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Aluna: Jamile Barros

Disciplina: Processo Negocial


Atividade G1 (Resenha)

O Ambiente do Distrito Agropecuário da Suframa

O ambiente do Distrito Agropecuário da Suframa tem sido configurado desde


1975, a partir das políticas de gestão elaboradas pela Suframa. Para
compreender essa configuração há necessidade de contextualizar o que se
entende como ambiente neste texto: o ambiente não é a ecologia, mas a
complexidade do mundo; é um saber sobre as formas de apropriação do mundo
e da natureza através das relações de poder que se inscreveram nas formas
dominantes de conhecimento (LEFF, 2002, p.17).
O ambiente do Distrito Agropecuário da Suframa foi configurado sob relações de
poder implicitamente atuantes. As políticas de gestão da Zona Franca de
Manaus são direcionadas para os interesses do Distrito Industrial da Zona
Franca de Manaus, porque é este Distrito que movimenta a economia da área
sob a jurisdição da Suframa, responsável pela administração dos incentivos
fiscais da Política de Desenvolvimento Zona Franca de Manaus. Nesse contexto,
os ‘estabelecidos’, poderosos e hegemônicos são os ‘de fora’, os representantes
das transnacionais instaladas no Distrito Industrial da Zona Franca de Manaus.
Os ‘outsiders’ são os ‘de dentro’, os ocupantes dos lotes de terra do Distrito
Agropecuário, os quais têm origem local e também alguns migrantes de outras
regiões do país com tradição agropecuária que permanecem no interior do
Distrito Agropecuário realizando alguma atividade que lhes ocupem o tempo na
produção agropecuária e geração de renda, seja na atividade da agricultura
familiar, seja na atividade da agroindústria.
O ambiente do Distrito Agropecuário, portanto, foi visibilizado pela supremacia
do Distrito Industrial da Zona Franca de Manaus, cuja escala global atende aos
interesses capitalistas de produtivismo e consumismo. O Distrito Agropecuário
da Suframa não faz parte do consciente coletivo dos habitantes do Amazonas;
muitos moradores da cidade de Manaus, por exemplo, não sabem da existência
do referido distrito, embora muitos produtos comercializados nas feiras e nos
supermercados de Manaus e do Rio Preto da Eva sejam produzidos na área do
Distrito Agropecuário da Suframa. Como revelam Oliveira Jr. e Machado (2009,
p.32):
Dos municípios de Manaus, Rio Preto da Eva e Presidente Figueiredo, onde
opera o Distrito Agropecuário da SUFRAMA (DAS), com incentivos fiscais para
o desenvolvimento do setor primário, o qual, em que pese alguns resultados
pontuais, obtidos na implementação de projetos rurais no entorno de Manaus, e
que abastecem parte do mercado local de frutas, hortaliças e laticínios,
representa, ainda hoje, o vetor menos desenvolvido do Modelo.

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