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Universidade Federal de Lavras – UFLA

Departamento de Recursos Hídricos e Saneamento

GRS106– Irrigação e Drenagem II

Movimento de água no solo

Prof.: Adriano Valentim Diotto


adriano.diotto@ufla.br
OBJETIVO DA AULA
ESPERA-SE QUE NO FIM DESTA AULA OS ALUNOS POSSAM TER RECORDADO
DOS MÉTODOS ENVOLVIDOS NA MOVIMENTAÇÃO DE ÁGUA NO SOLO.

sendo que estes parâmetros já foram objetivo de estudos na disciplina anterior, irrigação e
drenagem I, e também nas disciplinas da área de física do solo.
O que já vimos Está disponível no sistema dois
vídeos sobre o assunto, que faz
sobre este parte do material da GRS104.
assunto? Para acessar o vídeo sobre
umidade do solo (clique aqui) e
Se retomarmos o material da
disciplina GRS104 - Irrigação e para acessar o vídeo sobre
Drenagem I, já foi dada uma boa armazenamento (clique aqui)
abordagem na questão de umidade e
armazenamento de água no solo
Conceitos importantes para a drenagem do solo
O primeiro deles é a porosidade total do solo(η), pois são nos poros que a água
fica armazenada.

Vp - Volume de poros;
Vt - Volume total da amostra;
Vs - Volume da parte sólida;
Ms - Massa de sólidos;
Vs - Volume de sólidos;
ds - Densidade do solo;
dp - Densidade das partículas do solo.
Outro conceito muito importante é a porosidade drenável (α)
Por definição: Volume de água drenado
livremente por unidade de volume Se considerarmos que um lençol freático
total do solo saturado. saiu da posição LF1 e rebaixou até LF2, a
quantidade de água drenada pode ser
expressa pela lâmina AL.

LF1

Δz

LF2
X
O esquema a seguir mostra que se o solo que tem uma porosidade drenável α, a
lâmina drenada quando o lençol sofre um rebaixamento de Δz é de AL

LF1

Δz

LF2
X

O sentido contrário também é verdadeiro, ou seja, se houver uma entrada de uma


lâmina de água de AL neste solo, que tem uma porosidade drenável α, esta lâmina vai
promover uma elevação do lençol de Δz.
● Como em muitos casos a umidade
na capacidade de campo é estimada
Como calcular a em função de um determinado
porosidade drenável? potencial matricial, deve-se que
tomar cuidado com a sua utilização.
● Para cálculos de drenagem, é
É comum a apresentação da porosidade
possível a utilização de umidade na
drenável somente como a diferença
entre a umidade na capacidade de capacidade de campo, como sendo
campo e na saturação. igual a umidade no solo com o
potencial matricial proporcional a
profundidade de instalação do dreno.
Já vimos quanta água é possível armazenar num
solo e quanta é possível retirar por drenagem.

Mas agora precisamos saber: O QUE É NECESSÁRIO PARA HAVER


O MOVIMENTO DESTA ÁGUA NO SOLO?
Para que a água se movimente no solo precisamos:

● FORÇA RESPONSÁVEL PELO MOVIMENTO – É necessário que haja uma


diferença de potencial total entre os pontos;
○ Gradiente de potencial total (ΔΨ)

● CAPACIDADE DE TRANSMITIR – O meio precisa permitir que haja o


deslocamento da água entre os dois pontos.
○ Condutividade hidráulica do solo (K);
Como o que vamos falar é sobre drenagem, a condutividade
hidráulica que nos interessa é a condutividade hidráulica do
solo saturado.

Por definição: É a condutância de um volume de solo, quando o fluido que se


movimenta pelos poros é a água.
f (textura, estrutura e umidade do solo)

Ordem de grandeza

Muito baixa < 0,05 m dia-1


Média 0,05 a 5,0 m dia-1
Alta > 5 m dia-1
O clássico experimento de Darcy para o estudo do movimento de água
no solo saturado

água solo

q - vetor de densidade de fluxo de água no solo, L T-1;


K - condutividade hidráulica do solo saturado, L T-1;
ΔΨ - Diferença de potencial total (horizontal), (L) (Δh);
L - distância entre os pontos (L), (Δx).
Como o fluxo de água no solo é um vetor, ele tem
intensidade e sentido.
Regra prática para designar o sentido do movimento da água no solo

Gradiente de potencial vertical Gradiente de potencial horizontal

Se o resultado de q é positivo - sentido do movimento horizontal para a direita e


vertical para cima.

Se o resultado de q é negativo - sentido do movimento horizontal para a


esquerda e vertical para baixo.
Como estimar a ● Métodos de laboratório
condutividade Permeâmetro de carga constante;
hidráulica saturada de Permeâmetro de carga variável;

um solo?
● Métodos de campo;

Métodos do furo do trado em presença


temos que ter em mente que a estrutura do solo
é um parâmetro extremamente importante na ou ausência de lençol freático;
condutividade hidráulica de um solo. Método do permeâmetro de anel;
entre outros.
É necessário que o método utilizado seja representativo do solo

A retirada de amostra pode facilmente interferir na estrutura do solo e alterar


consideravelmente os resultados.

Somente para fins ilustrativos, vejam os resultados da tabela no slide seguinte,


onde se comparou os resultados de condutividade hidráulica saturada, nas
condições de campo e feitas em laboratório depois de desfragmentada a
amostra.

Podemos observar que o solo menos estruturado, foi o que teve a menor variação,
mas mesmo assim foi maior laboratório.
Relação entre a condutividade hidráulica determinada no campo e em laboratório para
diferentes tipos de solo

Fonte: Batista 2002; * Amostra fragmentada

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