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Estrutura da Gestão Pública

Regime Jurídico

E S T U D O S DA A D M I N I S T R A Ç Ã O
PÚBLICA
Prof.ª Me. Elaine A. Per line
Regime Jurídico

O Regime Jurídico Administrativo:


Tarefas típicas do Poder
conjunto harmônico de princípios
e regras que incidem sobre Público:
determinada categoria ou instituto
de direito.  Segurança,
 Fiscalização e
 Controle.

Nota: Ao falarmos de regime jurídico administrativos estamos


referenciando a atividade executiva (atividade da Administração)
Surgimento: Estado de Direito.

ESTUDOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


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Regime Jurídico
Regime Jurídico Administrativo é o regime que se aplica
ao Direito Público.

• Regime Jurídico da Administração Pública: engloba todo e


qualquer regime a que a Administração está submetida, seja de
direito público ou privado.

• O que indica qual será?


A Constituição Federal e as leis infraconstitucionais.

• O Regime Jurídico Administrativo é caracterizado pelo


binômio: Prerrogativas e Sujeições.

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As prerrogativas:
1º. Supremacia do interesse público sobre o interesse do
particular;

2º. As restrições: atender ao interesse público – indisponibilidade do


interesse público Princípios Constitucionais da Administração Pública.

Nota: princípios são vetores interpretativos a todos os destinatários do


Direito.

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1º. Princípio da supremacia do interesse público sobre o
interesse particular ou Princípio da finalidade pública.

Trata-se de princípio constitucional implícito, Na Constituição Paulista


(CE/SP) é princípio expresso no artigo. 111.

Pode ser encarado sob dois aspectos:

a) Legislador e Administrador: na elaboração e na


aplicação da Lei - levem em consideração o
interesse público.

b) Prevalência do interesse público sobre o interesse


meramente privado, quando houver conflito entre
eles.

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Objetivo do Estado = Bem Comum

Prerrogativas que confirmam a supremacia:

 Prazos diferenciados no processo civil

 Prazo prescricional menor contra o Estado

 Atributos dos atos administrativos: PAIE

Existem dois tipos de supremacia:

 Geral: para todos; e


 Especial : pessoas com que o
Estado tem relação específica.

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2º. Princípio da indisponibilidade do interesse público: a o interesse
público é indisponível, porque, os agentes públicos não são os
“senhores/donos” de tal Interesse (ideia de República).

Eles têm apenas a função de gerir o interesse público, pois


não pode ser objeto de disposição, devendo o Poder
Público velar por sua proteção e promoção.

Nota: Não vigora no Direito Administrativo o princípio da


autonomia da vontade, mas sim, a ideia de função, de dever
de agir no atendimento do interesse público.

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3º. Princípio da legalidade: Trata-se de princípio constitucional
expresso (art. 37, “caput”, da CF).

Segundo Hely Lopes Meireles:

“Enquanto ao particular é lícito fazer tudo o que a lei não proíbe, na


Administração Pública só é permitido fazer aquilo que a lei autoriza”.

Segundo Seabra Fagundes:

“Administrar é aplicar a lei de ofício”.

Legalidade e reserva legal (artigo 61 e 62


da CF)

Princípio da juridicidade e bloco de


legalidade: Lei 9784/99 (Lei do Processo
Administrativo) - Art. 2º, Parágrafo único.

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Nos processos administrativos serão observados, entre
outros, os critérios de:

I - atuação conforme a lei e o Direito; portanto:

BLOCO DE LEGALIDADE

Administração obrigada a respeitar:


 Constituição Federal (incluindo as Emendas Constitucionais e o
Preâmbulo – controle de legalidade)
 Constituições estaduais e LO
 Decretos legislativos e resoluções
 Leis ordinárias e complementares
 Medidas provisórias
 Tratados e convenções internacionais
 Princípios gerais do direito
 Atos administrativos normativos
 Costumes
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4º. Princípio da impessoalidade:

Trata-se de Princípio Constitucional Expresso - art. 37 “caput”, CF. Administrador público - só pratique o ato para o
seu fim legal. Exige que o ato seja praticado sempre com finalidade pública.

Conceito: tratamento igualitário às pessoas, respeito à finalidade e também à ideia de que os atos dos agentes públicos devem ser
imputados diretamente à Administração Pública e nunca à pessoa do agente.

Este Princípio pode ser encarado sob dois aspectos:

1º) Se relaciona com os Administrados: Administração Pública exerça a sua função, tendo como norte o interesse
público, sem distinções discriminatórias, benéficas ou prejudiciais em relação aos Administrados - sempre respeitar a
lei.
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4º. Princípio da impessoalidade:

2º) Se relaciona com a Administração: o agente que pratica o ato administrativo, o faz em nome da própria
Administração Pública. Trata-se da aplicação da Teoria do Órgão – atuação do agente imputada ao Estado.

Exemplo: artigo 37, § 1º da CF: A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos
deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens
que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.

Três comandos devem ser respeitados:


a) Imposição da igualdade de tratamento
b) b) Imposição de respeito à finalidade
c) c) Imposição da neutralidade do agente, que não pode fazer autopromoção.

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5º. Princípio da moralidade ou probidade:

É dever do administrador não apenas cumprir a lei formalmente, mas cumprir


substancialmente, procurando sempre o melhor resultado para a administração.
Toda atuação do administrador é inspirada no interesse público.

MORALIDADE É: Honestidade, ética, probidade, boa-fé, decoro, lealdade.

Exemplo: Artigo 37, §4º:


“os atos de Improbidade Administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a
perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na
forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível”.

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6º. Princípio da publicidade:
Levar a conhecimento público os atos que pratica, ressalvados os
casos de sigilo previstos em lei.

Transparência na atuação administrativa: É por meio da publicidade dos


atos que é possível exercer o controle de legalidade, quanto à sua prática.

A publicidade não impõe, necessariamente, divulgação do ato em Diário Oficial.


A lei aplicável à espécie dirá de que forma se fará o atendimento do princípio da
publicidade.

Objetivos:
 Exteriorizar a vontade da administração e garantir o conhecimento
externo do que acontece internamente
 Tornar exigível o conteúdo (efeitos externos após a publicação)
 Desencadear a produção de efeitos
 Permitir controle de legalidade

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7º. Princípio da eficiência:
O princípio da eficiência foi acrescentado ao rol do artigo 37,
“caput” da Constituição Federal, pela EC 19/98. Portanto, hoje é
princípio explícito.

Eficiência: o poder, capacidade de ser efetivo;


efetividade, eficácia, virtude ou característica de (alguém
ou algo) ser competente, produtivo, de conseguir o melhor
rendimento com o mínimo de erros e/ou dispêndios.

É objetivando ao princípio da eficiência, que ocorre a


Descentralização das funções administrativas, mediante
a criação de entidades da administração indireta ou
contratação de pessoas para prestação de serviços
públicos. A eficiência deve ser buscada dentro dos
limites da legalidade.

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Grata pela atenção!

Regime jurídico-administrativo: o que é?


Link:https://www.youtube.com/watch?v=RnI76H12ixA

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