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21/09/21, 01:13 UNINTER - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E O GERENCIAMENTO DE CAPITAL

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E
O GERENCIAMENTO DE CAPITAL
AULA 2

Prof. Daniel Weigert Cavagnari

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CONVERSA INICIAL

Vimos
na aula anterior que o papel do administrador financeiro se embasa no
conhecimento, na
prática e nas ferramentas que opera. Portanto, a prática e a
experiência são as maiores aliadas das

finanças.

A
exemplo disso, algumas escolhas de dirigentes, sem informações precisas, seguem
um senso

comum, pois estes acreditam que o melhor analista ou gestor financeiro


é aquele que tem maior

habilidade com cálculos complexos. Este é um erro típico


de sociedades emergentes, que contratam

profissionais despreparados para o


cargo financeiro, achando que apenas o fato de se terem

formação em ciências
exatas ou complexas estarão mais habilitados para o cargo de gestor
financeiro,
como engenheiros, médicos, entre outros. Podemos ver que isso não é verdade pela

quantidade de empreiteiras e hospitais que seguem em funcionamento, mesmo já


estando falidos.

O
administrador financeiro, portanto, tem habilidades especiais sim, pois conhece
bem as

ferramentas e os mecanismos que o apoiam; sua formação é de bacharel em


Administração; ele

conhece bem o cotidiano administrativo, a história, as


teorias e a ciência corretamente aplicada.

Qualquer outro profissional que se


aventure nesse meio, tem a necessidade de se preparar. Não é à

toa que os
melhores administradores financeiros do mundo são graduados em Administração,
ou ao

menos têm formação em ciência correlata (economia, contabilidade ou


marketing), com alguma

especialização sólida (em Administração ou MBA) na área.

CONTEXTUALIZANDO

Os
recursos que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)

disponibilizava
aos bancos comerciais tinham taxas de juros maiores que a do próprio BNDES,

porque os riscos avaliados eram de responsabilidade dos próprios bancos, com a


diferença, no

entanto, de que o dinheiro não era do banco, e os lucros não eram


considerados.

Em
meados do ano de 2004, em uma palestra com Luiz Ferreira Xavier Borges, gerente
executivo
da área jurídica do BNDES, ouvimos algumas palavras interessantes acerca
de empréstimos da

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entidade.

Na
época, ele dizia que, para pequenas e médias empresas, os recursos de
financiamento de

projetos do BNDES saíam diretamente dos bancos comerciais, ou


seja, bancos comuns nos quais

temos contas correntes com altos juros de


empréstimo ou de cheque especial. Esses bancos possuem

uma conta tipo


“conjunta” no BNDES, ou seja, bancos comerciais tinham até, aproximadamente, R$

1,5 milhão em recursos disponíveis para repassarem às empresas de menor porte.


Por isso é que
existem programas de financiamento com juros menores aos do
mercado comum disponíveis em

bancos comerciais.

O
BNDES, assim como qualquer instituição de financiamento, considera risco
qualquer fator que

possa tornar o negócio inviável. Se a empresa terá


compradores, ou se é possível e viável a

construção do empreendimento, e se ela


tiver outros tipos de cobertura – como capital próprio. Na

média, o percentual
de risco é do próprio BNDES.

Quanto
ao risco, há outros meios para avaliá-lo: são considerados diversos fatores
pré-

determinados, que vão desde a estrutura física, instalações da empresa etc.,


até o perfil do indivíduo

– por exemplo: um cidadão mais velho pode ter mais


dificuldade em obter um empréstimo do que

um mais jovem por sua expectativa de


vida.

No
longo prazo, o BNDES segue a lógica do plano de negócio, onde o prazo de
financiamento

se baseia dentro do payback (tempo de retorno do capital


investido) do projeto, oferecendo um

prazo um pouco menor do que o previsto para


o investimento.

Pesquise

Você ou algum
conhecido seu já pensou em abrir um negócio? Sabe por onde começar?

Com base nesta


questão:

Escolha um negócio dos seus sonhos (ou apenas de exemplo);

Determine que tipo de negócio é e em que tipo se enquadra (comércio,


indústria, serviços);

Pesquise no Google o termo “Mais BNDES” ou acesse diretamente o


link: <https://www.bndes.g

ov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Orientador/Backup_Mais_BNDES/index2.html>.

Acompanhe passo a
passo o Guia do BNDES e, escolhendo a opção financiamento de “projeto”

determine:

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As taxas que serão cobradas pelo empréstimo (composições);

O capital máximo de apoio do BNDES (em %);

As parcelas e prazos de pagamento.

TEMA 1 – DECISÕES FINANCEIRAS NAS CORPORAÇÕES

1.1 QUESTÕES FUNDAMENTAIS

Quando tratamos de finanças objetivando


a maximização da riqueza, precisamos de atenção e

cautela para alcançar alguns


objetivos, a partir de decisões essenciais na empresa.

Todo e
qualquer investimento – mesmo se nomeado como de curto prazo – compreende um

longo prazo, principalmente pelo retorno. As incertezas são tantas que um


planejamento cuidadoso é

fundamental. Caso contrário, o que era para ser um


investimento (empenho de valores almejando
riqueza), passa a ser um
pesadelo. 

Para
tanto, precisamos buscar respostas a quatro perguntas fundamentais:

Onde
investir?

Quanto
investir?

Como
financiar o investimento?

Como
distribuir os resultados?

1.2 ONDE INVESTIR?

Dentre
as várias opções disponíveis para investimento, qual é a melhor? Podemos por
exemplo:

Ampliar
as instalações;

Especializar
a mão de obra;

Investir
em tecnologia;

Investir
em ações;

Abrir
uma nova filial.

Para se definir a melhor


alternativa haverá a necessidade de um projeto para que a decisão seja

mais
precisa.  Note que a escolha do investimento almeja um crescimento na
receita da empresa

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acima de tudo. A escolha pode estar nas oportunidades


disponibilizadas no mercado ou uma nova

ideia.

É
neste momento – o da escolha do investimento – que passamos à seguinte questão.

1.3 QUANTO INVESTIR?

Sem
uma projeção exata do que podemos fazer e do que o mercado nos oferece, não há
como

mensurar valores precisos. Sem projeto não há viabilidade, e um projeto


mal elaborado, poderemos

incorrer em prejuízo.

Uma
das principais variáveis que determinam a viabilidade do investimento é o valor
investido.

Para tanto, o quanto investir depende de planificações e de um


orçamento bem elaborado: este

último é uma das etapas nas quais mais se busca


contornar os riscos de qualquer projeto. Não é

apenas parte do projeto, mas sim


o seu controle.

Imagine
que uma pequena cidade do interior possui R$ 5 milhões em recursos para obras
de

infraestrutura. Ao projeto, calcula o gasto desse recurso em R$ 3 milhões.

Se o
orçamento for mal elaborado, seu gasto será de R$ 7 milhões, e a obra poderá
ser

concluída somente no ano seguinte.

A
questão não é que esse projeto custava R$ 7 mi originalmente em vez de R$ 3 mi;
no entanto,

tendo-se um orçamento desequilibrado, as compensações apontarão as


falhas e incitarão gastos

além do planejado. É como se você separasse R$ 15,00


para fazer um lanche em determinado lugar

após o cinema, e ao chegar lá, a


lanchonete estava fechada e você teve de desembolsar R$ 25,00,

tendo de voltar
para casa a pé.

Uma
vez determinado o valor do investimento, só nos resta captar recursos. Mais um
motivo

para mensurar bem os gastos: quanto maior estes forem, menores serão os
lucros.

1.4 COMO FINANCIAR O


INVESTIMENTO?

Uma
vez definido onde e quanto investir, é necessário saber como financiar o
negócio. A escolha

pode ser por capital próprio ou por capital de terceiros, ou


ainda, por ambos.

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1.4.1 CAPITAL PRÓPRIO

Neste
caso, os recursos vêm dos próprios dos sócios ou acionistas.

O
investimento é a melhor decisão, desde que o capital deixe uma margem de
segurança para

quem aplica. Os investidores dificilmente investem tudo o que


possuem, dado o risco de o retorno

demorar além do previsto, ou até mesmo não


haver retorno.

Imagine-se
desempregado; então, você utiliza todo seu fundo de garantia para adquirir uma

barraca de cachorro-quente. Alguns meses depois, o negócio não dá certo e você


tem que vender a
barraca para se livrar das dívidas. Quanto lhe sobrou para sua
sobrevivência? Nada.

1.4.2 CAPITAL DE TERCEIROS

Qual o
custo e o montante disponível para esse investimento? Ou seja: você tem essas
informações dentro de seu planejamento de forma correta? Você tem como comprovar
esses dados?

Todo e
qualquer valor que você pense em arrecadar para seu projeto que vislumbre uma
fonte

de recursos, exige que você apresente da forma mais completa os custos


exigidos.

Você pode
pensar: “se o risco de redução dos lucros é um problema meu, por que as
financeiras
ou investidores exigem tanto o meu empenho no projeto?” Simples:
todo e qualquer lucro reduzido,

aumenta a chance de o negócio não dar certo. Se


há risco para o sucesso do negócio, há risco para o
pagamento de eventuais empréstimos.

Uma
das principais medidas de empréstimos e que determina o preço ao qual se pagará
por
captação de recursos de terceiros, são as taxas de juros.

Saiba mais

Taxa
de juros geral da economia – a Selic

Para refletirmos um pouco


mais sobre taxas de juros e investimentos, e também para
reforçar nosso
entendimento sobre juros de mercado propriamente dito, vejamos como funciona

o mercado mediante essas taxas em relação à taxa maior, a Selic1.

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Uma taxa de juros geral na


economia poderia reduzir a capacidade de investimento da

iniciativa privada,
tanto no curto como no longo prazo, mas isso dependeria tanto do tipo de
empresa quanto da atual e geral situação da economia no país e no mundo.

Mas se a visão do aumento da


taxa de juros da economia é de controle, e não simplesmente
de frear o
crescimento, investimentos podem ser realizados, porém, igualmente mais
reduzidos.

Para entender um pouco mais


sobre a influência da Selic nos investimentos, leia o artigo

“Indústria paga
caro por empréstimos”, disponível em:
<http://www.remade.com.br/noticias/192
4/industria-paga-caro-por-emprestimos>.

[1] Selic: Iniciais de “Sistema Especial de Liquidação e Custódia”,


que significa uma forma de

registro escritural de débitos e créditos de


operações financeiras utilizado pelos bancos de
liquidação de títulos
depósitos de cheques etc. (SANDRONI, 2001). A Selic é de responsabilidade

exclusiva do Banco Central (Veja maiores detalhes sobre a Selic acessando:


<http://www.bcb.gov.
br/?SELICTAXA>).

1.5 COMO DISTRIBUIR OS


RESULTADOS?

Das
operações de um projeto ou uma empresa, decorre o faturamento.

Porém,
para custear suas operações, a empresa incorre em custos operacionais fixos e
variáveis.

Subtraindo
do faturamento os custos operacionais, obtemos o resultado operacional bruto.

LUCRO = RECEITA – CUSTOS

Com o
resultado operacional bruto, devemos:

Pagar
aos credores pelo uso do capital de terceiros;

Recolher
os impostos;
Realizar
os reinvestimentos necessários;

Pagar
dividendos aos sócios.

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O
faturamento pode ser ou não suficiente para a realização desses pagamentos,
pelo menos no
curto prazo. Se a empresa ou o projeto for capaz de distribuir os
resultados esperados pelos credores

e pelos sócios, haverá lucro; caso


contrário, prejuízo. Exatamente como vimos no exemplo no início
desta rota.

Saiba mais

Leia o artigo “6 ferramentas


para fazer o planejamento estratégico do próximo ano”,
produzido pela Endeavor
Brasil e publicado no site Pequenas Empresas Grandes Negócios.
Disponível em:
<http://revistapegn.globo.com/Dia-a-dia/noticia/2015/11/6-ferramentas-para-faz

er-o-planejamento-estrategico-do-proximo-ano.html>

TEMA 2 – PROJEÇÕES DE RECEITA

São
inúmeros os instrumentos que utilizamos para administrar financeiramente as
empresas.
Embora muitas possam ser de exclusividade de um empreendimento ou
outro, abordaremos aqui

aquelas que são mais conhecidas, uma vez que ao longo


da disciplina usaremos constantemente, seja
para aplicação da teoria e prática,
seja para ilustração de resultados que serão analisados.

Como
princípio, vejamos uma simples projeção de faturamento (receita operacional
bruta) de

uma empresa, da qual nos valemos dos totais para composição de outras
planilhas mais avançadas.

Essa
projeção é simples, mas já podemos compreender a forma como é composta e a gama
de
informações que sua variação pode nos conceder.

Dados:

Venda
de potes de sorvete de 1,5 litro. Sabor único (napolitano);
Demanda
potencial total da região de atuação: 100.000 potes;

Capacidade
produtiva mensal máxima da fábrica: 30.000 potes;
O mês
é composto de dias úteis, de segunda à sábado (excluir domingos e feriados), em
2016;

O pico
de venda da produção máxima (100%) ocorre entre dezembro e fevereiro (verão);
No
período de junho a agosto (inverno), usa-se apenas 50% da capacidade produtiva.
O preço

aumenta em 30% por pote, em relação ao preço do verão;

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Nos
demais meses a fábrica atua com 70% da capacidade produtiva. O preço é 10% mais
alto

em relação ao verão.
O
preço por pote de sorvete, no verão, é de R$ 15,00.

Com
esses dados, podemos projetar nossa receita e planificá-la de forma que os
dados fiquem

organizados e claros. Vejamos:

Tabela
1 – Projeção da receita

Potencial
de
Mês Demanda Dias úteis Preço Receita Potencial Receita Efetiva Receita diária Ociosi-dade
Venda/
Produção

Jan 30.000 30.000 20 15,00 450.000,00 450.000,00 22.500,00 0%

Fev 30.000 30.000 21 15,00 450.000,00 450.000,00 21.428,57 0%

Mar 21.000 30.000 22 16,50 495.000,00 346.500,00 15.750,00 30%

Abr 21.000 30.000 20 16,50 495.000,00 346.500,00 17.325,00 30%

Maio 21.000 30.000 22 16,50 495.000,00 346.500,00 15.750,00 30%

Jun 15.000 30.000 22 19,50 585.000,00 292.500,00 13.295,45 50%

Jul 15.000 30.000 21 19,50 585.000,00 292.500,00 13.928,57 50%

Ago 15.000 30.000 23 19,50 585.000,00 292.500,00 12.717,39 50%

Set 21.000 30.000 21 16,50 495.000,00 346.500,00 16.500,00 30%

Out 21.000 30.000 20 16,50 495.000,00 346.500,00 17.325,00 30%

Nov 21.000 30.000 20 16,50 495.000,00 346.500,00 17.325,00 30%

Dez 30.000 30.000 22 15,00 450.000,00 450.000,00 20.454,55 0%

TOTAIS 261.000 360.000 254 16,50 6.075.000,00 4.306.500,00 16.954,72 28%

TEMA 3 – RECEITA E SAZONALIDADE

Sabemos
que o mundo dos negócios não é exatamente mágico, ou um território que, a
partir de
uma fórmula mágica, podemos determinar como será o consumo de nosso
produto.

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A esse
respeito, vejamos o conceito de sazonalidade:

SAZONALIDADE
(Variação Estacional) é a variação que ocorre numa série temporal nos mesmos
meses do ano, mais ou menos com a mesma intensidade. Embora o termo seja
associado às
estações do ano, é utilizado de maneira mais livre para indicar
variações que podem ocorrer em
períodos mais curtos como meses, quinzenas,
semanas e até fins de semana. (SANDRONI, 2001)

É
possível prever a receita da empresa – tanto potencial, quanto efetiva – mas a
cada ano e

apesar do potencial permanecer constante, os períodos de receita da


empresa podem ser
modificados estruturalmente (alteração da sazonalidade) por
diversos acontecimentos:

Novas
tecnologias ou concorrentes;

Novos
produtos ou acontecimentos;
Mudança
do perfil da sociedade;

Outros
fatores.

A
exemplo disso, lembremos dos períodos de Copa do Mundo, Olimpíadas e até mesmo o
do
surgimento do smartphone. Mudanças de hábitos e de ambientes
demonstram bem essas condições.

Vejamos
então a receita potencial de uma empresa e sua respectiva sazonalidade
(Projeção da
Tabela 1).

Gráfico
1 – Receita e sazonalidade

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Note
que os dados apresentados foram planificados para possibilitar a análise dos
dados
informados.

Se as
informações previam uma projeção básica da receita para o ano, apontando dados
conforme o perfil do mercado e sazonalidade, cada instrução deve ser
aproveitada e trabalhada de

acordo com o perfil.

Segundo
os dados, chegamos a algumas conclusões rápidas com a tabela. Embora esteja
óbvio
de que no verão as vendas são mais superiores, precisamos raciocinar que
se trata da venda diária

dos meses de dezembro a fevereiro. Como empatam nas


vendas, o que pode diferenciá-los dos
outros períodos em uma realidade efetiva,
é o número de dias úteis disponíveis. Embora a venda

diária em dezembro e
fevereiro seja menor, dada a quantidade de dias úteis ser maior nesses meses
do
que em janeiro, na prática as vendas poderão

ser superiores justamente por conta


destes dias úteis a mais. Que fique claro também que isso

depende de cada caso.

Casualidades
e particularidades à parte, a condição principal dessa tabela é demonstrar a
variação da receita em relação às particularidades de períodos sazonais. Se estes
se confirmarem,

significa que a empresa acertou na previsão. Ferramentas de


estatística também são muito

importantes nesses casos.

Outra
questão envolve o que fazer com a ociosidade da empresa. Muitas vezes o

aproveitamento da infraestrutura pode ser difícil, dada a necessidade de


adaptações a cada ciclo. As
empresas com capacidade de escopo maior, trabalham
essas questões mais facilmente.

TEMA 4 – PROJEÇÕES DO BALANÇO FINANCEIRO E FLUXO DE


CAIXA

Da
mesma forma que podemos projetar nossas receitas, dados os critérios, podemos
elaborar

um fluxo de receitas com base no balanço, ou seja, nas receitas


previstas da forma como trabalhamos

nosso faturamento.

4.1 PROJEÇÃO DO BALANÇO


FINANCEIRO

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A
partir de alguns dados históricos e presumidos, orientamos a construção de uma
tabela.
Vejamos um exemplo:

Uma
empresa planejou uma projeção trimestral para ano de 2016, com base nas vendas
a serem
realizadas no referido período. Tal empresa sempre realizou e vai
continuar realizando suas vendas da

seguinte maneira:

40%
da receita é por pagamento à vista;

40%,
faturados para 30 dias;

20%
da receita, para 60 dias.

As
vendas projetadas pela empresa para o referido trimestre deverão ser as
seguintes:

R$
40.000,00 em janeiro/2017;

R$
60.000,00 em fevereiro/2017;
R$
80.000,00 em março/2017.

Saldo
do “Contas a receber” no balanço de dezembro de 2016:

R$
20.000,00;
R$
80.000,00 em março/2017;

Tabela 2: Projeção do balanço

Na
tabela, observe os resultados apresentados para previsão em cada um dos meses.
Em janeiro
(fundo verde), R$ 36.000,00 recebidos à vista. Em vermelho, R$
40.000,00 para fevereiro (30 dias a

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partir de janeiro). Março (em azul), R$


64.000,00 – 60 dias a partir de janeiro. Por fim (em cinza), R$

44.000,00 (90
dd) para abril e R$ 16.000,00 (120 dd) para recebimento em maio.

4.2 FLUXO DE CAIXA

Vejamos
agora uma projeção com dados de contas a receber e a pagar (ou recebidas e
pagas)

desenhando nosso fluxo de caixa.

Como
exemplo, tomemos o ano de 2017 com rateio dos totais para o primeiro trimestre
do ano:

Saldo
do caixa em dezembro de 2016: R$ 1.100,00;

Vendas
em dezembro de 2016: R$ 5.121,05 (efetivo);

Vendas
em janeiro de 2017: R$ 2.277,05; R$ 7.657,55; R$ 8.453,54;
Vendas
em fevereiro de 2017: R$ 13.214,00; R$ 18.134,00;

Vendas
em março de 2017: R$ 21.848,00; R$ 14.887,40;

Despesas
de escritório (estimativa mensal): R$ 1.500,00;

Salários:
R$ 8.560,00;
Outras
despesas (estimativa mensal): R$ 2.800,00;

Empréstimos:
R$ 3.000,00 (valor da prestação: 6 x R$ 526,58);

Capital
de giro: 40% das vendas do período anterior;

Pró-labore:
R$ 6.800,00;
Impostos
de vendas: 15%.

Tabela 3: Fluxo de caixa

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Perceba,
na tabela do Fluxo de Caixa, algumas características típicas, como a
apresentação das

receitas e saldos anteriores antes das despesas. Note ainda


que os totais fechados na horizontal

apresentam um rateio em percentagem,


demonstrando a participação para receitas e para despesas.

A despesa de maior
peso, são os salários, capital circulante e pró-labore.

Note também
que o empréstimo de R$ 3.000,00 efetivado em janeiro de 2017 reflete em
prestações de R$ 526,58 a partir do mês seguinte (postecipado) – ainda que o
empréstimo de R$

3.000,00 tenha sido fundamental para a saúde financeira da


empresa.

A
questão principal do fluxo de caixa é que se trata de uma das projeções mais
realistas do dia a

dia do analista financeiro. Resume e destaca os valores que


merecem uma atenção especial e que

não admitem decisões de longo prazo. No


entanto, pode ser uma armadilha se usado apenas para
“tapar buracos”.

O mais
importante aqui é identificarmos essas pequenas particularidades, que, embora
pequenas
dado o exemplo simples, podem ser de maior complexidade em ambientes
de maior fluxo e detalhes.

TEMA 5 – A FUNÇÃO FINANCEIRA NAS EMPRESAS

A função financeira nas empresas é o conjunto de atividades


ligadas à gestão dos fundos

movimentados por todas as áreas, com duas


principais responsabilidades:

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Obtenção dos recursos necessários às atividades.

Formulação de uma estratégia voltada para a otimização do uso


desses recursos.

Figura 1: Otimização de recursos

Fonte: <http://revistapegn.globo.com/Revista/Pegn/foto/0,,66036822,00.jpg>.

Ou seja, a função financeira na empresa está ligada à apropriação


de parte do lucro para seu

funcionamento e desenvolvimento. Ainda, caso não


haja esse recurso, uma alternativa é buscar

terceiros para o financiamento, da


forma mais responsável possível. Caso contrário, o que era para
ser uma
solução, passa a ser um problema.

Essa função financeira possui um papel fundamental no


desenvolvimento de todas as atividades

da empresa, o que pode (ou não) garantir


o sucesso do negócio. E quando a empresa está iniciando,

a atenção deve ser


maior ainda.

Uma estratégia voltada para o melhor uso dos recursos, não só dos
possíveis desperdícios, são

as ferramentas que cada empresa possui de antemão.


Além disso, as finanças lidam com o processo,

com as instituições, com os


mercados e com os instrumentos envolvidos na transferência de dinheiro
entre
pessoas, empresas e governos. Antes de progredir, vejamos uma perspectiva
diferente da

corporativa.

5.1 FINANÇAS PESSOAIS

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Finanças pessoais dizem respeito a como cada um de nós investe


seus recursos ao longo do
tempo.

Basicamente envolvem:

Quanto de nossa renda atual deve se destinar ao consumo?

Quanto devemos poupar?

Como devemos investir as economias?

Quando e como devemos usar o dinheiro de terceiros? Para o


consumo? Para investimento?
Como podemos garantir a saúde e o bem-estar no presente e no
futuro?

É claro que a lógica é a mesma, mas isso não significa que as


contas também sejam. Da mesma
forma que administramos nossos recursos pessoais,
devemos conciliar os recursos da empresa. O

detalhe é que na empresa, temos um


terceiro (ou terceiros) que administram os recursos da pessoa

jurídica.

Antes de misturar os conceitos, imagine o seguinte: você recebe


seu salário e outra pessoa (seu

esposo ou esposa, por exemplo) se encarrega de


administrar os recursos dessa renda. Uma vez que
outra pessoa administra os
recursos, isso não faz dela a “dona” desses recursos, ou seja, ela não vai

pegar sua renda e sair por aí pagando seus próprios gastos.

Em uma empresa não é diferente: ser o fundador ou administrador da


empresa não o torna o

dono dos recursos, fazendo com que você use o dinheiro da


empresa para questões pessoais.

Vejamos a seguir a perspectiva corporativa das finanças, para


entender melhor.

5.2 FINANÇAS CORPORATIVAS

As finanças corporativas formam o ramo das finanças que trata das


decisões financeiras das
empresas, geralmente com fins lucrativos ou, como no
caso de fundações e organizações sem fins

lucrativos (ONGs), em pelo menos um


progresso contínuo.

Similar às decisões financeiras pessoais temos:

a. Onde investir os ativos de natureza permanentes?

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Evidentemente, o tipo e as proporções de ativos de que a empresa


necessita decorrem da
natureza de sua atividade. São comuns as expressões
orçamento de capital, decisões de investimento

de capital ou ainda dispêndio de


capital para descrever o processo de realização e de gestão de

aplicações em
ativos de longo prazo.

b. Como levantar dinheiro para custear os dispêndios de capital?

Esta é uma questão que diz respeito às despesas da empresa. Sua


resposta pode envolver

decisões de estrutura de capital ou de financiamento a


longo prazo, pois indica as proporções de

financiamento com capital próprio e


capital de terceiros.

c. Como gerir o fluxo de caixa no curto prazo?

Temos as receitas à vista, de curto e de longo prazo. Além disso,


em cada investimento temos

um período operacional, o qual exige investimento,


mas sem equilíbrio de caixa.

Durante as atividades operacionais da empresa, as entradas e


saídas de caixa não são
sincronizadas. Além disso, a magnitude e a distribuição
dos fluxos de caixa são incertas. Este é o

período de gestão do capital de giro


mais relevante.

d. Como alocar o resultado líquido da empresa?

Esta questão refere-se à destinação dos lucros da empresa, ou


seja, à proporção destinada ao

reinvestimento, ou à retenção de lucros e, em


muitos casos, à tão esperada distribuição dos lucros.

Essa última – uma das mais importantes – é a decisão de


distribuição dos dividendos. Nesse caso

seria necessária uma nova avaliação


para retenção dos lucros ou investimentos diferenciados.

e. Reter lucros ou não reter? Eis a questão.

Um projeto de reinvestimento seria necessário para cada ano


fiscal? Não exatamente, mas isso

deveria estar previsto no projeto inicial. O


reinvestimento, como um plano de vida, mas corporativo.

f. Quando então seria necessário um reinvestimento na empresa?

Quando o projeto atual não condiz à realidade atual da empresa. Ou


seja:

Estabilidade no crescimento da empresa;

Novas oportunidades no mercado, principalmente à concorrência;

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Decrescimento ou sensibilidade a crises econômicas;

Conjuntura favorável a curto prazo (ex.: redução do IPI).

Embora tenhamos funções e obrigações claramente similares às das


pessoas e empresas sejam
inclusive chamadas de “pessoa” jurídica, não significa
que podemos alterar seus processos em meio a

decisões particulares.

A questão principal é o foco: se não formos um mínimo eficientes


ou definirmos claramente os

objetivos, não traremos confiança nem ao mercado,


nem a todos os interessados, isto é, desde o

investidor (bancos, terceiros,


sócios), até nossos empregados e colaboradores.

A maior dificuldade da questão financeira é justamente essa: quando


temos um problema na

produção, este pode estar relacionado à engenharia ou até


mesmo ao processo. Se temos problemas
com pessoal, o RH traz o melhor diálogo. Entretanto,
em qualquer área, se o problema forem os

recursos, todos serão afetados.

Enfim, a questão principal dos recursos de uma empresa é que eles


têm um objetivo mais

definido do que os de um indivíduo, e se referem à


estratégia, ao desenvolvimento e ao caráter

social. Melhor dizendo, à criação


de mais recursos, dependentes do próprio crescimento e
desenvolvimento e mais
ainda, mantenedores daqueles que se dedicam e trabalham nesta

organização.

TROCANDO IDEIAS

“A
educação começa em casa”. Claro que não nos referimos à educação como um todo,
de

responsabilidade dos pais, mas da educação financeira da família toda.

Antes
de analisarmos e projetarmos, temos que ter em mente a necessidade de
controlarmos

corretamente nossas finanças.

Como
vimos, é claro que há grandes diferenças entre finanças pessoais e
corporativas, mas

precisamos acima de tudo avaliar tudo desde o seu princípio.

Pensando
assim, formule duas planilhas distintas para controle das finanças pessoais da
seguinte
forma (considere um período de seis meses de controle):

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Receitas: nessa
coluna devem constar todos os tipos de receita que você pode possuir, desde

salário, bonificações, presentes (em dinheiro) e devoluções;

Despesas: aqui,
coloque todos os tipos de pagamento que deve fazer. O detalhe é que será
necessário projetar valores médios, principalmente para contas como de luz,
água e telefone;

Não se
esqueça dos gastos comuns em supermercado, entre outros;

Ao
final, estabeleça o quanto lhe sobra ou falta;

Determine
quais as mudanças devem ser feitas para que haja uma melhora em seu
desempenho
financeiro;

Verifique
a projeção dos seus colegas para ver se incluiu tudo o que seria necessário.

NA PRÁTICA

Estudo
de Caso: Financiando uma empresa de software comercial

Nelson
é um ex-analista de sistemas da IBM, que após se aposentar resolveu criar seu

próprio negócio, pequeno, mas acreditando que, com seus conhecimentos no ramo,

implementaria boas soluções.

Da
ideia de criar um negócio, pensou na possibilidade de produzir programas para

computador, de controle de finanças pessoais. Para isso, foi necessário um


levantamento, por

meio de pesquisa de mercado, com a finalidade de conhecer


as necessidades dos consumidores
e da oferta dos produtos concorrentes no
mercado.

Primeiramente,
Nelson iniciou uma pesquisa para saber de que tipo de controle de finanças

pessoal o mercado mais teria necessidade, e apesar de existirem muitos


programas de

computador nesta modalidade, a carência ainda era grande. Desta


pesquisa já foi possível saber

que conteúdo faria do seu sistema um produto


mais atrativo.

Em
segundo, Nelson fez pesquisas sobre a aceitação do consumidor para este tipo
de
produto, apresentando-lhes os principais pontos de decisão para um
consumo, como preço,

tipo, qualidade, entre outros.

Em terceiro,
pesquisou o mercado concorrente, com questionários pré-elaborados, e com a

intenção de conhecer as dificuldades e necessidades do processo produtivo.

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Em
quarto e último, pesquisou que produtos similares existiam no mercado, o que
e como

seus futuros concorrentes demonstravam as qualidades e utilidades


desses produtos.

Das
pesquisas efetuadas, Nelson conseguiu eliminar diversas dificuldades do
projeto –

como: que material utilizar no processo; mão de obra; tempo de


inversões; entre outros.

A
coleta dos dados financeiros e dados econômicos, apesar de terem sido o
levantamento

mais cuidadoso do projeto, trouxeram um resultado mais do que


satisfatório.

De
acordo com o projeto elaborado por Nelson e os cálculos de viabilidade
financeira, o

capital necessário para abrir o negócio, se bem distribuído,


teria um retorno rápido e bem
remunerado, pois, de uma receita operacional
bruta necessária de R$ 468.000,00 anuais, e com

custos totais de R$
300.587,93, sua margem de lucro seria de 35,77%.

Destes
números, seu projeto chegou a uma Taxa Interna de Retorno1 (TIR)
de 131,24% e um

payback2 de 9 meses.

Nelson
então chegou à conclusão de que criar sua fábrica de software de
computador seria

um empreendimento lucrativo e altamente rentável, e de


acordo com seu projeto, com retornos

de lucro em curto prazo.

Era
justamente o que ele precisaria para conseguir empréstimo, pois possuía
apenas 40% do

capital que seria investido, ou seja, do total de R$ 130.000,00


necessários na criação da empresa,
tinha apenas R$ 52.000,00. Os R$ 78.000,00
restantes teria que captar no mercado, com algum

banco ou financeira.

Na
primeira tentativa, buscou empréstimo com uma financeira que, a princípio lhe
ofereceu

um empréstimo de apenas R$ 60.000,00, menos de 50% do valor do


projeto. Mas essa não era a

pior parte, teria de pagar esse valor em 24


prestações de R$ R$ 3.736,37. Ou seja, uma taxa
mensal de juros de 3,5%.

De
acordo com seus cálculos, esse empréstimo mudaria um pouco suas taxas
calculadas

anteriormente (TIR e payback), deixando o negócio quase que


inviável. Desanimou.

Resolveu
então pesquisar outras possibilidades de financiamento para pequenas e médias

empresas. E rapidamente, sem burocracia, encontrou, através da Caixa


Econômica, o Cartão

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BNDES.

Como
seu projeto estava bem elaborado, com todas as pesquisas necessárias e
cálculos
coerentes, conseguiu o empréstimo no valor que precisava. E até mais
se quisesse.

Seu
empréstimo pelo Cartão BNDES ficou da seguinte forma: R$ 78.000,00, que foram

divididos em 36 prestações mensais de R$ 2.726,24, com uma taxa de juros de


apenas 1,38% ao

mês, pouco mais de 1%.

(Simulação
feita dentro do site:
<https://www.cartaobndes.gov.br/cartaobndes/PaginasCarta

o/Simulador_PopUp.asp?Acao=S1>,
em 21 fev. 2016).

O
negócio foi efetivado e, três anos depois, Nelson já está buscando novos
empréstimos

para ampliação.

1Taxa Interna de Retorno


(TIR): Valor em percentual do retorno do capital investido em

um projeto.

2Payback: É o
tempo necessário para o retorno do capital investido (gasto para criar a

empresa) por meio dos lucros obtidos a cada faturamento previsto.

1. Como
no caso do Sr. Nelson, pense em uma empresa que deseja criar, ou então, na sua

empresa,
ou a em que você trabalha, uma possibilidade de expansão. Sugira um valor
aproximado

para esse investimento, e procure um financiamento que seja o mais


atraente possível – de
preferência tão atraente quanto o exemplo usado no estudo
de caso.

Apresente para esse exercício os


seguintes resultados:

Valor
do empréstimo;
Taxa
de juros;

Valor
das prestações mensais;

Outros
(carência, taxas extras etc.).

2. Procure
outras agências de financiamento existentes, diferentes das apresentadas nesta
aula e
que financiem projetos. Apresente o perfil do projeto ou da empresa
escolhida.

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3. Pesquise
em jornais, revistas ou na internet, um artigo sobre economia que relacione a
taxa de

juros geral da economia (Selic) com as taxas de juros utilizadas para


empréstimo no mercado. Não
esqueça das referências ao artigo.

4. Com
base no mesmo artigo que você pesquisou, aponte pelo menos duas dificuldades
para a
execução de projetos (abertura ou expansão), dada a taxa geral de juros
na economia (Selic), seja ela
alta ou baixa na opinião dos especialistas.

FINALIZANDO

Vimos nessa aula algumas questões que nos fazem refletir acerca
dos investimentos, bem como
os gastos dentro de um orçamento. Também, vimos
alguns instrumentos de raciocínio e projeção de

dados para análise, essenciais


para previsões gerenciais com menor risco.

Percebemos que o conhecimento e entendimento de outras áreas


fundamentais, como

contabilidade, matemática financeira, orçamento, entre outras,


são indispensáveis para a aplicação e
a obtenção dos resultados. Planejar,
projetar e organizar são mais que necessários para chegarmos
aos resultados
esperados. E isso é apenas o começo.

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_____. Projeto fábrica de software.


Curitiba: UTP, 2002.

6 FERRAMENTAS para fazer o planejamento estratégico do


próximo ano. Endeavor Brasil, 6 nov.

2015. Disponível em:


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