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Unidade 12- A economia portuguesa no contexto da União Europeia

12.1. Noção e formas de integração económica.


12.1.1. Noção de integração  Mercado comum/ mercado único
As relações económicas entre os países nesta forma de integração, a livre
têm sido acompanhadas por processos mais ou circulação de bens estende-se aos serviços,
menos profundos de integração económica: as às pessoas e aos capitais. O Mercosul e a
economias nacionais vão-se integrando em EU são exemplos desta forma de
espaços mais alargados, em resulta da progressiva integração mais profunda.
eliminação das barreiras alfandegarias e da  União económica ao serem alcançadas
consequente livre circulação de produtos, capitais, as quatro liberdades de circulação
serviços e pessoas. A integração económica (mercadorias, serviços, capitais e pessoas),
conduz, assim, á reunião de economias nacionais os países podem avançar no processo de
em regiões económicas mais vastas. integração, adotando uma moeda única e
O processo de integração seguido pelos uma política monetária comum, a chamada
países pode comportar objetivos essencialmente união monetária. É a casa da EU, em que
económicos ou comerciais, ou pode alargar-se a existem políticas comuns nas áreas da
níveis de caracter social e político. agricultura e da pesca e se pratica uma
política monetária comum para os países
Integração económica integração de cuja moeda é o euro.
economias nacionais em espaços económicos mais  União política as políticas comuns vão
vastos, através da eliminação das barreiras á livre substituindo as políticas nacionais dos
circulação de bens, serviços e fatores de produção. Estados-membros, verificando-se, por
Soberania comum coexistência dos poderes conseguinte, a progressiva transferência
sobranos dos Estados nacionais com os poderes dos poderes soberanos para entidades
transferidos pela vontade dos Estados para supranacionais que exercem a chamada
instituições supranacionais. soberania comum. A UE pode caminhar
para esta forma de integração se os
12.1.2. Formas de integração Estados-membros assim o desejarem.

A integração económica pode assumir Vantagens da integração económica:


formas diversas, em função do grau de  Aumento da produção, em resultado da
aprofundamento pretendido. E estas são: especialização económica (vantagens
 Sistema de preferências aduaneiras os comparativas de cada país) e da obtenção
países que fazem parte do sistema de economias de escala decorrentes do
concedem vantagens aduaneiras entre si. É alargamento do mercado interno de cada
o que acontece com os países que integram país;
a Commonwealth (Reino Unido, Canadá,  Acréscimo dos fluxos de capitais,
Austrália, Nova Zelândia, Índia, Paquistão, nomeadamente do investimento direto;
Malásia, Nigéria, Gana, Moçambique,  Melhoria dos termos de troca no comercio
Jamaica, e Ilhas Maurícias). externo, atendendo ao aumento da
 Zona de comercio livre há livre competitividade externa e crescimento das
circulação de mercadorias entre os países trocas intrarregionais;
pertencentes á zona e cada um estabelece a  Crescimento do emprego, do rendimento,
sua pauta aduaneira no comercio com do consumo e do bem-estar;
terceiros países. A EFTA (Suíça, Noruega,  Eliminação de tensões e conflitos em
Islândia e Liechtenstein). resultado da maior cooperação entre os
 União aduaneira para alem da livre países.
circulação de mercadorias entre os países-
membros da união, é aplicada uma pauta Algumas desvantagens para os Estados:
aduaneira comum no comercio com  Quebra de receitas (por eliminação dos
terceiros países. Como exemplos podem direitos alfandegários);
referir-se a União Europeia (UE), que  Perda de instrumentos da política
começou por ser uma união aduaneira, e a económica nacional (a nível orçamental,
União Aduaneira da Africa Austral. monetário e cambial);
 Perda de soberania em favor de
autoridades supranacionais.
12.2 O processo de integração na Europa
12.2.1. A comunidade europeia do carvão e
do aço (CECA) 12.2.3. O mercado único Europeu
Após a II Guerra Mundial, e procurando Procurando estimular o crescimento
alcançar uma paz duradoura na Europa e a sua económico no espaço europeu de uma forma mais
mais rápida reconstrução económica, foi criada, duradoura e sustentada, os Estados-membros da
em 1951, pela França, Alemanha (na altura CEE fixaram, em 1986, com a assinatura do Ato
república Federal Alemã), Itália, Bélgica, único Europeu, o objetivo da constituição do
Holanda, e Luxemburgo, a comunidade Europeia mercado único europeu: um mercado sem
do Carvão e do Aço (CECA). Esta organização fronteiras, onde mercadorias, pessoas, capitais e
juntou Estados anteriormente inimigos, tendo serviços pudessem circular livremente.
como finalidades consolidar a paz e constituir um A união aduaneira, em resultado da
mercado comum do carvão e aço, duas eliminação dos direitos aduaneiros no espaço
importantes matérias-primas para a reconstrução comunitário, possibilitou o aumento das trocas
económica. comerciais entre os Estados-Membros, o que
constituiu um estímulo ao crescimento das suas
12.2.2 A comunidade Económica Europeia economias:
(CEE)  Intensificação dos investimentos nos
Estados-Membros;
Dados os bons resultados da CECA, os
mesmos seis países assinaram, em 1957, o tratado  Crescimento da produção;
de Roma, que instituiu a Comunidade Europeia de  Maior variedade de produtos e preços mais
Energia Atómica (EUROATOM) e a Comunidade baixos;
Económica Europeia (CEE), com o principal  Aumento do rendimento, do consumo e do
objetivo da criação de um mercado comum para bem-estar.
todos os produtos. Para alcançar esse fim, a CEE
fixou como meta intermédia a constituição de uma O mercado único em 1993:
união aduaneira, que foi dada como concluída no O mercado único significou a
início dos anos 70 do século XX. Em 1973, três concretização das quatro liberdades fundamentais
novos países aderiram ao processo de integração de circulação: livre circulação de mercadorias, de
europeia: o Reino Unido, a Irlanda e a Dinamarca. pessoas de capitais e de serviços.
Durante estes anos, verificou-se um Uma das primeiras medidas tomadas para
aumento significativo das trocas comerciais e dos a criação do mercado interno único foi a supressão
investimentos entre os Estados-membros, um dos controlos aduaneiros efetuados nas fronteiras
acréscimo do produto e uma melhoria substancial internas. A 1 de janeiro de 1993, as barreiras
dos níveis de vida das populações. Estavam, físicas à livre circulação desapareceram, o que
assim, criadas as condições para um novo facilitou enormemente o comércio na Europa,
aprofundamento do processo de integração tendo aumentado significativamente o volume de
económica. trocas entre os Estados- -Membros.

A união aduaneira: 12.2.4. A União Europeia (UE)


O período até julho de 1968 foi
caracterizado pela concretização do objetivo da Em 1992, com a conclusão do mercado
união aduaneira, com a eliminação das barreiras único, foi assinado o tratado da União Europeia
alfandegarias entre os países aderentes á (tratado de Maastricht) onde se fixou como
Comunidade e a introdução da pauta aduaneira objetivo a constituição de uma união económica e
comum, aplicável às mercadorias provenientes de monetária. Alargou-se também o caráter
países terceiros. comunitário das políticas económicas, entre as
Concluída a união aduaneira, havia que quais se destacam a política monetária comum
avançar no processo de integração, criando as para os países que adotassem o euro como moeda.
condições necessárias á realização do mercado Em 1995, novos países integraram a UE: a Suécia,
único europeu. a Finlândia e a Áustria.
SER CIDADÃO EUROPEU SIGNIFICA TER O  Sustentabilidade das finanças pública
DIREITO DE: A dívida pública não poderá exceder 60%
- Circular e residir em qualquer país da UE; do PIB
- Trabalhar, exercer uma profissão ou abrir um  Sustentabilidade e credibilidade da
negócio em qualquer Estado-Membro; convergência As taxas de juro de longo
- Estudar, receber formação ou fazer investigação prazo não poderão exceder em mais de 2
num Estado-Membro distinto do seu; pontos percentuais as verificadas nos três
- Votar e ser eleito nas eleições europeias e países com a inflação mais baixa
autárquicas do Estado de residência;  Estabilidade cambial Participação no
- Proteção diplomática e consular de um Estado- mecanismo de taxas de câmbio (MTC)
Membro diferente do Estado--Membro de origem, durante os dois anos anteriores à entrada
no território de um país terceiro em que o seu na UEM, sem tensões graves (os países
Estado de origem não tenha representação; não podem proceder a desvalorizações ou
- Petição ao Parlamento Europeu e de valorizações da sua moeda relativamente
apresentação de queixa contra as instituições às de outros Estados-Membros).
europeias junto do Provedor de Justiça europeu.
Vantagens da moeda única:
A cidadania europeia  os custos de transação inerentes ao câmbio
O Tratado da União Europeia instituiu a de divisas forma abolidos. (esta abolição reduziu
cidadania europeia, paralela à cidadania nacional, os custos para os viajantes, em negócios, estudo
na medida em que qualquer cidadão que tenha a ou férias. Para as empresas a abolição destes
nacionalidade de um Estado-Membro é também custos permite-lhes canalizar mais recursos para
cidadão europeu. investimento).
 transparência de preços, (os consumidores e
A união económica e monetária as empresas podem comparar facilmente os preços
O potencial do mercado interno, criado de mercadorias e serviços no espaço do euro.)
pela livre circulação de bens e de capitais,
conduziu à necessidade de reduzir os custos de Tendo os Estados-Membros da UE
transação associados à conversão das várias chegado a acordo relativamente ao objetivo da
moedas nacionais e de eliminar a instabilidade das criação da moeda única e das condições de adesão
taxas de câmbio. A criação de uma moeda única (critérios criação de convergência), a União
constituía o meio de complementar o mercado Europeia pode avançar no processo da UEM, que
único. se desenrolou entre 1994 e 1998.
Ter um mercado com a sua própria moeda tornou- Em 1995, o Conselho Europeu de Madrid
se, assim, um dos objetivos da União Europeia. decidiu que a nova moeda se chamaria euro.
Em maio de 1998, o Conselho Europeu de
12.2.5 A União Económica e Monetária Chefes de Estado e de Governo definiu os Estados
(UEM) que, de acordo com os critérios de convergência
As instituições europeias consideram que estariam aptos a aderir à moeda única: todos os
uma moeda única constitui um elemento 15, com exceção da Grécia e da Suécia. No
potenciador das vantagens e benefícios das quatro entanto, a Dinamarca e o Reino Unido optaram
liberdades de circulação. Mas, para aderir à moeda pela sua não entrada na UEM.
única, os países têm de cumprir determinados
critérios (critérios de convergência nominal): O Euro
Critérios de convergência de Maastricht: A 1 de janeiro de 1999 nasceu o euro
 Estabilidade dos preços A taxa de enquanto moeda escritural, entrando em
inflação (IHPC) não deverá ultrapassar em circulação sob a forma de moeda metálica e de
mais de 1,5 pontos percentuais a taxa papel a 1 de janeiro de 2002. Os países que
média dos três países com a inflação mais constituem, na atualidade, a zona euro são:
baixa 8CE Alemanha, França, Portugal, Espanha, Itália,
 Solidez das finanças públicas o défice Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Áustria, Irlanda,
orçamental não poderá ser superior a 3% Finlândia, Grécia, Eslovénia, Malta, Chipre,
do PIB Estónia, Letónia, Lituânia e a Eslováquia.
As principais vantagens da adoção do euro
é facilitar as quatro liberdades de circulação no
mercado único, dada a redução dos custos das  A seguir á reunificação alemã, a antiga
transações no espaço da UEM e a maior facilidade República Democrática Alemã junta-se á
em viajar, e reforçar a posição económica da UE União.
no mercado mundial.
Em contrapartida, a moeda única retirou 1995 Europa dos 15
aos governos nacionais a possibilidade de  Áustria
utilização dos instrumentos das políticas  Finlândia
monetárias e cambiais na correção dos  Suécia
desequilíbrios económicos. A adoção da moeda
única depende não só do cumprimento dos 2004 Europa dos 25
critérios de convergência, mas também da vontade  Malta
dos Estados. O Reino Unido, a Dinamarca e a  Chipre
Suécia não aderiram ao euro por vontade própria.
 Eslovénia
 Letónia
Novos alargamentos
A adesão à UE implica, da parte dos países  Estónia
candidatos, a aceitação dos valores e a adoção das  Lituânia
normas e das práticas da União, que, no seu  Polonia
conjunto, constituem o chamado acervo  República Checa
comunitário.  Eslováquia
Em maio de 2004, aderiram à UE dez  Hungria
novos países: Hungria, República Checa,
Eslováquia, Polónia, Letónia, Estónia, Lituânia, 2007 Europa dos 27
Eslovénia, Chipre e Malta. Em 2007, foi a vez da  Roménia e Bulgária
Roma e da Bulgária, no ano de 2013, a UE
recebeu a Croácia, passando assim a ser 2013 Europa dos 28
constituída 28 países. O Reino Unido encontra-se  Croácia
atualmente a negociar com a UE o processo de
saída da organização, num processo conhecido por 2020 Reino unido sai da. UE
Brexit.

Alargamentos da UE:
1957 Membros Fundadores:
 França
 Bélgica
 Holanda
 Itália
 Alemanha
 Luxemburgo

1973 Europa dos 9


 Irlanda
 Reino Unido
 Dinamarca

1981 Europa dos 10


 Grécia

1986 Europa dos 12


 Espanha
 Portugal

1990 Europa dos 13


No âmbito da União Económica e
Monetária (UEM), e para manter a estabilidade
dos preços, as decisões em matéria monetária
cabem a uma instituição europeia independente, o
Banco Central Europeu (BCE), a quem compete
definir a política monetária para a zona euro. É da
competência do BCE aumentar ou diminuir a taxa
de juro de curto prazo (taxa de referência) a
praticar nas economias que integram a UEM.
A estabilidade dos preços e a solidez das
finanças públicas dos Estados (critérios de
convergência nominal), consideradas condições
essenciais ao crescimento das economias,
conduziram à necessidade de os Estados que
integram a zona euro manterem orçamentos
nacionais equilibrados e valores de dívida pública
sustentáveis. Para dar força ao cumprimento
desses critérios foi assinado o Pacto de
Estabilidade e Crescimento (PEC).

Vantagens da estabilidade dos preços e de uma


inflação baixa
A inflação e taxa de juro baixas beneficiam
consumidores e empresas:
 o crédito aos consumidores é mais acessível, o
que facilita a aquisição de habitação e bens
A UEM e as políticas económicas duradouros;
A estabilidade dos preços, a solidez e  o investimento empresarial é incentivado,
credibilidade das finanças públicas, condições repercutindo-se positivamente na atividade
essenciais ao crescimento sustentado da economia produtiva e no emprego;
europeia levou os Estados da UE a considerarem  uma inflação baixa favorece principalmente as
as suas políticas económicas uma questão de famílias com menores rendi- mentos, o que
interesse comum, particularmente em matéria contribui para uma maior coesão social
monetária e orçamental.
Desta forma, e embora a maior parte da A Gestão da União Económica e Monetária
responsabilidade das políticas económicas seja (UEM)
dos Estados, há uma necessidade de coordenação  Sistema Europeu de Bancos Centrais
das mesmas, assegurada pela Comissão Europeia (SEBC) – É constituído pelo BCE e pelos bancos
e pelo Conselho ECOFIN. centrais (BCN) de todos os países da UE.
 Eurossistema – Formado no âmbito do SEBC,
ECOFIN Conselho da União que integra os é constituído pelo BCE pelos bancos centrais
ministros da economia e das finanças dos países (BCN) dos países da Zona Euro.
da UE, cuja missão é definir as linhas de  Banco Central Europeu (BCE)- define a
orientação económica e apoiar a coordenação das política monetária para a Zona Euro, tendo como
políticas económicas no espaço europeu. Nas principal objetivo garantir a estabilidade dos
reuniões participa, também, a Comissão Europeia. preços.
 Eurogrupo- Fórum onde são debatidas
Política monetária comum. questões relacionadas com o euro. Nestas
A criação de uma moeda única foi reuniões, de caracter informal, participam os
acompanhada de uma política monetária comum a ministros da Economia e das Finanças dos países
cargo de uma instituição independente, que toma da Zona Euro, o BCE e a comissão europeia.
todas as decisões em matéria de política O principal objetivo da política monetária
monetária, o Banco Central Europeu (BCE), comum é a estabilidade dos preços, o que exige
instituição que integra os órgãos de gestão da uma taxa de inflação nos países da área do euro
UEM. inferior a 2%. Para garantir esse objetivo, o BCE
controla o nível das taxas de juro de referência financeiras europeias a criar medidas para garantir
para os países do euro. a estabilidade financeira e a credibilidade do euro:
 Fundo Europeu de Estabilização Financeira –
A UEM e a política orçamental Instrumento intergovernamental que fornece até
A política orçamental, relacionada com as 440 mil milhões de euros em garantias dos
despesas e receitas públicas é responsabilidade Estados-Membros da Zona Euro (manter-se-á
dos governos dos Estados-Membros da UE, durante o tempo necessário à gestão das
embora esteja sujeita a determinadas regras obrigações pendentes);
europeias, dada a exigência de contas públicas Programas de Assistência Financeira para os
sólidas na Zona Euro, estipulada pelos critérios de Estados-Membros da Zona Euro com dificuldades
convergência. A exigência de controlo dos défices financeiras e sob forte pressão dos mercados
orçamentais dos Estados na Zona Euro (limite de (elevadas taxas de juro pelos empréstimos
3% do PIB) colocou às instituições europeias a contraídos). Estes programas foram aplicados na
necessidade de supervisão das políticas Grécia, Irlanda e Portugal, sob a égide da
orçamentais dos Estados, que se traduziu na Comissão Europeia, Banco Central Europeu e
aprovação do Pacto de Estabilidade e Crescimento Fundo Monetário Internacional;
pelo Conselho Europeu de Amesterdão, em 1997. Tratado sobre a Estabilidade, a Coordenação e a
Governação na Zona Euro impõe limites mais
Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC). baixos para os níveis de défice e de dívida, para
Este acordo estipula regras e obrigações evitar que possam criar pressão sobre o euro;
para os países da Zona Euro, de forma a garantir a  Mecanismo Europeu de Estabilidade para os
disciplina orçamental na UEM, condição países do euro em dificuldades financeiras.
necessária para finanças públicas sólidas. As  Disponibilidade do BCE para conceder
regras fixadas pelo PEC consistem no empréstimos aos bancos privados por um período
compromisso relativamente ao cumprimento dos de 3 anos, a uma taxa de juro de 1%.
critérios de convergência de Maastricht em
matéria orçamental e de finanças públicas, de 12.2.6. As instituições da União Europeia
forma permanente: Num processo de integração tão profundo
 limite do défice orçamental em 3% do PIB; como o da UE, parte da soberania dos Estados
 limite da dívida pública em 60% do PIB. nacionais é transferida, através dos tratados, para
entidades supranacionais que traçam as
O acompanhamento do cumprimento dos orientações, fixam os objetivos e tomam as
limites estipulados pelo PEC é da decisões relativamente às políticas da União.
responsabilidade da Comissão Europeia. Caso os Verifica-se, assim, a coexistência dos poderes
países não tomem as medidas corretivas soberanos de cada Estado nacional com os
recomendadas, podem ser sujeitos a aplicação de poderes transferidos pela vontade dos Estados
sanções pecuniárias. para as instituições europeias - a chamada
soberania comum.
A crise do euro Soberania comum - Exercício de poderes
Na sequência da crise, os países da zona soberanos dos Estados por autoridades
euro com economias mais frágeis, défices supranacionais.
orçamentais significativos e elevado grau de
endividamento externo, correram risco de
falência, dada subida das taxas de juro e a maior Instituições Funções
dificuldade em obter financiamento. Comissão Europeia Propõe a legislação
A instabilidade financeira instalada, ao europeia e executa-a. É a guardiã dos tratados
comprometer a integridade da zona euro, exigiu a Conselho Europeu Define a orientação política
tomada de medidas por parte da UEM e uma da UE
maior intervenção do BCE no âmbito da política Conselho da União Europeia (conselho de
monetária comum. ministros da UE) europeia. Aprova, em conjunto
com o Parlamento Europeu, a legislação.
A UEM face à crise Parlamento Europeu Modifica e aprova a
O apoio países mais endividados e com legislação europeia
maiores défices orçamentais levou as instituições Tribunal de Justiça Salvaguarda o Direito
europeu. Controla a gestão das finanças europeias
Tribunal de Contas Define a política monetária
comum e faz a gestão do euro
Banco Central Europeu Órgão de consulta sobre
questões relativas às regiões da UE
Comité das Regiões Órgão de consulta relativo
aos interesses económicos e sociais
Comité Económico-Social Financia projetos de
modernização e desenvolvimento das regiões
menos desenvolvidas da UE.
Datas importantes da construção europeia: 2020 O Reino Unido sai da UE
1945 Fim da 2ª guerra mundial
1948 Criação da CEE
1950 Robert Schuman, propõe associar a
produção e
alemã de carcão e do aço, sob a direção de
uma autoridade europeia, aberta a outros
países europeus.
1951 Tratado de Paris.
Criação da CECA, composta por 6 países:
Bélgica, França, Luxemburgo, Holanda
Itália e Alemanha.
1957 Os seis países da CECA constituem a
Comunidade Económica Europeia (CEE),
com a assinatura do Tratado de Roma.
1968 Realização da união aduaneira.
1973 Adesão á CEE do Reino Unido, da
Dinamarca e
da Irlanda.
1981 Adesão da Grécia á CEE.
1986 Adesão de Portugal e Espanha á CEE.
Assinatura do Ato Único Europeu, com
vista a
criar o mercado interno onde possam
circular livremente, bens, serviços,
capitais e pessoas.
1992 Assinatura do Tratado da União Europeia,
vulgo,
Tratado de Maastricht. Um dos objetivos é
a criação de uma união económica e
monetária

1993 Realização do mercado único europeu.


1995 Adesão da Áustria, Suécia e Finlândia á
UE.
1999 Criação da moeda única: o euro.
2002 O euro passa a circular sob a forma de
moedas e notas.
2004 Adesão á UE de Malta, Chipre, Estónia,
Letónia,
Lituânia, Hungria, Polónia, República
Checa, Eslovénia e Eslováquia.
2007 Adesão da Roménia e da Bulgária. A UE
conta
com 27 Estados-Membros.
A Eslovénia adota o euro.
Assinatura do Tratado de Lisboa, o qual
introduz mudanças significativas a nível
das instituições europeias.
2008 chipre e malta adotam o euro.
2009 A Eslováquia torna-se membro da Zona
Euro.
2011 A Estónia integra o euro.
2013 A Croácia adere á UE
2014 A letónia integra o euro.
12.3 Desafios da União Europeia na atualidade
12.3.1. Os valores do Estado de direito e da A possível saída do Reino Unido da UE
democracia significará uma perda de poder económico, militar
Os valores da paz, da liberdade, da e político da UE no domínio internacional. A
igualdade, da democracia e da justiça social, e do concretização dessa siada poderá, igualmente,
progresso uniram os seis países fundadores da reforçar os sentimentos antieuropeus que se fazem
União Europeia. Estes valores foram sendo sentir em alguns países da UE.
partilhados com os outros Estados-membros que
foram integrando o projeto europeu.
A globalização, o euro, a crise económica
e, mais recentemente, os refugiados e o Brexit, 12.2.3. O orçamento da União Europeia
vieram colocar novos problemas à UE, para os Para dar cumprimento aos seus objetivos, a
quais não se têm encontrado respostas adequadas UE põe em prática diversas políticas económicas e
da parte das instituições nacionais e europeias, tal sociais para as quais necessita de meios
situação tem afastado os cidadãos europeus das financeiros. O orçamento constitui o principal
instituições e do projeto comum europeu. instrumento financeiro da UE, onde estão
A adoção de medidas e políticas que previstas as despesas e as receitas para um ano.
mostrem as vantagens de pertencer a uma Europa A proposta de orçamento é elaborada pela
diversa, mas unida em torno de valores comuns, Comissão Europeia e aprovada conjuntamente
constitui um desafio atual da União Europeia. pelo Parlamento Europeu e Conselho de Ministros
da UE. Depois de aprovado, o orçamento e posto
12.3.2. A globalização e a crise económica. em prática pela Comissão, sendo a sua gestão
A globalização e os efeitos da crise controlada pelo Tribunal de Contas.
económica são motivos de preocupação para os
cidadãos europeus: as desigualdades sociais, o As receitas orçamentais
desemprego, a estagnação do nível de vida e a O orçamento da União é alimentado pelos
pouca eficácia das políticas europeias e nacionais seguintes recursos.
na resolução dos problemas geram desconfiança Recursos próprios:
quanto ao futuro do projeto europeu. Para que a - Direitos cobrados nas importações de produtos
integração europeia resulte e o projeto europeu provenientes de países terceiros;
recolha a adesão dos cidadãos será necessário - Contribuição proveniente do IVA de todos os
reforçar a coesão social, diminuindo as Estados-Membros:
desigualdades, criando mais e melhores empregos, - Contribuição de cada Estado-Membro baseada
e relançando o nível de vida. no seu RNB (Rendi mento Nacional Bruto).
Outras receitas:
- Coimas aplicadas pela Comissão;
O euro e os desequilíbrios entre as economias - Impostos pagos pelo pessoal das instituições
A existência de uma moeda única para europeias.
países que apresentam desigualdades assinaláveis
a nível de produtividade, competitividade e contas As contribuições dos países da União para
externas, cria dificuldades à adoção de medi- das o orçamento estão relacionadas com o nível de
de política económica comuns. A chamada crise riqueza dos Estados-Membros, sendo a
das dívidas soberanas e as subsequentes euro, um contribuição dos Esta- dos mais prósperos
orçamento próprio para o euro e o controlo proporcionalmente maior, comparativamente aos
democrático sobre as políticas económicas Estados mais pobres. Em contrapartida, os Estados
comuns são algumas das questões que se colocam menos prósperos recebem proporcionalmente mais
à atual União Económica e Monetária. do que os Estados mais ricos, pela via dos fundos
europeus, no contexto da política de coesão da
O Brexit UE. Esta situação baseia-se no princípio da
solidariedade financeira, base das políticas
europeias.
regiões e os Estados-Membros e melhorar os
PRINCÍPIO DA SOLIDARIEDADE níveis de bem-estar dos cidadãos.
FINANCEIRA Parte significativa das As prioridades de atuação da União, no
contribuições dos Estados da União Europeia para contexto da crise económica europeia, são
o orçamento (cerca de 1% do RNB) é transferida, reforçadas na Estratégia Europa 2020, lançada
através dos fundos europeus, para as regiões pela Comissão Europeia, com vista ao
menos desenvolvidas. relançamento da economia europeia, tendo os
fundos europeus um papel essencial na execução
Equilíbrio orçamental das políticas europeias.
As receitas de cada ano são fixadas em
função do total das despesas definidas pelas
autoridades orçamentais, verificando-se o TIPOS DE FUNDOS:
princípio do equilíbrio orçamental: despesas  Fundos estruturais:
iguais às receitas.  Fundo Europeu de Desenvolvimento
O orçamento anual da União é elaborado Regional (FEDER);
respeitando um quadro financeiro de médio prazo  Fundo Europeu Agrícola de
que estipula os limites anuais de despesas. A Desenvolvimento Rural (FEADER);
programação financeira plurianual tem vantagens,  Fundo Europeu para a Pesca (FEP);
pois fixa as grandes orientações orçamentais para  Fundo Social Europeu (FSE);
vários anos, facilita a aplicação anual do  Fundo de Coesão.
orçamento e contribui para um maior controlo da
evolução das despesas da União.
12.3.5. As políticas de solidariedade ou de
12.3.4. As políticas europeias e os fundos coesão.
Os efeitos benéficos do processo de
europeus integração e da criação do mercado comum,
Sendo o progresso económico e social e o embora sejam consideráveis, não se estenderam a
bem-estar finalidades da União Europeia, há da todas as regiões e setores de atividade de uma
parte desta uma atuação, conjugada com os forma uniforme, registando-se ainda
Estados-Membros, no sentido de desenvolver as desequilíbrios a nível regional e setorial.
ações necessárias concretização desses objetivos, Esta situação exige um esforço de
as chamadas políticas europeias. solidariedade europeia, que procure reduzir os
No conjunto das políticas que desenvolve, desequilíbrios estruturais entre as regiões e os
a União identifica as seguintes prioridades: Estados-Membros, tendo sido criados, para o
- Políticas de coesão ou de solidariedade, no efeito, diversos instrumentos financeiros
domínio regional, agrícola e social; essenciais à execução das políticas europeias: os
- Políticas que promovam o desenvolvimento fundos estruturais.
sustentável, nas áreas da inovação tecnológica, do Estes fundos são essenciais ao
ambiente e da energia. desenvolvimento das regiões em atraso. à
Para a execução das suas políticas, a União reconversão das zonas industriais em declínio, ao
utiliza verbas disponibilizadas pelo seu auxílio ao desemprego de longa duração, à
orçamento, que são canalizadas, para o efeito, inserção profissional dos jovens, à modernização
através dos fundos europeus. das estruturas agrícolas e ao desenvolvimento das
zonas rurais mais desfavorecidas.
Fundos Europeus Os fundos financiam programas
Instrumentos financeiros da UE que plurianuais de desenvolvimento, defini- dos em
apoiam o financiamento de investi- mentos parceria entre as regiões, os Estados-Membros e a
públicos e privados nos Estados-Membros e nas Comissão Euro- peia. Entre estes fundos temos o
suas regiões: infra- estruturas, modernização de FEDER, o FSE, o FEAGA, o FEADER, o FEP e o
setores e empresas, qualificação dos recursos Fundo de Coesão.
humanos, preservação ambiental, energias
renováveis, entre outros. Coesão económica e social Redução das
Finalidades: incentivar o crescimento da desigualdades de desenvolvimento entre as
economia europeia e a inovação, reduzir as regiões da UE e sua convergência com os Estados-
desigualdades de desenvolvimento entre as Membros mais prósperos.
Países da coesão (elegíveis ao fundo de coesão) através da política regional que tem como
 1992-2003: Portugal, Espanha, Irlanda e principais objetivos:
Grécia (países iniciais)  Promover o desenvolvimento
 2004-2006: Portugal, Espanha, Grécia, equilibrado da União Europeia;
Chipre, Eslováquia, Eslovénia, Estónia,  Reduzir as desigualdades de
Hungria; Letónia, Lituânia, Malta, Polonia desenvolvimento no espaço da UE
e R. Checa.
 2007-2013: Portugal, Espanha, Grécia,
Chipre, Eslováquia, Eslovénia, Estónia, Finalidade
Hungria, Letónia, Lituânia, Malta, Polonia,
R. Checa, Bulgária e Roménia.
 2014-2020: Portugal, Grécia, Chipre,
Eslováquia, Eslovénia, Estónia, Hungria,
Letónia, Lituânia, Malta, Polonia, R. Coesão económica e
Checa, Bulgária, Roménia e Croácia. social

Aplicação dos fundos europeus e o princípio da


solidariedade financeira.
A aplicação dos fundos europeus nas
regiões menos desenvolvidas refle- te o princípio
da solidariedade financeira: transferência para as
regiões mais desfavorecidas de uma parte
Instrumentos Financeiros
significativa do orçamento da UE, alimentado
pelas contribuições dos Estados-Membros (cerca
de 1% do RNB).
O Fundo de Coesão destina-se a apoiar o Fundos estruturais
desenvolvimento dos Esta- dos-Membros com um (FEDER e FSE)
Rendimento Nacional Bruto (RNB) per capita
inferior a 90% da média da UE, nas áreas do
ambiente e do transporte.
Fundo de Coesão
Âmbito da aplicação dos fundos europeus
Os fundos são aplicados em todas as regiões
europeias, em função do nível do seu Produto
Interno Bruto (PIB): A política regional assenta no princípio da
- Regiões menos desenvolvidas - Regiões cujo solidariedade financeira e concretiza-se através da
PIB per capita é inferior a 75 % do PIB médio da intervenção dos fundos estruturais e do Fundo de
UE, sendo estas a prioridade das políticas de Coesão, que se destinam a modernizar as
coesão; estruturas económicas e sociais das regiões menos
- Regiões em transição – Inclui todas as regiões desenvolvidas.
cujo PIB per capita apresenta um valor entre 75 %
e 90% do PIB médio da UE: Fundos estruturais e fundo de coesão
- Regiões mais desenvolvidas - Regiões cujo PIB instrumentos financeiros da UE que têm por
per capita é superior a 90% do PIB médio da UE. finalidade reduzir as desigualdades de
A aplicação dos fundos nestas regiões, visando desenvolvimento entre as regiões e os Estados-
aumentar a competitividade, no contexto da Membros.
globalização, é dirigida para as áreas do
conhecimento e da inovação. Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional
(FEDER)- Tem por objetivo aumentar a coesão
Política regional económica, social e territorial na União, apoiando
A coesão económica e social, objetivo de o desenvolvimento regional e local, de forma a
sempre da União Europeia, concretiza-se
reduzir os desequilíbrios de desenvolvimento  Formação de excedentes;
entre as regiões. As áreas prioritárias de apoio são:  Excesso de protecionismo aos produtos
 Investigação, inovação e tecnologias da agrícolas europeus;
informação e comunicação que concorram  Elevadas despesas agrícolas.
para a modernização das economias e
maior competitividade das empresas, em Reforma da PAC
particular das regiões periféricas; Para dar resposta a estas questões, a. UE
 Eficiência energética e energias introduziu uma serie de reformas. Medidas
renováveis; adotadas:
 Infraestruturas de telecomunicações,  Estabelecimentos de preços mais
energia e transportes; competitivos
 Desenvolvimento urbano sustentável.  Estabelecimento de quotas para algumas
produções
 Promoção de uma agricultura mais
Fundo Social Europeu (FSE) destina-se a: compatível com o ambiente
 Apoia a formação, requalificação e a  Sustentabilidade do modo de vida rural
inserção profissional dos desempregados e  Apoio ao rendimento dos agricultores.
das categorias da população
desfavorecidas, financiando,  Política apoiada pelo Fundo Europeu Agrícola
nomeadamente, ações de formação; de Garantia (FEAGA) e pelo Fundo Europeu
 Promove ações específicas para a Agrícola de Desenvolvimento Rural (FEADER)
promoção do emprego dos jovens e das
mulheres;
 Está relacionado com a Política de
emprego e formação profissional;

Fundo de coesão- financia o desenvolvimento de


infraestruturas de transporte e projetos ambientais Política comum de pescas
nos Estados-Membros da UE com um RNB per Objetivos:
capita inferior a 90% da média europeia.  Proteger os recursos da pesca, evitando a
 Tratamento de resíduos, energias sobre-exploração
renováveis, biodiversidade, redes  Garantir o abastecimento de pescado aos
transeuropeias de transportes; consumidores e á indústria de
 Transportes urbanos com baixo nível de transformação
emissões de carbono, constituem áreas  Melhorar a competitividade das empresas
privilegiadas de investimentos a financiar do setor.
este fundo. Medidas que os Estados-Membros têm de seguir:
 Fixação de totais admissíveis de capturas
A Política Agrícola Comum (PAC) anuais por espécie;
A política agrícola comum (PAC) é da  Quotas anuais de exploração para cada
competência da União Europeia (UE) e dos Estado-Membro;
Estados -membros.  Restrição na emissão de licença de pesca;
A comunidade europeia, tem por  Normas relativas á malhagem das redes,
finalidade assegurar preços razoáveis aos especialmente nas zonas de produção;
consumidores europeus e uma remuneração
 Apoiar o desenvolvimento da aquacultura;
equitativa aos agricultores, nomeadamente
 Estabelecimento de acordos de pesca com
mediante a organização comum dos mercados
outros Estados que permitam á frota
agrícolas e o respeito pelos princípios. Tais como:
comunitária aceder a bancos de pesca
a unicidade dos preços, solidariedade financeira e
distantes das águas protegidas;
preferência comunitária.
O sucesso da Política Agrícola Comum foi,  Reestruturação das estruturas de produção,
todavia, acompanhado de efeitos secundários: o que se passa pela modernização dos
navios existentes:
 Desequilíbrios ambientais, devido á sobre-
exploração da terra e às práticas intensivas
Reforma da política comum de pescas.
de cultivo;
Medidas adotadas:  Melhoria dos sistemas de formação
 Estabelecimento de zonas de proteção, profissional;
limitando a atividade da pesca;  Qualificação dos trabalhadores, nos
 Apoio á redução da capacidade das frotas; domínios da ciência e da tecnologia;
 Reforço do desenvolvimento da  Criação de incentivos ao autoemprego;
aquacultura.  Prestação de assistência às pessoas em
risco de exclusão;
 política apoiada pelo Fundo Europeu para a  Diminuição das desigualdades entre
Pesca (FEP). homens e mulheres, no mercado de
trabalho.
Política social:
O Fundo Social Europeu (FSE) constitui o
instrumento financeiro da União para apoiar as
ações a desenvolver no domínio do emprego, da
formação, da proteção e da inclusão social, com
vista á:
12.4 – Portugal no contexto da União Europeia
Com o alargamento da União Europeia a Leste, o
nosso país também enfrenta a diminuição dos
apoios comunitários, nomeadamente, nas áreas
respeitantes à agricultura e à pesca. Assim é
importante promover a produtividade e a
eficiência de Portugal:
 Criando condições para atrais
investimento estrangeiro, através da
aplicação de reformas fiscais e
laborais, da desburocratização dos
processos administrativos e de
melhorias ao nível da justiça;
 Apoiando a formação dos cidadãos
numa perspetiva de longo prazo
(formação para a vida), para melhorar a
produtividade e, simultaneamente,
combater o desemprego;
 Reforçar a investigação e
desenvolvimento (I&D) nas áreas que
podem permitir o aumento da
competitividade, o surgimento de
novas oportunidades de negócio e o
desenvolvimento de projetos de maior
valor acrescentado.

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