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ÓRGÃOS DE MÁQUINAS

Outubro 2020
2/ APRESENTAÇÃO de ORMAQ

 Órgãos de Máquinas – ORMAQ 2020/2021


 Funcionamento da Unidade Curricular – ORMAQ
- Docentes de ORMAQ:
• Elza Morais Fonseca (ELZ – F334)

• Henrique Oliveira Correia (HOC – F332)


• José Augusto Brandão (JSB – F346)

• Joaquim Sabino Domingues (JSD – F343)

• Armando Vilaça Campos (AJC – F346)


• Ramiro Carneiro Martins (RCM – F338) – LEM & LEMA

- Avaliação (pautas: NF, NC,…) Atenção à informação no Portal das presenças nas TP!
• Avaliação final sem avaliação durante o período letivo

 ORMAQ no MOODLE  ORMAQ no TEAMS

- Aulas Teóricas – T - Aulas Teóricas – T


- Aulas Teórico-Prática – TP - Aulas Teórico-Prática – TP
- Exames - Exames
- Informações - Informações
3/ APRESENTAÇÃO de ORMAQ

 Órgãos de Máquinas – ORMAQ 2020/2021


 Planeamento – ORMAQ
4/ APRESENTAÇÃO de ORMAQ

 Temas
0. CONCEITOS DE BASE

1. PEÇAS CILINDRICAS

2. FADIGA

3. ENGRENAGENS

4. TRANSMISSÃO POR CORREIAS PLANAS E TRAPEZOIDAIS

5. VEIOS

6. MOLAS

7. LIGAÇÕES EM VEIOS
5/

0. CONCEITOS DE BASE

 0.1 Tensor das Tensões e Tensões e Direções Principais

 0.2 Critérios de Resistência (Cedência e de Rotura)


6/ 0. CONCEITOS DE BASE

Membro Estrutural

o Forças Aplicadas (Ações)


o Forças Apoio (Reações)

Num plano definido pela normal n

o Forças distribuídas (N/m2) não homogéneas


o Forças distribuídas com direção normal e tangencial ao plano
7/ 0. CONCEITOS DE BASE

Tensão num ponto de um dado plano n

A - Área envolvente do P no plano


Num ponto P do plano:
F - Resultante das forças nessa área

Vector de Tensão no ponto P

F
Tn  lim
A0 A

Notas:
- Tn é um vetor referido a um plano
- é o efeito da parte truncada sobre a
parte em análise
8/ 0. CONCEITOS DE BASE

Componentes cartesianas do vetor tensão

Tn x 
 
Tn  Tn y 
T 
 nz 
Determinação das componentes:

Tensão Normal ao plano 


 n  Tn | n n
Tensão Tangencial ao plano  n  Tn   n

Os módulos ou intensidades destes vectores:

Tensão Normal ao plano  n  Tn | n  Tn  cos   Tn2x  Tn2y  Tn2z  cos 


2
Tensão Tangencial ao plano  n  Tn   n2  Tn  sin   Tn2x  Tn2y  Tn2z  sin 
9/ 0. CONCEITOS DE BASE

Tensor das Tensões

O conhecimento da tensão Tn num dado plano não é suficiente para definir o


estado de tensão num qualquer ponto. Exemplo:

Barra:

-Traccionada em Ox por F1
- Comprimida em Oy por F2

Tensões:
- No plano Ox  x  f F1 
- No plano Oy  y  f F2 

As tensões são independentes O estado de tensão num dado ponto só fica


definido pelo conhecimento das tensões em
nos dois planos. 3 planos distintos
10/ 0. CONCEITOS DE BASE

Tensor das Tensões


Tx
Pela escolha apropriada do sistema de eixos cartesianos define-se: Ty
Tz
11/ 0. CONCEITOS DE BASE

Tensor das Tensões

A matriz 3x3 onde são indicadas as tensões nos três planos cartesianos é
~
designada por Tensor das Tensões T :

 x  xy  xz 
~  
T   yx  y  yz 
 zx  zy  z 
 

Notas:
- Sentidos positivos das tensões
- Facetas positivas/negativas
- Índices nas tensões
12/ 0. CONCEITOS DE BASE

Reciprocidade das tensões de corte

Como exemplo, colocando o eixo Oz perpendicular ao plano de representação:

Impondo o equilíbrio de momentos em Oz:

 xy  dAx  dx   yx  dAy  dy  0

como:

dAx  dy  dz e dAy  dx  dz

a equação de equilíbrio reduz-se a:

 xy   yx

Impondo o equilíbrio de momentos em Ox e Oy, resulta em:

 xz   zx e  yz   zy Tensor das Tensões = Matriz Simétrica


13/ 0. CONCEITOS DE BASE

Transformação das Tensões


~
Conhecido o Tensor das Tensões T num dado ponto,
determinar a tensão Tn num plano definido pelo versor n

n  l , m, n  l 2  m 2  n 2  1
T

Sabendo que:

Ax  área do OBC   A  l
Ay  área do OAC   A  m
Az  área do OAB   A  n
e estabelecendo as equações de equilíbrio

Tnx  A   x  A  l   yx  A  m   zx  A  n  0

Tny  A   xy  A  l   y  A  m   zy  A  n  0
T  A    A  l    A  m    A  n  0
 nz xz yz z

~
resulta em Tn  T  n
14/ 0. CONCEITOS DE BASE

Tensões e Direções Principais

Conhecida a tensão Tn num dado ponto, referida a um plano n então

 
 n  Tn | n  n  n  Tn   n

Questão:

Existe uma direção para a qual Tn é colinear com n ?

Tn  S  n  n - Direção Principal


 
 n  0 Tn - Tensão Principal

~
Sabendo que:  Tn  T  n 1 0 0

I  0 1 0
~ ~
 S  n  S  I n com
0 0 1

logo T~  S  I~  n  0
15/ 0. CONCEITOS DE BASE

Tensões e Direções Principais


Para a solução não trivial:
x S  xy  xz

~ ~

Det T  S  I  0   yx y S  yz  0
Tensões Principais
 zx  zy z S
 S1  1
 
obtendo-se uma equação do 3ºgrau S 3  J1  S 2  J 2  S  J 3  0 S 2  2
S 
onde J1, J2 e J3 são designados por  3  3
Invariantes do Tensor das Tensões,
Ordenando
sendo calculados pelas expressões: S1  S 2  S3
J1   x   y   z
J 2   x   y   y   z   x   z   xy2   yz2   xz2
 x  xy  xz

~
J 3  Det T   yx  y  yz 
 zx  zy  z
  x   y   z  2  xy  yz  xz   x  yz2   y  xz2   z  xy2
16/ 0. CONCEITOS DE BASE

Tensões e Direções Principais

Para cada Tensão Principal i existe uma Direção Principal n:i

T~  S  I~  n  0
i i
com ni  1

Para a obtenção das Direcções Principais:

1. Fixa-se um valor qualquer para l, por exemplo l=1;

~ ~
2. Determinar m e n por duas equações do sistema T  S i  I  ni  0 ; 
3. Calcular ni  1  m  n
2 2
;

1
4. Obter o vector unitário da Tensão Principal i ni  1, m, n .
ni
17/ 0. CONCEITOS DE BASE

Problemas Planos
Problema Bidimensional ou Problema Plano 
 Numa direção as tensões de corte são nulas  Direção Principal

Admitindo o eixo Oz como Direcção principal:

 zx   xz   zy   yz  0

Sendo  z uma Tensão Principal o polinómio do 3º


grau é divisível por S   z  , reduzindo-se a
um polinómio do 2º grau:

S 2   x   y  S   x   y   xy2   0

Cujas raízes são obtidas por:

2 2
 x  y   x  y   x  y  x  y 
S1       xy2 S2       xy2
2  2  2  2 
e
S3   z
18/ 0. CONCEITOS DE BASE

Problemas Planos No elemento real

O Circulo de Mohr

 x  y
c 
2

R  x   c 2   xy2  xy    yx   Na representação gráfica:


circulo de Mohr
S1   c  R

S2   c  R
2   xy
tan  2  
 x  y

 xy    yx  
19/ 0. CONCEITOS DE BASE

Deformações

Tipos de deformações:
▪ Deformações lineares ou extensões  ,  ,  
x y z

▪ Deformações angulares ou distorções  ,  ,  


xy yz xz

x 
u  du   u  du
dx dx
y 
v  dv   v  dv
dy dy
du dv
 xy  
dy dx

Generalizando:
dw
z 
dz
dv dw du dw
 yz    xz  
dz dy dz dx
20/ 0. CONCEITOS DE BASE

Lei de Hooke (3D)


Relação de proporcionalidade entre as Tensões e as Deformações

Comportamento elástico do material  Lei de Hooke
Ou
E

 x   x     y   z 
1
 x 
E
 
1     x     y   z 
 xy
1
  xy 1  2  1   
G
y 
1

 y     x   z   y 
E

1     y     x   z  
E
 yz 
1
 yz
1  2  1   
G
z 
1
 
 z     x   y  z 
E
1  2  1   

1     z     x   y 
E 1
 xz   xz
G  xy  G   xy  yz  G   yz  xz  G   xz
Com:

E - Módulo de Young ou módulo de elasticidade longitudinal


G - Módulo de elasticidade transversal ou módulo de elasticidade ao corte
E
G
2  1   
21/ 0. CONCEITOS DE BASE

Lei de Hooke (2D)

Em problemas planos as tensões de corte para uma dada direção são nulas. Admitindo o
eixo Oz como Direção principal:
 xz   zy  0  Lei de Hooke   xz   zy  0

Os problemas planos dividem-se em:

Estado Plano de Tensão  z  0


Pela Lei de Hooke

1

 x   x   y  Ou
x 
E

 x   y 
E

1 2

y 
1

 y   x 
 
E
E y   y   x


1 2
z    x   y 
E z  0

z     x   y 
1   
22/ 0. CONCEITOS DE BASE

Lei de Hooke (2D)

Estado Plano de Deformação  z  0

Pela Lei de Hooke

Ou
x 
E

1     x     y  x 
1    1         
1  2  1    E
x y

y 
E
1     y     x  1    1    
1  2  1    y 
E
y   x 
E 
z      
1  2  1    x y z  0

 z     x   y 
1/

0. CONCEITOS DE BASE

 0.1 Tensor das Tensões e Tensões e Direções Principais

 0.2 Critérios de Resistência (Cedência e de Rotura)


2/ 0. CONCEITOS DE BASE

Introdução

o À Cedência / À Rotura
(Mat. Dúcteis / Mat. Frágeis)
o Critérios de Resistência
(Tensões) o À Fadiga

Dimensionamento de o Instabilidade (encurvadura)

Órgãos Mecânicos

o Critérios de Rigidez o Flechas: na Flexão


(Deformações)
o Ângulos de torção: na Torção

Ponto(s) Crítico(s)

Posições num elemento em análise para os quais a conjugação de


esforços externos resultam nas maiores solicitações.
3/ 0. CONCEITOS DE BASE

Introdução Caracterização
o Dúctil de Materiais
Comportamentos
comuns dos materiais
o Frágil Propriedades
Mecânicas

Estado de Tensão Uniaxial no Ponto P Ensaios de


Tracção
4/ 0. CONCEITOS DE BASE

Introdução

Curvas Tensão (    1 ) / Deformação (  )

Comportamento Dúctil com Comportamento Dúctil sem


Comportamento Frágil
patamar de Cedência patamar de Cedência

 ced - Tensão de cedência (limite elástico)

 rot - Tensão rotura


5/ 0. CONCEITOS DE BASE

Introdução
o Deformações plásticas
No Projeto Mecânico o
colapso de uma peça ocorre
o Sinais de rotura

o  ced para materiais dúcteis


Limite de Resistência,  lim 
o  rot para materiais frágeis

O Coeficiente de Segurança (cs ) e a Tensão Admissível (  adm )

o cs ≥ 1 (valor típico 1,5)


 lim
 adm 
cs
o  adm limite prático do dimensionamento

O Critério de Resistência  inst   eq   adm


6/ 0. CONCEITOS DE BASE

Metodologia do Dimensionamento
Caso geral: Ponto Crítico sob um estado de tensão triaxial

Definir Tensão 1   2   3 Obtenção das


uniaxial equivalente Tensões Principais
Como relacionar?
 eq  f  1 ;  2 ;  3  1   2   3
 lim

Limite de Resistência
é atingido para
 eq   lim
7/ 0. CONCEITOS DE BASE

Metodologia do Dimensionamento

Os Critérios de Determinação da Tensão Equivalente

Baseados num pressuposto de cedência ou rotura do material

Critério = f(comportamento do material)

o Critério da Tensão Tangencial Máxima ou de Tresca


Materiais Dúcteis
o Critério da Energia de Distorção ou de Von Mises

o Critério da Tensão Normal Máxima


Materiais Frágeis
o Critério de Mohr
8/ 0. CONCEITOS DE BASE

Critério da Tensão Tangencial Máxima ou de Tresca (postulado por Tresca)

Tensão limite de Condição limite de


resistência resistência

 lim   ced  eq   ced

A cedência ocorre num dado ponto de uma peça quando o valor da tensão
tangencial máxima instalada nesse ponto iguala a tensão tangencial máxima
instalada num ponto do provete do ensaio de tração, no momento da cedência:

 max   ced
max

No Ponto
1   3
Crítico  max 
Da Mecânica dos 2 1   3  ced
Materiais   eq   1   3
 ced 2 2
No Ponto do  ced
max

Provete 2
9/ 0. CONCEITOS DE BASE

Critério da Energia de Distorção ou de Von Mises (postulado por Von Mises e Huber)
Tensão limite de Condição limite de
resistência resistência

 lim   ced  eq   ced


A cedência ocorre num dado ponto de uma peça quando o valor da energia específica
de distorção instalada nesse ponto iguala a energia específica de distorção instalada
num ponto do provete do ensaio de tração, no momento da cedência:

Da Mecânica dos
Materiais u f  uced
f

No Ponto
1  2
Crítico
uf     2
    2
    
6  E 
1 2 2 3 3 1 

1
f
uced   2. ced
2

6 E 1 2
No Ponto do
 ced     2
    2
    
2 
Provete 1 2 2 3 3 1 

Obtém-se esta
1 mesma equação pela
 eq   1   2 2   2   3 2   3   1 2 tensão tangencial
2 octaédrica
10/ 0. CONCEITOS DE BASE

Comparação entre os critérios de Tresca e Von Mises


São critérios aplicáveis a materiais dúcteis

Considera-se um Estado Plano de Tensão definido por:

1,  2 e 3  0

Tresca:

a) 1,  2 com mesmo sinal


AB
Max 1 ;  2    ced BC
DE
EF

b) 1,  2 com sinais diferentes


CD Pontos sobre as curvas:  eq   ced
 1   2   ced AF
11/ 0. CONCEITOS DE BASE

Comparação entre os critérios de Tresca e Von Mises


São critérios aplicáveis a materiais dúcteis
Pontos sobre as curvas:  eq   ced
Considera-se um Estado Plano de Tensão definido por:

1,  2 e 3  0

Von Mises:

 12   22   1   2   ced
2

O lugar geométrico destes pontos


corresponde à elipse de Von Mises

Notas finais:

1. Limites de resistência dos métodos Tresca e Von Mises são muito próximos

2. Critério de Tresca mais conservativo (+ segurança) do que o de Von Mises


12/ 0. CONCEITOS DE BASE

Análise de Casos Particulares


1º Caso : corte puro (corte de chapas, parafusos de ligação e torção simples)

Pelo critério de Tresca:

 eq   1   3  2

Condição limite
de resistência:
  0,5   ced

Pelo critério de Von Mises: Condição limite


1 de resistência: 1
 eq   2   2  2  2  3     ced  0,58   ced
2 3
13/ 0. CONCEITOS DE BASE

Análise de Casos Particulares


2º Caso: veio à torção com flexão
Para este caso as
tensões principais são:
2
  
1      2 
2 2
1

    2  4 2
2

2  0
2

 
 3      2 
2 2
1

    2  4 2
2

Pelo critério de Tresca: Pelo critério de Von Mises:
1
 eq   1   3    4 2 2  eq   12   32   3   1 2   2  3 2
2
14/ 0. CONCEITOS DE BASE

Critério da Tensão Normal Máxima (referido critério de Coulomb ou por critério de Rankine)
Aplicável somente a materiais frágeis
Tensão limite de Condição limite de
resistência resistência
 lim   rot  eq   rot

A rotura num dado ponto de uma peça ocorre quando a maior, em valor absoluto,
das 3 tensões principais do estado de tensão nesse ponto iguala a tensão de rotura
determinada no ensaio de tração:

 eq  Max 1 ;  2 ;  3 

Admitindo um estado plano de tensão (  3  0 ):


a zona de segurança é representado pela figura

Dois inconvenientes deste critério:


1- Mesmo valor de tensão de rotura para a tracção e compressão;
2- Despreza os efeitos das tensões de corte no mecanismo de rotura.
15/ 0. CONCEITOS DE BASE

Critério de Mohr (postulado por Mohr)


Aplicável somente a materiais frágeis e com a informação de três resultados
experimentais ensaios:

1- Ensaio de tracção uniaxial  rot ,T Desenhar a curva


envolvente aos três
2- Ensaio de compressão uniaxial  rot , C círculos definidos por
3- Ensaio de corte puro (ensaio de torção)  rot estes três valores

1 Condição limite
de resistência Os três círculos
No ponto crítico 2 de Mohr dentro
da envolvente
3
16/ 0. CONCEITOS DE BASE

Critério de Mohr (postulado por Mohr)

Para estado planos de tensão (  3  0 ):

No ponto crítico

1 2

Condição limite
de resistência

Dentro do
contorno da figura
1/

1. PEÇAS CILINDRICAS

 1.1 Cilindros de Paredes Finas

 1.2 Problema de Lamé - Cilindros de Paredes Espessas

 1.3 Aperto entre Cilindros de Paredes Espessas (interferência)


2/ 1. PEÇAS CILINDRICAS

Introdução
Análise do comportamento de peças cilíndricas
submetidas a carregamentos axissimétricos

o Tensões
Determinação
o Deformações (deslocamentos)

o Paredes espessas
Designação
o Anel de paredes grossas
do problema
o de Lamé

Nomenclatura:
a - raio interior
pa - pressão interior
b - raio exterior
pb - pressão exterior
3/ 1. PEÇAS CILINDRICAS

Introdução
Sistema de Coordenadas Cilíndricas:

r - direção radial
 - direção circunferencial ou tangencial
z - direção longitudinal

Carregamentos Estado de Tensão Tensões


axissimétricos axissimétrico indep. de 
Forças exteriores Tensões
Definição das
em Oz só nas extr. independentes de z
tensões ao longo
da espessura:
Exemplos de órgãos mecânicos nestas condições:   f r 
- corpos dos cilindros hidráulicos
- tubagens para condução de fluidos
- virolas cilíndricas dos reservatórios de pressão
- veios, casquilhos e discos ligados entre si com aperto
4/ 1. PEÇAS CILINDRICAS

Cilindros de paredes finas


Distribuição uniforme de
Casos práticos, para os quais: t  b  a  a, b tensões na espessura

Exemplo da figura:

o Resultante das forças de pressão R  p  2a  L


Impondo o equilíbrio da
metade inferior do cilindro:
o Resultante das tensões normais F     2t  L

Igualando os pa
dois termos  
t
5/ 1. PEÇAS CILINDRICAS

Cilindros de paredes finas

A ação da pressão sobre Distribuição de tensões


os topos do cilindro na direção longitudinal  z

o Resultante das forças de pressão R'  p    a 2


Impondo o equilíbrio
 
F '   z    a  t     a 2 
da metade do cilindro 2
o Resultante das tensões normais
 

Igualando os p  a2 pa
z  z 
dois termos t  2a  t  2t
2a  t 
6/ 1. PEÇAS CILINDRICAS

Cilindros de paredes finas

pa p D
   
t Designadas por 2t
Fórmulas dos Tubos com D  2a
pa p D
z  z 
2t 4t

Tensão radial

 r   p r  a 

 r  0 r  b  a  t 

D
Na prática: t  b  a  a, b considera-se  20
t
7/ 1. PEÇAS CILINDRICAS

Deslocamentos e Deformações

Considerar o elemento infinitesimal:


- posição inicial ou não deformada ABCD
- posição final ou deformada A’B’C’D’

Carregamentos Deslocamentos no
axissimétricos plano a Oz só em r

Deslocamento de
u  um ponto genérico

Deformação linear na A' D'  AD dr  u  du  u   dr du


direção r (extensão)
r   
AD dr dr

Deformação linear na A' B' AB r  u d  rd u


direção     
AB rd r
8/ 1. PEÇAS CILINDRICAS

Lei de Hooke

Lei de Hooke   f  
(regime elástico)

Em coordenadas cilíndricas:

E
r  1     r        z 
1  2  1   
E
  1          r   z 
1  2  1   
E
z  1     z     r    
1  2  1   
No estudo de cilindros podem ser consideradas duas hipóteses:

H_A – Tensão constante em Oz: z  const. (caso particular,  z  0 )


H_B – Deformação constante em Oz:  z  const. (caso particular,  z  0 )
9/ 1. PEÇAS CILINDRICAS

Lei de Hooke

H_A – Tensão constante em Oz:  z  const. (caso particular,  z  0 )

As tensões radial e circunferencial podem ser reescritas como:


E 
r          z  r  k0  r  k1      k z
1 1
2 r

E 
          z    k0    k1   r   k z
1 1
2 r

H_B – Deformação constante em Oz: z  const. (caso particular, z  0 )

As tensões radial e circunferencial podem ser reescritas como:

E  1       E 
r   r      z  r  k0  r  k1      k z
1  2  1     1    1  2  1   
E  1       E 
     r       k0    k1   r   k z
1  2  1     1    1  2  1    z
10/ 1. PEÇAS CILINDRICAS

Lei de Hooke

Em resumo:
As tensões radial e circunferencial podem representar-se sob a forma

 r  k0  r  k1      k z

   k0    k1   r   k z

Com H_A H_B


 z  const   z  const 
E E  1   
k0
1 2 1  2  1   

k1 
1
 E 
 z z
kz
1 1  2  1   
11/ 1. PEÇAS CILINDRICAS

Equilíbrio de Tensões Direção de


projeção
Elemento infinitesimal: dr  r  d   dz

Estabelecendo o equilíbrio de forças


na direcção de projecção indicada:

 r  d r . r  dr .d .dz   r .r.d .dz 


 d 
 2.  .dr.dz. sin  0
 2 

Simplificando, tendo em
d r
linha de conta que:  r  r.   0
dr
 d  d
sin  
 2  2
e desprezando infinitésimos de 2ºO d
r. r      0
dr
d r .dr
12/ 1. PEÇAS CILINDRICAS

Equação dos Deslocamentos

Substituindo as nas equações gerais e impondo o equilíbrio


deformações lineares (H_A e H_B) das tensões de tensões
du
r   r  k0  r  k1      k z d
dr r. r      0
u dr
     k0    k1   r   k z
r

resulta na equação

d    du u  u du 
r.k 0 .  k1   k z    k0 .  k1   k z  0
dr    dr r  r dr 

Simplificando, resulta na equação diferencial de 2ªO:

d 1 d  C2
 . u .r  0 com solução geral u  C1.r 
dr  r dr  r
13/ 1. PEÇAS CILINDRICAS

Solução para as Tensões


C2
Iniciando o cálculo das deformações, sabendo que u  C1.r  :
r
du C  C2 
r   C1  22  r  k0  r  k1      k z  k 0 1  k1 .C1  1  k1 . 2 
 kz
dr r  r 
u C  C2 
    C1  22    k0    k1   r   k z  k0 1  k1 .C1  1  k1 .  kz
r r 2 
 r 
Substituindo nas
equações das tensões

Falta conhecer C1 e C2. Impondo as condições fronteira:


 C 
k0 1  k1 .C1  1  k1 . 22   k z   pa
r  a   r   p a  a 

 r  b   r   pb  C 
k0 1  k1 .C1  1  k1 . 22   k z   pb
 b 

1  pa .a 2  pb .b 2  b 2 .a 2 p  pb
C1  .  k 
z
C2   2a
k0 .1  k1   b  a 2 2
 k 0 .1  k1  b  a 2
14/ 1. PEÇAS CILINDRICAS

Solução para as Tensões

Substituindo C1 e C2 nas equações das tensões:

 C2 
 r  k0 1  k1 .C1  1  k1 .  kz
 r 2 
 C2 
   k0 1  k1 .C1  1  k1 . 2 
 kz
 r 

1  
b a 
2
 2 a 2 .b 2
r

 r  2 2  pa .a  pb .b  2  pa  pb 

1  
b a 
2
 2 a 2 .b 2
r

   2 2  pa .a  pb .b  2  pa  pb 

Nota final:
k0 As equações obtidas para as
r tensões são válidas para ambas
Independentes de k1
 as hipóteses: H_A e H_B
kz
15/ 1. PEÇAS CILINDRICAS

Solução para os Deslocamentos

Substituindo C1 e C2 na equação dos deslocamentos:

C2 1  pa .a 2  pb .b 2 a 2 .b 2  pa  pb  1  kz
u  C1.r       r
r 
2 

k0 b  a  1  k1 
2
r
1  k1  
r  k 0 .1  k1 

Substituindo k0, k1 e kz, obtém-se as equações dos deslocamentos:

H_A – Tensão constante em Oz:  z  const. (caso particular,  z  0 )

1   1   1 
u
E b  a  1  
2 2 
  p a .a 2
 pb .b 2
 r  a 2 2
.b   p a  pb      z  r
r E

H_B – Deformação constante em Oz:  z  const. (caso particular,  z  0 )

1 
u
 
E b 2  a 2 
1  2 
.  p a .a 2
 pb .b2
 r  a 2 2
.b   p a  pb  
1
r 
   z  r
16/ 1. PEÇAS CILINDRICAS

Análise de Casos Particulares


1º Caso – Cilindro só com Pressão Interior (pa = p e pb = 0)

As Tensões:

p.a 2  b 2 
 r  2 2 1  2 
b a  r 
p.a 2  b 2 
   2 2 1  2 
b a  r 

Os Deslocamentos:

u
1    pa 2  1  

b2 
r  
z  0
 
E b 2  a 2  1   r 

u
1    pa 2 
1  2  r  b2 
z  0
 
E b2  a2   
r 
17/ 1. PEÇAS CILINDRICAS

Análise de Casos Particulares


2º Caso – Cilindro de Paredes Finas só com Pressão Interior (pa = p e pb = 0)

ba
b  a   t

2a 2
  r  a     r  b   p 2 2
b a

como b 2  a 2  b  a b  a   b  a   t

e b  a  t  2at quando ba

2a 2 pa
  r  a     r  b   p   
2at t
18/ 1. PEÇAS CILINDRICAS

Análise de Casos Particulares


3º Caso – Disco Infinito com Orifício submetido à Pressão Interior (pa = p e pb = 0)
(Idêntico ao 1º Caso considerando b   )

As Tensões:
p.a 2  1 1
r   2  2
a2 b r 
1 2
b
p.a 2 1 1
   2 2 Os Deslocamentos:
a2 b r 
1 2 z  0
b
p.a 2 u
1    pa 2
r   2 b Er
r
b    z  0
p.a 2
   2 u r  a  
1    pa
r E
19/ 1. PEÇAS CILINDRICAS

Análise de Casos Particulares


4º Caso – Cilindro só com Pressão Exterior (pa = 0 e pb = p)

As Tensões:

p.b 2  a 2 
 r   2 2 1  2 
b a  r 
p.b 2  a 2 
    2 2 1  2 
b a  r 

Os Deslocamentos:

u
1    pb 2  1  

a2 
r  
z  0
 
E b 2  a 2  1   r 

u
1    pb 2 
1  2  r  a2 
z  0
 
E b2  a2  
r 
20/ 1. PEÇAS CILINDRICAS

Análise de Casos Particulares


5º Caso – Disco (Veio) Maciço submetido à Pressão Exterior (pa = 0 e pb = p)
(Idêntico ao 4º Caso considerando a  0 )

As Tensões:

p.b 2  a 2 
 r   2 2 1  2 
a  0
b a  r 
   r   p
p.b  a
2 2

   1  2
2 

b a  r
2

Os Deslocamentos:
1    pb 2  1  

a2  a  0   0 1    pr
z  0 u r   u
 
E b 2  a 2  1   r  z
E

u
1    pb 2 
1  2  r  a2  1   1  2  pr
z  0 z  0 u
 
E b2  a2   
r  E
21/ 1. PEÇAS CILINDRICAS

Análise de Casos

Uma peça cilíndrica de raio interno a e de raio externo b (com b = 2,0.a) é submetida a
uma pressão externa p. Considerando que  z  0 , represente num cubo elementar o
estado de tensão de um ponto a meio da parede da peça cilíndrica e obtenha a
expressão para o cálculo da tensão equivalente de Tresca nesse mesmo ponto em função
das variáveis indicadas.
(T1 do Exame de Setembro de 2015)
22/ 1. PEÇAS CILINDRICAS

Aperto entre dois casquilhos

Montagens com interferência:

A
Dext  DiBnt

Pressão entre as
Superfícies em
Contacto

Questões:

 Qual a interferência necessária entre os casquilhos A e B?


 Qual a pressão entre as superfícies em contacto?
 Quais as distribuições de tensão no interior dos casquilhos?
23/ 1. PEÇAS CILINDRICAS

Aperto entre dois casquilhos

Caso em Análise:
c
A
d
Raios dos
Casquilhos a
B
b

Interferência (radial):   d  a

Na prática:   d; a , para um casquilhos de aço corrente  1:1000 de a


24/ 1. PEÇAS CILINDRICAS

Aperto entre dois casquilhos

Qual a solução para estes problemas?

R: é necessário compatibilizar os deslocamentos radiais

Após montagem rextA  ri Bnt  d  u A  a  uB  u A  uB  d  a  

u A  uB   (Nesta equação os deslocamentos


são considerados em valor absoluto)
25/ 1. PEÇAS CILINDRICAS

Aperto entre dois casquilhos


Da compatibilidade dos deslocamentos
é possível extrair a pressão. Como?
?
u A  uB   p
Duas  z  const.  0
considerações: Para efeito do cálculo dos
d a d a  deslocamentos considera-se d  a

uA Cilindro só com

1   A  pa 2  1   A

c2 
a  
pressão exterior uA
 
E A a 2  c 2  1   A a  Substituindo na
equação de
Cilindro só com uB 
1   B  pa 2  1   B

b2 
 a   compatibilidade
uB pressão interior 2 
EB b  a  1   B
2
 a

 1   A   1  A c2  1   B   1 B b 2 
   a      a    pa 2  
 E Aa 2
 c 2
 1A a  EB b 2  a 2    1 B a 

Casquilhos do
p
a 2

 c 2 b 2  a 2 E 
mesmo Material

a2 b2  c2 2a
26/ 1. PEÇAS CILINDRICAS

Aperto entre dois casquilhos


As distribuições de tensões nos casquilhos
27/ 1. PEÇAS CILINDRICAS

Ligação em veios por aperto

O casquilho B, analisado no caso anterior, pode


corresponder a um disco (polia ou roda dentada):

b  a b

Admitindo o mesmo material, a pressão de


contacto é obtida por:
 c 2  a 2 
1  2 1  2 
p
a 2
 
 c 2 b 2  a 2 E
p  a  b  E

a2 b2  c2  2a
1 2
c2 2a
b

fazendo  c 2  E
b p  1  2 
 a  2a No caso de um
E
veio maciço p
c0 2a
28/ 1. PEÇAS CILINDRICAS

Ligação em veios por aperto

Momento Torsor Transmitido?

M t  f  fa ; p

Designando t a força de
atrito por unidade de área:

t   p

Impondo o equilíbrio de Momentos:

t  2. .a.e  a  M t M t  2. . .e. p.a 2


29/ 1. PEÇAS CILINDRICAS

Análise de Casos

Considere um corpo cilíndrico com um diâmetro interno d=2a, um diâmetro


externo D=2b e com b=1,5a. Na condição  z  0, determine o aumento percentual
do raio externo quando é aplicada uma pressão interna p. O Módulo de
Elasticidade e o Coeficiente de Poisson do material são, respetivamente, E e n.

f 25

O reservatório com a secção reta representada na f 50


figura foi dimensionado com um coeficiente de
segurança de 3,0 pelo critério de Von Mises.
Determine a pressão máxima considerada para
este dimensionamento, com  ced  220 MPa .

Considere um corpo cilíndrico com um diâmetro interno d=2a, um diâmetro


externo D=2b e com b=1,5a. Na condição  z  0 , demonstre que a tensão máxima
de corte num ponto no interior do corpo cilíndrico é dada por  max  1,8 p , quando é
aplicada uma pressão interna p.
O Módulo de Elasticidade e o Coeficiente de Poisson do material são,
respetivamente, E e n.
30/ 1. PEÇAS CILINDRICAS

P1.7- Calcule a pressão (em MPa) gerada na


superfície de contacto entre o casquilho e o disco
representados, após montagem do primeiro no
interior do furo do segundo.
Solução: p = 131,8MPa

P1.8- O cilindro A foi introduzido no interior do casquilho B


sem qualquer folga nem aperto. Após esta montagem o
cilindro A é forçado a sofrer uma deformação axial definida
por um encurtamento de 0,3mm ao seu comprimento. O
material de A e B é o mesmo. Determine a tensão
circunferencial máxima a que o casquilho B fica sujeito.
Solução: (max) = 57,1MPa
1/

2. FADIGA

 2.1 Tipos de Solicitações de Fadiga

 2.2 Diagramas S-N e Tensão Limite de Fadiga

 2.3 Fatores de correção da Tensão Limite de Fadiga

 2.4 Concentração de Tensões

 2.5 Fadiga com Tensão Média Diferente de Zero

 2.6 Fadiga à Torção Alternada

 2.7 Fadiga em Solicitações Combinadas

 2.8 Fadiga Acumulada


2/ 2. FADIGA

Introdução
Frágil
Nas solicitações estáticas Dúctil

Nas solicitações (e/ou tensões) variáveis


3/ 2. FADIGA

Introdução
• O estudo da Fadiga nos materiais de construção mecânica surge com a verificação de
roturas de componentes cujas solicitações se encontravam abaixo da tensão de rotura
e mesmo abaixo da tensão de cedência do material. O ponto comum nestes
componentes é que estavam sujeitos a tensões que variavam e com um número de
ciclos elevados.

• Fases do Fenómeno de Fadiga:

Fase I: Iniciação de micro-fendas junto de pequenos defeito (uma fenda, por exemplo)
em pontos de descontinuidade geométrica (mudança de secção, escatéis, ...).
Fase II: Propagação de micro-fendas para macro-fendas acentuando o efeito de
concentração de tensão (zona ondulada).

Fase III: Rotura súbita, com o aumento das fendas a área remanescente já não suporta
os níveis de tensão.
o Zona de propagação da fenda (zona com estrias à
direção de propagação)
Superfície de fadiga
o Zona de rotura súbita (zona lisa, aspeto de fratura frágil)
4/ 2. FADIGA

Introdução
• Exemplo:

Falha por Fadiga de um parafuso submetido a


flexão unidirecional repetida. O fenómeno de
Fadiga inicia na raiz da rosca no ponto A e
propaga-se pela maior parte da secção
resistente do parafuso (zona ondulada B). A
zona C representa a área de rotura final.

(Do ASM Handbook, Vol. 12: Fractography, ASM


International, Materials Park, OH 44073-0002,
fig 50, p. 120, www.asminternational.org.)
5/ 2. FADIGA

Introdução
Dano é visível pelas Substituição do
Nas solicitações estáticas deformações permanentes componente antes da
   ced rotura

Rotura súbita e
Nas solicitações variáveis Dano não é visível
total, sem aviso
Perigosa
6/ 2. FADIGA

Solicitações de fadiga
 máx   min
Tensão Média m 
2

 máx   min
Amplitude de Tensão a 
2

Alternada Pura ( m  0 ) Repetida (  m  0  m a )

Alternada (  m  0  m  a) Ondulada (  m  0  m a )


7/ 2. FADIGA

Diagrama S-N. Tensão Limite de Fadiga


Esquema de uma máquina de ensaio à Fadiga (Flexão rotativa)

Os provetes

 Flexão pura (s/ esforços de corte)


  max   a m  0 Mf
Flexão rotativa
a 
  min   a a  0 Wf
8/ 2. FADIGA

Diagrama S-N. Tensão Limite de Fadiga

Registo num ensaio de Fadiga (linear)

P  a  Ruptura N

Tensão Limite de Fadiga  f 0

Aços  f 0   a N   

(log)
Alumínios  f 0   a N  5 10 8

9/ 2. FADIGA

Tensão Limite de Fadiga

Determinação de  f0 é morosa e dispendiosa Métodos aproximados

Correlação
 f0 R

 f 0  0,5   R  R  1400 MPa F. fund.  f 0  0,45   R  R  600 MPa


Aços e aço
 f 0  700 MPa  R  1400 MPa vazado   275MPa  R  600 MPa
f0
10/ 2. FADIGA

Fatores de correção à Tensão Limite de Fadiga  f 0

 Acabamento Superficial
 Dimensões / Solicitação

Ensaio laboratorial  Fiabilidade (estatística)


de Flexão rotativa  Temperatura
 Descontinuidades geométricas
 Efeitos diversos

Tensão Limite de Fadiga Efetiva  f

 f  k a kb k c k d k e k f  f 0
11/ 2. FADIGA

Fatores de correção à Tensão Limite de Fadiga  f 0


# Fator de correção devido ao Acabamento Superficial ka

(kpsi)

Polido Retificado
ka

Maquinado

Laminado

Forjado

Tensão de Rotura  R GPa 


12/ 2. FADIGA

Fatores de correção à Tensão Limite de Fadiga  f 0


 Dimensões
# Fator de correção devido ao Efeito de Tamanho kb  Forma
 Tipo Carga

Esforço Axial

kb  1

Flexão e Torção

o Flexão rotativa ou Torção: seção circular maciça diâmetro “d”

1 d  8mm
kb 
1,189  d 0 , 097 8mm  d  250mm
13/ 2. FADIGA

Fatores de correção à Tensão Limite de Fadiga  f 0


# Fator de correção devido ao Efeito de Tamanho kb (continuação)   0,95   max 
o Flexão não rotativa: qualquer seção => diâmetro equivalente <= A0,95

Na flexão rotativa:

A'0,95 

4
d 2 2

 0,95  d   0,0766  d 2

Na flexão não rotativa:

Seção Circular Seção Retangular


A0,95  0,0105  D 2 A0,95  0,05  b  h

d  0,370  D d  0,808  b  h
14/ 2. FADIGA

Fatores de correção à Tensão Limite de Fadiga  f 0

# Fator de correção devido à Fiabilidade kc

Índice de Fiabilidade, R (  f0 ) = Probabilidade Estatística (0 a 1) de  f  f0


15/ 2. FADIGA

Fatores de correção à Tensão Limite de Fadiga  f 0


# Fator de correção devido à Fiabilidade kc (continuação)
 f0 - Valor médio de resistência à fadiga
S - Desvio padrão
 f 0  f
R - Índice de Fiabilidade pretendido  z  z R 
com S
z  z R  - Variável normalizada da distribuição normal
f
Sendo k c 
 f0
 
s  S 
  f 0 

kc  1  s  z

s  8%  f0

s  15%  rot
16/ 2. FADIGA

Fatores de correção à Tensão Limite de Fadiga  f 0


# Fator de correção devido ao Efeito da Temperatura kd

Aços ao carbono e aços liga

1 T  350º C
kd 
0,5 350º C  T  500º C

# Fator de correção devido a outros Efeitos kf

o Tensões residuais

o Processos de fabrico que provocam ortotropia do material

o Revestimentos superficiais

Sem outros efeitos  kf 1


17/ 2. FADIGA

Fatores de correção à Tensão Limite de Fadiga  f 0


# Fator de correção devido ao Efeito da Concentração de Tensões ke
0 - Tensão Nominal
 máx  K t   0 com  máx - Tensão Máxima devida acidente geométrico
K t - Factor de Concentração de Tensões Teórico
18/ 2. FADIGA

Fatores de correção à Tensão Limite de Fadiga  f 0


# Fator de correção devido ao Efeito da Concentração de Tensões ke (continuação)

Caso com solução teórica

Kt
- Tipo do acidente geométrico
Depende de
- Tipo de solicitação: flexão, torção, ... Kt
Obtidos por - Analíticos
Métodos - Experimentais
19/ 2. FADIGA

Fatores de correção à Tensão Limite de Fadiga  f 0


# Fator de correção devido ao Efeito da Concentração de Tensões ke (continuação)

Aspetos na Concentração de Tensões

o O efeito da concentração de tensões é muito localizado

o Kt é função do acidente geométrico e do carregamento, e é independente do material

o Tensões estáticas em

materiais dúcteis => Kt


materiais alta resistência,
endurecidos => Kt
20/ 2. FADIGA

Fatores de correção à Tensão Limite de Fadiga  f 0


# Fator de correção devido ao Efeito da Concentração de Tensões ke (continuação)

Fator de Concentração de Tensões Kt


21/ 2. FADIGA

Fatores de correção à Tensão Limite de Fadiga  f 0


# Fator de correção devido ao Efeito da Concentração de Tensões ke (continuação)
1
ke  q - Fator de Sensibilidade ao Entalhe
Flexão e 1  q  K t  1
Esforço Axial
– Kpsi (MPa) Torção – Kpsi (MPa)

Se q?

q 1

1
Liga de alumínio (2024T) ke 
Kt
22/ 2. FADIGA

Fadiga com Tensão Média diferente de zero  m  0 


m
Solicitações: repetidas, alternadas ou onduladas
a

m de tracção Diagrama Modificado de Goodman

 f 
 a      m   f   m   a   ced
R 

m de compressão

a  f   m   a   ced
23/ 2. FADIGA

Fadiga com Tensão Média diferente de zero  m  0 

Segurança à fadiga para m de tracção

f
cs 
 f 
 a      m
R 

Segurança à fadiga para m de compressão

f
cs 
a

Segurança relativa à cedência (tracção ou compressão)

 ced
cs 
m a
24/ 2. FADIGA

Fadiga à torção alternada

Em ensaios estáticos:  ced  0,58   ced


(Pelo critério de Von Mises:  eq  3   )

Em ensaios à fadiga verifica-se:  f  0,58   f

Em ensaios à fadiga, para um caso geral, com a e m verifica-se:

m - não produz efeitos na resistência


à fadiga, excepto no limite à cedência:

 m   a   ced

a - não deverá ultrapassar o limite à fadiga:

a  f
(Comportamento idêntico com tensão normal média de compressão)
25/ 2. FADIGA

Fadiga em Solicitações Combinadas


Tensões Médias
Caso geral com Solicitações Combinadas
considerar dois estados de tensão
Amplitudes de Tensão

Pelo método das Tensões Cálculo das tensões equivalentes de


equivalentes de Von Mises cada Estado de Tensão:

 mVM   x2,m   y2,m   x ,m y ,m  3 yx2 ,m  mVM   12,m   22,m   1,m 2,m
ou
 aVM   x2,a   y2,a   x ,a y ,a  3 yx2 ,a  aVM   12,a   22,a   1,a 2,a

 mVM   x2,m  3 yx2 ,m


Caso particular,  y 0 :
(ex: veio c/ torção e flexão)  aVM   x2,a  3 yx2 ,a
26/ 2. FADIGA

Fadiga – Análise de caso

A secção de um veio com um entalhe conforme representado na Figura está submetida a


um momento torsor constante de 100Nm e a um esforço axial variável: valor máximo de
+25kN e valor mínimo de -18kN. Determine o coeficiente de segurança usado no
dimensionamento desta zona do veio. Considere um aço com uma tensão de rotura de
783MPa, uma tensão de cedência de 426MPa, e uma tensão limite de fadiga
desconhecida, superfície retificada, índice de fiabilidade 99% e temperatura ambiente.
(P2 do Exame de Setembro de 2015)
Mt r = 3,2
Mt

Ø38
N N
Ø44
27/ 2. FADIGA

Fadiga Acumulada

ni
Lei de Miner  N 1 ni - nº de ciclos aplicado
i

N i - nº de ciclos até à rotura

n1 n2 n3
  1
N1 N 2 N 3
28/ 2. FADIGA

Fadiga Acumulada

A biela AB do mecanismo representado possui uma


secção circular de 12mm de diâmetro. O aço da biela
possui Rot = 460MPa e ced = 340MPa. A curva S-N
Curva S-N
deste aço é a indicada no gráfico. Considerando todos
350
os fatores de correção da tensão limite de fadiga
para este caso, verifica--se que f = 0,737 f0 , sendo 300

f a tensão limite de fadiga efetiva da biela.

f0 (MPa)
250

O mecanismo esteve a trabalhar durante 170 horas a

Tensão limite de fadiga,


200
150rpm, regime no qual o esforço axial (F) na biela
variava entre um máximo de 15kN (tração) e um 150

mínimo de 1,5kN (compressão) em cada ciclo.


100

Quantas horas de vida possui a biela se o mecanismo


50
for posto ao serviço para trabalhar num novo regime
de 75rpm no qual o esforço axial F varia, por ciclo, 0
1.E+04 1.E+05 1.E+06 1.E+07 1.E+08 1.E+09
entre 23kN (tração) e 2,5kN (compressão)?
Nº de ciclos, N
1/

3. ENGRENAGENS

 3.1 Tipos de engrenagens

 3.2 Definições geométricas

 3.3 Engrenagens de eixos paralelos e dentado reto

 3.4 Correção de dentado

 3.5 Engrenagens de eixos paralelos e dentado helicoidal

 3.6 Engrenagens de eixos concorrentes

 3.7 Análise de forças no engrenamento

 3.8 Principais mecanismos de rotura: flexão dos dentes e pressão de contato

 3.9 Fabrico das rodas dentadas


2/ 3. ENGRENAGENS

Introdução
 Engrenagens primitivas

- acionamento de portas em templos e mecanismos de elevação de água (2500 a.C.)

- dentes em cavilhas de madeira

- lubrificação com gorduras animais

 Função das engrenagens

- transmissão de rotação e
binário

- relação constante de
transmissão
3/ 3. ENGRENAGENS

Classificação das Engrenagens – Eixos paralelos

Dentado Reto

Dentado Helicoidal
4/ 3. ENGRENAGENS

Classificação das Engrenagens – Eixos concorrentes


Cónicas dentes retos Cónicas dentes espiral

Classificação das Engrenagens – Eixos não complanares


Parafuso sem-fim

Cruzada helicoidal
5/ 3. ENGRENAGENS

Propriedades de uma evolvente de círculo

 Lei de engrenamento

“Em cada ponto de contacto, entre os dentes de uma engrenagem, existe uma normal
comum que deve passar num ponto fixo I na linha de centros da engrenagem”

 Evolvente de círculo

 Perfil em ciclóide  Perfil em arco circular


6/ 3. ENGRENAGENS

Propriedades de uma evolvente de círculo

 Perfil em evolvente de círculo – Principais vantagens

 Variação da distância entre eixos sem


comprometer a relação de transmissão;

 Ângulo de pressão mantém-se constante durante


o engrenamento garantindo a continuidade da
transmissão;

 O dentado reto para rodas dentadas em


evolvente requer ferramentas simples tornando o
processo de fabrico mais barato.
7/ 3. ENGRENAGENS

Propriedades de uma evolvente de círculo

 Geração da evolvente

Características:

Círculo de o Raio de curvatura variável


Base
o Linha ed perpendicular à evolvente
o Tangente ao círculo de base
8/ 3. ENGRENAGENS

Propriedades de uma evolvente de círculo

 Definição da função involuta (ou equação polar da evolvente):

y
bc  ca
Círculo de Base r
bc rb  
c tan   tan   
rb Oc rb


 b

a
  inv  
O x
inv 

inv  tan   
 Raio de curvatura num ponto

rc  rb  
9/ 3. ENGRENAGENS

Fundamentos de uma Engrenagem

Círculo Primitivo Círculo de Base

 Lei de engrenamento
Roda 1
O1 “Em cada ponto de contacto, entre os dentes
de uma engrenagem, existe uma normal
comum que deve passar num ponto fixo I
T1 na linha de centros da engrenagem”
Círculo c 
Primitivo f
M I  Linha de geração tg Círculos de Base
T2 e d  Passa sempre por I
Círculo de  Não muda de direcção
Base
 Ponto M desloca-se nessa linha
Roda 2

O2
 Requisitos de transmissão de movimento
constante
10/ 3. ENGRENAGENS

Fundamentos de uma Engrenagem


Pinhão Círculo de dedendum
(Motora) Círculo de base
Círculo primitivo
Círculo de addendum
linha de pressão - Ângulo de Ângulo de
aproximação afastamento
(linha de geração) -
linha de ação -
linha de engrenamento - 
I

Ângulo de Ângulo de
aproximação afastamento
Círculo de addendum
Círculo primitivo

Roda Círculo de base


(Movida) Círculo de dedendum
11/ 3. ENGRENAGENS

Engrenagens de eixos paralelos


 Nomenclatura e principais parâmetros geométricos

 círculo de base d b ; rb
 círculo primitivo d ;r
rb  r. cos 

 Passo no primitivo p
d
 Módulo m 
Z

p  m 

o No dentado normal:
 Espessura dos
 Altura de addendum  Altura de dedendum dentes
p m.
ha  m  d a  d  2  m h f  1,25  m  d f  d  2,5  m s 
2 2
12/ 3. ENGRENAGENS

Correção de dentado

 Interferência

o TT’ localização dos pontos de contacto


cujas superfícies dos dentes são em
evolvente

o Interferência ocorre 1º entre o topo


dos dentes da roda maior e o flanco da
roda menor

o Caso crítico: roda maior tende para uma


cremalheira
13/ 3. ENGRENAGENS

Correção de dentado buril cremalheira

 Interferência

o No exemplo:
- Até ao circulo de base é em evolvente
- Por baixo é um arco em trocoide

o Principal consequência:
- Menor resistência dos dentes

o Condição de não interferência:

Geração de uma roda


dentada normalizada
m.Z ha  m (Z = 10 e  = 20º)
2
ha  sin 2  Zc 
2 sin 2  o Se  = 20º => Zc =17
14/ 3. ENGRENAGENS

Correção de dentado O2
2
 Escorregamento

o Velocidades do ponto M:
2
v M 1  1  O1 M

v M 2   2  O2 M T2
M  2  O2 M
I vr 2
1  O1 M
o Na direção da Linha de Engrenamento (L.E.):
T1 1
1  O1M  cos1  2  O2 M  cos 2
v r1
1  rb1  2  rb 2 1
O1

o Na direção perpendicular à L.E.:

v r1  1  O1 M  sin 1  1  T1 M v r 2   2  O2 M  sin  2   2  T2 M
15/ 3. ENGRENAGENS

Correção de dentado
O2
 Escorregamento 2

o Escorregamento Específico:

vr1  vr 2 1  T1 M   2  T2 M g s2
g s1  
v r1 1  T1 M g s1 T2
B +1

v v   T M  2  T2 M I
g s 2  r1 r 2  1 1
vr 2 2  T2 M A
T1 +1

o Desgaste é f(gs e da relação Z2/Z1): 1


O1
16/ 3. ENGRENAGENS

Correção de dentado

 Dentado Normal

Altura de addendum: ha  m
Altura de dedendum: h f  1,25  m
Altura do dente: h  2,25  m

 m
A espessura do dente e o espaço entre dentes no primitivo: s  e 
2
17/ 3. ENGRENAGENS

Correção de dentado

 Dentado corrigido: correção positiva


18/ 3. ENGRENAGENS

Correção de dentado

 Dentado corrigido: correção positiva

o Espessura dos dentes no


primitivo de corte:

 m
s  2  X m  tan  1,25  m  X m
2
com  m  Xm

Xm  x m  xm

s
Linha de referência

Linha primitiva de corte


19/ 3. ENGRENAGENS

Correção de dentado

 Dentado corrigido: correção negativa


20/ 3. ENGRENAGENS

Correção de dentado

 Dentado corrigido: comparação


21/ 3. ENGRENAGENS

Correção de dentado

 Correção de dentado sem variação do entre-eixo

o Engrenamento sem folga: s1  e2 ; s2  e1


 m  
s1   2  x1  m  tan   m  2  x1  tan  
s1  e1    m  2 2 
 s1  s2    m s2 
 m  
 2  x2  m  tan   m  2  x2  tan  
2 2 

x1  x2  0
22/ 3. ENGRENAGENS

Correção de dentado

 Correção de dentado com variação do entre-eixo

o Pinhão com correção x1 e Roda com correção x2

   
s1  m  2  x1  tan   e1  m  2  x1  tan  
2  2 
   
s 2  m  2  x2  tan   e2  m  2  x2  tan  
2  2 
o Se s1  e2 ou s1  e2  0 a'  a

s1  e2  0  s1  e2  2   x1  x2  m  tan   0 x1  x2   0
x1  x2   0  a'  a
o Resumo:

x1  x2   0  a'  a
23/ 3. ENGRENAGENS

Correção de dentado

 Correção de dentado com variação do entre-eixo

o Como determinar o entre-eixo?

s  s 
s '1  r '1  1  2inv  inv ' s ' 2  r ' 2  2  2inv  inv '
 r1   r2 

Para o correto funcionamento s '1  s'2  p '    m'

m'  2  tan    x1  x2   Z1  Z 2  inv  inv '    m'


O entre-eixo de
funcionamento: inv '  inv  2  tan  
 x1  x2 
cos  Z1  Z 2 
a'  a 
cos  '
rb1  rb 2  r1  r2  cos   r '1  r '2  cos  '
O módulo no primitivo de
funcionamento :
cos 
m'  m 
cos  '
24/ 3. ENGRENAGENS

Correção de dentado

 Correção de dentado com variação do entre-eixo


Pinhão
o Como garantir a folga normalizada no fundo
dos dentes c  0,25  m ?

Z1  Z 2
K  B  Bv 
2
2  x1  x2 
B
Z1  Z 2 
com
 cos  
Bv    1
 cos  ' 

d a1  m  Z1  2  2.x1  2.K 


do pinhão
Cremalheira
d a 2  m  Z 2  2  2.x2  2.K  de corte da roda

Roda
25/ 3. ENGRENAGENS

Correção de dentado

 Motivações para a correção de dentado

1. Para evitar a interferência

2
x
 Zc  Z 
Rodas dentadas com Z < Zc Zc  ou corrigir com
sin 2  Zc

2. Equilibragem dos escorregamentos específicos ( = 20º)

a) Z1  Z 2   60 - correcção sem variação do entre eixo - x2   x1

Z1 do ábaco x1
com x2   x1 
i  Z 2 / Z1 x2

b) Z1  Z 2   60 - correcção com aumento do entre eixo - a'  a

Z1 do ábaco do ábaco
com x1 e i  Z 2 / Z1 x2
curva AB
26/ 3. ENGRENAGENS

Correção de dentado

 Motivações para a correção


de dentado

2. Equilibragem dos
escorregamentos específicos

Exemplos

a) Z1=20 e i=3

b) Z1=20 e Z2=24
27/ 3. ENGRENAGENS

Correção de dentado

 Motivações para a correção 2. Equilibragem dos escorregamentos específicos


de dentado
28/ 3. ENGRENAGENS

Correção de dentado

 Motivações para a correção de dentado

3. Entre eixo imposto

 Z  Z1 
a'   2 m
 2 

x1  x2 
a' cos '  a  cos inv '  inv  2  tan  
Z 1  Z 2 

0,5    0,75 Engrenagens redutoras


Z 2  Z1 Z1
x1      x1  x2  
Z 2  Z1 Z 2  Z1  0 Engrenagens multiplicadoras
29/ 3. ENGRENAGENS

Eixos paralelos – dentado helicoidal

evolvente
Aresta do paralelogramo

Ângulo de
hélice
Cilindro base

No dentado reto: No dentado helicoidal:


o Linha de contacto // eixo o Linha de contacto diagonal ao longo da face dos dentes
o Força total: tangencial e radial o Força total: tangencial, radial e axial.
30/ 3. ENGRENAGENS

Eixos paralelos – dentado helicoidal - nomenclatura


Tangente ao dente helicoidal Cilindro
primitivo

Eixo da roda

Passos: Ângulo de
o Passo Normal
pn hélice
o Passo Aparente pt
o Passo Axial px
pn Sistema Normal v.s. Aparente

o Passo pn pt

pt px o Módulo mn mt

p
o Ângulo n t
p n  pt . cos  p x  p t . cot   n Pressão
sin 
31/ 3. ENGRENAGENS

Eixos paralelos – dentado helicoidal - nomenclatura

Ângulos de Pressão:
o Normal n
o Aparente  t

Plano Normal: PAB


Plano Aparente (de Rotação) : PTW

o Addendum, dedendum e altura dos dentes

o Diâmetro primitivo o Distância entre eixos

d  Z .mt 
Z .mn d1  d 2 Z1  Z 2 .mn
cos  a 
2 2. cos 
32/ 3. ENGRENAGENS

Eixos concorrentes – Engrenagens cónicas


Cone primitivo

d1

  90º
d2 
1 Z1  b Ângulo
d 1  tan   primitivo
 Z2 
1 Z2 
d 2  tan  
 Z1 
Diâmetro
primitivo

Raio primitivo
Cone imaginário
complementar
33/ 3. ENGRENAGENS

Eixos concorrentes – Engrenagens cónicas – Nomenclatura

Dimensões:

o Diâmetro primitivo d
o Comprimento da geratriz do cone primitivo Re o Ângulos de cone de addendum e dedendum da ; d f
o Ângulos de addendum e dedendum a ;  f o Alturas de addendum e dedendum ha ; h f
34/ 3. ENGRENAGENS

Razão de Condução

Arco de Arco de
aproximação afastamento 
b

I
A B
a

Círculo de addendum

Lab

Arco de acção:

Razão de Condução (radial):


q  AI  IB

o Se q p => limite para ocorrer choque q Lab


  
o Se q  1,2  p => 1,2 pares engrenados p p. cos 
35/ 3. ENGRENAGENS

Razão de Condução

Razão de Condução de
Razão de Condução radial  sobreposição axial 

     

b. sin 
Razão de Condução de sobreposição axial  
 .m n
36/ 3. ENGRENAGENS

Análise de forças – Eixos Paralelos – Dentado Reto


• Nomenclatura:

o Rodas dentadas 2, 3, 4, ...


o Veios a, b, c, ....
o Índices de direcção x, y, z, r e t.

3 Fb 3

3
b
b
n3
Tb 3
F32
 

Ta 2

a F23 a
n2 2 2
Fa 2
37/ 3. ENGRENAGENS

Análise de forças – Eixos Paralelos – Dentado Reto

D.C.L. do pinhão (projeções radial e tangencial):

F32r F32

Fr F32t
32 F32

n2
Ta 2 F32t
t a
Fa2

2
Fa 2 F r
a2
• Força tangencial F32t

d2
• Binário Ta 2   F32t
2
• Força radial F32r  F32t  tan 
38/ 3. ENGRENAGENS

Análise de forças – Eixos Paralelos – Dentado Helicoidal

• Força tangencial Ft
d
• Binário T   Ft
2
• Força radial Fr  Ft tan  t 

• Força axial Fa  Ft tan   Círculo


Primitivo
Ft
• Força total F
cos n  cos  Demonstrar: tan  n   tan  t  cos 
39/ 3. ENGRENAGENS

Análise de forças – Eixos Concorrentes (Engrenagens Cónicas)


 b 
rmed  r  1  
 2.Re 

• Força tangencial Ft

• Binário T  rméd  Ft

• Força radial Fr  Ft tan   cosd 


d
• Força axial Fa  Ft tan  sin d 
Ft
• Força total F
cos 
40/ 3. ENGRENAGENS

Principais Mecanismos de Rotura dos Dentes em evolvente

1) Excesso de tensão na base dos dentes resultante da flexão


2) Excesso de tensão na superfície resultante do contacto entre os dentes

1) 2)

Mott
Deutschman
41/ 3. ENGRENAGENS

Principais Mecanismos de Rotura dos Dentes em evolvente

1) Excesso de tensão na base dos dentes resultante da flexão


2) Excesso de tensão na superfície resultante do contacto entre os dentes

1) 2)
42/ 3. ENGRENAGENS

Rotura por Flexão

Fr Equação de Lewis
F Mf

I /c

Ft M  Ft .L
1 3
b.t
I / c  12
t
(...)
2
Y - Fator de forma de Lewis
Ft .P

b.Y 1
Limitações da equação de Lewis:
P
m
- Admite máxima flexão com a força aplicada no topo dos dentes
- Considera unicamente os efeitos da flexão. Faltam os efeitos da componente radial
- Assume um carregamento estático
43/ 3. ENGRENAGENS

Rotura por Flexão


Verificação de resistência à flexão - JGMA (Japanese Gear Manufacturer Association)

mn .b  KL  1
Ft  Ft lim Ft lim   F lim   kgf 
YF .Y .Y  K V .K O  SF

mn • Módulo
b • Largura (Se bw-bs<mn => b=bw e b=bs;
Se bw-bs>mn => b=bs+mn e b=bs)

YF • Fator de forma KL • Fator de vida


 1 
Y • Fator de distr. de carga  Y   KV • Fator de carga dinâmica
  
Y • Fator do ângulo de hélice KO • Fator de sobrecarga

SF • Fator de segurança = 1,2

 F lim • Tensão limite admissível


44/ 3. ENGRENAGENS

Rotura por Pressão Superficial

Tangente comum
Círculo de Base
rc1 2
M FN rc 2
T2
I vr2 rc1  T1 M
FN vr1 rc 2  T2 M
T1

1
Círculo de Base

• Sugestão de trabalho:

Determinar o rc1 e rc2 para M  I


45/ 3. ENGRENAGENS

Rotura por Pressão Superficial


 Teoria de Hertz
Sem
L
1 solicitação
rc1 M  Contacto contraformal
y
FN rc 2 - área muito reduzida
x - pressões locais elevadas
y  Pressão máxima de Hertz
2xbH
FN 2  FN
p0  p H 
Com   bH  L
solicitação
y  Relação entre FN e p(y)
FN bH

FN  2  L   p y  dy
0
p0 = pH
2
z  Semi-largura de contacto
FN
z bH 
   
FN 1  12 / E1  1   22 / E2
 .L 1 / rc1  1 / rc 2
46/ 3. ENGRENAGENS

Rotura por Pressão Superficial

Tensões Normais e de corte

Tensão de Von Mises


47/ 3. ENGRENAGENS

Rotura por Pressão Superficial


Verificação de resistência à pressão superficial - JGMA (Jap. Gear Manufacturer Association)
2
u  K HL .Z L .Z R .Z V .Z W 
  H lim  .d1 .bH .
1 1
Ft lim
2
 kgf 
u  1  Z H .Z M .Z  .Z   K .K .K S 2
 H V O H

 • “+” – exteriores; “-” – interiores K HL • Fator de vida

bH • Largura efetiva dos dentes ZL • Fator do lubrificante

ZH • Fator de zona ZR • Fator da rugosidade superficial

ZM • Fator material ZV • Fator de veloc. de escorregamento

Z • Fator de condução ZW • Fator da razão de dureza


Z • Fator do ângulo de hélice = 1,0 K H • Fator de distr. carga na face dente
SH • Fator de segurança = 1,15 KV • Fator de carga dinâmica

 H lim • Tensão de Hertz limite admissível KO • Fator de sobrecarga

u • Z 2 / Z1 d1 • Diâmetro primitivo do pinhão


1/

4. TRANSMISSÃO POR CORREIAS PLANAS E TRAPEZOIDAIS

 4.1 Correias planas

 4.2 Correias trapezoidais


2/ 4. TRANSMISSÃO POR CORREIAS PLANAS E TRAPEZOIDAIS

Correias Planas Abertas


 Geometria

• Ângulo de contacto na polia de diâmetro “d”:


1

 Dd 
2
1
 d    2  sin  
 2  C 

• Ângulo de contacto na polia de diâmetro “D”:

 Dd 
 D    2  sin 1  
 2  C 

• Comprimento da correia:

1
L  4C 2  D  d   D   D  d   d 
2

2
3/ 4. TRANSMISSÃO POR CORREIAS PLANAS E TRAPEZOIDAIS

Correias Planas Abertas Ry F2


 Forças e Binário (sem forças de inércia)

Rx  Fi A
Md
• Equilíbrio de forças em Ox (força de pré-tensão):
d
 Fx  0  Rx  Fi  F1  F2  cos  
 F1

• Equilíbrio de momentos em O:  Dd 


d   sin 1  
 M A  0  M d  F1  F2  2
 2  C 

F2  Ry
• Condição de não escorregamento:
F1 F1
 e    d  e  e    D  MD Rx  Fi
F2 F2
B
• Equilíbrio de forças em Oy (polia menor): F1

F y  0  R y  F1  F2  sin  
D


4/ 4. TRANSMISSÃO POR CORREIAS PLANAS E TRAPEZOIDAIS

Correias Planas Cruzadas


 Geometria

• Ângulo de contacto nas polias:

Dd 
   d   D    2  sin 1  
 2  C 

1
• Comprimento da correia: 2

1
L  4C 2  D  d   D  d   
2

2
5/ 4. TRANSMISSÃO POR CORREIAS PLANAS E TRAPEZOIDAIS

Correias Trapezoidais
 Geometria

• Idêntica à das correias planas abertas

 Forças e Binário

• Binário transmitido:
dm
 M O  0  M  F1  F2  2

• Condição de não escorregamento:


   
F1
 e sin   
F2

2   30º '  0,50
sin  
F1
Admitindo   0,13 obtém-se: 2   34º  ' 0,45  e   ' 
F2
2   38º  ' 0,40
1/

5. VEIOS

 5.1 Análise de Tensões

 5.2 Cálculo à Resistência Estática e à Fadiga

 5.3 Cálculo à Rigidez à Torção e à Flexão

 5.4 Velocidades Críticas


2/ 5. VEIOS

Introdução

Ações: VEIOS
Reações:
o Polias o Rolamentos
o Rodas Dentadas o Chumaceiras
o Volantes (...)

Potência:
P Unidades (SI):
P  Mt  ou Mt 
 P W   M t  N .m   rad / s 
(1cv = 736W)
Dimensionamento de Veios: (1HP=746W)

o Resistência: Fadiga e/ou Solicitações Estáticas


o Torção
o Rigidez
o Flexão
o Ressonâncias
3/ 5. VEIOS

Cálculo à Resistência

Ações sobre um Veio


(Caso Geral)

d - diâmetro do veio

M t - momento torsor
Esforços
M f - momento fletor r x 
na secção
N - esforço axial

 d3
Wt  - módulo de resistência à torção
16 z
 d3
Wf  - módulo de resistência à flexão
32
 d2  y
A - área da secção
4
4/ 5. VEIOS

Cálculo à Resistência
Mf - Momento flector

Tensões Normais com:

Mf 32  M f
m  0 a  
Wf  d3

Mt - Momento torsor

Tensões de Corte com: r x 


M t 16  M t
m   a  0
Wt  d3

- Esforço axial z
N
Tensões Normais com:
 y
N 4 N
m   a  0
A  d2
5/ 5. VEIOS

Cálculo à Resistência

à rotura por Fadiga (Critério de Von Mises)

- Tensão Média Equivalente


2 2
 4 N   16  M t 
 mVM   m2  3  m2   2 
 3   3 
   d     d 

- Amplitude de Tensão Equivalente

2
 32  M f  32  M f
 aVM   a  3  a  
2 2
  3  02 
   d 3
   d 3

  f  VM  f
Verificação à Fadiga  VM
   m 
R 
a
cs
6/ 5. VEIOS

Cálculo à Resistência

à rotura por Cedência (Critério de Von Mises)

2
 4  N 32  M   16  M 
2

 máx
VM
  máx
2
 3  m2   
f
3 
  3   3 
t

 d  d    d 
2

2
16  N d 
   2  M   3  M 2

 d3  4
f t

 ced
Verificação à Cedência  máx
VM

cs
7/ 5. VEIOS

Exemplo de Cálculo de um Veio à Resistência

Dimensionar o veio:

d = ? (D = d + 6mm)
8/ 5. VEIOS

Exemplo de Cálculo de um Veio à Resistência


Dados:
1. Veio b a rodar a 150rpm recebendo uma potência de 12cv (rendimento 100% no engrenamento);
2. Rolamentos: A- capacidade de carga axial e radial; C- capacidade de carga radial;
3. Rodas dentadas helicoidais B e D:
o Ângulo da hélice b = 15º
o Ângulo de pressão normal an = 20º
o Módulo normal mn = 5mm
o Nº de dentes ZB = 41 e ZD = 21

4. Aço do veio:
o Tensão de rotura rot = 500MPa
o Tensão de cedência ced = 260MPa
o Tensão limite de fadiga f0 = 215MPa

5. Outras informações:
o Veio com superfície retificada;
o Índice de fiabilidade R= 99,9% e coeficiente de segurança cs = 1,5
o Temperatura de serviço 150ºC
9/ 5. VEIOS

Exemplo de Cálculo de um Veio à Resistência


F
Resolução:

an
1. Cálculo dos raios primitivos Fr
Fa
das rodas dentadas helicoidais at
b

Ft
tga n tg 20 b
tga t  tga t   a t  20,647º
cos b cos15
mn 5
mt  mt   5,1764mm
cos b cos15

mt  Z B 5,1764  41 Círculo
rB  rB   106,12mm Primitivo
2 2
mt  Z D 5,1764  21
rD  rD   54,352mm
2 2
10/ 5. VEIOS

Exemplo de Cálculo de um Veio à Resistência


F
Resolução:

2. Forças na roda B an
Fr
Fa
P 12  735 at
M tB    561,5 N .m b
B 150  2 / 60
Ft
M tB 561,5 b
Ft 
B
  5292 N
rB 106,12 10 3

FrB  Ft B  tga t  5292  tg 20,647º  1994 N

FaB  Ft B  tgb  5292  tg15º  1418 N


11/ 5. VEIOS

Exemplo de Cálculo de um Veio à Resistência


F
Resolução:

3. Forças na roda D an
Fr
Fa
at
M tD   M tB  561,5 N .m b

Ft

M tD 561,5 b
Ft 
D
 3
 10331N
rD 54,352 10

FrD  Ft D  tga t  10331 tg 20,647º  3893N

FaD  Ft D  tgb  10331 tg15º  2768N


12/ 5. VEIOS

Exemplo de Cálculo de um Veio à Resistência


FaB FrB
Resolução:
y
Diagrama de Corpo Livre: M Bf y
Ft B
Veio + Roda B + Roda D
RxA RyA VB
FrD
A NB M t
B
C Ft D
R y
Ações no Ponto B B
RzA M Bf z C FaD
z 32º
N B  FaB  1418 N HB
88 RzC D
67 x
VB  FrB  1994 N 72

H B  Ft B  5292 N

M tB  Ft B  rB  561,5 N .m

M fB z  FaB  rB  1418 106,12 10 3  150,5 N .m

M Bf y  0 N .m
13/ 5. VEIOS

Exemplo de Cálculo de um Veio à Resistência


FaB FrB
Resolução:
y
Diagrama de Corpo Livre: M Df y
Ft B
Veio + Roda B + Roda D
RxA R yA
FrD
A C Ft D
R y
Ações no Ponto D B
RzA C FaD
z 32º D
D N D Mt
88
RzC
N D  F  2768 N
a
D
67 HD x
72 M D
VD
VD  FrD  cos 32º  Ft D  sin 32º  3893  cos 32º 10331 sin 32º  2173N
f z

H D  Ft D  cos 32º  FrD  sin 32º  10331 cos 32º 3893  sin 32º  10824 N

M tD  Ft D  rD  561,5 N .m
M Df z  FaD  rD  cos 32º  2768  54,352 103  cos 32º  127,6 N .m

M Df y  FaD  rD  sin 32º  2768  54,352 10 3  sin 32º  79,7 N .m


14/ 5. VEIOS

Exemplo de Cálculo de um Veio à Resistência

Resolução:
y
Diagrama de Corpo Livre:
Veio R yA
RxA 1994N
561,5 N.m
A
1418N RyC
RzA B
C 79,7 N.m
150,5 N.m
z
Reações nos Apoios A e C 5292 N 2768N 561,5 N.m
88 C 10824N D
R z

F
67
x  0 RxA  1418  2768  0  RxA  1350 N 72 x
127,6 N.m 2173N
Fy  0 R  1994  R  2173  0  R  1903N
A
y
C
y
C
y

M C
z  0   RyA  88  67   150,5 103  1994  67  127,6 103  2173  72  0  RyA  1724 N

Fz  0 RzA  5292  RzC  10824  0  RzC  12334 N

M C
y  0   RzA  88  67   5292  67  79,7 103  10824  72  0  RzA  6801N
15/ 5. VEIOS

Exemplo de Cálculo de um Veio à Resistência

Resolução: y

4. Diagramas de momentos torsores 1724N


1350N 1994N
561,5 N.m
A 1903N
1418N
6801N B 79,7 N.m
150,5 N.m C
z 5292 N 2768N 561,5 N.m
88 12334N 10824N D
67
72 x
127,6 N.m 2173N
16/ 5. VEIOS

Exemplo de Cálculo de um Veio à Resistência

Resolução: y

5. Diagramas de momentos fletores 1724N


1350N 1994N
(Plano Oxy) 561,5 N.m
A 1903N
1418N
6801N B 79,7 N.m
150,5 N.m C
z 5292 N 2768N 561,5 N.m
88 12334N 10824N D
67
72 x
127,6 N.m 2173N

M Besq  1724  88 10 3  151,7 N .m

M Bdir  M Besq  M zB  151,7  150,5  302,2 N .m

M Desq  M zD  127,6 N .m
M C  M zD  2173  72 10 3  284,1N .m
17/ 5. VEIOS

Exemplo de Cálculo de um Veio à Resistência

Resolução: y

6. Diagramas de momentos fletores 1724N


1350N 1994N
(Plano Oxz) 561,5 N.m
A 1903N
1418N
6801N B 79,7 N.m
150,5 N.m C
z 5292 N 2768N 561,5 N.m
88 12334N 10824N D
67
72 x
127,6 N.m 2173N

M B  6801 88 10 3  598,5 N .m

M Desq  M yD  79,7 N .m

M C  M yD  10824  72 10 3  699,6 N .m


18/ 5. VEIOS

Exemplo de Cálculo de um Veio à Resistência

Resolução:

7. Diagramas de momentos fletores combinados


M f  M 2f V  M 2f H

M Besq  151,7 2  598,52  617,4 N .m

M Bdir  302,2 2  598,52  670,4 N .m

M C  284,12  699,6 2  755,1N .m

M Desq  127,6 2   79,7   150,5 N .m


2
19/ 5. VEIOS

Exemplo de Cálculo de um Veio à Resistência

Resolução: y

8. Diagramas de esforços axiais 1724N


1350N 1994N
561,5 N.m
A 1903N
1418N
6801N B 79,7 N.m
150,5 N.m C
z 5292 N 2768N 561,5 N.m
88 12334N 10824N D
67
72 x
127,6 N.m 2173N
20/ 5. VEIOS

Exemplo de Cálculo de um Veio à Resistência

Resolução:

9. Secção Crítica M t  561,5 N .m


Dos Diagramas M f  755,1N .m
de Esforços Secção Crítica = Secção C
N  2768N

10. Dimensionamento à resistência à rotura por cedência


2
16  N d   ced
 máx
VM
   2  M f   3  M 2

 d3  4
t
 cs

2
 2768  d
 máx
VM

16

 d3 
 2  755,1  10 3
  3  
561,5  10 3

2

260
4  1,5

d  37,7mm
21/ 5. VEIOS

Exemplo de Cálculo de um Veio à Resistência

Resolução:

11. Dimensionamento à resistência à rotura por fadiga

  f  VM  f
 VM
   m 
R 
a
cs

com
2 2
 4 N   16  M t 
 mVM     3   3 
 d    d 
2

32  M f
 aVM 
 d3

 f  k a kb k c k d k e k f  f 0
22/ 5. VEIOS

Exemplo de Cálculo de um Veio à Resistência

Resolução:

11. Dimensionamento à resistência à rotura por fadiga (continuação)

Determinação de “d” iterativamente: d = 50mm

 Acabamento superficial ka = 0,89 (superfície retificada)


 Efeito tamanho kb = 1,189 x 50-0,097 = 0,814
 Fiabilidade kc = 0,753 (R = 99,9%, s = 8%)
 Temperatura kd = 1 (T ≤ 350ºC)
 Concentração de tensões Kt = 2,14 (r/d = 1,5/50 = 0,03; D/d = 56/50 = 1,12)

q ≈ 0,72 (r = 1,5mm; R = 0,5GPa)


ke = 1/[1+q(Kt-1)] = 0,549
 Efeitos diversos kf = 1

f 64,4
 f  0,89  0,814  0,753  1 0,549 1 215  64,4 MPa    42,9 MPa
cs 1,5
23/ 5. VEIOS

Exemplo de Cálculo de um Veio à Resistência

Resolução:

11. Dimensionamento à resistência à rotura por fadiga (continuação)

32  755,1103
 VM
  61,53MPa
  50
a 3

2 2
 4  2768   16  561,5 10 3

 mVM     3     39,65MPa
   50    503
2
 

Aplicando o critério

  f  VM 64,4 f
 
  m  61,53  500  39,65  66,6MPa  ? cs  42,9MPa

VM


a
 R
Não verifica para d = 50mm
24/ 5. VEIOS

Exemplo de Cálculo de um Veio à Resistência

Resolução:

11. Dimensionamento à resistência à rotura por fadiga (continuação)

Determinação de “d” iterativamente: d = 60mm

 Efeito tamanho kb = 1,189 x 60-0,097 = 0,799


 Concentração de tensões Kt = 2,2 (r/d = 1,5/60 = 0,025; D/d = 66/60 = 1,1)

q ≈ 0,72 (r = 1,5mm; R = 0,5GPa)


ke = 1/[1+q(Kt-1)] = 0,536

f 61,7
 f  0,89  0,799  0,753 1 0,536  1 215  61,7 MPa    41,1MPa
cs 1,5
25/ 5. VEIOS

Exemplo de Cálculo de um Veio à Resistência

Resolução:

11. Dimensionamento à resistência à rotura por fadiga (continuação)

32  755,1103
 VM
  35,61MPa
  603
a

2 2
 4  2768   16  561,5 103 
 mVM   2 
 3     22,95MPa
   60    60 3
 

Aplicando o critério

  61,7 f
 aVM   f  mVM  35,61   22,95  38,4MPa  ?  41,1MPa
R  500 cs

Verifica para d = 60mm


26/ 5. VEIOS

Cálculo de Veios à Rigidez de Torção

O ângulo de torção

Mt  L

G  It

com: G - Módulo de elasticidade transversal


It - momento de inércia da secção à torção

Valores limites:


- Máquinas ferramenta  0,25º / m
L

- Outras aplicações 
 2º / m
L
27/ 5. VEIOS

Exemplo de um pré – dimensionamento de Veios à Rigidez de Torção



Impondo o valor limite  0,25º / m então:
L
 
 0,25º / m  0,25 rad / m
L 180
Pcv 
M t  N .m   7019 
nrpm 
 d4
It  (veio maciço)
32
G  80GPa (valor comum para os aços)

Substituindo na  Mt  7019 Pcv 


  0,25  
G  It  10 3  d mm  nrpm 
4
equação L 180
80 109 
32
Obtém-se o valor do Pcv 
d mm  120  4
diâmetro necessário nrpm
28/ 5. VEIOS

Verificação de Veios à Rigidez de Torção

Exemplo de aplicação:

d  60mm

D  60  6  66mm

32  M t  LBC LCD  32  561,5  0,067 0,072  3


 BD   4  4      0, 650  10 rad
G  D d  80 109   4 4
 0,066 0,060 

180
0,650 10 3 
O ângulo de rotação relativo:    0,27º / m

L 0,067  0,072
29/ 5. VEIOS

Cálculo de Veios à Rigidez de Flexão

Limitação do valor Perturbação do funcionamento


da flecha máxima dos elementos usados na
transferência de binário

- Método da sobreposição de efeitos


Determinação da - Método da carga unitária
linha elástica
- Método da integração da EDE

d 2 y M x 
 y  f x 
dx 2
EI

P P
x

y
30/ 5. VEIOS

Cálculo de Veios à Rigidez de Flexão

Método da sobreposição de efeitos

- Recurso a formulário

- Aplica-se a veios de secção constante!


31/ 5. VEIOS

Cálculo de Veios à Rigidez de Flexão


Método da carga unitária

M x  M x 
L

A flecha num ponto fixado é dada por: y dx


0
E  I

M  x  - Função momento fletor das ações reais sobre o veio


com:
M  x  - Função momento fletor da ação da única força aplicada
no ponto em análise

Aplicação prática:

- Em Li o momento de inércia é constante ( I i )


Comprimento L
M x  e M x 
dividido em partes:
- são funções lineares em cada ( Li )

y
1 n Li

6 E i 1 I i
 
2 M ie  M ie  M id  M id  M ie  M id  M id  M ie 
32/ 5. VEIOS

Cálculo de Veios à Rigidez de Flexão

Método da carga unitária - Exemplo de aplicação


33/ 5. VEIOS

Cálculo de Veios à Rigidez de Flexão

Método da carga unitária - Exemplo de aplicação

282,53 103 N / mm yc 0,2286 1


yC   0,2286mm   
6  206 10 N / mm
3 2
L 360 1575
34/ 5. VEIOS

Cálculo de Velocidades Críticas em Veios

Sistema com
Veio em rotação c/ ou s/ Frequências
 Sistema elástico com  Forças de  Naturais de
massas acopladas massas em movimento inércia
Vibração

Da Análise de Vibrações:

K
n 
M

n - Frequência natural de vibração


com: K - Constante de mola do sistema elástico
M - Massa do sistema
Admitindo constante a relação:

P g
K e como P  M g obtém-se n 
y y
35/ 5. VEIOS

Cálculo de Velocidades Críticas em Veios

(s/ amortecimento)
Deslocamentos
infinitos
Veio em  Frequência Fenómeno de
rotação Natural  Ressonância
(c/ amortecimento:
sistema real)
Deslocamentos
muito elevados

Na prática:

Velocidade crítica  Velocidade de rotação


36/ 5. VEIOS

Cálculo de Velocidades Críticas em Veios

Exemplo 1:

A frequência natural
A flecha A constante elástica / velocidade crítica

P  a2  b2 P 3 E  I  L K 3 E  I  L
y  K   n  
3 E  I  L y a 2  b2 M M  a 2  b2

Nota: equação válida para o veio nestas condições, secção constante e desprezada
a massa do veio
37/ 5. VEIOS

Cálculo de Velocidades Críticas em Veios

Exemplo 2:

Método de Rayleigh-Ritz Método de Dunkerley

1 1 1 1
n  g   Pi  yi  2

 2

 2

 2
⋯
 Pi  yi2 n n1 n2 n3

n i - Freq. natural só com a massa “i”


38/ 5. VEIOS

Cálculo de Velocidades Críticas em Veios

Exemplo 3:

Pelo Método de Rayleigh-Ritz


3024  g  E  I
L L n 
31 p  L4
 p  yx dx  yx dx
n2  g  L0  g  L0 ou

 p  yx  dx  yx  dx
2 2
3024  E  I
0 0 n 
31 M  L3
Sabendo que:

yx  
p
24 EI

x 3  2 Lx 2  L3 x 
39/ 5. VEIOS

Análise de Caso
 d
Considere um veio a em rotação, de diâmetro b b
constante d, com duas massas acoplada iguais b. O
veio a tem massa desprezável e b têm uma massa a
M. Recorrendo ao método de Dunkerley calcule a 1ª
frequência natural de vibração do sistema
representado.
L L L
48  E  I 2
nD  2 2
7  M  L3

 RR 384  E  I 
n  3 
 41  M  L 
1/

6. MOLAS

 6.1 Conceitos Fundamentais

 6.2 Tipos de Molas

 6.3 Associações de Molas

 6.4 Dimensionamento de Molas Helicoidais e de Molas de Lâminas


2/ 6. MOLAS

Introdução
o Exercer força
Função das Molas o Prestar flexibilidade
o Armazenar energia

o Helicoidais
Classificação das Molas o Lâminas
o Discos, ...

Definições:

o Flexibilidade (  ) / Rigidez de uma Mola ( k )

y 1 P
 k 
P  y
3/ 6. MOLAS

Introdução

Dimensionamento de uma Mola:

o Espaço disponível

o Requisitos de rigidez

o Deslocamento e força máximos impostos pelo projeto

o Resistência às solicitações estáticas / fadiga

o Ressonância em solicitações dinâmicas

o Instabilidade
4/ 6. MOLAS

Associação de Molas

Associação de molas em série Associação de molas em paralelo

1 1 1 keq  k1  k 2
 
keq k1 k 2
5/ 6. MOLAS

Molas Helicoidais

Esforços Internos

Nomenclatura:

D - Diâmetro médio de enrolamento


d - Diâmetro do fio
M - Momento torsor
P - Carga aplicada

D
M  P
2
A Tensão de corte máxima  d3
com Wt 
16
M P 8 P  D 4 P
      d2
Wt A  d 3
 d2 A
4
6/ 6. MOLAS

Molas Helicoidais
Nomenclatura:
A Tensão de corte máxima (continuação) D - Diâmetro médio de enrolamento
d - Diâmetro do fio
D M - Momento torsor
Definindo o fator C P - Carga aplicada
d

8  P  D  0,5  8 P  D
 3 
1     Ks 
 d  C   d3

 0,5  Fator de Ampliação


com K s  1  
 C  das tensões de corte

Valores comuns
D  0,5 
6C   12 1,083  K s  1    1,042
d  C 
7/ 6. MOLAS

Molas Helicoidais
Fator de Correção
A Tensão de corte máxima (continuação) de Wahl
8 P  D 4  C  1 0,615
  KW  com KW  
 d3 4C  4 C
o Efeito de Ampliação
o Efeito da curvatura
8/ 6. MOLAS

Molas Helicoidais
Dimensionamento à fadiga

KW  4  C  1 0,615  2  C Factor de Concentração


Kt     de Tensões
Ks  4  C  4 C  2 C 1
0,58   f
a 
cs
O critério de resistência à fadiga
0,58   ced
 m  a 
cs
com:
8  Pa  D
 a  Ks 
 d3
8  Pm  D
 m  Ks 
 d3
 f  k a kb k c k d k e k f   f 0
1
ke 
Kt
9/ 6. MOLAS

Molas Helicoidais
Deformação
D
y  f   y  
2
M L
Como 
G  It
D
o Momento torsor M  P
2

o Comprimento total do fio (N = nº de espiras) L  N   D

 d4
o Momento polar de inércia It 
32

o Módulo de elasticidade transversal G

8  P  N  D3 2 C 2 N   D
y ou y 
Gd4 2 C 1 G
10/ 6. MOLAS

Molas Helicoidais
Constante elástica de mola (k)

Gd4 Gd
k 
8  N  D3 8  N  C 3

Condição de bloqueio

y  N p  d com p o passo da hélice

Encurvadura (molas com L > 4xD)


11/ 6. MOLAS

Molas Helicoidais

Dimensionamento / Verificação à ressonância em serviço

k Frequência Natural de
n   uma mola helicoidal
m
com:

o Constante de mola k

o Massa da mola m   2 d2  D N 
4
0,5 se ambas extremidades estão fixas
o 
0,25 se uma extremidade fixa e a outra livre

Na prática considera-se n  15  a 20  excitação


12/ 6. MOLAS

Molas de Lâminas

Caso de uma lâmina

P  L3 P  L3
Flecha máxima y y
48  E  I 4  E  b  h3
b  h3
Momento de inércia I
12
P 4  E  b  h3
Constante da mola k 
y L3
13/ 6. MOLAS

Molas de Lâminas

Caso de uma lâmina


PL
Momento flector máximo M
4
b  h2
Módulo de resistência à flexão W
6
M 3 P  L
Tensão normal máxima  
W 2  b  h2
14/ 6. MOLAS

Molas de Lâminas

Maior rigidez

Aumentar número de lâminas

Caso de N lâminas com o mesmo comprimento

P  L3
Flecha máxima y
4  E  b  h3  N

P 4  E  b  h3  N
Constante da mola k 
y L3
3 P  L

2  b  h2  N
15/ 6. MOLAS

Molas de Lâminas
Módulo de rigidez
W  f  

Lâminas de
comprimento variável

Caso de molas de lâminas SIRF

P  L3
Flecha máxima y  
4  E  b  h3  N
1,25    1,5
P 4  E  b  h3  N
Constante da mola k 
y   L3
3 P  L
Tensão normal máxima 
2  b  h2  N
  L2
y 
6 E  h
16/ 6. MOLAS

Molas de Lâminas
Na figura representa-se uma prancha de saltos constituída por duas molas helicoidais
iguais e uma prancha de largura igual a 300mm. Tendo em conta as características de
cada mola responda às seguintes questões:

a) Para uma força F = 600N e para as Molas Mola Aço das Molas
molas helicoidais, verifique a sua Helicoidais Lâmina
integridade no funcionamento: tensões K = 45N/mm E = 206GPa
máximas e deformações máximas. d = 9,0mm b = 300mm G = 80 GPa
Comente os resultados.
C=6 h=?  adm = 0,58x  adm
b) Para a força máxima suportada pelas p = 20mm = 210MPa
molas helicoidais, determine a altura h da
prancha para não ultrapassar a tensão
admissível imposta.
F

1,5m 0,5m
1/

7. LIGAÇÕES EM VEIOS

 7.1 Ligações com outros elementos mecânicos

 7.1.1 Chavetas: tipos e dimensionamento

 7.1.2 Veios escatelados: tipos e dimensionamento

 7.2 Ligações entre veios

 7.2.1 Embraiagens: tipos e dimensionamento

 7.2.2 Travões: tipos e dimensionamento


2/ 7. LIGAÇÕES EM VEIOS

Introdução
 Ligações com outros elementos mecânicos

o Chavetas
o Interferência

Chaveta

Alojamento
o Veios escatelados / estriados
o Pinos
3/ 7. LIGAÇÕES EM VEIOS

Introdução

• Transitórias
 Ligações entre veios
• Permanentes
o Acoplamentos rígidos
o Embraiagens
o Travões

o Acoplamentos flexíveis

o Juntas universais
4/ 7. LIGAÇÕES EM VEIOS

Chavetas

As chavetas são usadas para


transmitir binário de um componente
para o veio, ou o contrário.
Chaveta
o Tipos de chavetas
Alojamento
- Cónicas
- Paralelas (quadradas
ou retangulares) - Cónicas com cabeça

- Redonda ou "Woodruff"

- Circulares
5/ 7. LIGAÇÕES EM VEIOS

Chavetas
o Alojamentos das chavetas

A classificação dos alojamentos


das chavetas está de acordo com
o processo de fabrico:

Plano (aberto)

Redondo ou "Woodruff"

Topos arredondados
(fechado)
6/ 7. LIGAÇÕES EM VEIOS

Chavetas
o Análise das tensões em chavetas paralelas

- Por corte
Uma chaveta tem
dois modos de avaria:
- Por pressão superficial ou esmagamento
Superfície de contacto
Plano de corte
F
F
L
Dimensões de
uma Chaveta

H
W
7/ 7. LIGAÇÕES EM VEIOS

Chavetas
o Análise das tensões de corte em chavetas paralelas
Plano de corte
Reação do cubo
sobre a chaveta
- Força total aplicada à chaveta Força do veio
sobre a chaveta

T F
F F
D/2

- Área submetida ao corte Veio


T
As  W .L
fD Cubo

- Tensão de corte média


(Veio está a transmitir
F T binário para o cubo)
 med   2.T
 med 
As D / 2
. W .L  D.W .L
8/ 7. LIGAÇÕES EM VEIOS

Chavetas
o Análise das tensões de corte em chavetas paralelas
Plano de corte
Reação do cubo
- Pelo critério da tensão de corte máxima sobre a chaveta
Força do veio
sobre a chaveta

 ced  0,5. ced F


F

- A tensão de corte admissível


Veio
0,5. ced T
 adm 
cs
fD Cubo

- O comprimento mínimo da chaveta


(Veio está a transmitir
2.T 0,5. ced 4.T .cs binário para o cubo)
 Ls 
D.W .L cs  ced .D.W
9/ 7. LIGAÇÕES EM VEIOS

Chavetas
o Análise das tensões de esmagamento em chavetas paralelas

L
- Força total aplicada à chaveta

T
F
D/2
Força F distribuída ao

H
longo da área de contacto
- Área submetida ao esmagamento W
H .L
Ab 
2

- Tensão de esmagamento
F T 4.T
 med   b 
Ab D / 2 
. H .L / 2  D.H .L
10/ 7. LIGAÇÕES EM VEIOS

Chavetas
o Análise das tensões de esmagamento em chavetas paralelas

L
- A tensão admissível

K . ced , c
 b ,adm 
cs Força F distribuída ao

H
longo da área de contacto

W
- O comprimento mínimo da chaveta

4.T .cs
Lb 
K . ced , c .D.H - Fator de tensão triaxial

1,0  K  1,5
11/ 7. LIGAÇÕES EM VEIOS

Chavetas
o Comparação das equações dos comprimentos resultantes das tensões de corte
e das tensões de esmagamento em chavetas paralelas (quadradas e retangulares)

O comprimento mínimo da chaveta O comprimento mínimo da chaveta para


para prevenir a rotura por corte prevenir a rotura por esmagamento

4.T .cs 4.T .cs


Ls  Lb 
 ced .D.W K . ced , c .D.H

- Se K=1,0 => o mesmo comprimento para chavetas quadradas


- Normalmente K>1,0 => roturas por corte mais comuns
- Chavetas atingem a rotura em sobrecargas para não danificar componentes
em ligação (fusível)
- Normas com dimensões recomendadas de chavetas v.s. diâmetro do veio, exemplo:

• ANSI B17.1-1967
• ISO 2491
• DIN 6887
12/ 7. LIGAÇÕES EM VEIOS

Chavetas
o Análise das tensões de corte em chavetas Redondas ou "Woodruff"
fB
- Análise geométrica

A  d s .B  d s 

- Área submetida ao corte

H
As  2.W . d s .B  d s 

ds
Área submetida
- Tensão de corte média ao corte
W
F 2.T
 med  
As D. As

- Tensão de corte admissível


0,5. ced
 s , adm 
cs
- Normas com dimensões recomendadas de chavetas redondas:
• ANSI B17.2-1967 • ISO 3912 • DIN 6888
13/ 7. LIGAÇÕES EM VEIOS

Veios escatelados (estriados)


- A transmissão de binário por veios
escatelados pode ser vista como um
conjunto de chavetas maquinadas no veio.

- Os veios escatelados permitem uma melhor


distribuição circunferencial do binário do
que as chavetas.

- Dois tipos principais de veios escatelados:


escatelado reto e escatelado em evolvente
de círculo.
- Normas: • Faces em evolvente:
# ISO 4156
# ANSI B92.1-1970 (R1982)
# ANSI B92.2-1980, Metric Module Involute Splines

• Faces planas:
# ISO 14
# SAE Straight Tooth Splines
14/ 7. LIGAÇÕES EM VEIOS

Veios escatelados – Dentes direitos

- A capacidade de transmissão de binário


de um veio escatelado é baseada em
1000psi (lb/in2) = 6,8947MPa de tensão
de esmagamento (SAE).

- Dependendo da classe do ajustamento,


um veio escatelado pode acomodar
movimento axial e continuar a transmitir
binário.

- Os mecanismos de rotura de um veio


escatelado são os mesmos das chavetas:
1- corte 2- esmagamento
15/ 7. LIGAÇÕES EM VEIOS

Veios escatelados – Dentes direitos

- O binário por unidade de comprimento

 N .m 
T  6,895 106  N  R  h  
 m 

com N  Número de dentes


D  Diâmetro exterior
d  Diâmetro interior d  f D 

1D d  Dd
R   
2 2 2 4
1
h D  d 
2

 D 2  d 2   N .m 
T  6,895 10  N  
6
  
 8   m 
16/ 7. LIGAÇÕES EM VEIOS

Veios escatelados – Dentes direitos


o Geometria

- Veios escatelados de dentes


direitos pela norma SAE contêm
normalmente 4, 6, 10 ou 16 escatéis.

- Os parâmetros geométricos são


controlados em função da aplicação
desejada.

A B C
Nº ajustamento deslizamento deslizamento
escatéis
W
permanente sem carga com carga
h d h d h d
4 0,241D 0,075D 0,850D 0,125D 0,750D

6 0,250D 0,050D 0,900D 0,075D 0,850D 0,100D 0,800D

10 0,156D 0,045D 0,910D 0,070D 0,860D 0,095D 0,810D

16 0,098D 0,045D 0,910D 0,070D 0,860D 0,095D 0,810D


17/ 7. LIGAÇÕES EM VEIOS

Veios escatelados – Dentes em evolvente de círculo

o Geometria

N  Número de dentes
P  “Diametral pitch”
D  N / P  Diâmetro primitivo
p   / P  Passo

Menor diâmetro:

Escatelado Interior:   N  1 / P
Escatelado Exterior:   N  1,35 / P O ângulo de pressão das evolventes dos
veios escatelados é, normalmente, de 30º.

Maior diâmetro:

Escatelado Interior:   N  1,35 / P


Escatelado Exterior:   N  1 / P
18/ 7. LIGAÇÕES EM VEIOS

Veios escatelados – Dentes em evolvente de círculo

o Geometria (continuação)

- Os “diametral pitches” normalizados são


(nº de dentes por polegada):

2,5 3 4 5 6 8
10 12 16 20 24 32
40 48 64 80 128

- Os comprimentos normalizados são:


O ângulo de pressão das evolventes dos
veios escatelados é, normalmente, de 30º.
de 0,75  D a 1,25  D

Para estes comprimentos a resistência


dos escatéis ao corte excedem a do
veio do qual são obtidos.
19/ 7. LIGAÇÕES EM VEIOS

Veios escatelados – Dentes direitos e em evolvente de círculo


o Curvas de capacidade de binário
Diâmetro exterior D, in

Binário por polegada de comprimento de escatelado, in.lb/in

Para o mesmo maior diâmetro os dentes em evolvente de círculo têm uma


maior capacidade de binário do que os veios escatelados com dentes direitos.
20/ 7. LIGAÇÕES EM VEIOS

Veios escatelados

o Fabrico dos veios escatelados

- Maquinagem (arranque de apara)


- Deformação plástica (forjado)

. Os veios escatelados obtidos por


deformação plástica são cerca de 35%
mais resistentes do que aqueles obtidos
por maquinagem.

. A nitruração é um tratamento comum


para o endurecimento superficial dos
escateis, reduzindo o desgaste.
21/ 7. LIGAÇÕES EM VEIOS

Análise de Caso
Um veio de 4” de diâmetro, obtido de um aço com elevado teor de carbono, está
ligado a um cubo de uma roda dentada a partir de uma chaveta quadrada de 1” de
lado, tendo sido esta obtida de um aço com baixo teor de carbono.
Determine o comprimento crítico da chaveta, para um coeficiente de segurança de
2,0, admitindo que o veio está a transmitir o binário máximo por ele suportado.
Aço com baixo teor de carbono –  ced  43kpsi 295MPa 
Aço com elevado teor de carbono –  ced  55kpsi 380MPa 

Um veio de aço com um diâmetro de 1 7/16” foi tratado termicamente para uma tensão
de cedência mínima de 75kpsi. Este veio roda a 600rpm e transmite uma potência de
40hp através de uma roda dentada ligada por uma chaveta.
Selecione o comprimento de uma chaveta quadrada de 3/8” obtida de um aço laminado
com uma tensão de cedência de 65kpsi, considerando um c.s. de 2,80.

o Conversões:
1in  1"  25,4mm 1kpsi  6,895Mpa
1lb  1 pound  4,448 N 1hp  746W
22/ 7. LIGAÇÕES EM VEIOS

Embraiagens e Travões

 Definição

Dispositivos situados numa cadeia cinemática que permitem o acoplamento e


desacoplamento temporário de duas partes de uma transmissão de potência. Este
processo realiza-se de forma progressiva e através do acionamento de um
comando exterior, manual, assistido ou automático.

 Princípio de Funcionamento

A transmissão de movimento em embraiagens e travões é baseada no atrito


produzido entre as superfícies colocadas em contacto.

 Diferença entre as Embraiagens e os Travões

A diferença entre estes dois mecanismo reside no facto de que nos travões uma
das superfícies está parada.
23/ 7. LIGAÇÕES EM VEIOS

Embraiagens e Travões

 Qualidades gerais procuradas em Embraiagens e Travões

o Isolar de maneira instantânea o lado motor ou mandante do lado movido ou mandado;

o Acoplar progressiva e suavemente o lado motor ao lado movido (sem choque) e


manter essa ligação sem escorregamento mantendo a rotação imposta;

o O atrito necessário ao funcionamento deve ser obtido por uma força aceitável;

o A energia convertida em calor durante o acionamento deve ser dissipada a uma


taxa suficiente para que não sejam atingidas temperaturas destrutivas (mau
funcionamento e desgaste prematuro);

o As características de desgaste das superfícies atritantes devem permitir um tempo


de vida aceitável.
24/ 7. LIGAÇÕES EM VEIOS

Embraiagens e Travões
 Capacidade da Embraiagem / Travagem

A Capacidade da Embraiagem/Travagem, T, (também denominada Momento de Atrito)


é determinada pela soma do binário nominal, designado por Momento de Transmissão,
Mt, que o mecanismo movido impõe durante o seu funcionamento normal e estabilizado,
com o Momento de Aceleração, Ma, devido às forças de inércia das massas a
acelerar/travar durante o período de embraiamento/travagem.

T  Mt  Ma  K  Mt

O embraiamento realizar-se-á sempre, que a Capacidade de Embraiagem (T) seja


superior ao Momento de Transmissão (Mt).

T  Mt
25/ 7. LIGAÇÕES EM VEIOS

Embraiagens e Travões
 Capacidade da Embraiagem / Travagem

O fator de serviço, K, comporta-se como um coeficiente de segurança da


embraiagem/travagem, função das características de funcionamento.

O fator K introduz capacidade extra necessária para vencer o binário de inércia


durante o arranque, ao mesmo tempo compensa as perturbações que possam surgir em
serviço (sobrecargas).

Características do mecanismo utilizado Factor K


Ventiladores, Bombas centrífugas, Geradores (carga const.) 1,0
Bombas duplo efeito, Geradores (carga variável), Linhas de veios de transmissão
1,5
(atuadas por engrenagens ou correias), máquinas têxteis e de impressão.
Máquinas-ferramenta para madeira 1,75
Compressores de ar 2,0~2,5
Moinhos de bolas e de martelos, trituradoras, calandras, guinchos, diferenciais,
2,0
ascensores, guindastes, pontes rolantes, bombas simples-efeito.
Trituradoras de pedra 3,0
26/ 7. LIGAÇÕES EM VEIOS

Embraiagens e Travões
o Disco plano
 Tipos de Embraiagens e Travões

o Calços

o Banda

o Disco cónico
27/ 7. LIGAÇÕES EM VEIOS

Embraiagens de discos planos


o Procedimento de projeto

- Força necessária P
- Pressão de contacto p
- Desgaste 

A área elementar dA  r.d .dr

A força normal e o binário podem ser expressos por

dP  p.dA  p.r.d .dr

T   r.dFa    .r.dP   .p.r 2 .dr.d

- Pressão uniforme
São usados dois métodos de análise
- Desgaste uniforme
28/ 7. LIGAÇÕES EM VEIOS

Embraiagens de discos planos


o Procedimento de projeto – Modelo de pressão uniforme

Em condições de discos novos, perfeitamente planos

e alinhados: Pressão Uniforme p  p0


dP  p.dA  p.r.d .dr
Força normal: 
Pp   . p0 . r02  ri 2 
T   r.dFa    .r.dP   .p.r 2 .dr.d

Binário transmitido:

Tp 
2. . . p0 3 3 2. .Pp . r0  ri
 
r0  ri 
3 3
 
3 
3. r02  ri 2 
29/ 7. LIGAÇÕES EM VEIOS

Embraiagens de discos planos


o Procedimento de projeto – Modelo de desgaste uniforme
c
p
- Substituindo
r
dP  p.dA  p.r.d .dr

Pw  2. .c.r0  ri 

- Se p  pmax para r  ri então: c  pmax .ri

Força normal: Pw  2. . pmax .ri .r0  ri 


30/ 7. LIGAÇÕES EM VEIOS

Embraiagens de discos planos


o Procedimento de projeto – Modelo de desgaste uniforme
c
p
r
- Substituindo
T   r.dFa    .r.dP   .p.r 2 .dr.d


Tw   .c. r.dr.d   . .c. r02  ri 2 
c  pmax .ri

Binário transmitido: 
Tw   . .ri . pmax . r02  ri 2 

- Como Pw  2. . pmax .ri .r0  ri 


.Pw .r0  ri 
Binário transmitido: Tw  Fw .rm 
2
31/ 7. LIGAÇÕES EM VEIOS

Embraiagens de discos planos


o Modelo de Pressão Uniforme / Modelo de desgaste uniforme

- Maiores diferenças  0 ; menores diferenças   1


- Para o mesmo T => maior  para modelo de desgaste
constante => maior área de contacto
32/ 7. LIGAÇÕES EM VEIOS

Embraiagens de discos planos


o Quadro Resumo

Pressão Uniforme Desgaste Uniforme

Pressão: p p  p0  const p.r  const  pmax .ri

Força de Actuação: P 
Pp   . p0 . r02  ri 2  Pw  2. . pmax .ri .r0  ri 

2. . . p0 3 3
Binário de Atrito: T Tp 
3
r0  ri  
Tw   . .ri . pmax . r02  ri 2 

Tp 

2. .Pp . r03  ri3  .Pw .r0  ri 
Relação: T = f(P)

3. r  ri
0
2 2
 Tw 
2

Nota: As fórmulas referem-se a um par de atrito. Para vários discos:

Ttotal  T  NP com NP  número de pares de atrito


33/ 7. LIGAÇÕES EM VEIOS

Embraiagens de discos planos


o Propriedades dos materiais em contacto seco

Maximum contact
Maximum bulk
pressure b , pmax
Coefficient of
a
Friction material friction,  psi kPa ºF ºC
Molded 0,25-0,45 150-300 1030-2070 400-500 204-260
Woven 0,25-0,45 50-100 345-690 400-500 204-260
Sintered metal 0,15-0,45 150-300 1030-2070 400-1250 232-677
Cork 0,30-0,50 8-14 55-95 180 82
Wood 0,20-0,30 50-90 345-620 200 93
Cast iron; hard steel 0,15-0,25 100-250 690-1720 500 260
a
When rubbing against smooth cast iron or steel.
b
Use of lower values will give longer life.
34/ 7. LIGAÇÕES EM VEIOS

Propriedades dos materiais em contacto


Coeficiente de Atrito Tempmax Pressão max
Combinação de Materiais
Húmido Seco ºC MPa
Cast Iron/Cast Iron Ferro Fundido/Ferro Fundido 0,05 0,15-0,20 300 0,8
Cast Iron/Steel Ferro Fundido /Aço 0,06 0,15-0,20 300 0,8-1,3
Hard Steel/Hard Steel Aço Tratado/ Aço Tratado 0,05 0,15-0,20 300 0,7
Wood/Cast Iron-steel Madeira/Ferro Fundido - Aço 0,16 0,2-0,35 150 0,6
Leather/Cast Iron-steel Couro/Ferro Fundido - Aço 0,12-0,15 0,3-0,5 100 0,25
Cork/Cast Iron- Steel Cortiça/Ferro Fundido - Aço 0,15-0,25 0,3-0,5 100 0,1
Felt/Cast Iron- Steel Feltro/Ferro Fundido - Aço 0,18 0,22 140 0,06
Woven Asbestos/Cast Tecido de Amianto/ Ferro
0,1-0,2 0,3-0,6 250 0,7
Iron- Steel Fundido - Aço
Moulded Asbestos/Cast Amianto Moldado/ Ferro
0,08-0,12 0,2-0,5 250 1,0
Iron- Steel Fundido - Aço
Impregnated
Amianto Impregnado/ Ferro
Asbestos/Cast Iron- 0,12 0,32 350 1,0
Fundido - Aço
Steel
Carbon-graphite/Cast
Grafite/ Ferro Fundido - Aço 0,05-0,1 0,25 500 2,1
Iron- Steel
Kevlar/Cast Iron- Steel Kevlar/Ferro Fundido - Aço 0,05-0,1 0,35 325 3,0

Notas: os valores da tabela são aproximados. Para uma análise mais correta solicitar a informação do fabricante. O Amianto,
uma fibra mineral natural extraída de certas rochas, foi largamente utilizado na indústria até que se descobriu o
seu perigo para a saúde pública. Não deve ser usado para novas aplicações nem para substituição / reposição.
35/ 7. LIGAÇÕES EM VEIOS

Embraiagens de discos planos – Análise de Caso


Uma embraiagem de disco único ser vai utilizada num motor com um binário máximo de
150N.m. O disco em fibra natural (woven) contactará aço em ambiente seco. Deverá ser
contabilizado um fator de segurança de 1,5 para prevenir escorregamentos em
condições de máximo binário motor. O diâmetro exterior deverá ser o menor possível.
Determinar os valores adequados r0, ri e P.

- Para o material em causa:   0,35 - Valor médio


pmáx  345kPa  0,345MPa - Valor mínimo

1,5  150
   
Tw   . .ri . pmax . r02  ri 2  ri . r02  ri 2 
cs.Tw

 .. pmax   0,35  0,345 106
m  
3

5,93110 4
- Resolvendo em ordem a r0: r0   ri 2
ri
dr0 0,5  5,93110 4 
- Pretende-se o r0 mínimo, então: 0    2
 2 r 
i0

dri 5,93110 / ri  ri 
4 2 ri 
 ri3  2,966 10 4 m 3  ri  0,06669m  66,69mm r0  115,5mm
2.cs.Tw 2 1,5 150
- A força máxima a aplicar à embraiagem é: Pw    7057 N
.r0  ri  0,35  0,1155  0,06669
36/ 7. LIGAÇÕES EM VEIOS

Embraiagens cónicas
o Procedimento de projeto

O elemento de área
dr
dA  r.d 
sin 

A força normal no elemento de área:

dP  p.dA

A força atuante na direção axial:

dW  dP. sin   p.dA. sin   p.r.dr.d


D/2
 > 8º
Valores normais 12º <  < 15º
como W   p.r.d .dr W  2 .  p.r.dr
d /2
O binário transmitido:
2
D/2
como T    .r.dP T    .r.dP    . p.r 2
.dr
sin  d /2
37/ 7. LIGAÇÕES EM VEIOS

Embraiagens cónicas
o Procedimento de projeto –
- Modelo de pressão uniforme

p  p0

A força atuante na direção axial

  p0
Wp 
4
D 2
d2 
O binário transmitido:
2 . p0 .  1  3
Tp  
  D d 
3. sin   8 
3

 > 8º
 . p0 .

12. sin 
D3  d 3  Valores normais 12º <  < 15º

 .W p .D 3  d 3 
ou Tp 
3. sin  .D 2  d 2 
38/ 7. LIGAÇÕES EM VEIOS

Embraiagens cónicas
o Procedimento de projeto –
- Modelo de desgaste uniforme
c
p
r
d
c  pmax 
2
A força atuante na direção axial
D/2
Ww  2 .c  dr   .c.D  d 
d /2

O binário transmitido:

2 . .c
D/2
 . .c  > 8º
Tw  
sin  d / 2
r .dr 
4. sin 
D2  d 2  Valores normais 12º <  < 15º

 .Ww
ou Tw  D  d 
4. sin 
39/ 7. LIGAÇÕES EM VEIOS

Embraiagens cónicas
o Quadro Resumo

Pressão Uniforme Desgaste Uniforme


d
Pressão: p p  p0  const p.r  const  pmax 
2
  p0
Força de Actuação: W Wp 
4
D 2
d2 Ww    pmax 
d
2
 D  d 

 . p0 .     pmax  d 2
Binário de Atrito: T Tp 
12. sin 

D3  d 3  Tw 
8  sin 
D d2

.W p .D 3  d 3  .Ww


Tp  Tw  D  d 
3. sin  .D 2  d 2 
Relação: T = f(W)
4. sin 
40/ 7. LIGAÇÕES EM VEIOS

Embraiagens cónicas – Análise de caso

Uma embraiagem cónica apresenta como dimensões:


D=330mm, d=306mm e b=60mm
O coeficiente de atrito é assumido ser de 0,26 e é admitido
a transmissão de um binário de 200N.m.
Determine a força atuante e a pressão de contacto usando
os modelos de pressão uniforme e de desgaste uniforme.

o Modelo de desgaste uniforme

D  d 165  153
tan     0,200    11,31º
2.b 60

A pressão máxima obtém-se para r  d / 2

    pmax  d 2 8  Tw  sin 
Tw 
8  sin 
D  d 2   pmax 
    d  D  d 
2 2

8  200  sin 11,31


 Pa  82,25kPa
  0,26  0,306  0,330  0,306 
2 2
41/ 7. LIGAÇÕES EM VEIOS

Embraiagens cónicas – Análise de caso

A força de atuação é obtida por:

4. sin  .Tw 4  200  sin 11,31º


Ww    948,8 N
.D  d  0,26  0,330  0,306

o Modelo de pressão uniforme

A força de atuação é obtida por:


Tp .3. sin  .D 2  d 2  200  3  sin 11,31º0,3302  0,3062 
Wp   
.D 3  d 3  0,26  0,330  0,306 
3 3

 948,4 N

A pressão máxima, que corresponde à pressão uniforme, obtém-se:

4 Wp 4  948,4
pmax  p0   Pa  79,11kPa
  D 2  d 2  
  0,330  0,306
2 2

42/ 7. LIGAÇÕES EM VEIOS

Travões de disco
o Procedimento de projeto

p - pressão em cada ponto


Considerando
r - posição da força F

A força atuante na direção axial


 2 ro ro

 p.r.dr.d   2  1  p.r.dr
y
F 
1 ri ri F F

r
ri
2
O binário de atrito 1 x
 2 ro ro ro
T   . p.r
2
.dr.d   2  1 .  p.r .dr
2

1 ri ri

(Um par de superfícies em contacto)


43/ 7. LIGAÇÕES EM VEIOS

Travões de disco
o Procedimento de projeto

O raio equivalente, re
ro

 .dr
2
p.r
T
.F .re  T  re 
ri

 .F ro

 p.r.dr
ri

A localização da posição de aplicação da força F


y
é obtida impondo a equação de momentos em Ox:
F F
 2 ro
M x  F .r    p.r r. sin  .dr.d 
ri ro
r
ri
2
 cos 1  cos  2  p.r 2 .dr 
1
1 x
ro
ri

M x cos 1  cos  2 
r    re
F  2  1 
44/ 7. LIGAÇÕES EM VEIOS

Travões de disco
o Procedimento de projeto –
- Modelo de desgaste uniforme

Como em r  ri  p  pmax
pmax .ri
p
r
A força atuante na direção axial

Fw   2  1 . pmax .ri ro  ri  y


F F

r
O binário de atrito
ri
2
1 x
ro
ro

Tw   2  1 .. pmax .ri  r.dr 


1
2

 2  1 .. pmax .ri ro2  ri2 
ri

(Um par de superfícies em contacto)


45/ 7. LIGAÇÕES EM VEIOS

Travões de disco
o Procedimento de projeto –
- Modelo de desgaste uniforme

O raio equivalente
ro

pmax .ri . r.dr


ri ro2  ri 2 1 r r
re    o i
ro
2 ro  ri 2
pmax .ri . dr
ri y
F F
A posição da força axial r
ri
2
1 x
rw 
cos 1  cos  2   ro  ri ro
 2  1  2
46/ 7. LIGAÇÕES EM VEIOS

Travões de disco
o Procedimento de projeto –
- Modelo de pressão constante

p  p0

A força atuante na direção axial

ro

Fp   2  1 . p0  r.dr 
1
2

 2  1 . p0 . ro2  ri2  y
ri
F F

r
O binário de atrito ri
2
1 x
ro
ro
T p   2  1 . . p0 . r 2 .dr 
1
3

 2  1 .. p0 . ro3  ri3 
ri

(Um par de superfícies em contacto)


47/ 7. LIGAÇÕES EM VEIOS

Travões de disco
o Procedimento de projeto –
- Modelo de pressão constante

O raio equivalente
ro

p0 . r 2 .dr
ri ro3  ri3 2 2 ro3  ri3
re   
ro
3 ro2  ri 2 3 ro2  ri 2
p0 . r.dr y
ri
F F

A posição da força axial r


ri
2
1 x
ro
rp 
cos 1  cos  2  2 ro3  ri3
 2 2 
2 ro3  ri3 cos 1  cos  2 
 2  1  3 ro  ri 3 ro2  ri 2  2  1 
48/ 7. LIGAÇÕES EM VEIOS
y
Travões de disco
F F
o Quadro Resumo
r
ri
2
1 x
ro

Pressão Uniforme Desgaste Uniforme


pmax .ri
Pressão: p p  p0  const p
r
Força de Actuação: F Fp 
1
2

 2  1 . p0 . ro2  ri 2  Fw   2  1 . pmax .ri ro  ri 

Binário de Atrito: T Tp 
1

 2  1 .. p0 . ro3  ri3  Tw 
1
2

 2  1 .. pmax .ri ro2  ri 2 
3
Localização da Força de 2 ro3  ri3 cos 1  cos  2 
rw 
cos1  cos 2   ro  ri
rp 
Actuação: r 3 ro2  ri 2  2  1   2  1  2
Obs.: as equações dos binários correspondem a um par de superfícies em contacto.
49/ 7. LIGAÇÕES EM VEIOS

Travões de disco – Análise de caso y


F F
Dois calços de um travão de disco, ri=3,875”, ro=5,50”
e com um ângulo de 108º, têm um coeficiente de atrito r
de 0,37 e são atuados por dois cilindros hidráulicos de ri
2
1,5” de diâmetro. O requisito de binário é de 1 x
13000lbf.in. Admitindo um desgaste uniforme, ro

a) qual a maior pressão de contacto pmáx;


b) avalie a força de atuação F;
c) determine o raio equivalente re e a localização da força r ; 1  36º
d) calcule a pressão hidráulica necessária nos cilindros.  2  144º

a) Sabendo que o binário é dividido pelos dois calços:

Tw  13000 / 2  6500lbf .in  6500  0,1129848  734,401N.m


a pressão máxima é obtida por
2.Tw 2  734,401
pmax  
 
 2  1 ..ri ro2  ri2 108   0,37  3,875  5,502  3,8752  25,4 103
   
3

180
pmax  2,177 MPa
50/ 7. LIGAÇÕES EM VEIOS

Travões de disco – Análise de caso


b) a força de atuação F


Fw   2  1 . pmax .ri ro  ri   108  2,177  3,875  5,50  3,875 25,4 2 
180
Fw  16671N
ro  ri 5,50  3,875
c) o raio equivalente re re    25,4  119,1mm
2 2

a localização da força r rw 
cos 1  cos  2   ro  ri  cos 36  cos144 119,1
 2  1  2 144  36  / 180
rw  102,2mm

d) a pressão em cada cilindro hidráulico

Fw 16671
phidráulica   2
 14,62MPa
Ap  1,5 
   25,4 
 2 

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