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2. MATERIAL E MÉTODOS
A imagem da missão Shuttle Radar Topography Mission
A represa do Funil está localizada entre os municípios de (SRTM) foi obtida na página TOPODATA/INPE e a imagem
Lavras, Perdões, Ijaci, Bom Sucesso, Ibituruna e Itumirim, na Advanced Spaceborne Thermal Emission Reflection
região sul do Estado de Minas Gerais (MG) (Figura 1). A Radiometer (ASTER) na página do U. S. Geological Survey
represa se encontra na sub-bacia do Rio Grande, que pertence (USGS). Ambas foram reprojetadas para WGS84, UTM e
à bacia do rio Paraná. O período de obras da represa foi de fuso 23S.
setembro de 2000 a julho de 2003, época na qual foram O pré-processamento consistiu em corrigir depressões
fechadas as comportas. espúrias na imagem SRTM. Estas depressões consistem em
O registro de imagem do SRTM foi de fevereiro de 2000 valores de altitude de frequência discrepante, que
e o ASTER de novembro de 2011 informações consultadas representam um valor sem a devida confiabilidade.
pelo metadados do produto. Deste modo, foi possível obter o A diferença de altitude antes e após o represamento
relevo da superfície antes e após o represamento (Figura 2). constitui, de certa forma, a profundidade do leito da represa.
Sua obtenção foi efetuada pela subtração entre as imagens
SRTM e ASTER.
A área inundada no ano de 2011 foi obtida pela
classificação não supervisionada do algoritmo K-means para
a imagem Landsat 5/TM de órbita/ponto 218/75, em 07 de
outubro de 2011. Esta imagem, adquirida no nível 2 de
processamento, consiste em uma imagem que foi corrigida
atmosfericamente pelo método 6S, também disponibilizada
no USGS. A classe que representava a água foi isolada e,
posteriormente, vetorizada. De posse desta delimitação da
superfície inundada, foi gerado um vértice a cada 50 metros
seguindo o leito do Rio Grande.
Diante dos produtos da diferença de altitude foi
atribuído, ao vetor dos vértices, o valor correspondente à
profundidade do leito por ponto amostrado. Deste modo, a
curva hipsométrica foi delimitada pela média de
profundidade para cada 1 km, o que possibilitou a
visualização do perfil batimétrico suavizado.
A curva hipsométrica necessita da área no qual se
Figura 1. Localização geográfica da área de estudo. concentra cada classe de profundidade da represa. Este
processo foi efetuado pelo fatiamento da imagem da
diferença em 5 classes, sendo considerada a proporção de
área ocupada em cada profundidade em porcentagem para a
confecção da curva. Estes procedimentos metodológicos
foram efetuados no software QGIS 2.18.18.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Em relação a curva hipsométrica, verifica-se a mesma formação de praias zonais, ocasionadas pelo processo de
relação encontrada no perfil batimétrico, no qual cerca de erosão de suas margens.
87% da área inundada está contida em uma profundidade
inferior a 30 metros. Devido ao fato da curva hipsométrica
abordar a represa como um todo, foi possível notar a
existência de pontos isolados, nos quais a profundidade pode
chegar até 78 metros. Contudo, estas áreas são inferiores a
5% do total inundado (Figuras 3 e 4).
4. CONCLUSÕES
5. REFERÊNCIAS
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geoprocessamento, Revista Brasileira de Recursos Hídricos,
v.8, n.4, pp.115-135, 2003.