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GRUPO III
GRUPO DE ESTUDO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO - GLT
RESUMO PALAVRAS-CHAVE
terr
sabidamente não há registro histórico de queda de c1 c2 c3 c1 c2 c3
estruturas pela ação do vento. A 3,44e-03 0,213 1,178 1,18e-03 0,249 1,146
Uma vez que as hipóteses adicionais atribuídas às B 1,61e-03 0,316 1,187 2,44e-03 0,305 1,122
ocorrências das tempestades severas podem levar a C 5,54e-03 0,294 1,817 2,06e-03 0,442 1,018
reforços na estrutura, o que aumenta o seu peso em D 1,59e-02 0,236 2,587 -1,55e-03 0,643 7,741
aço e, conseqüentemente, o seu custo, o IT faz uma
avaliação do aumento do peso de alguns padrões O fator de efetividade GIEC L , que varia com o
estruturais submetidos a regimes de vento que comprimento do vão de vento (L), é expresso por uma
ocorrem no Brasil. curva, à qual foi ajustada a seguinte equação:
Este item cuida da comparação entre as cargas de Os coeficientes f , segundo a NBR 5422, para a
vento calculadas segundo as normas NBR 5422, pressão de vento na torre e nos cabos são dados pelas
IEC 60826 e ASCE 74. Nas formulações apresentadas respectivas fórmulas:
neste item, as unidades estão no sistema internacional. 2
(7)
Os valores dos coeficientes e dos fatores de cada
fNBR
t (
= k r k 2dsk H2s )
formulação encontram-se em suas respectivas fNBR
c = (k k
r
30 s 30 s 2
d H k )G NBR
L
(8)
referências bibliográficas. Como essas normas têm 1 1
1 1 (15)
Bt = Bc =
1+ 0,375H L S 1+ 0,8 L L S
2,9 Vento na torre
onde, 2,7
A
a - coeficiente para correção da velocidade de vento 2,5
B
A
com a altura h; A
C
2,3 B
zg - altura gradiente, a partir da qual a velocidade do
C
vento é considerada constante; f 2,1
t D
GDave
c - equação de Daveport que considera a resposta 1,9 B
dinâmica do cabo na amplificação de esforços D
GDave
t - idem para a estrutura; 1,5
IEC 60826
k - coeficiente de arrasto de superfície; 1,3 C
NBR 5422
LS - escala de turbulência;
ASCE 74
1,1
H - altura total da torre; 10 20 30 40 50 60
L - vão de vento. Altura h(m)
A comparação da pressão do vento no cabo entre as Figura 2 – Comparação dos coeficientes fc para vento
três normas só pode ser feita para um determinado no cabo com vão de vento igual a 400 m
valor de vão de vento conhecido por causa da
consideração da efetividade da frente de vento ao Analogamente, a Figura 2 mostra uma comparação
longo do vão. Adotou-se, então, um vão de vento igual entre as normas para pressão de vento nos cabos.
a 400m. Novamente, observa-se uma boa proximidade entre as
curvas A e B da IEC 60826. Comparando a ASCE 74
A Figura 1 apresenta a variação do coeficiente ft para
com a IEC 60826, nota-se que ambas são muito
pressão de vento na torre com a altura h, para todas as
próximas para a curva A, enquanto que as curvas B e
categorias de terreno e para as três normas em C da ASCE 74 resultam em pressões de vento nos
questão. Do mesmo modo, a Figura 2 apresenta cabos bem inferiores às da IEC 60826. No caso da
variação do coeficiente fc para pressão de vento no NBR 5422, as pressões de vento no cabo são, de uma
cabo com a altura h para um vão de vento igual a forma geral, bem inferiores às das outras normas.
400m. Ressalta-se que os coeficientes de arrasto não
estão incluídos nesta comparação entre as normas. No caso de o projetista possuir a velocidade referida à
A Figura 1 mostra que a pressão de vento na torre para outra base de tempo, a IEC 60826 e a NBR 5422
a IEC 60826, segundo as categorias de terreno A e B fornecem o mesmo ábaco para mudança da base de
são muito próximas, havendo pouca diferença entre tempo da velocidade.
elas. O mesmo comportamento se observa para a Uma vez que a excitação do vento é um carregamento
NBR 5422. De uma forma geral, a pressão de vento na dinâmico sobre a LT, a resposta dos diversos
torre, segundo a NBR 5422, é mais elevada que a da componentes é sensível ao tempo de integração da
IEC60826 para todas as categorias de terreno. No que média da velocidade do vento. Como os diversos
tange a norma ASCE 74, a sua curva B é muito componentes de uma LT possuem características
próxima das respectivas curvas da IEC 60826 e dinâmicas distintas, devido às diferenças de inércia e
NBR 5422, ao passo que as curvas A e C destoam das rigidez que apresentam, resulta a necessidade de se
curvas das outras normas. A curva A da ASCE 74 conhecerem as velocidades do vento referidas a
fornece pressões de vento na torre da ordem 17% mais diferentes tempos de integração da média que sejam
elevadas que as outras, enquanto que a sua curva C compatíveis com o tempo da resposta dinâmica de
fornece valores de pressão de vento bem inferiores, da cada componente.
ordem de 40%, às das outras normas.
4
Sendo assim, a equação a seguir forneceria a pressão Os vãos de peso, de vento e básico considerados no
de vento na sua forma final: dimensionamento das estruturas foram de 400 m,
500 m e 450 m, respectivamente.
1 real 2 Br (20)
pv =
2
(
r v10 )
min G C x
4.2 - Hipóteses de Carregamentos
Dependendo do valor do fator de rajada os valores de Os carregamentos aplicados às estruturas podem ser
Br
G podem ser consideravelmente superiores aos agrupados em 3 categorias: de vento, de ruptura dos
IEC
valores de G . cabos e de construção e manutenção [5].
As velocidades de vento têm como referências a altura No eixo das abscissas, têm-se as velocidades dos
de 10 metros e rugosidade do terreno compatível com ventos de tempestades severas. O valor 0 km/h
a categoria B da IEC 60826. O vento básico tem um corresponde ao projeto da torre somente com o vento
período de integração da média de 10 minutos e os básico (10 minutos).
outros dois são rajadas.
4,0
O carregamento de vento básico têm ângulos de T130
o o o
ataque do vento de 0 , 45 e 90 , atuando sobre os 3,5
T110
cabos e a estrutura, calculado segundo a IEC 60826. T80
3,0
O efeito do vento torsional foi modelado por um binário
de forças paralelas ao eixo longitudinal da LT, atuando
T130
4.2.2 - Carregamentos de Ruptura 5,0
T110
4,5 T80
Estes carregamentos têm como finalidade a prevenção
do efeito de quedas em cascata na LT e consideram o 4,0 R80
rompimento alternado dos cabos pára-raios e dos R130
R110
Peso (kgf x 1000)
3,5
feixes de cabos condutores de cada fase. No
rompimento, a carga longitudinal transmitida por cada 3,0
condutor ou pára-raios é de 70% da sua tração EDS,
2,5
que neste estudo é de 18% da tração de ruptura do
cabo. 2,0
• Rxxx - total de peso dimensionado pela hipótese de Figura 6 – Variação dos pesos estruturais em função
rompimentos dos cabos (kgf), dos ventos de tempestades severas - Torre C
• Txxx - peso total da estrutura (kgf).
6
5,2 Torsional
T130 "ASCE 74 Guidelines for Electrical Transmission Line
5,1 Structural Loading", ASCE Manuals and Reports on
5,0
Engineering Practice, 1991.
Rajada plena e ambos
4,9 Torsional |4| Silva Filho, J.I.; Andrade, V.H.G.; Borges, J.B.S. e
T110
Coutinho, C.E.O., "Considerações Sobre o Vento no
4,8
Rajada plena e ambos
Projeto e Recapacitação de Linhas de Transmissão",
4,7
T80
Torsional Grupo III, GLT, XVI SNPTEE, Campinas, Brasil, 2001.
4,6
|5| Ruffier, A.P. e Lisboa, E.F.A., "Critérios de Cálculo
4,5 // de Carregamentos para Torres de Linhas de
0 160 170 180 190 200 210 220 230 240 250 260 Transmissão", Relatório Técnico CEPEL, Rio de
Velocidade dos ventos de tempestades severas (km/h)
Janeiro, Brasil, 2002.
Figura 7- Variação dos pesos estruturais de cada
|6| Silva, A.O. et al., "Reforço das Estruturas do
hipótese de carga em função da velocidade dos
Sistema de Transmissão em 765kV de Itaipu",
ventos torsional e de rajada plena para a torre B
International Seminar on Transmission Line
Innovations, Rio de Janeiro, Brasil, 1999.