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ANÁLISE DE MODELOS MATEMÁTICOS PARA MODEAGEM DE MÓDULOS

FOTOVOLTAICOS

RODRIGO DE ALMEIDA PESSOA DIAS1


1
Programa de Pós-Graduação em Engenharia - Universidade Federal de São João Del Rei – São J. D.
Rei, Rua A. D. Filho, Vila São Paulo, s/n, MG, CEP: 36301-358.

E-MAILS: rpessoa.dias@gmail.com.br

Abstract The photovoltaic module alone cannot deliver all the power available at its terminals, so the photovoltaic
inverter is responsible for converting and operating at the MPPT point (maximum power point tracker). The MPPT repre-
sents the operating region that favors the entire extraction of electrical potential by the inverter. Hence, it is necessary to
apply a power control linked to a photovoltaic module mathematical modeling to find the MPPT point.

Keywords Photovoltaic module, Modeling, Photovoltaic Solar Energy, Maximum power point.

Resumo O módulo fotovoltaico sozinho não consegue entregar toda a potência disponível em seus terminais ficando
sobre a responsabilidade do inversor fotovoltaico converter e operar no ponto de MPPT (maximum power point tracker).
O ponto de máxima potência representa a região de operação que favorece toda a extração do potencial elétrico pelo o
inversor, com isso, é necessário empregar um controle de potência atrelado a uma modelagem matemática módulo fotovol-
taico para encontrar o ponto de MPPT.

Palavras-chave Módulo fotovoltaico, Modelagem , Energia Solar Fotovoltaica, Ponto de máxima potência.

A energia solar já provou ser um bom inves-


1 Introdução
timento, tanto para pequenas centrais geradoras
na escala de kilowatts como grandes plantas de
Com a crescente demanda energética do produção de energia na escala de Gigawatts. En-
mundo atrelada aos esforços pela redução da CO2 tretanto, o custo de implantação de um sistema
na atmosfera, fonte de energia renováveis tem to- fotovoltaico possui um alto valor agregado,
mado atenção popular. No ano de 2020 o Brasil sendo assim, quem procura por uma solução fo-
entrou para o ranking dos países que mais insta- tovoltaica pretende investir o dinheiro em algo
laram fontes de energia solar no mundo, ficando que seja rentável e duradouro com alta tecnologia
à frente da Holanda com 3,15 gigawatts empregada. Os equipamentos responsáveis pela
(ABSOLAR, 2021). geração de energia basicamente são inversores
Em países como o Brasil, a energia solar tem fotovoltaicos e módulos fotovoltaicos. Os módu-
grande potencial de ascensão visto que a região los fotovoltaicos geram um tipo de energia que
registra níveis altos de irradiação variando de 3 a não é amplamente utilizável da forma com que é
6 W/m². Ainda assim, a matriz energética brasi- concebida, então, se faz necessário a inserção de
leira dispõe apenas de 2,3 % da energia solar um equipamento que converta a energia da forma
corrente contínua para alternada, esse processo é
feito eletronicamente de forma a manipular o ní-
vel de tensão até se assemelhar a uma onda se-
noidal. O inversor também possui outras funções
como o controle de injeção de energia e manipu-
lação do ponto de MPPT, esses controles são im-
prescindíveis para a eficiência do sistema fo-
tovoltaico trazendo ainda mais vantagens durante
a produção de energia.
A geração de energia se inicia por células fo-
tovoltaicas, esse material é capaz de fornecer
energia elétrica a partir de uma diferença de po-
tencial entre os polos P e N comumente. Cada
polo, é dopado com um tipo de elemento triva-
lente, geralmente, o Boro (B), e pentavalentes
Figura 1. Infográfico ABSOLAR – Associação Brasileira de
como o Fósforo (P). Quando se posiciona esses
Energia Solar. Ano:2021 dois tipos de materiais formando uma junção PN,
de um lado, cria-se ligação de falta de elétrons e
do lado oposto, com excesso de elétrons. A zona
entre os dois materiais é chamada de camada de
depleção. Da forma que a célula é montada tem
origem a um campo elétrico formando uma dife-
rença de potencial entre os polos PN formando
uma circulação de corrente. A associação de cé-
lulas em série e paralelo permite formar o mó-
dulo fotovoltaico (COELHO, 2008).
Naturalmente os módulos fotovoltaicos exi-
bem um fator de rendimento, para os painéis de
Figura 2. Esquema elétrico. Fonte de tensão com resistor
mercado a eficiência gira em torno de 20% um equivalente. (M. G. Villalva, T. G. Siqueira, E. Reppert. Vol-
índice relativamente baixo, visto que a potência tage Regulation of Photovoltaic Arrays: Small-Signal
máxima é atingida em características específica Analysis and Control Design).
do ambiente, como, 1000 W/m² de irradiância, Conhecendo algumas características do mó-
temperatura de 25 graus Celsius e massa de ar de
dulo como, tensão de máxima potência (Vmp),
1,5. Essas são conhecidas como condições de
corrente de máxima potência (Imp) disponibili-
STC (Standard Test Conditions). Com as diver-
zada pelo datasheet do fabricante é possível de-
sas variações de temperatura e irradiação que um
módulo fotovoltaico pode sofrer, encontrar o terminar o ponto de MPP. O equacionamento
ponto de máxima potência é imprescindível para deste modelo se dá pelo teorema Thevenin onde
o bom aproveitamento da geração de energia. o módulo é transformado em uma fonte de tensão
O ponto de MPPT é uma tarefa que envolve (Veq) e resistência equivalente (Req).
a modelagem do módulo fotovoltaico incluindo a
utilização de circuito conversores como Buck 𝑉𝑒𝑞 = 2 ∗ 𝑉𝑚𝑝 (1)
𝑉𝑒𝑞
Bost, apenas Buck entre outros. A modelagem 𝑅𝑒𝑞 = (2)
𝐼𝑚𝑝
transforma o circuito elétrico de um painel fo-
tovoltaico em uma equação matemática, e essa, é
transportada comumente para um software de si-
mulação capaz de adicionar características variá- Onde:
veis de irradiação e temperatura, essa estratégia Veq: Tesão equivalente do circuito
visa traçar o ponto onde o painel fotovoltaico terá Req: Resistência equivalente do painel
uma resistência ôhmica capaz de entregar todo o Vmp: Tensão de máxima potência
potencial de energia. Neste trabalho será estu- Imp: Corrente de máxima potência
dado as principais formas de modelagem que um
painel fotovoltaico pode sofrer, apresentando Para traçar a curva e encontrar o ponto de má-
também o estudo de dois métodos proposto pelo xima potência a tensão varia de 0 à Veq. O ponto
professor Dr. Herverton simulados no software de máxima potência será o trecho mais alto da
PLECS. curva parábola. Esse modelo apresentado é muito
simples e torna-se muito prático para encontrar o
ponto de MPPt, porém, como depende de infor-
2 Modelagem matemática do módulo
mações de corrente e tensão de máxima potência
fotovoltaico
do módulo fotovoltaico, qualquer variação de ir-
radiação ou temperatura fará com que o circuito
A análise matemática do painel fotovoltaico
fique fora do ponto desejado causando erros nos
é um trecho importante para a otimização da
valores apresentados
energia gerada visto que as condições climáticas
estão diretamente relacionadas a produção do
módulo. Será apresentada algumas formas de ii. Modelo ideal com um diodo
modelagem matemáticas para os painéis fotovol-
taicos A modelagem matemática com um diodo torne-
se um modelo mais fidedigno a realidade apre-
i. Fonte de tensão com resistor sentada pois leva em consideração as variações
equivalente climáticas diretamente no equacionamento e
pode ser representada por:
Talvez o método mais simples para traçar a
curva de potência encontrando o ponto de Mppt, 𝑞𝑉

esse modelo pode ser expressado pelo seguinte 𝐼 = 𝐼𝑝ℎ − 𝐼0[𝑒 (𝑎𝑘𝑇) − 1] (3)
circuito elétrico
Onde:
Iph: Corrente gerada pela luz incidente (direta-
mente proporcional a irradiância)
k: constante de Boltzmann (1,60217646*10-9) Iph: Corrente gerada pela luz incidente (direta-
𝑞𝑉
( ) mente proporcional a irradiância) ou corrente fo-
ID = 𝐼0[𝑒 𝑎𝑘𝑇− 1] = equação de Shockley, que
tovoltaica
representando o modelo do diodo.
k: constante de Boltzmann (1,60217646*10-9)
I0: corrente de fuga do diodo. 𝑞𝑉
T: Temperatura da célula em kelvin ID = 𝐼0[𝑒 (𝑎𝑘𝑇) − 1] = equação de Shockley, que
a: constante de idealidade de diodo representando o modelo do diodo.
q: Carga do elétron (1,60217662*10-19 C) I0: corrente de fuga do diodo.
a: constante de idealidade de diodo
O modelo em questão pode ser representado pelo q: Carga do elétron (1,60217662*10-19 C)
seguinte circuito elétrico Vt: NskT/q = Tensão térmica do painel e Ns o nú-
mero de células em paralelo
V: Tensão em circuito aberto do módulo
I: Corrente máxima do módulo fotovoltaico
Rp: Resistência paralelo
Rs: Resistência série

Sendo amplamente utilizados pelo meio acadê-


mico, segundo modelo matemático representa
Figura 3. Esquema elétrico. Modelo Ideal com um diodo (L.
F. Sauthier, A. T. Diefenthaler, P. S. Sausen, A. T. Z R. Sau-
melhor o módulo fotovoltaico como um todo, in-
sen e M. C. G. Walker. Modelagem Matemática de Módulo corporando as perdas resultantes pela resistência
Fotovoltaicos Empregados em Ambientes de Simulação de série e paralelo também o número respectivo de
Geração Distribuída). células, podendo ser representado pela figura 4
É nítido a diferença do primeiro modelo
apresentado (i) para o (ii), apesar de ainda não ser
considerado totalmente real a característica de
módulo fotovoltaico exposto as intempéries, pos-
sui mais proximidade. Levando em conta que o
módulo fotovoltaico é formado por um conjunto
de células em série e paralelo, e por sua vez, as
células são consideradas diodos, em (3) pode-se
Figura 4. Esquema elétrico. Modelo Ideal com um diodo (L.
determinar as perdas que o painel terá em relação F. Sauthier, A. T. Diefenthaler, P. S. Sausen, A. T. Z R. Sau-
a aplicação do diodo e também considerar a irra- sen e M. C. G. Walker. Modelagem Matemática de Módulo
diação e temperatura aplicada ao módulo, então, Fotovoltaicos Empregados em Ambientes de Simulação de
Geração Distribuída).
quando existir variações, a curva de potência le-
vará até o ponto de Mpp. Por mais melhorado que
seja em relação a (i) ainda não é considerado um iv. Modelo real com dois diodos
modelo real pois, com associação de células em
série paralelo formada pelo módulo fotovoltaico, Ainda que seja bem determinado o modelo
surge resistências que devem ser consideradas no apresentado em (iii) esse possui uma caracterís-
modelo deixando mais acurado. tica sendo melhor aplicável regiões que possuem
uma incidência de irradiação maior. O modelo
(iv) que possui maior assertividade em regiões
com índices irradiância menores possuindo dois
iii. Modelo real com um diodo diodos, leva em consideração o efeito da difusão
dos portadores minoritários para a camada de de-
Como comentado em (ii), as conexões das célu- pleção podendo ser representado pela seguinte
las em módulos fotovoltaicos comumente são as- equação:
sociadas em série e paralelo, dessa união, surgem
resistências que devem ser incorporadas no mo- 𝐼 = 𝐼𝑝ℎ − 𝐼01[𝑒
(
𝑉+𝑅𝑠𝐼
𝑉𝑡𝑎1
)
− 1] − 𝐼𝑜2[𝑒
(
𝑉+𝑅𝑠𝐼
𝑉𝑡𝑎2
)
− 1] −
𝑉+𝑅𝑠𝐼
(5)
𝑅𝑠ℎ
delo matemático pois representam pequenas per-
Onde:
das de potência. A equação que representa tal ca-
Iph: Corrente gerada pela luz incidente (direta-
racterística é
mente proporcional a irradiância) ou corrente fo-
𝑉+𝑅𝑠𝐼 tovoltaica
𝑉+𝑅𝑠𝐼
𝐼 = 𝐼𝑝ℎ − 𝐼0[𝑒 ( 𝑉𝑡𝑎
)
− 1] − (4) k: constante de Boltzmann (1,60217646*10-9)
𝑅𝑝
𝑞𝑉
ID = 𝐼0[𝑒 (𝑎𝑘𝑇) − 1] = equação de Shockley, que
Onde: representando o modelo do diodo.
I01: corrente de fuga do diodo do primeiro diodo 3 Modelagem sistema PLECS deter-
I02: corrente de fuga do diodo do segundo diodo minando a curva característica
a1: constante de idealidade do diodo do módulo fotovoltaico
a2: constante de idealidade do segundo diodo
q: Carga do elétron (1,60217662*10-19 C) O painel fotovoltaico possui variações
Vt: NskT/q = Tensão térmica do painel e Ns o nú- acerca da potência de saída quando exposto a ca-
mero de células em paralelo racterísticas ambiente específicas, desta forma,
V: Tensão em circuito aberto do módulo para determinar curva de saída é preciso modelar
I: Corrente máxima do módulo fotovoltaico o painel em softwares específicos, existem vários
Rp: Resistência paralelo modelos, porém, para esse estudo será simulado
Rs: Resistência série utilizado o PLECS. Essa ferramenta possui um
nível simples de modelagem pois toda programa-
A modelagem em questão pode ser representada ção acontece em blocos pré-configurados.
por determinado circuito:
a) Inserção de valores no software

Para a primeira parte do processo deve-se


levantar os dados de datasheet, tais como: Potên-
cia máxima (Pmax), tensão de máxima potência
(Vmpp), corrente de máxima potência (Impp),
tensão em circuito aberto (Voc), corrente de
curto (Iscn), número de células em série (Ns), co-
eficiente de variação de corrente (ki) e o coefici-
Figura 5. Esquema elétrico. Modelo Ideal com dois diodos ente de variação de tensão (Kv). Para o estudo
(L. F. Sauthier, A. T. Diefenthaler, P. S. Sausen, A. T. Z R.
Sausen e M. C. G. Walker. Modelagem Matemática de Mó- será utilizado o módulo do fabricante Canadian
dulo Fotovoltaicos Empregados em Ambientes de Simulação monocristalino de 665wp. Para o módulo em
de Geração Distribuída). questão tem-se:

Como foi mostrado no modelo (iii) e (iv), a utili- Pmax = 665;


zação do diodo traz mais acurácia para e reali- Vmpp = 39.5;
dade para a modelagem, entretendo, para sua Impp = 17.8;
aplicação deve-se determinar os valores de Iph e Vocn = 46.6;
I0. Esses valores podem ser determinados á as Iscn = 18.51;
partir dos cálculos (6) e (7) apresentados detalha- Ns = 132;
damente em [5]. ki = 9.255e-3;
kv = -118e-3;
𝐼𝑠𝑐,𝑛+𝐾𝑖∆𝑇
𝐼0 = exp[(𝑉𝑜𝑐,𝑛+𝐾𝑣∆𝑡)/𝑎𝑉𝑡 (6) Inicialmente, definiu-se valores de STC para a
modelagem do painel, sendo irradiação de
𝐼𝑝ℎ = (𝐼𝑝𝑣, 𝑛 + 𝐾𝑖∆𝑇)/
𝐺
(7) 1000w/m² (G) e temperatura de 25° C (T)
𝐺𝑛
Com os dados do datasheet devidamente separa-
Onde: ∆𝑇 = 𝑇 − 𝑇𝑛. Sendo Tn a temperara de de dos, deve-se determinar os valores da resistência
STC e T a temperatura ambiente. O valore de Ir- série (Rs), resistência em paralelo (Rp) e o valor
radiância G representa a irradiação a qual o pai- de idealidade do diodo (a), o cálculo detalhado
nel está exposto. Por sua vez Gn a irradiância de destes valores pode ser encontrado em [5]. Para
STC. o painel em questão tem-se:
A análise do modelo matemático deve ser deter- Rs = 0.001000;
minada a partir da característica e do uso apli- Rp = 55.234926;
cado, cada tipo trará uma característica de vanta- a = 0.517714;
gem e desvantagem. Existem modelos simples
que são aplicáveis para funções práticas e rápidas Os dados levantados serão inseridos no sof-
de modelagem como presentado em (i), porém tware na aba simulation parameters, toda a vez
outras, mais complexas são aplicáveis em mais que o programa for inicializado, os dados estarão
situação considerando características impostas disponíveis para aplicação dos cálculos além de
pelo ambiente como o modelo (iv). No próximo facilitar durante a montagem da modelagem
tópico será apresentado dois modelos matemáti- dessa forma o valor fica atribuído a uma variável.
cos simulados no software PLECS evidenciando Feito a atribuição dos valores, pode-se executar
cada característica. montagem da modelagem.
Para o estudo proposto neste trabalho, será As montagens dos valores apresentados devem
simulado duas modelagens diferente, sendo o convergir para um circuito elétrico que repre-
item (i) e (iii), posteriormente, apresentados os sente o módulo fotovoltaico assim como mos-
resultados no tópico seguinte. trado na figura 4. No ambiente PLECS, tem-se:

b) Modelagem no software PLECS


modelo (iii)

A montagem da modelagem segue exata-


mente os valores previamente mencionados na Figura 10 – Circuito elétricos módulo fotovoltaico. Modela-
fórmula (4). Para facilitar a montagem, desmem- gem (iii). Fonte: autor
brou-se os valores em blocos:
O valor de Iout=Iph representando a cor-
Corrente fotovoltaica (Iph) rente de entrada do circuito. O ambiente PLECS
permite simular os gráficos de tensão e contente
(V x I) e potência por tensão (P x V) formando
assim as curvas características do módulo fo-
tovoltaico a ser analisado.

c) Modelagem no software PLECS


Figura 6 - Valores de Iph - Modelagem (iii). Fonte: Autor modelo (i)

Corrente de fuga do diodo (I0) Como comentando anteriormente, a pri-


meira modelagem apresentada em (i) tem um ní-
vel de complexidade baixa, com índice de restri-
ções alta sendo preciso apenas no ponto de
MPPT, fora dele, torna-se impossível simular
sem as referências de Veq e Req. A montagem
PLECS segue a determinado layout:

Figura 7 - Valores de I0 - Modelagem (iii). Fonte: Autor

Variação de temperatura (∆𝑇)

Figura 11 - Circuito elétricos módulo fotovoltaico. Modela-


gem (i). Fonte: autor

Para a modelagem no ponto de MPPT do


painel Canadian de 665wp Veq e Req são:
Figura 8 - Valores de I0 - Modelagem (iii). Fonte: Autor
𝑉𝑒𝑞 = 2 ∗ 𝑉𝑚𝑝𝑝 = 2 ∗ 39,5 = 79 𝑣𝑜𝑙𝑡𝑠 (8)

Os blocos previamente montados servem de dado 𝑉𝑒𝑞 70


𝑅𝑒𝑞 = = = 3,932 Ω (9)
de entrada para a fórmula matemática principal 𝐼𝑚𝑝 17,8
apresentada em (4), seguindo a determinada
montagem: Essa modelagem só foi aplicada por que se tem
os valores de datasheet e considera-se que o pai-
nel está operando com característica de STC
dessa forma, a curva característica do painel pode
ser traçada.

Figura 9 - Fórmula (4). Modelagem (iii). Fonte: Autor


5 Resultados Diferente do método (iii), esse modelo apre-
sentado apenas a curva P x V sendo uma parábola
Durante todo trabalho apresentou-se formas onde a interseção do ponto médio da tensão
diferentes de modelar o painel fotovoltaico mos- (39,5) representa MPPT, como o valor atingido é
trando algumas características de cada modelo. exatamente igual ao método (iii) sendo compatí-
Neste capítulo será apresentado dos resultados vel também com o dado de catálogo, o método é
das modelagens bem como uma comparação en- funcional.
tre os modelos apresentados no capítulo anterior.

[1] Curva característica V x I e P x V pai-


nel fotovoltaico em STC método (iii)

Para o modelo em questão, a curva característica


tem um formato muito comum, exatamente como
apresentado no datasheets dos fabricantes:

Figura 15 - Curva característica P x I método (i) em STC.


Fonte: autor

[3] Comparações dos métodos (i) e (iii)


com irradiação fixa (1000W/m²) e tem-
peratura variável.

Dada as limitações do método (i), para que fosse


possível variar a temperatura realizou-se a simu-
lação primeiramente no método (iii) coletando os
valores de Vmpp e Impp de cada curva, desta
Figura 13 - Curva característica V x I módulo em STC. Fonte forma, traçou-se a curva no método (i). O gráfico
Autor. a baixo representa a influência da temperatura em
T=15°C, T=25°C, T=35°C e T=45°C:

Figura 16 - Comparação método (i) e (iii) para irradiância


1000W/m² e Temperatura variável. Fonte: Autor

Pout representa a potência máxima de saída do


módulo fotovoltaico.
Figura 14 - Curva característica P x V módulo em STC. Fonte
Autor. É possível identificar que em temperaturas mais
altas, a potência de saída do módulo apresenta
É possível identificar que o painel atinge os va-
um valor menor. Como a diferencia de potência
lores prometidos de catálogo do fabricante, com-
foi muito próxima considera-se que os métodos
provando que modelagem funciona correta-
ficaram em equivalência.
mente.
[4] Comparações dos métodos (i) e (iii)
[2] Curva característica de máxima potên-
com irradiação variável e temperatura
cia painel fotovoltaico em STC método
fixa (T=25°C)
(i)
Da mesma forma como comentado em (c), para
encontrar os valores de Veq e Req tem-se que si-
mular o método (iii) e posteriormente, o (i). A va-
riação de irradiação foi realizada para: G=1000
W/m², G=800 W/m², G=600 W/m² e G=400
W/m². Dessa forma, tem-se:

Figura 17 - Comparação método (i) e (iii) para irradiância va-


riável e temperatura 25°C. Fonte: Autor

A comparação revelou que em irradiância maio-


res, a potência de saída é acompanhada o cresci-
mento. A potência de catálogo se dá em irradiân-
cia 1000W/m² e temperatura de 25°C. Como os
valores de potência de saída para os métodos (i)
e (iii) são muito parecidos, pode se dizer que os
valores estão corretos.

6 Conclusões

A modelagem de um painel fotovoltaicos se


provou extremamente importante para a melhoria
da eficiência da potência de saída do sistema fo-
tovoltaico, já que sua modelagem atrelada em
software de simulação pode traçar a curva carac-
terística encontrando o ponto de MPPT em con-
siderações de irradiação e temperatura diferente.
A análise matemática de cada modelo compro-
vou a existência de grande diferença entre eles
sendo necessário avaliar a aplicação antes de es-
colher o método, dessa forma, a sua acurácia é
maior.
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[8] LOPES FILHO, Gilberto; FRANCO,


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Flávio Henrique Teles.
ESTIMAÇÃO DE PARÂMETROS
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FUNÇÃO DA IRRADIÂNCIA E
TEMPERATURA. In: VII

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