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SURGIMENTO DO ESTADO

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PROFESSOR RODRIGO MENEZES

SURGIMENTO DO ESTADO O QUE É O ESTADO?


O Estado é a sociedade politicamente organizada, formada por um povo, fixado
“a sociedade é resultante de uma necessidade natural do homem, num território, com um governo soberano e tendo por finalidade o bem comum.
sem excluir a participação da consciência e da vontade humanas”. Povo é o elemento humano do Estado, formado por aqueles que têm o vínculo
Dalmo de Abreu Dalari, 1971. jurídico da nacionalidade;
Território é a área sobre a qual o Estado exerce a soberania;
“o homem é, por natureza, animal social e político, vivendo em Soberania significa poder político independente e supremo. Independente porque o
Estado, no âmbito internacional, não está subordinado a ninguém. Supremo
multidão, ainda mais que todos os outros animais, o que se evidencia porque, internamente, possui o “poder de império”, ou seja, a faculdade de impor
pela natural necessidade” Santo Tomás de Aquino, séc. XIII d.C sua vontade, através da força, se necessária, independente da vontade do cidadão
em particular. O poder político possui três funções principais: legislativa, executiva
e judiciária.
“o homem é naturalmente um animal político” Aristóteles, séc. IV a.C. Finalidade (elemento teleológico) é o objetivo do Estado que, tendo o povo como
titular do poder, deve visar o bem comum.
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O QUE É O ESTADO? QUESTÕES DE CONCURSOS
O Estado é a sociedade politicamente organizada, formada por um povo, fixado Nas questões a seguir, julgue os itens marcando Certo ou Errado.
num território, com um governo soberano e tendo por finalidade o bem comum.
Povo é o elemento humano do Estado, formado por aqueles que têm o vínculo CESPE – SMV – AGENTE COMUNITÁRIO DE SEGURANÇA
jurídico da nacionalidade;
1. O Estado é constituído de três elementos indissociáveis: povo,
Território é a área sobre a qual o Estado exerce a soberania;
território e governo soberano.
Soberania significa poder político independente e supremo. Independente porque o
Estado, no âmbito internacional, não está subordinado a ninguém. Supremo FCC - MPU - ANALISTA ADMINISTRATIVO
porque, internamente, possui o “poder de império”, ou seja, a faculdade de impor
sua vontade, através da força, se necessária, independente da vontade do cidadão 2. O Estado é constituído de três elementos originários e indissociáveis -
em particular. O poder político possui três funções principais: legislativa, executiva Povo, Território e Governo soberano.
e judiciária.
3. Na clássica doutrina da tripartição de poderes, os poderes do Estado
Finalidade (elemento teleológico) é o objetivo do Estado que, tendo o povo como
titular do poder, deve visar o bem comum. são o Judiciário, o Executivo e o Ministério Público.
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QUESTÕES DE CONCURSOS QUESTÕES DE CONCURSOS


CESPE - SERPRO - ANALISTA – ADVOCACIA FMP-RS - TJ-MT – JUIZ – 2014
4. O conceito de Estado possui basicamente quatro elementos: nação, 6. A população está unida ao Estado pelo vínculo jurídico da
território, governo e soberania. Assim, não é possível que haja mais de nacionalidade.
uma nação em um determinado Estado, ou mais de um Estado para a
CESPE - DPE-RO - DEFENSOR PÚBLICO
mesma nação.
7. O conceito de povo, um dos elementos constitutivos do Estado, está
FMP-RS - TJ-MT – JUIZ – 2014
relacionado ao conjunto de brasileiros e estrangeiros que se
5. Nação é um conceito ligado a um agrupamento humano cujos encontrem em território nacional, ainda que transitoriamente.
membros, fixados num território, são ligados por laços culturais,
históricos, econômicos e linguísticos.

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UM POUCO SOBRE POLÍTICA E PODER UM POUCO SOBRE POLÍTICA E PODER
O termo política é derivado do grego antigo (politeía), que indicava a atividade Poder que tem sido tradicionalmente definido como o "conjunto dos meios que permitem alcançar
ou conjunto de atividades que, de alguma maneira, têm como termo de referência a pólis, os efeitos desejados" (Russell). Pode ser entendido como a obtenção de um comportamento de
ou seja, a cidade-Estado. terceiro que este não teria naturalmente, se não sofresse a influência desse poder.
Para Houaiss, política denomina-se a arte ou ciência da organização, direção e Há diferentes tipos de poder: paterno/materno, econômico, de um chefe sobre seu subordinado,
administração de nações ou Estados; aplicação desta ciência aos assuntos internos da ideológico, despótico, político, etc.
nação (política interna) ou aos assuntos externos (política externa).
A característica mais notável do poder político é que ele detém a exclusividade do uso da força em
Política pode ser ainda a orientação ou a atitude de um governo em relação a certos
relação à totalidade dos grupos sob sua influência. Isso não significa que ele seja exercido pelo uso
assuntos e problemas de interesse público: política financeira, política educacional, política
social, política do café com leite. da força; a possibilidade do uso é condição necessária, mas não suficiente para a existência do poder
político.
O que a política pretende alcançar pela ação dos políticos, em cada situação, são as
prioridades do grupo (ou classe, ou segmento nele dominante). A política não tem fins No poder político há três características. Sendo uma delas a Exclusividade que trata da tendência de
constantes ou um fim que compreenda a todos ou possa ser considerado verdadeiro: "os não se permitir a organização de uma força concorrente. Como por exemplo, grupos armados
fins da Política são tantos quantas são as metas que um grupo organizado se propõe, de independentes. Se encontra também a Universalidade, tratando-se da capacidade de se tomar
acordo com os tempos e circunstâncias“ (Norberto Bobbio) decisões para toda a coletividade. E por último a Inclusividade que é a possibilidade de intervir, de
A política, como forma de atividade ou de prática humana, está estreitamente ligada ao poder. modo imperativo, em todas as esferas possíveis de atividades de membros do grupo e de encaminhar
tais atividades aos fins desejados ou de desviá-las de um fim não desejado.

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O QUE É O DIREITO? RAMOS DO DIREITO


Direito é o regramento da conduta, estabelecido em normas, cuja Embora modernamente o direito seja visto como uno e indivisível,
imposição é feita pelo Estado e por este é assegurado o cumprimento, indecomponível, fala-se em um divisão em ramos do direito, para fins
tendo como finalidade possibilitar a convivência dos homens em sociedade, meramente didáticos: direito público e direito privado.
impondo-lhes limites em sua liberdade individual, para que seja assegurada Regula a relação entre particulares e o Estado
a liberdade de todos. Regula as atividades, as funções e organizações de poderes
PÚBLICO do Estado e dos seus servidores
Em suma, Direito é o conjunto de normas emanadas do Estado (normas DIREITO
jurídicas positivas) dotadas de coercibilidade (podem reprimir, coibir ou Constitucional, Administrativo, Urbanístico, Ambiental, Tributário,
Financeiro, Processual, Penal, Ambiente, Internacional, etc.
conter) para viabilizar a vida em sociedade, regulando as relações jurídicas
entre as pessoas privadas (relações horizontais) e entre elas e o próprio
Estado (relações verticais). Disciplina a relação entre os particulares
PRIVADO
Direito Civil, Consumidor, Empresarial e do Trabalho

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RAMOS DO DIREITO O QUE É O DIREITO CONSTITUCIONAL?
Direito Público: se refere ao conjunto das normas jurídicas de natureza pública, Ramo do Direito Público que
compreendendo tanto o conjunto de normas jurídicas que regulam a relação entre
expõe, interpreta e sistematiza
o particular e o Estado, como o conjunto de normas jurídicas que regulam as
atividades, as funções e organizações de poderes do Estado e dos seus servidores. os princípios e normas
É aquele em que há predominância do interesse do Estado, o interesse público. fundamentais do Estado.
Existe uma relação de subordinação entre os particulares e o Estado. (Direito (José Afonso da Silva)
Constitucional – que é fundamental –, Administrativo, Urbanístico, Ambiental,
Tributário, Financeiro, Processual, Penal, Ambiente, Internacional, etc.)
Esses princípios e normas
Direito Privado: se refere ao conjunto de normas jurídicas de natureza fundamentais do Estado estão
privada, especificamente toda norma jurídica que disciplina a relação entre os
particulares. (Direito Civil, Consumidor, Empresarial e do Trabalho) na Constituição do Estado –
Atualmente, segundo Pedro Lenza, com a constitucionalização do Direito que é o objeto do Direito
Privado, essa divisão tornou-se enfraquecida. Constitucional

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QUESTÕES DE CONCURSOS BREVE HISTÓRICO DO CONSTITUCIONALISMO MODERNO


VUNESP - SAP-SP - ANALISTA ADMINISTRATIVO Até o final do século XVIII,
08. Assinale a alternativa correspondente ao conceito de Direito Constitucional. os diversos países do
mundo adotavam
a) Ramo do Direito Público que expõe, interpreta e sistematiza os princípios e Monarquias Absolutistas,
normas consuetudinárias da sociedade.
uma organização política
b) Ramo do Direito Privado que expõe, interpreta e sistematiza os princípios e na qual o soberano
normas consuetudinárias da sociedade. concentrava todos os
c) Ramo do Direito Público que expõe, interpreta e sistematiza os princípios e poderes do estado em
normas sobre a prescrição de condutas e cominação de penas. suas mãos.
d) Ramo do Direito Privado que expõe, interpreta e sistematiza os princípios e SÚDITOS
normas fundamentais do Estado.
e) Ramo do Direito Público que expõe, interpreta e sistematiza os princípios e
normas fundamentais do Estado.
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BREVE HISTÓRICO DO CONSTITUCIONALISMO MODERNO BREVE HISTÓRICO DO CONSTITUCIONALISMO MODERNO
A Constituição escrita surgiu A primeira Constituição
no final do século XVIII como escrita foi a dos Estados
instrumento que visava Unidos, em 1787.
limitar o poder estatal Em 1789/91, recebeu 10
através do estabelecimento emendas: “Bill of Rights”
de uma separação dos – Declaração dos
poderes e da garantia dos Direitos
direitos fundamentais.

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BREVE HISTÓRICO DO CONSTITUCIONALISMO MODERNO BREVE HISTÓRICO DO CONSTITUCIONALISMO MODERNO


Com a Revolução No Brasil, a primeira
Francesa, foi
formada uma Constituição foi outorgada
Assembleia em 1824, por Dom Pedro I.
Constituinte que,
em 1789, editou a
Declaração de
Direitos do Homem
e do Cidadão e, em
1791, a primeira
Constituição
francesa.

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CONSTITUIÇÃO DO ESTADO - CONCEITO QUESTÕES DE CONCURSOS
É a norma fundamental e suprema do Estado FUNDEP - TJ-MG – JUIZ

Estrutura e organiza o Estado e os seus Está no topo do ordenamento jurídico 09. Sobre o conceito de Constituição, assinale a alternativa CORRETA.
elementos, dispondo principalmente sobre: nacional e só pode ser alterada mediante
um procedimento legislativo especial, a) É o estatuto que regula as relações entre Estados soberanos.
1) formação dos poderes públicos;
mais dificultoso do que o de elaboração
2) limitações aos poderes públicos;
das leis ordinárias (rigidez constitucional). b) É o conjunto de normas que regula os direitos e deveres de um povo.
3) direitos e garantias dos indivíduos;
4) forma de governo; Por ter supremacia formal, serve de c) É a lei fundamental e suprema de um Estado, que contém normas
parâmetro de validade a todas as demais
5) modo de aquisição e exercício do poder;
normas, ou seja, elas somente serão referentes à estruturação, à formação dos poderes públicos, direitos,
6) forma de exercício do poder estatal em válidas se estiverem de acordo com a garantias e deveres dos cidadãos.
função do território; Constituição. Caso contrário, serão
7) repartição de competências. inconstitucionais e nulas. d) É a norma maior de um Estado, que regula os direitos e deveres de um
A Constituição também é conhecida como: Lei Fundamental, Lei Suprema, povo nas suas relações.
Lei das Leis, Lei Maior, Carta Política, Carta Magna, Lex Mater, Estatuto Fundamental.
Tem as seguintes abreviaturas:PROFESSOR RODRIGO
CF/88, CRFB/88, MENEZES
CR/88. PROFESSOR RODRIGO MENEZES

QUESTÕES DE CONCURSOS QUESTÕES DE CONCURSOS


IBFC - SEPLAG-MG - GESTOR DE TRANSPORTES E OBRAS – DIREITO ACAFE - PC-SC - AGENTE DE POLÍCIA *
“O Direito Constitucional é um ramo do Direito Público, destacado por ser
10. A rigidez constitucional decorre de um grau maior de dificuldade para fundamental à organização e funcionamento do Estado, à articulação dos
sua modificação do que para a alteração das demais normas jurídicas elementos primários do mesmo e ao estabelecimento das bases da estrutura
do ordenamento estatal. Dessa rigidez, emana, como consequência política".
primordial, o princípio da: (Moraes, Alexandre de. Direito Constitucional. São Paulo: Atlas, 22ª. ed, 2007, p.1.)
a) Imutabilidade do texto constitucional 11. Ante a afirmação anterior, analise as questões a seguir.
I- O Direito Constitucional ocupa uma posição de superioridade em relação às
b) Supremacia da constituição
demais ciências jurídicas, pois os princípios fundamentais dos outros ramos
c) Simetria constitucional. jurídicos encontram-se inseridos na Constituição.
II- A Constituição é regra matriz de um Estado, solidifica suas instituições e
d) Taxatividade da norma constitucional.
estabiliza o seu poder instituidor, para que possa promover o bem estar social.
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QUESTÕES DE CONCURSOS QUESTÕES DE CONCURSOS
ACAFE - PC-SC - AGENTE DE POLÍCIA *
TRT - 15ª REGIÃO - JUIZ DO TRABALHO
III - O Direito Constitucional tem por objeto a constituição política do Estado no
sentido amplo de estabelecer sua estrutura, a organização de suas 12. No bojo das Constituições devem estar inseridos os elementos
instituições e órgãos, o modo de aquisição e a não limitação do poder. constitutivos do Estado, a saber: soberania, finalidade, povo e
IV - A Constituição deve trazer em si os elementos integrantes (componentes ou território.
constitutivos) do Estado, quais sejam: soberania, finalidade, povo, território.
V - Não é a Constituição que individualiza os órgãos competentes para a edição
de normas jurídicas, legislativas ou administrativas.
* Questão anulada por causa do item IV – Justificativa da banca: “Existem, realmente, controvérsias na doutrina a
respeito dos elementos constitutivos do Estado. A afirmativa do inciso IV da questão é defendida por Pedro Lenza
(Direito Constitucional Esquematizado. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 30). Assim como Dalmo de Abreu Dallari
(Elementos da teoria Geral do Estado. São Paulo: Saraiva, 23ª. ed., p.118). Outros doutrinadores, todavia, referem
apenas três elementos: soberania, povo e território”. Gabarito preliminar: I, II e IV corretos.

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FONTES DO DIREITO CONSTITUCIONAL QUESTÕES DE CONCURSOS

PRIMÁRIAS Constituição e suas Emendas CESPE - CBM-CE - PRIMEIRO-TENENTE


FONTES 13. Considerando-se a experiência histórica dos Estados, é correto
Delegadas: Leis, decretos e jurisprudência
SECUNDÁRIAS afirmar que a própria Constituição é fonte formal do direito
Reconhecidas: costumes e doutrina constitucional.
Fontes delegadas – A Constituição delega a certos órgãos a competência para regulamentar seu texto,
por meio de leis ordinárias e complementares, decretos e regulamentos. A Constituição também confere
aos tribunais do Poder Judiciário o poder de interpretar seu texto, sendo as decisões uniformes e
reiteradas desses órgãos o que se chama de “jurisprudência” (a mais relevante é a do Supremo Tribunal
Federal).
Fontes reconhecidas – Os costumes decorrem da prática reiterada de certos atos com capacidade de
criar a convicção de sua obrigatoriedade, mas devem ser reconhecidos pelo STF. A doutrina é o material
escrito pelos grandes mestres do Direito, que muito ajudam os juízes e tribunais a tomar suas decisões.

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ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO LEI COMPLEMENTAR X LEI ORDINÁRIA
Pirâmide Constituição Federal
NORMAS Emendas à CF (art.60) Lei Lei Complementar Lei Ordinária
hierárquica: CONSTITUCIONAIS Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos Trata de temas que lhes são Trata de diversos temas não
(aprovados na forma do art. 5º, § 3º) Tema
reservados na Constituição reservados a outras normas
NORMAS SUPRALEGAIS Tratados Internacionais sobre D.H.
Quórum de Maioria absoluta Maioria simples/relativa
aprovação (+ da metade dos membros) (+ da metade dos votos)
Leis Complementares
NORMAS LEGAIS Leis Ordinárias Exemplos de necessidade de Lei Complementar: Exemplos de uso de Lei Ordinária:
(art. 59, II a VII e Leis Delegadas
art. 84, VI) Medidas Provisórias Art. 7º São direitos dos trabalhadores (...) I - relação de Art. 5º, VII - é assegurada, nos termos da
Decretos Legislativos emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa lei, a prestação de assistência religiosa nas
Resoluções causa, nos termos de lei complementar (...); entidades civis e militares de internação
Decretos autônomos Art. 14, § 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de coletiva;
inelegibilidade (...). Art. 5º, XXXII - o Estado promoverá, na
Decretos regulamentares
NORMAS Instruções Normativas
Art. 18, § 2º - Os Territórios Federais integram a União, e sua forma da lei, a defesa do consumidor;
INFRALEGAIS criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado
Portarias, etc. de origem serão reguladas em lei complementar.
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NORMAS LEGAIS X NORMAS INFRALEGAIS QUESTÕES DE CONCURSOS


Normas Legais Normas Infralegais FGV – SEFAZ-RJ – FISCAL DE RENDAS
Buscam seu fundamento de validade e Buscam seu fundamento de validade e 14. Assinale a alternativa que defina corretamente o poder regulamentar do chefe do
existência na Constituição existência numa norma legal Executivo.
a) O poder regulamentar confere ao chefe do Executivo a atribuição para criar direitos e
Podem inovar o ordenamento jurídico Não podem inovar o ordenamento jurídico.
obrigações, dentro de sua respectiva esfera de competência.
criando obrigações de fazer ou deixar de Visam regulamentar ou dar executoriedade
fazer (art. 5º, II). às normas legais b) O poder regulamentar confere ao chefe do Executivo a competência legislativa
exclusiva para reparar inconstitucionalidades realizadas pelo legislador ordinário.
EXEMPLO: c) O poder regulamentar confere ao chefe do Executivo a competência para assegurar a
Lei 8.078/90
fiel execução da Constituição.
Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências.
d) O poder regulamentar é uma forma atípica de competência legislativa conferida ao
Decreto 7.962/2013 chefe do Executivo para suprir omissões do Poder Legislativo.
Regulamenta a Lei no 8.078/90, para dispor sobre a e) O poder regulamentar confere ao chefe do Executivo a competência para assegurar a
contratação no comércio eletrônico. fiel execução das leis, não podendo inovar o mundo jurídico.

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CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
1ª. Constituição de 1824 (Constituição do Império)
2ª. Constituição de 1891 Deputado Federal
3ª. Constituição de 1934 Ulysses Guimarães,
4ª. Constituição de 1937 presidente da Constituinte
5ª. Constituição de 1946 1987-1988, em 5/10/1988,
6ª. Constituição de 1967 dia da promulgação da atual
7ª. Constituição de 1969 (Emenda à CF/67) Constituição do Brasil, nos
8ª. Constituição de 1988 dizeres de Ulysses:
Constituições outorgadas (impostas) – 1824, 1937, 1967 e 1969. “Constituição cidadã”
Constituições promulgadas (democráticas) – 1891, 1934, 1946 e 1988.

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CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 PREÂMBULO


É dividida em quatro partes: Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em
Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado
1ª) Preâmbulo
Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais
2ª) Corpo constitucional (parte dogmática) – arts. 1º a 250 e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o
3ª) ADCT – Atos das Disposições Constitucionais Transitórias – desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de
arts. 1º a 114 uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na
4ª) Emendas Constitucionais: harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional,
• Emendas à Constituição – EC (Art. 60, CF/88) com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a
• Emendas Constitucionais de Revisão - ECR (Art. 3º, ADCT) proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA
FEDERATIVA DO BRASIL.

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CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 ESTRUTURA DAS LEIS (LEI COMPLEMENTAR 95/98)
Corpo Constitucional: Observe os principais aspectos estruturais de uma lei:
Título I: Princípios Fundamentais – arts. 1º a 4º Artigo: Artigo é a unidade básica para apresentação, divisão ou
Título II: Dos Direitos e Garantias Fundamentais – arts. 5º a 17 agrupamento de assuntos num texto da lei. Os artigos serão designados
Título III: Da Organização do Estado – arts. 18 a 43 pela abreviatura "Art." sem traço antes do início do texto. No tocante à
Título IV: Da Organização dos Poderes – arts. 44 a 135 numeração, até o artigo nono (Art. 9º) utiliza-se numeração ordinal; a partir
do número 10, emprega-se numeral cardinal, seguido de ponto-final (Art.
Título V: Da Defesa do Estado e das Instituições Democráticas – arts. 136 a 144 10.). O texto do enunciado do artigo é denominado “caput” e é iniciado com
Título V: Da Tributação e do Orçamento – arts. 145 a 169 letra maiúscula e encerrado com ponto-final, exceto quando tiverem
Título VII: Da Ordem Econômica e Financeira – arts. 170 a 192 incisos, caso em que serão encerrados por dois-pontos.
Título VIII: Da Ordem Social – arts. 193 a 232
Título IX: Das Disposições Constitucionais Gerais – arts. 233 a 250

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ESTRUTURA DAS LEIS (LEI COMPLEMENTAR 95/98) ESTRUTURA DAS LEIS (LEI COMPLEMENTAR 95/98)
Observe os principais aspectos estruturais de uma lei: Observe os principais aspectos estruturais de uma lei:
Incisos e Alíneas: Os incisos são utilizados para continuidade e explicação de Parágrafos (§§): Os parágrafos instituem observações acerca do tema de um
artigo se o assunto nele tratado não puder ser condensado no próprio artigo, não constituindo uma continuidade do “caput” do artigo, já que isso
“caput” do artigo. Pode também ser utilizado para desdobrar assunto cabe aos incisos. São representados pelo sinal gráfico §. Também em
tratado por um parágrafo. Assim sendo, quando o “caput” do artigo ou um relação ao parágrafo, consagra-se a prática da numeração ordinal até o
parágrafo terminar com dois-pontos, será seguido de incisos. Os incisos são nono (§ 9º) e cardinal a partir do parágrafo dez (§ 10). No caso de haver
representados por algarismos romanos (I, II, III...) e, se necessitarem de apenas um parágrafo, adota-se a grafia Parágrafo único (e não § único). Os
desdobramento de seus temas, terminarão com dois-pontos e, em seguida, textos dos parágrafos serão iniciados com letra maiúscula e encerrados com
teremos as chamas alíneas, que especificam os incisos, representadas por ponto-final, ou dois-pontos, caso em que será desdobrado em incisos.
letras minúsculas (a, b, c, d, e ... ).

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ESTRUTURA DAS LEIS (LEI COMPLEMENTAR 95/98) GABARITOS


Observe os principais aspectos estruturais de uma lei: 01-C 08-E
02-C 09-C
No texto legislativo,
03-E 10-B
os artigos podem ser agrupados em um Subseção;
04-E 11-C C E C E
as Subseções podem ser agrupadas em uma Seção;
05-C 12-C
as Seções podem ser agrupadas em um Capítulo;
06-E 13-C
os Capítulos podem ser agrupados em um Título;
07-E 14-E
os Títulos podem ser agrupados em um Livro;
e os Livros podem ser agrupados em uma Parte.

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NOÇÕES DE HERMENÊUTICA E INTERPRETAÇÃO
MÓDULO 0 – PARTE 2
Objeto da Interpretação:
Texto, Enunciado, Formulação
ou Disposição da norma,
Símbolos Linguísticos Escritos Interpretação
Metódica

Aplicação da Norma

Texto interpretado:
Problema Jurídico Norma, Produto, Resultado,
Sentido ou Significado

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NOÇÕES DE HERMENÊUTICA E INTERPRETAÇÃO HERMENÊUTICA E INTERPRETAÇÃO


ALGUMAS FORMAS DE INTERPRETAÇÃO: Resultados decorrentes da interpretação
a) Interpretação gramatical ou literal - análise textual limitada ao significado literal a) Interpretação declarativa - o texto examinado não é ampliado nem restringido,
das palavras e expressões; encontrando-se apenas o significado oculto do termo ou expressão utilizados
b) Interpretação lógica - busca explicar a norma através do sentido interno do pela lei. A eventual dúvida se resolve pela correspondência entre a letra e a
texto. Pretende do simples estudo das normas em si, ou em conjunto, por meio do vontade da lei, sem conferir à fórmula um sentido mais amplo ou estrito.
raciocínio dedutivo, obter a interpretação correta;
c) Interpretação histórica - analisa o projeto de lei, a sua justificativa, exposição de b) Interpretação restritiva – reduz-se o sentido ou alcance da lei para que se possa
motivos, pareceres, discussões, as condições culturais e psicológicas que resultaram encontrar a sua real vontade. Nesse caso, a lei diz mais do que o pretendido pela
na elaboração da norma; sua vontade, cabendo à interpretação restringir o alcance de suas palavras até o
d) Interpretação evolutiva - consiste na atribuição de novos sentidos à norma em seu sentido real.
razão de mudanças históricas ou de fatores políticos e sociais que não estavam
presentes na mente dos legislador quando da sua elaboração; c) Interpretação extensiva (ou ampliativa) - quando se amplia o sentido ou alcance
e) Interpretação teleológica – busca identificar os fins a que a norma se dirige. da lei, por se entender que o texto da lei diz menos do que pretendia dizer.

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NOÇÕES DE HERMENÊUTICA E INTERPRETAÇÃO REVOGAÇÃO E REPRISTINAÇÃO
ANTINOMIAS JURÍDICAS APARENTES - SOLUÇÃO TEORIA DA REVOGAÇÃO
a) Critério Hierárquico: a norma superior prevalece sobre norma “A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o
inferior - lex superior derogat legi inferiori declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule
inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior”
b) Critério cronológico: norma posterior prevalece sobre norma
(art. 2º, 1º da LINDB).
anterior - lex posterior derogat legi priori (art. 2.º da LINDB)
c) Critério da especialidade: norma especial prevalece sobre norma Código Civil revogação Código Civil
geral - lex specialis derogat legi generali - visto que o legislador, de 1916 de 2002
ao tratar de maneira específica de um determinado tema faz isso,
presumidamente, com maior precisão.
AB-ROGAÇÃO: revogação total DERROGAÇÃO: revogação parcial

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REVOGAÇÃO E REPRISTINAÇÃO PESSOAS NATURAIS E JURÍDICAS


TEORIA DA REPRISTINAÇÃO NATURAL Ser humano dotado de personalidade jurídica e, por
(FÍSICA) isso, detentor de direitos e obrigações.
Repristinação é o retorno da vigência de uma lei revogada, em razão da
revogação da lei revogadora. PESSOA Entidade formada por indivíduos e reconhecida pelo
Estado como detentora de direitos e obrigações,
A repristinação só é admitida no Brasil se for expressamente prevista na nova JURÍDICA possuindo personalidade jurídica.
lei: “Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei (Ex.: Associações, sindicatos, partidos políticos,
sociedades empresariais.)
revogadora perdido a vigência” (art. 2º, § 3º, LINDB)
Obs.: Ainda que seja formada por uma ou mais pessoas físicas, que são as responsáveis pela
revogação revogação entidade criada, a pessoa jurídica possui uma personalidade jurídica independente e
Lei A Lei B Lei C diferenciada em relação a cada um de seus membros. Isso significa que a pessoa jurídica é
representada enquanto entidade própria perante a Justiça e o Estado, aos quais responde por seus
atos. Ou seja, a princípio, a pessoa jurídica e as pessoas físicas que a compõem não se confundem.
repristinação
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PESSOAS JURÍDICAS ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
de DIREITO União, Estados, DF, Territórios e Municípios, A expressão Administração Pública possui vários sentidos, mas o que nos
PÚBLICO INTERNO Autarquias e Fundações Autárquicas interessa, neste momento, é o conceito estrito, em sentido subjetivo,
formal ou orgânico, segundo o qual a Administração Pública é o conjunto
República Federativa do Brasil, de pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos que exercem a função
PESSOA de DIREITO
Estados estrangeiros e organismos
PÚBLICO EXTERNO administrativa. Portanto, corresponde ao “quem” exerce tal função.
JURÍDICA internacionais (ONU, FMI etc.)
A função administrativa é instrumento de realização direta e imediata
Associações, sindicatos, partidos dos direitos fundamentais, por meio do qual a Administração Pública
políticos, sociedades empresariais,
de DIREITO empresas individuais, fundações,
executa as leis para prestar serviços à população ou gerencia a máquina
PRIVADO organizações religiosa, administrativa.
Empresas Públicas e
Sociedades de Economia Mista.

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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA
DIRETA INDIRETA
descentralização União Estados DF Municípios
(CENTRALIZADA) (DESCENTRALIZADA)
PL PE PJ MPU TCU DPU
ENTES ENTIDADES ÓRGÃOS PÚBLICOS
FEDERATIVOS ADMINISTRATIVAS Ministérios
desconcentraçaõ Órgão público é o centro de competências, unidade de ação,
instituído para o desempenho das funções estatais, por meio
Autarquias Sociedades de Órgãos
União Estados DF Municípios Economia Mista de seus agentes que ocupam cargos públicos, cuja conduta é
imputada à pessoa jurídica de direito público interno a que
Fundações Empresas pertencem. Não tem personalidade jurídica própria.
Órgãos
Públicas Públicas

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