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[ 4 WEB ]

Narciso Santos

Objectivo: Criação de uma entidade empresarial vocacionada para a prestação de


vários serviços através do comercio electrónico.

IPAM MATOSINHOS – JANEIRO DE 2008


Projeto nº POISE-01-3524-FSE-003236
Modular/UFCD: 4565-Gestão de projeto

Índice

Apresentação ...............................................................................................3
Sumário Executivo .....................................................................................4
4 WEB: Os Serviços ...................................................................................5
4 WEB: O comércio electrónico ................................................................6
4 WEB: Mercado Alvo ...............................................................................8
4 WEB: Tipos de comércio electrónico .....................................................9
4WEB: Análise SWOT .............................................................................11
4WEB:Concorrencia.................................................................................15
Avaliação do Projecto: 4WEB .................................................................16
1. Avaliação económica financeira ................................................16
1.1. Dados da 4 WEB ............................................................16
1.2. Plano de Investimento ...................................................17
1.3. Plano Financeiro ............................................................18
1.4. Plano de Exploração .....................................................18
1.5. Plano de Rendibilidade do Projecto ............................18
4 WEB: Considerações finais...................................................................31
Conclusão ..................................................................................................32
Bibliografia ................................................................................................33
Anexos ........................................................................................................34

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FORMADOR(A): BRA809_Narciso Santos
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Apresentação

A empresa será constituída por quatro jovens empreendedores que ambicionam


entrar no mundo dos negócios, nomeadamente, no comércio electrónico.
Liliana Marques, um dos elementos, é licenciada em Ciências da Comunicação,
tendo uma especialização em Jornalismo de Imprensa. Durante dois anos desempenhou
funções de investigação e redactoriais no Jornal Expresso e há cerca de três anos é
colaboradora na QuidNovi, uma editora de livros, onde ocupa o cargo de Marketeer. Já
Narciso Santos, tem uma licenciatura em Relações Internacionais Ramo Ecónomico-
Político, e, encontra-se a trabalhar como Director de Marketing. Ambos frequentam
actualmente o Mestrado em Gestão de Marketing, no IPAM, lugar onde se conheceram
e onde nasceu a ideia deste projecto inovador. Os outros dois elementos Ana Lima e
Filipe Sousa encontram-se a finalizar a licenciatura em Tecnologias de Computação
Gráfica e Multimédia.
Com o contributo e conhecimentos distintos que cada um de nós tem nas
respectivas áreas, as previsões apontam um projecto inovador com um futuro
auspicioso.
Numa primeira fase deste projecto, será apresentado um catálogo de serviços da
oferta que temos para os nossos potenciais clientes.
De seguida, mostraremos a evolução significativa que tem havido nesta área de
negócio e faremos uma análise SWOT sintética, em que vamos expor os pontos fortes e
fracos deste ramo e as oportunidades e as ameaças deste mercado.
Finalmente, faremos uma análise económico-financeira que terá como função
elucidar o potencial e viabilidade económica do projecto.
Com o presente projecto esperamos contribuir para uma elucidação dos nossos
propósitos, tendo, no entanto, consciência que muito mais poderia ter sido escrito, daí
que estejamos disponíveis para prestar qualquer informação adicional que considere
pertinente.

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Sumario Executivo

4 WEB é uma pequena empresa que actua no Mercado do Comercio Electrónico,


tendo como actividades principais a produção de Websites, Design Gráfico, Marketing e
Comunicação e Vendas On-line.
O objectivo deste projecto reside na constituição de uma empresa (4 WEB),
tendo em conta, o seu actual sector de actividade e a nova aposta da empresa neste
mercado, cada vez ais, procurado.
O Mercado Digital, assume uma importância significativa no nosso país,
encontrando-se actualmente em grande expansão, tendo como principais causas as
dificuldades de tipo conjuntural, que estão directamente relacionadas com a situação
económica no país. Este mercado caracteriza-se pela sua facilidade de serviços que pode
disponibilizar aos consumidores, sem que estes precisem sair de suas casas.

A empresa 4 WEB no sector de prestação de serviços on-line possui uma alta e


boa distribuição numérica, uma vez que, os seus produtos encontram-se disponíveis de
Norte a Sul do país, incluindo os arquipélagos dos Açores e da Madeira, 24 horas por
dia.
Tendo em conta todo este cenário, consideramos que este é o momento
apropriado para posicionar a empresa e os seus produtos, tendo em conta os sectores de
actividade e os objectivos a atingir, sendo assim, é passível posicionar estes serviços
que disponibilizamos a preços competitivos e com uma entrega rápida. No mercado
digital e especializado o posicionamento destes produtos está intrinsecamente
relacionado com o factor relação qualidade/preço e a função inovadora incorporada na
utilidade destes produtos.
A estratégia delineada baseia-se na diferenciação do produto, pelo
desenvolvimento de websites onde faremos páginas de internet, logótipos para

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empresas, flyers e modelação 3D, assim como, acções de comunicação e de marketing


onde iremos publicitar as empresas na nossa página de modo a fidelizar novos clientes.

4WEB: Os serviços

A 4 WEB será uma empresa vocacionada para a prestação de serviços cuja


promoção e divulgação dos mesmos será através do comércio electrónico.
Inicialmente, a empresa não terá um espaço físico, existindo, apenas, virtualmente. No
entanto, os nossos clientes terão um acompanhamento profissional e individual.
Assim sendo, vamos facultar os seguintes serviços aos nossos prezados clientes:

 Design: Web design;


 Web sites;
 Multimédia;
 Design gráfico;
 Marketing e Comunicação;
 Lançamento de marcas;
 Promoção de serviços dos clientes;
 Vendas on-line (automóveis, imóveis).

Um dos nossos objectivos é proporcionar aos nossos potenciais clientes uma


oferta, onde os seus negócios sejam um sucesso. A internet, como é sabido, cada vez
mais é o veículo requisitado para fazer compras, investimentos, comunicações,
pagamentos, entre outros.
Através do web design faremos páginas de Internet tanto estáticas como dinâmicas
– as quais servirão para apresentar os serviços e produtos dos nossos clientes a nível
profissional, ou somente uma página pessoal –, logótipos para empresas, flyers – cujo
objectivo será publicitar os serviços e produtos dos nossos clientes – e modelação 3D –

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simulação virtual de edifícios e ambientes. Através do Marketing e da Comunicação


iremos publicitar as empresas na nossa página de modo a angariar novos clientes aos
nossos clientes. Iremos, também, ter um stand virtual, onde constará uma base de dados
com contactos angariados pela nossa empresa.

4WEB: O comércio electrónico

Estamos perante a Revolução Industrial do século XXI: A Revolução Digital. Da


mesma forma que a Revolução Industrial do século XVIII alterou métodos de trabalho,
aumentando a produtividade, a Revolução Digital, com a difusão das redes informáticas,
proporcionou aos indivíduos um aumento da eficiência de trabalho e a adopção de
novos métodos de organização de vida. Alteraram-se hábitos e métodos de trabalho
radicalmente.
A chegada da tecnologia World Wide Web durante a década de 90 permitiu um
reequacionamento das estratégias de actuação no mercado empresarial, com especial
relevância para o novo relacionamento entre clientes e fornecedores. Desta maneira, o
comércio electrónico surgiu como a nova alternativa no processo de compra e venda,
vindo a afirmar-se gradualmente num factor essencial de competitividade e num
fortíssimo indutor de produtividade para a generalidade das empresas, já que lhes
oferece novos modelos de compra, de venda e de fornecimento de serviços aos clientes.
Mas, o que é afinal o comércio electrónico? De acordo com o International Data
Corporation podemos designar por comércio electrónico “ todo o processo pelo qual
uma encomenda é colocada ou aceite através da Internet, ou de outro qualquer meio
electrónico, representando, como consequência, um compromisso para uma futura
transferência de fundos em troca de produtos ou serviços.” Ou ainda, segundo o
Eurostat, o comércio electrónico é “ a transacção de bens e serviços entre computadores
mediados por redes informáticas, sendo que o pagamento ou entregas dos produtos
transaccionados não terá que ser, necessariamente, feito através dessas redes.” Daí que,
o que realmente distingue este comércio do tradicional é a forma como a informação é
processada entre as partes interessadas.

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O comércio electrónico é, portanto, o futuro do sector terciário, quiçá, será mesmo


o novo sector quaternário.
Segundo a Anacom o “ mercado da Internet é muito mais do que uma moda
passageira”. Daí que a mesma fonte realce que “nos próximos 5 anos, a indústria do
comércio electrónico continuará a crescer em larga escala em Portugal, (…). Um
crescimento apoiado em soluções mais sofisticadas e na evolução da Internet, que vai
acabar por entrar no quotidiano de um número cada vez maior de pessoas”.

Portanto, as vendas através da Internet cresceram, e tudo aponta para que este
crescimento continue, já que em 2006 as compras on-line cresceram 101%. Esta
evolução pode ser confirmada pelo seguinte gráfico publicado no semanário Expresso:

Um estudo efectuado pelo grupo Sonae vem corroborar com a mesma teoria do
crescimento das vendas on-line, do qual destacamos o seguinte gráfico:
Error! Objects cannot be created from editing field codes.De acordo com estes
estudos podemos depreender que o aumento dos utilizadores/compradores on-line está
aumentar criando uma óptima oportunidade de negócio.

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4WEB: Mercado Alvo

Segundo os gráficos acima descritos a nossa empresa terá como publico alvo todas
as empresas interessadas em promover-se electronicamente, isto no segmento B2B.
Quanto ao segmento B2C a empresa terá como mercado alvo todos os
consumidores de classe media, media alta e classe alta, especialmente clientes com
idades entre os 20 e os 50 anos, com forte incidência sobre o sexo masculino dado que
este é que maior compras faz através de Internet (sem menosprezar o publico feminino).

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4WEB: Tipos de comércio electrónico

De entre as inúmeras possibilidades existentes para a classificação do comércio


electrónico (consoante, por exemplo, o tipo de produto ou serviço transaccionado, o
sector de actividade a que correspondem, a tecnologia de suporte usada, os montantes
envolvidos nas transacções ou o tipo de intervenientes no processo), a literatura tem
recorrido, preferencialmente ao tipo de intervenientes envolvidos nas transacções.
De acordo com esta classificação, reconhecem-se quatro tipos principais de
comércio electrónico:

 Business-to-Business (B2B);
 Business-to-Consumer (B2C);
 Business-to-Administration (B2A);
 Consumer-to-Administration (C2A).

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A 4 WEB irá debruçar-se especialmente no Business-to-Business, por exemplo


na criação de web sites, e no Business-to-Consumer, a título de exemplo: a venda de
automóveis.

BUSINESS-TO-BUSINESS (B2B)

O comércio Business-to-Business (B2B) engloba todas as transacções


electrónicas efectuadas entre empresas. Correspondendo, actualmente, a cerca de 90%
do comércio electrónico realizado em Portugal,
Apesar do comércio B2B já se praticar há algumas décadas, é com o recurso às
mais recentes tecnologias disponíveis que o modelo B2B tem vindo a incentivar
inovadoras formas de cooperação empresarial, tornando as empresas cada vez mais
competitivas e ajudando-as a enfrentar, com sucesso, os novos desafios da globalização.
Neste momento a 4 WEB já se encontra a trabalhar neste tipo de comércio.

BUSINESS-TO-CONSUMER (B2C)

O segmento Business-to-Consumer corresponde à secção de retalho do comércio


electrónico e caracteriza-se pelo estabelecimento de relações comerciais electrónicas

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entre as empresas e os consumidores finais. O estabelecimento deste tipo de relações


pode ser mais dinâmico e mais fácil, mas também mais esporádico ou descontinuado.
Este género de comércio tem-se desenvolvido significativo devido ao advento da
web, existindo já várias lojas virtuais e centros comerciais na Internet que
comercializam todo o tipo de bens de consumo, tais como computadores, software,
livros, CDs, automóveis, produtos alimentares, produtos financeiros, publicações
digitais, etc.. tendo o cliente um atendimento igualmente personalizado e a rapidez na
concretização do seu pedido.
Neste tipo de comércio será a prestação de serviços na venda de automóveis e de
imóveis.

BUSINESS-TO-ADMINISTRATION (B2A)

Esta categoria do comércio electrónico cobre todas as transacções on-line


realizadas entre as empresas e a Administração Pública. Esta é uma área que envolve
uma grande quantidade e diversidade de serviços, designadamente nas áreas fiscal, da
segurança social, do emprego, dos registos e notariado, etc. Apesar de este segmento se
encontrar ainda numa fase inicial de desenvolvimento, tende a aumentar rapidamente,
nomeadamente com a promoção do comércio electrónico na Administração Pública e
com os mais recentes investimentos no e-government.

CONSUMER-TO-ADMINISTRATION (C2A)

O modelo Consumer-to-Administration abrange todas as transacções


electrónicas efectuadas entre os indivíduos e a Administração Pública. Entre as várias
áreas de aplicação, salienta-se a segurança social (através da divulgação de informação,
realização de pagamentos, etc.), a saúde (marcação de consultas, informação sobre
doenças, pagamento de serviços de saúde, etc.), a educação (divulgação de informação,
formação à distância, etc.) e os impostos (entrega das declarações, pagamentos, etc.).
Ambos os modelos que envolvem a Administração Pública (B2A e C2A) estão
fortemente associados à ideia de modernização, agilização, transparência e qualidade do
serviço público, aspectos cada vez mais realçados pela generalidade das entidades
governamentais.

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4WEB: Análise Swot

De seguida, vamos proceder a uma análise Swot do comércio electrónico. Mais


concretamente, vamos tentar enumerar e discutir as principais Forças, Fraquezas,
Oportunidades e Ameaças (SWOT – Strengths, Weakness, Opportunities and Threats)
suscitadas pelo comércio electrónico.

FORÇAS

Entre as forças associadas ao comércio electrónico, destaca-se o facto de se


poder atingir um mercado à escala global (sem que isso implique, necessariamente, um
grande esforço financeiro) e a possibilidade de se desenvolver serviços focados nos
consumidores finais. Como consequência, na maior parte dos casos, pode-se aligeirar,

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ou até mesmo eliminar, a cadeia de distribuição dos produtos. Enumeremos, então, as


principais forças associadas ao comércio electrónico:

 Mercado global: os limites deste tipo de comércio não são definidos


geograficamente, mas antes pela cobertura das redes informáticas, o que permite aos
consumidores proceder a uma escolha global (obter informação e comparar as ofertas de
todos os potenciais fornecedores, independentemente das suas localizações);
 Ênfase no consumidor final/personalização dos produtos e serviços: com a
interacção electrónica, os fornecedores conseguem recolher informação sobre os gostos
e necessidades dos potenciais clientes, permitindo dessa forma oferecer produtos e
serviços que se adeqúem às preferências individuais do mercado-alvo;
 Aumento da produtividade/competitividade/qualidade: o comércio electrónico
permite aos fornecedores colocarem-se “mais próximos” dos clientes, traduzindo-se em
ganhos de produtividade e competitividade para as empresas; como consequência, o
consumidor sai beneficiado com a melhoria na qualidade do serviço, resultante da maior
proximidade e de um suporte pré e pós-venda mais eficiente;
 Serviços permanentemente operacionais (from anywhere, at anytime): com as
novas formas de comércio electrónico, os consumidores passam a dispor de lojas
virtuais abertas 24 horas por dia;

 Aligeirar cadeias de distribuição: o comércio electrónico pode permitir uma mais


eficiente distribuição directa dos produtos pelos consumidores finais (evitando os
tradicionais importadores, grossistas e retalhistas), tanto em termos de custos, como em
termos de rapidez no serviço; esta característica será ainda mais vantajosa quando se
tratar de artigos passíveis de entrega electrónica, caso em que a cadeia de distribuição
poderá ser eliminada por completo;
 Redução de custos: quanto mais rotineiro for um determinado processo comercial,
maior será a probabilidade do seu desenvolvimento electrónico ser coroado de êxito,
resultando numa significativa redução dos custos de transacção e, logicamente, dos
preços praticados aos clientes.
Como consequência de todos estes aspectos (que, em maior ou menor grau, estão inter-
relacionados), as empresas beneficiarão de um significativo aumento das oportunidades

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e de um reforço da sua competitividade, o que implicará, igualmente, ganhos ao nível


dos consumidores, nomeadamente com a melhoria da qualidade e redução dos preços
dos produtos e serviços disponibilizados.

FRAQUEZAS

Entre as possíveis fraquezas associadas ao comércio electrónico, podemos


destacar:
 Dependência das TIC: maior dependência da 4web face às tecnologias da
informação e da comunicação;
 Infra-estruturas de comunicação deficientes ou mal dimensionadas: possível
existência de deficientes infra-estruturas de comunicação, nomeadamente ao nível da
largura de banda e capacidade computacional no acesso a determinados servidores;
 Elevado custo das telecomunicações: Elevado custo das telecomunicações:
elevados custos das telecomunicações, principalmente quando comparado com outros
países europeus;
 Quadro legislativo Insuficiente: insuficiência de legislação que regule
adequadamente as novas actividades do comércio electrónico, quer ao nível nacional,
quer ao nível internacional.

 Cultura de mercado avessa às formas electrónicas de comércio: por exemplo, o


facto de os potenciais clientes não poderem tocar ou experimentar os produtos, tal como
acontece nas lojas convencionais, poderá ser um impedimento à sua aceitação;
 Desvantagem de uma excessiva interacção com os clientes: quando levada ao
extremo, a interacção com os clientes (vista como uma das grandes vantagens do
comércio electrónico) pode revelar-se bastante negativa; por exemplo, lidar diariamente
com três mil mensagens electrónicas exigirá uma reacção muito mais rápida por parte
da 4web, pois um problema não resolvido levará a um cliente insatisfeito.

OPORTUNIDADES

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São muitas as oportunidades que surgem com o comércio electrónico na


Internet. De um modo geral, a 4 WEB associa dois serviços que normalmente são
prestados separadamente, web design e tudo o que lhe está associado e a promoção de
serviços e produtos dos nossos clientes. Além do que, a empresa terá a possibilidade de
atingir, mais facilmente, novos e alargados mercados.

AMEAÇAS

Um dos factores que pode ameaçar o sucesso da 4 WEB é a falta de


consciencialização para o comércio electrónico. Torna-se, portanto, urgente
consciencializar a sociedade em geral, e o mundo empresarial em particular, dos
benefícios do comércio electrónico, divulgar exemplos da sua aplicação, bem como
providenciar educação e formação adequada.
Outra grande ameaça consiste em deixar de fora uma percentagem significativa
da população ou do tecido empresarial deste novo modelo sócio-económico,
simplesmente por desconhecimento desta nova realidade.
Também podem considerar-se ameaças à intensificação deste processo
evolutivo, a perda de privacidade dos utilizadores ou a insegurança na realização das
transacções comerciais, tornando os nossos potenciais clientes reticentes a recorrerem
aos nossos serviços.
Para ultrapassar estas limitações, a 4 WEB tudo fará para dar confiança aos
nossos clientes de modo a garantir a privacidade e a segurança das transacções, pois a

alma do nosso negócio será a confidencialidade e a autenticação, o que permitirá que as


partes envolvidas numa determinada transacção electrónica se certifiquem da identidade
uma da outra.

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CONCORRÊNCIA

Um dos aspectos fulcrais de qualquer empresa para a “sua sobrevivência” é o


estudo da sua concorrência, porque quem descurar esta com certeza que irá enfrentar
grandes dificuldades ou até mesmo a sua extinção.
Conhecer os nossos rivais é a melhor forma de os enfrentar. Cada vez é mais
complicado diferenciar a nossa oferta da sua concorrência. Os concorrentes também
analisam o mercado, inovam e criam propostas que podem ver-se premiadas com um
incremento da penetração dos mercados e da quota de clientes.

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Ao colocarmos num motor de busca “Web Design Viana do Castelo” aparece-


nos 80.600 paginas referentes a estas palavras, por isso surge a questão de como
sobreviver a esta tamanha concorrência dentro da cidade que queremos operar, e não
descurando que a Internet é global e uma empresa de Viana do Castelo pode sem
qualquer problema solicitar que o seu site seja desenvolvido por uma empresa do sul do
país, devido à mundializaçao do fenómeno, Internet.
A nossa concorrência oferece os mesmos serviços que nós, contudo apostamos
na diferenciação, inovação, novos serviços e apostar na segmentação deste mercado.
Um dos exemplos que poderemos dar desta diferenciação é os serviços prestados, todos
os nossos concorrentes têm os mesmos produtos para vender, mas nós além dos
determinados produtos “considerados normais” apostamos por o comercio electrónico
de venda de imóveis e de viaturas on-line, um processo de diferenciação que nenhuma
empresa da concorrência oferece.
A nossa segmentação será também outra “maneira de fugir” a concorrência, na
parte da prestação de serviços será um publico de classe média-alta e alta, dado que só
venderemos viaturas de marca prestigiada, como o caso de BMW, Mercedes, Porche,
Maseratti, Ferrari, etc. Os imóveis serão imóveis de luxo, como os imóveis do Convento
das Bernardas e do Lux de Tavira (www.luxtavira.com), sites já realizados por nós.
Temos já um excelente background de trabalhos já efectuados para empresas
prestigiadas e queremos continuar o trabalho conseguido até ao momento, equipa jovem
mas com algum “traquejo” no ramo.

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AVALIAÇÃO DO PROJECTO: 4WEB

1. Avaliação Económico-financeira

A implementação de um projecto de investimento, ou no presente caso a criação


de uma empresa, é algo que deve ser bem pensado, estudado, analisado e ponderado.
Não deve ser uma atitude a ser tomada de ânimo leve, pois se assim for corremos o risco
de vir a integrar a rapidamente a estatística das empresas na falência. Tal cenário não é
desejado, pois o lado racional vai querer maximizar o valor investido, e o lado
emocional não gosta de ver algo que é fruto do seu trabalho não ser recompensado.
Portanto, ao avançar com um projecto temos de ter garantias mínimas da
viabilidade do mesmo, para bem-estar racional, emocional e monetário dos seus
empreendedores.
Assim sendo, devemos fazer uma avaliação económico-financeira da 4 WEB,
através da pesquisa/projecção de dados do projecto, com os quais poderemos elaborar o
plano de investimento, de exploração, financiamento e rendibilidade do projecto.

1.1. Dados da 4WEB

A 4web será uma empresa vocacionada para a prestação de serviços cuja


promoção e divulgação dos mesmos será através do comércio electrónico.
Assim sendo, vamos facultar os seguintes serviços aos nossos prezados clientes:
Web sites;
Design gráfico;
Marketing e Comunicação;

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Vendas on-line (automóveis, imobiliário, etc.).


Deste modo, vamos proporcionar aos nossos clientes um vislumbre do futuro.
Através do web design faremos páginas de Internet tanto estáticas, logótipos para
empresas, flyers e modelação 3D. Através do Marketing e da comunicação iremos
publicitar as empresas na nossa página de modo a angariar novos clientes aos nossos
clientes. Iremos, também, ter um stand virtual através dos contactos angariados pelos
nossos colaboradores.

De seguida vamos projectar a prestação dos serviços acima mencionados. (Excell:


Vendas e prestação de serviços).
Esta projecção indica quanto serviços prevemos prestar de cada serviço que vamos
colocar ao dispor dos nossos cliente. Julgamos tratar-se de previsões realistas, contudo,
não passam de previsões, e o futuro é incerto apesar de todos os mecanismos que temos
ao nosso dispor para o tornar menos imprevisível. Assim sendo, julgamos que as
progressões de 2,4,6,8,10,14,14,12,12,12,12,12 flyers por mês; 0,0,0,1,1,2,4,4,6,6,4,4,
automóveis por mês; 0,0,1,1,2,2,3,3,2,3,4,4 moradias/apartamentos por mês;
3,4,5,6,7,8,7,7,7,7,6,6 sites por mês; 3,5,4,5,6,5,6,7,6,6,6,6 logotipos por mês;
1,2,3,3,2,2,3,3,3,3,2,3 promoção/Marketing por mês, são progressões viáveis e
alcançáveis.
De seguida demonstraremos os pressupostos de crescimento que temos para cada
um dos nossos serviços para os próximos quatro anos. (Excell: Pressupostos)
A seguir mostraremos os Custos com as mercadorias vendidas e matérias
consumidas. De realçar que os nossos custos nesta rubrica correspondem somente a
papel e a toners porque os serviços que prestamos advêm da capacidade criativa dos
nossos técnicos, e não correspondem à junção da matéria-prima A com B. O papel e os
toners são matérias-primas utilizadas para a criação dos flyers. Quanto aos automóveis e
aos produtos imobiliários trabalharemos à comissão, portanto, não precisaremos de
comprar o carro ou a moradia. (Excell: CMVMC)
Apresentaremos os custos com o Fornecimento de Serviços Externos (FSE); os
Custos com o Pessoal; Cálculos Auxiliares que reúne os custos gerais que a 4 WEB terá
com o Estado a nível de pagamento de IVA e IRC, e, com o pessoal.
(Excell:FSE,C.Pess., Cal.Auxil.)

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1.2. Plano de Investimento

Uma rubrica importante corresponde ao nosso plano de investimento. Este plano


indica o que consideramos essencial para o início da actividade, tanto a nível de
hardware, software (que são os nossos utensílios básicos ao par dos nossos recursos
técnicos humanos), como de mobiliário e material de transporte. (Excell: Pl. Invest.)

1.3. Plano Financeiro

O nosso plano financeiro é pertinente pois corresponde somente ao capital social


introduzido pelos sócios e obrigatório por lei. O valor do investimento irá ser pago pelo
subsídio a fundo perdido concedido pelo Centro de Emprego e Formação Profissional.
(Excell: Pl. Financ.)

1.4. Plano de Exploração

Com os valores supracitados estaremos prontos para prognosticar sobre o nosso


orçamento de tesouraria, o qual espelhará todas as entradas monetárias, custos
sustentados. Será um barómetro do bem-estar da nossa tesouraria. (Excell: Orç.Tes.)

1.5. Plano da Rendibilidade do Projecto

Com os dados supra mencionados introduzidos nas folhas de Excel obteremos o


Balanço Previsional, a Demonstração de Resultados Previsional, o Fundo de Maneio
necessário à exploração, os Cash Flows através dos quais se obtêm a Análise de
Rendibilidade do Projecto e os Rácios. (Excell)
Vamos de seguida proceder à análise de alguns rácios que atestam a rendibilidade
do projecto, por conseguinte a sua própria viabilidade.
De destacar que estes valores são o resultado de previsões.

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Rácios de Liquidez

Os rácios de liquidez são estáticos pelo que se torna conveniente compará-los com os
rácios de actividade que são dinâmicos.

Os seguintes rácios traduzem a capacidade da 4 WEB para honrar os seus


compromissos de curto prazo. A liquidez dá-nos num determinado momento a
capacidade de a empresa solver os seus compromissos a curto prazo (até um ano).

A liquidez de uma empresa mede-se, de uma maneira geral, atrás da


disponibilidade de meios monetários que a empresa tem ou da possibilidade de os
conseguir através da cobrança de dívidas ou de vendas de existências.

Liquidez geral

Este indicador relaciona o activo circulante com o passivo de curto prazo.


Representa, em quociente, os elementos constituintes do fundo de maneio. Muito
embora o seu valor dependa do tipo de empresa em estudo, poder-se-á dizer que a
liquidez será, em regra, tanto maior quanto maior for o valor apresentado pelo rácio.
O ideal, para este rácio, é apresentar valores superiores à unidade, o que significa
que o montante dos capitais circulantes deve ser superior ao passivo a curto prazo.
Contudo, caso apresente valores muito superiores à unidade também pode
representar inconvenientes, ou seja, significa que parte das disponibilidades e outros
fundos da empresa não estão a ser usados da melhor maneira.
Podemos destacar:
 Stocks de mercadorias demasiado elevados e obsoletos;
 Grandes disponibilidades em caixa e nos bancos sem aplicação
produtiva;
 Elevado saldo na conta de clientes.

Liquidez Geral = Activo Circulante


Exigível C/ Prazo

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Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5


1,97 3,97 5,44 6,56 7,40

A 4 WEB apresenta um rácio de liquidez geral bom, contudo, algo terá de ser feito
em relação à disponibilidade em caixa ou no banco sem aplicação produtiva, pois este
saldo elevado do rácio não se deve a nenhum outro factor acima mencionado a não ser
este mencionado.

Liquidez Reduzida

Em certas actividades as existências representam uma significativa fatia no total


dos investimentos, portanto, é importante conhecer a sua influência.
Este rácio mede o prazo das existências para solver os compromissos da empresa.
Esta liquidez reduzida proporciona uma melhor análise da situação de tesouraria da
empresa. Não podemos deixar de salientar que este indicador isoladamente é de pouca
utilidade, ou seja, uma situação desfavorável por ele apresentada pode resultar de
circunstâncias ocasionais.

Liquidez reduzida = Activo Circulante - Existências


Passivo C/ Prazo

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5


2,0 4,0 5,4 6,6 7,4

Este rácio diz-nos que a 4 WEB tem uma liquidez exagerada. Este resultado segue
a linha de pensamento do anterior, na medida em que já anteriormente se tornou claro a
necessidade de melhor aplicar os valores em caixa.

Liquidez Imediata

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Liquidez imediata = Disponibilidades


Passivo C/ Prazo

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5


1,4 3,5 5,0 6,2 7,0

Este rácio vem corroborar a visão acima exposta. Temos que fazer uma melhor
aplicação das nossas disponibilidades.

Rácios de Funcionamento ou de actividade

Os rácios seguintes caracterizam os aspectos operacionais da gestão dos recursos.


Os dois rácios seguintes foram previamente estabelecidos por nós durante a
introdução dos dados da empresa.
Para o bem-estar financeiro da mesma cumpre a “regra” de “receber primeiro
pagar depois”. Esta “regra” implica que os pagamentos aos nossos fornecedores estão
assegurados, já que temos meios financeiros para tal. Torna-nos bons pagadores.

Prazo Médio de Recebimentos

Prazo médio de recebimentos = Saldo Médio Clientes * 365


Vendas

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5


30 30 30 30 30

Prazo Médio de Pagamentos

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Prazo médio de pagamentos = Fornecedores * 365


Compras

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5


60 60 60 60 60

Prazo Médio de Existências

Prazo médio de existências = Existências * 365


CMVMC

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5


10 10 10 10 10

Rotação do Activo

Rotação do Activo = Vendas


Activo Liquido

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5


1,4 0,9 0,7 0,6 0,5

Temos uma boa rotação do activo, contudo, para uma análise mais profunda
teríamos que ter acesso aos dados do sector, o que não temos.

Rácios de Financiamento

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Para que uma empresa tenha uma estrutura financeira equilibrada é necessário que
exista uma correspondência entre os graus de liquidez das aplicações dos fundos e os
graus de exigibilidade das fontes de financiamento.
Para tal é necessário que a empresa apresente uma certa independência em relação a
capitais alheios, isto é, deve recorrer a capitais próprios no financiamento dos seus
investimentos.

Para analisar a capacidade de financiamento da 4 WEB vamos recorrer ao rácio de


Autonomia Financeira que representa a capacidade da empresa para se auto financiar a
médio e longo prazo.

Endividamento

Endividamento = Capital Alheios


Capitais Totais

A 4 WEB tem uma capacidade de endividamento muito boa pois não possui
capitais alheios.

Debt to Equity

Debt to Equity = Capital Alheios


Capitais Próprios

De acordo com o resultado do primeiro rácio calculado como a 4 WEB não tem
capitais alheios não tem problemas com o endividamento.

Autonomia Financeira

Autonomia Financeira = Capital Próprio

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Activo

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5


0,635 0,79 0,836 0,859 0,872

Conclui-se que a capacidade de auto financiamento da empresa é excelente e que irá


melhorar ao longo dos anos. Ou seja, a capacidade da 4 WEB em auto sustentar-se é
satisfatória o que garante à banca a nossa capacidade de honrar com os possíveis

empréstimos que possamos vir a efectuar. Temos uma grande independência face aos
nossos credores.

Solvabilidade Geral

Solvabilidade Geral = Capitais Próprios


Passivo

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5


1,74 3,76 5,10 6,08 6,82

Este rácio dá-nos uma ideia da capacidade da empresa para satisfazer todos os seus
compromissos, ou seja, todas as suas dívidas a médio e longo prazo.
Por isso, quanto maior o valor deste indicador maior possibilidade terão os seus
credores de reaver os seus créditos, e mais predispostos estarão para novos
financiamentos à empresa.
No caso da 4 WEB, a solvabilidade é boa na medida em que os capitais próprios
são suficientes para financiar o passivo.

Rácios de Rendibilidade

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A Rendibilidade da empresa tem por base grandezas constantes da demonstração


de resultados. Abordam aspectos como a estrutura de custos, de proveitos, as margens
de rendibilidade e a capacidade de auto financiamento.
Em suma, este índice mostra o lucro da empresa em relação às vendas após a
dedução dos custos de produção, logo, reveste-se da máxima importância pois é na
exploração que se sintetizam as principais fontes de rendimento da empresa.

Rendibilidade das Vendas

Rendibilidade das vendas = Resultado liquido


Vendas

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5


0,44 0,46 0,48 0,50 0,53

A 4 WEB demonstra uma rendibilidade das vendas muito boa, pois a taxa de
remuneração é sempre superior aos 40%.

Rendibilidade do Activo

Este rácio mede a capacidade de auto financiamento da empresa, logo, quanto


maior for o valor deste rácio maior é a capacidade de auto financiamento da empresa.

Rendibilidade do activo = Resultado antes enc. financeiros


Activo Total

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Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5


0,60 0,41 0,33 0,28 0,26

A taxa de remuneração de todos capitais investidos é sempre muito boa, apesar de


haver um declínio notório nos anos subsequentes.

Rendibilidade dos Capitais Próprios

Este rácio mede a rentabilidade da empresa do ponto de vista do investidor


(accionista), ou seja, quanto é que a empresa está a render para os proprietários.

Rendibilidade dos capitais próprios = Resultado liquido


Capital próprio

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5


0,94 0,52 0,39 0,33 0,30

A 4 WEB é uma empresa eficiente, pois por cada 1€ investido os seus sócios irão
obter uma remuneração de 0,94€; 0,52€; 0,39€, 0,33€; 0,30€. Ou seja, o accionista virá
o seu investimento sempre a criar valor acrescentado.

Efeito Alavanca Financeira

Este efeito indica qual o impacto da política de financiamento sobre a


Rendibilidade dos Capitais Próprios, ou seja, até que ponto o recurso a capitais alheios é
capaz de infuenciar positivamente a Rendibilidade dos Capitais Próprios.
No presente caso, a Rendibilidade dos Capitais Próprios (RCP) é superior à
Rendibilidade do Activo (RA):

RCP > RA
Logo, existe um efeito de alavanca financeiro positivo. Portanto, a 4WEB
beneficiará a RCP se recorrer a capitais alheios.

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Métodos de avaliação do projecto


O projecto é um esquema planeado de custos e benefícios esperados. Ao
investirmos num determinado projecto esperamos no futuro retirar dividendos do
mesmo. O objectivo da empresa não é a maximização do lucro (valor este sempre
enviesado), mas sim, a maximização do valor. Ao maximizar o valor da empresa
estamos a maximizar os benéficos dos accionistas.
Existem, pois, vários critérios que podem ser utilizados para avaliar a qualidade de
um projecto, sendo os mais utilizados os seguintes:
Payback;
Valor Actual Líquido (VAL);

Taxa Interna de Rendibilidade.


Vamos, portanto, aplicar cada um deles à 4 WEB.
O cálculo destes critérios é realizado através dos cash flows proporcionados pelo
projecto. Estes cash flows foram calculados aquando da introdução dos dados da 4 WEB
no excell. Portanto, as variavéis necessários para o calculo dos critérios de avaliação do
projecto são os que se seguem:

Investimento -37.900 € Cash Flows Acumulado


Cash Flow – ANO 1 57.020 57.020
Cash Flow – ANO 2 74.863 131.883
Cash Flow – ANO 3 80.174 212.057
Cash Flow – ANO 4 88.602 300.659
Cash Flow – ANO 5 98.994 399.653

O Payback é o critério que nos diz quanto tempo a empresa demora para recuperar
o capital inicialmente investido. Não é um critério muito bom porque não leva em
consideração o valor do dinheiro no tempo e não garante a maximização do valor para o
accionista.
Vamos, tadavia, calcula-lo para a 4 WEB.

12-------------------------------57.020 €
X--------------------------------(57.020 € - 37.900 €)

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X= 4,02

O Payback da 4 WEB é de 4,02 meses.


O VAL é o método mais completo, é um método que permite cumprir o objectivo
da maximização do valor e tem em linha de conta o valor do dinheiro no tempo. É o
critério que deve ser utilizado.
Um projecto deve ser aceite se tiver um VAL superior a zero. Tal significa que a
empresa recupera o capital investido, remunera o capital à taxa de custo de capital
exigido e incrementa valor no montante do VAL.

Este critério tem em consideração, ainda, uma taxa de actualização. Esta taxa é o
custo de oportunidade de investir no projecto em vez de investir no mercado de capitais.
Para o caso utilizamos uma taxa de actualização de 15%.

VAL = ∑ CFL - ∑ Inv


(1+k)^ (1+k)^

O VAL da 4 WEB é de 220.881,63 €. È, claramente, um projecto que incrementa


valor à empresa. Portanto, se a nossa decisão for avante, será uma decisão que terá por
base um critério que assegura a maximização do valor, logo, a sua viabilidade financeira
da empresa.

A TIR é taxa de actualização que iguala o valor actual dos “cash-inflows” ao valor
de investimento, ou seja, é a taxa de actualização que iguala o VAL a zero. Se a TIR for
superior ao custo de capital significa que a rendibilidade é superior em investir no
projecto.
(∑ CFL/(1+TIR)^ - ∑ Inv/(1+TIR)^)=0

TIR = ∑ CFL - ∑ Inv. = 0


(1+TIR)^ (1+TIR)

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A TIR referente à 4WEB é de 170%. Portanto, existe uma mais valia flagrante em
apostar na 4WEB, já que a TIR é superior ao custo de capital utilizado.

Síntese

RÁCIOS ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5


LIQUIDEZ GERAL 1,97 3,97 5,44 6,56 7,40
LIQUIDEZ REDUZIDA 2,0 4,0 5,4 6,6 7,4
LIQUIDEZ IMEDIATA 1,4 3,5 5,0 6,2 7,0
PRAZO MÉDIO DE 30 30 30 30 30
RECEBIMENTO
PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO 60 60 60 60 60
PRAZO MÉDIO DE EXISTÊNCIAS 10 10 10 10 10
ROTAÇÃO DO ACTIVO 1,4 0,9 0,7 0,6 0,5
AUTONOMIA FINANCEIRA 0,635 0,79 0,836 0,859 0,872
SOLVABILIDADE GERAL 1,74 3,76 5,10 6,08 6,82
RENDIBILIDADE DAS VENDAS 0,44 0,46 0,48 0,50 0,53
RENDIBILIDADE DO ACTIVO 0,60 0,41 0,33 0,28 0,26
RENDIBILIDADE DOS CAPITAIS 0,94 0,52 0,39 0,33 0,30
PRÓPRIOS
PAYBACK 4,02 MESES
VAL 220.881,63 €.
TIR 170%

Assim, de acordo com os dados apresentados verificamos que o valor do rácio de


liquidez é muito bom, pecando somente pela excessiva liquidez. Teremos de ponderar
onde investir este excesso de liquidez, sendo uma opção coloca-lo a render no banco
nalguma modalidade de investimento, ou, então, investir no nosso material principal de
trabalho: hardware e software (também para nos manteremos ao par da inovação!).

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Em relação à política de pagamentos e recebimentos a situação é possivelmente a


melhor que se pode desejar, pois a capacidade de receber primeiro e depois pagar
permite à empresa solver os compromissos de curto prazo
A 4 WEB tem um bom prazo médio de existências coadjuvado por uma boa
rotação do activo. Aquilo que será produzido não ficará muito tempo em stock, até
porque responderemos a pedidos personalizados dos nossos clientes.
Em relação à solvabilidade, a empresa apresentava um quadro favorável para o
período em análise, dado que a sua dependência em relação a terceiros prestamistas é
razoavelmente baixa, sendo a sua autonomia alta e crescente demonstrativa de um
indício de solidez financeira.

No ano 1 por cada Euro investido os accionistas obterão 0,94€ de remuneração,


nos seguintes anos a situação decrescerá, sendo a remuneração de 0,52€; 0,39€; 0,33€ e
0,30€. No entanto, sempre valores muito apetecíveis.
Concluindo, a 4 WEB é uma empresa financeiramente viável. Proporcionará aos
seus sócios e trabalhadores estabilidade e crescimento.
Deverá, contudo, ponderar sobre onde e como investir o excesso de liquidez,
aumentar a sua capacidade de prestação de serviços, primando sempre pela inovação e
qualidade. Provavelmente, necessitará de contratar novos colaboradores para a área do
web design de modo a aumentar a produção e satisfazer os pedidos dos futuros clientes,
ou alternativamente, pagar a quem o faça fora da 4 WEB.
Um dos custos mais elevados da 4 WEB é o material humano, pois os salários
correspondem à fatia mais larga das despesas da empresa. Tal é justificativo pela
qualidade dos mesmos comprovados pela sua produtividade.
Os critérios de avaliação do projecto também indicam a boa capacidade financeira
da 4 WEB, já que apontam para a maximização do valor da empresa.
O Payback diz-nos que a 4 WEB em apenas 4 meses recupera o capital investido.
O VAL e a TIR com valores elevados demonstram a qualidade do projecto e atestam a
sua capacidade de gerar valor.
A 4 WEB é, sem sombra de dúvida, um projecto com luz verde para avançar!!!

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4WEB: Considerações finais

A Revolução Digital não está para chegar, já chegou e instalou-se.


A Globalização não é uma teoria, é um facto presente no dia-a-dia de cada
indivíduo.
Temos de nos preparar para agir e enfrentar a nova realidade das transacções
comerciais. “A tradição já não é o que era.”
A 4 WEB é um projecto inovador que concilia vários conhecimentos, em prol
desta nova realidade de prestação de serviços, de acordo com a formação específica dos
seus colaboradores, adquiridos ao longo de vários anos de formação. Formação esta que
queremos que seja continua.
O presente projecto pode, como já foi anteriormente dito, estar incompleto.
Contudo, não restam dúvidas que é um projecto ambicioso, financeiramente viável, e
que simplesmente constata uma necessidade crescente no mercado que deve
urgentemente ser colmatada.
Juntos faremos com que o objectivo da 4 WEB seja um projecto empreendedor e
sobretudo inovador.

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“O Homem é absurdo por aquilo que busca, grande por aquilo que encontra.”
Valery, Paul
Seja grande e procure na 4 WEB tudo aquilo que busca.

Avaliação do Risco

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A Avaliação do Risco permite identificar e avaliar os potenciais riscos, isto é, os


aspectos que podem pôr em causa o sucesso do projecto e assim tentar minimizar o
próprio risco.
Para avaliar o risco do projecto apresentado iremos utilizar “uma matriz de
probabilidade e impacto (P-I).
O maior risco que a empresa incorre é o risco do Tempo, ao qual atribuímos uma
probabilidade de 0,5. O seu impacto sobre os objectivos será de 0,2 o que nos dá um
risco de 0,10. Um risco moderado, conforme mostra a matriz.
Sempre contamos com este risco e por isso mesmo adoptamos estratégias, para
tentar erradicar ou atenuar este risco de cronologia. O que iremos fazer é ao surgir um
projecto para o qual não tenhamos meios (Tempo) para o desenvolver, procederemos a
uma subcontratação de outra empresa, que já se encontra a trabalhar em parceria
connosco, dado o elevado número de solicitações para sites que temos tido.

Conclusão

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A 4 WEB é um projecto inovador e prova a perfeita utilidade do Marketing na


realidade empresarial, uma vez que, a Revolução Digital continua-se a afirmar. Através
de toda uma série de conhecimentos teóricos, análise e a compreensão de dados na área,
esta empresa tem tudo para atingir o sucesso pretendido no mundo dos negócios.
Com uma série de avaliações do projecto 4 WEB e de planos (investimento,
financeiro, exploração e rendibilidade), juntando as estratégias apresentadas, as quais,
vão sendo sempre ajustadas com certa frequência, de modo a que, os objectivos
definidos sejam cumpridos eficazmente.
O projecto desenvolvido, retrata um período de cinco anos, onde se conclui que
a capacidade de auto financiamento da empresa é excelente e que irá melhorar ao longo
dos anos. Já a rendibilidade da empresa tem por base grandezas constantes da
demonstração de resultados.
O plano de acções proposto deverá ser controlado e/ou modificado consoante os
riscos e as mudanças ocorridas no desenvolvimento destas acções.
O nosso projecto é um projecto muito ambicioso. Cada vez mais os investidores estão a
investir no mercado das novas tecnologias e como podemos ver nos gráficos atrás,
podemos notar que este “mundo novo” está em grande expansão.
Sabemos muito bem qual são os nossos pontos fortes e fracos e qual a nossa
concorrência, mas tentaremos suplantar esta através da qualidade dos nossos serviços e
através também da nossa inovação, criatividade e pela enorme motivação que move os
nossos colaboradores, também através da segmentação e do nicho de mercado que
procuramos e aliar o background de trabalhos já efectuados para empresas com enorme
força no mercado português.
Como se pode notar pela análise económica feita os nossos rácios demonstram a
grande capacidade para “darem asas ao projecto para ele poder voar”. Sabemos também
que podemos influenciar uma variável para os rácios serem positivos e chegar ao valor
por nós pretendido, mas este projecto foi feito com o máximo dos rigores possíveis e
sabemos no entanto que muito mais poderia ser dito e calculado.

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Bibliografia

 KOTLER, Philip – “ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING”; 11ª Edição; S.Paulo;


Prentice Hall

 HELPHER, J.P; ORSONI, J., – “Marketing”, 1ª Edição, Lisboa, Sílabo, 1996

Netgrafia

 International Data Corporation


http://www.babylon.com/definition/International_Data_Corporation/Portuguese

 Europa – Eurostat – Home page


http://epp.eurostat.ec.europa.eu/portal/page?
_pageid=1090,30070682,1090_33076576&_dad=portal&_schema=PORTAL

 ANACOM – Autoridade Nacional de Comunicações


http://www.anacom.pt/

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Anexos

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