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Estagios de Maturidade TI
Estagios de Maturidade TI
Introdução
Nas empresas de sucesso, os estágios de maturidade de Tecnologia de Informação
sucedem-se com o passar do tempo e com as experiências adquiridas pela organização. Tal
evolução confunde-se com a própria história da empresa e a contribuição da Tecnologia de
Informação acaba por diluir-se nessa história. Os estágios de maturidade que destacaremos
são:
a) Estágio pré-Informático
A empresa em seu início, enquanto pequena organização administrada de perto por seus
fundadores, demanda poucas informações para sua gestão. Tais informações são geradas e
manipuladas pelos próprios interessados e transmitidas de forma verbal ou por pequenos
documentos informais. Nesse estágio, que denominaremos de Pré-informático, a empresa
sobrevive basicamente pela genialidade do empreendedor original e pela agilidade decorrente
da pouca (nenhuma) formalidade no trato empresarial.
c) Estágio de Degeneração
d) Estágio de Controle
A situação interna na empresa está insustentável. A alta administração assume a
responsabilidade por "organizar de vez" a informática na empresa. É decretado o fim da
"bagunça" nos diversos computadores e parte-se para uma uniformização dos sistemas
existentes. Descobre-se que falta também, da parte dos setores menos mecanizados, maior
controle sobre as tarefas e melhor documentação das ações executadas por eles. É iniciada
assim a era do Controle na empresa.
e) Estágio de Automação
Com a priorização dos controles nas tarefas administrativas (burocratização), os setores
produtivos e comerciais começam a perder competitividade e eficiência diante dos
concorrentes. A utilização dos novos equipamentos é prejudicada pela falta de pessoal
capacitado e pela burocracia da empresa. As pressões de mercado exigem maior agilidade
operacional e maior qualidade (e produtividade) nos produtos entregues aos clientes. A
empresa percebe a necessidade de investir nas áreas produtivas, assim como foi feito para as
áreas administrativas. Ela adentra no estágio de Automação.
f) Estágio de Integração
A empresa apresenta agora uma estrutura administrativa adequada. Tem controle total
sobre as ações mais importantes e controle estatístico sobre toda a empresa. A produtividade é
g) Estágio de Plenitude
Os usuários de computadores podem acessar os bancos de dados da empresa e extrair
seus próprios relatórios. O CPD mantém sob controle a fila de requisições de desenvolvimento
e manutenção de sistemas. A contratação de serviços externos de desenvolvimento de
sistemas alivia as pressões sobre o CPD. A empresa, enfim, apresenta a agilidade necessária
para aproveitar as oportunidades que surgem.
O estágio de Controle é muito cômodo para empresas que não tenham que disputar
mercado (ou cujo mercado não é competitivo), como por exemplo as empresas públicas, os
monopólios e os oligopólios. O aparente controle e sensação de ordem que esse estágio
estabelece seduz o executivo menos experiente e pode levar a empresa para uma situação
irreversível de perda de mercado.
O estágio de Automação é decorrência exclusiva das pressões de mercado. Se o
mercado não competir na forma de inovações tecnológicas, a própria empresa não tomará
essa iniciativa. Um bom exemplo da pressão por automação, oriunda das áreas comerciais e
de produtos, são as empresas que atuam no mercado bancário brasileiro. O estágio de
Integração é decorrência natural dos estágios anteriores. Assim como a empresa que atingiu
esse estágio está a um passo da plenitude.
Esses últimos três estágios (ao contrário dos três primeiros) são pouco estáveis, fazendo
com que a empresa tenha que atuar constantemente para permanecer em qualquer um deles.
O fato de ter alcançado um estágio não garante que a empresa não venha a cair para estágios
anteriores, já suplantados. Os estágios sucedem-se, não se permitindo que sejam saltados.
Cada estágio deve ser atingido por completo e, se possível, por todos os setores da empresa.
A busca da plenitude deve ser um esforço constante que não acaba com a obtenção
desse objetivo. A manutenção de uma posição é tão ou mais difícil quanto a suplantação dos
obstáculos anteriores.
O papel do executivo de Tecnologia de Informação é acelerar o percurso dos estágios, a
fim de tornar a empresa plena com o menor custo possível. Como são estágios com forte
conotação cultural (e menos tecnológica), a evolução depende estritamente da forma como as
pessoas serão preparadas e capacitadas para essas migrações e também da forma com que
elas foram copiadas para essa meta. Assim, apesar de haver grande vertente técnica nessa
tarefa, é fundamental a participação de todos os setores envolvidos.
Algumas técnicas podem ser usadas para acelerar as transições entre esses estágios. É
fundamental lembrarmos que sem o treinamento e a capacitação adequados não será possível
acelerar as transições entre os estágios; assim, um bom e consistente programa de reciclagem
e capacitação de recursos humanos é um bom começo.
A implantação de vários postos de processamento de dados (microcomputadores) acelera
o estágio de euforia tecnológica, fazendo com que a empresa ingresse logo no estágio de
controle.