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ASSUNTOS
NOTAS DE AULA - CARTOGRAFIA II
Curso de Graduação em Engenharia Cartográfica
Parte II – Segundo semestre
- Revisão de geometria diferencial (aplicada à cartografia matemática).
- Projeções conformes (Introdução)
- Características / Propriedades / Aplicações - Projeção Cônica Conforme de Lambert.
- Comportamento do fator de escala para a Projeção Cônica Conforme de Lambert.
- Características / Propriedades / Aplicações - Cilíndrica Conforme - Projeção de Mercator.
- Loxodrômicas e Ortodrômicas.
- Características / Propriedades / Aplicações - Projeção Plana Polar Estereográfica.
Este material, de uso interno, constitui não - Particularização para os casos oblíquo e transverso.
exatamente “Notas de Aula”, mas sim um material - Relação entre fator de escala e erro relativo.
complementar ao que é desenvolvido em sala de
- Lista de exercícios.
aula, no segundo semestre da disciplina Cartografia
II, para o Curso de Graduação em Engenharia
Cartográfica da UNESP/FCT.
Presidente Prudente
2011
Notas de Aula de Cartografia II / UNESP - Departamento de Cartografia – 2011 2
Prof. Mauricio Galo
Revisão de Conceitos de Geometria Diferencial MATRIZ FUNDAMENTAL DE TRANSFORMAÇÃO (M)
Aplicada a Cartografia Matemática
∂U 2 ∂U ∂V ∂V
2
SUPERFÍCIE DE REFERENCIA (X,Y,Z) E SUPERFÍCIE DE PROJEÇÃO (X,Y,Z) 2
E E' ∂u ∂u ∂u ∂u
F = [M ] F' , onde ∂U ∂U ∂U ∂V ∂U ∂V ∂V ∂V
M= +
Considerando estas superfícies escritas na forma paramétrica em função de (u, v) e (U, V), ∂u ∂v ∂u ∂v ∂v ∂u ∂u ∂v
sendo pi, p'i e pi as funções de mapeamento, tem-se: G G ' ∂U 2 ∂U ∂V
2
∂V
2
∂v ∂v ∂v ∂v
x p1 ( u, v ) X p1 ( u, v ) X p '1 ( U , V )
y = p ( u, v ) Y = p ( u, v ) Y = p' ( U , V ) .
2 2 2
z p 3 ( u, v ) Z p3 ( u, v ) Z p' 3 ( U, V) Aplicando a lei dos cosenos ao paralelogramo diferencial da superfície de referência pode-se
obter:
QUANTIDADES FUNDAMENTAIS DE GAUSS (PARA CADA UMA DAS FATOR DE ESCALA LINEAR
REPRESENTAÇÕES)
2
(e, f, g) (E, F, G) (E', F', G') du du
E + 2. F + G
dS 2
E.du + 2.F.du.dv + G.dv
2
2
dv dv
Para a superfície de referência: m = 2 =
2
=
ds e.du 2 + 2.f .du.dv + g.dv 2 du
2
du
e + 2.f + g
2 2 2 dv dv
∂x ∂y ∂z
e = + + du
∂u ∂u ∂u Observar que m é função da direção, ou seja, depende de .
dv
∂x ∂x ∂y ∂y ∂z ∂z
f= + +
∂u ∂v ∂u ∂v ∂u ∂v
2 2 2
∂x ∂y ∂z
g = + +
∂v ∂v ∂v
Notas de Aula de Cartografia II / UNESP - Departamento de Cartografia – 2011 3 Notas de Aula de Cartografia II / UNESP - Departamento de Cartografia – 2011 4
Prof. Mauricio Galo Prof. Mauricio Galo
CONDIÇÃO DE CONFORMIDADE DISTORÇÃO ANGULAR MÁXIMA PARA PROJEÇÕES CONFORMES
∂U ∂U
∂u ∂v É o det er min ante Jacobiano INDICATRIZ DE TISSOT (ELIPSE DE TISSOT)
a
∂V ∂V de ( U, V) em relação a (u, v). x
∂u ∂v
ds X
dS
dx
ν dX θ
DISTORÇÃO DE ÁREAS
Y
P dy y dY
P'
Círculo na Elipse na
A SP EG − F 2 A SP E G Superfície de Superfície de
= , considerando F=f=0, = . = m 0 .m 90 Referência Projeção
A SR eg − f 2 A SR e g
m90 - distorção ao longo da curva paramétrica v = √(G/g). Esta é a equação da elipse, na Superfície de Projeção, que é imagem de um pequeno circulo de
raio ds na Superfície de Referência.
Deste modo, assumindo a equivalência tem-se:
X2 Y2
Fazendo ds=1, m0=m90=m tem-se + = 1 ⇒ X 2 + Y 2 = m2
DISTORÇÃO ANGULAR MÁXIMA m2 m2
Notas de Aula de Cartografia II / UNESP - Departamento de Cartografia – 2011 5 Notas de Aula de Cartografia II / UNESP - Departamento de Cartografia – 2011 6
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2 2
∂U ∂V
E = m 2 e = E' + G'
∂u ∂u
Projeções Conformes 0 = E'
∂U ∂U
+ G'
∂V ∂V
∂u ∂v ∂u ∂v
2 2
∂U ∂V
G = m 2 g = E' + G'
INTRODUÇÃO ∂v ∂v (5.1)
E F G ∂V
= = =k = c1
Aplicando a condição de conformidade, i.e., e f g
e substituindo na equação anterior A partir da Equação 5.3 pode-se escrever ∂v e calcular o valor de m pela Equação 5.2b:
resulta:
G' 2
m2 = c1
g . (5.4)
2 2 du 2 du
du
E + 2 F
du
+G
du
ek + 2fk
du
+ gk k e + 2f + g
dv dv
dv dv dv dv Usando o resultado da Equação 5.4 na 5.2a obtêm-se
m2 = 2
= 2
= 2
=k
du du du du du du
e + 2f +g e + 2f +g e + 2f +g
dv dv dv dv dv dv
.
2
∂U E' G ' 2 ∂U E' e E' e
= c1 ⇒ = c1 ⇒ ∂U = c 1 ∂u
∂u e g ∂u G' g G' g
(5.5)
Ao considerar a condição de conformidade pode-se observar que o valor de m independe de
du
Ao analisar o desenvolvimento apresentado pode-se ver que o Sistema 5.1 pode ser resolvido
dv , que geometricamente equivale a ter o mesmo valor de m, independente da direção. ao considerar três condições:
Assumindo que a matriz de transformação fundamental seja representada por J e que as curvas
paramétricas são ortogonais têm-se F'=F=f=0. Deste modo pode-se escrever: - U como função de u;
- V como função de v; e
∂U 2
∂U ∂V ∂V
2
- V como função linear de v (Equação 5.3).
2
E E' E E' ∂u ∂u ∂u ∂u
F = J F' ⇒ 0 = J 0' , com J = ∂ U ∂ U ∂U ∂V ∂U ∂V ∂V ∂V Deste modo, a relação de falta, ou seja, U=q1(u), pode ser obtida a partir da integração dos dois
∂u ∂v +
∂u ∂v ∂v ∂u ∂u ∂v membros da Equação 5.5.
G G' G G ' 2 2
∂U ∂U ∂V ∂V
∂v
2
∂v ∂v ∂v
.
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2 2 2 2
∂X ∂Y ∂X ∂Y
COORDENADAS ISOMÉTRICAS E A CONDIÇÃO DE CONFORMIDADE + = +
∂ψ ∂ψ ∂λ ∂λ
∂X ∂X ∂Y ∂Y
+ =0
∂ψ ∂λ ∂ψ ∂λ
Constantes de Gauss para algumas superfícies (5.7, 5.8)
Elipsóide ∂Y
x=N cosϕ cosλ
y=N cosϕ senλ Isolando ∂λ da Equação 5.8 e elevando ao quadrado obtêm-se:
x=N(1-e2)senϕ com N=a(1-e2sen2ϕ)-1/2
2 2
∂X ∂X ∂X ∂X
2
Fazendo u=ϕ e v=λ as quantidades e, f e g podem ser obtidas, isto é: ∂X ∂X ∂Y ∂Y ∂Y ∂ψ ∂λ ∂Y ∂ψ ∂λ
+ =0 ⇒ =− ⇒ =
∂ψ ∂λ ∂ψ ∂λ ∂λ ∂Y ∂λ ∂Y
2
∂ψ
2 2
∂x ∂y ∂z
2
∂ψ
e = + + = M 2 . (5.9)
∂ϕ
∂ϕ ∂ϕ
∂x ∂x ∂y ∂y ∂z ∂z Substituindo a Equação 5.9 na Equação 5.7 e fazendo algumas simplificações chega-se a
f = + + =0 ds = M dϕ + N cos ϕdλ
2 2 2 2 2 2
∂ϕ ∂λ ∂ϕ ∂λ ∂ϕ ∂λ seguinte equação:
2 2 2
∂x ∂y ∂z
g = + + = N 2 cos 2 ϕ 2
∂X ∂X
2 2
∂λ
∂λ ∂λ ∂X
2 2 2 ∂Y 2 ∂X 2 2 2
∂X ∂Y
+
∂X
= ∂ψ ∂λ ∂λ +
∂X
⇒
∂Y
+ =
∂ψ ∂ψ =
∂ψ ∂ψ ∂λ ∂Y
2
∂Y
2
∂λ ∂ψ
Pode-se observar que para o elipsóide e≠g.
∂ψ ∂ψ . (5.10)
Elemento linear expresso em coordenadas isométricas:
(
ds 2 = N 2 cos 2 ϕ dψ 2 + dλ2 ) Tirando a raiz quadrada da Equação 5.10 pode-se ser duas soluções. A primeira solução é dada por:
e = N 2 cos 2 ϕ
f =0 ∂X ∂Y ∂X ∂Y
= Pela 5.8 ⇒ =−
∂λ ∂ψ ∂ψ ∂λ
g = N 2 cos 2 ϕ
A segunda pode ser obtida de modo análogo, sendo diferente apenas no sinal. Desde modo, pode-se
Plano E = 1
X=U escrever:
dS = dX + dY F = 0
2 2 2
Y=V G = 1
∂X ∂Y ∂X ∂Y
=± =m
∂λ ∂ψ ∂ψ ∂λ (5.11)
E G
= = k = m2
Condição de conformidade: e g O conjunto de equações que satisfaz este sistema de equações atende à condição de
conformidade e são importantes no desenvolvimento de sistemas conformes. Estas equações são
Substituindo as quantidades fundamentais acima nas Equações 5.1 tem-se: denominadas Equações de Cauchy-Riemann.
∂X
2
∂Y
2 Observação: - Elas são válidas quando se consideram as coordenadas isométricas.
E + G = m 2 e - O mapeamento definido por uma função analítica (f(z)) é conforme e atende à
∂ψ ∂ψ Equação de Cauchy-Riemann.
∂X ∂X ∂Y ∂Y
E +G =0
∂ψ ∂λ ∂ψ ∂λ
2 2
∂X ∂Y REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
+ G =m g
2
E
∂λ ∂λ (5.6)
RICHARDUS, P.; ADLER, R. K. Map Projections for Geodesists, Cartographers and
Ao considerar as coordenadas isométricas para o elipsóide tem-se e = g . Deste modo, o
Geographers. Amsterdam: North-Holland Publishing Company, 1974. 174p.
Sistema 5.6 pode ser simplificado, igualando a primeira equação com a terceira, obtendo o seguinte
conjunto de equações:
Notas de Aula de Cartografia II / UNESP - Departamento de Cartografia – 2011 9 Notas de Aula de Cartografia II / UNESP - Departamento de Cartografia – 2011 10
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Considerações Finais e Aplicações EXEMPLO DA PROJEÇÃO CÔNICA CONFORME DE LAMBERT (1 PP)
• Propriedade: conformidade.
• Não é uma projeção perspectiva.
entre os PP, m < 1
• Sobre os paralelos padrão (ϕ1 e ϕ2) m=1,
fora dos PP, m > 1
Dados iniciais:
Paralelo Padrão: ϕ0=20o S
Meridiano Central: λ0=51o W
• Utilização:
- Adotada pela Organização Internacional de Aviação Civil para as Cartas
Aeronáuticas do Mundo.
- Recomendada para a Carta Internacional do Mundo ao Milionésimo.
- Utilizada pela DHN - Diretoria de Hidrografia e Navegação nas cartas sinópticas (PP
nas latitudes ϕ1=10oS e ϕ2=40oS ).
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Características / Propriedades / Aplicações
ANÁLISE DO FATOR DE ESCALA (M) PARA A PROJEÇÃO
CÔNICA CONFORME DE LAMBERT
Projeção de Mercator (Projeção Cilíndrica Conforme)
CARACTERÍSTICAS / PROPRIEDADES
LIMITAÇÕES
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APARÊNCIA DO RETICULADO Ortodrômicas e Loxodrômicas
Ortodromica:
- A distância mais curta entre dois pontos quaisquer da superfície da Terra
(Oliveira, 1993)1.
Loxodrômica:
- Linha que apresenta sempre o mesmo rumo, ou a mesma direção da bússola
(Oliveira, 1993).
TRECHO DO SCRIPT USADO PARA CRIAR A PROJEÇÃO (Usando o aplicativo GnuPlot) Fonte: Robinson (1995).
Paralelos, meridianos e um círculo máximo Detalhe da figura ao lado,
definindo uma trajetória sobre a superfície mostrando o ponto de partida.
#
esférica.
# Equações da Projeção / Caso elipsoidal
#
set title "SISTEMAS DE PROJEÇÃO EM CARTOGRAFIA\n\
Projeção de Mercator (Caso normal) - Fig. Geom.: Elipsóide"
T(lat)=tan(45+lat/2)*( (1-e*sin(lat))/(1+e*sin(lat))**(e/2) )
XC(lat,lon)=ap*log(T(lat))
YC(lat,lon)=ap*(lon-lon0)*pi/180 Gráfico mostrando o
plot 'world.mer' using (YC($2,$1)):(XC($2,$1)) t 'Meridianos' with lines 3 1 comportamento do azimute ao
rep 'world.par' using (YC($2,$1)):(XC($2,$1)) t 'Paralelos ' with lines 1 1 longo de uma ortodrômica, para
diferentes valores do Azimute de
rep 'world.dat' using (YC($2,$1)):(XC($2,$1)) t '' with lines 8 8
saída.
pause -1 "Deseja fechar janela gráfica?"
1
OLIVEIRA, C. de Dicionário Cartográfico. Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE,
Rio de Janeiro, 1993.
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Uma vez que o Azimute varia ao longo de um circulo máximo, qual a maneira mais prática de Projeção Plana Conforme Estereográfica
navegar?
CARACTERÍSTICAS / PROPRIEDADES
- Foi obtida a partir da Projeção Cônica Conforme fazendo ϕ0=90o (pode também ser obtida
utilizando conceitos da projeção perspectiva).
- Propriedade: conformidade (mesmo fator de escala para todas as direções).
- Fator de escala em um dado ponto:
ρ
m= (para o Elipsóide)
N cos ϕ
1
m= = sec 2 ( δ / 2) (para a Esfera)
cos ( 45o − ϕ / 2)
2
Projeção Gnomônica
APLICAÇÕES
(Os círculos máximos são representados por
linhas retas)
- Cartas dos hemisférios, nas modalidades Polar e Equatorial (ou Meridiana).
- Cartas de utilidade geral (para áreas de dimensões moderadas).
- Cartografia de Regiões Polares
Por ex.: Cartas polares do Serviço Hidrográfico Inglês
APARÊNCIA DO RETICULADO
Projeção de Mercator
2
Singradura: Navegação feita num mesmo rumo (Dicionário Aurélio, Ed. Nova Fronteira, 1986).
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X o i = f (h i , αi )
Expressões para os casos Oblíquo e Transverso3 Y o i = g( h i , α i )
. (5.46)
Em termos práticos, para que sejam obtidas as coordenadas no sistema oblíquo (usando a
Em todo o desenvolvimento apresentado para as projeções, procurou-se obter modelos
matemáticos, a partir da propriedade fundamental. De modo genérico, as equações obtidas podem ser Equação 5.46) é necessário fazer a transformação das coordenadas (ϕ, λ) para as coordenadas
escritas da seguinte forma: esféricas (h, α), que pode ser feito usando os conceitos de trigonometria esférica.
Considerando a Figura 5.4.2, pode-se observar que são representados os Pólos Norte e Sul (PN,
X i = f (ϕ i , λ i )
, (5.45) PS), um Pólo Norte Oblíquo (PoN), ou auxiliar, cuja posição é dada por (ϕp,λp) e um ponto genérico P
Yi = g(ϕ i , λ i ) de coordenadas (ϕ,λ). A partir destes três pontos pode-se definir um triângulo esférico, podendo-se
relacionar as coordenadas (h, α) com (ϕ, λ), assumindo que o Pólo Norte oblíquo esteja localizado na
onde (Xi,Yi) são as coordenadas cartesianas de um ponto i que possui coordenadas geodésicas (ϕi,λi). posição (ϕp,λp).
PS
PS PS
PS
Figura 5.4.1: Posição do segmento PN PS em relação à superfície plana (esquerda), ao cone (ao Figura 5.4.2: Triângulo esférico determinado pelos seguintes pontos: Pólo Norte, Pólo Norte
centro) e ao cilindro (direita). ‘Oblíquo’, ou auxiliar, e ponto P.
A partir desta figura pode-se notar que a posição da superfície de projeção, para cada uma das A partir do triângulo esférico mostrado na Figura 5.4.2, no qual dois lados e um ângulo são
conhecidos, pode-se determinar os valores de (h, α). O triângulo esférico da Figura 5.4.2, colocado em
situações anteriores, pode ser definida em relação ao segmento PN PS , da seguinte maneira:
detalhe na Figura 5.4.3, pode ser resolvido utilizando algumas relações da Trigonometria Esférica4.
Para o caso das projeções oblíquas e transversas pode-se imaginar dois novos pólos, definindo
assim um eixo auxiliar, que age como o eixo PN PS nas projeções normais. Assim como as
coordenadas esféricas (ϕ, λ) são relacionadas ao eixo definido por PN PS , novas coordenadas esféricas 4
Algumas fórmulas fundamentais da Trigonometria Esférica:
podem ser definidas a partir do eixo auxiliar. Designando estas "novas" coordenadas esféricas por (h, A Fórmula dos 4 elementos: cos a = cos b cos c + sen b sen c cos A
α), as equações no sistema oblíquo podem ser escritas por: c b sen a sen b sen c
Lei dos Senos: = =
sen A sen B sen C
3 B a C Fórmula dos 5 elementos: sen a cos B = cos b sen c − sen b cos c cos A
A numeração das equações desta seção esta de acordo com a matéria apresentada em sala de aula.
Notas de Aula de Cartografia II / UNESP - Departamento de Cartografia – 2011 19 Notas de Aula de Cartografia II / UNESP - Departamento de Cartografia – 2011 20
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PN sen ∆λ cos ϕ
∆λ =λ
λ -λ
λp sen α sen δ
tan α = =
∆λ cos α sen ϕ cos ϕ p − cos ϕ sen ϕ p cos ∆λ
,
ϕp
90 -ϕo sen δ
ϕ
90o-ϕ
que simplificado se reduz a
sen ∆λ cos ϕ
α δ P tan α =
sen ϕ cos ϕ p − cos ϕ sen ϕ p cos ∆λ
. (5.51)
PoN δ =90o-h Deste modo, as coordenadas esféricas (h,α) podem ser obtidas em função da posição de um
Figura 5.4.3: Detalhe do triângulo esférico mostrado na Figura 5.4.2. ponto genérico P(ϕ, λ) e da posição do Pólo Norte auxiliar (ϕp,λp), usando as Equações 5.47 e 5.52,
por exemplo.
Aplicando a Fórmula dos 4 elementos, o lado δ, e portanto h, poderá ser determinado. Assim:
sen ∆λ sen α
= ,
sen δ sen(90 o − ϕ)
sen ∆λ cos ϕ
sen α = . (5.49)
sen δ
A partir da Equação 5.47 pode-se obter o valor de δ e h. Com a Equação 5.48 pode-se
relacionar os elementos δ, ϕ, α e λ. No entanto, o valor de α pode ser obtido a partir do seno. Para
facilitar a análise do quadrante de α pode-se obter o coseno de α e posteriormente a tangente de α.
Aplicando a Fórmula dos 5 Elementos ao triângulo anterior obtém-se
sen δ cos α = cosh cos α = sen ϕ cos ϕ p − cos ϕ sen ϕ p cos ∆λ (5.50)
Notas de Aula de Cartografia II / UNESP - Departamento de Cartografia – 2011 21 Notas de Aula de Cartografia II / UNESP - Departamento de Cartografia – 2011 22
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Relação entre Fator de Escala e Erro Relativo εa = A SP − A SR .
ÁREA
FATOR DE ESCALA – m
Lembrando que a razão ASP/ASR se relaciona com os fatores de escala m0 e m90 por
O fator de escala linear (m) pode ser obtido pela razão entre duas grandezas lineares, uma A SP
= m 0 m 90 ⇒ A SP = A SR m 0 m 90 ,
medida sobre a superfície de projeção (dSP=dS) e outra sobre a superfície de referência A SR
(dSR=ds):
o erro absoluto pode ser rescrito como
dS > ds ⇔ m > 1 (ampliação)
dS
m= d S = d s ⇔ m = 1 (sem deformação) εa ÁREA = ASP − ASR = m 0m90 ASR − ASR = (m0m90 − 1)ASR .
ds
dS < ds ⇔ m < 1 (redução)
A partir do erro absoluto obtido pela relação anterior, o erro relativo em área pode ser
A partir do valor do fator de escala (m), ou coeficiente de deformação, pode-se calcular tanto o calculado por:
erro absoluto quanto o erro relativo.
εa (m 0 m90 − 1) ASR
εr = ÁREA
= = m 0 m 90 − 1 ⇒ ε r = m 0 m90 − 1
ERRO ABSOLUTO - εa ÁREA ASR ASR ÁREA
Denominando o produto m0m90 por msup (fator de escala em área, ou em superfície), pode-se
Diferença entre uma grandeza medida, ou observada, e um valor de referência. escrever
ERRO RELATIVO - εr
εr = m 0 m 90 − 1 = m sup − 1 ⇒ m sup = 1 + ε r .
ÁREA ÁREA
Lembrando que no caso das projeções conformes tem-se m0=m90 pode-se escrever
Razão entre o erro absoluto de uma determinada grandeza e o valor de referência da mesma.
1) Considerando a Projeção Plana Polar Estereográfica (caso esférico), no qual o fator de escala linear
εa = d projetada − d referência = d S − d s (m), ou coeficiente de deformação linear seja
.
1
m= ,
Substituindo dS por mds, o erro absoluto pode ser expresso por: cos 2 (45 − ϕ / 2)
pede-se:
ε a = d S − d s = md s − d s = ( m − 1)d s
a) Qual é o erro linear relativo nos paralelos ϕ=70o N e ϕ=60o N ?
A partir do erro absoluto, obtido pela equação anterior, e pelo conceito de erro relativo, pode- b) A partir de (a) faça uma análise da deformação para esta projeção ?
se escrever: c) No paralelo ϕ=60o N qual é o Erro Relativo em Área (ou Superfície) ?
d) Qual o intervalo, em latitude, que é possível fazer o mapeamento, usando esta projeção, de
ε a ( m − 1)d s modo que o erro relativo em área não ultrapasse 1% ?
εr = = = m −1 ⇒ m = 1 + εr d) Qual é o decréscimo (ou acréscimo) em área, ao representar, nesta projeção, uma
ds ds propriedade de área 1km2 situada no paralelo ϕ=60o N e na longitude λ=10o E ?
f) Qual é a taxa de variação de m com a latitude ?
ERRO RELATIVO EM SUPERFÍCIE (EM ÁREA)
sen (α ± β ) = senα. cos β ± senβ. cos α sen (2α ) = 2senα. cos α
Considerando que um elemento de área na superfície de referência seja representado por ASR e
cos(α ± β) = cos α. cos β m senα.senβ cos(2α ) = cos 2 α − sen 2α
a área correspondente na superfície de projeção seja ASP, o erro absoluto em área pode ser obtido por:
Notas de Aula de Cartografia II / UNESP - Departamento de Cartografia – 2011 23 Notas de Aula de Cartografia II / UNESP - Departamento de Cartografia – 2011 24
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V) A partir das equações da Projeção Plana Gnomônica, caso oblíquo, faça a particularização para os
casos equatorial e polar. Prove matematicamente, a partir das equações obtidas anteriormente, que
Lista de Exercícios de Cartografia I no caso da Projeção Plana Gnomônica Polar os paralelos são circunferências concêntricas de raio
Parte 1 igual a Rcotgϕ. Faça a visualização desta projeção (no Gnuplot), verificando esta característica.
VI) A Projeção Plana Estereográfica é importante em termos práticos pois ela mantém a forma de
Prof. Mauricio Galo pequenas áreas. Faça a visualização desta projeção para o caso Equatorial. Observe que tanto os
paralelos quanto os meridianos são representados por arcos de elipse. Prove matematicamente esta
I) Você foi encarregado de planejar um produto cartográfico na Projeção de Mercator (Projeção última afirmação.
Cilíndrica Equatorial Conforme). O contratante deseja fazer o mapeamento de uma certa região,
utilizando esta projeção e considerando o modelo esférico para a superfície terrestre (R=6371km). VII) Considerando que as latitudes φ1=-10º 00’ 00’’ e φ2=-20º 00’ 00’’ correspondem às latitudes dos
Admitindo que o centro da área a ser mapeada esteja sobre o Equador, pergunta-se: paralelos de secância para a Projeção Cônica Conforme de Lambert com dois PP, qual é a latitude
φo do paralelo “padrão”? Considere os dados do elipsóide GRS80, utilizado no SIRGAS 2000.
a - Quais são os valores limites em latitude (ϕS-latitude sul e ϕN-latitude norte) do produto a
ser gerado, de modo que o erro relativo linear (εr) seja no máximo 1% ? (Resposta em graus e VIII) Assumindo que a latitude de um ponto P1 seja igual a latitude do paralelo-padrão e que o MC
minutos) (Meridiano Central) passe por este ponto pergunta-se:
b - Qual é a extensão máxima (Emax) desta área (em latitude), expressa em km?
c - Obtenha uma equação que permite obter o valor de Emax como função do erro relativo (εr), a) Quais as coordenadas de P1 e P2 na Projeção Cônica Conforme de Lambert?
para este problema. b) Qual é a distância entre estes pontos, nesta projeção (em m e com 3 casas decimais).
c) Qual é o fator de escala linear em P1 e P2, expresso em valores relativos.
d - A partir desta equação obtenha o valor de Emax para εr=1/100. Compare este valor com o
obtido em (a). Dados adicionais:
e - Considerando uma área de 1000 km2, situada na latitude obtida em (a), pergunta-se: Qual P1 – Estação PPTE da RBMC φ = 22º 07’ 11,6571” S
será a área correspondente na superfície de projeção ? (em km2) λ = 51º 24’ 30,7225” W
II) Considerando que os pontos P1 e P2 possuam coordenadas geográficas P2 – Estação UFPR da RBMC φ = 25º 26’ 54,1269” S
ϕ = 10 o S ϕ = 30 o S λ = 49º 13’ 51,4372” W
P1 : 1 P2 : 2 ,
λ1 = 60 W λ 2 = 55 W Referencial: SIRGAS 2000 Parâmetros da figura geométrica (GRS80):
o o
e que o modelo geométrico para a superfície terrestre seja esférico (R=6.371.000,0 m) pergunta-se: a = 6.378.137,000 m
f = 1/298,257222191
a - Qual a distância esférica (dE) entre os pontos P1 e P2?
b - Qual é a distância entre os pontos P1 e P2 na Projeção Cônica Conforme de Lambert (dP), IX) Considerando a Projeção de Mercator, com o MC na longitude λ0 = 0o, e que são conhecidas as
coordenadas dos pontos P1 e P2 (as mesmas do ex. VIII) pede-se:
considerando o paralelo padrão situado em ϕ0=20oS?
a) Quais as coordenadas de P1 e P2 na Projeção de Mercator?
III) Considerando uma área de 20Km2 situada no paralelo 45oN e a representação desta área na
b) Qual é a distância entre estes pontos, nesta projeção (em m e com 3 casas decimais).
Projeção Plana Polar Estereográfica pergunta-se:
c) Qual é o fator de escala linear em P1 e P2, expresso em valores relativos.
d) Usando os resultados deste exercício e do ex. VIII faça uma análise comparativa das
a - Qual será o incremento ou decréscimo, em área, na representação desta área, nesta
distorções, considerando os fatores de escala nestas projeções e as distâncias calculadas.
projeção?
b – O resultado acima é esperado, justifique?
Respostas de alguns dos exercícios:
IV) Deseja-se construir uma carta utilizando a Projeção Gnomônica Polar. α
Admitindo que o erro relativo máximo tolerável no produto seja 10% e I) (a) ϕN=8o 4’ N, ϕS=8o 4’ S; (b) 1.793,9 Km; (c) E = πR arccos 1 ; (e) ASP=1.020 Km2.
max
sabendo que a carta deverá ser construída em uma folha quadrada, como 90 1+ εr
mostra a figura ao lado, pergunta-se: α Área útil
II) (a) dE=2.283.585 m; (b) dP=2.295.278 m.
III) (a) O incremento na área é de 7,45 Km2.
a – Dado o erro máximo tolerável, qual é a maior dimensão angular IV) (a) 25o 12’; (b) 1o 22’; (c) 15,37%.
α admissível ? (Resp. em graus e minutos)
b - Qual a máxima deformação angular nesta carta, em valor
absoluto? (Resp. em graus e minutos)
c - Qual a máxima deformação em área nesta carta? (Resp. em %)
α R
Notas de Aula de Cartografia II / UNESP - Departamento de Cartografia – 2011 25 Notas de Aula de Cartografia II / UNESP - Departamento de Cartografia – 2011 26
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Lista de Exercícios de Cartografia I O uso das principais projeções pelo mundo
Parte 2
II) Considerando que as coordenadas dos limites ao N, S, L, e O do estado de São Paulo sejam:
ϕN = -19,793o ϕS = -25,239o λL = -44,166o λO = -53,176o
-19
-20
-21
-22
-23
-24
-25
-26
-54 -53 -52 -51 -50 -49 -48 -47 -46 -45 -44
e que o ponto de tangência seja no centro do estado, pede-se:
No Projeção Denominação
a) Qual é o erro relativo linear máximo ao representar o estado de São Paulo nas projeções 1 UTM
azimutais Gnomônica, Ortográfica e Estereográfica. 2 TM
b) Qual é a máxima deformação em azimute, ao representar o estado de São Paulo nas 3 Policônica
projeções azimutais Gnomônica, Ortográfica e Estereográfica. 4 Gauss-Kruger
c) Qual é o máximo erro relativo superficial (em área) ao representar o estado de São Paulo 5 Cônica Conforme de Lambert (e variantes)
nas projeções azimutais Gnomônica, Ortográfica e Estereográfica. 6 ACT grid
7 Oblíqua de Mercator (e variantes)
Obs.: Para a solução deste exercício considere que os limites da carta sejam os valores limites 8 Bonne
do estado e que os erros e as deformações máximos ocorrem nos extremos do produto. 9 Cartesiana
10 Poliédrica
III) Assumindo um erro relativo linear máximo igual a 1/100 e a projeção de Mercator pergunta-se: 11 Estereográfica
12 Azimutal equidistante (Hatt)
a) Quais são as latitudes limites, ao Sul e ao Norte, que se pode mapear com esta projeção, 13 Cassini-Soldner
considerando a superfície de referencia esférica de raio R=6271 e o erro máximo dado ?
14 Outras projeções
b) Admitindo o modelo geométrico do elipsóide de revolução (a=6378160; f=1/298.25) como
superfície de referência, quais são as latitudes limites ao norte e ao sul ?
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Relação entre as coordenadas geodésicas e isométricas
Mapeamento Conforme Partindo do elemento linear da Eq. (02), pode-se escrever
1
CONCEITOS ds 2 = M 2 dϕ 2 + N 2 cos 2 ϕdλ2 = N 2 cos 2 ϕ 2 2
M 2 dϕ 2 + dλ2
N cos ϕ
M
2
Mapeamento Conforme ds 2 = N 2 cos 2 ϕ dϕ + dλ2 (04)
N cos ϕ
O mapeamento definido por uma função analítica f(z) é conforme, exceto em alguns
pontos.
- f() é uma função analítica de variável complexa (z) Deste modo, fazendo a seguinte troca de variável:
- z é um número complexo (z=x+iy), sendo i a unidade M
imaginária (i2=-1) dψ = dϕ , (05)
N cos ϕ
Função analítica
Uma função f(z) é dita analítica num certo domínio D se f(z) é definida e diferenciavel
a Eq. (04) poderá ser escrita por: ( )
ds 2 = N 2 cos 2 ϕ dψ 2 + dλ2 .
em todos os pontos de D (KREYSZIG, 1993, p. 724).
Por esta equação pode-se ver que se forem consideradas as coordenadas (ψ,λ)
(coordenadas isométricas) os fatores de escala ao longo das curvas paramétricas serão
Elementos lineares em diversas superfícies (Retrospecto)
iguais.
No plano (x,y):
Equações de Cauchy-Riemann
dS 2 = dx 2 + dy 2 E = 1
Considerando os elementos lineares (01) e (03), bem como a condição de
U=x com F = 0 (01) conformidade
V=y G = 1
E G
= = m2 = k , (06)
Na superfície de referência (elipsóide de revolução): e g
Observação 1:
Nesta representação (ψ,λ) os fatores de escala são iguais para ψ e λ, o que não
acontece para ϕ e λ.
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Mapeamento Conforme, Função Analítica e Segundo as considerações anteriores, o ponto de expansão da série é aquele no qual a
latitude vale ψ e onde ∆λ=0, que corresponde ao ponto p' da figura abaixo.
Equações de Cauchy-Riemans
x
Pelas definições e conceitos apresentados pode-se verificar que: p'(ψ,λ0) p(ψ,λ)
Separando os termos reais dos termos que multiplicam a unidade imaginária, tem-se:
No desenvolvimento da projeção de Gauss-Kruger, três condições são consideradas:
f ( 2 ) ( ψ ) 2 f ( 4 ) ( ψ ) 4 f ( 6) ( ψ ) 6 f ( 8) (ψ ) 8
1) o mapeamento é conforme (garantido pela Eq. 08); x + yi = f (ψ ) − ∆λ + ∆λ − ∆λ + ∆λ − .... +
2 ! 4 ! 6 ! 8 !
2) ela é simétrica em relação ao meridiano central; e
3) o fator de escala ao longo do meridiano central é igual a 1 (m0=1). (11)
(1) ( 3) ( 5) (7) (9)
f (ψ) ∆λ − f (ψ ) ∆λ3 + f (ψ) ∆λ5 − f (ψ ) ∆λ7 + f (ψ ) ∆λ9 − .... i
Considerando ∆λ pequeno, a expansão da Eq. 08 em série de Taylor resulta: 3 ! 5 ! 7 ! 9 !
f ( 2 ) (ψ ) Para que a Eq. 11 seja valida, os termos reais e os imaginários, dos dois membros, devem ser
x + yi = f (ψ + i∆λ ) = f (ψ) + f (1) (ψ )(i∆λ ) + (i∆λ ) 2 + respectivamente iguais, o que permite escrever:
2!
(09)
f ( 3) ( ψ ) f ( n ) (ψ)
(i∆λ )3 + ... + (i∆λ ) n f ( 2 ) (ψ ) 2 f ( 4 ) (ψ ) 4 f ( 6 ) (ψ ) 6 f ( 8 ) (ψ ) 8
3! n! x = f (ψ) − ∆λ + ∆λ − ∆λ + ∆λ − ....
2 24 720 40320
(12)
f ( ψ ) 3 f ( ψ ) 5 f (ψ ) 7 f ( ψ ) 9
( 3) ( 5) (7) (9 )
y = f (1) (ψ) ∆λ − ∆λ + ∆λ − ∆λ + ∆λ −
6 120 5040 362880
5
Referência: BUGAYEVSKIY & SNYDER (1995)
• Na referência original utiliza-se q no lugar de ψ e l no lugar de ∆λ.
• Deve-se estar atendo à disposição dos eixos x e y.
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ϕ
Pela condição (3), m0=1 (no MC) ⇒ f (ψ ) = ∫0 Mdϕ = B CONVERGÊNCIA MERIDIANA (γ)
PN Normal passante A convergência meridiana num ponto genérico p é o ângulo formado pela tangente ao meridiano com
por p(ϕ,λ)
a direção do norte de quadrícula.
b
B é o comprimento do arco de meridiano
entre o equador (ψ=0) até o ponto de Norte
p(ϕ,λ)
latitude ψ. verdadeiro Norte de
a ϕ Bϕ quadrícula
λ Meridiano
λ
x
Equador
λ=0 o
de p γ
y p(ϕ,λ) ou p(x,y)
PS
dψ M Equador
y
= , (13)
dϕ N cos ϕ Meridiano
Central (λ0)
e todas as derivadas da Eq. 12 podem ser estimadas.
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A Eq. 23 foi obtida fatorando dy2 e (dλ.N.cosϕ)2 na Eq. 19. Uma equação análoga pode ser
FATOR DE ESCALA (m) obtida fatorando dx2 e (Mdψ)2.
2
dy (cot g 2 T + 1) RICHARDUS, P.; ADLER, R. K. Map Projections for Geodesists, Cartographers and
m2 = = Geographers. Amsterdam: North-Holland Publishing Company, 1974. 174p.
dλ ( N cos ϕ) 2 (cot g 2 Az + 1)
(23)
VANICEK, P., KRAKIWSKY, E. J. Geodesy, the concepts. Amsterdam: Elsevier Science
(sen 2 T ) −1
2 2
dy dy sen 2 Az
= Publishers, 1986.
dλ ( N cos ϕ) 2 (sen 2 Az ) −1 dλ ( N cos ϕ) 2 sen 2 T
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Relação entre as latitudes isométrica e geodésica Passo 1) Inicializar a variável i com i=0.
Calcular a latitude geodésica aproximada φ(i=0) por:
A equação que expressa o valor da latitude isométrica (ψ) a partir da latitude geodésica (φ) ( )
ϕ ( 0) = 2.arctg e ψ − π / 2 .
pode ser obtida a partir da integração da equação
Passo 2) Fazer i=i+1.
M Calcular o valor da latitude φ(i) por:
dψ = dϕ ,
N cos ϕ 1 + e sin ϕ (i −1) e/2
ϕ (i ) = 2.arctg e ψ ( i −1)
− π/2 .
onde M e N correspondem ao raio de curvatura da seção meridiana e ao raio de curvatura no primeiro 1 − e sin ϕ
( )(
vertical, respectivamente, obtidos por M = a 1 − e 2 1 − e 2 sin 2 ϕ )−3 / 2
e N = a 1 − e 2 sin 2 ϕ ( )
−1 / 2
, Passo 3) Calcular ∆ por ∆ = ϕ ( i ) − ϕ (i −1) e avaliar a condição:
sendo e a excentricidade do elipsóides de revolução com semi-eixos a e b.
O resultado desta integração é dado por (RICHARDUS e ADLER, 1972): SIM : Passo 4
∆ ≤ ε
NÃO : Passo 2
ϕ 1 − e sin ϕ
e/2
Passo 4) φ(i) = latitude geodésica procurada.
ψ = ln tg + π / 4 .
2 1 + e sin ϕ
Nesta sequência de passos, ε representa uma tolerância pré-estabelecida.
Um caso particular desta equação, para o caso esférico, onde e=0, resulta em: Deste modo, a partir das equações apresentadas e deduzidas, pode-se relacionar e calcular a
latitude isométrica a partir da latitude geodésica, e vice-versa.
ϕ
ψ esfera = ln tg + π / 4 .
2
Para este caso particular (e=0), pode-se expressar diretamente o valor de φ em função dos
demais elementos, assumindo que a latitude isométrica esférica seja fornecida. Nesta situação a
latitude φ pode ser obtida por:
ϕ ϕ
( )
ψ esfera = ln tg (ϕ / 2 + π / 4 ) ⇒ eψ = tg + π / 4 ⇒ + π / 4 = artg eψ ⇒ ϕ = 2.artg eψ − π / 2 ( )
2 2
e/2 e/2
1 − e sin ϕ ϕ 1 + e sin ϕ
e ψ = ⇔ tg + π / 4 = e ψ ,
1 + e sin ϕ 2 1 − e sin ϕ
1 + e sin ϕ e / 2
ϕ = 2.arctg e ψ − π / 2
1 − e sin ϕ
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Projeção Cônica Equivalente
Material Complementar da Disciplina Cartografia II
Projeções Equivalentes / Projeção Cilíndrica Equidistante
PROJEÇÃO CÔNICA EQUIVALENTE DE ALBERS (CASO NORMAL)
APLICAÇÕES
Assuntos
- É destinada às cartas de uso geral no qual a equivalência é desejável.
- Em altas latitudes, a Projeção Cônica Equivalente de Lambert é mais indicada pois o pólo é
representado por um ponto.
- Projeção Cônica Equivalente de Albers (caso normal)
- Projeção Cilíndrica Equivalente de Lambert PROJEÇÃO CÔNICA EQUIVALENTE DE ALBERS C/ 2PP (CASO NORMAL)
- Projeção Azimutal Equivalente de Lambert
- Projeção Equivalente Pseudo-Cônica de Bonne - Propriedade básica: equivalência.
- Projeção de Werner - Os dois PP são representados em Verdadeira Grandeza.
- Apresentada por Albers em 1805.
- Projeção de Sanson-Flamsteed - Restrição: - Não ser conforme
- Projeção Cilíndrica Equidistante Meridiana (Plate Carrée) - Não servir às regiões polares
- Projeção Cilíndrica Equivalente APLICAÇÕES
- Lista de Exercícios
- É destinada a cartas de uso geral no qual a equivalência é desejável.
- Em 1817 foi empregada na Carta Geral da Europa.
Notas de Aula de Cartografia II / UNESP - Departamento de Cartografia – 2011 39 Notas de Aula de Cartografia II / UNESP - Departamento de Cartografia – 2011 40
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Projeção Cilíndrica Equivalente de Lambert
CARACTERÍSTICAS / PROPRIEDADES
APLICAÇÃO
Paralelo Padrão na Latitude 5o.
- É destinada a cartas de uso geral, nas baixas latitudes, no qual a equivalência é desejável.
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6.4 Projeção Equivalente Pseudo-Cônica de Bonne /
Projeção Azimutal Equivalente de Lambert Projeção de Werner e Projeção de Sanson-Flamsteed
6.4.1 PROJEÇÃO DE BONNE - INTRODUÇÃO
CARACTERÍSTICAS / PROPRIEDADES
Projeção Equivalente de Bonne É uma projeção cônica modificada
ou Projeção de Bonne Pseudo-Cônica
- Propriedade básica: equivalência.
- Conserva os ângulos azimutais com vértice no ponto central. • Meridiano central – É uma reta (os demais não)
- Para pontos afastados do centro da projeção as formas são bem alteradas. • Os meridianos e os paralelos não são ortogonais (F≠0)
• A distorção de escala no MC e ao longo dos paralelos é igual a 1 (sem distorção)
- Das projeções azimutais é uma das mais utilizadas. ϕ2
ϕ ,λ
P(ϕ λ)
λ0)
MC(λ
6.4.1.1 FORMULAÇÃO
ρ0
ϕ
dϕ0,ϕ
ϕ
ϕ0
ρ = ρ0 − d ϕ0ϕ = ρ0 − ∫ Rdϕ (6.37)
ϕ0
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∂ρ ∂ρ
= −R = 0 . (6.38)
∂ϕ ∂λ
Projeção Equivalente de Bonne
Considerando a condição de equivalência para o caso esférico pode-se escrever:
R cos ϕ
ν= λ + c (6.40) APLICAÇÕES
ρ
onde c é uma constante de integração. - Foi empregada primeiramente na construção de uma carta da França (1/80.000), sendo
depois substituída pela Cônica Conforme de Lambert.
R cos ϕ R cos ϕ - É utilizada em países como Bélgica, Holanda, Suíça, Escócia e Irlanda.
Para λ=λ0, ν=0 ⇒ 0 = λ0 + c ⇒ ν = (λ − λ 0 ) (6.41)
ρ ρ - É utilizada em atlas
R
Lembrando que para o paralelo padrão ρ 0 = a resolução da integral 6.37 resulta em APARÊNCIA DO RETICULADO PARA A
tgϕ 0 PROJEÇÃO EQUIVALENTE DE BONNE
R
ρ= − R (ϕ − ϕ 0 ) . (6.42)
tgϕ 0
R
ρ= − R (ϕ − ϕ 0 )
tgϕ 0
(6.43)
R cos ϕ
ν= (λ − λ 0 )
ρ
x = ρ 0 − ρ cos ν
sendo as coordenadas (x,y) obtidas por (6.44)
y = ρ sen ν
Obs.: Usando as equações acima pode-se mostrar que F≠0, ou seja, as curvas paramétricas são não
ortogonais.
Paralelo padrão na latitude 30º N.
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6.4.2 PROJEÇÃO DE SANSON - FLAMSTEED Projeção Equivalente de Sanson-Flamsteed
Esta projeção é um caso particular da Projeção de Bonne para o caso em que ϕ0=0º CARACTERÍSTICAS / PROPRIEDADES
Nesta situação ρ0 → ∝ ⇒ Os paralelos se reduzem a retas
- Propriedade básica: equivalência.
Como o fator de escala ao longo do MC é igual a 1 pode-se escrever - Caso particular da Projeção de Bonne onde o equador é o PP.
- O equador e todos os demais paralelos são representados por linhas retas.
x = Rϕ (6.45) - Os meridianos e os paralelos não se cruzam em ângulos retos (a menos em caso particulares).
- A forma é bastante afetada a medida que se afasta do MC e do equador.
com - É conhecida também como Projeção Senoidal uma vez que as transformadas dos meridianos são
senoides.
∂x ∂x
=R e = 0 . (6.46)
∂ϕ ∂λ
APLICAÇÕES
Usando a condição de equivalência, considerando as Equações 6.46 e o fato do elemento linear no
plano ser escrito por dS2=dx2+dy2, pode-se escrever:
- Apesar das distorções pode ser utilizada na representação de grandes regiões (no sentido
norte-sul) como a América do Sul e África.
2 - Pode ser utilizada em atlas
1 0 R 0 2
4
R cos ϕ = 2 ∂y ∂y ∂y
0 1 ∂ϕ ⇒ R 4 cos 2 ϕ = R 2 ⇒ ∂y = R cos ϕ∂λ (6.47) APARÊNCIA DO RETICULADO PARA A
∂λ ∂λ
PROJEÇÃO EQUIVALENTE DE SANSON-FLAMSTEED
y = Rλ cos ϕ + c , (6.48)
y = Rλ cos ϕ . (6.49)
x = Rϕ
y = Rλ cos ϕ
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6.4.3 PROJEÇÃO DE WERNER
Projeção Cilíndrica Equidistante Meridiana (Plate Carrée)
Esta projeção é um caso particular da Projeção de Bonne para o caso em que ϕ0=90 º e Projeção Cilíndrica Equivalente
R
ρ= − R (ϕ − ϕ 0 ) ρ = R (90 − ϕ)
tgϕ 0 A figura seguinte mostra um cilindro tangente à esfera modelo de raio R. Sobre a esfera é
Fazendo ϕ0=90o em ⇒ (λ − λ 0 ) cos ϕ (6.50)
R cos ϕ ν= mostrado um quadrilátero infinitesimal delimitado pelos vértices A, B, C e D. A partir do centro da
ν= (λ − λ 0 ) (90 − ϕ) esfera os vértices A, B, C e D são projetados no cilindro, determinando o quadrilátero de vértices a, b,
ρ
c e d.
Em coordenadas cartesianas:
x = − R (90 − ϕ) cos ν
como ρ0→0 ⇒ (6.51) Quadrilátero infinitesimal
y = R (90 − ϕ) sen ν sobre a esfera
Quadriláteros PN
Infinitesimais B C
b
CARACTERÍSTICAS / PROPRIEDADES a,b,c,d
a A D
- Propriedade básica: equivalência. A,B,C,D dϕ
Quadrilátero projetado
- Caso particular da Projeção de Bonne na qual ϕ0=90o. ϕ R
- Apresenta a forma de um coração. x
dλ ϕ+dϕ b c
APARÊNCIA DO RETICULADO dx
NA PROJEÇÃO EQUIVALENTE DE WERNER ϕ a d
dy
PS
y
λ λ+dλ
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ARCOS DE MERIDIANO E PARALELO NOS DOIS QUADRILÁTEROS COEFICIENTE DE DEFORMAÇÃO SUPERFICIAL (m0m90 ou γ=αβ em algumas referências)
No quadrilátero projetado: dx
Lado ad
m 0 m 90 = (11)
ad = dy (1) R cos ϕdϕ
(arco de paralelo)
Como dλ = dy / R ⇒ dy = Rdλ . (2) ------------------------------------------
Assim: ad = Rdλ . (3) PROJEÇÃO CILÍNDRICA EQÜIDISTANTE MERIDIANA (Projeção Plate Carrée)
Lado ab ab = dx (4)
(arco de meridiano)
dx
m0 = 1 ⇒ = 1 ⇒ dx = Rdϕ Após
→ x = Rϕ + c
Integração
dx
m 0 m 90 = 1 ⇒ = 1 ⇒ dx = R cos ϕdϕ Após
→ x = Rsenϕ + c
Integração
ab R cos ϕdϕ
m0 = (7)
Arco AB
Para ϕ=0 (Equador), x=0 ⇒ c=0.
Usando as Equações 4 e 6, o valor de m0 poderá ser calculado por: Síntese x = Rsenϕ
m 0 = cos ϕ m 90 = 1 / cos ϕ
y = R (λ − λ 0 )
ab dx
m0 = = (8)
Arco AB Rdϕ
ad
m 90 = (9)
Arco AD
Rdλ 1
m 90 = = (10)
R cos ϕdλ cos ϕ
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PROJEÇÃO CILÍNDRICA EQUIVALENTE COM UM PARALELO PADRÃO PROJEÇÃO CILÍNDRICA EQUIVALENTE COM UM PARALELO PADRÃO
No caso da Proj. Cilíndrica Equivalente de Lambert o cilindro é tangente ao equador do As Equações 15 são válidas para diferentes valores de φ0. Para o caso particular em que φ0=0o
modelo adotado como superfície de referência. Num caso mais geral onde se tem um paralelo padrão, tem-se a Projeção Cilíndrica Equivalente de Lambert. Para outros valores de φ0 tem-se outras
o cilindro deixa de ser tangente ao equador e passa a ser secante a um paralelo de latitude φ0, como projeções também equivalentes.
ilustra a próxima figura.
O fato de ser adotado outro valor de φ0, que não seja φ0=0o, não modifica a propriedade
principal da projeção (equivalência). Como no paralelo padrão φ0 tem-se que m0=m90=1, significa que
PN nas proximidades de φ0 a forma será pouco alterada.
Na tabela abaixo são apresentadas algumas projeções, baseada no mesmo modelo matemático,
mas com diferentes valores de φ0.
Os dados da tabela anterior foram baseados em Snyder (1987). No entanto, é possível observar
Com esta consideração e assumindo que o ângulo diedro seja dλ, o valor de dy no paralelo
que existe uma divergência nos valores da latitude do paralelo padrão, ao utilizar outras referências,
padrão poderá ser obtido por:
como por exemplo Bugayevskiy e Snyder (1995), para as projeções de Trystan Edwards e Peters.
dy
dλ = ⇒ dy = R cos(ϕ 0 )dλ , (12) A partir desta tabelas pode-se observar que o valor adotado na Projeção de Peters é similar ao
r usado na Projeção de Gall e pode-se ver na literatura que algumas controvérsias são observadas em
relação a esta projeção. Uma se refere à autoria e outra ao aspecto destacado abaixo, com base em
onde r é o raio do paralelo, calculado por Rcos(φ0). Snyder (1997, p. 165):
Deste modo, os novos valores de m0, m90 e m0.m90 serão:
dx. cos(ϕ 0 )
“The other controversial claim was that the less developed countries of the
dx cos(ϕ 0 )
m0 = m 90 = m 0 .m 90 = (13) world were finally presented in a fair manner on a world map, rather than
Rdϕ cos ϕ R.dϕ. cos ϕ on a “Euro-centered” Mercator projection with severe distortion”
Aplicando a condição m 0 m 90 = 1 obtêm-se: Pode-se notar também que algumas referências utilizam a denominação Projeção de Gall-Peters para
esta projeção.
dx cos ϕ 0 R cos ϕ senϕ
m 0 m 90 = 1 ⇒ = 1 ⇒ dx = dϕ → x = R
Após Integração
+c Na sequência são mostradas a Projeção Cilíndrica Equivalente de Lambert, a Projeção da Gall-
R cos ϕdϕ cos ϕ 0 cos ϕ 0 Peters e a Projeção de Mercator.
senϕ
Para ϕ=0 (Equador), x=0 ⇒ c=0 ⇒ x = R
cos ϕ0
Integrando a Eq. 12 e usando a condição de que para λ0 o valor de y será nulo, obtêm-se:
y = R cos ϕ0 (λ − λ 0 ) (14)
Síntese senϕ
x = R. 1 cos ϕ 0
cos ϕ0 m0 = = (15)
m 90 cos ϕ
y = R.(λ − λ 0 ). cos ϕ0
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Projeção Cilíndrica Equidistante Meridiana
Obs.: Pode-se considerar também o caso em que se têm outros paralelos, que não sejam o
equador, representados em verdadeira grandeza.
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Respostas de alguns dos exercícios:
Lista de Exercícios de Cartografia II Ia) Os limites em que faria o mapeamento seria: da latitude ϕ≅11o 21’ 53’’ S até ϕ≅11o 21’
Parte 3 53’’ N.
Ib) A máxima distorção angular seria: ξ=1o 8’ 4’’.
Prof. Mauricio Galo IIa) O intervalo em que faria o mapeamento seria entre ϕ≅10o 40’ 27’’ S e ϕ≅10o 40’ 27’’ N.
IIb) O intervalo em que faria o mapeamento seria entre ϕ≅68o 39’ 06’’ N e ϕ=90o N.
I) Deseja-se fazer o mapeamento de uma região equatorial utilizando a Projeção Cilíndrica III) Resp.: ϕ L = arccos( (1 − πζ ang / 180) /(1 + πζ ang / 180) ) .
Equivalente de Lambert. Considerando o modelo esférico pergunta-se: IVa) Os limites em que faria o mapeamento seriam: do paralelo ϕ≅84o 52’ 38’’ N até ϕ=90o N.
a) Quais os limites em latitude que você faria este mapeamento de modo que a máxima IVb) A escala máxima seria aproximadamente 1 / 1.138.874.
ampliação não ultrapasse 2%. (Resposta em graus, minutos e segundos).
b) Qual a máxima distorção angular, em valor absoluto, nas latitudes obtidas no item anterior?
(Resposta em graus, minutos e segundos).
II) Diferente das projeções conformes, onde a distorção angular é nula, nas projeções equivalentes a
distorção angular máxima pode ser escrita em função das componentes m0 e m90. Deste modo
pergunta-se:
a) Considerando a Projeção Cilíndrica Equivalente de Lambert, caso normal, qual é o
máximo intervalo em que você faria o mapeamento de uma região equatorial, de modo que
a distorção angular não ultrapasse 1o?
b) Considerando a Projeção Azimutal Equivalente de Lambert, caso polar, qual é o
intervalo em latitude que você faria o mapeamento de modo que a distorção angular não
ultrapasse 1o?
c) Utilizando o aplicativo Gnuplot faça os gráficos mostrando as curvas que relacionam a
distorção angular máxima em função da latitude, para os itens (a) e (b) desta questão e
verifique se existe coerência entre os gráficos gerados, com as respostas obtidas.
III) Deseja-se fazer o mapeamento de uma região equatorial utilizando a Projeção Cilíndrica
Equivalente de Lambert. Considerando o modelo esférico pergunta-se:
- Sabendo que o erro angular tolerável, em graus, seja expresso por ξang, obtenha a expressão
que permite o cálculo da latitude limite ϕL para esta projeção?
IV) Deseja-se fazer o mapeamento de uma região polar com uma projeção que preserva as áreas e
você foi encarregado de projetar este produto. A projeção escolhida foi a Projeção Azimutal
Equivalente de Lambert. Uma vez que esta projeção possui a propriedade de equivalência,
deseja-se que o produto gerado atenda, simultaneamente, às seguintes características:
I) Deformação angular menor ou igual a 0,5o (meio grau).
II) Erro relativo linear máximo: 1/1000.
Perguntas:
a) Quais são os limites (em coordenadas geográficas) que pode ser representado, usando a
projeção Azimutal Equivalente de Lambert (caso polar), mantendo as características
especificadas?
b) Sabendo que você dispõe de uma área útil de 1mx1m para imprimir este produto, qual será
a máxima escala que você conseguiria fazer a impressão deste produto, mostrando toda a
área determinada em (a). Adote R=6.371.000m.
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Material Complementar da Disciplina Cartografia II Definições / Classificação / CIM / Articulação
Classificação de cartas/Reticulado/Quadriculado/CIM
CARTOGRAFIA
Curso: Engenharia Cartográfica É a ciência e a arte de expressar graficamente, por meio de mapas e cartas, o
UNESP / FCT - Departamento de Cartografia conhecimento humano da superfície da Terra
(BAKKER, 1965)
‘The art, science and technology of making maps, together with their study as scientific
Assuntos documents and works of art. In this context maps may be regarded as including all types
of maps, charts and sections, three dimensional models and globes representing the Earth
or any celestial body at any scale.’
(International Cartographic Association-ICA, 1973)
- Definições, Classificação de Cartas
- Carta Internacional ao Milionésimo MAPA
- Articulação do Mapeamento Sistemático
- Lista de Exercícios É a representação da Terra nos seus aspectos geográficos naturais ou artificiais que se
destina a fins culturais ou ilustrativos. Não tem caracter científico especializado e
geralmente é construído em escala pequena cobrindo um território mais ou menos
extenso.
(BAKKER, 1965)
CARTA
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5) Cartas Especiais
CLASSIFICAÇÃO DE CARTAS EM FUNÇÃO DA ESCALA
São as cartas, mapas ou plantas em qualquer escala, que geralmente se preparam para fins
específicos: Cartas Geológicas / Geomorfológicas / Meteorológicas / de Vegetação / de Uso da
1/500.000 1/25.000 Terra / Geofísicas / Globo.
Escala
1/5.000
Cadastro (urbano) ESCALA
Planimétricas: É o mesmo que cartas topográficas, entretanto, não faz parte de suas Esta escala não é constante sobre um produto cartográfico, devido às distorções.
características fundamentais a representação das altitudes.
São aquelas, geralmente em escala grande, usadas para mostrar limites verdadeiros e usos das
propriedades, podendo omitir elevações e detalhes naturais ou artificiais desnecessários. Escala da esfera modelo, representativa da superfície terrestre. Escala Nominal (é válida
apenas para alguns pontos ou ao longo de certas linhas).
3) Cartas Aeronáuticas
Escala Particular: é múltipla da escala nominal ou principal.
São as que representam a superfícies da Terra com sua cultura e relevo, de maneira a
satisfazer, especificamente, as necessidades da navegação aérea.
4) Cartas Náuticas
São cartas que resultam de levantamentos dos mares, rios, canais e lagoas navegáveis e que se
destinam à segurança da navegação.
6
A carta geográfica quando representa toda a superfície da Terra é denominada mapa-mundi ou planisfério.
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Exemplo de Reticulado
Reticulado e Quadriculado
O Reticulado e o Quadriculado
em função da escala (MALING,1992)
Regiões do Brasil. (Reticulado de 10o x 10o).
Escala Separação do Separação do Reticulado
Quadriculado (Graticule)
(Grid) Exemplo de Quadriculado (na projeção UTM)
1/2.500 e > 0,1 km -
1/10.000 1,0 km 1'(na margem)
1/25.000 1,0 km
1/50.000* 1,0 km 1' (margem)
5' (cruzes)
1/250.000** 10,0 km 1'(m) e 30'(cruzes)
1/1.000.000 - 1o e 1' (m)
1/2.000.000 - 1o
1/100.000.000 - 10-20o
< 1/100.000.000 - 15-20o
* - 2km / 05' margens e cruzes (no Brasil)
** - 10km / 15' (marcas 1') IBGE
- 10km / 15' (DSG)
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a)
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Trecho de uma carta na escala
1/50.000, mostrando o
quadriculado na projeção UTM,
bem como um dos cantos.
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Trecho de uma CAP –
Carta Internacional do Mundo ao Milionésimo
Carta Aeronáutica de
Pilotagem.
Conjunto de cartas parciais ou folhas componentes da carta geral do mundo, na
Escala 1:250.000 escala 1:1000000.
SE – 22 – Z – D
1ª Edição – Novembro de
1982 ESPECIFICAÇÕES DA CARTA INTERNACIONAL DO MUNDO AO MILIONÉSIMO
o o o
168oW 174 W 180 174 E 168oE
2 1 60 59
∆λ=6o
29 30 31
12oW 6oW o
λ=0o 6 E 12 E
o
Fusos:{1, 2, ..., 60}
Detalhe do reticulado e
quadriculado.
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NUMERAÇÃO DOS FUSOS / LIMITES DOS FUSOS E ARTICULAÇÃO DAS FOLHAS DE 6O X 4O DA
MERIDIANOS CENTRAIS PARA O BRASIL CARTA INTERNACIONAL DO MUNDO AO MILIONÉSIMO
Longitudes do limites
dos fusos
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CARTA INTERNACIONAL DO MUNDO AO MILIONÉSIMO - CIM ARTICULAÇÃO DAS FOLHAS (1/1.000.000 A 1/25.000)
DIRETORIA DO SERVIÇO GEOGRÁFICO (DECRETO-LEI 243/67)
V X
A B
Y ZI II III
C D
IV V VI
1/250.000 1/50.000
1/100.000 1/25.000
Limite ao Sul: 80oS.
I II III
1 2 1 2
IV V VINO NE
3 4 3
SO SE
Escala ∆λ ∆ϕ
1/1.000.000 6o 4o
1/500.000 3o 2o
1/250.000 1,5o 1o
Ao sul do paralelo 80oS e ao norte do paralelo 84oN a projeção utilizada é: 1/100.000 0,5 o (30') o
0,5 (30')
1/50.000 15' 15'
Projeção Estereográfica Polar 1/25.000 7,5' 7,5'
Fonte: IBGE(1993)
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ARTICULAÇÃO DAS FOLHAS (1/1.000.000 A 1/25.000) ARTICULAÇÃO DAS FOLHAS / MI – MAPA ÍNDICE
1...2 NO NE
3 4 SO SE
A B
C D
E F
1/10.000 (3,75'x2,5')
MALING, D. H. Coordinate Systems and Map Projections, second edition. Oxford: Pergamon
Press, 1992.
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LISTA DE EXERCÍCIOS DE CARTOGRAFIA II
Material Complementar da Disciplina Cartografia II
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1) Para planejar um trabalho de campo, buscou-se o auxílio de um Mapa Índice (MI) referente ao
mapeamento sistemático brasileiro, mostrado na figura ao lado. Considerando o valor de erro Curso: Engenharia Cartográfica
gráfico como 0,2 mm na escala da carta, responda as perguntas a seguir (Enade, 2008). UNESP / FCT - Departamento de Cartografia
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Projeção Policônica
Projeção Policônica
Natureza: polisuperfical (uma série de cones)
Na projeção cônica pode-se ter o cone tangente ou secante, tendo-se
respectivamente um ou dois paralelos-padrão, como mostrado abaixo. Antes da Projeção Cônica Conforme de Lambert esta projeção era utilizada na CIM.
Na Projeção Policônica têm-se uma série de cones, cada um tangente ao modelo geométrico (esfera ou
elipsóide), em um paralelo diferente.
CARACTERÍSTICAS / PROPRIEDADES
Cada um dos paralelos possui a curvatura equivalente à produzida pelo desenvolvimento de um cone
tangente ao respectivo paralelo.
Centros dos arcos de circunferências: localizadas sobre a reta definida pelo Meridiano Central.
Princípio da projeção policônica Dois cones tangentes.
Distorções: dependem de ϕ e de λ. As curvas de mesma distorção são simétricas em relação ao MC.
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Equações de Mapeamento - Projeção Policônica* Projeção Pseudo-azimutal
Dados Iniciais: São projeções azimutais nas quais os paralelos são arcos circulares e os
meridianos são curvos.
Coordenadas da Origem do Sistema Local
ϕ0 - Latitude
λ0 - Longitude do Meridiano Central
Coordenadas de um ponto genérico: ( ϕ, λ )
Aparência do reticulado para a Projeção Policônica para (ϕ0, λ0) = (0o, -54º) e modelo esférico.
* SNYDER, J. P.; Map Projections Used by the U. S. Geological Survey – Geological Survey Exemplo de uma projeção cilíndrica (a esquerda) e de uma pseudo-cilíndrica (a direita).
Bulletin 1532, United States Government Printing Office, Washington, 1982. 313p.
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Projeção de Mollweide
Projeção Pseudo-azimutal Projeção Homolográfica* de Mollweide
• No aspecto polar os paralelos são representados por arcos circulares concêntricos e os meridianos
são mostrados como curvas (ou linhas retas) convergindo para o centro. Características da projeção, conforme Snyder (1987):
Algumas projeções:
- Propriedade preservada: área (é equivalente);
- Projeção Equivalente Pseudo-azimutal (Wiechel) - descrita em 1879 - Pseudo - cilíndrica;
- Projeção TsNIIGAiK (Ginzburg ) - descrita em 1952 (apenas no aspecto obliquo) (Projeção - O meridiano central (MC) é uma linha reta e os meridianos nas longitudes 90º E e W
com isolinhas ovais) são circunferências, enquanto todos os demais são elipses;
- Os paralelos são igualmente espaçados;
Exemplo:
- A escala é verdadeira ao longo dos paralelos 40º 44’ 12’’ N e S;
Projeção Pseudo-azimutal Equivalente de Wiechel
- O equador, na projeção, possui o dobro do comprimento do MC.
Aspecto polar
Desenvolvida em 1879 por H. Wiechel, na Alemanha.
Foi apresentada por C. B. Mollweide em 1805. Em 1857 J. Babinet reapresentou esta
projeção como o nome de Projeção Homalográfica, sendo também conhecida como
Homolográfica.
Trecho do script usado para geral a projeção de Wiechel (Bugayevskiy e Snyder, 1995)
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PROJEÇÃO HOMOLOGRÁFICA DE MOLLWEIDE MAPEAMENTO (Φ,Λ) → (X,Y) PARA A PROJEÇÃO
HOMOLOGRÁFICA DE MOLLWEIDE
2 2
x= .R.(λ − λ 0 ). cos θ
π (1)
y = 2 .R.senθ
sendo θ um ângulo auxiliar que pode ser calculado a partir de φ pela equação abaixo:
A Equação 2 é uma equação Transcendental uma vez que não existe uma solução direta (e
exata) para θ, devendo ser usada uma solução iterativa.
Etapa 1) Adote um valor para ε, em radianos, que será usado como uma tolerância
para o valor estimado de θ.
Etapa 2) Faça k=0 e determine um valor inicial para θ(k), que pode ser:
θ(0)=π.sin(φ)/4.
θ( k +1) =
1
2
[ (
π.senϕ − sen 2θ( k ) )]
Etapa 4) Se θ
( k +1)
− θ( k ) < ε
Se Sim: Vá para Etapa 5
Se Não: Faça k=k+1
Vá para Etapa 3
Fonte: http://interactiva.matem.unam.mx/, 2010. Etapa 5) O valor procurado é θ(k+1).
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SOLUÇÃO (MAIS EFICIENTE) DA EQUAÇÃO TRANSCENDENTAL PROJEÇÃO HOMOLOGRÁFICA DE MOLLWEIDE
2θ + sen(2θ) = πsenϕ
EXEMPLO 1
Uma solução mais rápida para este problema pode ser dada usando o método de Newton-
Raphson, como pode-se ver em Snyder (1987). Na sequência o algoritmo é detalhado.
φ=-2º
θ calculado -1.57087089º -1.57087089º
Número de iterações 9879 3
φ=-45º
θ calculado -36.3020311º -36.3020311º
Número de iterações 21 5
φ=-88º
Fonte: Wikimedia Commons (http://commons.wikimedia.org/wiki), 2010.
θ calculado -83.5314201º -83.5314201º
Número de iterações 770 10
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EXEMPLO 3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS / BIBLIOGRAFIA
Notas de Aula de Cartografia II / UNESP - Departamento de Cartografia – 2011 91 Notas de Aula de Cartografia II / UNESP - Departamento de Cartografia – 2011 92
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Escolha da Projeção Cartográfica Adequada Exemplos de Projeções “não convencionais”
Notas de Aula de Cartografia II / UNESP - Departamento de Cartografia – 2011 93 Notas de Aula de Cartografia II / UNESP - Departamento de Cartografia – 2011 94
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Exemplos de Projeções “não convencionais” FATORES QUE INFLUENCIAM A ESCOLHA DA PROJEÇÃO ADEQUADA
Exemplo 1:
Pode-se fazer a escolha de uma projeção (conforme) na qual o aumento das áreas na
fronteira do país seja o mínimo possível, ou seja, na qual o exagero em área seja o
menor.
Exemplo 2:
Notas de Aula de Cartografia II / UNESP - Departamento de Cartografia – 2011 95 Notas de Aula de Cartografia II / UNESP - Departamento de Cartografia – 2011 96
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Projeções para o mapeamento de pequenas áreas ou países pequenos
Se nenhuma propriedade específica for Pode utilizar uma representação de erro-
definida. mínimo.
Para áreas de pequenas dimensões as possibilidades são inúmeras (a projeção utilizada não
importa muito).
Neste tipo de projeção não é atendida necessariamente nenhuma propriedade específica
(eqüidistância equivalência ou conformidade) mas sim o fato de que os erros decorrentes das projeção - Isto ocorre quando o erro provocado pela projeção é menor do que o erro gráfico
são minimizados sobre a região a ser mapeada. Exemplo de função* a ser minimizada: admissível (0,2mm).
- Nesta situação as medidas feitas sobre o mapa não são afetadas pela projeção.
∫ [(1 − a ) + (1 − b) ].senz.dz ,
z =β 2 2
z =0
Relação entre a dimensão a ser mapeada e as tolerâncias admissíveis, para
onde: a, b - Fatores de escala; alguns países e continentes (Fonte: MALING, 1992)
z=0o - Centro da área a ser mapeada;
z=β - Determina o afastamento de um ponto genérico da borda da região
de interesse em relação ao centro da projeção. O mapa de todo o Oeste da Europa pode ser preparado considerando as seguintes tolerâncias:
Deste modo pode-se considerar que para áreas maiores, as tolerâncias admissíveis devem ser
maiores.
*
Fonte: Maling (1992) e Bugayevskiy e Snyder (1995). Este critério foi proposto inicialmente por G. B. Airy em
1861, dando origem à Projeção azimutal de erro-mínimo de Airy.
Notas de Aula de Cartografia II / UNESP - Departamento de Cartografia – 2011 97 Notas de Aula de Cartografia II / UNESP - Departamento de Cartografia – 2011 98
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A escolha da origem, aspecto e classe da projeção Regra de Young para a seleção da classe
• Num estágio preliminar do processo de escolha da projeção pode-se considerar a posição da Utiliza os seguintes elementos (ver figura)
origem.
• Estes três elementos (origem, aspecto, classe) estão intimamente relacionados e devem ser
considerados juntos. Parâmetro utilizado na Regra de Young: razão z/δ.
• Na abordagem tradicional, para a escolha das classes, três regras são comumente z/δ < 1,41 Projeção azimutal
apresentadas* :
z/δ ≥ 1,41 Projeção Cônica (ou cilíndrica)
Critérios utilizados na Regra de Young (MALING, 1992).
7
Aspecto: normal, obliquo e transverso. Richards e Adler (1972) não usam o termo aspecto mas sim
posição (da superfície de projeção).
8
Classe: plano, cone ou cilindro. Richards e Adler (1972) não usam o termo classe mas sim natureza
(da superfície de projeção).
Notas de Aula de Cartografia II / UNESP - Departamento de Cartografia – 2011 99 Notas de Aula de Cartografia II / UNESP - Departamento de Cartografia – 2011 100
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Escolha dos paralelos padrão para as projeções cônicas - Constante de Aparência de Algumas Projeções
Kavraisky
Sendo ϕN e ϕS as latitudes limites norte e sul da área a ser mapeada, as latitudes dos paralelos
padrão podem ser obtidas por:
ϕ2 = ϕN - ∆
ϕ1 = ϕS + ∆
∆ = (ϕN - ϕS )/K
onde: K é um fator que depende da forma da região a ser mapeada (constante de Kavraisky).
K=7 ϕN K=5 ϕN
ϕ2 ϕ2
ϕ0 ϕ0
ϕ1 ϕ1
ϕS ϕS
K=4 ϕN K=3 ϕN
ϕ2 ϕ2
ϕ0 ϕ0
ϕ1 ϕ1
ϕS ϕS
"A soma dos quadrados dos erros em escala sobre a região deve ser mínima."
REFERÊNCIAS
MALING, D. H. Coordinate Systems and Map Projections, second edition. Oxford : Pergamon Press,
1992.
RICHARDS, P., ADLER, R. K. Map Projections. Amsterdam: North Holland Publishing Company,
1972.
Notas de Aula de Cartografia II / UNESP - Departamento de Cartografia – 2011 101 Notas de Aula de Cartografia II / UNESP - Departamento de Cartografia – 2011 102
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS / BIBLIOGRAFIA
Notas de Aula de Cartografia II / UNESP - Departamento de Cartografia – 2011 103 Notas de Aula de Cartografia II / UNESP - Departamento de Cartografia – 2011 104
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