Você está na página 1de 8

Bricoficha

Como utilizar
a túpia

5.3
Lista de materiais
Nível de dificuldade: Média

Túpia / escate-
Tupia ladora

Ferramentas Ferramentas
eléctricas eléctricas

Gramos
de carpinteiro Esquadro

Ferramentas Ferramentas
manuais manuais

Bancada
de trabalho Graminho

Ferramentas Ferramentas
manuais manuais

Máscara
Fita métrica de protecção

Ferramentas Ferramentas
manuais manuais

Extensão eléc-
Moldes trica

Ferramentas Electricidade
manuais

2 Bricoficha
A túpia

A túpia
Com a túpia, podemos realizar diferentes trabalhos (sempre de madeira), como por exemplo: encaixes para
as dobradiças das portas, ranhuras para os gonzos de portas e janelas, ranhuras, molduras ou perfis diversos.
Em comparação com um berbequim, a túpia tem a vantagem de alcançar uma velocidade de rotação do
seu motor mais elevada (11.000 a 30.000 rpm comparadas às 3000 do berbequim), obtendo uma superfície
tão lisa que nos permite prescindir da lixa.

O mecanismo de penetração
As túpias são formadas por um sistema de colunas de molas que fazem
força para levantar a caixa-motor. Com as duas pegas laterais fazemos subir
e descer a caixa-motor sobre a peça de madeira. O motor faz girar um eixo
central no qual fixaremos a fresa ou lâmina.

Montagem da fresa
Com a túpia sempre desligada da corrente, bloqueamos o eixo com a chave de
bocas (alguns modelos bloqueiam-se automaticamente assim que o motor pára).
Com a chave de bocas que vem com a máquina, afrouxamos a porca do eixo
e colocamos a fresa que queremos utilizar, voltando a apertar a porca.

Ajuste da profundidade de corte


Para graduar a profundidade de corte da túpia, pegamos nas duas pegas
laterais e empurramos a caixa-motor para baixo, até tocar na madeira. A
seguir, ajustamos a escala graduada à profundidade desejada e bloqueamo-la
para que nos sirva de batente.

Recomendações
Para evitar o desgaste prematuro das fresas e para que as ranhuras sejam
bem feitas, não devemos trabalhar a uma profundidade excessiva. Se as
passagens forem superiores a 5 mm de profundidade teremos de efectuar o
trabalho por fases; por exemplo: para uma profundidade de 12 mm
efectuaremos 3 passagens de 4 mm cada uma.

3 Bricoficha
Utilização

Colocação do material
As túpias trabalham a altas rotações e, por isso, a peça a trabalhar tem
de estar firmemente presa à bancada de trabalho. O percurso da fresa deve
ser contínuo e sem pausas, pelo que os grampos que seguram a madeira ou
outros utensílios não devem perturbar o percurso a realizar.

Fazer uma ranhura aberta


Após prender bem a madeira, colocamos a túpia no início da mesma,
baixamos o bloco-motor até à profundidade desejada e bloqueamo-la.
Colocamos a túpia a trabalhar e começamos a entalhar.

Direcção de deslocamento
O motor da túpia só roda numa direcção. Por isso, a direcção de
deslocamento da máquina é vital. Se guiarmos a túpia noutra direcção, a
fresa chocaria com a madeira e esta ficaria danificada. A máquina tem de
avançar na direcção contrária à rotação da fresa.

Parar a túpia
Ao chegar ao fim da madeira, teremos de retirar a túpia e, uma vez fora
da peça, paramos a máquina. Desligamos este aparelho da corrente eléctrica
e desbloqueamos a caixa-motor para que suba e para que a fresa fique
oculta enquanto acaba de rodar.

Fazer uma ranhura fechada


Regulamos a profundidade desejada da fresa, colocamo-la sobre a madeira,
começamos a trabalhar e vamos baixando até ao encosto. Deslocamos a
túpia até ao fim da ranhura e soltamos o mecanismo de profundidade
para que a fresa suba.

4 Bricoficha
Acessórios de guia

O batente lateral
Para fazer uma ranhura totalmente em linha recta na superfície da madeira,
acoplamos o batente lateral à túpia. O batente lateral é composto por
hastes com uma escala de graduação (o que é muito útil para fazer ranhuras
paralelas) e uma parte que apoiamos no canto da madeira.

A guia lateral "caseira"


Por vezes, o batente lateral pode ser curto se quisermos realizar uma ranhura
na parte central de uma madeira muito larga. Neste caso, temos de utilizar
uma régua metálica ou uma ripa bem recta que fixamos à madeira por meio
de grampos para fazer de guia. Temos de os colocar de forma a que o
rebordo plano da túpia deslize ao longo do seu canto.

A guia de esquadro
É o acessório que utilizamos para realizar encaixes (fresar o canto de uma
porta para colocar as dobradiças). Um dos lados apoia-se sobre a parte larga
da peça e a túpia fica paralela ao solo.

A guia para arredondar


É um acessório que se adapta à guia lateral e nos permite fresar os cantos
com zonas arredondadas ou contornadas, variando também a sua altura.
O nome deste acessório pode variar de acordo com os diferentes fabricantes.

5 Bricoficha
Dispositivos de guia

A guia circular
Permite-nos realizar aberturas redondas ou ranhuras circulares. A guia
circular é presa à madeira através de uma ponta de centragem que fará de
eixo. A túpia, ao penetrar muito ou pouco pelas hastes da guia, variará o
diâmetro da abertura ou ranhura.

Dispositivo de repetição
Este acessório só existe nalgumas máquinas e é de grande utilidade
para produzir uma série de peças totalmente idênticas. O dispositivo de
repetição consiste numa pequena placa com uma abertura para a passagem
da fresa e está aparafusada por baixo do disco da túpia, o qual,
trabalhando com um molde, permite-nos a sua reprodução exacta.

Mesa em esquadro
A mesa em esquadro é fixada no rebordo da bancada de trabalho por meio
de grampos e a túpia ficará paralela ao solo. Com a mesa em esquadro,
a túpia não se mexe e, por isso, somos nós que aproximamos a peça
(devem ser peças fáceis de manejar).

Montagem sobre uma mesa de serrar


As mesas de serrar estão pensadas basicamente para instalar serras
circulares, mas também é possível fixar a túpia na parte inferior.
A mesa de serrar é muito prática para trabalhar com peças grandes.

6 Bricoficha
Os encaixes

Encaixe cauda-de-andorinha
O encaixe designado por cauda-de-andorinha é muito prático para construir
caixotes, além de ser totalmente invisível na parte frontal. É a união entre as
partes laterais, a parte frontal e a final do caixote. Para fazer uma união com
este sistema devemos usar um molde especial para esse efeito e a fresa de
cauda-de-andorinha.

Encaixe recto
Para realizar um entalhe de encaixe recto, utilizamos o mesmo molde que o
da cauda-de-andorinha. A única coisa a alterar é a fresa que, em vez de ser
de cauda-de-andorinha, será a de entalhar. (Ver tipos de fresas).

Encaixe com pastilhas


Este sistema utiliza-se para unir tábuas paralelamente pelos seus cantos,
entre o canto e uma face da superfície ou para reforçar outras ligações em
ângulo. Fazemos a ranhura em ambas as partes das madeiras a unir e colo-
camos a pastilha com cola branca de carpinteiro. As ranhuras têm de ter a
profundidade correspondente à metade da pastilha, ou seja, ficará meia pas-
tilha em cada peça.

A túpia-escateladora
Para unir duas peças de madeira em ângulo, temos de efectuar algumas
ranhuras nos cantos. Para isso, utilizamos uma lâmina circular de pequeno
diâmetro que acoplamos à túpia, em conjunto com a guia lateral.
Também podemos utilizar uma máquina específica para realizar este
trabalho, a rebarbadora.

7 Bricoficha
Tipos de fresas

Tipos de fresas
A escolha da fresa dependerá do trabalho que tenhamos de realizar. As fresas podem ser de corte único ou de
corte duplo. As de corte único são mais rápidas, rebaixando a madeira e com as de corte duplo conseguimos
obter uns acabamentos mais finos e de maior qualidade. Existem fresas HSS ou de carboneto de tungsténio.
As fresas tratadas com carboneto duram muito mais, mas só se devem utilizar em painéis derivados da madei-
ra. As fresas HSS destinam-se ao trabalho de madeiras maciças (duras). As fresas devem ser guardadas sepa-
radamente e sem baterem umas nas outras para não danificar a superfície de corte.

Fresas diferentes para usos diferentes


As fresas de ponta recta (1) são utilizadas para fazer ranhuras largas e pro-
fundas, como mais nos convier. São bastante boas para efectuar guias de
portas corrediças ou como primeiro entalhe se tivermos, posteriormente, de
realizar algum outro mais profundo ou largo. A fresa de cauda-de-andorinha
(2) recorta a madeira para fazer os entalhes referidos. A fresa em forma de V
(3) é ideal para escavar e talhar letras.

A fresa de meia cana (4) serve para efectuar ornamentos e perfilar, por
exemplo: em guarnições de portas e janelas. Com a fresa para encaixes (5)
rebaixamos a madeira e obtemos entalhes em ângulos e marcos de portas. A
fresa de nivelar (6), tal como o seu próprio nome indica, serve para nivelar
madeira contraplacada ou revestida com qualquer material. Assim, obteremos
uma continuidade perfeita entre a madeira e o material de revestimento.

A fresa de biselar (7) utiliza-se para obter um acabamento decorativo de rebor-


dos (cantos a 45º). Com a fresa quarto de círculo (8) obtemos um resultado
semelhante à fresa para arredondar, mas com um entalhe adicional no rebordo.
É utilizada quando necessitamos de rebordos decorativos. A fresa de entalhar ou
disco (9) é ideal para os cantos de tabuleiros e para fazer uniões entre macho e
fêmea. Para obter acabamentos muito decorativos, uma boa opção é a fresa de
perfilar (10). Com ela, podemos obter uma bonita moldura.

www.aki.pt

Obtenha todas as bricofichas na sua loja AKI


Coleccione!

Você também pode gostar