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de Pós-Graduação em
Controle da
Gestão Pública
Municipal
M
134p. : il
Curso de pós-graduação em Ciências Contábeis
Inclui bibliografia
ISBN: 978 - 85 - 62894 - 40 -4
CDU: 657
Universidade Federal de Santa Catarina, Sistema UAB. Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida,
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Design Instrucional – Renata Oltramari
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Design Gráfico – Ana Flávia Maestri
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Design de Capa – Guilherme Dias Simões
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Projeto Editorial – André Rodrigues da Silva
Guilherme Dias Simões
Felipe Augusto Franke
Steven Nicolás Franz Peña
Sumário
Caro(a) aluno(a),
Olá! Seja bem–vindo!
Os acontecimentos que marcaram o surgimento e a evolução da audito-
ria permitem compreender os diversos momentos vivenciados no desenvolvi-
mento econômico e social das nações.
Ao estudar os princípios fundamentais de Contabilidade aplicados à área
pública, você entenderá os pilares que sustentam o controle da gestão pública.
As formas de auditoria, sendo conhecidas, permitirão que qualquer uma
delas, seja interna ou externa, possa ser planejada e realizada com enfoques
que possibilitem o desenvolvimento de trabalhos que agregam valor às enti-
dades públicas e, consequentemente, à sociedade.
A realização da auditoria sob os princípios da eficiência, efetividade, eficácia
e economicidade passa pelo cumprimento das normas brasileiras de contabili-
dade profissionais e técnicas.
Tais normas elencam as competências e habilidades necessárias ao auditor e
traçam o caminho que ele deve percorrer, desde o planejamento até a entrega do
produto final, para o coroamento do controle da gestão das entidades.
Cada ser humano é o artífice de seu comportamento; logo, cada cidadão ou
cada munícipe deve ser o artífice do controle da gestão pública, determinando
o comportamento que os gestores públicos devem ter para fazer uma socieda-
de mais justa, igualitária, democrática e comprometida com as reais necessi-
dades da população. Chega de o Brasil ser o país do futuro! Cada cidadão deve
ser o auditor da empresa chamada BRASIL!
Desejo a você uma excelente incursão e aproveitamento nesta caminhada!
Luiz Alberton
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Unidade
A Auditoria
1
De acordo com Attie (2009), de 1840 até 1920 a escola italiana iniciou o
processo de desenvolvimento da teoria da contabilidade. A partir de 1920
passou a predominar a escola anglo-americana de contabilidade, desenvol-
vendo a Contabilidade de Custos, Gerencial, Análise de Balanços, Auditoria e
outras ramificações técnicas. Além dessas escolas, Schmidt (2000) cita outras,
como a escola alemã no final do século XIX e início do século XX, tendo como
principal contribuição o desenvolvimento doutrinário da contabilidade, e a
escola francesa ou neocontista, também no final do século XIX, que estabele-
ceu procedimentos para a elaboração dos balanços das empresas; em 1880, foi
realizado na França um congresso de contadores, no qual houve um consenso
sobre a padronização dos balanços patrimoniais.
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Curso de Pós-Graduação em Controle da Gestão Pública Municipal
ANO MUNDO
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Unidade 1 - A Auditoria
ANO BRASIL
Mc-Auliffe Davis Vell & Co, a primeira empresa de auditoria instalada no Brasil, atualmen-
1909
te com o nome Arthur Andersen
1915 Chegada da Price Waterhouse no Rio de Janeiro
1946 Fundado pelo Decreto-lei nº 9.295 o Conselho Federal de Contabilidade (CFC)
1960 Fundado o Instituto dos Auditores Internos do Brasil (AUDIBRA)
Criação da Lei 4.728 para disciplinar o mercado de capitais, a qual citou pela primeira vez a
1965 expressão “auditores independentes”
1971 Fundado o Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (IBRACON)
1972 Criação das normas de auditoria promulgadas pelo Banco Central do Brasil
Resolução CFC n. 321/72 aprova as Normas e os Procedimentos de Auditoria elaborados
1972 pelo IBRACON
1976 Lei 6.385 cria a Comissão de Valores Mobiliários para fiscalizar o mercado de capitais
1976 Criação da Lei nº 6.404 das Sociedades por Ações
1977 Criação da Ordem dos Auditores Independentes do Brasil
Instrução Normativa n. 308 da CVM exige que as companhias abertas sejam auditadas
1990 trimestralmente
Lei 11.638 obriga as companhias de grande porte com ativo de R$ 250.000.000,00 ou receita
2007 de R$ 300.000.000,00 a passar pela auditoria independente.
2009 Lei 11.941/09 altera as Lei 6.404/76 e 11.638/08
Emissão de Manuais de Contabilidade, orçamento, entre outros pela Secretaria do Tesouro
Nacional (STN). Dentre outros normativos, obriga os órgãos públicos a realizar a contabi-
2009 lidade de custos no setor público, a partir de 2011 para União, 2012 para estados e 2013 para
municípios.
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Curso de Pós-Graduação em Controle da Gestão Pública Municipal
Por último, imaginem também o setor público sendo auditado por audito-
res independentes, tendo os tribunais de contas atuando como uma espé-
cie de CVM da área pública, como um setor de inteligência, para regular a
aplicação dos recursos públicos e sua arrecadação utilizando-se de auditores
independentes, o que isto traria de benefícios ao povo brasileiro? A contabi-
lidade demonstrando em bases comparativas o custo dos serviços públicos,
os custos de aquisição de produtos, os custos de investimentos, etc., seja
comparando tais gastos em um mesmo município ou entre vários dentro de
um mesmo estado ou região.
Com certeza, seria agregação de valor pela Contabilidade. [...]. Não existem
líderes ideais ou milagres na gestão de um País, Estado ou Município, a não
ser, pelo engajamento de seu povo rumo ao crescimento, transparência e a
honestidade cobrando a prestação de contas de todas as entidades! Um país
se constrói com os profissionais e povo que tem!
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Unidade 1 - A Auditoria
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Curso de Pós-Graduação em Controle da Gestão Pública Municipal
Segundo Sá (1998), o termo auditoria tem origem latina audire, o ouvinte, aque-
le que ouve, e foi rotulada pelos ingleses por auditing, no sentido de revisão.
Attie (2009) corrobora quanto à origem da palavra auditoria (que tem como
finalidade examinar, corrigir, ajustar, certificar) ser oriunda da cultura inglesa.
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Unidade 1 - A Auditoria
AUTORES/OBRAS DEFINIÇÃO
Auditoria é a verificação geral das contas de uma empresa para determi-
nar sua posição financeira, o resultado de suas operações e a probidade
de seus administradores, com o fim de comunicar o resultado do exame
aos proprietários, acionistas, gerentes, conselheiros, bolsas e outros
William H. Bell; Ralph S. órgãos oficiais, síndicos, atuais ou prováveis arrendatários, futuros
Johns (1942, apud FRANCO e interventores ou compradores, juntas de credores, agências mercantis,
MARRA 2000) hipotecários ou quaisquer outros interessados. Para verificar se houve
prestação justa de contas de um patrimônio e se os negócios foram
convenientemente administrados, para satisfação ao público, aos doado-
res etc. Para verificar custos, lucros ou prejuízos de um negócio. Para
descobrir e impedir fraudes.
Auditoria é o exame de todas as anotações contábeis, a fim de compro-
Pedro A. Vidal Rivera (1955) var sua exatidão, assim como a veracidade dos estados ou situações que
as ditas anotações produzem.
A auditoria é o exame de demonstrações e registros administrativos. O
Arthur Warren Holmes (1956) auditor observa a exatidão, integridade e autenticidade de tais demons-
trações, registros e documentos.
As palavras auditoria ou censura de contas se relacionam com a revisão
José Alvarez Lopez e verificação de documentos contábeis, registros, livros e listagens de
(1987) contas, utilizadas no processo de captação, representação e interpreta-
ção da realidade econômico-financeira da empresa.
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Curso de Pós-Graduação em Controle da Gestão Pública Municipal
AUTORES/OBRAS DEFINIÇÃO
Auditoria é o exame das contas feito pelos funcionários financeiros de
Enciclopédia Britânica um estado, companhias e departamentos públicos, ou pessoas físicas, e
a certificação de sua exatidão.
Auditoria é a função de examinar, ajustar e certificar contas. Exame
Dicionário americano de
de um documento contábil e da prova de sua exatidão. Chamada para
Funk; Wagnalls
contas. Ajuste de contas. Um balanço. Uma audiência.
Dicionário de Língua Portu- Auditoria é o emprego do auditor. Tribunal em que o auditor exerce as
guesa de Caldas Aulete suas funções.
É uma técnica contábil que compreende o exame de documentos,
livros e registros, inspeções e obtenção de informações e confirma-
Hilário Franco; Ernesto Marra
ções, internas e externas, relacionadas com o controle do patrimônio,
(2000)
objetivando mensurar a exatidão desses registros e das demonstrações
contábeis deles decorrentes.
Auditoria é uma tecnologia contábil aplicada ao sistemático exame
dos registros, demonstrações e de quaisquer informes ou elementos
Antônio Lopes de Sá de consideração contábil, visando a apresentar opiniões, conclusões,
(1998) críticas e orientações sobre situações ou fenômenos patrimoniais da
riqueza aziendal, pública ou privada, quer ocorridos, quer por ocorrer
ou prospectados e diagnosticados.
A auditoria das demonstrações contábeis constitui o conjunto de pro-
cedimentos técnicos que tem por objetivo a emissão de parecer sobre a
NBC T 11 (2003) sua adequação, consoante os Princípios Fundamentais de Contabilidade
e as Normas Brasileiras de Contabilidade e, no que for pertinente, a
legislação específica.
Auditoria tributária/fiscal é aquela realizada pelo Governo sobre o
patrimônio privado com a finalidade de identificar e corrigir as atitudes
contributivas, principalmente nas áreas de impostos, taxas e contribui-
ções (INSS, FGTS, IR etc.)
Peter; Machado (2003)
Auditoria de Gestão Pública é aquela realizada pelo Estado visando ao
controle de sua gestão, observando, além dos princípios de auditoria
geral, aqueles que norteiam a Administração Pública: moralidade,
publicidade, impessoalidade, economicidade e eficiência.
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Unidade 1 - A Auditoria
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Curso de Pós-Graduação em Controle da Gestão Pública Municipal
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Unidade 1 - A Auditoria
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Curso de Pós-Graduação em Controle da Gestão Pública Municipal
ASPECTOS REFLEXOS/VANTAGENS
Ajuda na fiscalização da eficiência dos controles internos, na correção dos registros
contábeis, na adequação das demonstrações contábeis, na redução de desvios de bens
Administrativo
patrimoniais e pagamentos indevidos, na apuração de informações confiáveis da situa-
ção patrimonial e econômico-financeira da empresa.
Fiscal Resguarda o patrimônio contra multas e penalidades sobre a sonegação de impostos.
Contribui para que as demonstrações contábeis sejam elaboradas de acordo com os
Técnico
princípios e normas de contabilidade.
Financeiro Resguarda créditos de terceiros
Econômico Assegura maior exatidão dos custos e veracidade dos resultados operacionais.
Ético Examina a moralidade do ato praticado.
Assegura a veracidade das informações das demonstrações contábeis para a sociedade
Social
em geral.
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Unidade 1 - A Auditoria
Por sua vez, Crepaldi (2000) classifica a auditoria em dois tipos: o primeiro
é a auditoria de demonstrações contábeis; e o segundo é a auditoria operacio-
nal ou de gestão.
Franco e Marra (2000) e Magalhães et al. (2001) abordam essas categorias
de auditoria por formas, visando atender necessidades específicas. Explicam
que as auditorias podem assumir as seguintes formas: de acordo com a ex-
tensão dos trabalhos, conforme com a profundidade dos exames, segundo
sua tempestividade, de acordo com os fins a que se destina, e consoante as
relações do auditor com a entidade auditada.
Nesta obra aprofundaram-se as abordagens de Franco e Marra (2000) e de
Magalhães et al. (2001), em função da abrangência do campo da auditoria, o
qual procura atender as necessidades dos públicos tanto de entidades públicas
como privadas no âmbito de sua competência.
Auditoria geral
Quando abrange todas as unidades operacionais é chamada auditoria geral.
Pode variar em profundidade, exigindo exame integral ou por amostragens,
conforme o juízo do auditor em relação à confiança obtida nos controles in-
ternos da entidade.
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Curso de Pós-Graduação em Controle da Gestão Pública Municipal
Esta forma de revisão pode ser realizada para atender interesses de acionis-
tas e investidores ou para controle administrativo, visando apurar a situação
econômica e/ou financeira da entidade, conferir os custos, confirmar a existên-
cia de determinados valores patrimoniais, confirmar saldos de contas de tercei-
ros, verificar o cumprimento de obrigações fiscais, verificar o atendimento dos
preceitos da legislação societária, apurar erros, fraudes, desvios e malversações
do patrimônio e determinar o valor real do patrimônio líquido da entidade.
Auditoria limitada
A partir de 1990, as companhias abertas foram obrigadas a levantar seus
demonstrativos contábeis, trimestralmente, para fins fiscais. A Comissão de
Valores Mobiliários (CVM) determina que essas demonstrações devam ser au-
ditadas por auditores independentes.
Integral
Consiste na realização de exames de todos os registros contábeis, de todos
os documentos e de todo o sistema de controles internos da entidade audita-
da; equivalente a uma perícia. Nas grandes organizações esta forma de audito-
ria é economicamente inviável, em função de seu elevado custo.
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Unidade 1 - A Auditoria
Revisão analítica
Esta forma de auditoria compreende o exame minucioso e a profundidade
de todo o fluxo dos controles internos (verificar a eficiência e sua aplicação),
bem como de exame analítico das operações de determinada natureza ou de
determinado período do ano. A revisão analítica pode ser confundida com
a auditoria integral. A diferença é que no exame analítico busca-se conferir
flutuações significativas e itens incomuns, através de análise e comparação de
quocientes, coeficientes e índices.
Para Magalhães et al. (2001), a auditoria por revisão analítica é uma meto-
dologia na qual é empregado o conceito de auditoria prenunciativa, em que
auditar é administrar o risco.
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Curso de Pós-Graduação em Controle da Gestão Pública Municipal
Auditoria permanente
Forma de revisão realizada habitualmente, em todos os exercícios sociais,
podendo ser continuada ou periódica (sazonal). A revisão permanente é exe-
cutada por auditores internos ou por auditores independentes.
A auditoria permanente continuada ocorre quando o programa de traba-
lho visa ao exame constante das operações registradas e dos controles internos.
Esta forma de revisão tem como vantagem a presença permanente do auditor,
auxiliando a administração da organização na solução de problemas contábeis.
Normalmente é executada por auditores internos, mas pode também ser reali-
zada por auditores independentes (terceirizados). Outra vantagem é a possibi-
lidade de descobrir erros e irregularidades logo após sua ocorrência, evitando
sua repetição. Quando os erros são de natureza fiscal, a realização desta forma
de auditoria evita penalidades à empresa.
A auditoria permanente continuada é realizada na área pública pelos audi-
tores internos e a permanente periódica é realizada pelos tribunais de contas
estadual e/ou federal.
A auditoria permanente periódica ou sazonal ocorre quando o auditor vi-
sita a empresa trimestralmente, semestralmente, anualmente ou em outro
período. Esta forma de auditoria, normalmente, é executada por auditores
independentes, e é menos onerosa do que a auditoria continuada.
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Unidade 1 - A Auditoria
• controle administrativo; e
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Auditoria externa
A auditoria externa, segundo Franco e Marra (2000, p. 216), “é aquela realizada
por profissional liberal, auditor independente, sem vínculo de emprego com a enti-
dade auditada e que poderá ser contratado para auditoria permanente ou eventual”.
Na execução da auditoria externa, os auditores independentes têm, geral-
mente, como objetivo principal, revisar as demonstrações contábeis, o sistema
de controles internos e o sistema contábil da empresa auditada. Magalhães et
al. (2001) apontam as seguintes finalidades:
• proteger os investidores;
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Unidade 1 - A Auditoria
Auditoria interna
Jund (2001, p. 26) conceitua auditoria interna como “uma atividade de ava-
liação independente e de assessoramento da administração, voltada para o
exame e avaliação da adequação, eficiência e eficácia dos sistemas de controle,
bem como da qualidade do desempenho das áreas, em relação às atribuições
e aos planos, às metas, aos objetivos e às políticas definidas para as mesmas”.
As tarefas da auditoria interna são executadas, geralmente, por auditores
internos, funcionários da própria empresa auditada e têm como objetivo revi-
sar e analisar documentos, registros, políticas e normas. A empresa auditada
para executar os serviços de auditoria interna pode, também, utilizar-se dos
trabalhos de auditores independentes (terceirização da auditoria interna).
A auditoria interna tem como finalidade proteger a organização, verificar o
cumprimento de políticas, procedimentos e instruções de trabalhos, atuando
na prevenção de não conformidades;
O auditor interno como agente de transformação tem a função de assesso-
rar os gestores das entidades, para evitar a omissão, o erro e a fraude.
Mesmo a auditoria interna sendo diferenciada da auditoria externa, os profis-
sionais que as executam precisam manter contatos frequentes com os auditores
externos. No caso da área pública os auditores internos mantêm contatos com os
auditores externos tais como tribunais de contas e Controladoria Geral da União.
Assim, torna-se importante conhecer a relação existente entre a auditoria
interna e a externa, as características dos trabalhos do auditor interno, do au-
ditor externo e as peculiaridades do auditor independente.
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Unidade 1 - A Auditoria
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Unidade 1 - A Auditoria
Senger (1998) fez uma análise sobre o enfoque de auditoria empregado até
1998 pelas seis maiores empresas de auditoria do mundo, as chamadas big six
(Pricewaterhouse, Coopers & Lybrand, KPMG, Deloitte Touche Tohmatsu,
Arthur Andersen e Ernst Young). Objetivou identificar seus conceitos-chave e
suas características em comum, além de identificar qual o conceito de enfoque
de auditoria de cada uma.
Cabe ressaltar que, atualmente, em função da fusão entre a Pricewaterhouse
e Coopers & Lybrand formando a PricewaterhouseCoopers e da fusão da De-
loitte Touche Tohmatsu com a Arthur Andersen, têm-se as chamadas big four.
Os serviços oferecidos por essas empresas passaram por grandes reestrutura-
ções na última década e procuraram responder aos seguintes questionamentos:
• Como obter ganhos de eficiência e eficácia na realização dos tra-
balhos sem perder de vista os aspectos relativos à minimização dos
riscos de auditoria?
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Unidade 1 - A Auditoria
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Unidade 1 - A Auditoria
RESUMO DA UNIDADE
Nesta unidade, você conseguiu formar uma visão e compreender as grandes
finalidades e utilidades da auditoria interna e externa voltada para a área pú-
blica e privada. Estude novamente esta unidade e realize as atividades abaixo.
Atividades de Aprendizagem
1) Crie um conceito/definição de auditoria para auditar a prefeitura de seu
município ou o setor em que você trabalha.
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Curso de Pós-Graduação em Controle da Gestão Pública Municipal
2) Se, aos fins a que se destina, a auditoria for para Controle da Gestão Pú-
blica do Município onde você mora, enquadre-a nas diversas formas
(de acordo com a extensão, profundidade, tempestividade e relação
auditor e entidade auditada).
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Unidade 2
Competência Profissional do Auditor
Para a área contábil, o CFC emitiu normas profissionais do auditor interno e in-
dependente, as quais podem ser obtidas no endereço eletrônico www.cfc.org.br.
ITEM DESCRIÇÃO
O contador, na função de auditor interno, deve manter o seu nível de competência profissional pelo conheci-
Competência mento atualizado das Normas Brasileiras de Contabilidade, das técnicas contábeis, especialmente na área de
técnico-profissional auditoria, da legislação inerente à profissão, dos conceitos e técnicas administrativas e da legislação aplicável
à Entidade.
O auditor interno deve preservar sua autonomia profissional, deve ter o máximo de cuidado, imparcialidade
Autonomia
e zelo na realização dos trabalhos e na exposição das conclusões. Cabe também ao auditor interno, quando
profissional
solicitado, prestar assessoria ao Conselho Fiscal ou órgãos equivalentes
Relacionamento com
O auditor interno pode realizar trabalhos de forma compartilhada com profissionais de outras áreas, situação
profissionais de outras
em que a equipe fará a divisão de tarefas, segundo a habilitação técnica e legal dos seus participantes
áreas
O auditor interno deve respeitar o sigilo relativamente às informações obtidas durante o seu trabalho, não
Sigilo as divulgando para terceiros, sob nenhuma circunstância, sem autorização expressa da Entidade em que
atua. O dever de manter o sigilo continua depois de terminado o vínculo empregatício ou contratual.
O auditor interno, quando previamente estabelecido com a administração da entidade em que atua, e no
Cooperação com o
âmbito de planejamento conjunto do trabalho a realizar, deve apresentar os seus papéis de trabalho ao
auditor independente
auditor independente e entregar-lhe cópias, quando este entender necessário.
ITEM DESCRIÇÃO
Compreender os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade, as
técnicas contábeis, especialmente na área de auditoria, da legislação inerente à profissão, dos conceitos e
técnicas administrativas e da legislação específica aplicável à entidade auditada. Deve ter conhecimento da
atividade da entidade auditada. Antes de aceitar o trabalho, o auditor deverá obter conhecimento prelimi-
Competência nar da atividade da entidade a ser auditada, mediante avaliação, junto à administração, da estrutura orga-
técnico-profissional nizacional, da complexidade das operações e do grau de exigência requerido, para a realização do trabalho
de auditoria, de modo a poder avaliar se está capacitado a assumir a responsabilidade pelo trabalho a ser
realizado. O auditor deve recusar os serviços sempre que reconhecer não estar adequadamente capacitado
para desenvolvê-los, contemplada a utilização de especialistas em outras áreas, diante da especialização
requerida e dos objetivos do contratante.
Além do resumo dos itens elencados no Capítulo 1, verificar a Resolução CFC nº 1.034/05, de 26 de
Independência
agosto de 2005.
Responsabilidades do O auditor deve aplicar o máximo de cuidado e zelo na realização dos trabalhos e na exposição de suas
auditor na execução conclusões; deve ser imparcial. O exame das demonstrações contábeis não tem por objetivo precípuo a
dos trabalhos descoberta de fraudes. Todavia, o auditor independente deve considerar a possibilidade de sua ocorrência.
Ao elaborar os honorários o auditor deve considerar: a relevância, o vulto, a complexidade, e o custo dos
serviços a executar; o número de horas estimadas para a realização dos serviços; a peculiaridade de tratar-
Honorários se de cliente eventual, habitual ou permanente; a qualificação técnica dos profissionais que irão participar
da execução dos serviços; e o lugar em que os serviços serão prestados, fixando, se for o caso, como serão
cobrados os custos de viagens e estadas.
O auditor, para fins de fiscalização do exercício profissional, deve conservar a boa guarda, pelo prazo de
Guarda da
5 (cinco) anos, a partir da data de emissão do seu parecer, de toda a documentação, papéis de trabalho,
documentação
relatórios e pareceres relacionados com os serviços realizados.
O sigilo profissional deve ser observado nas seguintes circunstâncias: na relação entre o auditor e a enti-
Sigilo dade auditada; na relação entre os auditores; na relação entre os auditores e os organismos reguladores e
fiscalizadores; e na relação entre o auditor e demais terceiros.
Responsabilidade pela
A responsabilidade do auditor não será modificada, mesmo quando o contador, na função de auditor interno,
utilização do trabalho
contribuir para a realização dos trabalhos.
do auditor interno
Responsabilidade pela A responsabilidade do auditor fica restrita à sua competência profissional, quando o especialista legalmente
utilização do trabalho habilitado for contratado pela entidade auditada, sem vínculo empregatício, para executar serviços que tenham
de especialistas efeitos relevantes nas demonstrações contábeis, quando tal fato for mencionado em seu parecer.
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Unidade 2 - Competência Profissinal do Auditor
ITEM DESCRIÇÃO
Informações anuais
aos conselhos
O auditor deverá enviar, até 30 de junho de cada ano, ao Conselho Regional de Contabilidade.
regionais de
contabilidade
Exame de
O auditor independente, para poder exercer sua atividade, deverá submeter-se a exame de competência
competência
profissional
profissional
A utilização dos mesmos profissionais de liderança (sócio, diretor e gerente) na equipe de auditoria, numa
Manutenção dos mesma entidade auditada, por longo período, pode criar a perda da objetividade e do ceticismo, necessários na
líderes da equipe de auditoria. O risco dessa perda deve ser eliminado adotando-se a rotação, a cada intervalo menor ou igual a cin-
auditoria co anos consecutivos, das lideranças da equipe de trabalho de auditoria, que somente devem retornar à referida
equipe no intervalo mínimo de três anos.
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Curso de Pós-Graduação em Controle da Gestão Pública Municipal
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Unidade 2 - Competência Profissinal do Auditor
• liderança;
• administração de conflitos;
• negociação;
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Unidade 2 - Competência Profissinal do Auditor
• autoinstrução;
• ética e independência;
• motivação;
• técnicas de auditoria;
• contabilidade;
• mercados;
• marketing;
• legislação; e
• outras capacitações.
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Curso de Pós-Graduação em Controle da Gestão Pública Municipal
RESUMO DA UNIDADE
Atividades de Aprendizagem
1) Aponte quais as competências comportamentais necessárias ao auditor
para auditar uma entidade pública.
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Unidade 3
Planejamento dos Trabalhos de Auditoria
A base para abordar esse assunto é a regulamentação emitida pelo CFC, por
ser a única profissão que traz regulamentação específica sobre auditoria.
– Procedimentos de auditoria;
– Papéis de trabalho;
– Fraude e erro;
– Planejamento da auditoria;
– Relevância;
– Risco de auditoria;
– Amostragem;
– Estimativas contábeis
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Curso de Pós-Graduação em Controle da Gestão Pública Municipal
– Contingências;
– Normas do parecer dos auditores independentes.
NORMA TÍTULO
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Unidade 3 - Planejamento dos Trabalhos de Auditoria
NORMA TÍTULO
O auditor independente, além das normas técnicas NBC TA, precisa atender
os requisitos da NBC T 14 – Revisão da Qualidade pelos Pares.
Além dessas normas, existe a Instrução nº 308/99 da CVM, que dispõe sobre
o registro e o exercício da atividade de auditoria independente no âmbito de va-
lores mobiliários, e estabelece os deveres e as responsabilidades dos administrado-
res das entidades auditadas no relacionamento com os auditores independentes.
A realização de uma auditoria compreende diversos passos dentro de uma
sequência lógica, que visa atingir objetivos preestabelecidos de forma racional
e eficaz. O auditor deve planejar seu trabalho, consoante as normas profissio-
nais de auditor independente, estabelecendo metas para que o serviço seja
executado com excelente qualidade.
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Curso de Pós-Graduação em Controle da Gestão Pública Municipal
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Unidade 3 - Planejamento dos Trabalhos de Auditoria
d. a equipe técnica deve ser formada por pessoas com capacitação pro-
fissional, independência e treinamento requeridos nas circunstâncias;
1. Verificar se o controle interno nesta área está de acordo com o que foi descrito no
questionário de controle interno, através de perguntas a pessoas-chave, observações
das rotinas do cliente etc. Se não estiver de acordo ou se houver falhas, considerar
a necessidade de atualizar o questionário de controle interno e os efeitos nos testes.
Descrever os detalhes na coluna “Observações” ou em outros papéis, se necessário.
2. Examinar os registros, a fim de verificar se as contas de controle são regular-
mente escrituradas e conciliadas durante o exercício.
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Unidade 3 - Planejamento dos Trabalhos de Auditoria
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Curso de Pós-Graduação em Controle da Gestão Pública Municipal
• os sócios e contador;
• tamanho/porte da empresa;
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Unidade 3 - Planejamento dos Trabalhos de Auditoria
ETAPAS FINALIDADE
Objetivo do trabalho Identificação do trabalho a ser realizado.
Período de execução do trabalho Geralmente é definido pelo Código Tributário do Município
Conhecimento da evolução histórica dos recolhimentos do
Histórico
Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza e Atividade
Definir quem será o responsável pela fiscalização, ou se a fiscali-
Definição da Equipe de Fiscalização
zação será efetuada por uma equipe
Cientificar o contribuinte do início da fiscalização e relacionar
os documentos a serem entregues ao fisco municipal. Após a
lavratura do termo de início de fiscalização, ato pelo qual o
fisco cientifica o contribuinte sobre o início da fiscalização e
interrompe a espontaneidade para recolhimento dos impostos,
conforme determina o artigo 138 do Código Tributário Nacio-
nal. O termo de início de fiscalização deverá constar a intimação
Elaboração do Termo de Início de
dos documentos a serem entregues pelo contribuinte ao fisco,
Fiscalização:
bem como o prazo para entrega dos mesmos. Decorrido o pra-
zo para entrega da documentação ao fisco, este deverá analisá-
las para que se possa corrigir o planejamento prévio e definir o
planejamento secundário. De posse dos documentos, o fiscal
irá realizar análises financeiras e econômicas da escrituração
contábil, que permitirá a revisão do planejamento prévio além
de complementar o planejamento.
Indicadores financeiros Para facilitar a aplicação dos procedimentos de revisão analítica.
Dados sobre principais atividades, volume de recursos, fatura-
Porte do negócio
mento, principais gastos, número de empregados, entre outros.
Determinar a natureza, oportunidade e extensão dos procedi-
Aplicação dos Procedimentos
mentos de auditoria a serem aplicados.
Determinar os possíveis controles a serem investigados e que
possam servir para auxílio da fiscalização. Exemplos: recibos,
Controles
controle de estoques, pedidos de serviços, controles de duplica-
tas e outros.
O planejamento não deve ser estático, mas ser revisado a cada elemento
novo que surgir na execução dos trabalhos.
Portanto, na fase do planejamento inicia-se o processo de coleta de dados da
entidade auditada e são identificados os eventos relevantes relacionados com as de-
monstrações contábeis, que permitem ao auditor atingir os objetivos da auditoria.
57
Curso de Pós-Graduação em Controle da Gestão Pública Municipal
Não se
1. COMISSÃO DE LICITAÇÃO Sim Não REFERÊCIAS
Aplica
1.1 – A Comissão de LICITAÇÃO é perma-
nente
2. REGISTROS CADASTRAIS
3. HABILITAÇÃO
58
Unidade 3 - Planejamento dos Trabalhos de Auditoria
59
Curso de Pós-Graduação em Controle da Gestão Pública Municipal
60
Unidade 3 - Planejamento dos Trabalhos de Auditoria
11. INEXIGIBILIDADE
CHECKLIST CONTRATO
Não se
1. ELABORAÇÃO Sim Não REFERÊNCIAS
Aplica
1.1 – O Contrato foi devidamente precedido de
Licitação, Dispensa de Licitação ou Inexigibi-
lidade
1.2 – Existe a Indicação dos Recursos Orçamen-
tários para seu pagamento
2. OBRIGAÇÃO
3. FACULTATIVO
61
Curso de Pós-Graduação em Controle da Gestão Pública Municipal
4. ASSESSORIA JURÍDICA
5. FORMALIZAÇÃO
62
Unidade 3 - Planejamento dos Trabalhos de Auditoria
6. PUBLICIDADE DO ATO
63
Curso de Pós-Graduação em Controle da Gestão Pública Municipal
2. CONCURSO
3. CONTRATAÇÃO
4. ATIVIDADE
64
Unidade 3 - Planejamento dos Trabalhos de Auditoria
4.6 – Promoção
4.7 – Guia de Recolhimento do Fundo
de Garantia do Tempo de Serviço e In-
formação à Previdência Social (GFIP)
4.8 – Demonstrativo Previdenciário
4.9 – Relação Anual de Informações
Sociais (RAIS)
4.10 – Declaração Anual dos Rendi-
mentos Pagos ou Creditados
4.11 – Controle da Saúde dos Servi-
dores
4.12 – Declaração de Bens
4.13 – Publicação dos Subsídios e da
Remuneração dos Cargos Públicos
5. VACÂNCIA
65
Curso de Pós-Graduação em Controle da Gestão Pública Municipal
66
Unidade 3 - Planejamento dos Trabalhos de Auditoria
67
Curso de Pós-Graduação em Controle da Gestão Pública Municipal
b. aspectos qualitativos
68
Unidade 3 - Planejamento dos Trabalhos de Auditoria
11.2.3.2 – A análise dos riscos de auditoria deve ser feita na fase de planeja-
mento dos trabalhos considerando a relevância em dois níveis:
69
Curso de Pós-Graduação em Controle da Gestão Pública Municipal
70
Unidade 3 - Planejamento dos Trabalhos de Auditoria
Potencialidade de erros, contida em contas ou demonstrações, que nem sempre se alcançam pelo
exame de controles internos. Possibilidade de o saldo de uma conta ou de uma transação conter
erros expressivos, quer isolada, quer agregadamente, escapando à conexão com os controles
internos.
Risco inerente
Exemplos: Itens de demonstrações contábeis que exigem cálculos complexos têm maior probabi-
lidade de conter erros que itens que envolvem cálculos mais simples. Fatores econômicos e com-
petitivos e a necessidade de atingir metas de lucros podem levar a administração a utilizar técnicas
contábeis para melhorar os lucros e resultados.
O risco de que um erro material, que poderia ocorrer em uma opinião do auditor, não seja preve-
nido ou detectado em uma base de tempo adequada pelas políticas e procedimentos da estrutura
Risco de controle de controle interno da entidade.
Exemplo: falhas no Sistema de Controle Interno da entidade.
É o risco que o auditor incorre por não perceber, ou não avaliar corretamente, o nível de aceitação
Risco de detecção do risco inerente e de controle.
é o risco que resulta de condições, eventos, circunstâncias, ações ou falta de ações significativas que
Risco de negócio possam afetar adversamente a capacidade da entidade de alcançar seus objetivos e executar suas
estratégias, ou do estabelecimento de objetivos ou estratégias inadequadas.
• ausência de integridade;
• aventuras especulativas;
• crise de liquidez;
71
Curso de Pós-Graduação em Controle da Gestão Pública Municipal
• rápida mudança;
72
Unidade 3 - Planejamento dos Trabalhos de Auditoria
Então,
RD = (RA) / (RI x RC) ou
RD = 0.05 / (0.9 x 0,2)
RD = 0,28 ou 28% (aproximado)
Ou o auditor pode fazer uma afirmação de que a integridade dos estoques
da entidade contenha como RA 5%, RI 75% e RC de 50%. Assim o RD pode
ser encontrado:
RD = RA / (RI x RC)
RD = 0,05 / (0,75 x 0,50)
RD = 13%
Também o risco de auditoria pode ser calculado de forma expandida, de
acordo com a AU 350 – Amostragem em Auditoria (apud BOYNTON; JOHN-
SON; KELL et al., 2002, p. 292), o qual é subdividido em mais dois componen-
tes: Risco de Procedimentos de Revisão Analítica (RPA) e Risco de Testes de
Detalhes (RTD). Então, a fórmula expandida é a seguinte:
RA = RI x RC x RPA x RTD
O auditor pode fazer as seguintes afirmações: RA = 2%, RI = 100%, RC =
10% e RPA = 50%.
RTD = RA / (RI x RC x RPA)
RTD = 0,02 / (1.00 x 0,10 x 0,50)
RTD = 40%
Quando o auditor estima um risco de teste de detalhes de 40% é preciso
planejar testes de transações e de saldos, de forma tal que a probabilidade
de não ser detectados erros ou classificações indevidas materiais seja de 40%.
Porém, o auditor somente terá segurança se as fontes, nas quais ele estimou
os riscos inerentes, de controle e de procedimentos, também forem seguras.
Outra forma de fazer avaliação do risco é por meio de expressões não quan-
titativas. Estudos têm demonstrado que também este tipo de avaliação é con-
sistente. Foram criadas matrizes para a avaliação do risco, em que se utilizam
expressões como: Risco Máximo, Alto, Moderado, Baixo e Muito Baixo.
73
Curso de Pós-Graduação em Controle da Gestão Pública Municipal
Segundo Boynton, Johnson e Kell (2002, p. 293), quando se utiliza uma ma-
triz não quantitativa (esta matriz supõe que o risco de auditoria é mantido em
um nível baixo), podem ser feitas as seguintes suposições:
• se a avaliação do auditor for que o risco inerente é máximo e os ris-
cos de controle e de procedimentos de revisão analítica são mode-
rados, o nível aceitável de risco de detecção para testes de detalhes
é baixo; e
74
Unidade 3 - Planejamento dos Trabalhos de Auditoria
11.2.9.3 – A amostra selecionada pelo auditor deve ter uma relação direta
com o volume de transações realizadas pela entidade na área ou transação
objeto de exame, como também com os efeitos na posição patrimonial e
financeira da entidade, e o resultado por ela obtido no período.
b) estratificação da amostra;
c) tamanho da amostra;
75
Curso de Pós-Graduação em Controle da Gestão Pública Municipal
d) risco da amostragem;
e) erro tolerável; e
f ) erro esperado.
a) seleção aleatória;
76
Unidade 3 - Planejamento dos Trabalhos de Auditoria
RESUMO DA UNIDADE
Nesta unidade você conheceu os passos para planejar uma auditoria, con-
siderando a relevância, os riscos e a utilização de processos de amostragem.
Atividades de Aprendizagem
Faça:
77
Curso de Pós-Graduação em Controle da Gestão Pública Municipal
78
Unidade 4
Procedimentos e Supervisão dos Trabalhos de Campo
81
Curso de Pós-Graduação em Controle da Gestão Pública Municipal
Além das informações apresentadas pela NBC T 11, válidas até 2009, impor-
tante conhecer a NBC TA 520 – Procedimentos Analíticos, disponível em
www.cfc.org.br.
82
Unidade 4 - Procedimentos e Supervisão dos Trabalhos de Campo
83
Curso de Pós-Graduação em Controle da Gestão Pública Municipal
Cia Bronze
Em 31.12 x2
Atenciosamente,
Cia Bronze
120.000
(a) esta duplicata foi por nós quitada em 28.12.x2 no banco Capixaba.
Nosso saldo nesta data é de $107.600
De acordo,
84
Unidade 4 - Procedimentos e Supervisão dos Trabalhos de Campo
c. Exame de documentos
g. Conversação/entrevista/inquérito
85
Curso de Pós-Graduação em Controle da Gestão Pública Municipal
j. Observação
86
Unidade 4 - Procedimentos e Supervisão dos Trabalhos de Campo
87
Curso de Pós-Graduação em Controle da Gestão Pública Municipal
vistado responder somente o que está sendo interrogado, não dando abertura
para a explanação das atividades sob sua execução e controle. As perguntas fe-
chadas servem para esclarecer pontos duvidosos e úteis para confirmar detalhes.
• Sá (1998) enumera questões para análise de controle dos registros
básicos da empresa: A empresa possui os seus atos constitutivos le-
gais arquivados em ordem?
88
Unidade 4 - Procedimentos e Supervisão dos Trabalhos de Campo
Por sua vez, Jund (2001) apresenta como modelo de questionário geral so-
bre controles administrativos e gerenciais a seguinte pergunta:
• Existem controles físicos dos registros do pessoal, que evitam a sua
perda ou utilização por pessoas não autorizadas?
A auditoria significa audição, para isto o auditor deve fazer perguntas, a fim
de ouvir. A técnica de perguntas é importante e deve levar as entrevistas de
auditoria de forma aberta e informativa, pois o auditor necessita obter várias
informações objetivas. Porém, estas entrevistas somente podem ser eficien-
tes se elas tiverem um comportamento harmônico entre auditor e auditado.
89
Curso de Pós-Graduação em Controle da Gestão Pública Municipal
90
Unidade 4 - Procedimentos e Supervisão dos Trabalhos de Campo
FINALIDADE PERGUNTAS
Como você procede em suas atividades?
Disposição correta
Que instrução você toma por base?
Como você entende esta instrução?
Entendimento Por favor, explique-me o seu modo de procedimento.
O que deve ser atingido com esta instrução?
O que você deve observar na execução desta tarefa?
Execução correta
Como você deve executar esta ação?
O que é obtido com esta instrução?
O que acontece se esta ação não for executada?
Você pode comprovar o efeito desta ação?
Eficácia
Como você controla suas atividades?
Que tipo de falha ou erro pode ocorrer?
Como são registradas as falhas ou erros?
91
Curso de Pós-Graduação em Controle da Gestão Pública Municipal
92
Unidade 4 - Procedimentos e Supervisão dos Trabalhos de Campo
Como você já estudou em outra disciplina sobre controles internos, neste tópi-
co apresenta-se rapidamente algumas definições de controle interno, sua nor-
matização e a forma como o auditor avalia para fins de coleta de evidências.
93
Curso de Pós-Graduação em Controle da Gestão Pública Municipal
94
Unidade 4 - Procedimentos e Supervisão dos Trabalhos de Campo
Apesar dessas normas terem validades de utilização pelo auditor até de-
zembro de 2009, não invalidam as definições apresentadas. Importante
conhecer a NBC TA – Comunicação de Deficiências de Controle Interno –
principalmente, nos itens que tratam das deficiências de controles internos
e a comunicação à entidade.
Crepaldi (2000) define controle interno de uma organização como “os pro-
cedimentos, métodos ou rotinas, cujos objetivos são proteger os ativos, produ-
zir os dados contábeis confiáveis e ajudar a administração na condução orde-
nada dos negócios da empresa”.
A partir desse conceito de controle interno pode-se identificar dois tipos de
controle: o contábil e o administrativo:
a. controle contábil – compreende os sistemas de conferência, apro-
vação e autorização, segregação de funções, controles físicos sobre
ativos e a auditoria interna; e
95
Curso de Pós-Graduação em Controle da Gestão Pública Municipal
96
Unidade 4 - Procedimentos e Supervisão dos Trabalhos de Campo
d. Simples: deve ser simples o bastante para que sua estrutura e suas
operações sejam fáceis de entender e seus procedimentos sejam
executados facilmente.
97
Curso de Pós-Graduação em Controle da Gestão Pública Municipal
Nos serviços o único nível que se deseja definir para não conformidades,
disparates e tempo desperdiçado é zero. Não se deve definir um nível acei-
tável de falta de cortesia, de falta de educação, indiferença ou mau humor.
A prestação de um serviço de baixa qualidade significa irritação, sensação
de impotência e de indignação para o cliente. Desta forma, os serviços pres-
tados com qualidade norteiam as ações da empresa, atraindo novas opor-
tunidades de negócios e aumento de sua competitividade.
98
Unidade 4 - Procedimentos e Supervisão dos Trabalhos de Campo
99
Curso de Pós-Graduação em Controle da Gestão Pública Municipal
RESUMO DA UNIDADE
Atividades de Aprendizagem
1) Elabore perguntas abertas dos exemplos de questionários abaixo (quanto
à disposição correta, entendimento, execução correta e eficácia):
a) Geral
b) Recebimentos
100
Unidade 4 - Procedimentos e Supervisão dos Trabalhos de Campo
c) Compras
d) Pagamentos
e) Folha de pagamento
101
Anotações d m a
5
Unidade 5
Papéis de Trabalho e Documentação de Auditoria
105
Curso de Pós-Graduação em Controle da Gestão Pública Municipal
106
Unidade 5 - Papéis de Trabalho e Documentação de Auditoria
• Conhecimentos técnicos;
• Capacidade de organização; e
107
Curso de Pós-Graduação em Controle da Gestão Pública Municipal
• Plano de contas;
• Análises de investimentos;
108
Unidade 5 - Papéis de Trabalho e Documentação de Auditoria
a. Cédula Mestra
Serve para anotações referente, à análise, de forma mais analítica, das in-
formações contidas na cédula mestra, devendo constar o tipo de análise ou o
procedimento que foi aplicado;
c. Cédulas de Comentários
Caso haja assuntos relevantes que o auditor queira abordar de modo resu-
mido, mas com maiores detalhes do que aqueles apresentados na conclusão da
cédula mestra ou subsidiária, devem-se utilizar papéis de trabalho específicos
para tais comentários, tais como:
• Pontos para atenção e inclusão em relatórios;
• Conclusões do trabalho.
d. Outros Tipos
109
Curso de Pós-Graduação em Controle da Gestão Pública Municipal
110
Unidade 5 - Papéis de Trabalho e Documentação de Auditoria
111
Curso de Pós-Graduação em Controle da Gestão Pública Municipal
112
Unidade 5 - Papéis de Trabalho e Documentação de Auditoria
Exemplo:
NOTA: “Discuti os ajustes com o Sr. Lalau que os aceitou. Verifiquei a adequada
contabilização no razão e ajustei as cédulas mestras respectivas”.
113
Curso de Pós-Graduação em Controle da Gestão Pública Municipal
114
Unidade 5 - Papéis de Trabalho e Documentação de Auditoria
115
RESUMO DA UNIDADE
Atividades de Aprendizagem
1) Apresente um modelo de papéis de trabalho para auditar a sua entidade
pública.
6
Unidade 6
Produtos da Auditoria
Até 2009, a NBC T 11, item 11.3.1.1, definia que o Parecer dos Auditores In-
dependentes ou Parecer do Auditor Independente “é o documento mediante
o qual o auditor expressa sua opinião, de forma clara e objetiva, sobre as de-
monstrações contábeis nele indicadas”. O parecer era disciplinado pela NBC
T 11 e a NBC T 11 – IT – 05. No entanto, Tais normas não estão mais em vigor,
mas os conceitos e definições podem ser discutidos.
119
Curso de Pós-Graduação em Controle da Gestão Pública Municipal
120
Unidade 6 - Produtos da Auditoria
Exemplo (primeiro):
Examinamos os balanços patrimoniais de Xyz S.A., levantados em 31 de
dezembro de 19X2 e de 19X1, e as respectivas demonstrações do resultado,
das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos
correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a res-
ponsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar
uma opinião sobre essas demonstrações contábeis.
Exemplo (segundo):
Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria e
compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância
dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles inter-
nos das companhias; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e
dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados;
e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas
adotadas pela administração da companhia, bem como da apresentação das
demonstrações contábeis tomadas em conjunto.
121
Curso de Pós-Graduação em Controle da Gestão Pública Municipal
PARÁGRAFO CONTEÚDO
(a) identificar a entidade cujas demonstrações contábeis foram auditadas;
(b) afirmar que as demonstrações contábeis foram auditadas;
Introdutório
(c) identificar o título de cada demonstração que compõe as demonstrações contábeis;
(A17 a A19)
(d) fazer referência ao resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas; e
(e) especificar a data ou o período de cada demonstração que compõe as demonstrações contábeis.
Descreve a responsabilidade dos responsáveis na organização pela elaboração das demonstrações
Responsabilidade da
contábeis. A administração é responsável pela elaboração das demonstrações contábeis de acordo
administração pelas
com a estrutura de relatório financeiro aplicável e pelos controles internos que a administração
demonstrações
determinar serem necessários para permitir a elaboração de demonstrações contábeis que não
contábeis (A20 a A23)
apresentem distorção relevante, independentemente se causadas por fraude ou erro
Responsabilidade O relatório do auditor independente deve especificar que a responsabilidade do auditor é expres-
do auditor sar uma opinião sobre as demonstrações contábeis com base na auditoria (ver item A24).
(a) a auditoria envolve a execução de procedimentos para obtenção de evidência de auditoria a
respeito dos valores e divulgações nas demonstrações contábeis;
(b) os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação
dos riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, independentemente se causa-
das por fraude ou erro. Nessas avaliações de risco, o auditor considera os controles internos
relevantes para a elaboração das demonstrações contábeis da entidade para planejar procedi-
mentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma
opinião sobre a eficácia dos controles internos da entidade. Nas circunstâncias em que o auditor
Condução também tem a responsabilidade de expressar uma opinião sobre a eficácia dos controles internos
da Auditoria juntamente com a auditoria das demonstrações contábeis, o auditor deve omitir a frase de que a
consideração do auditor sobre o controle interno não tem a finalidade de expressar uma opinião
sobre a eficácia dos controles internos; e
(c) a auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razo-
abilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresen-
tação das demonstrações contábeis, tomadas em conjunto. O relatório do auditor independente
deve explicar, também, que essas normas requerem que o auditor cumpra as exigências éticas,
planeje e realize a auditoria para obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis não
apresentem distorção relevante (ver itens A25 e A26).
A opinião do auditor deve, utilizar uma das seguintes frases, que são consideradas equivalentes
(ver itens A27 a A33):
(a) as demonstrações contábeis apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, …
Opinião do Auditor
de acordo com [a estrutura de relatório financeiro aplicável]; ou
(b) as demonstrações contábeis apresentam uma visão correta e adequada … de acordo com [a
estrutura de relatório financeiro aplicável].
122
Unidade 6 - Produtos da Auditoria
(1)
(Destinatário apropriado)
Opinião
A seguir serão apresentados os tipos de Parecer que são emitidos pelo au-
ditor independente.
a) Parecer sem ressalva
De acordo com o CFC, NBC TA 705, o auditor deve expressar uma opinião
com ressalva quando: (a) tendo obtido evidência de auditoria apropriada e sufi-
ciente, conclui que as distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes,
mas não generalizadas nas demonstrações contábeis; ou (b) não consegue obter
evidência apropriada e suficiente de auditoria para suportar sua opinião, mas ele
conclui que os possíveis efeitos de distorções não detectadas, se houver, sobre as
demonstrações contábeis poderiam ser relevantes, mas não generalizados.
O parecer com ressalva deve obedecer ao modelo do parecer sem ressalva,
modificado no parágrafo de opinião, com a utilização da expressão “exceto”,
referindo-se aos efeitos do assunto objeto da ressalva.
Quando o auditor emitir parecer com ressalva, adverso ou com abstenção de
opinião, deve ser incluída descrição clara de todas as razões que fundamentaram
o seu parecer e, se praticável, a quantificação dos efeitos sobre as demonstrações
contábeis. Essas informações devem ser apresentadas em parágrafo específico do
parecer, precedendo ao da opinião e, se for o caso, fazer referência a uma divul-
gação mais ampla pela entidade em nota explicativa às demonstrações contábeis.
125
Curso de Pós-Graduação em Controle da Gestão Pública Municipal
126
Unidade 6 - Produtos da Auditoria
do com uma estrutura que tem como objetivo a apresentação adequada; ou (b)
as demonstrações contábeis não foram elaboradas adequadamente, em todos os
aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável
quando o relatório é emitido de acordo com a estrutura de conformidade.
A NBC TA 705 aprovada pelo CFC, apresenta um exemplo de parágrafo de
parecer adverso conforme segue:
Em nossa opinião, devido à importância do assunto discutido no parágra-
fo Base para opinião adversa, as demonstrações contábeis consolidadas não
apresentam adequadamente a posição patrimonial e financeira consolidada
da Companhia ABC e suas controladas em 31 de dezembro de 20X1, o de-
sempenho consolidado das suas operações e os fluxos de caixa consolidados
para o exercício findo em 31 de dezembro de 20X1 de acordo com as normas
internacionais de relatório financeiro.
127
Curso de Pós-Graduação em Controle da Gestão Pública Municipal
ITEM CONTEÚDO
Fomos contratados para examinar as demonstrações contábeis da Companhia
ABC, que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 20X1 e as
Destinatário respectivas demonstrações(3) do resultado, das mutações do patrimônio líquido e
dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data assim como o resumo das
principais práticas contábeis e demais notas explicativas.
A administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresen-
tação dessas demonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas
Responsabilidade
no Brasil e pelos controles internos que ela determinou como necessários para
da administração
permitir a elaboração de demonstrações contábeis livres de distorção relevante,
independentemente se causada por fraude ou erro.
Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações
Responsabilidade contábeis com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas
dos auditores brasileiras e internacionais de auditoria. Em decorrência do assunto descrito no
independentes parágrafo Base para abstenção de opinião, não nos foi possível obter evidência de
auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião de auditoria.
Fomos nomeados auditores da Companhia ABC após 31 de dezembro de 20X1
e, portanto, não acompanhamos a contagem física dos estoques no início e no
final do exercício. Não foi possível nos satisfazer por meios alternativos quanto às
quantidades em estoque em 31 de dezembro de 20X0 e 20X1 que estão registradas
no balanço patrimonial por $ xxx e $ xxx, respectivamente. Adicionalmente, a in-
trodução do novo sistema informatizado de contas a receber em setembro de 20X1
resultou em diversos erros no saldo das contas a receber. Na data do nosso relatório
Base para absten-
de auditoria, a administração ainda estava no processo de sanar as deficiências do
ção de opinião
sistema e de corrigir os erros. Não conseguimos confirmar ou verificar por meios
alternativos as contas a receber incluídas no balanço patrimonial no valor total de $
xxx em 31 de dezembro de 20X1. Em decorrência desses assuntos, não foi possível
determinar se teria havido necessidade de efetuar ajustes em relação aos estoques
registrados ou não registrados e no saldo de contas a receber, assim como nos ele-
mentos componentes das demonstrações do resultado, das mutações do patrimô-
nio líquido e dos fluxos de caixa.
Devido à relevância dos assuntos descritos no parágrafo Base para abstenção de
Abstenção de opinião, não nos foi possível obter evidência de auditoria apropriada e suficiente
opinião para fundamentar nossa opinião de auditoria. Consequentemente, não expressa-
mos opinião sobre as demonstrações contábeis acima referidas.
128
Unidade 6 - Produtos da Auditoria
129
Curso de Pós-Graduação em Controle da Gestão Pública Municipal
b. tipo de exame;
c. objetivos da auditoria;
d. período examinado;
h. resumos comparativos;
130
Unidade 6 - Produtos da Auditoria
RESUMO DA UNIDADE
Nesta unidade, você conheceu quais os relatórios que o auditor emite para
serem entregues aos gestores públicos.
131
Curso de Pós-Graduação em Controle da Gestão Pública Municipal
Atividades de Aprendizagem
1) Demonstre quais seriam as contribuições que a auditoria poderia trazer
aos gestores públicos.
132
Unidade 6 - Produtos da Auditoria
REFERÊNCIAS
133
Curso de Pós-Graduação em Controle da Gestão Pública Municipal
134