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Metodologia de Pesquisa

Material Teórico
Pesquisa Científica – Classificação

Responsável pelo Conteúdo:


Profa. Dra. Ana Barbara Pederiva

Revisão Técnica:
Profa. Dra. Vilma Lima

Revisão Textual:
Profa. Ms. Luciene Oliveira da Costa Santos
Pesquisa Científica – Classificação

• Introdução
• Tipos de Pesquisas
• Diferenças entre o Método Qualitativo e Quantitativo

OBJETIVO DE APRENDIZADO
··Estando no universo acadêmico, é preciso que o aluno adquira o
conhecimento dos diferentes tipos de pesquisa e as linhas gerais
para o desenvolvimento de um projeto científico. O conhecimento
dos diferentes tipos de pesquisas, suas respectivas classificações e
a escolha do método que melhor se aplica à questão da pesquisa e
aos seus objetivos são fundamentais para a obtenção do sucesso na
realização de um trabalho científico. Esta unidade de estudo propicia
exatamente esse tipo de conhecimento. A ideia é inserir o aluno no
mundo da pesquisa e do trabalho científico.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.

Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.

Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.

Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como o seu “momento do estudo”.

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma


alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.

No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão,
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
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Contextualização
Não importa o nível de escolarização, nos cursos, em todos os níveis, será
exigida, da parte do estudante, alguma atividade de pesquisa.

Mas você sabe o que é pesquisa? Qual a sua finalidade?

Você sabia que o Brasil ocupa posição de destaque no ranking de qualidade científica,
Explor

medido a partir de periódicos de impacto? Sim, o Brasil ocupa o primeiro lugar na América
Latina e é 23º no ranking global. As informações estão na edição do Nature Index 2015.

Introdução
Entende-se por pesquisa científica o conjunto de atividades que têm por finalidade
buscar conhecimento para alguma dúvida que se tenha. Trata-se, portanto, de
uma atividade voltada para a solução de problemas teóricos ou práticos com o
emprego de métodos e técnicas científicas. Para Demo (2000, p. 20), “Pesquisa
é entendida tanto como procedimento de fabricação do conhecimento, quanto
como procedimento de aprendizagem (princípio científico e educativo), sendo
parte integrante de todo processo reconstrutivo de conhecimento”.

Inúmeros autores, entre os quais Andrade (1999), Cervo e Bervian (1996), Gil
(1982), Lakatos e Marconi (1991), Salomon (1977) e Severino (2000), ao con-
ceituarem pesquisa científica, concordam que se trata de procedimento eminente-
mente racional, que faz uso de métodos científicos, visando à busca de respostas e
explicações para a questão em estudo. Enfatizam, também, o caráter processual da
pesquisa enquanto atividade que envolve fases, desde a formulação adequada do
problema até a elaboração e apresentação do relatório final ou monografia.

Se continuarmos a buscar definições para o que seja pesquisa, encontraremos


diversas respostas. De maneira bastante simples, pesquisar pode ser entendido
como a procura por respostas para as mais diferenciadas indagações. Isso posto,
podemos concluir que pesquisamos a todo momento, ainda que, certamente, não
o façamos cientificamente, ou seja, de modo sistemático e a partir do emprego de
processos científicos.

Consultar livros e revistas, verificar documentos, conversar com pessoas, fa-


zer perguntas a fim de obter respostas podem ser consideradas formas de se
fazer pesquisa uma vez que se está fazendo uma investigação. Evidentemente,
esse sentido mais genérico de pesquisa se opõe ao conceito de pesquisa cientí-
fica que tem por objetivo comprovar uma hipótese através do uso de processos
científicos. Nesse sentido, a definição de Lakatos e Marconi (2007, p. 157) é
bastante elucidativa, já que faz constar que a pesquisa pode ser considerada “[...]

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um procedimento formal com método de pensamento reflexivo que requer um
tratamento científico e se constitui no caminho para se conhecer a realidade ou
para descobrir verdades parciais”.

Pesquisar cientificamente significa não apenas procurar a verdade, mas,


principalmente, descobrir respostas para perguntas ou soluções para os problemas
levantados através do emprego de métodos científicos.

Antes de darmos prosseguimento, é preciso que fique claro que ainda que
façamos pesquisa em vários momentos de nossa vida cotidiana, não se pode
confundir uma simples indagação com pesquisa científica, já que esta pressupõe
uma atividade científica completa, que vai desde a formulação do problema até a
apresentação de seus resultados.

Um estudo, por sua vez, será considerado científico quando:


• A partir de um marco teórico, discutir ideias e fatos relevantes.
• O assunto tiver caráter relevante e identificável para o autor e leitores.
• Tiver alguma utilidade para a ciência ou comunidade.
• O autor tiver domínio do assunto, capacidade de sistematização, recriação e
crítica do material coletado.
• Apresentar algo inédito.
• A pesquisa indicar com clareza os procedimentos utilizados.
• Fizer constar elementos que possibilitem refutar ou aceitar as conclusões.
• Apresentar de modo rigoroso os documentos e fontes utilizadas.
• A comunicação dos resultados for organizada de modo lógico.
• A escrita estiver gramaticalmente correta.

Após essa ligeira apresentação do que seja a pesquisa, nas próximas páginas,
vamos pensar na pesquisa a partir de sua aplicação nas atividades acadêmicas.
Sim, porque se na ”vida comum” pesquisamos o tempo todo, como já dissemos
anteriormente, imagine isso no cotidiano da vida acadêmica, ou seja, durante o
tempo em que você passar pela universidade, tanto no nível de graduação quanto
de pós-graduação. A pesquisa lhe acompanhará durante todo esse período.

Para Cervo e Bervian (1996), os passos geralmente observados na realização de


pesquisas são os seguintes:
• Formular questões ou propor problemas e levantar hipóteses.
• Efetuar observações e medidas.
• Registrar, tão cuidadosamente quanto possível, os dados observados com o in-
tuito de responder às perguntas formuladas ou comprovar a hipótese levantada.
• Elaborar explicações ou rever conclusões, ideias ou opiniões que estejam em
desacordo com as observações ou com as respostas resultantes.

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• Generalizar, isto é, estender as conclusões obtidas a todos os casos que envolvam


condições similares; a generalização é tarefa do processo chamado indução.
• Prever ou predizer, isto é, antecipar que, dadas certas condições, é de se
esperar que surjam certas relações (CERVO e BERVIAN, 1996, p.46-47).

As pesquisas costumam ser agrupadas de acordo com diferentes critérios e


nomenclaturas. Podem ser classificadas, por exemplo:
• Segundo a área de conhecimento – em pesquisas sociológicas, antropológicas,
educacionais etc.;
• Segundo suas finalidades – em pesquisa pura ou aplicada;
• Segundo as técnicas de coleta e interpretação de dados – em pesquisa
quantitativa e qualitativa;
• Segundo o ambiente em que se desenvolve – em pesquisas de campo, de
laboratório.

A essa diversidade correspondem múltiplas maneiras de interpretar os dados


obtidos. São os diferentes marcos epistemológicos de que se lança mão para a
compreensão da realidade estudada. O resultado não deve constituir uma verdade
única, absoluta e inquestionável, mas uma forma de conhecimento que atribui um
determinado sentido (não dogmático) àquele aspecto particular do real.

Conforme esclarece Pádua (1996), a classificação das pesquisas em diferentes


tipos surgiu com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento das próprias
pesquisas. A autora, entretanto, observa:
Para além do formalismo que uma tipologia requer, devemos reconhecer
que o fundamental é compreender a realidade em seus múltiplos aspectos
e, para tanto, essa compreensão vai requerer, e talvez admitir, diferentes
enfoques, diferentes níveis de aprofundamento, diferentes recursos,
dependendo dos objetivos a serem alcançados e as possibilidades do
próprio pesquisador para desenvolvê-los. (PÁDUA, 1996, p. 32-33)

Tipos de Pesquisas
Como já fora dito, o interesse e principalmente a curiosidade fazem com que o
homem investigue sua realidade sob os mais diversificados aspectos e dimensões.
É fato, também, que essa busca pelo conhecimento admite níveis diferenciados de
enfoques e aprofundamentos em função do objeto de estudo, dos objetivos e da
qualificação do pesquisador.

Isso posto, fica evidente e natural a existência de inúmeros tipos de pesquisa,


cada uma delas com suas especificidades.

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Pesquisa Exploratória

Pesquisa Descritiva

Pesquisa Básica Pesquisa Explicativa

Quanto à Quanto aos Quanto aos


Natureza Objetivos Procedimentos

Pesquisa Aplicada
Pesquisa Bibliográfica

Pesquisa Documental

Estudo de Caso Pesquisa Experimental

Pesquisa-Ação Pesquisa Operacional

Pesquisa Participante

Expost-Facto

Figura 1
Fonte: Adaptado de Silva (2004)

A Pesquisa, sob o Ponto de Vista da sua Natureza:


a) Pesquisa básica: gera conhecimentos novos e úteis para o progresso da
ciência sem aplicação prática prevista. De acordo com a ABNT, esse tipo de
pesquisa destina-se à investigação de fenômenos físicos e seus fundamentos.
b) Pesquisa aplicada: gera conhecimentos para aplicação prática com foco
na solução de problemas específicos.

A Pesquisa, Sob o Ponto de Vista de seus Objetivos:


a) Pesquisa exploratória: muito utilizada para familiarizar-se com um assunto
ainda pouco conhecido ou explorado. Assume, em geral, as formas das
pesquisas bibliográficas e estudos de caso.
b) Pesquisa descritiva: utilizada quando se quer observar, analisar e correla-
cionar fatos ou fenômenos sem, no entanto, interferir neles. Considerando
que nesse tipo de pesquisa trabalha-se com dados ou fatos colhidos da
própria realidade é indicado o uso de técnicas padronizadas de coleta de
dados. Assume, em geral, a forma de levantamento.

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c) Pesquisa explicativa: utilizada primordialmente quando se quer identificar


fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos.
É utilizada quando se quer saber o porquê das coisas, ou seja, suas razões.
Busca-se, neste tipo de pesquisa, apresentar o modo ou o motivo pelo qual
o fenômeno é produzido.

A pesquisa sob o ponto de vista de seus procedimentos técnicos:


a) Pesquisa bibliográfica: quando organizada a partir de material já publicado,
como livros, revistas, publicações em periódicos e artigos científicos, jornais,
boletins, monografias, dissertações, teses, material cartográfico, internet. O
foco desse tipo de pesquisa é familiarizar o pesquisador com todo material
já escrito sobre o assunto da pesquisa.

O uso deste procedimento deve ser uma rotina tanto na vida profissional de
professores e pesquisadores, quanto na dos estudantes. Isso porque a pesquisa
bibliográfica tem por objetivo conhecer as diferentes contribuições científicas
disponíveis sobre determinado tema. Ela dá suporte a todas as fases de qualquer
tipo de pesquisa, uma vez que auxilia na definição do problema, na determinação
dos objetivos, na construção de hipóteses, na fundamentação da justificativa da
escolha do tema e na elaboração de qualquer trabalho científico.

b) Pesquisa documental: muito confundida com a pesquisa bibliográfica,


no entanto, enquanto a pesquisa bibliográfica se utiliza das contribuições
de vários autores, a pesquisa documental baseia-se em materiais que não
receberam qualquer tratamento analítico ou que podem ser reelaborados
de acordo com os objetivos da pesquisa.
c) Pesquisa experimental: neste tipo de pesquisa, tem-se como objetivo
demonstrar como e por que determinado fato é produzido. Ainda que
esse tipo de pesquisa não se resuma a pesquisas de laboratório, é mais
frequentemente utilizada nas ciências tecnológicas e nas ciências biológicas.
d) Levantamento (survey): bastante utilizado nos estudos descritivos quando
se deseja conhecer a opinião das pessoas. Esse tipo de estudo destina-se a
pesquisa em grande escala, ou seja, quando se pretende saber a opinião de
um grande número de entrevistados.
e) Pesquisa de campo: entendida como aquele tipo de pesquisa que preten-
de buscar a informação diretamente com a população pesquisada, consiste,
portando, na observação de fatos e fenômenos tal como ocorrem. É preciso
considerar que nestes tipos de estudo o pesquisador precisa ir ao espaço onde
o fenômeno ocorre, ou ocorreu, para reunir as informações necessárias.

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f) Estudo de caso: consiste no estudo aprofundado e exaustivo de um
determinado indivíduo, família, grupo ou comunidade de maneira
que permita seu amplo e detalhado conhecimento. A ideia é que esse
conhecimento seja posteriormente generalizado, portanto, o sujeito de
pesquisa deverá poder representar seu universo.
g) Pesquisa ex-post-facto: como o nome sugere, esse tipo de estudo analisa
situações que se desenvolveram após algum acontecimento. A ideia é
estudar um fenômeno já ocorrido para tentarmos explicá- lo e entendê-lo.
h) Pesquisa-ação: neste tipo de pesquisa, os pesquisadores e os sujeitos de
pesquisa estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. Além
disso, pressupõe além da pesquisa a resolução de um problema coletivo ou
a efetivação de alguma ação prática.
i) Pesquisa participante: este tipo de estudo, assim como a pesquisa-ação,
caracteriza-se pela interação entre pesquisadores e membros das situações
investigadas. A diferença básica é que neste tipo de pesquisa não há a
resolução de problemas e o pesquisador não é neutro, ele elabora suas
conclusões em conjunto com os sujeitos pesquisados. Assim sendo, o
conhecimento é construído coletivamente.

A pesquisa sob o ponto de vista da abordagem do problema:


a) Pesquisa qualitativa: configura-se como aquele tipo de pesquisa que bus-
ca entender um fenômeno específico em profundidade. Ao invés de esta-
tísticas, regras e outras generalizações, este método trabalha com descri-
ções, comparações e interpretações. Neste tipo de pesquisa, considera-se
a complexidade e a particularidade dos fenômenos, e procura-se na rea-
lidade alcançar o entendimento das singularidades e não da generaliza-
ção. A abordagem qualitativa, portanto, realça os valores, as crenças, as
representações, as opiniões, atitudes e usualmente é empregada para que o
pesquisador compreenda os fenômenos caracterizados por um alto grau de
complexidade interna do fenômeno pesquisado. Os métodos que caracteri-
zam a pesquisa qualitativa são: o dialético, por ser a relação sujeito-objeto
dinâmica, e o fenomenológico, visto que a experiência e o cotidiano são
aspectos essenciais, aos quais o pesquisador deverá dedicar-se para ultra-
passar as aparências.

No método qualitativo, não se obtém resultados numéricos, mas sim respostas,


pensamentos e projeções dos indivíduos e isso o caracteriza como um método de
pesquisa exploratório.

b) Pesquisa quantitativa: provavelmente a mais utilizada e a que você já


ouviu falar. Neste tipo de estudo, prioriza-se a tradução das informações
em número, frequência e intensidade. Como o próprio nome já sugere,

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quantifica resultados, avalia as opiniões extraídas de forma numérica com


perguntas objetivas. O método quantitativo na pesquisa científica está
associado à experimentação e manipulação do objeto estudado em uma
população ou universo. Em toda pesquisa quantitativa existe uma população
ou universo a ser pesquisado, ou seja, a ser ouvido. Na impossibilidade de
se estudar toda essa população, por limitação de tempo, recursos técnicos,
financeiros, humanos, geográficos, entre outros, pode-se trabalhar com a
teoria amostral. Assim sendo, do TODO (população – universo), estabelece-
se uma amostra ou parte representativa dessa população que tanto pode ser
probabilística quanto não probabilística.

Técnicas de pesquisa
Agora que já conhecemos todos os tipos de pesquisa é necessário conhecermos
as técnicas de coleta de dados, bem como, os instrumentos de coleta de dados.
Alguns exemplos de Técnicas de coleta de dados:
·· Entrevista
·· Levantamentos ou enquetes
·· Observações
·· Censos
·· Grupos focais (uma variação da entrevista)
·· Leitura de documentos e obras
·· Análise de discurso
·· Análise de conteúdo
·· Análise argumentativa
·· Análise de conversação e de fala
·· Análise retórica
·· História de vida, e etc.

Alguns exemplos de Instrumentos de coleta de dados:


·· Questionário
·· Roteiro de Entrevista
·· Roteiro de Observação

Importante! Importante!

A escolha do tipo de pesquisa sugere a técnica de coleta de dados, que por sua vez,
indica os instrumentos de coleta de dados.

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Amostragem Probabilística
No caso da amostra probabilística, há a possibilidade de todos os elementos da
população terem possibilidade conhecida, diferente de zero, de serem incluídos na
amostra, o que garante a representatividade da amostra em relação à população.
Os tipos de amostra probabilísticas são: aleatória, sistemática, estratificada e por
conglomerado.

Amostragem não probabilística


Já no caso da amostra não probabilística, a escolha dos elementos da amostra
é feita de forma não aleatória, ou seja, de forma racional de acordo com a
necessidade e conveniência do pesquisador. Os tipos de amostra não probabilísticas
são: conveniência, quota, julgamento e bola de neve.

Diferenças entre o Método Qualitativo


e Quantitativo
Uma vez definido o tema da pesquisa, deve-se escolher entre realizar uma pesquisa
qualitativa ou uma quantitativa. Uma não substitui a outra: elas se complementam.

As pesquisas qualitativas têm caráter exploratório: estimulam os entrevistados a


pensar e falar livremente sobre algum tema, objeto ou conceito. Elas fazem emergir
aspectos subjetivos, atingem motivações não explícitas, ou mesmo não conscientes,
de forma espontânea.

As pesquisas quantitativas são mais adequadas para apurar opiniões e atitudes


explícitas e conscientes dos entrevistados, pois utilizam instrumentos padronizados
(questionários). São utilizadas quando se sabe exatamente o que deve ser perguntado
para atingir os objetivos da pesquisa. Permitem que se realizem projeções para a
população representada. Elas testam, de forma precisa, as hipóteses levantadas
para a pesquisa e fornecem índices que podem ser comparados com outros.

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

  Sites
Amostragem Probabilística e não Probabilística
https://goo.gl/cDD2HH

 Leitura
Métodos Estatísticos
https://goo.gl/DS9I59

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Referências
BARROS, A. J. P. de; LEHFELD, N. A. de. Projeto de pesquisa: propostas m
etodológicas. 4. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.

DEMO, P. Metodologia do conhecimento científico. São Paulo: Atlas, 2000.

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

______. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Fundamentos de metodologia científica.


6. ed. 5. reimp. São Paulo: Atlas, 2007.

SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 22. ed. rev. ampl. São


Paulo: Cortez, 2002.

______. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. rev. e atual. São Paulo:
Cortez, 2007.

SILVA, C. R. O. Metodologia do trabalho científico. Fortaleza: Centro Federal


de Educação Tecnológica do Ceará, 2004.

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