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Ebook Pessagno Posicao Stack e Perfil
Ebook Pessagno Posicao Stack e Perfil
Com essas informações fica mais fácil para definir a probabilidade média da
sua mão ganhar contra o grupo de mãos do oponente.
Para calcular a chance da sua mão contra um grupo de mãos do vilão, você
pode usar softwares como Flopzilla, Equilab, ou Holdeq.
O QUE É O MÉTODO PSP
POSIÇÃO
POSIÇÕES INICIAIS = RANGE MAIS FECHADO
POSIÇÕES FINAIS = RANGE MAIS ABERTO
STACK
BIG STACK = RANGE MAIS ABERTO
SHORT STACK = RANGE MAIS FECHADO
Com poucas fichas, cada decisão pode significar a
eliminação do torneio. Os jogadores tendem a escolher
melhor a mão que vão jogar.
PERFIL
JOGA MUITAS MÃOS = RANGE MAIS ABERTO
JOGA POUCAS MÃOS = RANGE MAIS FECHADO
Nessa mão, estou em uma posição final e só há dois jogadores para falar. Também tenho um
stack confortável para tentar um roubo de blinds, uma das principais estratégias para
acumular fichas. Além disso, jogarei em posição no pós-flop se algum deles pagar. Por
enquanto, só ponto positivo para tentar um roubo de blinds.
O perfil e o stack dos oponentes tem um peso considerável nessa mão. Supondo que eles
sejam jogadores com estilo mais seguro, a tentativa de roubo, independente das minhas
cartas, funcionará na maioria das vezes.
Agora, imaginando um cenário onde os oponentes são agressivos, a tendência será deles
reagirem de forma mais agressiva pré-flop (reaumento ou all-in), mesmo que não possuam
uma mão forte, tornando a minha tentativa de roubo de blinds menos efetiva.
Nesse caso, eu poderia abdicar do roubo e desistir de mãos como 98o, que estão na tabela
de ranges.
MÃO 02
Se eu fosse seguir a tabela inicial ao pé da letra, deveria dar raise nessa mão, certo? Porém,
analisando o PSP, a variável do meu stack terá um peso negativo aqui, pois não tenho margem
confortável de fichas para me arriscar das posições iniciais. Portanto, considero o fold a melhor
jogada aqui.
Supondo que eu tivesse mais de 25 big blinds (cerca de 2500 fichas), meu stack estaria mais
confortável e a decisão pelo raise seria razoável. Por que “razoável”? Mesmo possuindo um
stack relativamente maior que o da situação anterior, há muitos jogadores short stacks
(menos de 20 big blinds) para agir, e a chance de algum deles dar all-in é considerável.
MÃO 03
Minha posição é boa, visto que há menos jogadores para falar. Seguindo a tabela inicial, dar raise com
QJs seria uma decisão normal, porém, não podemos esquecer da variável stack do PSP. Tenho cerca de
7 big blinds, e nesse contexto entrarão outras duas variáveis importantes: fold equity e matemática.
Um dos maiores erros dos jogadores é ficar esperando por boas cartas em situações críticas (menos
de 8 blinds). Nesse caso, devemos encontrar situações para acumular fichas e se manter vivo com um
stack suficiente para pressionar os oponentes (fold equity) nas situações futuras. Com 7 big blinds ou
menos, dar raise compromete tantas fichas do seu stack que foldar para um reaumento será um erro
matemático. Portanto, dar all-in aqui será a melhor decisão.
O perfil dos oponentes tem algum peso considerável nessa decisão? Geralmente não, pois nossa
situação é relativamente “crítica” e temos uma mão boa com poucos jogadores para falar.
Supondo que eu tenha 2000 fichas (13 big blinds) e há jogadores agressivos/shortstack na esquerda, a
variável perfil terá um peso maior, pois aumenta a probabilidade de tomar um all-in na cabeça. Nesse
contexto, o fold seria a melhor escolha, mesmo que a tabela recomende jogar essa mão dessa posição.
Se o perfil dos oponentes fosse mais seguro, poderia tentar um roubo de blinds de forma lucrativa.
MÃO 04
Nessa situação, somos o small blind e o big blind tem um stack pequeno. Aqui entra
uma outra variável importante no poker: stack efetivo.
Stack efetivo é o máximo que você pode ganhar ou perder na mão, que nesse caso é
1145 fichas. O que você faria se tivesse 1145 fichas (cerca de 6 big blinds) ao invés de
3562? Se sua resposta foi “all-in”, sua decisão com 3562 também deveria ser all-in,
pois estamos arriscando apenas 1145 fichas.
Não deixe de tentar roubar blinds sempre que possível. Nessa situação, por exemplo,
é excelente tentar um roubo de blinds, principalmente tendo um stack “crítico” de
6 big blinds (não se esqueça do stack efetivo). Se o oponente tiver um perfil mais
seguro, o all-in será lucrativo com quaisquer duas cartas, já que na maioria das vezes
ele desistirá.
MÃO 05
Agora vou falar um pouquinho sobre o PSP em situações para pagar um raise pré-flop.
Aqui entra uma outra variável muito importante no poker, o tamanho da aposta.
Perceba que o oponente aumentou das posições iniciais e minha posição sobre ele é
subjetiva, pois há três outros jogadores em posição sobre mim para agir, além do
small e big blind, ou seja, há um risco alto de tomar um reaumento ou jogar fora de
posição.
A dica extra dessa mão é: se houver showdown por parte do oponente, não hesite em
fazer uma anotação para tomar decisões melhores contra ele no futuro.
MÃO 07
Em mesas com menos jogadores, o jogo tende a ficar mais agressivo, visto que os blinds
passarão o tempo inteiro pelos jogadores e todos precisam se movimentar para não
morrer pagando blinds.
O ponto chave dessa mão é falar sobre antecipação, já que as variáveis foram abordadas
no exemplo do QJs.
Nesse exemplo, quando eu aplico o raise, já tenho em mente o que farei contra os três
jogadores restantes. Se o CO ou Button apostar tudo, minha decisão de desistir será bem
tranquila, visto que o range deles tende a ser mais forte que o meu. Já contra o big blind, a
melhor decisão é o call.
Em uma situação “crítica” e com apenas mais um jogador para falar, o range
do vilão tende a incluir mãos médias/fracas que estamos levemente
ganhando, como 76, 98, JT, J9, Q4s, 65s, mesmo que ele seja conservador.
Agora imagina se ele for agressivo ou estiver irritado/tiltado? Com certeza
estaria dando all-in com um range de mão ainda maior, talvez quaisquer duas
cartas.
Nesse caso, desistir seria um erro matemático, pois possuo uma mão
razoável e o investimento (cerca de 3 big blinds) é baixo, visto que já
colocamos 1 big blind.
MÃO 09
Se meu objetivo é extrair fichas, visto que acertei um par alto, apostar no flop será
lucrativo, mas dar uma bomba no turn fará o oponente desistir das mãos médias e
fracas que estamos ganhando, e esse NÃO é o nosso objetivo.
Apostar 300 em um pote que tem 225 fichas faz com que o meu oponente se assuste
e desista de mãos fracas/médias. Apostar 50 fichas tornará o call barato para
o oponente tentar acertar alguma mão, além de extrair poucas fichas. Portanto,
envolver o vilão aos poucos, apostando cerca de 120 fichas, seria uma ótima
estratégia, ou seja, você precisará achar um equilíbrio para definir o quanto apostar.
MÃO 10
Quando eu erro o flop, também posso ter um plano de blefe. Aplicando o PSP,
podemos definir melhor o range para os jogadores. Que tipos de mãos nosso
oponente pode ter pago na posição de big blind? Ele pode ter o J ou uma
trinca? Claro que pode, mas ele também pode ter um AT, A9, A8, KQ, KT, 98s,
78s, etc. Concorda?
Nesse caso, meu oponente tem várias mãos fracas que erraram o flop e que
provavelmente desistem se eu apostar. Então, quanto apostar? Antes,
cuidado para não dar “tell”, ou seja, uma informação “sem querer” sobre a
força da sua mão. O que eu quis dizer com isso? Evite variar as apostas de
acordo com a força da sua mão caso seu oponente esteja atento. Seja
homogêneo tanto com jogo ou sem jogo, para ser indecifrável e equilibrado.