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PROCESSO CIVIL – 2º BIMESTRE

AULA 30/09

INTIMAÇÃO: Depois que o réu é integralizado no processo através da citação, todos os demais
atos processuais serão realizados por intimações. Não é somente o réu que será intimado, as
partes serão intimadas, como o autor por exemplo, pois é necessário a publicidade dos atos
processuais (princípio da publicidade dos atos).

Art. 269. Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e dos termos do
processo.

Art. 272. Quando não realizadas por meio eletrônico, consideram-se feitas as intimações
pela publicação dos atos no órgão oficial.

Art. 270. As intimações realizam-se, sempre que possível, por meio eletrônico, na forma da
lei.

Via de regra, essas intimações deverão ser realizadas por meio eletrônico. Quando não for
possível por meio eletrônico as intimações serão consideradas realizadas com publicação no
órgão oficial, isto é, Diário da Justiça.

Art. 272. § 2º Sob pena de NULIDADE, é indispensável que da publicação constem os nomes
das partes e de seus advogados, com o respectivo número de inscrição na Ordem dos
Advogados do Brasil, ou, se assim requerido, da sociedade de advogados.

Para que a intimação tenha validade, é preciso que conste na publicação os nomes das partes
e dos seus advogados com respectivo número na ordem ou número de inscrição da sociedade
de advogados.

§ 3º A grafia dos nomes das partes não deve conter abreviaturas.

Para que tenha validade o nome deve estar COMPLETO.

Se a pessoa for espontaneamente aos autos, tomou conhecimento da sentença e apelou no


prazo correto, irá gerar a realização da intimação e o prazo começará a contar não mais da
publicação da sentença no TJ, mas sim do dia seguinte da tomada de conhecimento.

Outro caso é quando as partes e advogados estão na audiência de instrução e julgamento,


onde é possível que o juiz instrua o processo colhendo depoimentos das testemunhas e partes
(instrução) e já prolate a sentença (julgamento). Se o juiz prolatar a sentença nessa audiência o
prazo da intimação começa a contar no dia seguinte a realização da audiência, não da
publicação da sentença no TJ.

Atenção redobrada deverá ser dada com relação ao calendário processual. Exemplo: Se a
audiência estiver estabelecida para o dia 25 de outubro não haverá intimação pois foi
acordado previamente um calendário processual.
Art. 274. Não dispondo a lei de outro modo, as intimações serão feitas às partes, aos seus
representantes legais, aos advogados e aos demais sujeitos do processo pelo correio ou, se
presentes em cartório, diretamente pelo escrivão ou chefe de secretaria.

As intimações podem ser feitas por correio ou caso a parte vá ao cartório a intimação pode ser
feito pelo escrivão ou chefe de secretaria.

Parágrafo único. Presumem-se válidas as intimações dirigidas ao endereço constante dos


autos, ainda que não recebidas pessoalmente pelo interessado, se a modificação temporária
ou definitiva não tiver sido devidamente comunicada ao juízo, fluindo os prazos a partir da
juntada aos autos do comprovante de entrega da correspondência no primitivo endereço.

Se houver necessidade de intimação pessoal do autor, a carta será enviada para o endereço
que consta nos autos. Se o autor se mudar, presume-se que a intimação foi feita pois foi
enviada ao endereço nos autos e, por isso o juízo deve ser comunicado da mudança de
endereço. O mesmo serve para os advogados.

AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO (NÃO ESTÁ MAIS DENTRO DA COMUNICAÇÃO


DOS ATOS PROCESSUAIS): Prevista a partir do Art. 334.

Petição inicial apresentada, não é caso de improcedência liminar nem indeferimento, é caso de
procedência, o que quer dizer que o pedido do autor foi acolhido. Foi admitida a petição e irá
ocorrer a citação do réu para que ele compareça na audiência de conciliação ou mediação e a
defesa do réu só será apresentada APÓS essa audiência. Caso haja conciliação o réu nem
mesmo precisa apresentar sua defesa, pois fato caso de auto composição, acordo.

Portanto, antes de formar a litigiosidade, busca-se que as partes conciliem.

Se o autor colocou na petição inicial que ele não quer conciliar, a audiência NÃO está
dispensada, pois para que a audiência NÃO ocorra, réu e autor devem deixar claro que não
querem conciliar.

Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de
improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação
com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20
(vinte) dias de antecedência.

O réu precisa ter tempo para compreender o que está acontecendo e para arranjar um
advogado e esses prazos são corridos.

A audiência não precisa ser feita na presença do juiz, é até recomendado que não. Haverá
necessidade dos tribunais terem conciliadores e mediadores.

§ 1º O conciliador ou mediador, onde houver, atuará necessariamente na audiência de


conciliação ou de mediação, observando o disposto neste Código, bem como as disposições
da lei de organização judiciária.

§ 2º Poderá haver mais de uma sessão destinada à conciliação e à mediação, não podendo
exceder a 2 (dois) meses da data de realização da primeira sessão, desde que necessárias à
composição das partes.
O conciliador pode remarcar a audiência e é preciso que seja realizada no prazo máximo de 2
meses da realização da primeira. É possível também que haja negócio processual e as partes
não precisam se vincular a esse prazo de 2 meses, tudo depende dos prazos que foram
estabelecidos pelas partes.

DISPENSA DA AUDIENCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO:

§ 4º A audiência não será realizada

I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição


consensual

O autor deverá se manifestar pela petição inicial, já o réu deverá se manifestar em um prazo
de 10 dias através de petição inicial. Agora se o réu não se manifestar, haverá a audiência e o
autor deverá comparecer, por mais que ele não quisesse tal audiência.

§ 5º O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na auto composição, e o réu
deverá fazê-lo, por petição, apresentada com 10 (dez) dias de antecedência, contados da
data da audiência.

II - quando não se admitir a auto composição.

Quando não se admite auto composição em relação ao direito que está sendo objeto de
discussão. Exemplo: Ação de Alimentos, onde a mãe não pode abrir mão do direito de um
menor pois ela não é titular do direito.

Pode ser realizada a audiência mesmo quando houver um menor, pois pode-se conciliar no
caso de guarda compartilhada ou valores de alimentos, por exemplo. Desse modo, os direitos
indisponíveis podem ser objetos de conciliação.

§ 8º O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é


considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dois
por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da
União ou do Estado.

Essa multa é revestida para os cofres públicos pois houve ofensa a dignidade pública. Nesse
caso o não comparecimento é injustificado, se for justificado não haverá multa.

§ 6º Havendo litisconsórcio, o desinteresse na realização da audiência deve ser manifestado


por todos os litisconsortes.

São 10 autores e 9 falaram que não querem, a audiência irá ocorrer pois um não se manifestou
contrariamente.

OBS: 1) Se for pessoa jurídica deve haver um preposto; 2) Se na audiência de conciliação for
obtida a conciliação, será caso de sentença e o processo estará resolvido; 3) Se o réu
atravessar petição dizendo que não quer participar da audiência, o prazo é de 10 dias antes da
realização da audiência. O prazo de CONTESTAÇÃO irá ocorrer da data da petição que o réu
apresentou, com 15 dias para se defender.
AULA
14/10

Teoria da Exceção: O direito de ação é um direito subjetivo público que não fica
condicionado ao acolhimento do pedido do autor e quando se apresenta uma
pretensão ao judiciário não assegura ao autor que seu pedido será acolhido. Desse
modo, esse direito é o de estar em juízo apresentando uma pretensão.
O oposto do direito de ação é o direito de exceção, onde este diz respeito ao direito
do réu de se defender. Dentre as exceções que o réu apresentará, a principal delas é a
CONTESTAÇÃO. Assim como o direito de ação não assegura a procedência do pedido, o
direito de exceção não assegura o acolhimento do que será apresentado pelo réu, mas
esse réu deve ter a oportunidade de apresentar a sua defesa.
Quando se fala em exceção como um direito público subjetivo do réu, não se pode
ter um réu como simples figurante, isto é, o réu deve ter a oportunidade de influenciar
na decisão do magistrado, o seu contraditório não pode ser meramente formal, ele
deve ser SUBSTÂNCIAL (réu participa efetivamente do processo). A PARIDADE DE
ARMAS (igualdade processual) DEVE ser assegurada para ambas as partes.
O réu apresenta pedido como forma de defesa ou o réu apresenta um único
pedido sempre? O pedido que o réu apresenta é só um, o qual apresenta pedido para
que haja a improcedência da ação, ou seja, um pedido declaratório negativo da
pretensão do autor (pedido de improcedência da ação). O réu pode apresentar
pedidos cumulados, isto é, pedidos subsidiários.

Espécies de Defesa:
1) Defesa de Mérito e Admissibilidade:
Admissibilidade são defesas relacionadas a aspectos formais do processo, como:
Condições da ação, pressupostos processuais, ausência de elementos da petição inicial.
Essas defesas quando acolhidas podem prejudicar o mérito, por exemplo: Réu alega
ilegitimidade ativa por parte do autor e caso acolhido extingue o processo. Nesse caso
nem mesmo foi analisado o mérito. Outro exemplo é o caso de ausência de interesse
processual, em que se certos requisitos não forem preenchidos a ação será extinta sem
resolução do mérito.
As de mérito é o ataque da própria pretensão apresentada pelo autor, o que
poderá ser alegado é infinito. Em uma mesma contestação o réu pode apresentar
defesas de admissibilidade e defesas de mérito por conta do princípio da
EVENTUALIDADE OU CONCENTRAÇÃO DA DEFESA. Tal princípio afirma que todas as
matérias de defesa do réu deverão constar na CONTESTAÇÃO. Se as defesas de
admissibilidade não forem acolhidas e se o réu não impugnar o mérito, ele não poderá
mais contestar, ocorrerá sentença e o pedido do autor será procedente.

2) Defesas Peremptórias e Dilatórias:


As peremptórias quando acolhidas extinguem o processo, exemplo:
Litispendência, coisa julgada, ausência de legitimidade, de interesse de agir e
prescrição (mas essa tem julgamento de mérito). Já as dilatórias retardam, prolongam
o processo, exemplo: incompetência relativa, ausência de citação, suspeição do juiz,
incompetência absoluta Nesse caso não se extingue o processo, ele volta pro início
para que seja assegurado o direito de defesa do réu.
O réu na mesma contestação pode apresentar defesa peremptória e dilatória.

3) Objeções e Exceções: Exceções são matérias que dependem da alegação do réu para
sempre conhecidas pelo juiz, exemplo: Incompetência Relativa, se o réu não alegar o
juízo que não era incompetente passa a ser. Outro exemplo é a Compensação.

Quando a administração pública se manifesta sem a provocação do cidadão, dizemos


que é "de ofício".

As Objeções são as matérias de ordem pública que podem ser conhecidas de ofício,
independentemente do réu as ter alegado, exemplo: Incompetência Absoluta,
Prescrição.

4) Defesas Diretas e Indiretas:


A direta ocorre quando o réu impugna os fatos alegados pelo autor, não os
reconhece (defesa negativa) ou quando ele reconhece os fatos mas não reconhecem as
consequências que advêm dele (confirma os fatos mas negativa dos seus efeitos).
Exemplo: Não houve o dano moral (defesa negativa)
As indiretas ocorrem quando o réu alega fatos novos, sendo este extintivos,
modificativos e impeditivos. Estes fatos novos extinguem, modificam e impedem a
pretensão do autor.
Na mesma contestação o réu pode apresentar defesas diretas e indiretas.
Exemplo: Nega os fatos (direta) mas se eles tiverem acontecido a pretensão está
prescrita (indireta).

CONTESTAÇÃO:
É o principal instrumento de defesa que o réu dispõe e deverá ser apresentada por
ESCRITO, não existe a possibilidade de ser oral. Essa contestação segue o princípio da
eventualidade ou concentração da defesa, que afirma que toda a matéria de defesa
que o réu dispuser deverá ser inserida na contestação. É também na contestação que o
réu terá o direito de pleitear as provas e julga-las pertinente. Aquelas matérias que o
réu não alegar na contestação estarão alcançadas pela preclusão (É a perda do direito
de manifestar-se no processo, isto é, a perda da capacidade de praticar os atos
processuais por não tê-los feito na oportunidade devida ou na forma prevista), a não
ser que sejam fatos novos (pra ser fato novo precisa ter sido levado ao conhecimento
do réu DEPOIS de ele ter contestado).
Não se admite a contestação genérica, é tarefa do réu atacar fato por fato,
argumento por argumento, sob pena dos fatos não impugnados pelo réu serão
considerados como verdadeiros (princípio da impugnação específica).

Prazo da Contestação: O prazo é de 15 dias úteis.

Art. 335. O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze)
dias, cujo termo inicial será a data:
I – da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de
conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver
auto composição;
Essa é a regra, sendo que a audiência de conciliação é OBRIGATÓRIA. Se a
audiência for dia 14/10, por exemplo, o réu e autor devem estar presentes e o réu NÃO
precisa levar para sua audiência a contestação deste. Se houver conciliação ocorrerá a
sentença.
Agora, se uma das partes não comparecer ou se elas compareceram e não houver
auto composição, o prazo do réu começa no dia 15/10 (dia do início do prazo excluído
e conta no dia útil subsequente). O mesmo ocorre se a audiência de conciliação foi
marcada e uma das partes ou ambas não comparecem, ou se elas compareceram e a
auto composição não aconteceu (prazo conta no dia seguintes da audiência).
II – do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de
mediação apresentado pelo réu, quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4o, inciso I;
Autor pode dizer na petição que não quer conciliar, assim como o réu também
pode peticionar nesse sentido. Se o réu peticionar que não quer conciliar, o prazo de
contestação começa a contar do dia seguinte ao protocolo da petição de cancelamento
da audiência. Exemplo: Audiência marcada para o dia 14/10, se o réu não quer
conciliar ele vem 10 dias antes da audiência para peticionar dizendo que não quer
conciliar. No dia 02/10 o réu peticionou que não quer conciliar e o prazo para contestar
a ação começa do dia 03/10.
Se o autor nada dizer, presume-se pelo silencio deste que ele quer que ocorra a
audiência e ela ocorrerá. Porém, o réu atravessa a petição dizendo que não quer
conciliar, o problema é que a audiência acontecerá e se o réu peticionar que não quer
conciliar, o prazo ainda não está correndo para ele, o prazo começa da audiência de
conciliação.

III – prevista no art. 231, de acordo com o modo como foi feita a citação, nos
demais casos.

§ 1o No caso de litisconsórcio passivo, ocorrendo a hipótese do art. 334, § 6 o, o


termo inicial previsto no inciso II será, para cada um dos réus, a data de apresentação
de seu respectivo pedido de cancelamento da audiência.

§ 2o Quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4 o, inciso II, havendo


litisconsórcio passivo e o autor desistir da ação em relação a réu ainda não citado, o
prazo para resposta correrá da data de intimação da decisão que homologar a
desistência.

AULA 17/10

As defesas de admissibilidade podem ser dilatórias e peremptórias.


Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
I - inexistência ou nulidade da citação;
A citação é ato de comunicação prévia, comunica-se o réu de que está sendo
demandado a fim de que ele participe da audiência de tentativa de conciliação. Além
do comparecimento na audiência, a citação é muito importante pois ela permite que o
réu possa se defender. Se não houver auto composição abre o prazo para a contestação
e se as partes não quiserem a audiência também abre o prazo para a contestação.
Quando existe um vício na citação todos os efeitos ficam comprometidos (Ex:
oficial de justiça disse que citou o réu mas ele não citou). Se o réu não foi citado tudo
ficou comprometido e após tudo isso ter passado ele toma conhecimento que foi
demandado e atravessa uma petição de defesa alegando vício ou ausência de citação.
Se a alegação for acolhida todos os atos decisórios anteriores ao reconhecimento
do vício serão anulados. Portanto, o vício de citação não gera extinção do processo,
mas retarda o seu andamento e por isso ela é uma defesa de admissibilidade dilatória.
Mesmo que exista o vício, se não houver prejuízo ao contraditório e ampla defesa,
não há motivo para a invalidação dos atos pois a finalidade foi alcançada. (Escutar uma
parte da aula).
O réu só pode alegar uma vez o vício de citação.
II - incompetência absoluta e relativa
A diferença da incompetência absoluta para a relativa, é que a absoluta não prorroga.
A relativa é marcada pelo critério da prorrogação. Exemplo: alguém ajuizou uma ação
trabalhista no fórum cível e isso NÃO pode, pois a justiça comum estadual é
incompetente e trata-se de incompetência absoluta. O juiz do cível se julga
incompetente, mas o juiz estadual não percebe que foi julgado incompetente e o juiz
estadual manda citar o réu. Dessa forma, o réu pode alegar que há incompetência
absoluta e que a justiça do trabalho que é materialmente competente, não a justiça
comum estadual. Se por acaso o juiz da justiça comum estadual der sentença ao réu, o
que acontece é nessa matéria não há preclusão, a todo momento a competência
absoluta será analisada, mesmo que o réu não alegue a incompetência. (Pode Ocorrer
de ofício).
Incompetência Relativa: Vitória e Jessica formam um contrato de prestação de
serviços e escolheram o foro de Belém. Ao invés da Vitória ajuizar a ação em Belém, ela
ajuíza a ação em São Paulo; juiz de São Paulo mandou citar a Jessica, sendo que em
momento algum a Jessica alegou a incompetência relativa do juízo de São Paulo, tratou
apenas do mérito. O que acontece é que o juiz de São Paulo que era relativamente
incompetente, passou a ser competente para a ação, podendo julgá-la normalmente.
Se o réu não alegar a incompetência relativa na contestação, ele perderá o direito de
alegar.

Art. 340. Havendo alegação de incompetência relativa ou absoluta, a contestação


poderá ser protocolada no foro de domicílio do réu, fato que será imediatamente
comunicado ao juiz da causa, preferencialmente por meio eletrônico.
A ação está tramitando em Belém, por exemplo, mas o réu reside em São Paulo. O foro
competente era Manaus mas a Jessica ajuizou em Belém. O réu mora em São Paulo e é
permitido que a defesa seja apresentada em São Paulo, pois é seu domicílio. A intenção
é de facilitar a defesa do réu. É preciso que se comunique ao juízo de Belém para que a
audiência que foi marcada seja desmarcada (o juízo de São Paulo fará isso por meio
eletrônico e é ele que irá analisar qual o juízo competente, só analisa, não analisa o
mérito).

§ 3º Alegada a incompetência nos termos do caput, será suspensa a realização da


audiência de conciliação ou de mediação, se tiver sido designada.
§ 4º Definida a competência, o juízo competente designará nova data para a
audiência de conciliação ou de mediação.
Suspende-se a audiência de conciliação enquanto não estiver definido quem é o
juízo competente.
III - Incorreção do valor da causa;
As demandas DEVEM ter um valor da causa, se não tiverem mesmo assim será
colocado um valor fiscal. Se houver um vício no valor por parte do autor, o réu deverá
contestar esse vício. O réu impugnara isso como preliminar da contestação. Nesse caso
a impugnação do valor da causa é dilatória.
A incompetência absoluta e relativa são defesas de admissibilidade; a relativa é
dilatória, pois não há extinção do processo; a absoluta também é dilatória, ela apenas
prolonga o andamento do processo.
IV- inépcia da petição inicial
As hipóteses de inépcia estão no artigo 330. Nesse caso o vício é insanável e quando
acolhida a inépcia gera a extinção do processo, ou seja, é uma preliminar peremptória.
V - perempção;
É a perda do direito de ação por abandono várias vezes e ele sofre uma sanção
processual. O prejuízo é no plano processual, não no plano material. Se a intenção do
autor que abandonou suas causas várias vezes, é o recebimento de um crédito, ele não
perderá esse crédito, por isso não é caso de prescrição. Acontece no plano processual,
ou seja, não dá pra ser processada a ação seguinte. Essa é uma defesa peremptória, o
que acontecerá com a ação seguinte é a extinção, sem resolução de mérito.
VI - litispendência
VII - coisa julgada
§ 1º Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação
anteriormente ajuizada.
§ 3º Há litispendência quando se repete ação que está em curso.
§ 4º Há coisa julgada quando se repete ação que já foi decidida por decisão
transitada em julgado.
São defesas de admissibilidade peremptórias. (ESCREVER O QUE SÃO AS DUAS)
VIII - Conexão
§ 2º Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de
pedir e o mesmo pedido.
Alegação de conexão ocorre quando 2 demandas tem a mesma causa de pedir ou
pedido. A continência que é uma modalidade de conexão, ocorre quando uma ação é
mais abrangente que a outra. A conexão importa na reunião das ações para que evite
que existam decisões conflitantes a respeito da mesma causa de pedir. Conexão é
defesa dilatória.
IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização
Exemplo: O autor da ação é um menor não representado pelos seus pais e não
tem como corrigir o vício pois o réu já foi citado. Se o juiz passar desapercebido a
respeito disso, o réu na contestação alega a defesa, sendo está peremptória.
X - convenção de arbitragem
Alegação de convenção de arbitragem. As partes estabeleceram por cláusula
compromissória que a necessidade de demandar a ação seria proposta no juízo
arbitral, não na justiça comum estadual. Mas se a parte demandar na justiça comum
estadual, o réu poderá alegar na contestação que não foi observada a convenção de
arbitragem. A convenção de arbitragem não pode ser apreciada de OFÍCIO, assim como
a incompetência relativa. O acolhimento da convenção de arbitragem provoca a
extinção do processo e não a redistribuição para o juízo arbitral.
§ 5º Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa, o juiz
conhecerá de ofício das matérias enumeradas neste artigo.
§ 6º A ausência de alegação da existência de convenção de arbitragem, na forma
prevista neste Capítulo, implica aceitação da jurisdição estatal e renúncia ao juízo
arbitral.
XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual;
Ausência de legitimidade e interesse processual provoca a extinção do processo,
defesa peremptória.
XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar
Exemplo: A lei exige uma caução para o autor e a ausência deve provocar a extinção
do processo. O réu na contestação pode atentar para isso e pode pedir que a ação seja
extinta, ou seja, defesa peremptória.

XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça.


Réu atravessa contestação e alega que o autor tem condições de pagar as custas
processuais. Nesse caso não há extinção do processo, ela só dilata. Pode gerar para o
autor o pagamento de indenização pois agiu de má fé.
Art. 338. Alegando o réu, na contestação, ser parte ilegítima ou não ser o responsável
pelo prejuízo invocado, o juiz facultará ao autor, em 15 (quinze) dias, a alteração da
petição inicial para substituição do réu. Parágrafo único. Realizada a substituição, o
autor reembolsará as despesas e pagará os honorários ao procurador do réu excluído,
que serão fixados entre três e cinco por cento do valor da causa ou, sendo este
irrisório, nos termos do art. 85, § 8o .
Art. 339. Quando alegar sua ilegitimidade, incumbe ao réu indicar o sujeito passivo
da relação jurídica discutida sempre que tiver conhecimento, sob pena de arcar com
as despesas processuais e de indenizar o autor pelos prejuízos decorrentes da falta
de indicação.
Exemplo-: Ação proposta por João contra José, João alega que José deve uma
quantia e José contesta a ação valendo-se da ilegitimidade da parte, ou seja, José diz
que ele não é o devedor, mas sim Pedro. Se José alegar ser ilegítimo, João deve
esquecer o José e prosseguir demandando contra Pedro, mas isso é uma faculdade,
João não é obrigado a aceitar que Pedro deve pagar, se achar que José deve pagar, ele
prosseguirá a ação contra ele. Muda o réu independente da concordância do réu pois o
próprio falou que ele não é o legitimado.
Art. 339: Quando o réu falar da ilegitimidade, incube ao réu falar quem é o
ilegitimado. Exemplo: Michel ajuizou ação contra Albino alegando que ele jogou fogo
na plantação do Michel. Albino alega na contestação que fez isso a mando da Jessica,
pois ele era apenas o caseiro. Albino nomeia Jessica a autoria pois ela é a responsável.
§ 1º O autor, ao aceitar a indicação, procederá, no prazo de 15 (quinze) dias, à
alteração da petição inicial para a substituição do réu, observando-se, ainda, o
parágrafo único do art. 338
Ajuizou ação contra albino e ele disse que a responsável é a Jessica, mas o albino fez
a mando da Jessica, ele não é ILEGÍTIMO, é corresponsável. (Modalidade de
intervenção de terceiros)
AULA
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Princípio da Impugnação Específica:


Art. 341. Incumbe também ao réu manifestar-se precisamente sobre as alegações de
fato constantes da petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas,
salvo se:
Esse princípio deve ser conjugado com o da concentração ou eventualidade, o qual
afirma que o réu deve apresentar todas suas defesas na contestação, porém no que
tange a fatos novos ocorrerá após a contestação.
O princípio da impugnação especifica diz que além de apresentar toda a matéria de
defesa na contestação, deve o réu atacar todos os fatos que foram alegados pelo autor
na petição inicial. Tudo precisa ser impugnado, pois aquilo que não for impugnado será
considerado como verdadeiro. Não tem validade as defesas genéricas.
(Princípios referentes ao réu)
O princípio da impugnação especifica só é deixado de lado em 3 hipóteses
previstas nos incisos do Art. 341.
I - não for admissível, a seu respeito, a confissão;
Existem direitos que não comportam a confissão do réu, então por mais que o réu
não impugne os fatos, não significa dizer que serão considerados como fatos
verdadeiros. Ex: Ação com revisão de pensão alimentícia, autor alega que os valores
pagos já são mais que suficientes para a sobrevivência dos réus (filhos) e pede pelo
reajuste do valor dos alimentos. Os réus citados não impugnam tais fatos mas por se
tratar de um direito que não comporta a confissão, não haverá sanção para estes por
conta de não seguirem o princípio da impugnação especifica. Mesmo que os fatos não
tenham sido impugnados, eles não serão considerados como verdadeiros.
Esse inciso trata de uma EXCEÇÃO.
II - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considerar da
substância do ato;
Ex: Testamento ou Escritura Pública de um determinado imóvel; O que comprova
que foi deixada uma herança pelo falecido é o testamento. Se um suposto herdeiro
(autor) mover uma ação contra os herdeiros naturais, ou seja, viúva e os filhos. Se estes
não impugnarem que o autor é beneficiário da herança e se não for juntado o
testamento, não será considerado como um fato incontroverso pois a lei obriga que o
testamento seja apresentado.
III - estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto. Parágrafo
único. O ônus da impugnação especificada dos fatos não se aplica ao defensor
público, ao advogado dativo e ao curador especial.
Ex: Albino sofreu um acidente e entrou com ação contra Michel pedindo danos
morais, mas Michel impugna o fato que NÃO provocou o dano, só que deixou de
impugnar o fato que diz respeito ao para choque do carro que o autor alegada ter sido
danificado. Porém, por uma consequência lógica, como o réu impugnou o fato
principal, o para choque não precisa ser impugnado pois o réu contestou o fato
principal.
Parágrafo único. O ônus da impugnação especificada dos fatos não se aplica ao
defensor público, ao advogado dativo e ao curador especial.
São casos em que podem apresentar defesa genérica. Estes podem apresenta-la
pois não possuem conhecimento dos fatos para apresentar uma defesa especifica.
Advogado dativo é aquele que está em um fórum cível, por exemplo e existe um réu
que não está representado e há somente esse advogado no fórum, pode o juiz
determinar que ele atue como advogado dativo; só pode se recusar se for justificável.

Art. 342. Depois da contestação, só é lícito ao réu deduzir novas alegações quando:
I - relativas a direito ou a fato superveniente;
II - competir ao juiz conhecer delas de ofício;
III - por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer tempo e
grau de jurisdição.

RECONVENÇÃO:
É a resposta do réu mas não tem a natureza jurídica de uma defesa. Quando o réu
reconvém ele está respondendo mas não se defendendo; a natureza jurídica da
reconvenção é de demanda, ou seja, o réu que reconvém torna-se AUTOR da
reconvenção.
Há a demanda originária com autor e réu, mas quando a reconvenção é
apresentada passa a existir uma NOVA demanda. O autor dessa demanda nova
(reconvenção) é o próprio réu da demanda originária e o réu da nova demanda é o
autor da originária.
O que justifica a reconvenção é a “economia processual”, onde existe UM ÚNICO
processo com 2 demandas. O nome do autor da reconvenção é o RECONVINTE e o do
réu é RECONVINDO.
Reconvenção pode na lei nova ser apresentada DENTRO DA CONTESTAÇÃO, em uma
mesma contestação faz-se o pedido de reconvenção e a contestação. O que acontecerá
com o réu que apresenta reconvenção mas NÃO contesta a ação originária? R: Se a
reconvenção tem natureza jurídica de ação, ela não substitui a contestação. Ex: Autor
está cobrando o cumprimento de um contrato de prestação de serviços (pedido
originário), o réu citado deve contestar o não cumprimento do contrato, mas este réu
pode pedir a nulidade do contrato, ou seja, um pedido reconvencional, não é uma
defesa. A ausência da contestação gera como consequência a revelia do pedido
originário, pois o réu não contestou, ele apresentou somente uma reconvenção e isso
irá gerar a revelia. Não há como ser acolhida a nulidade do contrato e a cobrança do
contrato ao mesmo tempo, fazendo com que a reconvenção se sobrepunha a
contestação.
O fato do réu ser revel vai sanar vícios relacionados a condição da ação? Réu revel mas
o juiz percebeu que o réu é ilegítimo e o fato de ser revel jamais irá ser justificativa
para a ilegitimidade. É caso de sentença pois houve a ilegitimidade.
A presunção resultante da revelia é sempre RELATIVA, nunca é a absoluta.
Para que a Reconvenção possa ser processada é preciso que haja o preenchimento de
certos requisitos: 1) Reconvenção deve ser apresentada no prazo da defesa, dentro da
contestação; 2) O pedido reconvencional deve ser conexo com a ação principal ou com
o fundamento da defesa. No primeiro exemplo a cima há a conexão, agora se o réu não
tivesse entrado com a reconvenção e tivesse proposto uma ação autônoma, a
autônoma será conexa com a originária pela causa de pedir.

PROCEDIMENTO: Uma vez apresentada a reconvenção o juiz terá de fazer a análise dos
requisitos citados e verificar se estão presentes as condições da ação. Sendo positivo o
juízo de admissibilidade da reconvenção, intima-se o reconvindo para apresentar a
contestação da reconvenção. Portanto, as 2 demandas seguem para que através de 1
única sentença o órgão jurisdicional decida a respeito dos pedidos.
O acolhimento do pedido originário sempre gera a rejeição do pedido reconvencional e
vice-versa? R: NÃO! É possível que na sentença o juiz acolha ambos ou rejeite os dois,
ou só acolha um...depende do caso.

Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar


pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.

§ 2º A desistência da ação ou a ocorrência de causa extintiva que impeça o exame de


seu mérito não obsta ao prosseguimento do processo quanto à reconvenção.
A desistência da ação originária não obsta ao prosseguimento da reconvenção, ou seja,
se o autor desistir da demanda originária a ação reconvencional prossegue
normalmente.

AULA
21/10
Teoria da Exceção:
Revelia
Art 344:  Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão
verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo autor.
Se o réu contestar fora do prazo também será revel.
Revelia não é a presunção de veracidade dos fatos alegados pelo autor, na verdade a
presunção dos fatos alegados é um efeito da revelia, sendo que está se caracteriza
pela ausência de contestação que gera alguns efeitos, dentre eles a presunção relativa
de veracidade dos fatos. O réu será revel quando ele não contestar ou quando
contestar intempestivamente. Se o réu não contestar e ele é revel, a presunção de
veracidade dos fatos alegados pelo autor não é uma presunção absoluta, ou seja, a
certeza de que o autor terá sucesso na demanda. Se o réu não contestar, não quer
dizer que o autor ganhará a demanda, pois a ação do autor pode não preencher todos
os requisitos (por isso a presunção é relativa).
A revelia não tem o condão de sanar vícios relacionados a ausência de condições da
ação, por exemplo.
Efeitos da Revelia: Primeiro efeito é o efeito MATERIAL da revelia, isto é, presunção
RELATIVA de que os fatos narrados pelo autor serão considerados como verdadeiros.
Esse efeito não será produzido nas hipóteses previstas no Art 345: A revelia não
produz o efeito mencionado no art. 344 se:
I – havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação:
Caso de litisconsórcio passivo e um deles contesta, dependendo do que foi
alegado a contestação beneficia TODOS os litisconsortes (litisconsórcio unitário),
diferente do litisconsórcio simples (o benefício é somente para quem contesta). Ex:
ação de cobrança contra 3 devedores solidários. Um dos 3 contestou que a obrigação
de pagar está prescrita e os outros 2 serão beneficiados. Ex2: Cynthia comprou 3
produtos em sites diferentes (são fatos diferentes), sendo que nenhum dos
vendedores entregou os produtos. Ela pode ajuizar os 3 devedores em uma só ação,
colocando-os como litisconsortes passivos. Se uma das lojas apresentar a contestação
e as demais não, as demais serão revéis.
Obs: Para ser considerado revel ou não, depende do conteúdo da defesa
II – o litígio versar sobre direitos indisponíveis:
Direitos indisponíveis NÃO provocam o efeito material da revelia.
Ex: Ação revisional de alimentos contra os filhos e o pai alega que os valores são
excessivos. Se os filhos NÃO contestam não há o efeito material da revelia.
Ex: Ação proposta contra o poder público; se o direito envolvido for direito público,
NÃO haverá o efeito da revelia, agora se for direito particular ocorrerá o efeito
material da revelia.
Se o direito envolvido for particular ocorrerá o efeito, se for público o direito, não
ocorrerá.
III – a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere
indispensável à prova do ato.
Autor deve juntar o testamento para provar seu direito e se não for juntado, por
nada o autor poderá pedir.
IV – as alegações de fato formuladas pelo autor forem inverossímeis ou estiverem
em contradição com prova constante dos autos.

Quando o juiz não se convence do que foi alegado pelo autor e não haverá o efeito
material da revelia, sendo que a ação do autor poderá ser improcedente.
O SEGUNDO EFEITO é chamado de EFEITO PROCESSUAL.
Art. 346: Os prazos contra o revel que não tenha patrono nos autos fluirão da data
de publicação do ato decisório no órgão oficial.
Sem advogado:
Réu foi citado, não compareceu na audiência, não contestou a ação e portanto será
revel. O efeito material foi produzido, assim como o processual. Significa dizer que
tudo o que for decidido no processo, inclusive a própria sentença, NÃO exigirá que o
réu seja intimado pessoalmente, presume-se a intimação com publicação da decisão
no diário da justiça (Os atos processuais vão acontecendo e o réu é intimado deles
através da publicação no diário da justiça).
Com advogado:
O réu revel pode ter procurador habilitado e é necessário que a publicação dos
atos decisórios ocorram no nome desse advogado, ou seja, os autos serão
COMUNICADOS a esse procurador no diário da justiça com o nome deste. Se houver
advogado o nome deve constar na publicação dos autos. (O advogado será intimado
pessoalmente)
Os prazos contra o revel que não tenha advogado habilitado fluirão da data de
publicação do ato no órgão oficial. Se houver advogado o nome deve constar na
publicação.
Processo caminha sem o réu ter conhecimento, chegando até mesmo a sentença,
impondo ao réu revel pagar uma quantia certa. Se o réu tomar conhecimento da
decisão no prazo de apelação ele PODE APELAR!
Obs: Nesse caso ele só pode apelar pois está dentro do prazo, ele não pode
contestar pois já passou o devido prazo.
Mesmo tendo havido o efeito processual da revelia, o réu pode intervir no processo
voluntariamente a QUALQUER momento, mas ele assume o processo do ponto em que
se encontrar. O efeito processual não retira do réu o direito de participar do processo.
O revel também pode pedir a produção de provas no momento da instrução
processual. Se acabar a fase instrutória o revel não pode mais pedir pela produção de
provas.
Art. 346 Parágrafo único.  O revel poderá intervir no processo em qualquer fase,
recebendo-o no estado em que se encontrar.
Revel pode intervir no processo em QUALQUER fase.
O TERCEIRO efeito é o JULGAMENTO ANTECIPADO; considerando a ausência de
contestação, o juiz poderá prolatar desde logo sua sentença.
Ex: Ação de cobrança de uma dívida, o autor juntou o contrato que é a prova da
dívida e o réu não contestou. Nesse caso não chega a ser preciso a instrução de provas,
ou seja, foi dado um julgamento antecipado.
Porém se o juiz entender que é necessária a instrução processual, o réu pode
participar dela.
Art. 349. Ao réu revel será lícita a produção de provas, contrapostas às
alegações do autor, desde que se faça representar nos autos a tempo de praticar os
atos processuais indispensáveis a essa produção.
O QUARTO efeito da revelia é a PRECLUSÃO, ou seja, tudo o que o réu poderia
alegar ao seu favor está prejudicado, salvo se tratar de fatos supervenientes ou
matérias que não são alcançadas pela preclusão.

Réu contestou e também reconviu, utilizando todos os princípios relacionados a


esse autor. Se o réu reconvindo (autor da demanda originária) não contesta a ação, em
regra ele deve contestar a respeito da reconvenção pois se não será revel. É em regra
pois pode ser que o fundamento do pedido inicial supra a ausência de contestação no
pedido reconvencional.
Mesmo que o réu reconvindo não conteste, há um efeito que NÃO poderá ser
produzido, no caso é o efeito processual pois o reconvindo revel tem procurador
habilitado nos autos e será necessário uma publicação no diário da justiça com o nome
deste advogado.

ARTIGOS DO 1º BIMESTRE:
Formação do Processo:
Art. 312. Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for protocolada,
todavia, a propositura da ação só produz quanto ao réu os efeitos mencionados no
art. 240 depois que for validamente citado.
Requisitos:
Art. 319. A petição inicial indicará: I - o juízo a que é dirigida; II - os nomes, os
prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de
inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica,
o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu; III - o fato e os
fundamentos jurídicos do pedido; IV - o pedido com as suas especificações; V - o
valor da causa; VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos
fatos alegados; VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de
conciliação ou de mediação.
Pedido:
Art. 322. O pedido deve ser certo. § 1o Compreendem-se no principal os juros legais,
a correção monetária e as verbas de sucumbência, inclusive os honorários
advocatícios. § 2o A interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e
observará o princípio da boa-fé.
Pedido Genérico:
Art. 324. O pedido deve ser determinado. § 1º É lícito, porém, formular pedido
genérico: I - nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens
demandados; II - quando não for possível determinar, desde logo, as consequências
do ato ou do fato; III - quando a determinação do objeto ou do valor da condenação
depender de ato que deva ser praticado.
Cumulação de Pedidos:
Art. 327. É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários
pedidos, ainda que entre eles não haja conexão. § 1º São requisitos de
admissibilidade da cumulação que: I - os pedidos sejam compatíveis entre si; II - seja
competente para conhecer deles o mesmo juízo; III - seja adequado para todos os
pedidos o tipo de procedimento. pelo réu.
Pedido Alternativo:
Art. 325. O pedido será alternativo quando, pela natureza da obrigação, o devedor
puder cumprir a prestação de mais de um modo. Parágrafo único. Quando, pela lei
ou pelo contrato, a escolha couber ao devedor, o juiz lhe assegurará o direito de
cumprir a prestação de um ou de outro modo, ainda que o autor não tenha
formulado pedido alternativo.
Pedido Subsidiário:
Art. 326. É lícito formular mais de um pedido em ordem subsidiária, a fim de que o
juiz conheça do posterior, quando não acolher o anterior. Parágrafo único. É lícito
formular mais de um pedido, alternativamente, para que o juiz acolha um deles.
Aditamento:
O autor poderá: I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir,
independentemente de consentimento do réu; II - até o saneamento do processo,
aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com consentimento do réu, assegurado
o contraditório mediante a possibilidade de manifestação deste no prazo mínimo de
15 (quinze) dias, facultado o requerimento de prova suplementar. Parágrafo único.
Aplica-se o disposto neste artigo à reconvenção e à respectiva causa de pedir.
Petição Inicial:
Art. 320. A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à
propositura da ação.
Indeferimento da PI:
Art. 330. A petição inicial será indeferida quando: I - for inepta; II - a parte for
manifestamente ilegítima; III - o autor carecer de interesse processual; IV - não
atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321.
§ 1º Considera-se inepta a petição inicial quando: I - lhe faltar pedido ou causa de
pedir; II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se
permite o pedido genérico; III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a
conclusão; IV - contiver pedidos incompatíveis entre si.
Art. 331. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no
prazo de 5 (cinco) dias, retratar-se. § 1º Se não houver retratação, o juiz mandará
citar o réu para responder ao recurso. § 2º Sendo a sentença reformada pelo tribunal,
o prazo para a contestação começará a correr da intimação do retorno dos autos,
observado o disposto no art. 334. § 3º Não interposta a apelação, o réu será intimado
do trânsito em julgado da sentença
Improcedência Liminar:
Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da
citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar: I -
enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de
Justiça; II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior
Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; III - entendimento firmado
em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.
1º Se o juiz verificar a ocorrência de decadência ou de prescrição. § 2º Não interposta
a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença, nos termos do
art. 241. § 3º Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias. § 4º
Se houver retratação, o juiz determinará o prosseguimento do processo, com a
citação do réu, e, se não houver retratação, determinará a citação do réu para
apresentar contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias.

Atos Processuais:
Art. 188. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo
quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de
outro modo, lhe preencham a finalidade essencial.
Art. 189. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os
processos: I - em que o exija o interesse público ou social; II - que versem sobre
casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação,
alimentos e guarda de crianças e adolescentes; III - em que constem dados
protegidos pelo direito constitucional à intimidade;
Negócio Processual:
Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito
às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às
especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e
deveres processuais, antes ou durante o processo.
Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das
convenções previstas neste artigo, recusando-lhes aplicação somente nos casos de
nulidade ou de inserção abusiva em contrato de adesão ou em que alguma parte se
encontre em manifesta situação de vulnerabilidade.
Calendário Processual:
Art. 191. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática
dos atos processuais, quando for o caso. § 1º O calendário vincula as partes e o juiz, e
os prazos nele previstos somente serão modificados em casos excepcionais,
devidamente justificados. § 2º Dispensa-se a intimação das partes para a prática de
ato processual ou a realização de audiência cujas datas tiverem sido designadas no
calendário.
Do tempo dos atos processuais:
Art. 212. Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte)
horas.
§ 1o Serão concluídos após as 20 (vinte) horas os atos iniciados antes, quando o
adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano.
§ 2o Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras
poderão realizar-se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou
dias úteis fora do horário estabelecido neste artigo, observado o disposto no art. 5 ,
inciso XI, da Constituição Federal.
Do lugar:
Art. 217. Os atos processuais realizar-se-ão ordinariamente na sede do juízo, ou,
excepcionalmente, em outro lugar em razão de deferência, de interesse da justiça, da
natureza do ato ou de obstáculo arguido pelo interessado e acolhido pelo juiz.

AULA
09/11

Arguição de Impedimento e Suspeição: Um dos principais princípios em matéria


processual é o da imparcialidade, é preciso que esse princípio seja respeitado pois ele é
a garantia que a decisão será tomada de forma mais correta. Porém a legislação prevê
situações em que a imparcialidade do juiz é colada em cheque, ou seja, questiona-se a
imparcialidade nas hipóteses de impedimento e suspeição.
É preciso estabelecer diferença entre incompetência e causas de impedimento ou
suspeição. Haverá incompetência quando o juiz de primeiro grau não é competente
para julgar, isto é, órgão jurisdicional que não tem competência.
A arguição de impedimento e suspeição são tratadas como defesa do réu, mas
diferente do que poderia se imaginar, as causas de imped e susp não precisam ser
necessariamente arguidas pelo réu, o autor também pode alegar que o magistrado tem
causas de impedimento ou suspeição. Não é exclusivo do réu, as partes podem alegar.
Quando o juiz perceber uma hipótese de impedimento ou suspeição, quem na verdade
deve se declarar suspeito ou impedimento é o PRÓPRIO JUIZ, sendo que deverá ser
feito por ele de OFÍCIO.
Ex: Chegou na mão do juiz uma petição e ele percebeu que seu amigo é o autor ou réu,
ele deverá se declarar suspeito ou impedido de ofício, onde nem precisa falar o motivo.
Portanto, a arguição de impedimento ou suspeição SOMENTE deve ser usada quando o
juiz NÃO toma a iniciativa e qualquer das partes poderá declarar.
O que é mais grave, as causas de impedimento ou de suspeição?
R: As hipóteses de impedimento são MUITO mais graves, é vedado ao juiz cuidar
daquele processo. O problema é tão sério, que se o juiz tocar no processo que ele está
impedido, ocorrerá a nulidade do processo. Já na suspeição há indícios de que o juiz
poderá agir com imparcialidade, mas é melhor suspende-lo.
Na SUSPEIÇÃO, quando o juiz não se declara imparcial e as partes também não
declaram arguição, o juiz poderá ‘’ tocar’’ com o processo normalmente. Agora no
IMPEDIMENTO isso jamais pode acontecer, se o juiz não se declara imparcial e nem as
partes a arguição, o processo estão CONTAMINADO desde o início, podendo ensejar a
propositura de uma ação rescisória.

Hipóteses:
Art. 144. Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no
processo:
I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como
membro do Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha;
Juiz foi o promotor do caso e esse mesmo caso que ele foi promotor chegou para que
ele sentenciasse. Nesse caso ele será IMPEDIDO.
II - de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão;
Juiz era de primeiro grau que sentenciou o processo, sendo que esse juiz foi promovido
ao desembargo e chegando no desembargo a apelação da sentença dele chega para
ele decidir a respeito dela. Estará IMPEDIDO.
III - quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro
do Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente,
consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;
Se a esposa do magistrado for defensora, por exemplo, deverá declarar seu
impedimento.
IV - quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou
parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau,
inclusive;
V - quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica
parte no processo;
VI - quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer das
partes;
VII - em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação de
emprego ou decorrente de contrato de prestação de serviços;
Ex: Chega uma ação do Cesupa e o juiz é professor da instituição.

Art. 145. Há suspeição do juiz: Pode ser que o juiz não haja com imparcialidade, mas
para evitar é melhor declarar a suspeição.
I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados;
Foi incluído os advogados no novo CPC. Caso em que o juiz é amigo íntimo do
advogado do réu ou do autor.
II - que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois
de iniciado o processo, que aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa
ou que subministrar meios para atender às despesas do litígio;
Ex: Caso em que o juiz paga as custas do processo e ele é o juiz da causa.
III - quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou
companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive;

IV - interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das partes.


Se não tiver provas que ele está interessado, o tribunal do qual o juiz faz parte deverá
analisar e se no tribunal ficar estabelecido que não há motivos para a ‘’ peita’’, o
processo volta para o MESMO JUIZ que foi peitado.

Procedimento:
Art. 146. No prazo de 15 (quinze) dias, a contar do conhecimento do fato, a parte
alegará o impedimento ou a suspeição, em petição específica dirigida ao juiz do
processo, na qual indicará o fundamento da recusa, podendo instruí-la com
documentos em que se fundar a alegação e com rol de testemunhas.
Para provar que tem inimizade com alguém, por exemplo, somente mediante
testemunha.
§ 1º Se reconhecer o impedimento ou a suspeição ao receber a petição, o juiz
ordenará imediatamente a remessa dos autos a seu substituto legal, caso contrário,
determinará a autuação em apartado da petição e, no prazo de 15 (quinze) dias,
apresentará suas razões, acompanhadas de documentos e de rol de testemunhas, se
houver, ordenando a remessa do incidente ao tribunal.
No que tange a parte requerente da suspeição ou do impedimento, deve-se notar que
a parte adversária não se manifesta, ou seja, se o autor da ação está peitando o juiz, o
réu NÃO irá se manifestar a respeito das alegações do autor. Quem se manifestará é o
próprio juiz.
A parte argui o impedimento ou a suspeição nos 15 dias no momento em que tomar
conhecimento da causa e o juiz tem 2 caminhos: Se ele entender que há motivos, os
autos são redistribuídos para o seu substituto legal. Agora, se o juiz entender que NÃO
há razão para a arguição de impedimento e suspeição, ele se manifesta em 15 dias
encaminhando a arguição para o Tribunal. Nesse caso quem irá decidir a partir desse
momento é o TRIBUNAL.
Muitas vezes essa arguição é usada para suspender o processo de forma injustificada,
em que no CPC a declaração de arguição tinha o condão de suspender o processo. No
novo CPC é diferente , isso ficará a cargo do Tribunal (desembargador). Esse
desembargador pode ou não suspender o processo em 1º grau.
O tribunal pode decidir que não havia motivos, devolvendo a responsabilidade ao
mesmo juiz ou entender que havia motivos e o tribunal mandar redistribuir o processo.

Art. 148. Aplicam-se os motivos de impedimento e de suspeição: I - ao membro do


Ministério Público; II - aos auxiliares da justiça; III - aos demais sujeitos imparciais do
processo.
Não é só o juiz que tem essa causa de impedimento, membros do ministério público,
escrivão, perito, etc. Ou seja, todas as pessoas que fazem parte do processo podem ser
peitados.

Processo se instaura com a apresentação da petição inicial, faz-se o juiz de


admissibilidade dela, se positivo faz a citação do réu para comparecer na audiência de
conciliação e mediação, se não for obtida a conciliação o réu deverá apresentar sua
defesa podendo oferecer também reconvenção.
Quando o réu oferece contestação com defesa indireta (fatos extintivos, modificativos
e impeditivos da pretensão do autor), o autor tem o direito de RÉPLICA no prazo de 15
dias.
A ausência de réplica tem o condão de provocar o efeito material da revelia do
autor?
R: Não pois a revelia é a ausência de contestação. Já no caso da reconvenção cabe o
efeito material da revelia.

AULA
11/11
Art. 350.  Se o réu alegar fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do
autor, este será ouvido no prazo de 15 (quinze) dias, permitindo-lhe o juiz a produção
de prova.
Art. 351.  Se o réu alegar qualquer das matérias enumeradas no art. 337, o juiz
determinará a oitiva do autor no prazo de 15 (quinze) dias, permitindo-lhe a
produção de prova.
Se na contestação o réu alegar fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do
autor, deverá ser dado ao autor sua manifestação através da réplica. É o que acontece
também quando o réu alegar preliminares dilatórias e peremptórias. Com ou sem a
réplica o processo pode seguir 2 caminhos diferentes. O primeiro caminho é o do
julgamento do processo conforme o estado deste processo (julgamento imediato).
NESSE CASO, COM OU SEM A RÉPLICA EM ALGUMAS HIPÓTESES O JUIZ IRÁ PROLATAR
DE IMEDIATO SUA DECISÃO.
O outro caminho indica a necessidade de instrução processual, ou seja, necessidade
de produção de provas e somente após a instrução o juiz pode prolatar sua decisão
final (decisão final está em primeiro grau e ainda pode caber recurso).
O julgamento conforme o estado do processo poderá ocorrer em 3 situações:
1- Extinção do Processo:
Art. 354.  Ocorrendo qualquer das hipóteses previstas nos arts. 485 e 487, incisos II e
III, o juiz proferirá sentença.
Parágrafo único.  A decisão a que se refere o caput pode dizer respeito a apenas
parcela do processo, caso em que será impugnável por agravo de instrumento.

Art 485 Prevê as hipóteses de sentença SEM resolução do mérito, as sentenças


terminativas. Essas sentenças provocam a extinção do processo em primeiro grau sem
que tenha ocorrido a resolução do mérito.
I - indeferir a petição inicial:
Se o autor não percebeu que há vício no processo, o juiz pode extinguir de imediato.
IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido
e regular do processo:
Ausência de pressupostos processuais, vício insanável, extinção de imediato do
processo.
V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada;
Réu alegou ofensa a coisa julgada e se isso de fato tiver ocorrido, não faz sentido que o
processo prossiga, ocorrendo a extinção.
Inciso 6: Ausência de condições da ação, vicio insanável. Ex: Michel fez negócio jurídico
o com a vitória, ele não deu cumprimento com o negócio e ela resolve ajuizar ação
cobrando o cumprimento. Ao invés da Vitoria ter ajuizado ação contra o Michel, ajuíza
contra o albino, mas o albino é parte ilegítima.
Art. 487.  Haverá resolução de mérito quando o juiz:
I - acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção;
II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou
prescrição;
III - homologar:
a) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na
reconvenção;
b) a transação;
c) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção.
Parágrafo único.  Ressalvada a hipótese do § 1o do art. 332, a prescrição e a
decadência não serão reconhecidas sem que antes seja dada às partes oportunidade
de manifestar-se.
Art. 487.  Haverá resolução de mérito quando o juiz:
II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou
prescrição;
Na contestação o réu começou a falar da prescrição, não precisando de prova, isto é,
instrução processual para constatar que houve a prescrição. Se houver prescrição
declara-se logo a sentença. Quando o juiz reconhecer a prescrição ou decandencia,
haverá o julgamento de mérito para impedir que seja proposta uma nova demanda.
III - homologar:
a) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na
reconvenção;
b) a transação;
c) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção.
inciso 3: quando o juiz homologar o reconhecimento da procedência do pedido, ou
seja, réu reconhece que o autor está correto e haverá sentença. Da mesma forma se
tiver ocorrido a transação, réu e autor entraram em acordo. Esse acordo pode ter sido
obtido na audiência de conciliação também. Renúncia a pretensão, onde o autor
renuncia do seu direito, mas ele não desiste, ele apenas abre mão do seu próprio
direito material. Na desistência se abre mão do processo em curso. O autor pode
renunciar da sua pretensão independentemente da concordância do réu, diferente do
que ocorre na desistência. Isso é caso de prolatação de sentença de imediato.

2- Julgamento Antecipado de Mérito: Não é caso de extinção do processo nas


hipóteses do art 485 e 487 inciso 2 e 3. Mas é caso de julgamento imediato, ou seja,
julgamento antecipado do mérito.
Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com
resolução de mérito, quando: I - não houver necessidade de produção de outras
provas; II - o réu for revel, ocorrer o efeito previsto no art. 344 e não houver
requerimento de prova, na forma do art. 349.
As provas que o autor apresentou com a sua inicial são DOCUMENTAIS, aquelas
apresentadas juntamente com a petição inicial. Por outro lado, as provas que o réu
produziu também são documentais e acompanham a contestação. Nesse caso não ha
necessidade de abrir para instrução processual pois não tem provas. (haverá
julgamento antecipado) Agora se o autor quiser ouvir testemunhas, por exemplo, NÃO
caberá o julgamento antecipado.
Outra hipótese de julgamento antecipado ocorre quando o réu for REVEL e tiver sido
aplicado o efeito do Art 344. Nesse caso não deve haver o requerimento de produção
de provas. Nesse caso, a probabilidade maior é que ocorra o julgamento antecipado, a
não ser que: 1) juiz não se convença dos argumentos apresentados pelo autor 2)
quando o réu REVEL pediu para produzir provas.

Art. 356. O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos
formulados ou parcela deles:
I - mostrar-se incontroverso;
II - estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 355.
3- JULGAMENTO ANTECIPADO PARCIAL DE MÉRITO: Art 356.
I - mostrar-se incontroverso;
Autor apresentou dois pedidos, um de dano moral e outro de dano material. O réu
quando contestou a ação impugnou o dano moral mas não impugnou o material.
Portanto, é possível dizer que como NAO houve a impugnação, o juiz irá julgar
procedente o pedido de dano material, com o prosseguimento da ação. ESSE
JULGAMENTO SÓ É POSSÍVEL SE HOUVER CUMULAÇÃO DE PEDIDOS.
Julgamento antecipado parcial de mérito: SIGNIFICA DIZER QUE O PROCESSO
PROSSEGUIRA PARA APURAÇÃO DE UM OUTRO PEDIDO. Há 2 pedidos, um provado
documentalmente e outro que ainda depende de instrução processual. O provado vai
logo pra decisão, o outro prossegue.
A decisão que julga parcialmente o mérito, apesar de resolver o mérito, é tratada como
DECISÃO INTERLOCUTORIA! Quem quiser recorrer dela deverá interpor Agravo de
Instrumento. Ex: pedido de dano moral provado por documentos, não há necessidade
de instrução processual e a natureza jurídica da decisão é SENTENÇA! O que cabe é
apelação. O processo termina e haverá julgamento antecipado de mérito. A diferença
pra outra hipótese é: Ex: dano moral e dano material. Dano moral incontroverso e
PODE ser deferido; dano material depende de instrução processual. O que irá deferir o
dano moral é a DECISÃO INTERLOCUTORIA e o processo irá prosseguir. O que se está
fazendo é uma decisão de MÉRITO, pois o processo prosseguirá para ser analisado o
dano material
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3 Saneamento do processo
3.1 Noções gerais
4 Audiência de instrução e julgamento
4.1 noções gerais
4.2 Abertura
4.3 Características
4.4 Adiamento

O saneamento está relacionado com o fato do processo seguir adiante. Está previsto no
Art. 357. Trata-se de uma decisão interlocutória na qual o magistrado adotará as
providências previstas nesse artigo. Ou seja, a parte que se sentir prejudicada pode
interpor recurso.
Art. 357. Não ocorrendo nenhuma das hipóteses deste Capítulo, deverá o juiz, em
decisão de saneamento e de organização do processo:
Existem questões que poderão ser prejudiciais a análise do próprio mérito, essas
questões deverão ser resolvidas de imediato antes que se inicie a etapa da instrução
processual.
Ex: Nenhum advogado pode autuar em juízo sem o instrumento de procuração. Se o
advogado do autor não juntar o instrumento de procuração, a lei permite que nessas
hipóteses o advogado atue e ele juntará depois. Nesse caso o há um vício sanável e na
decisão de saneamento o juiz irá mandar intimar a parte autora para juntar o
instrumento. (Todas as questões processuais pendentes que podem prejudicar o
mérito devem ser objeto de saneamento. Esse saneamento serve para que vícios que
podem ser corrigidos sejam corrigidos antes de abrir a etapa instrutória)
Com o saneamento do processo ocorre a estabilização da demanda, ou seja, o
processo está apto para a próxima etapa, que é a instrutória.

II - delimitar as questões de fato sobre as quais recairá a atividade probatória,


especificando os meios de prova admitidos;
Qual o objeto da prova? Por que se produz provas?
R: através do saneamento o juiz deverá definir quais as questões de fato serão objeto
de instrução, e mais, quais são as provas que deverão ser produzidas. Na etapa
instrutória nem todas as provas serão necessárias, mas isso será analisado pelo
magistrado. Ou seja, juiz seleciona as questões de fato, as que precisarão ser provadas
na etapa instrutória.

III - definir a distribuição do ônus da prova, observado o art. 373;


Em regra o ônus da prova será distribuído da seguinte forma:
Competirá ao autor provar o fato que alegou, o fato que é ensejador da sua pretensão.
Compete ao réu provar fatos que extinguem, impedem ou modificam o direito do
autor. Ex: Michel prova com documento que Albino está devendo, mas Albino prova
que já pagou. Há a previsão de inverter o ônus da prova.
Ex: Ações que envolvem relações de consumo, isto é, juiz prefere transferir para a réu
o ônus de provar por conta de uma hipossuficiência do autor/consumidor.

IV - delimitar as questões de direito relevantes para a decisão do mérito;

Se houve ou não houve o dano moral, por exemplo. Todas as questões de direito
também deverão ser delimitadas nesse saneamento.
V - designar, se necessário, audiência de instrução e julgamento.
Pode ser que o juiz não marque a audiência e ela somente tem utilidade se as provas
que serão produzidas forem provas orais! A princípio o juiz não deferirá uma perícia,
por exemplo, mas pode ocorrer que ele perceba após o laudo pericial que ficou
dúvidas e deve escutar o perito. Se quiser ouvir o depoimento do autor e réu haverá a
audiência. (Prova oral).

§ 1o Realizado o saneamento, as partes têm o direito de pedir esclarecimentos ou


solicitar ajustes, no prazo comum de 5 (cinco) dias, findo o qual a decisão se torna
estável.
No CPC antigo a decisão de saneamento cabe unicamente ao juiz, onde as partes
participavam dessa decisão. No CPC novo segue-se o princípio da cooperação,
deixando claro que as partes podem participar do saneamento no prazo de 5 dias com
o atravessamento de uma petição pedindo o esclarecimento.
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que
versarem sobre: XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1.
Se as partes ficarem insatisfeitas com a decisão de saneamento do processo elas NÃO
poderão recorrer pois não cabe agravo de instrumento. Só pode recorrer da decisão do
saneamento nos casos previstos do 1015 (inversão do ônus da prova).

§ 2º As partes podem apresentar ao juiz, para homologação, delimitação consensual


das questões de fato e de direito a que se referem os incisos II e IV, a qual, se
homologada, vincula as partes e o juiz.
§ 3º Se a causa apresentar complexidade em matéria de fato ou de direito, deverá o
juiz designar audiência para que o saneamento seja feito em cooperação com as
partes, oportunidade em que o juiz, se for o caso, convidará as partes a integrar ou
esclarecer suas alegações.
Antes da decisão de saneamento as partes podem fazer o papel que compete ao juiz,
mostrando quais as questões fáticas e as de direito.

4. Audiência de instrução e julgamento: Deverá ser designada para data e horário


previamente fixado pelo juiz, onde as partes devem saber das datas. A intimação para a
audiência vai ser feita na pessoa do advogado das partes pelo diário da justiça.
A importância da audiência é a ORALIDADE, o juiz se manifesta dessa forma, assim
como o advogado, as partes, testemunhas, etc. Tudo o que está sendo falado precisa
ser escrito por alguém, pois se não fosse assim o juiz não se lembraria do que foi dito
na audiência. A primeira providência que o juiz deverá fazer ao abrir a audiência, é
aquela do Art. 359. Instalada a audiência, o juiz tentará conciliar as partes,
independentemente do emprego anterior de outros métodos de solução consensual
de conflitos, como a mediação e a arbitragem:
Independente da realização da audiência, deverá ser demonstrado a importância de se
resolver o litígio, ou seja, perguntar as partes se elas querem conciliar pois isso até
mesmo é melhor para o juiz que homologará a sentença. O juiz tem que mostrar a
relevância de conciliar, mostrar os fundamentos para que as partes queiram conciliar.
A audiência é PÚBLICA, qualquer pessoa pode assistir, a não ser segredo de justiça.

Art. 365. A audiência é una e contínua, podendo ser excepcional e justificadamente


cindida na ausência de perito ou de testemunha, desde que haja concordância das
partes.
A audiência também é UNA e contínua, ou seja, haverá somente uma audiência.
357 § 6º O número de testemunhas arroladas não pode ser superior a 10 (dez), sendo
3 (três), no máximo, para a prova de cada fato.
As partes podem ter até 10 testemunhas, 10 pra cada autor e réu. Existem casos em
que o juiz suspenderá a audiência para o dia seguinte ou data próxima, mas isso não
retira a unicidade. Art 365 parágrafo único.

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Audiência de Instrução e Julgamento:

Art. 358. No dia e na hora designados, o juiz declarará aberta a audiência de


instrução e julgamento e mandará apregoar as partes e os respectivos advogados,
bem como outras pessoas que dela devam participar.

Existe uma ordem para a produção de provas orais na audiência de instrução e


julgamento. As provas que deverão ser produzidas ocorrerão de forma ORAL.

Art. 361. As provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se nesta ordem,
preferencialmente:

I - o perito e os assistentes técnicos, que responderão aos quesitos de


esclarecimentos requeridos no prazo e na forma do art. 477, caso não respondidos
anteriormente por escrito;

Auxiliares das partes.

II - o autor e, em seguida, o réu, que prestarão depoimentos pessoais;

Depoimento das partes autoras.

III - as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu, que serão inquiridas. Parágrafo
único. Enquanto depuserem o perito, os assistentes técnicos, as partes e as
testemunhas, não poderão os advogados e o Ministério Público intervir ou apartear,
sem licença do juiz

Quem ainda não depôs não pode ouvir o depoimento dos demais. Preferencialmente
deve ocorrer na ordem que o código estipular, se houver um problema ele pode
inverter.
Audiência de Instrução e Julgamento pode ser adiada quando:

Art. 362. A audiência poderá ser adiada:

I - por convenção das partes;

As partes pedem que o juiz marque a audiência em um dia melhor.

II - se não puder comparecer, por motivo justificado, qualquer pessoa que dela deva
necessariamente participar;

Se o advogado trabalha sozinho ele tem que remarcar, se for escritório, outro pode ir.
Mesmo que minutos antes da audiência o advogado bata o carro ou a testemunha
sofra um acidente, a audiência será desmarcada.

III - por atraso injustificado de seu início em tempo superior a 30 (trinta) minutos do
horário marcado

§ 3º Quem der causa ao adiamento responderá pelas despesas acrescidas

REGRAS GERAIS:

Encerrado o depoimento do perito, das partes, testemunhas (se houver), é necessário


apresentar razões finais. Essas razoes deverão ser orais e depois disso é feito o
sentenciamento do processo.

A audiencia pode ter sentença logo após a instrução, faz-se instrução e passa logo para
o julgamento, porém isso é raro, normalmente ocorre a instrução é SOMENTE DEPOIS
o julgamento para que o juiz tenha tempo pra preparar sua sentença.

Art. 363. Havendo antecipação ou adiamento da audiência, o juiz, de ofício ou a


requerimento da parte, determinará a intimação dos advogados ou da sociedade de
advogados para ciência da nova designação.

Art. 364. Finda a instrução, o juiz dará a palavra ao advogado do autor e do réu, bem
como ao membro do Ministério Público, se for o caso de sua intervenção,
sucessivamente, pelo prazo de 20 (vinte) minutos para cada um, prorrogável por 10
(dez) minutos, a critério do juiz.

§ 2o Quando a causa apresentar questões complexas de fato ou de direito, o debate


oral poderá ser substituído por razões finais escritas, que serão apresentadas pelo
autor e pelo réu, bem como pelo Ministério Público, se for o caso de sua intervenção,
em prazos sucessivos de 15 (quinze) dias, assegurada vista dos autos.
As razões finais orais podem ser substituídas por razões orais escritas, onde se destaca
um depoimento relevante oferecido pelas partes. A apresentação de razoes deve ser
de 15 dias (pode haver negocio processual)

ART. 364: § 1o Havendo litisconsorte ou terceiro interveniente, o prazo, que formará


com o da prorrogação um só todo, dividir-se-á entre os do mesmo grupo, se não
convencionarem de modo diverso.

Havendo litisconsorte os 20 minutos serão divididos entre os advogados.

TEORIA DAS PROVAS:

Art. 369. As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os
moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a
verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na
convicção do juiz.

O estudo das provas é dividido entre provas e espécie em estudo das provas. As provas
documentais devem estar acompanhadas da petição inicial, assim como as provas
documentais por parte do réu deverão acompanhar a CONTESTAÇÃO.

As outras que não são documentais deverão ser marcadas pela audiencia de instrução
e julgamento (provas orais)

Quais provas as partes podem produzir? Todas as que comprovarem o fato, porém a
Constituição não aceita provas produzidas por meios ilícitos, por exemplo.

Ex: Confissão mediante tortura.

Princípio em matéria de provas:

Liberdade: As partes tem o direito de empregar todos os meios legais para obter as
provas.

Comunhao das provas: Estabelece que a prova não pertence a quem produziu, mas
sim aos autos e ela deverá ser valorada pelo juiz no momento em que ocorrer o
julgamento da causa. A testemunha pode falar coisas contrarias ao interesse do autor
mas ainda sim as provas foram produzidas.

Art. 371. O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do


sujeito que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu
convencimento.
Da Livre Iniciativa: A produção de provas pode surgir das partes ou do juiz. Se o juiz
quer ouvir uma testemunha e ela não foi alocada ao processo, ele pode exigir que ela
seja com base nesse principio da livre iniciativa.

Art. 376. A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou


consuetudinário provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o juiz determinar.

Obs: O objeto das provas são FATOS, no entanto o art 376 preve que as partes que
alegarem direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário. Ex: Tese do
cidadão pautada em um direito francês, nesse caso ocorre uma exceção para que a lei
citada seja com base no direito francês.

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