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Bricoficha 21
Bricoficha 21
Como utilizar
a túpia
5.3
Lista de materiais
Nível de dificuldade: Média
Túpia / escate-
Tupia ladora
Ferramentas Ferramentas
eléctricas eléctricas
Gramos
de carpinteiro Esquadro
Ferramentas Ferramentas
manuais manuais
Bancada
de trabalho Graminho
Ferramentas Ferramentas
manuais manuais
Máscara
Fita métrica de protecção
Ferramentas Ferramentas
manuais manuais
Extensão eléc-
Moldes trica
Ferramentas Electricidade
manuais
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A túpia
A túpia
Com a túpia, podemos realizar diferentes trabalhos (sempre de madeira), como por exemplo: encaixes para
as dobradiças das portas, ranhuras para os gonzos de portas e janelas, ranhuras, molduras ou perfis diversos.
Em comparação com um berbequim, a túpia tem a vantagem de alcançar uma velocidade de rotação do
seu motor mais elevada (11.000 a 30.000 rpm comparadas às 3000 do berbequim), obtendo uma superfície
tão lisa que nos permite prescindir da lixa.
O mecanismo de penetração
As túpias são formadas por um sistema de colunas de molas que fazem
força para levantar a caixa-motor. Com as duas pegas laterais fazemos subir
e descer a caixa-motor sobre a peça de madeira. O motor faz girar um eixo
central no qual fixaremos a fresa ou lâmina.
Montagem da fresa
Com a túpia sempre desligada da corrente, bloqueamos o eixo com a chave de
bocas (alguns modelos bloqueiam-se automaticamente assim que o motor pára).
Com a chave de bocas que vem com a máquina, afrouxamos a porca do eixo
e colocamos a fresa que queremos utilizar, voltando a apertar a porca.
Recomendações
Para evitar o desgaste prematuro das fresas e para que as ranhuras sejam
bem feitas, não devemos trabalhar a uma profundidade excessiva. Se as
passagens forem superiores a 5 mm de profundidade teremos de efectuar o
trabalho por fases; por exemplo: para uma profundidade de 12 mm
efectuaremos 3 passagens de 4 mm cada uma.
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Utilização
Colocação do material
As túpias trabalham a altas rotações e, por isso, a peça a trabalhar tem
de estar firmemente presa à bancada de trabalho. O percurso da fresa deve
ser contínuo e sem pausas, pelo que os grampos que seguram a madeira ou
outros utensílios não devem perturbar o percurso a realizar.
Direcção de deslocamento
O motor da túpia só roda numa direcção. Por isso, a direcção de
deslocamento da máquina é vital. Se guiarmos a túpia noutra direcção, a
fresa chocaria com a madeira e esta ficaria danificada. A máquina tem de
avançar na direcção contrária à rotação da fresa.
Parar a túpia
Ao chegar ao fim da madeira, teremos de retirar a túpia e, uma vez fora
da peça, paramos a máquina. Desligamos este aparelho da corrente eléctrica
e desbloqueamos a caixa-motor para que suba e para que a fresa fique
oculta enquanto acaba de rodar.
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Acessórios de guia
O batente lateral
Para fazer uma ranhura totalmente em linha recta na superfície da madeira,
acoplamos o batente lateral à túpia. O batente lateral é composto por
hastes com uma escala de graduação (o que é muito útil para fazer ranhuras
paralelas) e uma parte que apoiamos no canto da madeira.
A guia de esquadro
É o acessório que utilizamos para realizar encaixes (fresar o canto de uma
porta para colocar as dobradiças). Um dos lados apoia-se sobre a parte larga
da peça e a túpia fica paralela ao solo.
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Dispositivos de guia
A guia circular
Permite-nos realizar aberturas redondas ou ranhuras circulares. A guia
circular é presa à madeira através de uma ponta de centragem que fará de
eixo. A túpia, ao penetrar muito ou pouco pelas hastes da guia, variará o
diâmetro da abertura ou ranhura.
Dispositivo de repetição
Este acessório só existe nalgumas máquinas e é de grande utilidade
para produzir uma série de peças totalmente idênticas. O dispositivo de
repetição consiste numa pequena placa com uma abertura para a passagem
da fresa e está aparafusada por baixo do disco da túpia, o qual,
trabalhando com um molde, permite-nos a sua reprodução exacta.
Mesa em esquadro
A mesa em esquadro é fixada no rebordo da bancada de trabalho por meio
de grampos e a túpia ficará paralela ao solo. Com a mesa em esquadro,
a túpia não se mexe e, por isso, somos nós que aproximamos a peça
(devem ser peças fáceis de manejar).
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Os encaixes
Encaixe cauda-de-andorinha
O encaixe designado por cauda-de-andorinha é muito prático para construir
caixotes, além de ser totalmente invisível na parte frontal. É a união entre as
partes laterais, a parte frontal e a final do caixote. Para fazer uma união com
este sistema devemos usar um molde especial para esse efeito e a fresa de
cauda-de-andorinha.
Encaixe recto
Para realizar um entalhe de encaixe recto, utilizamos o mesmo molde que o
da cauda-de-andorinha. A única coisa a alterar é a fresa que, em vez de ser
de cauda-de-andorinha, será a de entalhar. (Ver tipos de fresas).
A túpia-escateladora
Para unir duas peças de madeira em ângulo, temos de efectuar algumas
ranhuras nos cantos. Para isso, utilizamos uma lâmina circular de pequeno
diâmetro que acoplamos à túpia, em conjunto com a guia lateral.
Também podemos utilizar uma máquina específica para realizar este
trabalho, a rebarbadora.
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Tipos de fresas
Tipos de fresas
A escolha da fresa dependerá do trabalho que tenhamos de realizar. As fresas podem ser de corte único ou de
corte duplo. As de corte único são mais rápidas, rebaixando a madeira e com as de corte duplo conseguimos
obter uns acabamentos mais finos e de maior qualidade. Existem fresas HSS ou de carboneto de tungsténio.
As fresas tratadas com carboneto duram muito mais, mas só se devem utilizar em painéis derivados da madei-
ra. As fresas HSS destinam-se ao trabalho de madeiras maciças (duras). As fresas devem ser guardadas sepa-
radamente e sem baterem umas nas outras para não danificar a superfície de corte.
A fresa de meia cana (4) serve para efectuar ornamentos e perfilar, por
exemplo: em guarnições de portas e janelas. Com a fresa para encaixes (5)
rebaixamos a madeira e obtemos entalhes em ângulos e marcos de portas. A
fresa de nivelar (6), tal como o seu próprio nome indica, serve para nivelar
madeira contraplacada ou revestida com qualquer material. Assim, obteremos
uma continuidade perfeita entre a madeira e o material de revestimento.
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