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Eletrotécnica
Fundamentos de Eletrotécnica
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Direção Editorial
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Revisão Comparativa
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Fortaleza - CE
Em conformidade com o Catálogo Nacional de
Cursos Técnicos este livro é indicado, entre outros,
para os seguintes cursos:
Eixo Tecnológico: Controle e Processos Industriais
• Técnico em Eletromecânica
• Técnico em Mecânica
• Técnico em Mecatrônica
• Técnico em Metalurgia
• Técnico em Refrigeração e Climatização
Atividades ............................................................................................................... 20
Capítulo 2 - Eletrostática: 21
Carga Elementar, Eletrização e Campo, Condutor e Tensão Elétrica ................ 23
Atividades ............................................................................................................... 27
Atividades ............................................................................................................... 36
Atividades ............................................................................................................... 44
Capítulo 5 - Indutores 45
Indutores e características ................................................................................... 45
Atividades ............................................................................................................... 49
Capítulo 6 - Capacitores 50
Capacitores e Características .................................................................................. 50
Atividades ............................................................................................................... 54
Atividades ............................................................................................................... 61
Atividades ............................................................................................................... 89
Atividades ............................................................................................................... 99
Fundamentos de Eletrotécnica
Equação de Primeiro e Segundo Grau:
Exemplo:
2x + 7 = 18
4x + 1 = 3x – 9
Equação do Primeiro grau:
Vamos acompanhar o exemplo:
4x + 2 = 8 – 2x
Para resolvermos essa equação devemos separar as variáveis dos elementos constantes
(números). Deixando as variáveis de um lado e as constantes do outro. Utilizando de uma
maneira bem simples: quando passamos as constantes (os números), e as incógnitas (letras) de
um lado para o outro do símbolo da igualdade, trocamos o sinal positivo pelo negativo e o sinal
negativo pelo positivo. Assim:
4x + 2x = 8 – 2
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6x = 6
Devemos deixar a variável no valor unitário e para isso dividimos os dois termos por 6
para encontrarmos o valor de x:
6/6x = 6/6.
Encontrando o valor de x = 1. Para verificarmos se o valor de x vale para a equação,
basta substituir o valor de x na expressão:
4x + 2x = 8 – 2
4*1+2*1=8–2*1
Onde observamos que 6 = 6.
Para Equações com mais de duas variáveis, a resolução se dá na mesma sequência do
que vimos, a diferença é que precisamos de uma quantidade de Equações correspondentes ao
número de variáveis. Exemplo:
2x + 4 = y
5x – y = 2
A resolução das duas equações depende uma da outra, pois para resolvermos deveremos
substituir o valor de uma variável na outra equação. Para resolver esse tipo de problema devemos
fazer como os seguintes passos:
Primeiro passo: Na primeira equação devemos separar o valor de uma incógnita:
y = 2x + 4
Segundo passo: O valor da incógnita y (y = 2x + 4) substituirá na segunda equação:
5x – y = 2
5x – (2x +4) = 2
5x – 2x + 4 = 2
Terceiro passo: Colocando as variáveis de um lado e os valores constantes do outro
lado da igualdade:
5x - 2x = 2 – 4
Quarto passo: deveremos simplificar os valores das incógnitas e das constantes
resolvendo as expressões antes de depois da igualdade:
3x = 6, simplificando ainda 3x/3 = 6/3
x = 2.
Quinto passo: Agora que encontramos o valor de x, podemos substitui seu valor em
qualquer uma das equações para encontrar o valor da variável:
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2x + 4 = y
2( 2) + 4 = y
4+4=y
Onde: y = 8
Faça com dedicação os exercícios no final do capítulo para assimilar bem o conteúdo.
Observamos que nas equações de Primeiro grau encontramos somente um valor para
cada incógnita, porem, em equações que teremos duas possibilidades de resposta para uma
incógnita e são chamados de Equações de Segundo graus, sendo simplificadas na equação
ax2 + bx + c = 0, onde a incógnita é representada pela letra X e as constantes são representadas
pelas letras a, b e c. A Equação do Segundo grau se caracteriza por sempre apresentar o valor da
constante a diferente de zero; e quando as constantes b e\ou c assumem valor zero, chama-se de
Equação do Segundo grau Incompleta.
A resolução da Equação do Segundo grau admite dois resultados possíveis, para isso
devemos utilizar da Fórmula de Bhaskara:
Onde: Δ = b2 - 4ac (ou Delta) chamamos do valor Discriminante da Equação do
Segundo grau. Resolvemos a equação com a soma (encontrando o primeiro valor de x) e depois
com a subtração da raiz quadrada do valor da determinante (encontrando o segundo valor de x).
Exemplo:
2x2 - 6x - 56 = 0
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matemática mostrando uma proporção entre os lados de um triangulo retângulo. Essa relação
será de muita utilidade nos nossos cálculos quando estivermos estudando corrente alternada.
Chamamos de lados às faces internas e externas de uma figura geométrica triangular.
Internamente, esses lados estão ligados formando ângulos, chamados ângulos internos. O
triângulo retângulo é definido como um triângulo cujo ângulo interno aos catetos b e c tenha 90º.
O Teorema de Pitágoras dá possibilidade de comparar e relacionar formas triangulares
retangulares para encontrar valores dos lados do triângulo comparativamente ao triangulo de
Pitágoras, onde: A soma dos quadrados dos catetos a e b (os catetos são os lados do triângulo
que forma um ângulo de noventa graus) é igual ao quadrado da hipotenusa a (a hipotenusa é o
lado do triangulo oposto ao ângulo de noventa graus: a² = b² + c²
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O teorema de Pitágoras é aplicado à todas formas geométricas que podemos desenhar
um triângulo retângulo como a medida bissetriz de um quadrado (bissetriz é a divisão entre os
lados opostos de uma forma quadrada como observamos na figura abaixo):
h² = a² + a² onde: h² = 2a²
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variável x) e no plano vertical (eixo das ordenadas = variável y). Consideraremos o raio da
circunferência de valor unitário e cada parte da circunferência cortada chamado de quadrante.
Observaremos na figura a formação se dois triângulos retângulos cujos catetos são espelhados
nos eixos: vertical e horizontal internamente na circunferência. A hipotenusa dos dois triângulos
sempre será igual ao valor do raio.
Chamamos de SENO o lado oposto (na vertical) de um triangulo retângulo inscrito em
uma circunferência de raio de valor unitário, e de função sen do ângulo α (α =nome dado ao
ângulo oposto do lado seno) a relação entre o cateto oposto sobre a hipotenusa (a hipotenusa tem
valor unitário):
Sen α = seno / 1
A relação sen e todas as outras relações que estudaremos servem para comparar essas
relações como outros triângulos retângulos de tamanhos maiores ou menores com ângulos iguais.
Comparativamente a relação sen, chamamos de cos (cosseno) o lado próximo do ângulo
α, de um triangulo inscrito em uma circunferência de raio de valor unitário. A relação cos
(cosseno) é dada como pela relação entre o cateto próximo do ângulo α dividido pela hipotenusa
(de valor unitário). Também essa relação será útil para compararmos outros triângulos retãngulos
maiores e menores, porem com ângulos iguais.
Cos α = cos \ 1
Outras relações derivadas de Seno e Cosseno são importantes para auxiliar no estudo
dos triângulos retângulos. Na figura abaixo verificamos o desenho de um retângulo inscrito em
uma circunferência de raio de valor unitário. Continuando com a reta da hipotenusa desse
triangulo desenhando um retângulo circunscrito na circunferência, criaremos outro triangulo
maior, porém com os mesmos ângulos do triangulo inscrito na circunferência. Este triângulo
maior tem um lado que esta fora da circunferência e chamamos de Tg (Tangente), o nome sugere
que esse cateto (lado), está tangente (encostando ao lado de fora da circunferência).
A relação Tg (tangente) do ângulo α é encontrada dividindo a relação sen do ângulo α
pela relação cos do mesmo ângulo.
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Tg α = sen α / cos α
Equação da Reta:
A representação gráfica de uma reta pode ser definida por dois pontos em um plano.
Essa reta pode ser representada dentro de um gráfico com eixo y (na vertical) e eixo x
(na horizontal). Ao traçarmos uma reta nesse gráfico podemos perceber que a sombra dessa reta
desenha um triangulo retângulo nos eixo x e y (como vemos no desenho abaixo), formando um
ângulo no encontro dos eixos x e y e chamaremos de ângulo α. No gráfico verificamos os pontos
que ligados representa a reta, abaixo desses pontos observamos dois triângulos desenhados pelas
sombras nos eixo x e y, das retas em cada ponto. Os dois triângulos são proporcionais, pois seus
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ângulos internos são iguais e poderemos comparar cada lado desses dois triângulos. Chamaremos
de constante do coeficiente angular a relação entre os catetos opostos pelos catetos adjacentes.
Os catetos dos dois triângulos do lado próximo ao ângulo α têm seu valor no eixo x
e os catetos opostos ao ângulo α tem seu valor no eixo y.
Coeficiente angular = a
a = cateto eixo y do triângulo menor (y) – c = cateto eixo y triângulo maior (a) - c
cateto eixo x do triângulo menor(x) cateto eixo y triângulo maior (b)
Eixo y
c α Eixo x
(ângulo α)
Obs: c = distancia no eixo y dos retângulos ao eixo x
O coeficiente angular que representa uma reta pode ser definida como a Relação
Tangente do ângulo α da reta:
Da relação anterior vemos: Coeficiente Angular da reta = ( y - c)/ x = (a – c) / b
A Relação acima é idêntica da Relação Tangente dos dois triângulos:
Tg α = (y – c) / x = (a – c) / b
Chamaremos de m o coeficiente angular que é igual ao Tg (tangente) do ângulo α:
m = Tg α encontramos:
m = (y – c) / x sendo m igual a: m = (a – c) / b então:
Resolvendo a expressão m = (y – c) / x deixando o y de um lado da igualdade:
y = mx + c
Chamaremos de variáveis x e y aos novos pontos da reta que queremos encontrar sendo
proporcionais aos pontos já encontrados da reta a e b. As relações para determinar os novos
pontos de uma reta são chamadas de função da reta, e representamos por f(x) = mx + c. Um
ponto de uma reta necessita das coordenadas no eixo x e y, sabendo-se da equação da reta, basta
substituir de um ponto no eixo x na equação da função da reta (f(x) = mx + c) para
determinarmos onde se localiza o ponto da reta no eixo y.
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Atividades:
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5- x2 - 10x + 25 = 0
Eletrostática:
Para introduzir o aluno nos conceitos relacionados à eletricidade e aos circuitos elétricos
vamos identificar e executar cálculos com grandezas elétricas fundamentais, saber caracterizar os
componentes e circuitos elétricos, aprender a fazer associações de componentes e calcular
valores a ele associados, aprenderemos a ler e desenhar esquemas e diagramas de circuitos
elétricos básicos, elaborar relatórios técnicos com base nos experimentos em laboratório e
interpretar circuitos resistivos, indutivos e capacitivos, aplicados à corrente continua e alternada.
O Capítulo começa com o sistema de medidas elétricas, com: corrente, tensão, potência,
carga e energia. Logo estudaremos o conceito de resistência e resistor, circuitos com resistores
alimentados com fontes de tensão e de corrente. Depois estudaremos a análise e teoria de
circuitos resistivos e veremos as características e comportamento dos circuitos RLC com
resistores, indutores e capacitores. Analisaremos a potência em circuitos alimentados com tensão
senoidal e circuitos alimentados por sistemas trifásicos. Leiam com atenção todo o conteúdo,
façam os exercícios com dedicação e tirem suas dúvidas com o professor.
Quando precisarmos contabilizar uma altura, peso ou quaisquer outras medidas,
utilizamos unidades conhecidas e para este curso vamos utilizar a SI (Sistema Internacional de
Unidade) que são formadas por nove unidades básicas e que dão origem às outras unidades de
medida (Carga Elétrica, Potência, resistência, Condutância, Indutância, Capacitância,
Frequência, Força, Trabalho, Potencial, Fluxo Magnético e Intensidade de Fluxo Magnético).
Para o nosso curso, vamos utilizar doze “Unidades de Medidas Derivadas” usadas em
medidas elétricas e que vão nos auxiliar a mensurar os cálculos apresentados no decorrer do
curso.
Algumas unidades de medida (Resistência, Capacitância, Indutância, Corrente e tensão
elétrica) apresentam valores ou muito pequenos ou muito grandes e para facilitar os cálculos
utilizamos letras antes dos símbolos, representando múltiplos (letras maiúsculas) e submúltiplos
(letras minúsculas) respectivamente.
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Por exemplo: 1cm = 10-2 m = 0.01m verificamos que as unidades de medida assumem
valores muito baixo ou muito alto, e utilizamos letras que representam múltiplos e submúltiplos.
Carga Elementar (ou carga elétrica): para entender este termo, vamos
que lembrar que quando ouvimos falar que um circuito ou sistema alimenta uma determinada
máquina elétrica, essa máquina realizará um trabalho elétrico e está nos informamos que esse
equipamento deve receber uma quantidade de energia para produzir algum trabalho. Essa energia
é representada por uma quantidade de elétrons (carga elétrica) que alimenta a máquina por um
período de tempo.
O elétron tem uma carga elétrica igual a 1,602 * 10-19C (Coulomb). Convenciona-se que
os elétrons têm cargas elétricas negativas e na falta de elétrons temos cargas positivas.
e- = 1,602 . 10-19 C
Eletrização:
Todo corpo no meio ambiente procura uma estabilidade elétrica de acordo onde ele se
encontra, mas dizemos que um corpo está com carga elétrica positiva quando ocorre um
desequilíbrio na perda de elétrons, e assim vale quando dizemos que um corpo está eletrizado
negativamente, onde por algum motivo esse corpo está com maior quantidade de elétrons que
normalmente. O desequilíbrio de elétrons pode ser provocado pelo atrito entre dois corpos com
propriedades elétricas diferentes, fazendo com que um dos corpos roube elétrons do outro,
podendo acontecer também pelo contato, para isso um dos corpos já está em desequilíbrio,
transferindo cargas elétricas positivas ou positivas para o outro corpo.
Campo Elétrico:
O núcleo do átomo é composto por prótons e nêutrons e em sua volta giram elétrons. Os
elétrons são partículas que tem como característica um campo elétrico em sua volta, podemos
comparar o elétron como o fogo de uma vela e o campo elétrico ao calor dissipado pela vela. O
campo elétrico de um elétron pode ser medido dividindo a força de atração ou repulsão de um
corpo eletrizado pela quantidade de elétrons desequilibrados desse corpo.
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Devemos sempre interpretar a fórmula para que possamos entender e utilizar de forma
adequada, assim sendo, a corrente elétrica é proporcional à quantidade de carga que passa por
um período de tempo. O controle do movimento dos elétrons possibilitou a construção de
equipamentos que utilizam as características da corrente elétrica:
1- Movimento ordenado de elétrons;
2- Intensidade da corrente elétrica;
3- Sentido da corrente elétrica;
4- Corrente alternada, pulsante e contínua;
5- Efeitos da corrente elétrica: térmico, magnético, luminoso e químico.
Essas características serão estudadas no decorrer do curso.
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Condutores elétricos:
Todo corpo pode conduzir corrente elétrica, necessitando de uma energia mínima para
começar a condução de elétrons, com isso são classificados em condutores e isolantes. Quanto
menor potencial elétrico necessário para produzir uma corrente elétrica é o que determina o bom
condutor elétrico. São considerados isolantes elétricos os materiais que precisão de um elevado
potencial elétrico para produzir uma corrente elétrica. Os melhores condutores têm elétrons com
mais facilidade de se deslocar e são normalmente metálicos. Materiais metálicos são bons
condutores em comparação a madeira, plásticos, vidros, borrachas e cerâmicas, porém alguns
desses materiais mudam suas características elétricas quando variam a pressão ou a temperatura
(como as cerâmicas), passando de isolantes para serem bons condutores.
Os geradores de tensão elétrica como pilhas, baterias, dínamos e alternadores criam um
potencial elétrico que empurra os elétrons já existentes nos condutores elétricos, esses
condutores normalmente estão sobre a forma de fios metálicos. Dependendo do valor do
potencial elétrico (tensão elétrica) os materiais isolantes começam a conduzir eletricidade
(corrente elétrica), por esse motivo os materiais utilizados para isolar condutores elétricos são
especificados de acordo com a tensão máxima suportada antes de começar a conduzir
eletricidade.
Tensão Elétrica:
Atividades:
4- Se em uma estufa elétrica passam a cada 250 ms uma carga de 1C, calcule a
intensidade de corrente elétrica que está passando pela resistência:
Potência Elétrica:
Potência:
A potência é a quantidade de energia necessária para realizar um trabalho ou a energia
que foi consumida na realização do trabalho. Em termos gerais quanto maior a potência elétrica,
maior será o trabalho elétrico realizado. Em circuitos elétricos, essa potência depende da tensão
elétrica para impulsionar os elétrons, resultando em determinada transformação de energia
elétrica para térmica, ou luminosa ou mecânica. Podemos ver esse trabalho quando ligamos um
ferro de engomar roupa, para que esse aparelho funcione, a energia elétrica é transformada em
energia térmica, e isso depende do tempo de consumo de energia (elétrons alimentando o
aparelho). Quanto maior for a energia transformada, maior será a potência.
Quando falamos em energia, estamos falando de uma força necessária para realizarmos
algo em um período de tempo, a isso chamamos de Trabalho elétrico e calculamos pela
fórmula:
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Vale salientar que o trabalho realizado necessitou de uma força ao longo de período
para a realização de algo (acender uma lâmpada, ligar uma bamba d’água ou aquecer um forno
elétrico), e é essa a definição da fórmula apresentada. Observamos que aumentando a potência
elétrica em um determinado tempo, aumentamos o trabalho realizado.
Quando falamos de fontes, estamos nos referindo aos geradores de potenciais elétricos
necessários para impulsionar elétrons em um meio condutor, como pilhas, baterias, geradores
eólicos, solares, hidrelétricas, termelétricas, das marés e outras inúmeras fontes capazes de
transformar alguma forma de energia em potencial elétrico.
O gerador converte energia mecânica em energia elétrica, na verdade os geradores
utilizam o campo magnético do ímã (que é criado pela organização dos átomos no ímã, criando
campos magnéticos organizados e direcionados dos elétrons no ímã) que se encontram em
movimento no eixo do gerador para empurrar os elétrons de suas bobinas, trabalhando como uma
bomba eletromagnética, que utiliza do campo magnético dos ímãs do gerador e a força mecânica
que movimenta o gerador.
As pilhas e baterias transformam a energia química em energia elétrica, mantendo uma
diferença de potencial entre seus polos de forma constante, possibilitando o fornecimento do
movimento de uma quantidade de elétrons (corrente elétrica), também chamados de fontes de
força eletromotriz. Dependendo do processo de fabricação dos elementos utilizados nas pilhas e
baterias podem ou não serem recarregados novamente, com uma corrente reversa nos seus polos.
Uma pilha não recarregável é constituída de uma célula cujos elementos produzem um
potencial elétrico de 1,5V enquanto que uma pilha recarregável, sua célula produz um potencial
elétrico de 1,2V. a união de várias células com a mesma capacidade de conduzir uma
determinada corrente entre seus polos são chamados de baterias.
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Podem ter o formato cilíndrico ou retangular com contatos que precisam de pressão para
seu funcionamento. O químico Leclanché desenvolveu a pilha, sendo o polo positivo uma barra
de carvão, e dióxido de manganês dentro de um corpo de zinco, servindo de polo negativo.
Ainda são as mais utilizadas, chamadas de pilhas secas e são encontradas em três formatos de
pilhas (A, AA e AAA) de 1,5 Volts e baterias de 9 Volts.
Pilhas alcalinas:
São pilhas secas de alta capacidade de energia, onde o polo positivo é de óxido de
manganês de densidade elevada e o polo negativo é constituído de hidróxido de potássio. Essas
pilhas alcançam uma corrente elevada em seus polos por terem resistência pequena a passagem
de corrente elétrica pequena, podendo durar a te sete vezes mais que as pilhas zinco carbono.
Também são encontradas em formatos de pilhas A, AA, AAA de 1,5 Volts e baterias de 9 Volts,
sendo mais caras.
Pilhas de mercúrio:
Pilhas especiais para instrumentação como tensão da célula constante de 1,35 Volts ao
longo de sua vida útil.
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Pilhas de prata:
Com características semelhantes as pilhas de mercúrio, sendo mais caras e apresentando
tensão entre a célula de 1,55 Volts.
Pilhas de lítio:
São atualmente as de maior capacidade de fornecimento de corrente elétrica, apresentam
como principal característica uma descarga sem utilização muito pequena, podendo ser
armazenadas por longo período e admitem recargas.
Michael Faraday descobriu como gerar uma força eletromotriz entre as extremidades de
um condutor quando este corta um campo magnético em movimento. Sabemos que o elétron
produz um campo elétrico e magnético e Faraday descobriu que o campo magnético de um ímã
em movimento, consegue interferir no campo eletromagnético dos elétrons, atraindo ou
repelindo os mesmos. Desse estudo originou os geradores que iremos ver agora. Abaixo
observamos um gerador:
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Geradores CC e CA:
Atividades:
Para resolvermos os problemas abaixo devemos alguns termos que com o passar do nosso
curso serão melhores assimilados:
Instalação elétrica: condutores elétricos, conexões e proteções;
Iluminação: conjunto de lâmpadas;
Tomadas: conjunto de pontos de força para alimentar equipamentos;
Eficiência: diferença entre potencia alimentada e utilizada efetivamente de um equipamento;
Energia consumida: trabalho elétrico;
Fusível: elemento de proteção cujo valor (dado como nominal) suporta uma corrente máxima
que passará por ele (se o valor da corrente for maior o fusível interrompe a corrente).
1- A instalação elétrica de uma casa foi projetada para suportar 25A, calcule a
máxima potência em iluminação e tomadas que posso alimentar, sabendo que a tensão elétrica é
220V:
Resistores:
Além da força eletromotriz, das perdas químicas e perdas nos contato das fontes, há um outro
fator que afeta a corrente elétrica. Materiais que não oferece uma boa passagem para a corrente
elétrica, ficando entre os materiais isolantes e os bons condutores metálicos, são utilizados para resistir
controladamente a passagem da corrente elétrica, e chamados de resistores. No curso básico de
eletrotécnica estudamos basicamente três elementos elétricos: os resistores, os indutores e os
capacitores, que constituem os elementos básicos das máquinas elétricas.
A resistência que uma substância oferece a passagem da corrente é determinada pelos fatores:
natureza da própria substância (condutor) , número de elétrons livres na substância (quando maior o
número de elétrons livres, menor será a resistência a passagem da corrente elétrica), pelo comprimento
da substância (quando maior o comprimento, maior a resistência a passagem da corrente elétrica) e
pela área da substância onde a corrente elétrica vai passar (quanto maior a área, menor a resistência
para a passagem da corrente elétrica) e pela temperatura que essas substâncias estão submetidas na
hora da passagem da corrente elétrica.
Em eletrônica são usados resistores com valores padronizados de pequena potência que na
figura abaixo podemos observar como curiosidade, onde a codificação de seus valores está na forma
de cores.
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Resistência Elétrica:
As figuras representam dois símbolos que podemos vamos usar nos nossos estudos. O
nome Ohm é em homenagem a George Simon Ohm (1789-1854) que estudou as grandezas
elétricas e definiu a Lei de Ohm: V(V) = I (A) * R(Ω). O valor do resistor é uma constante em
um circuito elétrico, sendo proporcional ao valor da tensão. Quando aumentamos ou reduzimos o
valor da tensão aplicado entre os terminais do resistor a corrente aumenta ou reduz.
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Emprego dos submúltiplos do Ohm:
Mas afinal os resistores são: lâmpadas, aquecedores, resistências usadas nos ferros de
engomar, nas estufas, nos fornos elétricos, resistores variáveis e resistores de pequena potência
usados em eletrônica como componentes discretos.
R1 R2 R3
A B
A Lei de Kichhoff explica que a soma das quedas de tensões de cada resistor é
igual a tensão que alimenta o ramo total aplicada ao circuito. No circuito acima temos um
ramo AB e verificamos a soma das quedas de tensões de cada resistor sendo igual a tensão
que alimenta o circuito.
UTOTAL = U1 + U2 + U3+...+Un
U1 = R1 x I U2 = R2 x I U3 = R3 x I Un = R n x I
UTOTAL = R1 x I + R2 x I + R3 x I +... R n x I
UTOTAL
= (R1 + R2 + R3+...+Rn)
I
R T= R1 + R2 + R3 + ... +Rn
U U U U
+ + + ... +
ITOTAL
= R1 R2 R3 Rn
1 1 1 1
ITOTAL = U x ( + + + ... + )
R1 R2 R3 Rn
1 1 1 1
+ + ... + )
ITOTAL = U x ( +
R1 R2 R3 Rn
1 = 1 1 1 1
+ + +
RT R1 R2 R3 Rn
Atividades:
5- Tenho 6 lâmpadas de 110V e quero ligar as mesmas em 220V, como faço (ligando as
lâmpadas em serie ou em paralelo ou em circuito misto)?
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Indutores:
Enquanto os resistores são usados para produzir energia em forma de calor ao controlar
a passagem da corrente, os indutores produzem energia magnética na passagem da corrente
elétrica. Quando o indutor produz energia magnética, essa energia também tem a propriedade de
dificultar a passagem de corrente elétrica, quando a corrente muda de sentido. Uma diferença
que existe entre resistores e indutores é percebida quando alimentamos o resistor e o indutor e
mudamos a polarização da corrente elétrica que passa por eles, o valor da resistência no resistor
não varia, enquanto no indutor, quanto maior a variação de polaridade da corrente, maior a
resistência no indutor e menor a corrente. O indutor (conjunto de espiras) quando alimentado por
corrente contínua, cria um campo magnético direcionado, se no interior do indutor tiver um
material magnético, esse campo magnético criado pela corrente direciona o fluxo magnético do
material, criando um eletroímã.
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A unidade de medida de um indutor é o Henry (H) e seu símbolo é o L, que na
realidade é uma constante que depende da característica do material magnético que é feito a
bobina e do meio condutor do fluxo magnético produzido pelo tamanho da bobina, como na
fórmula:
Se a corrente que atravessa o indutor for de corrente contínua, o valor da reatância será
zero e a corrente será limitada pelo valor da resistência do fio condutor. Na fórmula, 2π
representa a variação angular (inversão de polaridade) da corrente que alimenta o indutor com
uma frequência “f” multiplicada pela constante magnetizando de uma bobina “L”, observamos
pela fórmula que quanto maior a frequência maior será a reatância (nome dado a resistência do
indutor quando alimentado por tensão alternada).
Atividades:
3- Para reduzir a tensão em 110V utilizando um indutor em série com uma lâmpada
de 110V e 1A na rede de 220V e 60Hz, devo utilizar um indutor no valor de?
Capacitores:
Os elétrons exteriores do átomo de um condutor são mantidos levemente em suas
órbitas, sendo facilmente removidos. Nas substâncias utilizadas como isoladores (também
chamados de dielétricos) tem seus elétrons firmemente ligados ao seu átomo, dificultando a sua
remoção. Se colocarmos um dielétrico entre dois condutores, formaremos um capacitor (também
chamado de condensador), onde o campo eletromagnético dos elétrons de um lado do condutor
influenciará o campo eletromagnético do outro condutor. Em condições normais, os elétrons dos
átomos do dielétrico entre os dois condutores (chamados de placas do capacitor) giram ao redor
de seus núcleos, órbitas aproximadamente circulares. Contudo se ligarmos as extremidades das
placas do capacitor, a uma fonte de tensão, haverá uma passagem de elétrons de uma placa para a
outra, impulsionados pelo campo eletromagnético dos elétrons provocado pela fonte de tensão.
Uma das placas receberá carregada carga negativa e outra receberá carga positiva (a isso,
chamados de carregar o capacitor). Quando retiramos a fonte das placas do capacitor, os elétrons
não conseguem passar pelo dielétrico, ficando atraídos pelas cargas contrárias das placas do
capacitor, deixando o capacitor um acumulo de cargas (o capacitor fica carregado com uma
quantidade de elétrons proporcionais a tensão e as características do dielétrico e das placas do
capacitor).
Vimos anteriormente que os indutores acumulam campo magnético, diferentemente dos
capacitores que acumulam campo elétrico. Essa característica de acumular campo elétrico
(cargas elétricas) faz com que os capacitores sejam utilizados muito na eletrônica para controle
de tempo e filtros de tensão, respectivamente o controle de tempo pelo controle da carga dos
capacitores utilizando resistores (resistor em série com o capacitor alimentados a uma fonte,
controlando a passagens dos elétrons e consequentemente a o tempo para carregar o capacitor) e
fornecendo corrente a circuitos de fontes quando a tensão cai em algum momento ( o capacitor
nesse pequeno espaço de tempo fornece os elétrons necessários nele acumulado). Os capacitores
usados em eletrônica têm código de cores igualmente aos resistores ou simplesmente seu calor
está escrito no corpo do capacitor, como curiosidade colocamos essa figura abaixo para
observarmos esse código:
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Capacitores:
São componentes interessantes porque utilizam a propriedade que descreve: duas cargas
elétricas de polos iguais se repelem. Os capacitores são formados por duas lâminas condutoras
muito finas e próximas e em alguns capacitores essas lâminas são separadas por óxidos isolantes
ou plásticos (chamados de dielétricos) e quando é aplicada uma tensão entre as lâminas do
capacitor, as que ficarem com carga positiva (mais elétrons), repelem os elétrons da outra lâmina
e assim, se retirado à tensão das lâminas, fica armazenado uma determinada carga de igual valor
e polos diferentes em cada lâmina do capacitor.
Símbolo Elétrico
Uma das principais características dos capacitores está no fato em armazenar cargas
elétricas quando é alimentado por tensão contínua; chamamos capacitância e sua unidade de
medida é o Farad, em homenagem a Michael Faraday (1791-1867), cientista inglês que estudou
eletricidade estática e inventou o voltímetro.
52
C(F) = Q(C)
V(V)
Pela fórmula ( Xc(Ω) = 1 / (2π . f(Hz) . C(F)) ) observamos que o capacitor alimentado
53
em tensão continua onde a frequência é zero, o capacitor após carregado se comporta como um
circuito aberto, pois na divisão por zero, a reatância capacitiva é infinita.
Porém se o capacitor for alimentado em corrente alternada, suas placas ficam carregando
e descarregando conforme a tensão alternada for variando seus valores ao longo do tempo, essa
carga e descarga tem uma dependência da frequência da tensão que está alimentando o
capacitor e provoca uma queda de tensão em cima do mesmo, sendo chamada de queda de
tensão pela reatância capacitiva. Comparativamente observando as fórmulas da reatância
indutiva e reatância capacitiva, os capacitores funcionam complementando os indutores,
enquanto um acumula campo magnético, o outro acumula campo elétrico.
Na figura abaixo podemos ver algumas unidades utilizados pelos capacitores:
Atividades:
2- Qual a corrente que atravessa um capacitor de 0,1 µF quando alimentado por uma
tensão de 100 Volts de 60 Hz:
3- Um LED (diodo emissor de luz) precisa ser alimentado em 2V com 20mA, quero
alimentar um LED em 220V e devo reduzir a tensão em 118V utilizando a reatância capacitiva.
Qual o valor do capacitor que ficará em série com o LED para controlar a tensão e corrente que
passara por ele?
4- Transforme:
100mF em uF:
10uF em pF:
55
U
I =
R
Essa fórmula já é conhecida nos nossos estudos, sendo a mesma fórmula da tensão
elétrica, onde: I = Intensidade da corrente elétrica em Ampères (A);
R = Resistência elétrica em Ohms (Ω);
U = Tensão elétrica em Volts (V).
56
I = 0A V = 0V 80 R
I = 1A V = 40V 40
I = 2A I = 80V A
1 2
Potência Elétrica:
Já sabemos que a função do resistor é limitar a corrente elétrica, porém consome energia
em forma de liberação de calor. Em certas aplicações é justamente a produção de calor, a sua
principal utilização, como em ferros de engomar, chuveiros elétricos, estufas, fornos e
aquecedores de modo geral.
Um circuito elétrico é necessário ser alimentado por algum tipo de gerador ou fonte para
que o circuito funcione na maneira que foi projetado. As fontes de tensão ou fontes de
alimentação fornecem tensão a um circuito elétrico, podendo ser pilhas, baterias e fontes de
alimentação eletrônica (chamados também de eliminadores de pilhas) e que convertem a tensão
alternada da rede elétrica em tensão contínua de menor valor. O termo gerador de tensão é
aplicado para duas vertentes: como sendo geradores das usinas hidrelétricas, termelétricas,
eólicas e nucleares; e para conceitos de fontes em projetos e cálculos. Neste caso quando
colocamos no circuito o comportamento de uma fonte de tensão, estaremos nos referindo aos
geradores de tensão ou de corrente. Em um gerador de tensão ideal a tensão de saída não se
altera, mesmo variando a carga e um gerador de corrente ideal a corrente não varia, mesmo
variando a tensão em cima da carga.
VS = VE VS = Vi – Ri . I
Fonte Real carga fonte IDEAL fonte REAL
Nos desenhos temos a representação de uma fonte de corrente contínua (podendo ser
chamada de fonte de tensão continua). Observamos nos desenhos a sequencia: gerador de tensão
(podendo ser pilha, bateria, ou dínamo), carga (resistência ou circuito alimentado pela carga),
uma fonte Ideal (onde o valor da resistência interna Ri é igual à zero, a tensão de saída Vs é igual
a tensão de entrada VE) e uma fonte real (onde a resistência interna que é prevista pela eficiência
da fonte). Em seguida observamos os gráficos de uma fonte ideal e outra fonte real, mostrando a
queda de tensão em cima do resistor interno da fonte (onde a tensão de saída Vs, é a diferença
59
entre a tensão gerada na fonte Vi menos a queda de tensão em cima do resistor interno (Ri * I) ).
GERADOR DE CORRENTE
V V
IRi IS VS
Ri Rs
I I
IG = IRi + IS fonte de corrente ideal fonte de corrente real
IS = IG IS = IG – VS / Ri
Um Gerador de corrente não tem muita utilidade prática para nossos estudos de
iniciação a eletrotécnica (pois são utilizados em eletrônica como em amplificadores de sinal,
utilizando correntes de padrões de 4 a 20mA), mas é de fundamental importância para nosso
entendimento, na realidade, se trata de uma fonte que fornece uma corrente constante mesmo
modificando o valor da carga. No desenho observamos que a corrente IG (corrente gerada pelo
gerador de corrente) é a soma de todas as correntes fornecidas pela fonte e depende da corrente
de perda IRi da fonte de corrente real. Na fonte de corrente ideal a corrente gerada IG é igual a
corrente de saída Is, já na fonte de corrente real a corrente de saída da fonte é a diferença da
corrente IG menos a corrente que atravessa a resistência interna da fonte (Vs / Ri).
Nos dois casos (fonte de corrente e fonte de tensão) podemos calcular o seu rendimento:
60
Como vimos no capítulo anterior, às fontes reais tem uma deficiência no fornecimento
de corrente, pois está dependente das resistências internas da fonte, neste ponto temos um
problema em saber qual a máxima potência que determinada fonte pode fornecer. Quanto maior
a corrente fornecida da fonte para a carga, maior a potência consumida pela resistência interna da
fonte e por conseguinte menor a potência fornecida a carga, pois a queda de tensão interna do
resistor interno da fonte reduzirá a tensão em cima da carga e pela fórmula (P = U * I) da
potência, a potência consumida na carga será menor.
Neste caso, a transferência da potência máxima que uma fonte pode fornecer a carga
será no caso quando a resistência de carga for igual à resistência interna da fonte.
61
Atividades:
1- Para um resistor de 20Ω dissipe uma potência de 5W, qual tensão devo aplicar no
resistor para dissipar essa potência?
3- Calcule a resistência interna da fonte, sabendo que sem alimentar a carga, a fonte
apresenta 28V e cai para 24 V, quando uma carga consome 4A:
4- Um gerador de tensão tem eficiência de 90%, e sua tensão a vazio é 100V, calcule
a tensão do gerador quando alimenta sua carga máxima:
5- Qual a corrente que passa quando alimento duas Lâmpadas de 100V e 50W em
série com uma fonte de 100V?
8- Para proteger uma fonte com transformador, qual amperagem do fusível que devo
colocar na entrada de 220V, sabendo que a saída é de 22V e 10A:
9- Em uma fonte de tensão de 100V, com queda de tensão de 10V, qual o seu
rendimento?
10- Qual tensão que estará em uma carga de 10Ω se esta for alimentada por uma
fonte de corrente de 2A?
63
Análise de Circuitos CA
Diferentemente dos equipamentos eletrônicos, como calculadoras, balanças, televisores,
aparelhos de som e vídeos, que necessitam de fontes de tensão em corrente contínua, as
máquinas usadas nas indústrias trabalham com tensão alternada (podemos falar: trabalham com
corrente alternada). A tensão alternada é originada pela FEM em um gerador. No eixo de um
gerador está acoplado ímãs ou eletroímãs que giram, tracionado mecanicamente, em volta do seu
eixo, como no desenho de apresentação acima, criando uma fcem nos indutores (bobinas) do
estator do gerador, originando uma diferença de tensão nos terminais da bobina, essa tensão
varia de um valor máximo negativo, passando para o máximo positivo, refazendo esse ciclo em
cada rotação do gerador. A variação periódica e constante da tensão gerada é representada como
sendo senoidal com uma determinada frequência de oscilação. A variação constante dos valores
de tensão de acordo com o tempo é melhor representada matematicamente como o conceito de
fasor, que estudaremos agora.
Conceito de Fasor:
R
B
B
A
R(αr) = A(αa) – B(αb)
R
-B
A = a1 + jb1 B = a2 + jb2 (num. Complexo)
R = (a1 – a2) + j(b1 – b2) (forma retangular
Diagramas Fasoriais:
Para entendermos bem os circuitos alimentados por corrente alternada CA, a análise
tende a se tornar mais trabalhosa devido ao fato dos valores de tensão e corrente estarem em
constante modificação de valor e de sentido. Observamos acima que podemos representar uma
força qualquer atuando em uma determinada direção e essas forças podem estar interagindo uma
com as outras.
As forças representadas por vetores indicam sentido, valor e direção, como no desenho
acima. Existem grandezas que podem ser expressas simplesmente por um número e uma
unidade. Assim, quando se diz que a temperatura em um determinado momento é de 20º C, a
mensagem que se quer dar é perfeitamente compreensível. Esse tipo de grandeza é chamado de
grandeza escalar das quais o tempo, distância e massa são alguns exemplos. Todavia, para
algumas grandezas, um número e uma unidade não são suficientes. Grandezas essas que
precisam além de indicar um número escalar, está dependente do tempo e da direção relativa a
um observador, a isso chamamos de deslocamento angular. Portanto, para definir um
deslocamento não é suficiente dizer apenas de quanto este deve ser. As grandezas que definem o
deslocamento pela variação do tempo, por exemplo, são chamadas de grandezas vetoriais. Outros
exemplos de grandezas vetoriais são: a força, a velocidade e o campo elétrico, a corrente e tensão
alternadas, e precisam de três informações: Um valor numérico, uma direção e um sentido. A
grandeza vetorial pode ser representada graficamente através de um segmento de reta orientado
denominado de vetor como na figura abaixo:
66
Módulo FR = F1 + F2;
Direção = a da reta que contém as duas forças;
Sentido = o mesmo das forças.
R2 = (F1)2 + (F2)2
FR2 = F12 + F22 + 2 * F1 * F2 * cos
R2 = (F1)2 + (F2)2
Relações Fasoriais R, L e C:
Os nossos estudos serão feitos relacionados à tensão alternada, com uma frequência de f
= 60Hz e valores variáveis de tensão e corrente a cargo da necessidade dos exercícios aqui
expostos. Começaremos com os elementos resistivos (resistores) que, quando alimentados em
tensão alternada à defasagem entre a corrente e tensão é de 0 grau, se comportando como se
fossem alimentadas em corrente contínua. Quando alimentado por uma tensão alternada a
equação passa a ter uma variante temporal e a expressão passa a ser: V(t) = R . I(t). Para
evitarmos trabalhar continuamente com vetores, utilizaremos valores eficazes da tensão e
corrente e assim simplificaremos as resoluções das equações.
IR
VR IR = VR / R
Uef = Up / √2
Em um circuito puramente resistivo, o vetor reatância não existe (como nos casos de
fornos elétricos, ferros de engomar e lâmpadas incandescentes) fazendo com que a Impedância
se torne do valor da Resistência elétrica do circuito.
T (J) = P * t ou T(J) = U2 / R * t
71
XL = ω * L ou XL = 2π * f * L
f ω = = 2π * f velocidade angular
Na figura abaixo vemos o gráfico da tensão versos corrente de uma fonte de tensão
alternada alimentando um capacitor. Observamos que a corrente de carga e descarga do capacitor
esta adiantada da tensão que o alimenta.
73
XC = 1 / ω * C ou XC = 1 / 2π * f * L
Onde ω é a velocidade angular da variação tensão
74
O capacitor alimentado com tensão CC é um circuito aberto.
O capacitor alimentado com tensão CA tem características reativas cujo valor da
reatância depende do valor da frequência da fonte de tensão que irá alimentar o capacitor.
1
XC=
2fF
C
Nas maquinas elétricas, são usados capacitores como filtro para de contes de corrente
contínua, em motores monofásicos para distorcer o campo pulsante e fazer movimentar o eixo de
um motor e utilizados individualmente como cargas acumulativas de correntes adiantadas da
tensão usadas para fornecer correntes necessárias aos indutores (onde a corrente é atrasada da
tensão) na geração do campo magnético nas máquinas.
O capacitor não gera trabalho elétrico porem consome energia elétrica para criar um
campo elétrico. A potência consumida pelo indutor para criar o campo elétrico é chamado de
Potência Reativa Capacitiva com símbolo QC e unidade chamado de Var: Q(VAr) = U2 / Xcap.
Nos estudos dos Circuitos RLC, vamos verificar seu comportamento visto do lado do
comportamento de sua impedância em circuitos onde os resistores, indutores e capacitores serão
ligados em série ou em paralelo. Em todos os nossos estudos podemos usar U ou V como
símbolo de tensão.
Quando um fio condutor dá uma volta completa este fio se transforma em uma espira
com efeitos indutivos, quando um fio condutor isolado está próximo de outro fio condutor
isolado, este vai ter propriedades capacitivas, e todo material bom condutor tem também
propriedades resistivas. Como tudo isso toda máquina elétrica quando alimentado em tensão
alternada se comporta como um circuito misto resistivo, indutivo e capacitivo, como no circuito
abaixo:
75
Circuito RC em Série:
Quando alimentamos com tensão alternada um resistor e capacitor em série, circula pelo
circuito uma corrente resultante da soma vetorial das quedas de tensões em cima do resistor e do
capacitor:
Icap soma vetorial: Ufonte = Ures + Ucap , substituindo temos
Z*Itotal = R* Itotal + Xc * Itotal
X Z soma trigonométrica: Z2 = R2 + Xc2
R Ufonte
R Ufonte
Ufonte = Itotal * Z
Ufonte é a tensão eficaz aplicada em volts (V);
Itotal é a corrente eficaz em ampères (A);
Z é a impedância, em ohms (Ω).
A queda de tensão sobre o resistor está em fase com a tensão da fonte. Como a corrente
tem a forma senoidal, a queda de tensão sobre o resistor também é senoidal e está em fase com a
corrente.
78
VCap = Itotal *. XC e VRes = Itotal * R
VCap é a queda de tensão no capacitor em volts;
VRes é a queda de tensão no resistor em volts;
Itotal é a corrente eficaz em ampères;
R é a resistência do resistor em ohms (Ω);
XC é a reatância capacitiva em ohms (Ω).
Circuito RC em Paralelo:
Circuitos RL em Série:
Itotal = Ufonte / Z
82
Circuito RL em Paralelo:
O gráfico senoidal mostra que o circuito RL paralelo se caracteriza por provocar uma
defasagem entre as correntes. Essa defasagem é visualizada mais facilmente através do gráfico
83
vetorial do circuito RL paralelo. Ele mostra que a corrente no indutor está atrasada 90o em
relação à corrente do resistor.
Ir = Ufonte / R e IL = Ufonte / XL
Itotal2 = Ir2 + IL2
1 / Z2 = 1 / R2 + 1 / XL2
84
Essa subtração entre UL e UC pode ser observada na prática, medindo-se juntos a tensão
entre UC e UL e depois medindo separadamente os valores de UC e UL. Com base nessa subtração
entre UL e UC, o sistema de três vetores (VR, VL e VC) pode ser reduzido para dois vetores,
resultando somente um vetor Reativo e um vetor resistivo:
Para a construção dos gráficos senoidal e vetorial do circuito RLC paralelo, a tensão é
tomada como ponto de partida. A aplicação de tensão ao circuito RLC paralelo provoca a
circulação de corrente nos três componentes (corrente resistiva, corrente indutiva e corrente
capacitiva):
Atividades:
Para resolver os exercícios, devermos usar a lei de Ohm para tensão alternada, observando se os
elementos do circuito estão em série ou em paralelo, lembrando que a Lei de Ohm na fonte determina
a Impedância do circuito e a lei de Ohm nos elementos resistivos, indutivos e capacitivos, determinam
a queda de tensão ou corrente que passam por eles. Se os elementos do circuito estão em paralelo, a
corrente total é a soma vetorial da corrente de cada elemento (e a tensão é a mesma da fonte para todos
os elementos), se os elementos estão em série, a soma vetorial das quedas de tensão em cima de cada
elemento é igual a tensão da fonte ( porém a corrente é a mesma para todo o circuito).
Média temporal: Suponha que uma pessoa com sua bicicleta numa estrada esteja
primeiramente com uma velocidade v1 durante um tempo Δt1, depois com velocidade v2
durante um tempo Δt2, em seguida com velocidade v3 durante um tempo Δt3 e assim
sucessivamente. Para calcular a velocidade média desenvolvida pelo ciclista, simplesmente
dividimos a distância total percorrida pelo tempo total de percurso. Podemos generalizar este
conceito para uma grandeza f qualquer. Seja f(t) uma grandeza que varie discretamente com o
tempo, ou seja, ela assume um valor constante f1 durante um tempo Δt1, f2 durante Δt2 e assim
por diante.
No caso de potência, podemos verificar a potência instantânea: P = V*I, e a potência
média (PM = VM(t)*IM(t)), que é a potência média ao longo do tempo.
92
P =V * I e PM = VM * IM
Potência Média: PM = VM * IM
Potência Eficaz: Pef = Vef * Ief
Quando falamos que a rede elétrica é 110V (tensão utilizada para base de nossos
cálculos, tensões da nossa rede pública será estuda em outro capítulo) ou 220V, estamos nos
referindo a valores eficazes da rede, ou valores RMS (do inglês Root Mean Square – medida
estatística da magnitude de uma quantidade variável) onde a potência eficaz é o produto da Vef
(tensão eficaz) pelo Ief (corrente eficaz).
Relembrando que poderemos utilizar em nossos estudos o símbolo U ou V
representando a tensão. A tensão alternada alcança valores máximos e mínimos que são
chamados de tensão de pico (Vp). Matematicamente a média do valor de uma forma de onda
senoidal (valor eficaz) é dado dividindo o valor de pico da forma de onda pela orais quadrada de
dois. Sendo:
S
Q
S2 = P2 + Q2
P
Esta fórmula indica o valor da potência total instalada no sistema, que corresponde à
parcela realmente dissipada pelo componente do circuito adicionada à parcela da potência
94
Q
S
referente às perdas ocorridas no circuito. Lembramos que por se tratar de circuito em CA
devemos aplicar os conceitos de fasores em qualquer cálculo sugerido, com isso determinamos a
Potencia Aparente de um circuito por:
S2 = P2 * Q2
P = Ur * Ir ou P = Ur2 / R
Q = Ux * Ix ou Q = Ux2 / X
Fator de Potência:
FP = P
S
96
DISTRIBUIDORA DE ENERGIA
ELÉTRICA
ENERGIA FORNECIDA
ENERGIA TRANSFORMADA EM
TRABALHO ÚTIL
Do que já foi exposto, fica claro que é desejável se ter um alto Fator de Potência. Como
o capacitor é um equipamento que recebe e guarda energia elétrica para devolvê-la quando
solicitada, este pode ser utilizado para auxiliar o sistema elétrico nesta tarefa. As fabricas
utilizam uma grande quantidade de motores elétricos (para realizar trabalho), esses
equipamentos, juntamente com os transformadores necessita de energia indutiva para produzir
um campo magnético( essa energia não gera trabalho elétrico). Como a corrente nos indutores
dos motores e transformadores estão atrasadas da tensão elétrica, podemos praticamente
eliminada da rede elétrica, instalando capacitores onde a corrente está adiantada da tensão, pois
os capacitores fornecerão aos equipamentos a corrente reativa necessária para os indutores. Diz-
se que os capacitores são geradores de potência reativa. Na realidade eles não são geradores, pois
são elementos passivos que acumulam energia estaticamente. Para tanto, deve-se instalar
capacitor em paralelo com a carga indutiva (o mais próximo possível) com a finalidade de
armazenar energia reativa, para em seguida retomá-la aos indutores, propiciando assim a troca de
energia entre indutores e capacitores, não mais entre a carga e a fonte externa. Analise a
ilustração a seguir que serve como exemplo de correção do fator de potência através do uso de
97
capacitores.
Note que com o uso dos capacitores a potência reativa total será então igual à soma
vetorial dos KVAr negativos referentes às perdas do circuito com os KVAr positivos fornecidos
pelos capacitores. Assim, o valor da potência reativa será diminuído, causando o decréscimo da
potência Aparente necessária para o sistema, mas o valor correspondente à potência ativa
continua o mesmo, aumentando o valor do fator de potência, e reduzindo o valor da potencia
Aparente (ajustando o fator de potencia para próximo de 100% reduz o consumo total do
equipamento). Outro fato que convém chamar atenção é que ao aumentarmos o Fator de
Potência, o ângulo de defasagem entre a potência Aparente e a potência Ativa diminui; supondo
a tensão constante, então a corrente elétrica, que é proporcional à potência aparente, também
diminuirá o seu valor, liberando mais capacidade elétrica para o sistema.
Como consequências de um baixo Fator de Potência numa instalação elétrica podemos
citar: solicitação de uma corrente maior para alimentar uma carga com a mesma potência ativa,
aumento das perdas por efeito Joule e aumento das quedas de tensão.
Atividades:
Relembrando: Uef = Up / √2
S = Uef * I
1- Sabendo que o pico de uma tensão senoidal é 235 VCA e quando alimenta uma
lâmpada passa uma corrente de 100 mA. Calcular a potencia eficaz da lâmpada.
2- Qual valor de tensão eficaz da saída de um transformador para fazer uma fonte de
corrente contínua de saída de 24 volts, sabendo que a tensão contínua é de igual valor a tensão
de pico quando transformada a tensão alternada em contínua:
5- Em um circuito foi verificado uma potencia ativa de 3 kW, uma potência reativa
capacitiva de 1 kVA e uma potência indutiva de 5 KVA, calcular o fator de potência desce
circuito:
Circuitos Polifásicos:
Vamos estudar agora sistemas com mais de uma fonte de energia alternada, com
defasagem na tensão entre elas. Chamamos de sistemas polifásicos quando existem dois ou mais
fontes de energia alternada com defasagem de tensão. Os sistemas polifásicos possuem a
flexibilidade de poder atender cargas monofásicas, ou mais, sem qualquer alteração em sua
configuração. Porém os sistemas trifásicos possuem a facilidade de criar um campo girante no
estator de um motor, facilitando o desenvolvimento e controle de direção em motores e nos
transformadores ter a possibilidade de alimentar sistemas monofásicos e trifásicos.
As tensões são defasadas de 120º uma da outra onde a somatória dos vetores é igual a
zero, equilibrando as tensões internas dos geradores. Um sistema gerador monofásico ou bifásico
cria um campo magnético pulsante dentro dos motores, dificultando a partida ou sentido de
velocidade, por isso sistemas com três ou mais fases geradoras de tensão defasadas linearmente
criam um campo girante no motor (campo espelhado pela rotação dos ímãs ou eletroímãs do
gerador).
Sistemas Trifásicos:
O estudo dos circuitos trifásicos é um caso particular dos circuitos polifásicos. Por
razões técnicas e econômicas o sistema trifásico tornou-se padrão em geração, transmissão e
distribuição dentre todos os sistemas polifásicos. Os sistemas trifásicos possuem a flexibilidade
de poder atender cargas monofásicas, bifásicas e trifásicas sem qualquer alteração em sua
configuração, porém as cargas não trifásicas ocasionam desequilíbrio no sistema. Antes de
começar a analisar um circuito trifásico, vamos conhecer alguns termos relativos à rede trifásica:
Estrela Triângulo
VL =√ 3 * VF VL= VF
IIlL == IF If L =√ 3 * I F
IIl=3.If
Onde:
VL = tensão de linha
VF = tensão de fase
IF = corrente de fase
IL = corrente de linha
Ligação entre gerador e carga trifásica a quatro fios
103
IIlL = IF If L =√ 3 * I F
IIl=3.If
P = Ufase * Ifase * FP
P = Ulinha * Ilinha * √3 * FP
104
Atividades:
2- Em uma rede trifásica a tensão de fase é 110 VCA, sabendo que a rede está
equilibrada e a corrente em um das fases é de 10A, calcular a tensão de linha e a corrente total
quando ligado em triângulo:
Transformadores:
Transformador Elevador:
Para elevar a tensão de saída:
Considerando N1 = número de espiras de entrada
Considerando N2 = número de espiras de saída
Sendo a = relação de transformação
I1 = corrente de entrada
I2 = corrente de saída
V1 = tensão de entrada
106
V2 = tensão de saída
a = V1/V2 = N1/N2
A figura está representando a geração, o transformador elevador para elevar a
tensão na linha de transmissão e o transformados abaixador para alimentar a rede primária cujo
usuários utilizam tensões mais baixas.
Transformador Abaixador:
107
Transformador de Corrente:
Transformador de Potencial:
Atividades:
Verificar bem os estudos de transformadores para resolver a primeira questão lembrando que o TAP é
representado pelo símbolo + e o isolamento da bobina é representado pela /. A relação de
transformação do transformador pode também determinar a tensão em cada espira, sendo algo lógico
por ser simplesmente uma proporção entre espiras, tensões e correntes.
3- Sabendo que um transformador tem em seu enrolamento 25 espiras por volts, quantas
espiras de entrada e saída e quais os valores de correntes de entrada e saída para um transformador de
500 VA e de 220\110V.
111
H = (N * I ) / l onde
H = intensidade do campo magnético em A/m
N = número de espiras
I = corrente elétrica em A
l = largura do fluxo magnético em m.
Essa Intensidade do campo magnético é composta por linhas imaginárias que são
chamados de fluxo magnético, e a quantidade desse fluxo magnético é chamada de densidade
magnética, dado pela fórmula:
B = θ / S onde:
B = Densidade de Fluxo Magnético em Wb/m2
Θ = Fluxo magnético em Weber Wb
S = sessão transversal em m2.
Para que o fluxo magnético tenha uma boa concentração dentro do corpo do motor,
concentrando seu potencial magnético, o núcleo tanto da parte externa do motor (estatórico)
como da parte girante (rotórico), deve ter uma permeabilidade magnética acentuada, dado na
fórmula:
µ = B / H onde:
µ = permeabilidade magnética do meio condutor magnético em H/m
B = Densidade de Fluxo Magnético em Wb/m2
H = Intensidade do campo magnético em A/m.
Motores CC:
113
Ua = alimentação da armadura,
Eg = campo induzido dependente da velocidade angular,
Km e Ka = constante de proporcionalidade rotórica e estatórica de fabricação,
ω = velocidade angular.
Motor Universal
115
Motor Auto Excitado
Os motores CC para iniciar o movimento, necessitam de uma força inicial maior que a
força (pois necessita de um campo forte para superar a inércia e peso da carga que o motor vá
tracionar) para manter o motor girando. Essa força é chamada de Torque que pode ser
encontrado em:
T = Km * Ia torque mecânico em Nm
T = Pm / ω
Pm = Km * Ia * ω potência Mecânica em W
Pm = eg * Ia
Eg = Ka * n * θ
Motor CC Universal:
Motores CA
No motor de indução, o rotor é atraído pelo campo girante do estator que reproduz o
campo produzido pelo movimento de imas no interior do gerador. Vamos relembrar o
funcionamento do gerador: uUm gerador elétrico é impulsionado mecanicamente por forças da
natureza, o eixo dos geradores tem ímãs fortes que ao girar, seu magnetismo influencia no campo
eletromagnético dos elétrons nos indutores do gerador, criando um campo magnético girante
dentro do corpo do gerador. Esse campo girante é compartilhado sequencialmente por três
bobinas, criando uma sequência de três, essa sequência das três fases quando alimenta um motor
de indução, cria um espelho do campo girando do gerador. A velocidade do campo girante pode
ser aumentada ou reduzida reduzindo ou aumentando o números de polos do estator.
Para manter o rotor girando a velocidade com rotor deve ser menor que a velocidade do
campo girante, garantindo sempre uma corrente induzida no rotor (criando um eletroímã) e um
torque constante necessário para tracionar uma carga de projeto, essa diferença de velocidade é
chamada Escorregamento, dado pela fórmula:
Vamos estudar agora os Motores Assíncronos (o rotor não acompanha o campo girante,
apresentando um escorregamento dependente da carga que o motor vá tracionar) e Motores
Síncronos (o rotor acompanha o campo girante, não tendo escorregamento)
V1 = H1 * θ * f1
V2 = H2 * θ * f2
V2 = Vx2 = Vr2
V2 = Vr = s * Vinduzida
s = x1/x2 = f2/f1
r2 = V2/ √(3 * I2) onde:
Motores Síncronos:
Os motores Síncronos são motores especiais que giram com a velocidade do campo
girante, isto é: n1 = n2 (velocidade do campo girante = velocidade do eixo do motor), utilizados
especialmente em mineradoras, siderurgias, papel e celulose, saneamento, química e
petroquímica, cimento e borracha, pois necessitam de elevado torque com velocidade
constante. Os motores síncronos têm rotor bobinado e alimentação independente das bobinas
estatóricas. Esses motores precisam de um motor auxiliar para começarem seu funcionamento,
pois tem baixo torque na partida.
Nos motores síncronos, como o campo rotórico é fixo, as interferências são mínimas
entre o rotor e estator, como podemos ver em suas representações matemáticas:
Atividades:
Ler cuidadosamente o capítulo observando os conceitos de rotor e estator e conjugado para saber
utilizar as formulas necessárias nas aplicações abaixo. Observar a simbologia nas ligações em estrela e
em triângulo, que podem ser utilizadas em motores, geradores e transformadores. Reler a sequência
dos procedimentos para dimensionar um motor assíncrono e síncrono e fazer com ordenação dada na
teoria, seguindo sequencialmente os procedimentos.
2- Qual a potência de um gerador para alimentar uma máquina de 380V, 15A, FP =85% ;
desenhar o esquema de ligação do gerador em triângulo alimentando o motor em estrela:
Referências Bibliográficas
OTÁVIO MARKUS. Circuitos Elétricos. São Paulo, Ed. Érica LTDA, 8ª edição, 2009.
NILSSON, Riedel. Circuitos Elétricos. São Paulo, Ed. Pearson, 8ª edição, 2008.