claramente este projeto não é viável, uma vez que ele não “consegue” sequer pagar o custo do capital emprestado junto ao banco,
muito menos assegurar um retorno ao “dono” do projeto que corre todos os riscos no mercado.

Assim, um projeto é considerado viável quando ele é superior às alternativas existentes no mercado a ponto de se valer a pena se
correr o risco associado à operação da atividade proposta pelo projeto.

Se, por exemplo, um projeto retorna o mesmo valor que uma aplicação Poupança, garantida pelo governo, portanto, com risco
“zero”; Por quê alguém iria retirar o seu capital da Poupança para correr risco no projeto? Somente se este for mais atrativo que a
Poupança, ou se, no longo prazo, o projeto tem possibilidades concretas de ser atrativamente rentável.

Assim, a primeira fase da viabilidade econômica é o cálculo da Taxa Interna de Retorno (TIR), a partir da qual faz-se as
comparações necessárias com as demais alternativas de investimentos.

Taxa Interna de Retorno (TIR)

A taxa interna de retorno é uma taxa de desconto que faz com que os valores das Saídas de um projeto, trazidos ao valor
presente, sejam iguais aos valores dos retornos dos Investimentos, estes também trazidos ao valor presente, quando aplicada a
um SALDO do fluxo de caixa.

A literatura de finanças traz ampla discussão sobre a obtenção e a utilização da TIR. Consultem livros de projetos e de finanças
para maiores detalhes sobre o conceito e a forma de cálculo.

Uma vez obtido o fluxo de caixa, é bastante fácil o cálculo (excel) da taxa interna de retorno (TIR). Para tal, na planilha excel onde
consta o fluxo de caixa, escolha uma célula na qual se queira que seja apontado o valor da TIR. Nesta célula digite:

=TIR(indique com o cursor todo o saldo do projeto, do ano 0 até o ano 15), pressione “Enter”.

O excel irá fornecer o valor da TIR, por exemplo 0,27. Como o saldo refere-se a um fluxo de caixa anualizado (de 0 a 15 anos), a
TIR também deve ser compreendida como anualizada. Isto quer dizer que este projeto retorna (ou tem uma Taxa Interna de
Retorno) 27% ao ano sobre o capital investido.

Neste caso, como o projeto “promete” 27% de retorno sobre o capital investido (lembre-se que sempre existe um risco associado),
cabe agora a análise sobre sua viabilidade, a qual sempre deve ser ponderada pelas outras alternativas de investimentos.

Vejamos as principais alternativas de investimentos hoje (maio/2020) disponíveis no mercado:

1. Poupança: 4% a 5% ao ano, sem risco

2. Renda Fixa: de 4% a 8% ao ano, baixo risco

3. Fundo imobiliário: de 8% a 10% ao ano, baixo/médio risco

4. Imóveis: de 6% ao ano, baixo risco

5. Ações: de -20% a +25% ao ano, altíssimo risco

Quando comparada a estas possibilidades, uma TIR de 27% ao ano mostra-se bastante atrativa, ou seja, caso alguém tenha o
capital necessário ao projeto em umas dessas aplicações financeiras, o investimento (projeto), desde que ele seja de baixo
risco, apresenta-se como uma boa opção.

Outra possibilidade é o fato de ser necessário recorrer a um empréstimo junto à um agente financeiro (banco). Dado que as
taxas de financiamentos podem variar significativamente em função da linha de crédito temos:

1. Financiamento público via FCO/BNDES (intermediada pelo Banco do Brasil): de 9% a 12 % ao ano. Deve ser oferecido 150%
de garantia real sobre o montante financiado. Ex: Se solicitar um financiamento de R$ 300.000,00, deve-se oferecer em garantia,
durante todo o período de amortização da dívida, um patrimônio (imóvel) no valor de R$450.000,00.

2. Financiamento em banco privado: de 17% à 35% ao ano (depende do perfil do solicitante do financiamento). Deve ser oferecido
150% de garantia real sobre o montante financiado

Com base nessas informações, um projeto com uma TIR de 27% ao ano continua viável caso o capital necessário seja obtido
junto ao BNDES. Caso tenha-se que recorrer a agentes financeiros privados (bancos privados), o projeto à TIR de 27% ao ano, já
não se mostra tão atrativo pois, mesmo que se obtenha financiamento à 20% ao ano, restariam somente 7% ao ano (27% - 20%)
para remunerar o risco de quem assume o projeto, ou seja, possivelmente é um risco muito alto por apenas 7% ao ano de retorno.

Segue, no anexo ao tópico, um exemplo de cálculo da TIR.

https://ava.ufms.br/course/view.php?id=15325 16/19
03/04/2021 Curso: ELABORAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS-T01-2021-1
Atividade: Calcular a TIR do projeto e fazer a análise da sua viabilidade, isto é, em quais circunstâncias o projeto seria viável.

PDF
Exemplo de cálculo da TIR

FÓRUM CÁLCULO DA TIR

E S T R U T U R A Ç Ã O E F O R M ATA Ç Ã O D O P R O J E TO PA R A E N T R E G A
SUGESTÕES PARA A ESTRUTURAÇÃO E FORMATAÇÃO DO PROJETO

Deverão ser entregues dois arquivos:

1) Projeto completo (em arquivo doc ou PDF)

2) Planilha Excel, subdividida em "abas", contendo todos os cálculos efetuados no projeto

OBS: TODAS AS TABELAS GERADAS NAS DIVERSAS ABAS DA PLANILHA EXCEL DEVERÃO SER INCORPORADAS AO
ARQUIVO DOC OU PDF, OU SEJA, ESTE ARQUIVO DEVE CONTER A TOTALIDADE DAS INFORMAÇÕES PARA A
ANÁLISE DO PRJETO. A PLANILHA EXCEL SERVE PARA QUE EU POSSA VERIFICAR COMO OS CÁLCULOS FORAM
EFETUADOS.

ESTUTURAÇÃO DO ARQUIVO DOC OU PDF

É sugerido que no documento a ser entregue constem os seguintes itens do projeto:

Capa - título do projeto e nome dos membros do grupo

Sumário

1 Apresentação (resumo/caracterização do projeto em, no máximo, uma página)

2 Estudo de Mercado

2.1 Tendências de consumo

2.1.1 Mundial

2.1.2 Nacional

2.1.3 Local

2.2 Pesquisa de comportamento de consumo

2.3 Análise da concorrência

2.4 Definição do público-alvo

2.5 Definição do posicionamento de mercado

2.6 Definição dos 4 P's

3 Aspectos Legais Relativos ao Projeto

Legislação ambiental, sanitária, etc. pertinentes ao projeto (cita-las no corpo do projeto e trechos de relevância colocar em
anexo)

4 Contrato Social

5 Escopo Técnico do Projeto

5.1 Desenvolvimento dos processos de trabalho

5.1.1 Processo produtivo

5.1.2 Processo comercial

5.1.3 Processo contas à pagar

6 Demanda de equipamentos, utensílios, móveis e veículos

Apresentar todas as necessidades de equipamentos e demais itens para o projeto

7 Estrutura física do projeto

7.1 Planta-baixa
https://ava.ufms.br/course/view.php?id=15325 17/19
03/04/2021 Curso: ELABORAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS-T01-2021-1
7.2 Layout

7.3 Fachada

8 Definição dos Postos de Trabalho

8.1 Definição das funções

8.2 Definição da carga de trabalho ( número de funcionários e carga horária)

8.3 Definição da "folha de pagamentos" (salários + encargos)

8.4 Definição do organograma (simplificado)

9 Estudo de localização

9.1 Perfil socioeconômico de Campo Grande

9.1 Aspectos legais relativos à localização (observância da lei de uso dos solos - Plano diretor urbanístico)

9.3 Escolha do "Local" de implantação do empreendimento

10. Investimentos

10.1 Equipamentos, utensílios, móveis e veículos

10.2 Reforma predial

11 Custos Operacionais Decorrentes do Projeto

11.1 Custo fixos

11.2 Custos variáveis

11.3 Ponto de equilíbrio

12 Depreciação

13 Enquadramento Tributário - especificar sob qual regime tributário a empresa será regida

14 Viabilidade Econômica do Projeto

14.1 Previsão do fluxo de caixa

14.2 Cálculo da taxa interna de retorno

15 Conclusões

16 Cronograma Simplificado da Instalação do Projeto (preferencialmente em meses, incluindo reforma e instalação de


equipamentos)

17 Referências Bibliográficas

Observações Gerais

1) Não é obrigatória a observância integral da estrutura proposta acima. Ela pode variar de acordo com as particularidades do
projeto;

2) Alguns itens da estrutura proposta podem não são pertinentes para alguns projetos;

3) Todas as tabelas e gráficos elaborados no excel devem constar no arquivo doc ou pdf;

4) Citar, no corpo do documento, as fontes bibliográficas utilizadas e apresenta-las nas referências bibliográficas;

5) Nos anexos devem constar todos os documentos, folders, etc. utilizados para a elaboração do projeto, exceto legislações muito
extensas. Para estas citar somente o título e o endereço eletrônico para eventual consulta;

6) Plantas-baixas, layouts, fachada, preferencialmente devem constar no corpo do trabalho. Quando isto não for tecnicamente
possível, coloca-los em anexo.

7) Um projeto não é um "amontoado" de tabelas, ele deve conter uma discussão, mesmo que suscita, para a orientação do leitor

8) O "público-alvo" do projeto é o analista de crédito de instituições financeiras com potencial para financiamento do mesmo,
normalmente um profissional técnico e experimentado

Ã
https://ava.ufms.br/course/view.php?id=15325 18/19
03/04/2021 Curso: ELABORAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS-T01-2021-1
FORMATAÇÃO

1) O trabalho deve ser entregue em arquivo doc ou pdf em formato A4 e com fonte 12

2) O espaçamento entre as linhas fica à critério do grupo

3) ) Poderá ser utilizado o formato de página "paisagem" para que algumas informações "caibam" na mesma (ex: Fluxo de caixa)

4) Em algumas partes do projeto poderão ser utilizadas fontes em tamanhos reduzidos

https://ava.ufms.br/course/view.php?id=15325 19/19

Você também pode gostar