Patterns of the Hypnotic Techniques of Milton Padrões das técnicas hipnóticas de Milton H.
H. Erickson, M.D. Vol. 1 Erickson vol. I
John Grinder e Richard Bandler
Guide to Volume I of Patterns of Erickson's
Work
Milton Erickson is internationally acclaimed as
the leading practitioner of medical hypnosis. He has
written more than a hundred professional articles on
hypnosis and has taught and practiced hypnosis since
the 1920's. He, more than any other human being in this
field, has been able both to explore and to demonstrate
the vast potentials that hypnosis has to offer humanity.
His ability baffles the scientific mind, and his
accomplishments, typically. are either viewed as
miracles or denounced as impossibilities, although
first-hand experience presents him as an undeniable
reality, a striking contrast to what most people believe
is possible for the mind to accomplish. Furthermore,
few of his students have learned to exercise the skills
in hypnosis that Milton Erickson uses so easily. The
behavior Milton Erickson demonstrates while both
inducing and utilizing hypnotic states of consciousness
is extremely complex. Yet he is very systematic; that
is, his behavior has distinctive patterns.
Our skill is in building explicit models of
complex human behavior. What this means is that we
build maps of these complex patterns of behavior and
these maps then allow other people to learn and use
these behavior patterns. We quote Noam Chomsky's
(Syntactic Structures, Mouton & Co., The Hague,
1957, p. 5.) concerning his initial formulation of a
model for modern transformational linguistics... forms
part of an attempt to construct a formalized general
theory of linguistic structure and to explore the
foundations of such a theory. The search for rigorous
formulation in linguistics has a much more serious
motivation than mere concern for logical niceties or the
desire to purify well-established methods of linguistic
analysis. Precisely constructed models for linguistic
structure can play an important role, both negative and
positive, in the process of discovery itself. By pushing
a precise but inadequate formulation to an
unacceptable conclusion, we can often expose the
exact source of this inadequacy and, consequently,
gain a deeper understanding of the linguistic data.
More positively, a formalized theory may
automatically provide solutions for many problems
other than those for which it was explicitly designed.
John Grinder e Richard Bandler
Guia para o Volume I de Padrões das Técnicas
Hipnóticas de Milton H. Erickson
Milton Erickson é internacionalmente
aclamado como o principal praticante de hipnose
médica. Ele escreveu mais do que uma centena de
artigos profissionais sobre hipnose, ensinou e praticou
hipnose desde a década de 1920. Ele, mais do que
qualquer outro ser humano neste campo, tem sido
capaz de explorar e demonstrar os vastos potenciais
que a hipnose tem para oferecer à humanidade. Sua
habilidade desconcerta a mente científica e suas
realizações, tipicamente, são vistos como milagres ou
denunciados como impossibilidades, embora a expe-
riência em primeira mão o apresente como uma
realidade inegável, um contraste marcante com o que a
maioria das pessoas acredita que é possível para a
mente realizar. Além disso, poucos de seus alunos
aprenderam a exercitar as habilidades em hipnose que
Milton Erickson usa tão facilmente. O comportamento
que Milton Erickson demonstra quando induz e utiliza
estados hipnóticos de consciência são extremamente
complexos. No entanto, ele é muito sistemático; isto é,
seu comportamento tem padrões distintos.
Nossa habilidade está em construir modelos
explícitos de comportamento humano. O que isto
significa é que nós construímos mapas destes padrões
complexos de comportamento e esses mapas, em
seguida, permitem que outras pessoas aprendam e
usem esses padrões de comportamento. Nós citamos
Noam Chomsky (Syntactic Structures, Mouton & Co.,
The Hague, 1957, p. 5.) sobre sua formulação inicial
de um modelo para a transformação moderna da
linguagem. Faz parte de uma tentativa de construir uma
teoria geral formalizada da estrutura linguística e
explorar os fundamentos de tal teoria. A busca por uma
formulação rigorosa em lingüística tem muito mais
motivação séria do que mera preocupação com
sutilezas lógicas ou desejo de purificar métodos bem
estabelecidos de análise linguística. Modelos
construídos com precisão para a estrutura lingüística
tem papel importante, tanto negativo como positivo, no
processo de descoberta em si. Por ter forçado uma
formulação precisa, mas inadequada para uma
conclusão inaceitável, nós muitas vezes expomosd a
fonte exata dessa inadequação e, conseqüentemente,
ganha-se compreensão mais profunda dos dados
linguísticos. Mais positivamente, uma teoria

This volume represents our effort to perform
this same service for the field of hypnosis. When
Erickson recognized this skill, he expressed the hope
that this volume would be constructed so that other
practitioners of hypnosis would have available to them
his powerful tools and techniques. It is the authors'
intention in this first volume to present to you some of
the patterns of Erickson's behavior in hypnosis. We
intend to give you, in an easily learnable, step-by-step
manner, an explicit model which will make these skills
available to you in your own work. This book has three
stages or levels of modeling, each represented by a
separate part.
Part I contains several of Erickson's articles,
exciting examples of his own work. We will present a
parallel commentary that will identify the patterns in
his behavior. The patterns we will identify do not, by
any means, exhaust what is present in Erickson's work.
This volume is designed only to begin this process,
and, at the same time, to present the most essential
elements of Erickson's language patterns.
In Part II we will take these patterns and sort
them into natural groupings. Hopefully, this will
provide you with an overall way of both understanding
Erickson's work and organizing your own experience
in hypnosis. Our purpose is to familiarize you with
these patterns, and to show examples in which they
occur in Erickson's work. This will be accomplished by
excerpting small portions of various published articles
about his work, most of them of a transcriptual nature.
Part III of this volume is a step-by-step, explicit
presentation of the patterns identified in Parts I and II.
This Part is intended to give you the skills necessary to
construct each pattern through an understanding of its
formal characteristics. Our belief is that in this way the
patterns of Erickson's behavior will be made available
to you for use in your own work.
We strongly recommend that you read
this volume carefully and that you spend some time
experimenting with each pattern. This book is designed
primarily as a training manual, not as a novel. Careful
use and re-use will reap the best rewards for you.
formalizadapode automaticamente fornecer
soluções para muitos problemas além daqueles
para o qual foi explicitamente projetada.
Este volume representa nosso esforço para
realizar este mesmo serviço para o campo da hipnose.
Quando Erickson reconheceu essa habilidade, ele
expressou a esperança de que o livro seria construído
de modo que outros praticantes da hipnose teriam
disponível para eles suas poderosas ferramentas e
técnicas. É intenção dos autores neste primeiro volume
apresentar alguns dos padrões do comportamento de
Erickson na hipnose. Pretendemos dar-lhe, de uma
maneira fácil de aprender passo a passo, um modelo
explícito que tornará essas habilidades disponíveis para
você em seu próprio trabalho. Este livro tem três
estágios ou níveis de modelagem, cada um
representado por um parte separada.
A Parte I contém vários artigos de Erickson,
exemplos empolgantes do próprio trabalho.
Apresentaremos um comentário paralelo que
identificará os padrões em seu comportamento. Os
padrões que identificaremos não esgotam, de modo
algum, o que está presente no trabalho de Erickson.
Este volume é projetado apenas para iniciar este
processo, e, ao mesmo tempo, apresentar os elementos
mais essenciais dos padrões de linguagem de Erickson.
Na Parte II, vamos pegar esses padrões e
classificá-los em agrupamentos naturais. Espero que
isso forneça uma maneira geral de entender o trabalho
de Erickson e organizar sua própria experiência em
hipnose. Nosso objetivo é familiarizá-lo com esses
padrões e mostrar exemplos em que eles ocorrem no
trabalho de Erickson. Isso será realizado ao extrair
pequenas partes de vários artigos publicados sobre seu
trabalho, a maioria deles de natureza transcricional.
A Parte III deste volume é uma apresentação
explícita passo-a-passo dos padrões identificados nas
Partes I e II. Esta parte destina-se a dar-lhe as
habilidades necessárias para construir cada padrão
através de uma compreensão de sua características.
Nossa crença é que, desta forma, os padrões do
comportamento de Erickson será disponibilizado para
uso em seu próprio trabalho.
Nós recomendamos fortemente que você leia
este volume cuidadosamente e passe algum tempo
experimentando cada padrão. Este livro é projetado
principalmente como um manual de treinamento, não
como um romance. Uso e reutilização cuidadosos
levarão você aos melhores resultados.
 Part I
Identification of Patterns of Erickson's
Hypnotic Work Hipnose de Erickson
Preface
An attack of anterior poliomyelitis in 1919,
shortly after my graduation from high school, rendered
me almost totally paralyzed for several months, but
with my vision, hearing and thinking unimpaired.
Since I was quarantined at home on the farm, there was
little diversion available. Fortunately, I had always
been interested in human behavior, and there was that
of my parents and eight siblings, and also that of the
practical nurse who was taking care of me, available
for observation. My inability to move tended to restrict
me to the intercommunications of those about me.
Although I already knew a little about body language
and other forms of non-verbal communication, I was
amazed to discover the frequent, and, to me, often
startling contradictions between the verbal and the non-
verbal communications within a single interchange.
This aroused so much of my interest that I intensified
my observations at every opportunity.
The discovery that "double takes" were
perceptions at two different levels of understanding,
often based upon totally different experiential
associations, opened a new field of observation. Then,
when I discovered that a "triple take" could occur, I
began mentally rehearsing the phrasing of a single
communication to cause differing perceptions, even
contradictory in character, at differing levels of
understanding. These efforts led to the recognition of
many other factors governing communication such as
tonalities, time values, sequences of presentation, near
and remote associations, inherent contradictions,
omissions, distortions, redundancies, over- and under-
emphases, directness and indirectness, ambiguities,
relevancies and irrelevancies - to name a few.
Also, it became apparent that there were
multiple levels of perception and response, not all of
which were necessarily at the usual or conscious level
of awareness but were at levels of understanding not
recognized by the self, often popularly described as
"instinctive" or "intuitive."
Perhaps the best simple example is the instance
of Frank Bacon's achievement during his starring role história “Lightning", de Francis Bacon, em que seu
Parte I
Identificação dos Padrões de Trabalho de
Prefácio
Um ataque de poliomielite em 1919, logo após
minha formatura do ensino médio, me rendeu um
período de paralisia quase total por vários meses, mas
com a minha visão, a audição e pensamento intacto.
Desde que fui colocado em quarentena na casa da
fazenda, havia pouca diversão disponível. Felizmente
eu tive sempre interesse pelo comportamento humano,
e havia o comportamento dos meus pais e oito irmãos,
e também o da enfermeira que estava cuidando de
mim, disponível para observação. Minha incapacidade
de me mover restringia a comunicação daqueles sobre
mim. Embora eu já soubesse um pouco sobre a
linguagem corporal e outras formas não-verbais de
comunicação, fiquei espantado ao descobrir a
frequencia da sua utilização e, as contradições
surpreendentes entre o verbal e comunicações não-
verbais dentro de um único intercâmbio. Isto despertou
meu interesse de tal forma que intensifiquei minhas
observações para todas as oportunidades.
A descoberta de que dois canais de percepções
permitem dois níveis diferentes de compreensão,
muitas vezes baseadas em diferentes associações
experimentadas, abriu um novo campo de observação.
Quando descobri que um canal triplo poderia ocorrer,
comecei a ensaiar mentalmente o fraseado de um único
comunicação para causar percepções diferentes,
mesmo que de caráter contraditório, em diferentes
níveis de entendimento. Esses esforços levaram ao
reconhecimento de muitos outros fatores governando a
comunicação, como tonalidades, valores de tempo,
seqüências de apresentação, associações próximas e
remotas, contradições inerentes, omissões, distorções,
redundâncias, excesso e sub-ênfases, direta e indireta,
ambiguidades, relevâncias e irrelevâncias - para citar
alguns.
Além disso, tornou-se aparente que havia
vários níveis de percepção e resposta, nem todas
estavam necessariamente no nível usual ou consciente
de consciência, mas estavam em níveis de compre-
ensão não reconhecida pelo eu, muitas vezes popular-
mente descrito como “instintivo” ou “intuitivo”.
Talvez o melhor exemplo simples seja a
in the stage play "Lightnin'," in which, by the utterance protagonista expressa uma palavra única, ‘não’, em
of the single word ‘no’ at various times, he conveyed vários momentos distintos, transmitindo pelo
at least sixteen different meanings.
These meanings included an emphatic No, a
subtle Yes, an implied promise of Not yet, an amused
Don't be ridiculous, and even the exquisite negative
Not even if all bell freezes over! Altered tone of voice
can constitute an actual vocabulary of transformation
of verbal communication, as can body language.
Then, I was introduced to experimental
hypnosis by Clark L. Hull, and I became aware of the
possibilities both of decreasing the number of foci of
attention and of selecting and maneuvering specific
foci of attention. This led to the combining of my
awarenesses of the complexities of communication
with my understandings of hypnosis, for experimental
and psychotherapeutic purposes.
Although this book by Richard Bandler and
John Grinder, to which I am contributing this Preface,
is far from being a complete description of my
methodologies, as they so clearly state it is a much
better explanation of how I work than I, myself, can
give. I know what I do, but to explain how I do it is
much too difficult for me.
A simple example of this may be cited from the
experience of my daughter, Kristina, as a medical
student. She happened to pick up a paper by Ernest
Rossi and myself, on the double bind, and, after
reading it, amusedly commented, "So that's how I do
it!" Dr. Rossi, who was present, immediately asked,
"So that's how you do what?" She explained, "Every
patient has the right to refuse permission for a rectal
and hernial examination, and many patients do. But
when I have reached that part of the physical
examination' I tell my patients, sympathetically, that I
know they are tired of having me peer into their eyes,
and peak into their ears and up their noses, and poking
and thumping here and there, but that, as soon as I
complete the rectal and hernial examinations, they can
say good-bye to me. And they always wait patiently to
say that goodbye."
While I would like still further analyses of the
complexities of communication for hypnotic purposes,
which would require much more than this book by
Bandler and Grinder can encompass, I would also like
an analysis of how and why carefully structured
communications can elicit such extensive and effective
patient responses, often not actually requested.
Unquestionably, such additional studies will
menos dezesseis diferentes significados.
Estes significados incluíam um enfático “Não”,
um sutil “Sim”, uma implícita promessa de “Ainda
não”, um divertido “Não seja ridículo” e até mesmo o
requintado negativo “Nem mesmo se todo o sino
congelar!” O tom de voz alterado pode constituir um
vocabulário real de transformação da comunicação
verbal, assim como o corpo língua.
Após essas descobertas fui apresentado à
hipnose experimental por Clark L. Hull e tomei
consciência das possibilidades de diminuir o número
de focos de atenção e de selecionar e manobrar focos
de atenção específicos. Isto conduziu à combinação da
minha consciência das complexidades da comunicação
com meus entendimentos de hipnose, para fins
experimentais e finalidades psicoterapêuticas.
Embora este livro de Richard Bandler e John
Grinder, ao qual eu estou contribuindo com este
Prefácio, esteja longe de ser uma descrição completa
das minhas metodologias, como eles dizem
claramente, é uma explicação muito melhor de como
eu trabalho do que eu mesmo poderia dar. Eu sei o que
faço, mas explicar como faço é muito difícil para mim.
Um exemplo simples disso pode ser citado da
experiência da minha filha, Kristina, como estudante
de medicina. Ela pregou uma peça em Ernest Rossi e
em mim, no “double bind”, e, depois de ler,
divertidamente comentou: "Então é assim que eu
faço!" O Dr. Rossi, que estava presente, imediatamente
perguntou: "Então é assim que você faz o quê?" Ela
explicou: "Todo paciente tem o direito recusar a
permissão para um exame retal e herniário, e muitos
pacientes o fazem. Mas quando eu cheguei nessa parte
do exame físico, eu digo aos pacientes,
simpaticamente, que eu sei que eles estão cansados de
me verem picando seus ouvidos e até seus narizes e
cutucando e batendo aqui e lá, mas assim que eu
completar os exames retal e hernial, eles podem dizer
adeus para mim. E eles sempre esperam pacientemente
para dizer adeus".
Eu gostaria de continuar a análise das
complexidades da comunicação para fins hipnóticos, o
que exigiria muito mais do que este livro de Bandler e
Grinder pode abranger, eu também gostaria de uma
análise como e por que comunicações cuidadosamente
estruturadas podem extrair respostas eficazes dos
pacientes, muitas vezes não solicitadas. Inquestio-
navelmente, tais estudos adicionais eventualmente
eventually be made. I look forward to Volume II in this serão feitos. Estou ansioso pelo Volume II de Richard
series, by Richard Bandler and John Grinder. Bandler e John Grinder.
It has been a pleasure and a privilege to write Foi um prazer e um privilégio escrever o
the Preface to this book. I say this, not because it prefácio deste livro. Eu digo isso, não porque se
centers around my hypnotic techniques, but because concentra nas minhas técnicas hipnóticas, mas porque
long overdue is the fulfillment of the need to recognize muito apesar de tarduamente, ela cumpre a necessidade
that meaningful communication should replace de reconhecer que a comunicação efetiva deve
repetitious verbigerations, direct suggestions, and substituir verbigerações repetitivas, sugestões diretas e
authoritarian commands. comandos autoritários.
Milton H. Erickson, M.D. Milton H. Erickson

Acknowledgments Agradecimentos
We gratefully thank Milton H. Erickson, M.D., Agradecemos imensamente a Milton H.
for permission to quote his articles in this volume and Erickson, M.D., pela permissão para citar seus artigos
the American Society of Clinical Hypnosis which neste volume e da Sociedade Americana de Hipnose
holds the original copyright on much of the quoted Clínica que detém os direitos autorais originais em
material. grande parte do material cotado.
We also acknowledge the greatest debt to Também reconhecemos a grande dívida junto
Jeanne Nixon and The Penguin People, Artists and a Jeanne Nixon e The Penguin People, Artists e
Typographers, of Santa Clara, California, for the Tipógrafos, de Santa Clara, Califórnia, pelo design e
design and skillful typography of this book. tipografia habilidosa deste livro.
We would also like to thank Ernest Rossi for Gostaríamos também de agradecer a Ernest
providing us with tapes and manuscript material. Rossi por nos fornecer fitas e material manuscrito.

Introduction: The Map Is Not the Territory
In the authors' experience, people who use
hypnosis for medical, dental, Of psychotherapeutic
purposes seem more than any other single group to
understand that we, as human beings, do not operate
behaviorally directly upon the world, but rather we
operate through a map or model (a created
representation) of what we believe the world to be. A
thorough understanding of how people in general, and
each client in particular, create a representation of the
world in which they live will yield the practitioner of
hypnosis many advantages. Among these will be
greater speed in trance induction, more success with a
greater number of subjects, and deeper trances. For
additional study of the processes by which people
create models of the world, we recommend The
Structure of Magic I and II. I For our purposes here, we
wish now to provide you with only a basic model of the
processes by which people create models of the world.
Introdução: O mapa não é o território
Na experiência dos autores, as pessoas que
usam a hipnose para fins médicos, odontológicos ou
psicoterapêuticos parecem, mais do que qualquer outro
grupo, compreender que nós, como seres humanos, não
operamos comportamentalmente diretamente no
mundo, mas sim por meio de um mapa ou modelo
(uma representação criada) do que acreditamos que o
mundo seja. Uma compreensão completa de como as
pessoas em geral, e cada cliente em particular, criam
uma representação do mundo em que vivem,
proporcionará ao praticante da hipnose muitas
vantagens. As pessoas com essa compreensão estão
entre aquelas que apresentam uma maior velocidade na
indução de transe, mais sucesso com um maior número
de assuntos e transes mais profundos. Para um estudo
adicional dos processos pelos quais as pessoas criam
modelos do mundo, recomendamos A Estruturda
Magia I e II. Para nossos propósitos aqui, desejamos
agora fornecer a você apenas um modelo básico dos
processos pelos quais as pessoas criam modelos de
mundo.
 First, the models that we as humans create will
differ from the world of reality in three major ways.
Some parts of our experience will be deleted, not
represented in our model. This is both a necessary and
sometimes impoverishing aspect of our modeling
processes. If we tried to represent every piece of
sensory input, we would be overwhelmed with data.
However, when we fail to represent an important or
vital aspect, the results can be devastating. In any
event, we do delete parts of our experience when
creating models of the world. These deletions, and all
of the processes of modeling, go on all the time and,
for the most part, without our conscious awareness.
The second way in which our model of the
world will be different from the world itself is through
distortions. Distortion is a modeling process which
allows us to make shifts in our experience of sensory
data. For example, we can fantasize a green cow, even
though we have never experienced one with our senses.
We can distort our experience and plan the future by
imagining that it is now. This modeling process can be
an asset or a liability, depending upon how it is used.
The third process of modeling is
generalization. This is the process by which one
element of our model of the world comes to represent
an entire category of which it is only an example. This
allows us to know that when we read a book, by
moving our eyes from left to right, we will be able to
extract the content. When we are confronted with a
door just like any other door, even though we have not
seen this particular door before, we make the
assumption it will open by the same process we have
used before. Generalizations in our model of the world
allow us to operate more efficiently from context to
context. Generalization also allows us to keep recoding
our experiences at higher levels of patterning. This
makes possible the advances in knowledge and
technology - in all areas of human functioning.
To this date, the most thoroughly studied and
best understood of the human. representational systems
(models) is natural language. Transformational
grammar is explicit, formal, and the most complete
model of human language systems. Transformational
grammarians have extracted some of the patterns of
this representational system which are common to all
languages. Therefore, transformational grammar is a
MetaModel; that is, a model of a model, or a model of
Primeiro, os modelos de mundo que nós,
humanos, criamos serão diferentes da realidade de três
maneiras principais. Algumas partes de nossa
experiência serão excluídas, não representadas em
nosso modelo. Este é um aspecto necessário e às vezes
empobrecedor de nossos processos de modelagem. Se
tentássemos representar todas as informações
sensoriais, ficaríamos sobrecarregados de dados. No
entanto, quando deixamos de representar um aspecto
importante ou vital, os resultados podem ser
devastadores. Em qualquer caso, eliminamos partes de
nossa experiência ao criar modelos do mundo. Essas
exclusões e todos os processos de modelagem
acontecem o tempo todo e, na maioria das vezes, sem
nossa percepção consciente.
A segunda maneira pela qual nosso modelo de
mundo é diferente da realidade é por meio de
distorções. A distorção é um processo de modelagem
que nos permite fazer mudanças em nossa experiência
de informações sensoriais. Por exemplo, podemos
fantasiar uma vaca verde, embora nunca tenhamos
observador uma. Podemos distorcer nossa experiência
e planejar o futuro imaginando que é agora. Este
processo de modelagem pode ser um ativo ou um
passivo, dependendo de como é usado.
O terceiro processo de modelagem é a
generalização. Este é o processo pelo qual um
elemento de nosso modelo de mundo passa a
representar toda uma categoria da qual é apenas um
exemplo. Isso nos permite saber que quando lemos um
livro, movendo os olhos da esquerda para a direita,
podemos extrair o conteúdo. Quando somos
confrontados com uma porta como qualquer outra
porta, mesmo que não tenhamos visto essa porta em
particular antes, supomos que ela se abrirá pelo mesmo
processo que usamos antes. As generalizações em
nosso modelo de mundo nos permitem operar com
mais eficiência de contexto a contexto. A genera-
lização também nos permite continuar a recodificar
nossas experiências em níveis mais elevados de
padronização. Isso possibilita o avanço do conhe-
cimento e da tecnologia em todas as áreas do
funcionamento humano.
Até hoje, o mais completamente estudado e
melhor compreendido sistemas representacionais
(modelos) dos seres humanos é a linguagem natural. A
gramática transformacional é explícita, formal e o
modelo mais completo de sistemas de linguagem
humana. Os gramáticos transformacionais extraíram
alguns dos padrões desse sistema representacional que
são comuns a todas as línguas. Portanto, a gramática
transformacional é um MetaModelo; isto é, um modelo
language. Transformational grammarians have built an
explicit representation of the intuitions which people
demonstrate when communicating and understanding
natural language. For example, each sentence of every
natural language has two distinct representations: the
representation of the way it actually sounds (or, if
written, by the way it actually appears), called the
Surface Structure, and the representation of its
meaning which is called the Deep Structure. When a
person utters the sentence: The windows was broken.
The Surface Structure is the representation of
the actual sounds made by the person speaking or, in
the case of a written representation, the words written
out above. In addition to this representation' this
sentence is associated with another representation
which is the meaning it has - Deep Structure. In this
case, the Deep Structure can be represented as: PAST
(BREAK [someone, window, with something]).
This Deep Structure representation is designed
to capture the intuitions which each of us have as native
speakers of English when we hear the Surface
Structure presented above. We understand that:
(a) Some event occurred in the past;
(b) The event was a complex event;
(c) It consisted of the following parts:
(1) An action, break, which occurred between:
a. The agent - some person or thing doing the
breaking, here represented by someone, and
b. The object - some person or thing being
broken, here represented by the window, and
c. The instrument - the thing used to do the
breaking, here represented by with something.
Notice that, even though not all of the parts of
the Deep Structure represented appear in the Surface
Structure (in this case the agent and the instrument are
not represented in the Surface Structure), the native
speaker of English has that information available in his
understanding of the sentence. The statement The
window was broken implies to native speakers that not
only was the window broken but someone or
something had to break the window with something.
The ways in which Surface Structures can differ from
their associated Deep Structure meanings is the
research domain of transformational linguists. They
have postulated a series of formal mapping operations
called transformations which precisely specify how
Deep and Surface Structures may differ. The entire
de um modelo ou um modelo de linguagem.
Gramáticos transformacionais construíram uma
representação explícita das intuições que as pessoas
demonstram quando se comunicam e entendem a
linguagem natural. Por exemplo, cada frase de cada
linguagem natural tem duas representações distintas: a
representação da forma como realmente soa (ou, se
escrita, pela maneira como realmente aparece),
chamada de Estrutura Superficial, e a representação de
sua significado que é chamado de Estrutura Profunda.
Quando uma pessoa profere a frase: As janelas foram
quebradas.
A Estrutura Superficial é a representação dos
sons reais produzidos pela pessoa que fala ou, no caso
de uma representação escrita, das palavras escritas.
Além desta representação, esta frase está associada a
outra representação que é o significado que tem -
Estrutura profunda. Nesse caso, a Estrutura Profunda
pode ser representada como: PASSADO
(QUEBRADA [alguém, janela, com algo]).
Esta representação da Estrutura Profunda é
projetada para capturar as intuições que cada um de nós
tem como falantes nativos de Inglês quando ouvimos a
Estrutura da Superfície apresentada acima. Nós
entendemos que:
(a) Algum evento ocorreu no passado;
(b) O evento foi complexo;
(c) Ele consistia nas seguintes partes:
(1) Uma ação, quebra, que ocorreu entre:
a. O agente - alguma pessoa ou coisa
quebrando, aqui representada por alguém, e
b. O objeto - alguma pessoa ou coisa sendo
quebrada, aqui representada pela janela, e
c. O instrumento - a coisa usada para quebrar,
aqui representada por algo.
Observe que, embora nem todas as partes da
Estrutura Profunda representada apareçam na Estrutura
Superficial (neste caso, o agente e o instrumento não
estão representados na Estrutura Superficial), o falante
nativo de Inglês tem aquela informação disponível em
sua compreensão da sentença. A afirmação “A janela
foi quebrada” implica para os falantes nativos que não
apenas a janela estava quebrada, mas alguém ou algo
teve que quebrá-la com alguma coisa. As maneiras
pelas quais as Estruturas de Superfície podem diferir
de seus significados de Estrutura Profunda associados
é o domínio de pesquisa dos linguistas transfor-
macionais. Eles postularam uma série de operações
formais de mapeamento chamadas transformações,
que especificam precisamente como as estruturas
process which links a Deep Structure to its Surface profundas e superficiais podem diferir. Todo o
Structure(s) is called derivation. processo que liga uma Estrutura Profunda à (s) sua (s)
Estrutura (ões) de Superfície é denominado derivação.
Transformational linguists, therefore, have Os linguistas transformacionais pegaram uma
taken an incredibly complex area of human behavior área incrivelmente complexa do comportamento
and built a formal model of it which explicitly humano e construíram um modelo formal que
represents the rules of behavior which are intuitively representa explicitamente as regras de comportamento
demonstrated, although not consciously understood, by que são demonstradas intuitivamente, embora não
native speakers of that language. sejam compreendidas conscientemente, por falantes
nativos dessa língua.
The authors (Bandler/Grinder) have used the Nós, Bandler e Grinder, abordamos de forma
approach of formalizing intuitions to build an explicit, analítica as intuições para construir um modelo formal
formal model of the language exchange in e explícito do uso da linguagem em psicoterapia. O que
psychotherapy. What we did was to create a formal fizemos foi criar uma representação formal das
representation of the intuitions which effective intuições que os terapeutas eficazes de todas as escolas
therapists from every school of psychotherapy use in de psicoterapia usam em seu trabalho, embora não
their work, although they are not necessarily conscious tenham necessariamente consciência disso. (Este
of it. (This Metamodel of therapy is fully explained in Metamodelo de terapia é totalmente explicado em A
The Structure of Magic I.) Estrutura da Magia I.)
We used our formalization techniques to Usamos nossas técnicas de formalização para
explore and understand the other representational explorar e compreender os sistemas representacionais
systems used by human beings to organize and create usados pelos seres humanos para organizar e criar
models of their experience. These kinesthetic, visual, modelos de suas experiências. Esses mapas cinesté-
auditory, olfactory, gustatory maps of experience were sicos, visuais, auditivos, olfativos e gustativos da expe-
then used as a basis to expand our model of therapy. riência foram usados como base para expandir nosso
The results were both fascinating and useful. modelo de terapia. Os resultados foram fascinantes e
úteis.
We found, first of all, that most people have a Descobrimos, em primeiro lugar, que a maioria
most highly valued representational system, one that das pessoas tem um sistema representacional altamente
they use more than any other to organize their valorizado, que usa mais do que qualquer outro para
experience, and that this most highly valued system organizar sua experiência, e que esse sistema altamente
can be identified quickly by listening to the predicates valorizado pode ser identificado rapidamente ouvindo
(adjectives, adverbs, verbs) used in anyone's speech. os predicados (adjetivos, advérbios, verbos) usados na
For example, a person with a most highly valued fala de qualquer pessoa. Por exemplo, uma pessoa com
representational system which is visual will describe um sistema representacional altamente valorizado que
his experience with predicates which presuppose a é visual irá descrever sua experiência com predicados
visual system such as: I see what you are saying, que pressupõem um sistema visual como: Eu vejo o
clearly, looking at this work will show you how to que você está dizendo; claramente; olhar para este
improve your work, Imagine how this appears to be exemplo mostrará como melhorar seu trabalho;
dull reading. Imagine como isso parece uma leitura enfadonha.
People whose most highly valued Pessoas cujo sistema representacional mais
representational system is kinesthetic will use valorizado é o cinestésico usarão predicados que pres-
predicates which presuppose kinesthetic supõem representações cinestésicas. Por exemplo,
representations. For example, I want you firmly to Quero que você entenda firmemente esse conceito;
grasp this concept; I feel you can overcome some hard Sinto que você pode superar alguns problemas difíceis;
problems; Can you get in touch with, and get a handle Você pode entrar em contato e entender o que isso
on, what this means. significa.
A person whose primary representational Uma pessoa cujo sistema representacional
system is auditory will use predicates which primário é o auditivo usará predicados que pressupõem
presuppose auditory representations. For example, he representações auditivas. Por exemplo, ele dirá: Isto
will say, Sounds interesting to me; I will talk to you soa interessante para mim; Eu vou falar com você mais
later; I will be hearing from him soon; so in other tarde; Terei notícias dele em breve; Então, em outras
words we will all get together and be sounding boards palavras, todos nós nos reuniremos e seremos caixas de
for these ideas. ressonância para essas idéias.
We also found that those therapists and
hypnotists who were most effective in their work had a
systematic, though not always conscious, way of
utilizing a client's most highly valued representational
system. Understanding how a client organizes his
experience in terms of these representational systems
has great rewards for both the psychotherapist and the
practitioner of hypnosis. We make a distinction in our
formalization of these patterns of behavior between
input channels, representational systems, and output
channels. A person can hear (input) words, make a
picture (representational system), and express it by
pounding his fist (output channel). (The formal model
of this aspect of behavior is the substance of The
Structure of Magic II, which you should read if you
wish further study.)
It is enough to say at this point that each of us
as human beings creates models of the world which
differ from the world. Each of us creates a model of the
world which is different from every other person's
model of the world. Furthermore, formal models -
Meta-models - can be built which represent the patterns
of modeling which are at work when we as humans
create these maps. Meta-models can be built which
represent the rules, whether conscious or unconscious,
governing how therapists and hypnotists work with
these modeling principles.
Milton Erickson's work with hypnosis is in one
such area of complex human behavior. His ability to
both induce and to utilize hypnosis is extremely
effective. Unfortunately, few people have been able to
learn this skill. Even more tragic is the fact that the lack
of formal understanding of hypnosis and its induction
has resulted in a diminishing of interest, research, and
practice of this profoundly useful therapeutic tool. The
authors' ability to understand and represent the patterns
of Erickson's skill has made it possible for us to learn
and to use those patterns. Realizing the special skills
we have to create formal representations of complex
human hehavior, he has made available to us his
writings and video and audio tapes, in the hope that the
formal model of his work which follows in this book
will make it possible for more of us to share his skills,
and, thus, to spur greater interest in research and
clinical use of hypnosis.
Também descobrimos que os terapeutas e
hipnotizadores mais eficazes tinham uma maneira
sistemática, embora nem sempre consciente, de utilizar
o sistema de representação mais valioso do cliente.
Compreender como um cliente organiza sua
experiência em termos desses sistemas representacio-
nais traz excelentes resultados tanto para o
psicoterapeuta quanto para o praticante da hipnose.
Fazemos uma distinção em nossa formalização desses
padrões de comportamento entre canais de entrada,
sistemas representacionais e canais de saída. Uma
pessoa pode ouvir (inserir) palavras, fazer uma imagem
(sistema representacional) e expressá-la batendo com o
punho (canal de saída). (O modelo formal deste
aspecto de comportamento é a substância de A
Estrutura a Magia II, que você deve ler se quiser um
estudo mais aprofundado.)
Basta dizer a esta altura que cada um de nós,
como seres humanos, cria modelos de mundo que
diferem da realidade. Cada um de nós cria um modelo
de mundo que é diferente de qualquer outra pessoa.
Além disso, modelos formais - metamodelos - podem
ser construídos de forma a representar os padrões de
modelagem que estão em ação quando nós, como
humanos, criamos esses mapas. Podem ser construídos
metamodelos que representam as regras, sejam
conscientes ou inconscientes, que governam como os
terapeutas e hipnotizadores trabalham com esses
princípios de modelagem.
O trabalho de Milton Erickson com a hipnose
está em uma dessas áreas de comportamento humano
complexo. Sua capacidade de induzir e utilizar a
hipnose é extremamente eficaz. Infelizmente, poucas
pessoas foram capazes de aprender essa habilidade.
Ainda mais trágico é o fato de que a falta de
compreensão formal da hipnose e de sua indução
resultou na diminuição do interesse, da pesquisa e da
prática dessa ferramenta terapêutica profundamente
útil. A capacidade dos autores de compreender e
representar os padrões da habilidade de Erickson
tornou possível aprender e usar esses padrões.
Percebendo as habilidades especiais que temos para
criar representações formais do comportamento
humano complexo, ele nos disponibilizou seus escritos
e fitas de vídeo e áudio, na esperança de que o modelo
formal de seu trabalho que segue neste livro torne
possível para mais pessoas compartilhar suas
habilidades e, assim, estimular um maior interesse na
pesquisa e no uso clínico da hipnose.
 The strategy we have employed in this book is
to take each of Erickson's techniques apart piece by
piece. First we extracted the small components. For
instance, his interspersal technique has a series of
special uses of language; when these components,
which include use of presupposition, imbedded
commands and sentence fragments, are put together
with special use of voice tempo and tonality, a larger
pattern called interspersal results. We have chosen a
series of articles which represent a wide range of
Erickson's work with hypnosis. We hope the result will
be both educational and useful to you in your own
specific area of work. The focus of this first Volume
will be to give you the language skills at the first level
of patterning used so effectively by Erickson.
Our strategy has three steps: First, to identify
these patterns in the context of Erickson's work.
Second, to familiarize you with each pattern, its form
and use. And, third, to give you formalizations that will
enable you to construct and utilize these patterns in
your own work.
In the past three decades, a great deal has been
learned about how human beings function in regard to
language, behavior, and consciousness. The fields of
linguistics and neurology, have made substantial
progress in understanding human behavior. There is,
however, much to be learned; the processes at work in
the organism called a human being constitute an as yet
uncharted universe of complexity. We intend in this
volume to take some of what is known about these
fields and apply it to the study of hypnosis in a way that
will help you to organize your experience to better
understand the work of Milton Erickson and the
phenomenon of hypnotism. One of the major
contributions of neurology that helps us to understand
hypnotic behavior is the study of split-brain patients.
(Gardner, Sperry, Gazzinga, 1969) Observations
regarding hemispheric differences made of split-brain
patients, and brain-damaged patients (Gardner) reveal
that the two cerebral hemispheres of the brain in
humans serve different functions. Erickson's behavior
in hypnosis seems to demonstrate an intuitive
understanding of these differences.
A estratégia que empregamos neste livro é
separar cada uma das técnicas de Erickson, peça por
peça. Primeiro, extraímos os pequenos componentes.
Por exemplo, sua técnica interspersal tem uma série de
usos especiais da linguagem; quando esses
componentes, que incluem o uso de pressupostos,
comandos embutidos e fragmentos de frases, são
reunidos com o uso especial do tempo e da tonalidade
da voz, um padrão mais amplo denominado resultados
intercalares. Escolhemos uma série de artigos que
representam uma ampla gama do trabalho de Erickson
com a hipnose. Esperamos que o resultado seja
educacional e útil para você em sua área específica de
trabalho. O foco deste primeiro volume será fornecer a
você as habilidades linguísticas no primeiro nível de
padronização usado de forma tão eficaz por Erickson.
Nossa estratégia tem três etapas: Primeiro,
identificar esses padrões no contexto do trabalho de
Erickson; Segundo, para familiarizá-lo com cada
padrão, sua forma e uso; E, em terceiro lugar, fornecer
formalizações que permitirão que você construa e
utilize esses padrões em seu próprio trabalho.
Nas últimas três décadas, muito se aprendeu
sobre como os seres humanos funcionam em relação à
linguagem, ao comportamento e à consciência. Os
campos da linguística e da neurologia fizeram
progressos substanciais na compreensão do
comportamento humano. Há, entretanto, muito a ser
aprendido; os processos em funcionamento no
organismo denominado ser humano constituem um
universo de complexidade ainda não mapeado.
Pretendemos neste volume pegar um pouco do que se
sabe sobre esses campos e aplicá-lo ao estudo da
hipnose de uma forma que o ajudará a organizar sua
experiência para melhor compreender a obra de Milton
Erickson e o fenômeno do hipnotismo. Uma das
principais contribuições da neurologia que nos ajuda a
entender o comportamento hipnótico é o estudo de
pacientes com cérebro dividido. (Gardner, Sperry,
Gazzinga, 1969) As observações sobre as diferenças
hemisféricas feitas em pacientes com cérebro dividido
e pacientes com danos cerebrais (Gardner) revelam que
os dois hemisférios cerebrais em humanos desempenha
funções diferentes. O comportamento de Erickson na
hipnose parece demonstrar uma compreensão intuitiva
dessas diferenças.
[A ideia de lateralidade do cérebro com um lado mais lógico,
analítico, intelectual (esquerdo) e outro lado mais intuitivo, criativo,
emotivo (direito) já foi superada pelas novas descobertas da neurologia,
em particular no campo da neuroplasticidade. Por exemplo, a capacidade
de produzir e responder à música é convencionalmente atribuída ao lado
direito do cérebro, mas processar elementos musicais como tom, ritmo e
melodia envolve uma série de áreas, incluindo algumas no hemisfério
esquerdo (que parece fundamental na percepção do ritmo). Até foi

The field of linguistics offers us a vast resource
for understanding how humans process complex
segments of language at non-conscious levels.2 The
research in these two fields raises the long overdue
question: What is an unconscious mind? We, as yet,
have no complete answer to this question; however, we
do believe that when Erickson uses the term
unconscious mind he is referring to more than just
some term left over from the Freudian foundations of
psychology. We believe he is referring partially to the
functioning of the dominant cerebral hemisphere that
occurs below the level of awareness, and also to the
functioning of the non-dominant cerebral hemisphere.
He is probably referring to more than these two aspects
of mental processing, but we are sure that his use of this
term includes these two functions. His overall strategy
while conducting trance inductions appears to have
these three dimensions.
(1) Pacing and distraction of the dominant
(language) hemisphere; (linguagem);
(2) Utilization of the dominant hemisphere,
language processing which occurs below processamento da linguagem que ocorre abaixo do
the level of awareness; nível de consciência;
(3) Accessing of the non-dominant
hemisphere.
Further readings in these areas are presented in
the bibliography for the interested reader. apresentadas na bibliografia para o leitor interessado.
It is our intention in the rest of Part I to help you
to identify how Erickson operates in a way that
accomplishes and utilizes these three strategies for
trance induction. A more explicit analysis will be
presented in Part II.
Preview of Patterns
In the remaining portion of Part I of this
volume, we will present examples of Erickson's work
in trance induction and suggestion. As we stated
previously, we will focus on simply identifying the
patterns in his work. The latter parts of this volume
1
Gardner, Sperry, Gazzinga, 1969.
sugerido que músicos qualificados usem seu cérebro esquerdo mais para
responder à música do que uma pessoa musicalmente ingênua, e que
partes do cérebro esquerdo podem desempenhar um papel fundamental
na apreciação da dimensão emocional da música. N. T.]
O campo da lingüística nos oferece um vasto
recurso para compreender como os humanos proces-
sam segmentos complexos da linguagem em níveis não
conscientes.1 A pesquisa nesses dois campos levanta a
questão há muito esperada: o que é uma mente
inconsciente? Nós, ainda, não temos uma resposta
completa para esta pergunta; entretanto, acreditamos
que, quando Erickson usa o termo mente inconsciente,
ele está se referindo a mais do que apenas algum termo
remanescente dos fundamentos freudianos da
psicologia. Acreditamos que ele esteja se referindo
parcialmente ao funcionamento do hemisfério cerebral
dominante que ocorre abaixo do nível de consciência,
e também ao funcionamento do hemisfério cerebral
não dominante. Ele provavelmente está se referindo a
mais do que esses dois aspectos do processamento
mental, mas temos certeza de que o uso desse termo
inclui essas duas funções. Sua estratégia geral ao
conduzir induções de transe parece ter essas três
dimensões.
(1) Ritmo e distração do hemisfério dominante
(2) Utilização do hemisfério dominante,
(3) Acesso do hemisfério não dominante.
[O conceito de hemisfério dominante não se conflita com o
conceito da neuroplasticidade e de atividades holísticas, realizadas ppelos
dois lados do érebros, simultaneamente. Pelo contrário, em regra, mesmo
que os dois hemisférios sejam utilizados, sempre há a dominância de um
dos lado sobre o outro. N. T.]
Leituras adicionais nessas áreas são
É nossa intenção, no restante da Parte I, ajudá-
lo a identificar como Erickson opera de uma maneira
que realiza e utiliza essas três estratégias para indução
de transe. Uma análise mais explícita será apresentada
na Parte II.
Prévia dos padrões
Na parte restante da Parte I deste volume,
apresentaremos exemplos do trabalho de Erickson na
indução e sugestão de transe. Como afirmamos
anteriormente, vamos nos concentrar em simplesmente
identificar os padrões em seu trabalho. As últimas
concern themselves with the formalization and
construction of these patterns, thus making them
available for you in your work. If we first present some
overview of these patterns, it will assist you in
attempting to understand the complex use to which
Erickson puts them.
In all trance induction work, the hypnotist must
be sensitive to the particular way in which the client
organizes his experience - that is, to the client's model
of the world and the modeling processes which the
client uses to construct that model. The hypnotist's
ability to identify and utilize the client's model and the
client's modeling processes will determine to a large
extent his ability to successfully pace the client. The
notion of pacing is central to any discussion of
successful trance induction and trance suggestion.
Here we restrict ourselves to verbal pacing. A hypnotist
has successfully paced a client verbally when the
hypnotist's verbalizations are accepted by the client as
an accurate description of the client's ongoing
experience.
In verbal pacing, there are two general
categories of description which will bc effective: de descrição que serão eficazes:
(1) Descriptions of the client's ongoing.
Observable experience; Experiência observável;
(2) Description of the client's ongoing, non-
observable experience. observável do cliente.
The first category of verbal description
depends primarily on the hypnotist's ability to make
acute visual and auditory distinctions as he observes
and listens to the client and to incorporate these
distinctions into his ongoing description of the client's
behavior. As mentioned in the commentary on the
Huxley article, at the end of Part I, in standard
inductions the hypnotist will frequently use
descriptions such as:
... breathing in and out... hand lifting, lifting…
where these descriptions, in fact, are timed so
that they are accurate descriptions of the client's
experience - that is, uttered as the client is, in fact,
breathing in and out, as the client's hand is, in fact,
lifting. In this type of pacing there is no substitute for
the hypnotist's ability to make refined visual and
auditory distinctions. We mention here that while
Erickson's ability to make these refined visual and
auditory distinctions is phenomenal and he skillfully
incorporates the distinctions he makes into his ongoing
descriptions, this is not the only use that he makes of
these distinctions. In the process of pacing, the
partes deste volume tratam da formalização e
construção desses padrões, disponibilizando-os para
você em seu trabalho. Se apresentarmos primeiro uma
visão geral desses padrões, isso o ajudará entender o
uso complexo que Erickson faz deles.
Em todo trabalho de indução de transe, o
hipnotizador deve ser sensível à maneira particular pela
qual o cliente organiza sua experiência - isto é, ao
modelo de mundo do cliente e aos processos de
modelagem que o cliente usa para construir esse
modelo. A capacidade do hipnotizador de identificar e
utilizar o modelo do cliente e os processos de
modelagem do cliente determinará em grande parte sua
capacidade de acompanhar o cliente com sucesso. A
noção de ritmo é central para qualquer discussão sobre
indução e sugestão de transe bem-sucedida. Aqui, nos
restringimos ao ritmo verbal. Um hipnotizador
conseguiu acompanhar verbalmente um cliente com
sucesso quando as verbalizações do hipnotizador são
aceitas pelo cliente como uma descrição precisa da
experiência contínua do cliente.
No ritmo verbal, existem duas categorias gerais
(1) Descrições do andamento do cliente.
(2) Descrição da experiência contínua não
A primeira categoria de descrição verbal
depende principalmente da capacidade do hipnotizador
de fazer distinções visuais e auditivas agudas ao
observar e ouvir o cliente e de incorporar essas
distinções em sua descrição contínua do
comportamento do cliente. Conforme mencionado no
comentário sobre o artigo de Huxley, no final da Parte
I, nas induções padrão, o hipnotizador frequentemente
usará descrições como:
... inspirando e expirando... ..levantando a
mão, levantando...
essas descrições, de fato, são cronometradas de
modo que sejam descrições precisas da experiência do
cliente - isto é, proferidas enquanto o cliente está, de
fato, inspirando e expirando, como a mão do cliente
está, de fato, levantando. Nesse tipo de ritmo, não há
substituto para a capacidade do hipnotizador de fazer
distinções visuais e auditivas refinadas. Mencionamos
aqui que, embora a capacidade de Erickson de fazer
essas distinções visuais e auditivas refinadas seja
fenomenal e ele habilmente incorpore as distinções que
faz em suas descrições em andamento, esse não é o
único uso que ele faz dessas distinções. No processo de
hypnotist is making himself into a sophisticated bio-
feedback mechanism. He may do this primarily
verbally. In addition, however, and dramatically
effective both from our observations of Erickson and
in our own work, the hypnotist may use his own body
posture and movements, his own tonality and tempo as
pacing mechanisms. More specifically, Erickson
frequently adopts the client's tonality, syntax and
tempo of speech, will adjust his body position,
breathing rate and gestures to match the client's. Thus,
the client feels his own breathing, the rising and falling
of his chest, and simultaneously sees Erickson's body
moving with the same rhythmic motions. Erickson
extends these principles in every way. He not only
matches his breathing to that of the client, but will also
match the tempo of his voice to the client's breathing
or pulse rate by watching the client's veins expand and
contract. He will use
(1) words and phrases he has heard the client
use and voice inflections used tonally by the client. In
essence, makes all his own output channels a feedback
mechanism that will match his client's subjective
experience on both conscious and unconscious levels.
Rarely are clients aware of the complex ways in which
Erickson is pacing them. This lack of awareness on the
part of the client seems to be an essential ingredient in
rapid, effective trance induction. The result of this
complex type of pacing is a complete biofeedback loop
for the client. The client's outputs and the
corresponding experience he has of his body and his
auditory output is matched by Erickson's output:
We will treat this complex type of pacing at
length in Volume II of Patterns; here we focus on the em extensão no Volume II de Padrões; aqui nos
verbal dimensions of Erickson's work. concentramos nas dimensões verbais do trabalho de
Erickson.
estimulação, o hipnotizador está se transformando em
um sofisticado mecanismo de bio-feedback. Ele pode
fazer isso principalmente verbalmente. Além disso, no
entanto, e dramaticamente eficaz tanto a partir de
nossas observações de Erickson quanto em nosso
próprio trabalho, o hipnotizador pode usar sua própria
postura e movimentos corporais, sua própria
tonalidade e ritmo como mecanismos de estimulação.
Mais especificamente, Erickson freqüentemente adota
a tonalidade, sintaxe e ritmo da fala do cliente,
ajustando sua posição corporal, frequência respiratória
e gestos para corresponder aos do cliente. Assim, o
cliente sente sua própria respiração, o aumento e a
descida de seu peito e, simultaneamente, vê o corpo de
Erickson se movendo com os mesmos movimentos
rítmicos. Erickson estende esses princípios de todas as
maneiras. Ele não apenas iguala sua respiração à do
cliente, mas também iguala o ritmo de sua voz à
respiração ou pulsação do cliente, observando as veias
do cliente se expandirem e se contraírem. Ele usará
(1) palavras e frases que ouviu o cliente usar e
as inflexões de voz usadas em tons pelo cliente. Em
essência, faz de todos os seus próprios canais de saída
um mecanismo de feedback que irá corresponder à
experiência subjetiva de seu cliente nos níveis
consciente e inconsciente. Raramente os clientes estão
cientes das maneiras complexas como Erickson os está
controlando. Essa falta de consciência por parte do
cliente parece ser um ingrediente essencial na indução
de transe rápida e eficaz. O resultado desse tipo
complexo de ritmo é um ciclo completo de
biofeedback para o cliente. As saídas do cliente e a
experiência correspondente que ele tem de seu corpo e
sua saída auditiva são combinadas com a saída de
Erickson:
Trataremos esse tipo complexo de estimulação
 This first type of pacing, then, involves the
hypnotist's ability to verbally match the client's
ongoing experience. It includes both the obvious - for
example:...as you sit there, listening to the sound of my
voice... and the less obvious types of observable
behavior pacing. For example, in the following
discussion of a hand levitation with Jay Haley (H) and
John Weakland (W):
W:...I’m not sure whether you took no response
as a response, or the tiniest response and said, “It’s
lifting”. There were a number of times there when you
said it when I couldn't quite detect whether anything
was happening not.
E: There was one thing that happened. Put
your hand on your thigh, take a deep breath. What
happened to your hand?
W: It lifts!
E: You time the inspiration. And they haven't
got an opportunity to deny it... Later on I thought I
would emphasize that, by taking every other
inspiration to say “lifting”.
Here Erickson gives instructions in the
induction being discussed for the client's hands to lift.
He does this at the time the client is breathing in. If your
hands are on your thighs and you breathe in, you will
have the sensation that your or hands are lifting. His
directions verbally match what he knows will be the
client's experience. This is another example of pacing.
In pacing the client's ongoing experience, the
hypnotist's objective is to so successfully pace that he
may begin to lead the client's experience. In other
words, once the client has accepted (usually
unconsciously) the hypnotist's description as an
accurate account of his ongoing experience, the line
between the hypnotist's description of the client's actual
behavior and what the client will experience next
becomes blurred. Typically, Erickson will make a
series of pacing statements which are immediately
verifiable by the client and link these to a statement
which is a description of the behavior which he desires
to elicit from the client. The strength of these links will
vary. The weakest linkage is Simple Conjunction - the
use of the word and as in:... you are sitting there,
listening to the sound of my voice and relaxing more
and more...
In this first volume, we distinguish only three
levels of linkage: três níveis de ligação:
(a) Simple conjunction
Esse primeiro tipo de estimulação, envolve a
capacidade do hipnotizador de corresponder verbal-
mente à experiência contínua do cliente. Inclui o óbvio
- por exemplo:...enquanto você está sentado aí,
ouvindo o som da minha voz... e os tipos menos óbvios
de estimulação do comportamento observável. Por
exemplo, na seguinte discussão de uma levitação de
mão com Jay Haley (H) e John Weakland (W):
W:...Não tenho certeza se você não aceitou a
resposta como uma resposta, ou a menor resposta e
disse: “Está melhorando”. Houve várias vezes em que
você disse isso em que não consegui detectar se algo
não estava acontecendo.
E: Houve uma coisa que aconteceu. Coloque a
mão na coxa e respire fundo. O que aconteceu com tua
mão?
W: Ela levanta!
E: Você cronometrou a inspiração. E eles não
tiveram oportunidade de negar... Mais tarde pensei em
enfatizar isso, aproveitando todas as outras
inspirações para dizer “levantamento”.
Aqui, Erickson dá instruções na introdução que
está sendo discutida para que as mãos do cliente
levantem. Ele faz isso no momento em que o cliente
está inspirando. Se suas mãos estiverem nas coxas e
você inspirar, terá a sensação de que suas mãos estão
se levantando. Suas instruções correspondem
verbalmente ao que ele sabe que será a experiência do
cliente. Este é outro exemplo de estimulação.
Ao acompanhar a experiência contínua do
cliente, o objetivo do hipnotizador é continuamente dar
um ritmo tão bem sucedido que ele pode começar a
liderar a experiência do cliente. Em outras palavras,
uma vez que o cliente aceitou (geralmente
inconscientemente) a descrição do hipnotizador como
um relato preciso de sua experiência contínua, a linha
entre a descrição do hipnotizador do comportamento
real do cliente e o que o cliente experimenta logo a
seguir fica desfocada. Normalmente, Erickson fará
uma série de declarações de ritmo que são
imediatamente verificáveis pelo cliente e as vincula a
uma declaração que é uma descrição do compor-
tamento que ele deseja obter. A força desses links pode
variar. A ligação mais fraca é a junção simples - o uso
da palavra “e” como em:...você está sentado aí,
ouvindo o som da minha voz e relaxando cada vez
mais...
Neste primeiro volume, distinguimos apenas
(a) Conjunção simples
 (b) Implied Causatives
(c) Cause-Effect
We are aware of other gradations of linkage
available in natural language but restrict ourselves to
these three. A more refined analysis will be presented
in subsequent volumes. These patterns constitute a
beginning of what we refer to as natural logic. For
some additional patterns of natural logic or human
modeling, see Polya (Patterns of Plausible
Interference, 1954) and Lakoff (Linguistics and
Natural Logic, 1970).
A somewhat stronger link is that which we call
the Implied Causative, shown in sentences such as: chamamos de Causativo Implícito, mostrado em frases
...as you sit there, listening to the sound of my voice, como:...enquanto você fica sentado aí, ouvindo o som
you will relax more and more...
The strongest form of the linkage occurs with
what we call Cause-Effect:...sitting there, listening to chamamos de Causa-Efeito:...sente lá, ouça o som da
the sound of my voice, will make you relax more and minha voz, fará você relaxar mais e mais...
more...
See chapters 3 and 4 of The Structure of Magic
I.
The important feature of these types of linkages
is not whether the logic of the statement is valid, but
simply whether they constitute a successful link
between the client's ongoing behavior and what the
client experiences next. Erickson's use of these linkage
principles is an excellent example of his ability to
employ the client's own modeling principles in pacing
and leading the client into new and medically, dentally,
or psychotherapeutically beneficial directions.
Particularly in the case of the stronger forms of linkage,
Implied Causatives and Cause-Effect statements, the
important issue is not logic but the modeling principles
by which the client organizes his experience.
Specifically, since clients accept Implied Causatives
and Cause-Effect as principles in organizing their
experiences, Erickson is simply making use of these
modeling principles to achieve the trance goals.
The second type of pacing statements are
descriptions of the client's ongoing, non-observable
experience. This may strike the reader as something of
a paradox. How is it possible accurately to describe
someone else's experience unless that person's
experience is observable? Here we encounter
Erickson's exquisite sense of language use. He makes
extensive use of the linguistic modeling principles to
present the client with a series of statements which are
vague and ambiguous yet, to the untrained ear, sound
(b) Causativos Implícitos
(c) Causa-Efeito
Estamos cientes de outras gradações de ligação
disponíveis na linguagem natural, mas nos
restringimos a essas três. Uma análise mais refinada
será apresentada em volumes subsequentes. Esses
padrões constituem o início do que chamamos de
lógica natural. Para alguns padrões adicionais de lógica
natural ou modelagem humana, consulte Polya
(Patterns of Plausible Interference, 1954) e Lakoff
(Linguistics and Natural Logic, 1970).
Uma ligação mais forte é aquela que
da minha voz, você vai relaxar cada vez mais...
A forma mais forte de ligação ocorre com o que
Veja os capítulos 3 e 4 de A Estrutura da Magia
I.
A característica importante desses tipos de
vínculos não é se a lógica da declaração é válida, mas
simplesmente se eles constituem um vínculo bem-
sucedido entre o comportamento contínuo do cliente e
o que o cliente experimenta em seguida. O uso que
Erickson faz desses princípios de ligação é um
excelente exemplo de sua capacidade de empregar os
próprios princípios de modelagem do cliente para
estimular e conduzir o cliente a direções novas e
benéficas do ponto de vista médico, odontológico ou
psicoterapêutico. Particularmente no caso das formas
mais fortes de ligação, causas implícitas e declarações
de causa-efeito, a questão importante não é a lógica,
mas os princípios de modelagem pelos quais o cliente
organiza sua experiência. Especificamente, uma vez
que os clientes aceitam Causativas Implícitas e Causa-
Efeito como princípios na organização de suas
experiências, Erickson está simplesmente fazendo uso
desses princípios de modelagem para atingir os
objetivos do transe.
O segundo tipo de declarações de ritmo são
descrições da experiência contínua e não observável do
cliente. Isso pode parecer um paradoxo ao leitor. Como
é possível descrever com precisão a experiência de
outra pessoa, a menos que a experiência dessa pessoa
seja observável? Aqui encontramos o requintado senso
de uso da linguagem de Erickson. Ele faz uso extensivo
dos princípios da modelagem linguística para apre-
sentar ao cliente uma série de afirmações que são vagas
e ambíguas, mas, para o ouvido não treinado, parecem
quite specific. Erickson may say, for example:...and bastante específicas. Erickson pode dizer, por
you may be aware of a certain sensation... exemplo:...e você pode estar ciente de uma certa
sensação...
The client sitting there, listening to the sound O cliente sentado lá, ouvindo o som da voz de
of Erickson's voice, certainly is experiencing some Erickson, certamente está experimentando alguma
sensation, and as he hears Erickson say the phrase a sensação, e ao ouvir Erickson dizer a frase uma certa
certain sensation, he understands the phrase to refer to sensação, ele entende a frase como se referindo a uma
one of his present sensations, thereby, the statement is de suas sensações presentes, portanto, a declaração é
an accurate description of the client's ongoing, uma descrição precisa da experiência contínua e não
nonobservable experience. The phrase a certain observável do cliente. A frase uma certa sensação não
sensation fails to pick out a specific sensation, thereby consegue identificar uma sensação específica,
leaving the client the freedom to attach it to some deixando assim ao cliente a liberdade de anexá-la a
portion of his ongoing experience. Phrases which fail alguma parte de sua experiência contínua. Diz-se que
to pick out specific portions of the listener's experience as frases que não conseguem identificar partes
are said to have no referential index. Thus, by using específicas da experiência do ouvinte não têm índice
phrases which fail to have referential indices, Erickson referencial. Assim, ao usar frases que não apresentam
is able to successfully pace the client. There are a índices referenciais, Erickson consegue acompanhar o
number of linguistic modeling principles which cliente com sucesso. Há uma série de princípios de
Erickson uses systematically in his work which allow modelagem linguística que Erickson usa
him to pace and lead non-observable behavior. The sistematicamente em seu trabalho, que lhe permitem
following is a brief overview of some of these. acompanhar e liderar comportamentos não
observáveis. A seguir, uma breve visão geral de alguns
deles.
Erickson often uses a technique which is Erickson freqüentemente usa uma técnica
closely related to the lack-ofreferential-index intimamente relacionada à técnica de falta de índice de
technique. For example, he may say:...the tomato plant referência. Por exemplo, ele pode dizer:...o tomate
can feel good... pode dar uma sensação boa...
For many native speakers of English, this Para muitos falantes nativos de inglês, esta
sentence is not well formed. They typically balk at frase não é bem formada. Eles normalmente hesitam
accepting the claim that plants feel anything. Rather, in em aceitar a alegação de que as plantas sentem
their model of the world, only animals and humans feel qualquer coisa. Em vez disso, em seu modelo de
things; to claim that a tomato plant can feel something mundo, apenas animais e humanos sentem coisas;
is to violate what linguists call a selectional restriction. afirmar que um tomate pode sentir algo é violar o que
When the client hears the sentence with such a os lingüistas chamam de restrição seletiva. Quando o
selectional restriction violation, the burden of cliente ouve a sentença com tal violação de restrição
constructing some other meaning for this seletiva, o ônus de construir algum outro significado
communication falls upon him. The most frequent para esta comunicação recai sobre ele. O resultado
outcome of his resulting attempt to make sense of such mais frequente de sua tentativa de dar sentido a tal frase
a sentence is that he comes to understand é que ele passa a compreender (inconscientemente)
(unconsciously) a sentence such as:... you (the client) uma frase como:...você (o cliente) pode se sentir bem...
can feel good...
One of the most powerful of these linguistic Uma das mais poderosas dessas técnicas de
modeling techniques is deletion, the case in which a modelagem linguística é o apagamento, caso em que
portion of the meaning of the sentence (the Deep uma parte do significado da frase (a Estrutura
Structure) has no representation in Surface Structure, Profunda) não tem representação na Estrutura
that is, in the actual sentence spoken to the client. Superficial, ou seja, na própria frase falada ao cliente.
Erickson may, for example, say:...and continue to Erickson pode, por exemplo, dizer:...e continuar a se
wonder... and really... perguntar... e realmente...
The predicate wonder is a word which O predicado ‘perguntar’ é uma palavra que
describes the process of someone's wondering about descreve o processo de alguém se perguntar sobre algo.
something. However, as it appears in this Surface No entanto, como aparece nesta Estrutura Superficial
Structure or sentence, who is doing the wondering and
what that unmentioned person is wondering is not
specified; those portions of the meaning have been
deleted. This leaves the information which is missing
to be filled in by the listener.
Some forms of deletion leave the resultant
Surface Structure well formed, that is, a grammatical
sentence of English. Other deletions result in
ungrammatical sentences. Erickson uses both in his
work. We will discuss their appropriate context for use
and the difference in the client's experience in Parts II
and III of this volume. We do not make the distinction
here in Part I.
A linguistic process closely related to the lack
of referential index and deletion is the phenomenon
called nominalization. Nominalization is the
representation of a process word - a predicate - by an
event word - a noun. For example, Erickson may
say:...a certain sensation...
The word sensation is a noun in its use in this
phrase, yet it is derived from a predicate which has
more information associated with it, specifically:
SENSE (someone sensing, someone/something being
sensed).
That is, the noun sensation is the result of the
linguistic process of nominalization - the
transformation of a predicate sense into a noun. In the
process of this transformation, the information of who
is doing the sensing and who or what is being sensed
has disappeared. Therefore, the referential indices of
the sensor and the person/thing being sensed are gone,
and the resulting nominalization is maximally
available for interpretation by the listener as a
statement which is applicable to his ongoing
experience.
Predicates of natural language systems differ
greatly as to their specificity. For example, the
predicates: touch... kiss are successively more
specified. The predicate touch simply indicates that
some people/objects have made physical contact, while
the predicate kiss adds an additional piece of
information, namely, that the person initiating contact
made contact with his lips. The predicate kiss is still,
however, unspecified as to where on the person or
object the contact (kiss) was made. Erickson exercises
his linguistic skills in pacing a client's non-observable
experience by selecting verbs which are relatively
unspecified, thereby maximizing the likelihood that the
statement that he makes will fit the client's ongoing
experience. Predicates such as: wonder, think, feel,
da sentença, quem está fazendo a pergunta e o que essa
pessoa oculta está querendo não é especificado; essas
partes do significado foram excluídas. Isso deixa a
informação que está faltando para ser preenchida pelo
ouvinte.
Algumas formas de exclusão deixam a
Estrutura Superficial resultante adequada, ou seja, uma
frase gramatical correta. Outras exclusões resultam em
sentenças não gramaticais. Erickson usa ambos em seu
trabalho. Discutiremos seu contexto apropriado para
uso e a diferença na experiência do cliente nas Partes II
e III deste volume. Não fazemos distinção aqui na Parte
I.
Um processo linguístico intimamente
relacionado à falta de índice referencial e exclusão é o
fenômeno denominado nominalização. Nominalização
é a representação de uma palavra de processo - um
predicado - por uma palavra de evento - um
substantivo. Por exemplo, Erickson pode dizer:...uma
certa sensação...
A palavra sensação é um substantivo sem uso
nesta frase, mas é derivada de um predicado que tem
mais informações associadas a ela, especificamente:
SENTIDO (alguém sentindo, alguém/algo sendo
sentido).
Ou seja, o substantivo ‘sensação’ é o resultado
do processo linguístico de nominalização - a
transformação de um sentido de predicado em um
substantivo. No processo dessa transformação, as
informações de quem está sentindo e quem ou o que
está sendo sentido desaparecem. Portanto, os índices
referenciais da pessoa que sentew e da pessoa/coisa
que está sendo sentida se foram, e a nominalização
resultante está ao máximo disponível para interpre-
tação pelo ouvinte como uma declaração que é aplicá-
vel à sua experiência contínua.
Os predicados dos sistemas de linguagem
natural diferem muito quanto à sua especificidade. Por
exemplo, os predicados: toque... beijo... são sucessiva-
mente mais específicos. O predicado toque indica
simplesmente que algumas pessoas/objetos fizeram
contato físico, enquanto o predicado beijo adiciona
uma informação adicional, a saber, que a pessoa que
iniciou o contato fez contato com seus lábios. O
predicado beijo ainda é, no entanto, não especificado
sobre onde na pessoa ou objeto o contato (beijo) foi
feito. Erickson exercita suas habilidades lingüísticas
para acompanhar a experiência não observável de um
cliente, selecionando verbos que são relativamente não
específicos, maximizando assim a probabilidade de
que a declaração que ele faz se encaixe na experiência
sense, know, experience, understand, become aware contínua do cliente. Predicados como: maravilhar-se,
of, remember; occur frequently in his pacing and pensar, sentir, sentir, saber, experimentar,
leading statements. These are relatively unspecified compreender, tornar-se consciente, lembrar; ocorrem
predicates. In addition, many of these predicates are com freqüência em suas declarações de ritmo e
predicates which simply by their occurrence call the liderança. Esses são predicados relativamente não
client's attention to some portion of his own especificados. Além disso, muitos desses são
experience, thereby successfully both pacing and predicados que simplesmente por sua ocorrência
directing his ongoing experience, as in the example of chamam a atenção do cliente para alguma parte de sua
the phrase a certain sensation presented previously. própria experiência, assim, com sucesso, tanto
estimula quanto dirige sua experiência contínua, como
no exemplo da frase uma certa sensação apresentada
anteriormente.
Erickson frequently employs this class of Erickson freqüentemente emprega esses
unspecified predicates with the technique of mind predicados não específicos com a técnica de leitura da
reading. Mind-reading statements are statements in mente. Afirmações de leitura da mente são afirmações
which one person claims to have knowledge of the nas quais uma pessoa afirma ter conhecimento dos
thoughts or feelings of another person without pensamentos ou sentimentos de outra pessoa sem
specifying the process by which he came to have that especificar o processo pelo qual veio a obter essa
information. In one sense, this entire discussion of the informação. Em certo sentido, toda essa discussão
way in which Erickson paces and then leads the client's sobre a maneira como Erickson acompanha e conduz o
non-observable behavior is a discussion of his mind- comportamento não observável do cliente é uma
reading ability. discussão sobre sua capacidade de ler mentes.
An example of this technique is:... I know that Um exemplo dessa técnica é:...eu sei que você
you are wondering... está se perguntando...
Here Erickson is claiming to have knowledge Aqui, Erickson afirma ter conhecimento da
of the internal, non-observable experience of the client experiência interna não observável do cliente, sem
without specifying the process by which he has secured especificar o processo pelo qual ele garantiu essa
that information. informação.
As trance induction proceeds, the amount of À medida que a indução do transe prossegue, a
pacing as opposed to leading that the hypnotist does quantidade de estimulação em oposição à condução
shifts dramatically. Trance induction and suggestion to que o hipnotizador faz muda dramaticamente. A
the client in trance are typically a mixture of pacing and indução e sugestão de transe para o cliente em transe
leading. We review briefly some of the techniques são tipicamente uma mistura de estimulação e
Erickson uses which typically occur more frequently as condução. Revisamos brevemente algumas das
leading statements than as pacing statements. In técnicas que Erickson usa, que normalmente ocorrem
leading the client's experience, Erickson com mais frequência como declarações iniciais do que
characteristically does not instruct the client directly, como declarações de andamento. Ao liderar a
rather he makes skillful use of a number of natural experiência do cliente, Erickson caracteristicamente
language modeling principles. não instrui o cliente diretamente, em vez disso, ele faz
uso habilidoso de uma série de princípios de
modelagem de linguagem natural.
For example, rather than instruct the client to Por exemplo, em vez de instruir o cliente a
sit down in a chair, he might say:... yes, and I wonder sentar-se em uma cadeira, ele poderia dizer:...sim, e eu
whether you have noticed the chair that you will soon me pergunto se você percebeu a cadeira em que logo
find yourself comfortably sitting in... se encontrará confortavelmente sentado...
Here he is using the principle of Aqui ele está usando o princípio da
presupposition. In natural language systems, when a pressuposição. Em sistemas de linguagem natural,
relative clause - that you will soon find yourself quando uma cláusula relativa - na qual você logo se
comfortably sitting in - is attached to a noun phrase - encontrará confortavelmente sentado - é anexada a um
the chair - in order for the sentence in which it appears sintagma nominal - a cadeira - para que a frase pareça
to make any sense, the listener must accept as accurate fazer algum sentido, o ouvinte deve aceitar como
the description given in the relative clause. correta a descrição dada na cláusula relativa. As
Presuppositions arc the linguistic equivalent of what is pressuposições são o equivalente linguístico do que é
more commonly called assumption, basic organizing mais comumente chamado de suposição, princípios
principles without which the information being básicos de organização sem os quais a informação
presented makes no sense. apresentada não faz sentido.
Another example of the typical use of Outro exemplo do uso típico de pressuposições
presuppositions by Erickson is:... I wonder whether por Erickson é:... Eu me pergunto se você está ciente
you are aware that you are deeply in trance... de que está profundamente em transe...
Here Erickson uses the predicate aware. This is Aqui Erickson usa o predicado ciente. Este é
a factive predicate - that is, a predicate which um predicado factivo - isto é, um predicado que
presupposes the truth of the clause which follows it. In pressupõe a verdade da cláusula que o segue. A fim de
order to make sense out of Erickson's communication, dar sentido à comunicação de Erickson, o cliente deve
the client must accept the clause which follows the aceitar a cláusula que segue o predicado ciente como
predicate aware as true, namely, that you are deeply in verdadeira, a saber, que você está em transe profundo.
trance.
Furthermore, the clause that you are deeply in Além disso, a própria cláusula de que você está
trance itself contains another presuppositional device - em transe profundo contém outro dispositivo
the use of an adverb, deeply. By using the adverb (a pressuposicional - o uso de um advérbio, profunda-
Deep Structure predicate) within the clause, the mente. Ao usar o advérbio (um predicado da Estrutura
remainder of the clause is presupposed. If Erickson Profunda) dentro da cláusula, o restante da cláusula é
says to a client:... Are you deeply in trance?... the issue pressuposto. Se Erickson disser a um cliente:... Você
is whether the client is deeply in trance, not whether the está profundamente em transe?... a questão é se o
client is in trance - that much is presupposed. Natural cliente está em transe profundo, não se o cliente está
languages contain a large number of devices for the em transe - isso é pressuposto. As linguagens naturais
communication of presupposition. contêm um grande número de dispositivos para a
comunicação de pressupostos.
Thus, in the case of the first example:... I Assim, no caso do primeiro exemplo:... Eu me
wonder whether you are aware that you are deeply in pergunto se você está ciente de que está profunda-
trance… Erickson compounds the presuppositions, mente em transe... Erickson compõe as pressuposições,
making it very difficult for the client to challenge the tornando muito difícil para o cliente desafiar a verdade
truth of the statement you are in trance. da afirmação de que você está em transe.
Another common pattern in Erickson's work is Outro padrão comum no trabalho de Erickson
the use of conversational postulates. Rather than é o uso de postulados conversacionais. Em vez de
directly instruct the client to place his hands on his instruir diretamente o cliente a colocar as mãos nas
thighs, Erickson, typically, will say: Can you place coxas, Erickson, normalmente, dirá: Você pode
your hands on your thighs? colocar as mãos nas coxas?
This communication has the form of a Esta comunicação tem a forma de uma
question, a question to which the response which is pergunta, uma pergunta para a qual a resposta
literally appropriate is either yes or no. However, this literalmente apropriada é sim ou não. No entanto, essa
form of yes/no questions typically carry with it the forma de perguntas sim/não geralmente carrega
force of the command closely related to it, namely, put consigo a força do comando intimamente relacionado
your hands on your thighs. By using the indirect a ela, ou seja, coloque as mãos nas coxas. Usando a
communication, Erickson bypasses altogether the issue comunicação indireta, Erickson contorna completa-
of resistance and control, leaving the client to respond mente a questão da resistência e controle, deixando o
as he chooses. cliente responder como ele quiser.
Erickson make extensive use of a very Erickson faz uso extensivo de uma forma
powerful form of language patterning which is closely muito poderosa de padronização de linguagem que está
related to this last one, the pattern of lesser included intimamente relacionada a esta última, o padrão de
structures. Erickson may, as an example, say to a estruturas pouco inclusivas. Erickson pode, por
client:... I knew a man once who really understood how exemplo, dizer a um cliente:... Conheci um homem
to feel good about... uma vez que realmente sabia como se sentir bem com...
Notice that the portion of Erickson's
communication in bold type itself is identical with the
command feel good. As another, slightly different
example, Erickson may say:... I wonder whether you
are completely comfortable...
Here the lesser included structure is the indirect
question, Are you completely comfortable? However,
since the question is a lesser portion of a statement,
there is no direct request on Erickson's part for a reply.
Characteristically, the client does make a response,
covertly responding to the communication as a
question. Lesser included structures are a very
powerful way of directing the client's experience and
building up response potential. This technique
becomes even more powerful when combined with the
technique of analogical marking.
Analogical marking is the use of non-linguistic
modes of communication to identify and sort the
linguistic communication into separate message units.
Erickson will, for example, shift his tonality (an
analogical mark) for the portions of the sentence in
bold type:... knew a man who really understood how to
feel good about...
Since clients are rarely conscious of such
analogical shifts (and, if conscious of such shifts, they
are very unlikely to associate them with the
simultaneously presented verbal material), the result of
Erickson's communication is the double
communication - the story Erickson is telling to the
conscious mind and the command feel good to the
unconscious mind. Erickson uses visual as well as
auditory cues to analogically mark his verbal
communication, fragmenting them into separate
message units.
We have presented a brief and sketchy
overview of some of the patterns employed by
Erickson in his work. There are several additional
effects of this type of communication which are
important in understanding the powerful effect which
Erickson has in his work. By communicating
indirectly, he avoids the issue of resistence to a large
extent. Furthermore, he leaves the client the maximum
freedom to choose (on the unconscious level) to what
portions of the communication he will respond.
Communicating in this way also engages the client at
the unconscious level of communication while
simultaneously occupying the client's conscious mind
in a way which prevents it from intruding unhelpfully
Observe que a parte da comunicação de
Erickson em destaque é idêntica ao comando sentir-se
bem. Como outro exemplo ligeiramente diferente,
Erickson pode dizer:... Eu me pergunto se você está
completamente confortável...
Aqui, a estrutura menos inclusiva é a pergunta
indireta: Você está completamente confortável? No
entanto, uma vez que a questão é uma parte menor de
uma declaração, não há nenhum pedido direto da parte
de Erickson para uma resposta. Caracteristicamente, o
cliente dá uma resposta, respondendo secretamente à
comunicação como uma pergunta. Estruturas menos
inclusivas são uma forma muito poderosa de direcionar
a experiência do cliente e desenvolver o potencial de
resposta. Essa técnica torna-se ainda mais poderosa
quando combinada com a técnica de marcação
analógica.
A marcação analógica é o uso de modos não
linguísticos de comunicação para identificar e classi-
ficar a comunicação linguística em unidades de mensa-
gem separadas. Erickson irá, por exemplo, mudar sua
tonalidade (uma marca analógica) para as partes da
frase em destaque:...conheceu um homem que
realmente sabia como se sentir bem com...
Uma vez que os clientes raramente estão
cientes de tais mudanças analógicas (e, se conscientes
de tais mudanças, é muito improvável que eles
associem com o material verbal apresentado
simultaneamente), o resultado da comunicação de
Erickson é a comunicação dupla - a história que
Erickson está contando para a mente consciente e o
comando para a mente inconsciente. Erickson usa
pistas visuais e auditivas para marcar analogicamente
sua comunicação verbal, fragmentando-as em
unidades de mensagem separadas.
Apresentamos uma breve e superficial visão
geral de alguns dos padrões empregados por Erickson
em seu trabalho. Existem vários efeitos adicionais
desse tipo de comunicação que são importantes para a
compreensão do poderoso efeito que Erickson tem em
seu trabalho. Ao se comunicar indiretamente, ele evita,
em grande medida, a resistência. Além disso, ele deixa
ao cliente a liberdade máxima para escolher (no nível
inconsciente) a que partes da comunicação ele irá
responder. A comunicação dessa forma também
envolve o cliente no nível inconsciente de comuni-
cação, ao mesmo tempo em que ocupa a mente
consciente do cliente de uma forma que o impede de se
intrometer inutilmente no processo de indução e
in the process of trance induction and suggestion.
Finally, the client is able to participate more actively
and creatively (again at the unconscious level of
behavior) in the process of hypnotic work.
This completes the overview of some of the
patterns which occur frequently in Erickson's trance
work. We present now one of Erickson's articles which
includes trance work. First, we present the article in its
entirety; then we will extract lines of the induction and
suggestion which illustrate each of the patterns which
we have presented. We wish to emphasize that there
are many examples of these patterns in the article; we
will extract only enough examples to allow the reader
to recognize these patterns as Erickson's. In addition,
we are aware that Erickson uses other patterns in his
trance work in this article which we will, for the
moment, ignore; the presentation here is not
exhaustive.
The Interspersal Hypnotic Technique for Técnica hipnótica intercalada para correção de
Symptom Correction and Pain Control sintomas e controle da dor
Innumerable Times this author has been asked
to commit to print in detail the hypnotic technique he
had employed to alleviate intolerable pain or to correct
various other problems. The verbal replies made to
these many requests have never seemed to be adequate
since they were invariably prefaced by the earnest
assertion that the technique in itself serves no other
purpose than that of securing and fixating the patient's
attention, creating in him a receptive and responsive
mental state, and thereby enabling him to benefit from
unrealized or only partially realized potentials for
behavior of various types. With this achieved by the
hypnotic technique, there is then the opportunity to
proffer suggestions and instructions serving to aid and
to direct the patient in achieving the desired goal or
goals. In other words, the hypnotic technique serves
only to induce a favorable setting in which to instruct
the patient in a more advantageous use of his own
potentials of behavior.
Since the hypnotic technique is primarily a
means to an end while therapy derives from the
guidance of the patient's behavioral capacities, it
follows that, within limits, the same hypnotic technique
can be utilized for patients with widely diverse
problems. To illustrate, two ~instances will be cited in
which the same technique was employed, once for a
patient with a distressing neurotic problem and once
for a patient suffering from intolerable pain from
sugestão de transe. Finalmente, o cliente é capaz de
participar mais ativa e criativamente (novamente no
nível inconsciente de comportamento) do processo de
trabalho hipnótico.
Isso completa a visão geral de alguns dos
padrões que ocorrem com frequência no trabalho de
transe de Erickson. Apresentamos agora um dos
artigos de Erickson que inclui o trabalho de transe.
Primeiro, apresentamos o artigo na íntegra; em
seguida, extrairemos linhas de indução e sugestão que
ilustram cada um dos padrões que apresentamos.
Queremos enfatizar que existem muitos exemplos
desses padrões no artigo; extrairemos apenas exemplos
suficientes para permitir ao leitor reconhecer esses
padrões como sendo de Erickson. Além disso, estamos
cientes de que Erickson usa outros padrões em seu
trabalho de transe neste artigo mas, por enquanto,
vamor ignorá-los; de uma forma que a apresentação
não seja exaustiva.
Inúmeras vezes, este autor foi solicitado a se
comprometer a imprimir em detalhes a técnica
hipnótica que ele empregou para aliviar dores
intoleráveis ou para corrigir vários outros problemas.
As respostas verbais feitas a esses muitos pedidos
nunca pareceram adequadas, uma vez que eram
invariavelmente precedidas pela afirmação sincera de
que a técnica em si não serve a nenhum outro propósito
além de assegurar e fixar a atenção do paciente, criando
nele um mentalidade receptiva e um estado responsivo,
permitindo que ele se beneficie de potenciais não
realizados ou apenas parcialmente realizados para
vários tipos de comportamento. Com isso alcançado
pela técnica hipnótica, há então a oportunidade de
proferir sugestões e instruções que servem para auxiliar
e direcionar o paciente a atingir a meta ou metas
desejadas. Em outras palavras, a técnica hipnótica
serve apenas para induzir um ambiente favorável no
qual instruir o paciente a um uso mais vantajoso de
seus próprios potenciais de comportamento.
Visto que a técnica hipnótica é basicamente um
meio para um fim, enquanto a terapia deriva da
orientação das capacidades comportamentais do
paciente, segue-se que, dentro de certos limites, a
mesma técnica hipnótica pode ser utilizada para
pacientes com problemas amplamente diversos. Para
ilustrar, serão citados dois casos em que a mesma
técnica foi empregada, uma para um paciente com um
problema neurótico angustiante e para um paciente que
terminal malignant disease. The technique is one that
the author has employed on the illiterate subject and
upon the college graduate, in experimental situations
and for clinical purposes. Often it has been used to
secure, to fixate, and to hold a difficult patient's
attention and to distract him from creating difficulties
that would impede therapy. It is a technique employing
ideas that are clear, comprehensible, but which by their
patent irrelevance to the patient-physician relationship
and situation distract the patient. Thereby the patient is
prevented from intruding unhelpfully into a situation
which he cannot understand and for which he is
seeking help. At the same time, a readiness to
understand and to respond is created within the patient.
Thus, a favorable setting is evolved for the elicitation
of needful and helpful behavioral potentialities not
previously used, or not fully used or perhaps misused
by the patient.
The first instance to be cited will be given
without any account of the hypnotic technique
employed. Instead, there will be given the helpful
instructions, suggestions, and guiding ideas which
enabled the patient to achieve his therapeutic goal and
which were interspersed among the ideas constituting
the hypnotic technique. These therapeutic ideas will
not be cited as repetitiously as they were verbalized to
the patient for the reason that they are more easily
comprehended in cold print than when uttered as a part
of a stream of utterances. Yet, these few repeated
suggestions in the hypnotic situation served to meet the
patient's needs adequately.
The patient was a 62-year-old retired farmer
with only an eighth-grade education, but decidedly
intelligent and well-read. He actually possessed a
delightful, charming, out-going personality, but he was
most unhappy, filled with resentment, bitterness,
hostility, suspicion and despair. Approximately two
years previously for some unknown or forgotten reason
(regarded by the author as unimportant and as having
no bearing upon the problem of therapy) he had
developed a urinary frequency that was most
distressing to him. Approximately every half hour he
felt a compelling urge to urinate, an urge that was
painful, that he could not control, and which would
result in a wetting of his trousers if he did not yield to
it. This urge was constantly present day and night. It
interfered with his sleep, his eating, his social
adjustments and compelled him to keep within close
reach of a lavatory and to carry a briefcase containing
several pairs of trousers for use when he was "caught
short." He explained that he had brought into the office
a briefcase containing three pairs of trousers and he
sofre de dor intolerável de doença terminal. A técnica
é aquela que o autor tem empregado no sujeito
analfabeto e no graduado, em situações experimentais
e para fins clínicos. Freqüentemente, tem sido usado
para proteger, fixar e prender a atenção de um paciente
difícil e para distraí-lo para evitaer que crie dificul-
dades que impediriam a terapia. É uma técnica que
emprega ideias claras, compreensíveis, mas que, por
sua evidente irrelevância para a relação e situação
médico-paciente, distraem o paciente. Desse modo, o
paciente é impedido de se intrometer inutilmente em
uma situação que não consegue entender e para a qual
está procurando ajuda. Ao mesmo tempo, cria-se no
paciente uma prontidão para compreender e responder.
Assim, um ambiente favorável é desenvolvido para a
elicitação de potencialidades comportamentais neces-
sárias e úteis não utilizadas anteriormente, ou não total-
mente utilizadas ou talvez mal utilizadas pelo paciente.
A primeira instância a ser citada será dada sem
qualquer explicação da técnica hipnótica empregada.
Em vez disso, serão dadas instruções úteis, sugestões e
idéias orientadoras que possibilitaram ao paciente
atingir seu objetivo terapêutico e que foram
intercaladas entre as idéias que constituem a técnica
hipnótica. Essas idéias terapêuticas não serão citadas
tão repetidamente quanto foram verbalizadas ao
paciente, pelo motivo de serem mais facilmente
compreendidas em impressão a frio do que quando
proferidas como parte de uma série de declarações. No
entanto, essas poucas sugestões repetidas na situação
hipnótica serviram para atender às necessidades do
paciente de forma adequada.
O paciente era um agricultor aposentado de 62
anos com apenas uma educação de oitava série, mas
decididamente inteligente e culto. Na verdade, ele
possuía uma personalidade encantadora e extrovertida,
mas era muito infeliz, cheio de ressentimento, amar-
gura, hostilidade, suspeita e desespero. Aproximada-
mente dois anos antes, por alguma razão desconhecida
ou esquecida (considerada pelo autor como sem impor-
tância e como não tendo relação com o problema da
terapia), ele desenvolvera uma frequência urinária que
era muito angustiante. Aproximadamente a cada meia
hora ele sentia uma necessidade urgente de urinar, uma
necessidade dolorosa, que ele não conseguia controlar,
e que resultaria em molhar as calças se ele não cedesse.
Esse desejo estava constantemente presente dia e noite.
Isso interferia em seu sono, em sua alimentação, em
seus ajustes sociais e obrigava-o a se manter próximo
de um banheiro e a carregar uma pasta com vários
pares de calças para usar quando fosse "pego de surpre-
sa". Explicou que havia trazido uma pasta contendo
três pares de calças e afirmou que havia visitado um
stated that he had visited a lavatory before leaving for
the author's office, another on the way and that he had
visited the office lavatory before entering the office and
that he expected to interrupt the interview with the
author by at least one other such visit.
He related that he had consulted more than 100
physicians and well-known clinics. He had been
cystoscoped more than 40 times, had had innumerable
xray pictures taken and countless tests, some of which
were electroencephalograms and electrocardiograms.
Always he was assured that his bladder was normal;
many times he was offered the suggestion to return
after a month or two for further study; and "too many
times" he was told that "it's all in your head"; that he
had no problem at all, that he "should get busy doing
something instead of being retired, and to stop
pestering doctors and being an old crock." All of this
had made him feellike committing suicide.
He had described his problem to a number of
writers of syndicated medical columns in newspapers,
several of whom offered him in his stamped,
selfaddressed envelope a pontifical platitudinous
dissertation upon his problem stressing it as one of
obscure organic origin. In all of his searching, not once
had it been suggested that he seek psychiatric aid.
On his own initiative, after reading two of the
misleading, misinforming and essentially fraudulent
books on "do-it-yourself hypnosis," he did seek the aid
of stage hypnotists, in all three in number. Each offered
him the usual blandishments, reassurances, and
promises common to that type of shady medical
practice and each failed completely in repeated
attempts at inducing a hypnotic trance. Each charged
an exorbitant fee (as judged by a standard medical fee,
and especially in relation to the lack of benefit
received).
As a result of all this mistreatment, the medical
no better than that of the charlatans and actually less
forgivable, he had become bitter, disillusioned,
resentful and openly hostile, and he was seriously
considering suicide. A gas station attendant suggested
that he see a psychiatrist and recommended the author
on the basis of a Sunday newspaper article. This
accounted for his visit to the author.
Having completed his narrative, he leaned back
in his chair, folded his arms, and challengingly said, tou na cadeira, cruzou os braços e disse desafiado-
“Now psychiatrize and hypnotize me and cure thi ramente: “Agora ‘psiquiatriza-me’ e hipnotiza-me e
bladder of mine.” cura minha bexiga”.
During the narration of the patient's story, the
author had listened with every appearance of rapt autor ouviu com aparentando atenção extasiada, exceto
attention except for a minor idling with his hands, por lapso ocioso com as mãos, mudando a posição dos
banheiro antes de sair para o escritório do autor, outro
a caminho e que havia visitado o banheiro antes de
entrar no escritório e que ele esperava interromper a
entrevista com o autor com pelo menos uma outra
dessas visitas.
Ele relatou que consultou mais de 100 médicos
e clínicas bem conhecidas. Ele foi cistoscopeado mais
de 40 vezes, teve inúmeras fotos tiradas e inúmeros
exames, alguns dos quais eram eletroencefalogramas e
eletrocardiogramas. Ele sempre teve a certeza de que
sua bexiga estava normal; muitas vezes recebeu a
sugestão de retornar depois de um ou dois meses para
estudos adicionais; e “muitas vezes” lhe disseram que
“está tudo na sua cabeça”; que ele não tinha nenhum
problema, que ele “deveria se ocupar fazendo alguma
coisa em vez de se aposentar e parar de importunar os
médicos e de ser um velho cretino”. Tudo isso o fez
sentir como se estivesse se matando.
Ele havia descrito seu problema a vários
redatores de colunas médicas distribuídas em jornais,
vários dos quais lhe ofereceram em seu envelope sela-
do e auto-endereçado uma dissertação pontifícia banal
sobre seu problema, enfatizando-o como de obscura
origem orgânica. Em todas as suas pesquisas, nenhuma
vez foi sugerido que ele procurasse ajuda psiquiátrica.
Por iniciativa própria, depois de ler dois livros
enganosos, desinformadores e essencialmente fraudu-
lentos sobre “hipnose, faça você mesmo”, procurou a
ajuda de hipnotizadores de palco. Eles lhe ofereceram
as lisonjas, garantias e promessas habituais a esse tipo
de prática médica duvidosa e cada um falhou comple-
tamente nas repetidas tentativas de induzir um transe
hipnótico. Cada um cobrava uma taxa exorbitante
(avaliada por uma taxa médica padrão e, principal-
mente, em relação à falta de benefício recebido).
Como resultado de todos esses maus-tratos, o
médico não era melhor do que os charlatães e na
verdade menos perdoável, ele havia se tornado amargo,
desiludido, ressentido e abertamente hostil. Estava
pensando seriamente em suicídio. Um frentista sugeriu
que ele procurasse um psiquiatra e recomendou o autor
com base em um artigo de jornal de domingo. Isso
explica sua visita.
Tendo completado sua narrativa, ele se recos-
Durante a narração da história do paciente, o
thereby shifting the position of objects on his desk.
This idling included a turning of the face of the desk
clock away from the patient. As he listened to the
patient's bitter account of his experiences, the author
was busy speculating upon possible therapeutic
approaches to a patient so obviously unhappy, so
resentful toward medical care and physicians, and so
challenging in attitude. He certainly did not appear to
be likely to be receptive and responsive to anything the
author might do or say. As the author puzzled over this
problem there came to mind the problem of pain
control for a patient suffering greatly in a terminal state
of malignant disease. That patient had constituted a
comparable instance where a hypnotherapeutic
approach had been most difficult, and yet, success had
been achieved. Both patients had in common the
experience of growing plants for a livelihood, both
were hostile and resentful, and both were
contemptuous of hypnosis. Hence, when the patient
issued his challenge of “psychiatrize and hypnotize
me”, the author, with no further ado, launched into the
same technique employed with that other patient to
achieve a hypnotherapeutic state in which helpful
suggestions, instructions, and directions could be
offered with reasonable expectation that they would be
accepted and acted upon responsively in accord with
the patient's actual needs and behavioral potentials.
The only differences for the two patients were
that the interwoven therapeutic material for the one
patient pertained to bladder function and duration of
time. For the other patient, the interwoven therapeutic
instructions pertained to body comfort, to sleep, to
appetite, to the enjoyment of the family, to an absence
of any need for medication and to the continued
enjoyment of time without concern about the morrow.
The actual verbal therapy offered, interspersed
as it was in the ideation of the technique itself, was as como foi na concepção da própria técnica, foi a
follows, with the interspersing denoted by dots. seguinte, com a intercalação denotada por pontos.
You know, we could think of your bladder
needing emptying every 15 minutes instead of every
half hour... Not difficult to think that... A watch can run
slow... or fast... be wrong even a minute... even two,
five minutes... or think of bladder every half hour... like
you've been doing... maybe it was 35,40 minutes
sometimes... like to make it an hour... what's the
difference... 35, 36 minutes, 41, 42, 45 minutes... not
much difference... not important difference... 45,46,47
minutes... all the same... lots of times you maybe had
to wait a second or two... felt like an hour or two... you
made it... you can again...47 minutes, 50 minutes,
what's the difference... stop to think, no great
difference, nothing important... just like 50 minutes, 60
objetos em sua mesa. Essa ociosidade incluiu um des-
vio do mostrador do relógio de mesa para longe do
paciente. Enquanto ouvia o amargo relato do paciente
sobre suas experiências, o autor estava ocupado espe-
culando sobre possíveis abordagens terapêuticas para
um paciente tão obviamente infeliz, tão ressentido com
os cuidados médicos e com uma atitude tão desafi-
adora. Ele certamente não parecia ser receptivo e res-
ponsivo a qualquer coisa que o autor pudesse fazer ou
dizer. Enquanto o autor se intrigava com esse proble-
ma, veio à mente o problema do controle da dor para
um paciente que sofre muito em um estado terminal de
doença maligna. Esse paciente constituiu uma instân-
cia comparável em que uma abordagem hipnotera-
pêutica foi mais difícil e, ainda assim, o sucesso foi
alcançado. Ambos os pacientes tinham em comum a
experiência de cultivar plantas, ambos eram hostis e
ressentidos, e ambos desprezavam a hipnose. Quando
o paciente lançou seu desafio de “psiquiatriza-me e
hipnotiza-me”, o autor, sem mais delongas, lançou-se
na mesma técnica empregada com aquele outro paci-
ente para atingir um estado hipnoterapêutico no qual
sugestões, instruções e orientações úteis poderiam ser
oferecidos com expectativa razoável de que seriam
aceitos e agiriam responsavelmente de acordo com as
necessidades reais e potenciais comportamentais do
paciente.
As únicas diferenças para os dois pacientes
eram que o material terapêutico entrelaçado para um
paciente pertencia à função da bexiga e à duração do
tempo. Para o outro paciente, as instruções terapêuticas
entrelaçadas diziam respeito ao conforto corporal, ao
sono, ao apetite, ao gozo da família, à ausência de
qualquer necessidade de medicação e ao gozo contínuo
do tempo sem preocupação com o dia seguinte.
A terapia verbal real oferecida, intercalada
Você sabe, poderíamos pensar na sua bexiga
precisando ser esvaziada a cada quinze minutos em vez
de a cada meia hora... Não é difícil pensar que... Um
relógio pode funcionar devagar... ou rápido... estar
errado mesmo por um minuto... mesmo dois, cinco
minutos... ou pense na bexiga a cada meia hora... como
você tem feito... talvez fosse 35,40 minutos às vezes...
tipo para fazer uma hora... qual é o diferença... 35, 36
minutos, 41, 42, 45 minutos... nenhuma diferença...
nenhuma diferença importante... 45, 46, 47 minutos...
todos iguais... muitas vezes você talvez teve que
esperar um segundo ou dois... parecia uma hora ou
duas... você conseguiu... você pode de novo... 47
minutos, 50 minutos, qual é a diferença... pare para
minutes, just minutes... anybody that can wait half an
hour can wait an hour... I know it... you are learning...
not bad to learn... in fact, good... come to think of it,
you have had to wait when somebody got there ahead
of you... you made it too... can again... and again... all
you want to... hour and 5 minutes... hour and 5 1/2
minutes... what's the difference... or even 6 1/2
minutes... make it 10 1/2, hour and 10 1/2 minutes...
one minute, 2 minutes, one hour, 2 hours, what's the
difference... you got half a century or better of practice
in waiting behind you... you can use all that... why not
use it... you can do it... probably surprise you a lot...
won't even think of it... why not surprise yourself at
home... good idea... nothing better than a surprise... an
unexpected surprise... how long can you hold out...
that's the surprise... longer than you even thought... lots
longer... might as well begin... nice feeling to begin...
to keep on... Say, why don't you just forget what I've
been talking about and just keep it in the back of your
mind. Good place for it - can't lose. Never mind the
tomato plant - just what was important about your
bladder pretty good, feel fine, nice surprise - say, why
don't you start feeling rested, refreshed right now,
wider awake than you were earlier this morning (this
last statement is, to the patient, an indirect, emphatic,
definitive instruction to arouse from his trance). Then,
(as a dismissal but no recognizable as such consciously
by the patient) why don't you take a nice leisurely walk
home, thinking about nothing (an amnesia instruction
for both the trance and his problem, and also a
confusion measure to obscure the fact that he had
already spent 1 1/2 hours in the office)? I’ll be able to
see you at 10:00 a.m. a week from today (furthering his
conscious illusion, resulting from his amnesia, that
nothing yet had been done except to give him an
appointment).
A week later he appeared and launched into an
excited account of arriving home and turning on the
television with an immediate firm intention of delaying
urination as long as possible. He watched a two-hour
movie and drank two glasses of water during the
commercials. He decided to extend the time another
hour and suddenly discovered that he had so much
bladder distension that he had to visit the lavatory. He
looked at his watch and discovered that he had waited
four hours. The patient leaned back in his chair,
beaming happily at the author, obviously expecting
praise. Almost immediately he leaned forward with a
startled look and declared in amazement, “It all comes
back to me now. I never give it a thought till just now.
pensar, nenhuma grande diferença, nada importante...
tipo 50 minutos, 60 minutos, apenas minutos...
qualquer um que pode esperar meia hora pode esperar
uma hora... eu sei... você está aprendendo... nada mal
de aprender... na verdade, bom... pensando bem, você
teve que esperar quando alguém chegou lá antes de
você... você também conseguiu... pode de novo... e de
novo... tudo que você quiser... hora e 5 minutos... hora
e 5 1/2 minutos... qual é a diferença... ou mesmo 6 1/2
minutos .. Faça 10 1/2 hora e 10 1/2 minutos... um
minuto, 2 minutos, uma hora, 2 horas, qual é a
diferença... você tem meio século ou mais de prática
esperando atrás de você... você pode usar tudo isso...
por que não usar... você pode fazer... provavelmente se
surpreenderá muito... nem vou pensar nisso... por que
não se surpreender em casa... boa ideia... nada melhor
do que uma surpresa... uma surpresa inesperada...
quanto tempo você consegue aguentar... essa é a
surpresa... mais do que você pensava... muito mais...
poderia como... bem, comece... bom sentimento para
começar... para continuar... Diga, por que você
simplesmente não esquece do que eu estou falando e
apenas mantém isso no fundo de sua mente. Bom lugar
para isso - não pode perder. Não importa o tomate - o
que era muito importante sobre sua bexiga, sinta-se
bem, boa surpresa - diga, por que você não começa a
se sentir descansado, revigorado agora, mais acordado
do que estava esta manhã [esta última afirmação é ,
para o paciente, uma instrução indireta, enfática,
definitiva para despertar de seu transe]. Então, [como
uma demissão, mas não reconhecível como tal
conscientemente pelo paciente] por que você não dá
uma bela caminhada para casa, sem pensar em nada
[uma instrução de amnésia para o transe e seu
problema, e também uma medida de confusão para
obscurecer o fato de já ter passado 1 hora e meia no
escritório]. Serei capaz de vê-lo às 10:00 da manhã por
semana a partir de hoje [promovendo sua ilusão
consciente, resultante de sua amnésia, de que nada
ainda havia sido feito, exceto marcá-lo].
Uma semana depois, ele apareceu e começou a
contar com entusiasmo sobre chegar em casa e ligar a
televisão com a firme intenção de adiar a micção o
máximo possível. Ele assistiu a um filme de duas horas
e bebeu dois copos d'água durante os comerciais. Ele
decidiu estender o tempo por mais uma hora e de
repente descobriu que tinha tanta distensão da bexiga
que precisava ir ao banheiro. Ele olhou para o relógio
e descobriu que havia esperado quatro horas. O paci-
ente recostou-se na cadeira, sorrindo alegremente para
o autor, obviamente esperando elogios. Quase imedia-
tamente, ele se inclinou para frente com um olhar
surpreso e declarou espantado: “Tudo volta para mim
agora. Eu nunca pensei nisso até agora. Eu esqueci
I plumb forgot the whole thing. Say, you must have
hypnotized me. You were doing a lot of talking about
growing a tomato plant and I was trying to get the point
of it and the next thing I knew I was walking home.
Come to think of it, I must of been in your office over
an hour and it took an hour to walk home. It wasn't no
four hours I held back, it was over six hours at least.
Come to think of it, that ain't all. That was a week ago
that happened. Now I recollect I ain't had a bit of
trouble all week - slept fine - no getting up. Funny how
a man can get up in the morning, his mind all set on
keeping an appointment to tell something, and forget a
whole week has went by. Say, when I told you to
psychiatrize and hypnotize me, you sure took it serious.
I'm right grateful to you. How much do I owe you?”
Essentially, the case was completed and the
remainder of the hour was spent in social small talk
with a view of detecting any possible doubts or
uncertainties in the patient. There were none, nor, in the
months that have passed, have there occurred any.
The above case report allows the reader to
understand in part how, during a technique of
suggestions for trance induction and trance
maintenance, hypnotherapeutic suggestions can be
interspersed for a specific goal. I n the author's
experience, such an interspersing of therapeutic
suggestions among the suggestions for trance
maintenance may often render the therapeutic
suggestions much more effective. The patient hears
them, understands them, but before he can take issue
with them or question them in any way, his attention is
captured by the trance maintenance suggestions. And
these in turn are but a continuance of the trance
induction suggestions. Thus, there is given to the
therapeutic suggestion an aura of significance and
effectiveness deriving from the already effective
induction and maintenance suggestions. Then again the
same therapeutic suggestions can be repeated in this
interspersed fashion, perhaps repeated many times,
until the therapist feels confident that the patient has
absorbed the therapeutic suggestions adequately. Then
the therapist can progress to another aspect of therapy
using the same interspersal technique.
The above report does not indicate the number
of repetitions for each of the therapeutic suggestions
for the reason that the number must vary with each set
of ideas and understandings conveyed and with each
patient and each therapeutic problem. Additionally
such interspersal of suggestions for amnesia and
completamente a coisa. Diga, você deve ter me
hipnotizado. Você estava falando muito sobre o cultivo
de um tomate e estava tentando entender e quando me
dei conta, estava voltando para casa. Pensando bem,
devo estar no seu escritório mais de uma hora e
demorou uma hora para caminhar para casa. Não
foram quatro horas que eu segurei, foram mais de seis
horas, no mínimo. Pensando bem, isso não é tudo. Isso
aconteceu há uma semana. Agora me lembro que não
não tive nenhum problema durante toda a semana -
dormi bem - não me levantei. Engraçado como um
homem pode se levantar de manhã, com a mente
determinada em marcar uma consulta para contar algo,
e esquecer que uma semana inteira se passou. Diga,
quando eu disse para você ‘psiquiatriza-me e
hipnotiza-me’, com certeza levou a sério. Estou muito
grato a você. Quanto eu devo?”
Essencialmente, o caso foi concluído e o resto
da hora foi gasto em conversa fiada social com o
objetivo de detectar quaisquer possíveis dúvidas ou
incertezas no paciente. Não houve nenhuma intercor-
rência, nem nos meses que se passaram, ocorreu qual-
quer problema.
O relato de caso acima permite ao leitor
compreender em parte como, durante uma técnica de
sugestões para indução e manutenção de transe, as
sugestões hipnoterapêuticas podem ser intercaladas
para um objetivo específico. Na experiência do autor,
essa intercalação de sugestões terapêuticas entre as
sugestões para a manutenção do transe pode muitas
vezes tornar as sugestões terapêuticas muito mais
eficazes. O paciente ouve, entende, mas antes que ele
possa discordar ou questionar de qualquer forma, sua
atenção é capturada pelas sugestões de manutenção do
transe. E estes, por sua vez, são apenas uma continu-
ação das sugestões de indução de transe. Desse modo,
dá-se à sugestão terapêutica uma aura de significância
e eficácia decorrente das já efetivas sugestões de indu-
ção e manutenção. Novamente, as mesmas sugestões
terapêuticas podem ser repetidas intercaladas, talvez
repetidas muitas vezes, até que o terapeuta se sinta
confiante de que o paciente absorveu as sugestões
terapêuticas adequadamente. O terapeuta pode progre-
dir para outro aspecto da terapia usando a mesma
técnica intercalar.
O relato não indica o número de repetições para
cada uma das sugestões terapêuticas, pois o número
deve variar com cada conjunto de ideias e enten-
dimentos veiculados e com cada paciente e cada pro-
blema terapêutico. Essa intercalação de sugestões para
amnésia e sugestões pós-hipnóticas entre as sugestões
posthypnotic suggestions among the suggestions for
trance maintenance can be done most effectively. To
illustrate from everyday life: A double task assignment
is usually more effective than the separate assignment
of the same two tasks. For example, a mother may say,
"Johnny, as you put away your bicycle just step over
and close the garage door." This has the sound of a
single task, one aspect of which favors the execution of
another aspect, and thus there is the effect of making
the task seem easier. To ask that the bicycle be put
away and then to ask that the garage door be closed has
every sound of being two separate, not to be combined,
tasks. To the separate tasks, a refusal can be given
easily to one or the other task or to both. But a refusal
when the tasks are combined into a single task means
what? That he will not put away the bicycle? That he
will not step over to the garage? That he will not close
the garage door?
The very extent of the effort needed to identify
what one is refusing in itself is a deterrent to refusal.
Nor can a refusal of the "whole thing" be offered
comfortably. Hence Johnny may perform the
combined task unwillingly but may prefer to do so
rather than to analyze the situation. To the single tasks
he can easily say "later" to each. But to the combined
task, he cannot say, "later" since, if he puts away the
bicycle "later," he must "immediately" step over to the
garage and "immediately" close the door. This is
specious reasoning, but it is the "emotional reasoning"
that is common in daily life, and daily living is not an
exercise in logic. As a common practice the author says
to a patient, "As you sit down in the chair, just go into
a trance." The patient is surely going to sit down in the
chair. But going into a trance is made contingent upon
sitting down, hence, a trance state develops from what
the patient was most certainly going to do. By
combining psychotherapeutic, amnestic and
posthypnotic suggestions with those suggestions used
first to induce a trance and then to maintain that trance
constitutes an effective measure in securing desired
results. Contingency values are decidedly effective. As
a further illustration, more than once a patient who has
developed a trance upon simply sitting down has said
to the author, "I didn't intend to go into a trance today."
I n reply the author has stated, "Then perhaps you
would like to awaken from the trance and hence, as you
understand that you can go back into a trance when
you need to, you will awaken. Thus, the "awakening"
is made contingent upon "understanding," thereby
insuring further trances through association by
contingency.
para a manutenção do transe pode ser feita de forma
mais eficaz. Para ilustrar a vida cotidiana: uma atri-
buição de tarefa dupla geralmente é mais eficaz do que
a atribuição separada das mesmas duas tarefas. Por
exemplo, uma mãe pode dizer: “João, enquanto você
guarda sua bicicleta, dê um passo adiante e feche a
porta da garagem.” Isso tem o som de uma única tarefa,
um aspecto que favorece a execução de outro aspecto
e, portanto, tem o efeito de tornar a tarefa mais fácil.
Pedir que a bicicleta seja guardada e depois pedir que
a porta da garagem seja fechada tem todo o som de
serem duas tarefas separadas, não combinadas. Para as
tarefas separadas, uma recusa pode ser dada facilmente
a uma ou outra tarefa ou a ambas. Mas uma recusa
quando as tarefas são combinadas em uma única tarefa
significa o quê? Que ele não vai guardar a bicicleta?
Que ele não vai pisar na garagem? Que ele não fecha a
porta da garagem?
A própria extensão do esforço necessário para
identificar o que alguém está recusando é um
impedimento à recusa. Nem pode uma recusa da “coisa
toda” ser oferecida confortavelmente. Conseqüen-
temente, João pode realizar a tarefa combinada de má
vontade, mas pode preferir fazê-lo em vez de analisar
a situação. Para cada tarefa, ele pode facilmente dizer
“mais tarde” para cada uma. Mas, para a tarefa combi-
nada, ele não pode dizer “mais tarde”, pois, se guardar
a bicicleta “mais tarde”, deve “imediatamente” ir até a
garagem e fechar “imediatamente” a porta. Este é um
raciocínio especioso, mas é o “raciocínio emocional”
comum na vida diária e a vida diária não é um exercício
de lógica. Como prática comum, o autor diz a um
paciente: “Ao sentar-se na cadeira, simplesmente entre
em transe”. O paciente certamente vai se sentar na
cadeira. Mas entrar em transe depende de sentar-se,
portanto, um estado de transe se desenvolve a partir do
que o paciente certamente iria fazer. Combinar suges-
tões psicoterapêuticas, amnésticas e pós-hipnóticas
com aquelas sugestões usadas primeiro para induzir
um transe e depois para manter esse transe constitui
uma medida eficaz para assegurar os resultados
desejados. Os valores de contingência são decidi-
damente eficazes. Como ilustração adicional, mais de
uma vez um paciente que desenvolveu um transe
simplesmente ao se sentar disse ao autor: “Não preten-
dia entrar em transe hoje.” Em resposta, o autor afir-
mou: “Então, talvez você gostaria de despertar do
transe e, portanto, como você entende que pode voltar
a um transe quando precisar, você despertará. Assim, o
“despertar” é feito dependente da “compreensão”,
garantindo assim transes adicionais por meio da
associação por contingência.
 With this explanation of rationale, the problem
of the second patient will be presented after a few
preliminary statements. These are that the author was
reared on a farm, enjoyed and still enjoys growing
plants, and has read with interest about the processes of
seed germination and plant growth.
The first patient was a retired farmer. The
second, who will be called "Joe" for convenience, was
a florist. He began his career as a boy by peddling
flowers, saving his pennies, buying more flowers to
peddle, etc. Soon he was able to buy a small parcel of
land on which to grow more flowers with loving care
while he enjoyed their beauty which he wanted to share
with others, and in turn, to get more land and to grow
more flowers, etc. Eventually he became the leading
florist in a large city. Joe literally loved every aspect of
his business, was intensely devoted to it but he was also
a good husband, a good father, a good friend and a
highly respected and valued member of the
community.
Then one fateful September a surgeon removed
a growth from the side of Joe's face, being careful not removeu uma lesão do lado do rosto de José, tomando
to disfigure Joe's face too much. The pathologist cuidado para não desfigurar muito seu rosto. O
reported the growth to be a malignancy. patologista relatou que o tumor era maligno.
Radical therapy was then instituted but it was
promptly recognized as “too late.” Joe was informed
that he had about a month left to live. Joe's reaction
was, to say the least, unhappy and distressed. I n
addition he was experiencing much pain, in fact,
extremely severe pain.
At the end of the second week in October, a
relative of Joe's urgently requested the author to
employ hypnosis on Joe for pain relief since narcotics
were proving of little value. In view of the prognosis
that had been given for Joe, the author agreed
reluctantly to see him, stipulating that all medication be
discontinued at 4:00 a.m. of the day of the author's
arrival. To this the physicians in charge of Joe at the
hospital courteously agreed.
Shortly before the author was introduced to
Joe, he was informed that Joe disliked even the
mention of the word hypnosis. Also, one of Joe's
children, a resident in psychiatry at a well-known
clinic, did not believe in hypnosis and had apparently
been confirmed in this disbelief by the psychiatric staff
of the clinic, none of whom is known to have had any
firsthand knowledge of hypnosis. This resident would
be present and the inference was that Joe knew of that
disbelief.
Com esta explicação do raciocínio, o problema
do segundo paciente será apresentado após algumas
declarações preliminares. É que o autor foi criado em
uma fazenda, gostava e ainda gosta de cultivar plantas
e leu com interesse sobre os processos de germinação
de sementes e crescimento de plantas.
O primeiro paciente era um fazendeiro
aposentado. O segundo, que por conveniência se
chamará “José”, era florista. Ele começou sua carreira
como um menino vendendo flores, economizando seus
centavos, comprando mais flores para vender, etc.
Logo foi capaz de comprar um pequeno pedaço de terra
para plantar mais flores com amor e cuidado enquanto
apreciava sua beleza, que ele queria compartilhar com
outras pessoas e, por sua vez, obter mais terras e cul-
tivar mais flores. Eventualmente, ele se tornou o
principal florista em uma grande cidade. José literal-
mente amava cada aspecto de seu negócio, era inten-
samente dedicado a ele, mas também era um bom
marido, um bom pai, um bom amigo e um membro
altamente respeitado e valorizado da comunidade.
Em um fatídico mês de setembro, um cirurgião
A terapia de tratamento foi instituída, mas
prontamente reconhecida como “tarde demais”. José
foi informado de que ainda tinha cerca de um mês de
vida. A reação de José foi, para dizer o mínimo, infeliz
e angustiada. Além disso, ele sentia muita dor, na
verdade, uma dor extremamente forte.
No final da segunda semana de outubro, um
parente de José pediu urgentemente ao autor que
empregasse hipnose em José para o alívio da dor, uma
vez que os narcóticos estavam se revelando de pouco
valor. Diante do prognóstico dado a José, o autor
concordou com relutância em vê-lo, estipulando que
toda a medicação fosse suspensa às quatros horas do
dia da chegada do autor. Os médicos encarregados de
José no hospital concordaram com o pedido de forma
cortês.
Pouco antes do autor ser apresentado a José, ele
foi informado de que ele não gostava nem mesmo da
menção da palavra hipnose. Além disso, um dos filhos
de José, um residente em psiquiatria em uma clínica
conhecida, não acreditava em hipnose e aparentemente
foi confirmado em sua descrença pela equipe psiquiá-
trica da clínica, onde niguém tinha conhecimento
verdadeiro sobre hipnose. Este residente estaria pre-
sente e a inferência era que José sabia dessa descrença.
 The author was introduced to Joe who
acknowledged the introduction in a most courteous and
friendly fashion. It is doubtful if Joe really knew why
the author was there. Upon inspecting Joe, it was noted
that much of the side of his face and neck was missing
because of surgery, ulceration, maceration and
necrosis. A tracheotomy had been performed on Joe
and he could not talk. He communicated by pencil and
paper, many pads of which were ready at hand. The
information was given that every 4 hours Joe had been
receiving narcotics (1/4 grain of morphine or 100
milligrams of Demerol) and heavy sedation with
barbituates. He slept little. Special nurses were
constantly at hand. Yet Joe was constantly hopping out
of bed, writing innumerable notes, some pertaining to
his business, some to his family, but many of them
were expressive of complaints and demands for
additional help. Severe pain distressed him
continuously and he could not understand why the
doctors could not handle their business as efficiently
and as competently as he did his floral business. His
situation enraged him because it constituted failure in
his eyes. Success worked for and fully merited had
always been a governing principle in his life. When
things went wrong with his business, he made certain
to correct them. Why did not the doctors do the same?
The doctors had medicine for pain so why was he
allowed to suffer such intolerable pain?
After the introduction, Joe wrote, "What you
want?" This constituted an excellent opening and the
author began his technique of trance induction and pain
relief. This will not be given in its entirety since a large
percentage of the statements made were repeated, not
necessarily in succession but frequently by referring
back to a previous remark and then repeating a
paragraph or two.
Another preliminary statement needed is that
the author was most dubious about achieving any kind
of success with Joe since, in addition to his physical
condition, there were definite evidences of toxic
reactions to excessive medication. Despite the author's
unfavorable view of possibilities, there was one thing
of which he could be confident. He could keep his
doubts to himself and he could let Joe know by manner,
tone of voice, by everything said that the author was
genuinely interested in him, was genuinely desirous of
helping him. If even that little could be communicated
to Joe, it should be of some comfort, however small, to
Joe and to the family members and to the nurses within
listening distance in the side room.
O autor foi apresentado a José, que agradeceu
a introdução da maneira mais cortês e amigável
possível. É duvidoso que ele realmente soubesse por
que o autor estava ali. Ao inspecionar José, notou que
grande parte do lado de seu rosto e pescoço estava
faltando por causa de cirurgia, ulceração, maceração e
necrose. Uma traqueostomia foi realizada e ele não
conseguia falar. Ele se comunicava por lápis e papel,
muitos dos quais estavam à mão. A informação foi de
que a cada quatro horas vinha recebendo narcóticos
(1/4 de grão de morfina ou 100 miligramas de
Demerol) e forte sedação com barbiturícos. Ele dormia
pouco. Enfermeiras especiais estavam constantemente
disponíveis. Ainda assim, Joe estava constantemente
pulando da cama, escrevendo inúmeras anotações,
algumas relacionadas ao seu negócio, outras à sua
família, mas muitas delas expressavam reclamações e
pedidos de ajuda adicional. A dor intensa o angustiava
continuamente e não conseguia entender por que os
médicos não podiam cuidar de suas responsabilidades
com a mesma eficiência e competência que ele fazia
com seus negócios de flores. Essa situação o enfureceu
porque constituiu um fracasso aos seus olhos. O
sucesso merecido do trabalho sempre foi um princípio
governante em sua vida. Quando as coisas davam
errado com seu negócio, ele fazia questão de corrigi-
las. Por que os médicos não fizeram o mesmo? Os
médicos tinham remédios para a dor, então por que ele
teve permissão para sofrer uma dor tão insuportável?
Após a apresentação, José escreveu: “O que
você quer?” Isso constituiu uma excelente abertura e o
autor iniciou sua técnica de indução de transe e alívio
da dor. Isso não será dado em sua totalidade, uma vez
que grande parte das declarações foram repetidas, não
necessariamente em sucessão, mas frequentemente
referindo-se a uma observação anterior e, em seguida,
repetindo uma ou duas sentenças.
Outra declaração preliminar necessária é que o
autor duvidava muito de conseguir qualquer tipo de
sucesso com José, uma vez que, além de sua condição
física, havia evidências definitivas de reações tóxicas a
medicamentos em excesso. Apesar da visão desfavo-
rável das possibilidades, havia uma coisa em que ele
podia confiar. Ele poderia manter suas dúvidas para si
mesmo e poderia deixar José saber, por meio de manei-
ras, tom de voz, por tudo que fosse dito, que o autor
estava genuinamente interessado nele, estava genuina-
mente desejoso de ajudá-lo. Se até mesmo esse pouco
pudesse ser comunicado a José e aos membros da
família e às enfermeiras na sala ao lado, seria um pouco
consolador.
 The author began: Joe, I would like to talk to
you. I know you are a florist, that you grow flowers,
and I grew up on a farm in Wisconsin and I liked
growing flowers. I still do. So I would like to have you
take a seat in that easy chair as I talk to you. I'm going
to say a lot of things to you but it won't be about flowers
because you know more than I do about flowers. That
isn't what you want. (The reader will note that italics
will be used to denote interspersed hypnotic
suggestions which may be syllables, words, phrases or
sentences uttered with a slightly different intonation.)
Now as I talk and I can do so comfortably, I
wish that you will listen to me comfortably as I talk
about a tomato plant. That is an odd thing to talk about.
It makes one curious. Why talk about a tomato plant?
One puts a tomato seed in the ground. One can feel
hope that it will grow into a tomato plant that will bring
satisfaction by the fruit it has. The seed soaks up water,
not very much difficulty in doing that because of the
rains that bring peace and comfort and the joy of
growing to flowers and tomatoes. That little seed, Joe,
slowly swells, sends out a little rootlet with cilia on it.
Now you may not know what cilia are, but cilia are
things that work to help the tomato seed grow, to push
up above the ground as a sprouting plant, and you can
listen to me Joe so I will keep on talking and you can
keep on listening, wondering, just wondering what you
can really learn, and here is your pencil and your pad
but speaking of the tomato plant, it grows so slowly.
You cannot see it grow, you cannot hear it grow, but
grow it does - the first little leaflike things on the stalk,
the fine little hairs on the stem, those hairs are on the
leaves too like the cilia on the roots, they must make
the tomato plant feel very good, very comfortable if you
can think of a plant as feeling and then, you can't see it
growing, you can't feel it growing but another leaf
appears on that little tomato stalk and then another.
Maybe, and this is talking like a child, maybe the
tomato plant does feel comfortable and peaceful as it
grows. Each day it grows and grows and grows, it's so
comfortable Joe to watch a plant grow and not see its
growth not feel it but just know that all is getting better
for that little tomato plant that is adding yet another leaf
and still another and a branch and it is growing
comfortably in all directions.
(Much of the above by this time had been (Muito do que foi dito acima já havia sido
repeated many times, sometimes just phrases, repetido muitas vezes, às vezes apenas frases, às vezes
sometimes sentences. Care was taken to vary the sentenças. Tomou-se o cuidado de variar a redação e
wording and also to repeat the hypnotic suggestions. também de repetir as sugestões hipnóticas. Muito
O autor começou: José, gostaria de falar com
você. Sei que você é florista, que cultiva flores e cresci
em uma fazenda em Wisconsin e gostava de cultivar
flores. Eu ainda faço. Portanto, gostaria que você se
sentasse naquela poltrona enquanto converso com
você. Vou dizer muitas coisas para você, mas não será
sobre flores, porque você sabe mais do que eu sobre
flores. Não é isso que você quer. (O leitor notará que o
itálico será usado para denotar sugestões hipnóticas
intercaladas que podem ser sílabas, palavras, frases ou
sentenças proferidas com uma entonação ligeiramente
diferente.)
Agora como disse e posso fazê-lo conforta-
velmente, desejo que me ouça confortavelmente
enquanto falo sobre um tomate. É uma coisa estranha
de se falar. Isso o deixa curioso. Por que falar sobre
tomate? Uma pessoa coloca uma semente de tomate no
solo. Pode-se sentir a esperança de que ele se
transforme em um tomate, que trará satisfação pelos
frutos que possui. A semente absorve água, sem muita
dificuldade em fazer isso por causa das chuvas que
trazem paz e conforto e a alegria de crescer até criar
flores e tomates. Essa sementinha, José, cresce lenta-
mente, forma uma pequena raiz com cílios. Agora você
pode não saber o que são cílios, mas cílios são coisas
que funcionam para ajudar a semente de tomate a
crescer, para se erguer acima do solo como uma planta
brotando, e você pode me ouvir José, então vou
continuar falando e você pode continuar a ouvir,
imaginar, apenas imaginar o que você pode realmente
aprender, e aqui está seu lápis e seu bloco de notas,
mas por falar no tomate, ele cresce tão devagar. Não
pode vêr ele crescer, não pode ouvir ele crescer, mas
ele cresce - os primeiros pequenos pêlos no caule, os
pequenos pelos finos no caule, aqueles pelos estão nas
folhas também como os cílios nas raízes, eles devem
fazer o tomate ficar muito bom, muito confortável se
você consegue pensar em uma planta como uma
sensação e depois, não consegue ver ela crescendo, não
consegue sentir ela crescendo, mas aparece outra folha
naquele pedacinho de tomate e depois outra. Talvez, e
isso é falar como uma criança, talvez o tomate se sinta
confortável e em paz enquanto cresce. A cada dia ele
cresce e cresce e cresce, é tão confortável José ver uma
planta crescer e não ver seu crescimento, não sentir,
mas apenas saber que tudo está melhorando para
aquela plantinha de tomate que está adicionando mais
uma folha e mais outra e um ramo e está crescendo
confortavelmente em todas as direções.
Quite some time after the author had begun, Joe's wife
came tiptoeing into the room carrying a sheet of paper
on which was written the question, "When are you
going to start the hypnosis?" The author failed to
cooperate with her by looking at the paper and it was
necessary for her to thrust the sheet of paper in front of
the author and therefore in front of Joe. The author was
continuing his description of the tomato plant
uninterruptedly and Joe's wife, as she looked at Joe,
saw that he was not seeing her, did not know that she
was there, that he was in a somnambulistic trance. She
withdrew at once.)
And soon the tomato plant will have a bud form
somewhere, on one branch or another, but it makes no
difference because all the branches, the whole tomato
plant will soon have those nice little buds - I wonder if
the tomato plant can, Joe, feel really feel a kind of
comfort. You know, Joe, a plant is a wonderful thing,
and it is so nice, so pleasing just to be able to think
about a plant as if it were a man. Would such a plant
have nice feelings, a sense of comfort as the tiny little
tomatoes begin to form, so tiny, yet so full of promise
to give you the desire to eat a luscious tomato, sun
ripened, it's so nice to have food in one's stomach, that
wonderful feeling a child, a thirsty child, has and can
want a drink, Joe, is that the way the tomato plant feels
when the rain falls and washes everything so that all
feels well (pause) You know, Joe, a tomato plant just
flourishes each day just a day at a time. I like to think
the tomato plant can know the fullness of comfort each
day. You know, Joe, just one day at a time for the
tomato plant. That's the way for all tomato plants.
(Joe suddenly came out of the trance, appeared
disoriented, hopped upon the bed, waved his arms, and
his behavior was highly suggestive of the sudden
surges of toxicity one sees in patients who have reacted
unfavorably to barbiturates. Joe did not seem to hear or
see the author until he hopped off the bed and had
walked toward the author. A firm grip was taken on
Joe's arm and then immediately loosened. The nurse
was summoned. She mopped perspiration from his
forehead, changed his surgical dressings, and gave
him, by tube, some ice water. Joe then let the author
lead him back to his chair. After a pretense by the
author of being curious about Joe's forearm, Joe seized
his pencil and paper and wrote, “Talk, talk”.)
Oh yes, Joe, I grew up on a farm, I think a
tomato seed is a wonderful thing, think, Joe, think in acho que uma semente de tomate é uma coisa
tempo depois de o autor ter começado, a esposa de José
entrou na ponta dos pés a sala com uma folha de papel
na qual estava escrita a pergunta: “Quando você vai
começar a hipnose?” O autor não cooperou com ela
olhando para o papel e foi necessário que ela enfiasse
a folha de papel na frente do autor e, portanto, na frente
de José. O autor continuava sua descrição da planta de
tomate ininterruptamente e a esposa de José, ao olhar
para ele, viu que ele não a estava vendo, não sabia que
ela estava ali, que ele estava em transe sonâmbulo. Ela
retirou-se imediatamente.)
E logo o tomateiro terá uma forma de botão em
algum lugar, em um galho ou outro, mas não faz
diferença porque todos os galhos, todo o tomateiro
logo terá aqueles lindos botões - me pergunto se o
tomate pode, José, sinto realmente sinto uma espécie
de conforto. Sabe, José, uma planta é uma coisa
maravilhosa, e é tão bom, tão agradável apenas ser
capaz de pensar em uma planta como se fosse um
homem. Será que essa planta teria sentimentos
agradáveis, uma sensação de conforto quando os
pequenos tomates começassem a se formar, tão
minúsculos, mas tão cheios de promessas para dar a
você o desejo de comer um tomate suculento,
amadurecido pelo sol, é tão bom ter comida no
estômago, aquela sensação maravilhosa de uma
criança, uma criança com sede, tem e pode querer uma
bebida, José, é como o tomate se sente quando a chuva
cai e lava tudo para que tudo pareça bem (pausa) Você
sabe, José, um tomate floresce todos os dias, um dia de
cada vez. Gosto de pensar que o tomateiro pode
conhecer a plenitude do conforto a cada dia. Sabe,
José, apenas um dia de cada vez para o tomate. É assim
que acontece com todas as plantas de tomate.
(José saiu repentinamente do transe, pareceu
desorientado, pulou na cama, agitou os braços e seu
comportamento foi altamente sugestivo dos surtos
repentinos de toxicidade que se vê em pacientes que
reagiram desfavoravelmente aos barbitúricos. José não
pareceu ouvir ou ver o autor até que saltasse da cama e
caminhasse em sua direção. Um aperto firme foi dado
no braço de Jose e imediatamente o afrouxou. A
enfermeira foi chamada. Ela enxugou o suor de sua
testa, mudou seus curativos cirúrgicos e deu-lhe, por
tubo, um pouco de água gelada. José então deixou o
autor conduzi-lo de volta para sua cadeira. Depois de
fingir que o autor estava curioso sobre o antebraço de
José, ele pegou seu lápis e papel e escreveu: “Fale,
fale”.)
Oh sim, José, eu cresci em uma fazenda, eu
that little seed there does sleep so restfully, so
comfortably a beautiful plant yet to be grown that will
bear such interesting leaves and branches. The leaves,
the branches look so beautiful, that beautiful, rich
color, you can really feel happy looking at a tomato
seed, thinking about the wonderful plant it contains
asleep, resting, comfortable, Joe. I'm soon going to
leave for lunch and I'll be back and I will talk some
more.
The above is a summary to indicate the ease
with which hypnotherapeutic suggestions can be
included in the trance induction and trance
maintenance suggestions which are important
additionally as a vehicle for the transmission of
therapy. Of particular significance is Joe's own request
that the author "talk." Despite his toxic state,
spasmodically evident, Joe was definitely accessible.
Moreover he learned rapidly despite the absurdly
amateurish rhapsody the author offered about a tomato
seed and plant. Joe had no real interest in pointless
endless remarks about a tomato plant. Joe wanted
freedom from pain, he wanted comfort, rest, sleep. This
was what was uppermost in Joe's mind, foremost in his
emotional desires, and he would have a compelling
need to try to find something of value to him in the
author's babbling. That desired value was there, so
spoken that Joe could literally receive it without
maravilhosa, pense, José, pense naquela sementinha
que dorme tão descansada, tão confortavel, uma bela
planta ainda por ser cultivada que irá suportar tal folhas
e ramos. As folhas, os ramos, tão lindos, aquela cor
rica, você pode se sentir muito feliz olhando uma
semente de tomate, pensando na planta maravilhosa
que ela contém adormecida, descansando, confortável,
José. Em breve vou sair para almoçar e já volto e
conversarei mais um pouco.
[A seguir a transrição apenas dos trechos
enfatizados pelo autor no processo da técnica de
intercalar sugestões indiretas:... confortavelmente... me
ouça confortavelmente... curioso... sentir a
esperança... trará satisfação... sem muita dificuldade...
trazem paz e conforto... coisas que funcionam... pode
me ouvir... vou continuar falando e você pode
continuar a ouvir, imaginar, apenas imaginar o que
você pode realmente aprender... Não pode vê-lo... não
pode ouvi-lo... ficar muito bom, muito confortável...
não consegue ver... não consegue sentir... confortável
e em paz... é tão confortável... não ver... não sentir...
tudo está melhorando... crescendo confortavelmente...
... sinto realmente sinto uma espécie de
conforto... tão bom, tão agradável... sentimentos
agradáveis, uma sensação de conforto... cheios de
promessas para dar a você o desejo de comer um
tomate... tão bom ter comida no estômago... sensação
maravilhosa... querer uma bebida... tudo pareça bem
(pausa) Você sabe... todos os dias, um dia de cada vez...
conhecer a plenitude do conforto a cada dia... apenas
um dia de cada vez...
... pense... pense... tão descansada, tão
confortável... você pode se sentir muito feliz...
adormecida, descansando, confortável...]
O texto é um resumo para indicar a facilidade
com que as sugestões hipnoterapêuticas podem ser
incluídas nas sugestões de indução e manutenção de
transe, que são também importantes como um veículo
para a transmissão da terapia. De particular importân-
cia é o próprio pedido de José para que o autor “fale”.
Apesar de seu estado tóxico, espasmodicamente evi-
dente, Joe estava definitivamente acessível. Além dis-
so, ele aprendeu rapidamente, apesar da rapsódia ab-
surdamente amadora que o autor ofereceu sobre uma
semente e uma planta de tomate. José não tinha
nenhum interesse real em observações intermináveis e
inúteis sobre um tomate. José queria se livrar da dor,
ele queria conforto, descanso, sono. Isso era o que
predominava na mente de José, principalmente em
seus desejos emocionais, e ele teria uma necessidade
urgente de tentar encontrar algo de valor para ele na
tagarelice do autor. Esse valor desejado estava lá, tão
realizing it. Joe's arousal from the trance was only
some minutes after the author had said so seemingly
innocuously, "want a drink, Joe." Nor was the re-
induction of the trance difficult, achieved by two brief
phrases, "think Joe think" and "sleep so restfully, so
comfortably" imbedded in a rather meaningless
sequence of ideas. But what Joe wanted and needed
was in that otherwise meaningless narration, and he
promptly accepted it.
During the lunch time, Joe was first restful and
then slowly restless, another toxic episode occurred, as
reported by the nurse. By the time the author returned
Joe was waiting impatiently for him. Joe wanted to
communicate by writing notes. Some were illegible
because of his extreme impatience in writing. He
would irritatedly rewrite them. A relative helped the
author to read these notes. They concerned things
about Joe, his past history, his business, his family and
"last week terrible," "yesterday was terrible." There
were no complaints, no demands, but there were some
requests for information about the author. After a
fashion a satisfying conversation was had with him as
was judged by an increasing loss of his restlessness.
When it was suggested that he cease walking around
and sit in the chair used earlier, he did so readily and
looked expectantly at the author.
You know, Joe, I could talk to you some more
about the tomato plant and if I did you would probably com você sobre o tomate e, se eu falasse, você prova-
go to sleep, in fact, a good sound sleep. velmente iria dormir, na verdade, um bom sono pro-
fundo.
(This opening statement has every earmark of
being no more than a casual commonplace utterance.
If the patient responds hypnotically, as Joe promptly
did, all is well. If the patient does not respond, all you
have said was just a commonplace remark, not at all
noteworthy. Had Joe not gone into a trance imme-
diately, there could have been a variation such as: “But
instead, let's talk about the tomato flower. You have
seen movies of flowers slowly, slowly opening, giving
one a sense of peace, a sense of comfort as you watch
the unfolding. So beautiful, so restful to watch. One can
feel such infinite comfort watching such a movie.”)
falado que José poderia literalmente recebê-lo sem
perceber. A excitação do transe ocorreu apenas alguns
minutos depois de o autor ter dito de maneira aparen-
temente inócua: “quer um drinque, José”. A reindução
do transe não foi difícil, alcançada por duas breves
frases, “pense José, pense” e “durma tão descansa-
damente, tão confortavelmente” embutidas em uma
sequência de idéias um tanto sem sentido. Mas o que
José queria e precisava estava naquela narração sem
sentido que ele prontamente aceitou.
Durante o almoço, José primeiro repousou e
depois ficou ligeiramente inquieto e outro episódio
tóxico ocorreu, conforme relatado pela enfermeira.
Quando o autor voltou, José esperava impacientemente
por ele. José queria se comunicar escrevendo notas.
Algumas eram ilegíveis por causa de sua extrema
impaciência com a escrita. Ele os reescreveria irritado.
Um parente ajudou o autor a ler essas notas. Eles se
preocupavam com coisas sobre José, sua história
passada, seus negócios, sua família e “terrível semana
passada”, “ontem foi terrível”. Não houve reclama-
ções, nem demandas, mas houve alguns pedidos de
informações sobre o autor. Depois de um certo tempo,
houve uma conversa satisfatória, com uma redução
cada vez maior de sua inquietação. Quando foi sugeri-
do que ele parasse de andar e se sentasse na cadeira
usada anteriormente, ele o fez prontamente e olhou
com expectativa para o autor.
Sabe, José, eu poderia falar mais um pouco
(Esta afirmação inicial tem todas as marcas de
não ser mais do que uma declaração casual e comum.
Se o paciente responder hipnoticamente, como José
prontamente fez, está tudo bem. Se o paciente não res-
ponder, tudo o que você disse foi apenas um comen-
tário comum, nada digno de nota. Se José não tivesse
entrado em transe imediatamente, poderia haver uma
variação como: “Mas, em vez disso, vamos falar sobre
a flor do tomate. Você está vendo filmes de flores
abrindo lentamente, lentamente, dando uma sensação
de paz, uma sensação de conforto ao assistir o filme.
Tão bonito, tão repousante de assistir. Pode-se sentir
um conforto infinito assistindo a um filme desses.”)

It does not seem to the author that more needs Não parece ao autor que mais deva ser dito
to be said about the technique of trance induction and sobre a técnica de indução e manutenção do transe e a
maintenance and the interspersal of therapeutic intercalação de sugestões terapêuticas. Outra ilustração
suggestions. Another illustration will be given later in será fornecida posteriormente neste artigo.
this paper.
 Joe's response that afternoon was excellent
despite several intervening episodes of toxic behavior
and several periods where the author deliberately
interrupted his work to judge more adequately the
degree and amount of Joe's learning.
Upon departure that evening, the author was
cordially shaken by [the] hand by Joe, whose toxic
state was much lessened. Joe had no complaints, he did
not seem to have distressing pain, and he seemed to be
pleased and happy.
Relatives were concerned about post-hypnotic
suggestions but they were reassured that such had been
given. This had been done most gently in describing so
much in detail and repetition the growth of the tomato
plant and then, with careful emphasis, “You know Joe,
“know the fullness of comfort each day” and “You
know, Joe, just one day at a time.”
About a month later around the middle of
November, the author was requested to see Joe again.
Upon arriving at Joe's home, he was told a rather
regrettable but not actually unhappy story. Joe had
continued his excellent response after the author's
departure on that first occasion, but hospital gossip had
spread the story of Joe's hypnosis and interns, residents,
and staff men came in to take advantage of Joe's
capacity to be a good subject. They made all the errors
possible for uninformed amateurs with superstitious
misconceptions of hypnosis. Their behavior infuriated
Joe who knew that the author had done none of the
offensive things they were doing. This was a fortunate
realization since it permitted Joe to keep all the benefits
acquired from the author without letting his hostilities
toward hypnosis interfere.
After several days of annoyance, Joe left the
hospital and went home, keeping one nurse in constant deixou o hospital e foi para casa, mantendo uma enfer-
attendance, but her duties were relatively few. meira em atendimento constante, mas suas funções
eram relativamente poucas.
During that month at home he had actually
gained weight and strength. Rarely did a surge of pain
occur and when it did it could be controlled either with
aspirin or with 25 milligrams of Demerol. Joe was very
happy to be with his family and there was considerable
fruitful activity about which the author is not fully
informed.
Joe's greeting to the author on the second visit
was one of obvious pleasure. However, the author foi de óbvio prazer. No entanto, o autor observou que
noted that Joe was keeping a wary eye on him, hence, José o estava observando com cautela, portanto, muito
A resposta de José naquela tarde foi excelente,
apesar de vários episódios intermediários de compor-
tamento tóxico e de vários períodos em que o autor in-
terrompeu deliberadamente seu trabalho para julgar
mais adequadamente o grau e a quantidade de
aprendizado de José.
Ao partir naquela noite, o autor foi
cordialmente sacudido pela mão de José, cujo estado
tóxico tina reduzido bastante. José não tinha queixas,
não parecia sentir uma dor terrível e parecia satisfeito
e feliz.
Os parentes estavam preocupados com as
sugestões pós-hipnóticas, mas foram tranquilizados de
que elas haviam sido dadas. Isso foi feito com muita
gentileza, descrevendo em detalhes e repetindo o
crescimento do tomate e, em seguida, com ênfase
cuidadosa, “Você conhece José", “Conhece a plenitude
do conforto a cada dia” e “Você sabe, José, apenas um
dia de cada vez.”
Cerca de um mês depois, em meados de
novembro, o autor foi convidado a ver José novamente.
Ao chegar à casa de José, ele ouviu uma história um
tanto lamentável, mas não realmente infeliz. José
continuara com sua excelente resposta após a partida
do autor naquela primeira ocasião, mas a fofoca do
hospital espalhou a história da hipnose e internos,
residentes e funcionários vieram para tirar vantagem da
capacidade de José de ser um bom sujeito. Eles
tomaram todos os erros possíveis para amadores desin-
formados com equívocos supersticiosos da hipnose. O
comportamento deles enfureceu José, que sabia que o
autor não havia feito nenhuma das coisas ofensivas que
eles estavam fazendo. Foi uma constatação feliz, pois
permitiu a José manter todos os benefícios adquiridos
do autor sem permitir que as hostilidades contra a
hipnose interferissem.
Após vários dias de aborrecimento, José
Durante aquele mês em casa, ele realmente
ganhou peso e força. Raramente ocorria uma onda de
dor e, quando acontecia, podia ser controlada com
aspirina ou 25 miligramas de Demerol. José estava
muito feliz por estar com sua família e realizando
considerável atividade frutífera sobre a qual o autor não
estava totalmente informado.
A saudação de José ao autor na segunda visita
great care was taken to be completely casual and to
avoid any hand movement that could be remotely
misconstrued as a “hypnotic pass” such as the hospital
staff had employed.
Framed pictures painted by a highly talented
member of his family were proudly displayed. There
was much casual conversation about Joe's
improvement and his weight gain and the author was
repeatedly hard pushed to find simple replies to
conceal pertinent suggestions. Joe did volunteer to sit
down and let the author talk to him. Although the
author was wholly casual in manner, the situation was
thought to be difficult to handle without arousing Joe's
suspicions. Perhaps this was an unfounded concern but
the author wished to be most careful. Finally the
measure was employed of reminiscing about "our visit
last October." Joe did not realize how easily this visit
could be pleasantly vivified for him by such a simple
statement as, I talked about a tomato plant then and it
almost seems as if I could be talking about a tomato
plant right now. It is so enjoyable to talk about a seed,
a plant. Thus there was, clinically speaking, a re-
creation of all of the favorable aspects of that original
interview.
Joe was most insistent on supervising the
author's luncheon that day, which was a steak
barbecued under Joe's watchful eye in the back yard
beside the swimming pool. It was a happy gathering of
four people thoroughly enjoying being together, Joe
being obviously most happy.
After luncheon, Joe proudly displayed the
innumerable plants, many of them rare, that he had
personally planted in the large back yard. Joe's wife
furnished the Latin and common names for the plants
and Joe was particularly pleased when the author
recognized and commented on some rare plant. Nor
was this a pretense of interest, since the author is still
interested in growing plants. Joe regarded this interest
in common to be a bond of friendship.
During the afternoon, Joe sat down voluntarily,
his very manner making evident that the author was
free to do whatever he wished. A long monologue by
the author ensued in which were included
psychotherapeutic suggestions of continued ease,
comfort, freedom from pain, enjoyment of family,
good appetite, and a continuing pleased interest in all
surroundings. All of these and other similar
suggestions were interspersed unnoticeably among the
author's many remarks. These covered a multitude of
topics to preclude Joe from analyzing or recognizing
cuidado foi tomado para ser completamente casual e
evitar qualquer movimento da mão que pudesse ser
remotamente interpretado como um “passe hipnótico”,
como o empregado pela equipe do hospital.
Quadros emoldurados pintados por um mem-
bro altamente talentoso de sua família foram exibidos
com orgulho. Houve muitas conversas casuais sobre a
melhora de José e seu ganho de peso e o autor foi repe-
tidamente pressionado para encontrar respostas sim-
ples para ocultar sugestões pertinentes. José se ofere-
ceu para se sentar e deixar o autor falar com ele. Em-
bora o autor fosse totalmente casual em maneiras, a si-
tuação foi considerada difícil de lidar sem levantar as
suspeitas de José. Talvez esta fosse uma preocupação
infundada, mas o autor desejava ser mais cuidadoso.
Por fim, a medida utilizada foi a de relembrar “nossa
visita em outubro passado”. José não percebeu quão
facilmente esta visita poderia ser agradavelmente vivi-
ficada para ele por uma declaração tão simples como,
“Eu falei sobre um tomate naquela época e quase
parece que eu poderia estar falando sobre um tomate
agora. É tão agradável falar sobre uma semente, uma
planta. Houve, clinicamente falando, uma recriação de
todos os aspectos favoráveis daquela entrevista
original.
José insistiu muito em supervisionar o almoço
do autor naquele dia, que foi um bife assado sob o olhar
atento de José no quintal ao lado da piscina. Foi uma
reunião feliz de quatro pessoas que adoraram estar
juntos, José obviamente sendo o mais feliz.
Após o almoço, José exibiu orgulhosamente as
inúmeras plantas, muitas delas raras, que plantou
pessoalmente no grande quintal. A esposa de José
forneceu os nomes latinos e comuns para as plantas e
José ficou particularmente satisfeito quando o autor
reconheceu e comentou sobre alguma planta rara.
Tampouco era pretensão de interesse, já que o autor
ainda está interessado no cultivo de plantas. Josée
considerava esse interesse em comum um vínculo de
amizade.
Durante a tarde, José sentou-se voluntari-
amente, da sua maneira tornando evidente que o autor
era livre para fazer o que quisesse. Seguiu-se um longo
monólogo do autor no qual foram incluídas sugestões
psicoterapêuticas de facilidade contínua, conforto, li-
berdade da dor, prazer da família, bom apetite e um in-
teresse prazeroso contínuo por todos os ambientes. To-
das essas e outras sugestões semelhantes foram interca-
ladas de forma imperceptível entre as muitas obser-
vações do autor. Eles cobriram uma infinidade de tópi-
cos para impedir que José analisasse ou reconhecesse a
the interspersing of suggestions. Also, for adequate
disguise, the author needed a variety of topics. Whether
or not such care was needed in view of the good rapport
is a debatable question, but the author preferred to take
no risks.
Medically, the malignancy was continuing to
progress, but despite this fact, Joe was in much better
physical condition than he had been a month
previously. When the author took his departure, Joe
invited him to return again.
Joe knew that the author was going on a lecture
trip in late November and early December. Quite
unexpected by the author, a long distance telephone
call was received just before the author's departure on
this trip. The call was from Joe's wife who stated, "Joe
is on the extension line and wants to say 'hello' to you,
so listen." Two brief puffs of air were heard. Joe had
held the telephone mouthpiece over his tracheotomy
tube and had exhaled forcibly twice to simulate "hello."
His wife stated that both she and Joe extended their best
wishes for the trip and a casual conversation of friends
ensued with Joe's wife reading Joe's written notes.
A Christmas greeting card was received from
Joe and his family. In a separate letter Joe's wife said
that "the hypnosis is doing well, but Joe's condition is
failing." Early in January Joe was weak but
comfortable. Finally, in his wife's words, “Joe died
quietly January 21.”
The author is well aware that the prediction of
the duration of life for any patient suffered from a fatal
illness is most questionable. Joe's physical condition in
October did not promise very much. The symptom
amelioration, abatement and actual abolishment
effected by hypnosis, and the freedom of Joe's body
from potent medications, conducive only of
unawareness, unquestionably increaseed his span of
life while at the same time permitting an actual brief
physical betterment in general. This was attested
clearly by his improved condition at home and his gain
in weight. That Joe lived until that latter part of January
despite the extensiveness of his malevolent disease
undoubtedly attests to the vigor with which Joe
undertook to live the remainder of his life as enjoyably
as possible, a vigor expressive of the manner in which
he had lived his life and built his business.
To clarify still further this matter of the
technique of the interspersal of therapeutic suggestions de sugestões terapêuticas entre indução de transe e su-
among trance induction and trance maintenance gestões de manutenção de transe, pode ser bom relatar
suggestions, it might be well to report the author's
intercalação de sugestões. Além disso, para um disfar-
ce adequado, o autor precisava de uma variedade de
tópicos. Se esse cuidado era necessário ou não para o
bom relacionamento é uma questão discutível, mas o
autor preferiu não correr riscos.
Do ponto de vista médico, a doença continuava
a progredir, mas, apesar desse fato, José estava em
condições físicas muito melhores do que no mês
anterior. Quando o autor partiu, José o convidou a
voltar novamente.
José sabia que o autor faria uma viagem de
palestras no final de novembro e no início de dezem-
bro. Bastante inesperado para o autor, um telefonema
de longa distância foi recebido pouco antes da partida
do autor para esta viagem. A ligação era da esposa de
José, que afirmou: “José está na linha de extensão e
quer dizer 'alô' para você, então ouça.” Duas breves
lufadas de ar foram ouvidas. José segurou o bocal do
telefone sobre o tubo de traqueostomia e exalou com
força duas vezes para simular um “alô”. Sua esposa
declarou que ela e José expressaram seus melhores
votos para a viagem e uma conversa casual de amigos
se seguiu com a esposa de José lendo suas anotações
escritas.
Um cartão de Natal foi recebido de José e sua
família. Em uma carta separada, a esposa de José disse
que “a hipnose está indo bem, mas o estado de José está
piorando”. No início de janeiro, José estava fraco, mas
confortável. Finalmente, nas palavras de sua esposa,
“José morreu tranquilamente em 21 de janeiro”.
O autor está bem ciente de que a previsão da
duração da vida de qualquer paciente que sofreu de
uma doença fatal é muito questionável. A condição
física de José em outubro não prometia muito. A me-
lhora, redução e abolição real dos sintomas efetuada
pela hipnose e a redução no corpo de José de medi-
camentos potentes, que conduzem apenas à incons-
ciência, inquestionavelmente aumentaram sua expec-
tativa de vida ao mesmo tempo permitindo uma breve
melhora física real em geral. Isso foi atestado clara-
mente por sua melhora em casa e seu ganho de peso. O
fato de ter vivido até o final de janeiro, apesar da exten-
são de sua doença malévola, sem dúvida atesta o vigor
com que José se comprometeu a viver o resto de sua
vida da maneira mais agradável possível, um vigor que
expressa a maneira como ele viveu sua vida e construiu
seu negócio.
Para esclarecer mais a técnica da intercalação
original experimental work done while he was on the o trabalho experimental original do autor feito en-
Research Service of the Worcester State Hospital in quanto ele estava no Serviço de Pesquisa do Worcester
Worcester, Massachusetts, in the early 1930's. State Hospital em Worcester, Massachusetts, no início
dos anos 1930.
The Research Service was concerned with the O Serviço de Pesquisa estava preocupado com
study of the numerous problems of schizophrenia and o estudo dos numerosos problemas da esquizofrenia e
the possibilities of solving some of them. To the author, as possibilidades de resolver alguns deles. Para o autor,
the psychological manifestations were of paramount as manifestações psicológicas eram de interesse pri-
interest. For example, just what did a stream of mordial. Por exemplo, o que significava um fluxo de
disconnected, rapidly uttered incoherencies mean? incoerências desconectadas e rapidamente pronun-
Certainly, in some manner, such a stream of utterances ciadas? Certamente, de alguma maneira, tal fluxo de
must be most meaningful to the patient in some way. declarações deve ser mais significativo para o paciente
Competent secretaries from time to time had recorded de alguma forma. De vez em quando, secretárias com-
verbatim various examples of such disturbed petentes registravam literalmente vários exemplos de
utterances for the author's perusal and study. The tais declarações perturbadas para leitura e estudo do
author himself managed to record adequately similar autor. O próprio autor conseguiu registrar adequa-
such productions by patients who spoke slowly. damente tais produções de pacientes que falavam
Careful study of these verbal productions, it was devagar. O estudo cuidadoso dessas produções verbais,
thought, might lead to various speculative ideas that, in pensava-se, poderia levar a várias idéias especulativas
turn, might prove of value in understanding something que, por sua vez, poderiam ser valiosas para uma maior
about schizophrenia. compreensão sobre a esquizofrenia.
The question arose of whether or not much of Surgiu a questão de saber se grande parte da
the verbigeration might be a disguise for concealed verbigeração pode ser ou não um disfarce para signi-
meanings, fragmented and dispersed among the total ficados ocultos, fragmentados e dispersos entre os
utterances. This led to the question of how could the enunciados totais. Isso levou à questão de como a
author himself produce a series of incoherencies in própria autor poderia produzir uma série de incoe-
which he could conceal in a fragmented form a rências nas quais pudesse ocultar de uma forma frag-
meaningful message. Or could he use the mentada uma mensagem significativa. Ou ele poderia
incoherencies of a patient and intersperse among them usar as incoerências de um paciente e intercalar entre
in a somewhat orderly fashion a fragmented elas de uma forma um tanto ordenada uma comuni-
meaningful communication that would be difficult to cação significativa fragmentada que seria difícil de
recognize? This speculation gave rise to many hours of reconhecer? Essa especulação deu origem a muitas
intense labor spent fitting into a patient's verbatim, horas de intenso trabalho, adaptando-se literalmente às
apparently meaningless, utterances a meaningful declarações de um paciente, aparentemente sem sen-
message that could not be detected by the author's tido, uma mensagem significativa que não poderia ser
colleagues when no clue of any sort was given to them. detectada pelos colegas do autor quando nenhuma pista
Previous efforts at producing original incoherencies by de qualquer tipo fosse fornecida a eles. Esforços ante-
the author disclosed a definite and recognizable riores em produzir incoerências originais pelo autor
personal pattern indicating that the author was not revelaram um padrão pessoal definido e reconhecível,
sufficiently disturbed mentally to produce a bonfires indicando que o autor não estava suficientemente per-
stream of incoherent verbigerations. turbado mentalmente para produzir um fluxo genuíno
de verbalizações incoerentes.
When a meaning was interspersed in a patient's Quando um significado foi intercalado com
productions successfully, the author discovered that his sucesso nas produções de um paciente, o autor desco-
past hypnotic experimentation with hypnotic briu que sua experimentação hipnótica anterior com
techniques greatly influenced the kind of message técnicas hipnóticas influenciou muito o tipo de men-
which he was likely to intersperse in a patient's sagem que ele provavelmente intercalaria nas verba-
verbigerations. Out of this labor came the following lizações de um paciente. Desse trabalho surgiu o se-
experimental and therapeutic work. guinte trabalho experimental e terapêutico.
One of the more recently hired secretaries Uma das secretárias contratadas mais recen-
objected strongly to being hypnotized. She suffered temente se opôs veementemente a ser hipnotizada. Ela
regularly upon the onset of menstruation from severe sofria regularmente no início da menstruação de fortes
migrainous headaches lasting 3 to 4 or even more
hours. She had been examined repeatedly by the
medical service with no helpful findings. She usually
retired to the lounge and "slept off the headache," a
process usually taking 3 or more hours. On one such
occasion, she had been purposely rather insistently
forced to take dictation by the author instead of being
allowed to retire to the lounge. Rather resentfully she
began her task but within 15 minutes she interrupted
the author to explain that her headache was gone. She
attributed this to her anger at being forced to take
dictation. Later, on another such occasion, she
volunteered to take certain dictation which all of the
secretaries tried to avoid because of the difficulties it
presented. Her headache grew worse and she decided
that the happy instance with the author was merely a
fortuitous happenstance. Subsequently she had another
severe headache. She was again insistently requested
by the author to take some dictation. The previous
happy result occurred within ten minutes. Upon the
occurrence of another headache, she volunteered to
take dictation from the author. Again it served to
relieve her headache. She then experimentally tested
the benefits of dictation from other physicians. For
some unknown reason, her headaches only worsened.
She returned from one of these useless attempts to the
author and asked him to dictate. She was told he had
nothing on hand to dictate but that he could redictate
previously dictated material. Her headache was
relieved within 8 minutes. Later her request for
dictation for headache relief was met by some routine
dictation. It failed to have any effect.
She came again, not too hopefully since she
thought she had "worn-out the dictation remedy."
Again she was given dictation with a relief of her
distress in about 9 minutes. She was so elated that she
kept a copy of the transcript so that she could ask others
to dictate “that successful dictation” to relieve her
headaches. Unfortunately, nobody seemed to have the
“right voice” as did the author. Always, a posthypnotic
suggestion was casually given that there would be no
falling asleep while transcribing.
She did not suspect, nor did anybody else, what
had really been done. The author had made
comprehensive notes of the incoherent verbigeration of
a psychotic patient. He had also had various secretaries
make verbatim records of patient's incoherent
utterances. He had then systematically interspersed
therapeutic suggestions among the incoherencies with
that secretary in mind. When this was found to be
dores de cabeça, de enxaqueca, que duravam de três a
quatro ou até mais horas. Ela havia sido examinada
repetidamente pelo serviço médico sem nenhuma
descoberta útil. Ela geralmente se retirava para a sala
de estar e “dormia com a dor de cabeça”, um processo
que geralmente leva trê horas ou mais. Em uma dessas
ocasiões, ela tinha sido propositalmente bastante
insistentemente forçada a tomar o ditado do autor em
vez de ter permissão para se retirar para a sala. Um
tanto ressentida, ela começou sua tarefa, mas em 15
minutos ela interrompeu o autor para explicar que sua
dor de cabeça havia sumido. Ela atribuiu isso à sua
raiva por ser forçada a tomar um ditado. Mais tarde, em
outra ocasião, ela se ofereceu para tomar certos ditados
que todas as secretárias tentavam evitar por causa das
dificuldades que apresentavam. Sua dor de cabeça
piorou e ela decidiu que o caso feliz com o autor era
apenas um acaso fortuito. Posteriormente, ela teve
outra forte dor de cabeça. Ela foi novamente solicitada
com insistência pelo autor para fazer alguns ditados. O
feliz resultado anterior ocorreu em dez minutos. Após
a ocorrência de outra dor de cabeça, ela se ofereceu
para tomar o ditado do autor. Mais uma vez, serviu para
aliviar sua dor de cabeça. Ela então testou experi-
mentalmente os benefícios do ditado de outros mé-
dicos. Por alguma razão desconhecida, suas dores de
cabeça só pioraram. Ela voltou de uma dessas tenta-
tivas inúteis para o autor e pediu-lhe que ditasse. Dis-
seram a ela que ele não tinha nada à disposição para
ditar, mas que poderia redigir o material previamente
ditado. Sua dor de cabeça foi aliviada em oito minutos.
Mais tarde, seu pedido de ditado para alívio da dor de
cabeça foi atendido por algum ditado de rotina. Não
surtiu efeito.
Ela veio de novo, não muito esperançosa, já
que pensou ter “esgotado o remédio para ditado”.
Novamente ela recebeu um ditado com um alívio de
sua angústia em cerca de nove minutos. Ela ficou tão
exultante que guardou uma cópia da transcrição para
que pudesse pedir a outros que ditassem “aquele ditado
bem-sucedido” para aliviar suas dores de cabeça.
Infelizmente, ninguém parecia ter a “voz certa” como
o autor. Sempre, uma sugestão pós-hipnótica era
casualmente dada de que não haveria adormecimento
durante a transcrição.
Ela não suspeitou, nem ninguém, do que
realmente havia sido feito. O autor havia feito ano-
tações abrangentes sobre a verbigerância incoerente de
um paciente psicótico. Ele também havia feito várias
secretárias fazerem registros textuais das declarações
incoerentes do paciente. Ele então intercalou sistema-
ticamente sugestões terapêuticas entre as incoerências
successful, the incoherent utterances of another patient
were utilized in a similar fashion. This was also a
successful effort. As a control measure, routine
dictation and the dictation of "undoctored
incoherencies" were tried. These had no effect upon
her headaches. Nor did the use by others of "doctored"
material have an effect since it had to be read aloud
with some degree of expressive awareness to be
effective.
The question now arises, why did these two
patients and those patients used experimentally
respond therapeutically? This answer can be given
simply as follows: They knew very well why they were
seeking therapy; they were desirous of benefiting; they
came in a receptive state ready to respond at the first
opportunity, except for the first experimental patient.
But she was eager to be freed from her headache, and
wished the time being spent taking dictation could be
time spent getting over her headache. Essentially, then,
all of the patients were in a frame of mind to receive
therapy. How many times does a patient need to state
his complaint? Only that number of times requisite for
the therapist to understand. For all of these patients,
only one statement of the complaint was necessary and
they then knew that the therapist understood. Their
intense desire for therapy was not only a conscious but
an unconscious desire also, as judged clinically, but
more importantly, as evidenced by the results obtained.
One should also give recognition to the
readiness with which one's unconscious mind picks up
clues and information. For example, one may dislike
someone at first sight and not become consciously
aware of the obvious and apparent reasons for such
dislike for weeks, months, even a year or more. Yet
finally the reasons for the dislike become apparent to
the conscious mind. A common example is the ready
hostility frequently shown by a normal heterosexual
person toward a homosexual person without any
conscious realization of why.
Respectful awareness of the capacity of the
patient's unconscious mind to perceive meaningfulness
of the therapist's own unconscious behavior is a
governing principle in psychotherapy. There should
also be a ready and full respect for the patient's
unconscious mind to perceive fully the intentionally
obscured meaningful therapeutic instructions offered
them. The clinical and experimental material cited
com aquela secretária em mente. Quando isso foi con-
siderado bem-sucedido, as declarações incoerentes de
outro paciente foram utilizadas de maneira semelhante.
Este também foi um esforço bem-sucedido. Como me-
dida de controle, o ditado de rotina e o ditado de “inco-
erências não editadas” foram tentados. Isso não teve
efeito sobre suas dores de cabeça. Tampouco o uso por
terceiros de material “adulterado” surtiu efeito, uma
vez que precisava ser lido em voz alta com algum grau
de consciência expressiva para ser eficaz.
A questão agora surge, por que esses dois
pacientes e aqueles pacientes usados experimen-
talmente responderam terapeuticamente? Essa resposta
pode ser dada simplesmente da seguinte maneira: eles
sabiam muito bem por que estavam procurando tera-
pia; eles estavam desejosos de se beneficiar; eles vie-
ram em um estado receptivo, prontos para responder na
primeira oportunidade, exceto para o primeiro paciente
experimental. Mas ela estava ansiosa para se livrar da
dor de cabeça e desejou que o tempo que passava to-
mando o ditado pudesse ser usado para superar a dor
de cabeça. Essencialmente, então, todos os pacientes
estavam dispostos a receber terapia. Quantas vezes um
paciente precisa apresentar sua queixa? Apenas aquele
número de vezes que é necessário para o terapeuta en-
tender. Para todos esses pacientes, apenas uma decla-
ração da queixa era necessária e eles sabiam que o
terapeuta havia entendido. Seu intenso desejo de tera-
pia não era apenas um desejo consciente, mas também
inconsciente, conforme julgado clinicamente, mas,
mais importante, conforme evidenciado pelos resul-
tados obtidos.
Deve-se também reconhecer a prontidão com
que a mente inconsciente coleta pistas e informações.
Por exemplo, alguém pode não gostar de alguém à
primeira vista e não se tornar consciente das razões
óbvias e aparentes para tal antipatia por semanas,
meses, até um ano ou mais. No entanto, finalmente, as
razões para a antipatia tornam-se aparentes para a
mente consciente. Um exemplo comum é a pronta
hostilidade freqüentemente mostrada por uma pessoa
heterossexual normal em relação a uma pessoa
homossexual, sem qualquer compreensão consciente
do porquê.
A consciência respeitosa da capacidade da
mente inconsciente do paciente de perceber o signi-
ficado do comportamento inconsciente do próprio tera-
peuta é um princípio governante em psicoterapia. Tam-
bém deve haver um respeito pronto e total pela mente
inconsciente do paciente para perceber plenamente as
instruções terapêuticas significativas intencionalmente
obscurecidas que lhes são oferecidas. O material
above is based upon the author's awareness that the
patient's unconscious mind is listening and
understanding much better than is possible for his
conscious mind.
It was intended to publish this experimental
work, of which only the author was aware. But sober
thought and awareness of the insecure status of
hypnosis in general, coupled with that secretary's
strong objection to being hypnotizedshe did not mind
losing her headaches by "taking dictation" from the
author-all suggested the inadvisability of publication.
A second secretary, employed by the hospital
when this experimental work was nearing completion,
always suffered from disabling dysmenorrhea. The
"headache secretary" suggested to this girl that she take
dictation from the author as a possible relief measure.
Most willingly the author obliged, using "doctored"
patient verbigeration. It was effective.
Concerned about what might happen to
hypnotic research if his superiors were to learn of what
was taking place, the author carefully failed with this
second secretary and then again succeeded. She
volunteered to be a hypnotic subject and hypnosis, not
"dictation," was then used to meet her personal needs.
She also served repeatedly as a subject for various
frankly acknowledged and "approved" hypnotic
experiments and the author kept his counsel in certain
other experimental studies.
Now that hypnosis has come to be an
acceptable scientific modality of investigative and
therapeutic endeavor and there has developed a much
greater awareness of semantics, this material, so long
relegated to the shelf of unpublished work, can safely
be published.
Summary
Two case histories and a brief account of
experimental work are presented in detail to
demonstrate the effective procedure of interspersing
psychotherapeutic suggestions among those employed
to induce and to maintain a hypnotic trance. The
patients treated suffered respectively from neurotic
manifestations and the pain of terminal malignant
disease.
We will now consider in more detail how
Erickson constructs this interspersal technique and also como Erickson constrói essa técnica interspersal e
extract more of his language patterns for inducing
clínico e experimental citado acima é baseado na
percepção do autor de que a mente inconsciente do
paciente está ouvindo e entendendo muito melhor do
que é possível para sua mente consciente.
Pretendia-se publicar este trabalho
experimental, do qual apenas o autor tinha conhe-
cimento. Mas o pensamento sóbrio e a consciência do
status inseguro da hipnose em geral, juntamente com a
forte objeção da secretária a ser hipnotizada - ela não
se importava de perder as dores de cabeça “tomando o
ditado” do autor - tudo desaconselhava a publicação.
Uma segunda secretária, empregada pelo hos-
pital quando esse trabalho experimental estava quase
concluído, sempre sofria de dismenorreia incapa-
citante. A “secretária de dor de cabeça” sugeriu a essa
garota que tomasse um ditado do autor como uma
possível medida de alívio. De boa vontade, o autor
concordou, usando verborragia do paciente
“adulterada”. Foi eficaz.
Preocupado com o que poderia acontecer com
a pesquisa hipnótica se seus superiores soubessem o
que estava acontecendo, o autor cuidadosamente fa-
lhou com a segundo secretária e novamente o conse-
guiu. Ela se ofereceu para ser hipnotizada, e a hipnose
e não um “ditado” foi usada para atender às suas
necessidades pessoais. Ela também serviu repeti-
damente como objeto de vários experimentos hipnó-
ticos francamente reconhecidos e “aprovados” e o
autor manteve sua posição de não publicar os trabalhos
em alguns outros estudos experimentais.
Agora que a hipnose se tornou uma modalidade
científica aceitável de esforço investigativo e tera-
pêutico e desenvolveu uma consciência muito maior da
sua semântica, este material, por tanto tempo relegado
à prateleira de trabalhos não publicados, pode ser
publicado com segurança.
Resumo
Dois casos e um breve relato do trabalho
experimental são apresentados em detalhes para
demonstrar o procedimento eficaz de intercalar
sugestões psicoterapêuticas empregados para induzir e
manter um transe hipnótico. Os pacientes tratados
sofriam respectivamente de manifestações neuróticas e
dor de doença maligna terminal.
Agora consideraremos com mais detalhes
hypnosis and giving suggestions. A more basic também extrairemos mais de seus padrões de lingua-
induction will be presented later, for now we will gem para induzir a hipnose e dar sugestões. Uma in-
examine Erickson's account of his experience with Joe dução mais básica será apresentada mais tarde, por en-
for its unique quality of having little co-operation on quanto examinaremos o relato de Erickson sobre sua
the part of the client other than trying to understand experiência com José por sua qualidade única de ter
Erickson's speaking to him. We will see how a story of pouca cooperação por parte do cliente, exceto tentar
a tomato plant can evolve into an effective and sorely entender o que Erickson estava falando com ele. Vere-
needed series of suggestions for the relief of pain. mos como a história de um tomateiro pode evoluir para
uma série de sugestões eficazes e extremamente neces-
sárias para o alívio da dor.
Erickson begins by pacing the client's Erickson começa avaliando as experiências do
experiences. Describing what he knows to be true cliente. Ao descrever o que ele sabe ser verdade, ele
about the client, he also picks a subject of interest to the também escolhe um assunto de interesse do cliente
client to get his attention. This has more than just the para chamar sua atenção. Isso tem mais do que apenas
advantage of getting the client to listen; it also is a part a vantagem de fazer o cliente ouvir; também faz parte
of the client's experience in which he has a great da experiência do cliente, que representa uma grande
investment of himself. Erickson wants the client to be parte de si mesmo. Erickson quer que o cliente seja
able to take the contents of the story and generalize the capaz de pegar o conteúdo da história e generalizar o
referential index to himself. He at one point even said índice referencial para si mesmo. A certa altura, ele até
to Joe: It is so pleasing just to be able to think about a disse a José: É tão agradável poder pensar em uma
plant as if it were a man. planta como se fosse um homem.
Joe's affection for plants will make it easier for A afeição de José pelas plantas tornará mais
Joe to select his own referential index as a relevant fácil para ele selecionar seu próprio índice referencial
substitute for tomato plant. Here Erickson begins with como um substituto relevante para o tomate. Aqui,
a series of pacing statements: Erickson começa com uma série de declarações de
ritmo:
I know you are a florist = A Eu sei que você é florista = A
That you like to grow flowers = B Que você gosta de cultivar flores = B
I grew up on a farm in Wisconsin = C Eu cresci em uma fazenda em Wisconsin = C
I liked growing flowers = D Eu gostava de plantar flores = D
I still do = E Eu ainda faço = E
Each of these five statements is accurate for the Cada uma dessas cinco afirmações é precisa
client without any question. Now Erickson linkes these para o cliente, sem qualquer dúvida. Agora Erickson
statements to behavior which he wants to elicit from vincula essas declarações ao comportamento que ele
the client with the Implied Causative connective so in deseja eliciar do cliente com o conectivo Causativo
the sentence: So I would like to have you take a seat in Implícito na frase: Portanto, gostaria que você se
that easy chair as I talk to you. sentasse naquela poltrona enquanto converso com
você.
The general form of this series, then is: The general form of this series, then is:
A, B, C, D, E => so => I would like to have you A, B, C, D, E => então => Eu gostaria que você
take a seat in, that easy chair as I talk to you. se sentasse naquela poltrona enquanto converso com
você.
Notice, in addition, that the last statement itself Observe, além disso, que a última declaração
includes an Implied Causative which links an em si inclui um Causativo Implícito que liga uma
immediately verifiable statement to a piece of behavior declaração imediatamente verificável a um
which Erickson wishes to elicit from Joe: comportamento que Erickson deseja extrair de José:
I talk to you => as => I would like to have you Falo com você => enquanto => gostaria que
take a seat in that easy chair. você se sentasse naquela poltrona.
 Next, note that the behavior which Erickson
wishes to elicit from Joe is not requested directly but
rather that Erickson uses a conversational postulate,
thereby avoiding the direct command take a seat in that
easy chair as he says:... I would like to have you take a
seat in that easy chair...
I'm going to say a lot of things to you but it
won't be about flowers because you know more than I será sobre flores, porque você sabe mais do que eu
do about flowers. That isn't what you want. sobre flores. Não é isso que você quer.
Here Erickson uses a series of patterns:
... A lot of things... => No referential index on
things.
... It won't be about flowers => No referential
index on it.
Because you know more than I do about
flowers => Mind-reading (you know), Cause-Effect
(because).
That isn't what you want => Mind-reading that
isn't what you want). Erickson repeats Joe's word
(previously written out) what you want.
In addition, Erickson uses a meta-
communication (communication about
communication) technique closely related to the
selectional restriction violation technique mentioned
previously. Here Erickson comments directly about his
intended communication with Joe. He says that he is
going to talk to Joe but not about flowers. As the
communication develops, however, Erickson
superficially talks about a tomato plant - in fact,
employing the selectional restriction violation
technique. Here Erickson is directly warning Joe that
he wants Joe to find some other referential index for
the communication about tomato plants.
Now as I talk and I can do so comfortably, I
wish that you will listen to me comfortably as I talk
about a tomato plant.
... as...... as => Implied Causatives.
... comfortably... listen to me comfortably...
=> Analogical marking, lesser included structure
... I wish that you will... => Use of
ungrammatical sentence structure alerting Joe for
special message... wish... will instead of... wish...
would...
That is an odd thing to talk about. It makes one
curious. Why talk about a tomato plant? One puts a
tomato seed in the ground. One can feel hope that it will
grow into a tomato plant that will bring satisfaction by
the fruit it has.
Em seguida, observe que o comportamento que
Erickson deseja obter de José não é solicitado dire-
tamente, mas que ele usa um postulado de conver-
sação, evitando assim o comando direto, sente-se na-
quela poltrona enquanto ele diz:... Eu gostaria que você
se sentasse naquela poltrona...
Vou dizer muitas coisas para você, mas não
Aqui, Erickson usa uma série de padrões:
... Muitas coisas... => Nenhum índice referen-
cial sobre as coisas.
... Não será sobre flores => Sem índice refe-
rencial.
Porque você sabe mais do que eu sobre flores
=> Leitura da mente (você sabe), Causa-Efeito
(porque).
Não é isso que você quer => Leitura da mente
que não é o que você quer). Erickson repete a palavra
de Joe (previamente escrita) o que você quiser.
Além disso, Erickson usa uma técnica de
metacomunicação (comunicação sobre comunicação)
intimamente relacionada à técnica de violação de
restrição seletiva mencionada anteriormente. Aqui,
Erickson comenta diretamente sobre sua intenção de
comunicação com José. Ele diz que vai falar com José,
mas não sobre flores. À medida que a comunicação se
desenvolve, no entanto, Erickson fala superficialmente
sobre um tomate - na verdade, empregando a técnica
de violação de restrição seletiva. Aqui, Erickson está
avisando diretamente a José que deseja que ele
encontre algum outro índice referencial para a comu-
nicação sobre tomateiros.
Agora que estou falando e posso fazê-lo con-
fortavelmente, desejo que me ouçam confortavelmente
enquanto falo sobre um tomate.
... como...... como => Causativos implícitos.
... confortavelmente... ouça-me confortavel-
mente... => Marcação analógica, estrutura inclusiva
menor
... Desejo que você... => Uso de estrutura de
frase não gramatical alertando José para uma
mensagem especial... desejo... faça... em vez de...
desejo... faria...
É uma coisa estranha de se falar. Isso deixa a
pessoa curiosa. Por que falar de tomate? Uma pessoa
coloca uma semente de tomate no solo. Pode-se sentir
esperança de que ela se transforme em um tomate, que
trará satisfação pelos frutos que possui.
 ... odd thing... to talk about … => Deletion
(odd for whom? talk to whom?).
... makes one... => Cause-Effect (... makes...).
... one… one... one... => Lack of referential
index.
... feel hope... will bring satisfaction =>
Analogical marking of lesser included structures.
... satisfaction... => Nominalization with
accompanying deletions and lack of referential
indices.
The seed soaks up water, not very much
difficulty in doing that because of the rains that bring
peace and comfort and the joy of growing to flowers
and tomatoes.
... difficulty... peace... => Nominalization with
accompanying comfort
... joy... => deletions and lack of referential
indices.
doing... bring... => Unspecified verbs.
... because... => Cause-Effect link.
peace... comfort... joy... => Selectional
restriction violation to flowers and tomato plants.
In addition, here Erickson's earlier meta-
communication... it won't be about flowers is relevant,
since he earlier warned Joe that he wouldn't be talking
about flowers and here he is, in fact, talking about
flowers, the burden of constructing a meaning for this
communication falling upon Joe.
That little seed, Joe, slowly swells, sends out a
little rootlet with cilia on it. Now you may not know
what cilia are, but cilia are things that work to help the
tomato seed grow, to push up above the ground as a
sprouting plant, and you can listen to me Joe so I will
keep on talking and you can keep on listening,
wondering, just wondering what you can really learn.
... seed... rootlet... cilia... tomato seed...
sprouting plant... => All nouns whose referential index
has already been disqualified by Erickson's earlier
metacommunication.
... keep on listening... => Presupposition that
Joe has been listening.
... know... wonder... learn... => Unspecified
verbs.
... wondering what you can really learn... =>
Lesser included structure (the question - What can
you really learn?).
... coisa estranha... para falar... => Exclusão
(estranho para quem? falar com quem?).
... faz um... => Causa-Efeito (... faz...).
... um... um... um... => Falta de índice refe-
rencial.
... sinta esperança... trará satisfação => Marca-
ção analógica de estruturas inclusivas menores.
... satisfação... => Nominalização com exclu-
sões acompanhantes e falta de indicadores referenciais.
A semente absorve água, sem muita dificul-
dade fazendo isso por causa das chuvas trazendo paz e
conforto e a alegria de desenvolverem-se flores e
tomates.
... dificuldade... paz... => Nominalização com
acompanhante conforto
... alegria... => exclusões e falta de índices
referenciais.
fazendo... trazendo... => verbos não especifica-
dos.
... por causa... => link Causa-Efeito.
paz... conforto... alegria... => Violação de
restrição seletiva a flores e tomateiros.
Além disso, a metacomunicação anterior de
Erickson “... não será sobre flores” é relevante, já que
ele alertou José que não estaria falando sobre flores e
aqui está ele, de fato, falando sobre flores, a missão de
construir um significado para esta comunicação recai
sobre José.
Essa sementinha, José, cresce lentamente,
forma uma pequena raiz com cílios. Agora você pode
não saber o que são cílios, mas cílios são coisas que
funcionam para ajudar a semente de tomate a crescer,
para se erguer acima do solo como uma planta bro-
tando, e você pode me ouvir José, então eu vou conti-
nuar falando e você pode continuar ouvindo, imagi-
nando, apenas imaginando o que você pode realmente
aprender.
... semente... raiz... cílios... semente de tomate...
planta... => Todos substantivos cujo índice referencial
já foi desqualificado pela metacomunicação anterior de
Erickson.
... continue ouvindo... => Pressuposto de que
José está ouvindo.
... saber... imaginar... aprender... => Verbos não
especificados.
 ... and... and... so... as … => Links - simple ... perguntando-se o que você realmente pode
conjunctions, Implied Causatives. aprender... => Estrutura inclusica menor (a pergunta -
... things that work... => Lack of referential O que você pode realmente aprender?).
index. ... e... e... então... as... => Ligações - conjunções
... you can listen to me... you can really learn... simples, Causativos implícitos.
=> Conversational postulates. ... coisas que funcionam... => Falta de índice
referencial.
... você pode me ouvir... você pode realmente
aprender... => Postulados conversacionais.
... and here is your pencil and your pad but ... e aqui está o seu lápis e o seu bloco de notas,
speaking of the tomato plant, it grows so slowly. You mas por falar no tomate, ele cresce tão devagar. Você
cannot see it grow, you cannot hear it grow, but grow não pode vê-lo crescer, você não pode ouvi-lo crescer,
it does - the first little leaflike things on the stalk, the mas ele cresce - os primeiros pequenos pêlos no caule,
fine little hairs on the stem, those hairs are on the leaves os pequenos pelos finos no caule, aqueles pelos estão
too like the cilia on the roots, they must make nas folhas também como os cílios nas raízes, eles
the tomato plant feel very good... devem fazer o tomateiro se sentir muito bem...
... and here is your pencil and your pad... => ... e aqui está seu lápis e seu bloco... =>
Pacing statement. Instrução de ritmo.
... but speaking of the tomato… => Deletion ... mas por falar no tomate... => Omissão (quem
(who's speaking to whom?). fala com quem?).
... they must make the tomato plant feel very ... eles devem fazer o tomateiro se sentir muito
good... => Violation. bem... => Violação.

Basic Trance Induction with Commentary Indução de transe básico com comentários
This now should begin to give you an idea of Agora você deve começar a ter uma idéia do
the level of complexity of language Erickson employs nível de complexidade da linguagem que Erickson em-
to create an induction or to give suggestions. Erickson's prega para criar uma indução ou dar sugestões. A capa-
ability to utilize language in this complex way is the cidade de Erickson de utilizar a linguagem dessa ma-
result of experience and creativity plus his courageous neira complexa é o resultado de experiência e criati-
belief in people's ability to learn the things they need to vidade, além de sua crença corajosa na capacidade das
know. However, although Erickson himself can pessoas de aprender as coisas que precisam saber. No
generate these language patterns spontaneously, he entanto, embora o próprio Erickson possa gerar esses
does not know consciously their formal characteristics. padrões de linguagem espontaneamente, ele não co-
As Erickson has stated: The Structure of Magic I by nhece conscientemente suas características formais.
Richard Bandler and John Grinder is a delightful Como Erickson declarou: The Structure of Magic I, de
simplification of the infinite complexities of the Richard Bandler e John Grinder, é uma simplificação
language I use with my patients. In reading this book, deliciosa das infinitas complexidades da linguagem
I learned a great deal about the things that I've done que uso com meus pacientes. Ao ler este livro, aprendi
without knowing about them. muito sobre as coisas que fiz sem saber a respeito.
The induction that follows was taped in the A indução a seguir foi gravada na presença do
author's (Grinder) presence, and is presented verbatim, autor (Grinder) e é apresentada na íntegra, com
with commentary on the right. comentários à direita.
(1) Will you uncross your legs? - Erickson (1) Você vai descruzar as pernas? - Erickson
begins induction with a conversational postulate. começa a indução com um postulado de conversação.
(2) Can!... - Will you uncross your legs (a (2) Pode!... - Você vai descruzar as pernas (um
conversational postulate), as described previously is a postulado de conversação), como descrito anterior-
question form of one of the presuppositions of the
command, "uncross your legs." This move begins the mente é uma forma de pergunta de um dos pressu-
process of having the client operate patterns which postos do comando, “descruze as pernas.” Esse movi-
aren't ordinarily conscious, at the same time getting her mento inicia o processo de fazer com que o cliente ope-
in a position for a trance induction as she has begun re padrões que normalmente não estão conscientes, ao
already to respond to his suggestion on a waking level. mesmo tempo que o coloca em uma posição para uma
indução de transe, pois ela já começou a responder à
sugestão dele em um nível acordado.
(3) And sit with your hands just like this - And (3) E sente-se com as mãos assim - E liga este
links this conversational postulate to his next com postulado conversacional ao seu próximo comando,
mand which is also not expressed as a command but a que também não é expresso como um comando, mas
continuance of the preceding pattern of conversational uma continuação do padrão anterior do postulado
postulate. Here there is an additional ambiguity (scope) conversacional. Aqui há uma ambigüidade adicional
of whether it's will you sit... or simply sit... (escopo) de saber se você vai sentar... ou simplesmente
sentar...
(4) And look at anyone spot there - Continuing (4) E olhe para qualquer lugar - continuando o
the same process of conversational postulate here. mesmo processo de postulado conversacional.
(5) And do not touch it. (5) E não toque nisto.
(6) And, yes, just keep looking at that spot - Just (6) E, sim, continue olhando para aquele ponto
keep looking, presupposes that nothing else is required - Continue olhando, pressupõe que nada mais seja
of the client. At the same time "and" connects this exigido do cliente. Ao mesmo tempo, “e” conecta essa
statement in a casual way to all that has preceded. afirmação de forma casual a tudo o que a precedeu.
Furthermore, the predicate keep in the phrase keep Além disso, o predicado “continue” na frase “continue
looking presupposes that the client has been looking. olhando” pressupõe que o cliente esteja olhando.
(7) Now there is no need to talk - (7) Agora não há necessidade de falar -
Conversational postulate with the force of the Postulado conversacional com a força do comando
command "don't talk" in addition to the deletion (who “não fale” além da exclusão (quem fala sobre o que
talks about what to whom?) and the nominalization para quem?) e a necessidade de nominalização com
need with its accompanying deletions and lack of suas exclusões e falta de índices referenciais.
referential indices.
(8) No need to move – Ungrammatical (8) Não há necessidade de se mover - sequência
sequence of words, deletions (who moves where?) and não gramatical de palavras, omissões (quem se move
the nominalization need. para onde?) e a necessidade de nominalização.
(9) You really don't have to pay attention to me (9) Você realmente não tem que prestar atenção
because... - Presupposition of remainder of sentence em mim porque... - Pressuposto do resto da frase
when really occurs, nominalization attention, and the quando realmente ocorre, atenção de nominalização e
beginning of a Cause Effect statement (because), don't o início de uma declaração de causa e efeito (porque),
have to pay attention has the conversational postulate não precisa prestar atenção tem o postulado coloquial
“don't pay attention.” “não preste atenção”.
(10) Your unconscious mind will hear me - (10) Sua mente inconsciente vai me ouvir -
Presupposes that the client's unconscious mind exists pressupõe que a mente inconsciente do cliente existe e
and can hear Erickson speaking, lesser included pode ouvir Erickson falando, uma estrutura menos
structure hear me. perceptível me ouve.
(11) And it will understand - Deletion (11) E vai entender – Omissão (entender o
(understand what?), lesser included structure quê?), Estrutura menor embutida (entender), verbo não
(understand), unspecified verb (understand). especificado (entender).
(12) Really don't even need to pay attention to (12) Realmente nem precisa prestar atenção em
me - Use of words even and really, remainder of mim - Uso de palavras mesmo e realmente, resto de
communication presupposed. Ungrammatical comunicação pressuposta. Frase não gramatical,
sentence, conversational pos tulate, lesser included postulado de conversação, estrutura menos incluída
structure (pay attention), nominalization need. (preste atenção), necessidade de nominalização.
(13) And while you have been sitting there - (13) E enquanto você está sentado - declaração
Pacing statement linked to previous statements by and de ritmo vinculada a declarações anteriores por e e
and Implied Causative while. causativo implícito enquanto.
(14) You've been doing the same thing - Lack (14) Você tem feito a mesma coisa - falta de
of referential index (thing), deletion (same as what for índice referencial (coisa), omissão (o mesmo que para
whom?), unspecified predicate doing. quem?), predicado de ação não especificada.
(15) That you did when you first went to school (15) O que você fez quando foi para a escola -
- Deletion (did what?), Implied Causative when, age Exclusão (fez o quê?), Causativa implícita quando,
regression suggestion, both mentioning the earlier sugestão de regressão de idade, ambos mencionando o
period of the client's life and the statement that the período anterior da vida do cliente e a afirmação de que
client is doing the same thing now. o cliente está fazendo a mesma coisa agora.
(16) When you first saw the task of writing (16) Quando você viu pela primeira vez a tarefa
Nominalizations task and writing with accompanying de escrever – Nominalização da “tarefa de escrever”
deletions and lack of referential indices, age regression com exclusões e ausência de índices referenciais,
suggestion when as well as Implied Causative. sugestão de regressão de idade, bem como Causativa
Implícita.
(17) The letters of the alphabet - The predicate (17) As letras do alfabeto - O predicado visto
saw in (16) plus the reference to the letters of the em (16) mais a referência às letras do alfabeto são um
alphabet are powerful accessing of the nondominant poderoso acesso às técnicas de hemisfério não domi-
hemisphere techniques. nante.
(18) It seemed like an impossible task - (18) Parecia uma tarefa impossível - Exclusões
Deletions (seemed to whom, impossible to whom?), (parecia para quem, impossível para quem?), Tarefa de
nominalization task. nominalização.
(19) And how do you recognize a "b" - Lesser (19) E como você reconhece um “b” - Estrutura
included structure (recognize a "b"), question asked menor embutida (reconheça um “b”), pergunta feita
with no pause, allowing client to respond overtly. sem pausa, permitindo que o cliente responda
abertamente.
(20) How is it different from a "d" - Deletion (20) Como ele é dirente de um “d” - Exclusão
(different for whom?), children have exactly this (diferente para quem?), crianças apresentam
difficulty - thus, age regression suggestion. exatamente essa dificuldade - daí, sugestão de
regressão de idade.
(21) And numbers - Also stored in non- (21) E números - Também armazenados no
dominant hemisphere, ungrammatical fragment. hemisfério não dominante, fragmento não gramatical.
(22) Is a 6 an upside down 9... 9 is an upside (22) É um 6 de cabeça para baixo 9... 9 é um de
down 6 - Ungrammatical fragments, non-dominant cabeça para baixo 6 - Fragmentos não gramaticais,
hemisphere accessing, age regression suggestion, acesso ao hemisfério não dominante, sugestão de
deletion (for whom?). regressão de idade, deleção (para quem?).
(23) And while you were mantaining those (23) E enquanto você estava cuidando desses
problems - you were forming mental images that stay problemas - você estava formando imagens mentais
with you for the rest of your life - Non-dominant que ficarão com você para o resto de sua vida - Acesso
hemisphere accessing, mind-reading, nominalization ao hemisfério não dominante, leitura da mente,
problems with accompanying deletions and lack of problemas de nominalização com exclusões e falta de
referential indices. índices referenciais.
(24) But you didn't know it then - Suggests (24) Mas você não sabia então - sugere
amnesia. amnésia.
 (25) And while you've been sitting there - (25) E enquanto você está sentado - declaração
Pacing statement, Implied Causative (while). de ritmo, causa implícita (enquanto).
(26) The same thing has been happening to you (26) A mesma coisa está acontecendo com
now that happened to you then - All of the above você agora que aconteceu com você então - Todas as
descriptions are taking place at this moment: descrições acima estão ocorrendo neste momento:
regression, amnesia, forming mental images, learning, regressão, amnésia, formação de imagens mentais,
the same thing has no referential index and could be aprendizagem, a mesma coisa não tem índice
anything - this allows the client to choose. While more referencial e poderia ser qualquer coisa - isso permite
likely responding to all the above to some degree, que o cliente escolha. Embora seja mais provável que
Erickson's phrasing of this sentence also made it an responda a todos os itens acima em algum grau, a
imbedded command, the same thing is happening to formulação de Erickson para essa frase também a
you NOWWWWWWWW - that happened to you then.
tornou um comando embutido, a mesma coisa está
Marking in such a way that tonally implies “do it.”
acontecendo com você NOWWWWWWWW - isso
aconteceu com você então. Marcar de uma forma que
implique em “fazer”.
(27) Your respiration is changed (27) Sua respiração está alterada
(28) Your blood pressure is changed (28) Sua pressão arterial mudou
(29) Your heartbeat is changed (29) Seu batimento cardíaco está alterado
(30) Your eyelids reflex is changed - This is (30) O reflexo de suas pálpebras está alterado -
pacing, Erickson has watched his client closely and is Isso é ritmo, Erickson observou seu cliente de perto e
describing the change he has seen, reinforcing by está descrevendo a mudança que ele viu, reforçando
feedback and also presupposing that it had already por feedback e também pressupondo que ela já havia
occurred. ocorrido.
(31) And you've got a mental image, a visual (31) E você tem uma imagem mental, uma
image of that spot and now you can close your eyes imagem visual daquele ponto e agora você pode fechar
NOWWWW - Mind-reading, conjunction and linking seus olhos AGOOOOORA- leitura da mente,
mind-reading pacing statement and desired behavior, conjunção e vinculação da declaração de ritmo da
ungrammatical (two occurrences of now), leitura da mente e comportamento desejado, não
conversational postulate, lesser included structure, gramatical (duas ocorrências de agora) , postulado
unspecified verb (got), analogical marking Nowwww. conversacional, estrutura menos incluída, verbo não
especificado (got), marcação analógica Agooora.
(32) And now you can enjoy the comfort of (32) E agora você pode desfrutar do conforto
going ever deeper into the trance - Conjunction link de se aprofundar cada vez mais no transe - elo de
and, lesser included structure, conversational conjunção e, estrutura menor embutida, pós-conver-
postulate, presupposition, nominalizations. sação, pressuposto, nominalizações.
(33) And I want you to enjoy every moment of (33) E eu quero que você aproveite cada mo-
it - Lack of referential index (it) presupposition (every mento disso - Falta de pressuposto de índice referencial
moment), lesser included structure, analogical (disso) (cada momento), estrutura menor embutida,
marking. marcação analógica.
(34)...And I don't need to talk to you about - (34)... E eu não preciso falar com você sobre...
Deletion (talk to you what?). – Omissão (falar com você sobre falar o quê?).
(35) You can have a lot of pleasure - Lesser (35) Você pode sentir muito prazer - estrutura
included structure, conversational postulate, menor embutida, postulado conversacional,
nominalization (pleasure) with accompanying nominalização (prazer) com exclusões e ausências de
deletions and lack or referential indices, presupposition índices referenciais, pressuposto (muito).
(a lot of).
 (36) In becoming aware of the comforts - (36) Conhecer os prazeres que - pressuposto
Presupposition (aware is a factive predicate), (conhecimento é um predicado factivo), predicado não
nominalization unspecified predicate, analogical especificado de nominalização, marcação analógica.
marking.
(37) You can have within yourself - Lesser (37) Você pode ter dentro de si mesmo -
included structure, unspecified verb, conversational Estrutura incluída menos, verbo não especificado,
postulate. postulado conversacional.
(38) And one of those is the understanding you (38) E um deles é o entendimento que você
can go those, back - Lack of referential index pode voltar - Falta de pressuposto de índice referencial
presupposition (one), nominalization (understanding), (um), nominalização (compreensão), estrutura menos
lesser included structure, conversational postulate. incluída, postulado conversacional.
(39) Then perhaps you might have the (39) Então, talvez você possa ter a experiência
experience - Implied Causative then, lesser have the - Causativo Implícito ‘então’, ‘ter a experiência’
experience included structure, analogical marking, estrutura menor embutida, marcação analógica,
nominalization (experience). nominalização (experiência).
(40) … Of not knowing which one of your (40)... De não saber qual de suas mãos vai
hands is going to lift first - Lesser included structure levantar primeiro - Estrutura incluída menor (a
(the question which one of your hands...), pergunta qual de suas mãos...), pressupõe qual de suas
presupposition which one of your hands... presupposes mãos... pressupõe aquela de suas mãos. .. a
that one of your hands... presupposition first pressuposição primeiro pressupõe que uma mão
presupposes that one hand will lift and asks which will levantará e pergunta qual será a primeira.
be first.

A Special Inquiry with Aldous Huxley into the
Nature and Character of Various States of sobre a natureza e o caráter dos vários estados de
Consciousness, with Commentary consciência, com comentários
(Amer. J. Clin. Hypn., 1965,8,14-33)
The patient's behavior is a part of the problem
brought into the office; it constitutes the personal
environment within which the therapy must take effect;
it may constitute the dominant force in the local
patient-doctor relationship. Since whatever the patient
brings into the office is in some way both part of him
and part of his problem, the patient should be viewed
with a sympathetic eye appraising the totality which
confronts the therapist.
Milton H. Erickson,
The use of Symptoms as an Integral Part of
Hypnotherapy
Milton Erickson is generally recognized as the
leading practitioner of medical hypnosis and the use of
hypnosis in the psychotherapeutic context. He has
consistently urged over the years of his continuing
research into the nature of hypnosis and the working of
the human mind in altered states of consciousness, that
hypnotists, psychotherapists, medical doctors and
dentists develop a refined ability to identify and meet
the special needs and requirements which their clients
bring with them to the specific context. Erickson
Uma pesquisa especial com Aldous Huxley
(Amer. J. Clin. Hypn., 1965,8,14-33)
O comportamento do paciente é uma parte do
problema trazido ao consultório; constitui o ambiente
pessoal dentro do qual a terapia deve ter efeito; pode
constituir a força dominante na relação médico-
paciente. Visto que tudo o que o paciente traz para o
consultório é, de alguma forma, parte dele e de seu
problema, o paciente deve ser visto com um olhar
simpático, avaliando a totalidade que confronta o
terapeuta.
Milton H. Erickson,
O uso dos sintomas como parte integrante da
Hipnoterapia
Milton Erickson é geralmente reconhecido
como o principal praticante da hipnose médica e do uso
da hipnose no contexto psicoterapêutico. Ele tem
insistido consistentemente ao longo dos anos - em sua
pesquisa contínua sobre a natureza da hipnose e o
funcionamento da mente humana em estados alterados
de consciência - que hipnotizadores, psicoterapeutas,
médicos e dentistas desenvolvam uma habilidade
refinada para identificar e atender às necessidades
especiais e requisitos que seus clientes trazem consigo
realizes that full communication between two people at
both the conscious and the unconscious levels can
occur when there is a sensitivity to the other person's
model of the world. In the therapeutic context, for
example, the therapist assumes the responsibility of
both making contact and assisting the client to learn the
skills of communication necessary to allow any change
in his behavior which he needs. Often this may require
that the therapist be skilled in teaching the client to
develop a new way of representing his experience -
literally teaching the client to have new choices
behaviorally (either consciously or unconsciously or
both) about the way he represents the world. In the use
of hypnosis in medical or dental contexts, the doctor
must assist each client in achieving an altered state of
consciousness which will allow him to experience the
world in a way radically different from that of his
normal state of consciousness, in order that otherwise
difficult surgical procedures may proceed and the
patient be properly cared for. Common to each of these
contexts is the client's increased ability to control
portions of his experience normally represented as
outside his control (e.g., the ability to recall memories
of events from the distant past, to dissassociate severe
pain, etc.). The client, with the assistance of the
hypnotist, literally achieves domination over portions
of his nervous system usually considered beyond
conscious control - he can succeed in gaining
phenomenal command over the ongoing process of his
direct experience of the world, his modeling process.
One of the most highly valued skills in western
European culture is the experience which we call
creativity or the creative act. Although there is little
agreement about the nature of this experience, the
investigators of creativity, typically, have
characterized it as a state of altered consciousness. In
studies of many of the world's most famous
mathematicians, for example, the commentators as
well as the mathematicians themselves have noticed
that their discoveries and inventions often come to
them in the form of dreams, of sudden insights into the
solution to a problem which they are not working on
consciously.
[Various commentators on the development of
mathematics have pointed out that important advances
by "gifted" mathematicians frequently involve “sudden
insight” or a description by the mathematician wherein
"the solution flashed before my eyes." More recently,
Gardiner (1975, p. 375) reports:... as one discourses in
language, the eyes should shift to the right. Conversely,
para cada contexto específico. Erickson percebe que a
comunicação total entre duas pessoas, tanto no nível
consciente quanto no inconsciente, pode ocorrer
quando há uma sensibilidade para o modelo de mundo
da outra pessoa. No contexto terapêutico, por exemplo,
o terapeuta assume a responsabilidade de fazer contato
e auxiliar o cliente a aprender as habilidades de
comunicação necessárias para permitir qualquer
mudança de comportamento que ele necessite. Fre-
qüentemente, isso pode exigir que o terapeuta seja
hábil em ensinar o cliente a desenvolver uma nova
maneira de representar sua experiência - literalmente
ensinando o cliente a ter novas escolhas comporta-
mentais (seja consciente ou inconscientemente ou
ambos) sobre a maneira como ele representa o mundo.
No uso da hipnose em contextos médicos ou odonto-
lógicos, o médico deve ajudar cada cliente a atingir um
estado alterado de consciência que lhe permitirá expe-
rimentar o mundo de uma forma radicalmente diferente
de seu estado normal de consciência, para que procedi-
mentos cirúrgicos difíceis possam ser realizados e o
paciente ser devidamente cuidado. Comum a cada um
desses contextos é a capacidade ampliada do cliente de
controlar porções de sua experiência normalmente re-
presentadas como fora de seu controle (por exemplo, a
capacidade de recordar memórias de eventos do pas-
sado distante, de dissociar dor intensa etc.). O cliente,
com a ajuda do hipnotizador, atinge literalmente o do-
mínio sobre partes de seu sistema nervoso geralmente
consideradas além do controle consciente - ele pode
obter um comando fenomenal sobre o processo
contínuo de sua experiência direta do mundo, seu
processo de modelagem.
Uma das habilidades mais valorizadas na cul-
tura da Europa Ocidental é a experiência que chama-
mos de criatividade ou ato criativo. Embora haja pouco
consenso sobre a natureza dessa experiência, os pes-
quisadores da criatividade, em geral, a caracterizam
como um estado de consciência alterada. Em estudos
de muitos dos matemáticos mais famosos do mundo,
por exemplo, os comentaristas, bem como os próprios
matemáticos, notaram que suas descobertas e inven-
ções muitas vezes chegam a eles na forma de sonhos,
de súbitos insights sobre a solução para um problema
no qual eles não estão trabalhando conscientemente.
[Vários comentaristas sobre o desenvol-
vimento da matemática apontaram que avanços impor-
tantes feitos por matemáticos “talentosos” frequen-
temente envolvem “uma percepção repentina” ou uma
descrição do matemático em que “a solução passou di-
ante de meus olhos”. Mais recentemente, Gardiner
(1975, p. 375) relata:...à medida que alguém discorre
when a person is using spatial imagery, as in following
a route or solving a geometrical problem, his right
hemisphere should be activated and his eyes should
consequently shift leftwards... Steven I. Jarnad
interviewed graduate students and professors in
mathematics at Princeton University, classifying them
by the direction in which their eyes moved when a
series of questions were posed. Those whose eyes
moved to the right were found (in the opinion of their
peers) to be less creative as mathematicians, displayed
less interest in the arts, and utilized a smaller amount
of visual imagery in solving problems than a matched
group of mathematicians whose eyes moved to the left,
reflecting activity in their non-dominant hemisphere...]
In this first article, Erickson is working jointly
with Aldous Huxley exploring the "various states of
psychological awareness." Huxley, of course, is
recognized as one of the most creative individuals in
recent western European history. In this context, we
see Erickson's systematic behavior in assisting Huxley
to achieve altered states of consciousness with a
sensitivity to Huxley's powerful creative resources.
The principles of communication which allow
Erickson to act so effectively in a psychotherapeutic
encounter occur with clarity in this special situation in
which the impressive resources of a highly creative
individual are being explored with him. It is in this
article, perhaps, that the potential which hypnosis
offers as a tool both for research into highly valued
altered states of consciousness and for the exploration
of extending the limits of human experience displays
itself most clearly. Not only are Erickson's potent
techniques available as a technique to assist in the
changing of portions of an individual's normal model
of the world in a way which is narrowly therapeutic or
medically or dentally useful, but they also provide a
complete approach to the mapping of portions of
human potential not normally experienced - portions of
human potential which we may call creative acts.
Introduction
Over a period of nearly a year much time was
spent by Aldous Huxley and by the author, each tempo foi investido por Aldous Huxley e pelo autor,
planning separately for a joint inquiry into various cada um planejando separadamente uma investigação
states of psychological awareness. Special inquiries, conjunta de vários estados de consciência psicológica.
na linguagem, os olhos devem se deslocar para a
direita. Por outro lado, quando uma pessoa está usando
imagens espaciais, como ao seguir uma rota ou
resolver um problema geométrico, seu hemisfério
direito deve ser ativado e seus olhos devem,
conseqüentemente, se deslocar para a esquerda...
Steven I. Jarnad entrevistou alunos de graduação e
professores em matemática da Universidade de Prin-
ceton, classificando-os pela direção em que seus olhos
se moviam quando uma série de perguntas eram feitas.
Aqueles cujos olhos se moveram para a direita foram
considerados (na opinião de seus pares) menos cria-
tivos como matemáticos, mostraram menos interesse
nas artes e utilizaram uma quantidade menor de ima-
gens visuais na resolução de problemas do que um
grupo equivalente de matemáticos cujos olhos movido
para a esquerda, refletindo a atividade em sua hemi-
esfera não dominante...]
Neste primeiro artigo, Erickson está traba-
lhando em conjunto com Aldous Huxley, explorando
os “vários estados de consciência psicológica”.
Huxley, é claro, é reconhecido como um dos indiví-
duos mais criativos da história recente da Europa
Ocidental. Nesse contexto, vemos o comportamento
sistemático de Erickson ao ajudar Huxley a atingir
estados alterados de consciência com uma sensibi-
lidade aos poderosos recursos criativos de Huxley. Os
princípios de comunicação que permitem a Erickson
agir com tanta eficácia em um encontro psicotera-
pêutico ocorrem com clareza nesta situação especial
em que os recursos impressionantes de um indivíduo
altamente criativo estão sendo explorados. É neste
artigo, talvez, que o potencial que a hipnose oferece
como uma ferramenta tanto para a pesquisa em estados
alterados de consciência altamente valorizados quanto
para a exploração da extensão dos limites da experi-
ência humana se mostra mais claramente. Não apenas
as técnicas potentes de Erickson estão disponíveis
como uma técnica para auxiliar na mudança de partes
do modelo normal do mundo de um indivíduo de uma
forma que seja estritamente terapêutica ou
clinicamente útil, mas também fornecem uma abor-
dagem completa para o mapeamento de partes do
potencial humano normalmente não experimentadas –
partes de potencial humano que podemos chamar de
atos criativos.
Introdução
Durante um período de quase um ano, muito
possible methods of experimental approach and
investigations and various questions to be propounded
were listed by each of us in our respective loose-leaf
notebooks. The purpose was to prepare a general
background for the proposed joint study with this
general background reflecting the thinking of both of
us uninfluenced by the other. It was hoped in this way
to secure the widest possible coverage of ideas by such
separate outlines prepared from the markedly different
backgrounds of understanding that the two of us
possessed.
Early in 1950 we met in Huxley's home in Los
Angeles, there to spend an intensive day appraising the
ideas recorded in our separate notebooks and to engage
in any experimental inquiries that seemed feasible. I
was particularly interested in Huxley's approach to
psychological problems, his method of thinking and his
own unique use of his unconscious mind which we had
discussed only briefly sometime previously. Huxley
was particularly interested in hypnosis and previous
exceedingly brief work with him had demonstrated his
excellent competence as a deep somnambulistic
subject.
It was realized that this meeting would be a
preliminary or pilot study, and this was discussed by
both of us. Hence we planned to make it as
comprehensive and inclusive as possible without
undue emphasis upon completion of anyone particular
item. Once the day's work had been evaluated, plans
could then be made for future meetings and specific
studies. Additionally, we each had our individual
purposes, Aldous having in mind future literary work,
while my interest related to future psychological
experimentation in the field of hypnosis.
The day's work began at 8:00 a.m. and
remained uninterrupted until 6:00 p.m. with some
considerable review of our notebooks the next day to
establish their general agreement, to remove any lack
of clarity of meaning caused by the abbreviated
notations we had entered into them during the previous
day's work and to correct any oversights. On the whole
we found that our notebooks were reasonably in
agreement but that naturally certain of our entries were
reflective of our special interests and of the fact that
each of us had, by the nature of the situation, made
separate notations bearing upon each other.
Our plan was to leave these notebooks with
Huxley since his phenomenal memory, often Huxley desde sua memória fenomenal, muitas vezes
appearing to be total recall, and his superior literary parecendo ser uma recordação total, e sua habilidade
Questionamentos específicos, possíveis métodos de
abordagem experimental e investigações e várias ques-
tões a serem propostas foram listadas por cada um de
nós em nossos respectivos cadernos de anotações. O
objetivo era preparar um pano de fundo geral para o
estudo conjunto proposto, com esse pano de fundo
geral refletindo o pensamento de ambos não influen-
ciados um pelo outro. Esperava-se, dessa forma,
assegurar a cobertura mais ampla possível das idéias
por meio de esboços separados, preparados a partir dos
antecedentes de compreensão marcadamente dife-
rentes que nós dois possuíamos.
No início de 1950, nos encontramos na casa de
Huxley em Los Angeles, para passar um dia intensivo
avaliando as idéias registradas em nossos cadernos se-
parados e para nos engajarmos em quaisquer pesquisas
experimentais que parecessem viáveis. Eu estava par-
ticularmente interessado na abordagem de Huxley aos
problemas psicológicos, seu método de pensamento e
seu próprio uso único de sua mente inconsciente, que
havíamos discutido apenas brevemente algum tempo
antes. Huxley estava particularmente interessado em
hipnose e trabalhos anteriores extremamente breves
com ele demonstraram sua excelente competência co-
mo um sujeito sonambulico.
Percebeu-se que esta reunião seria um estudo
preliminar ou piloto, e isso foi discutido por nós dois.
Portanto, planejamos torná-lo o mais abrangente e
inclusivo possível, sem ênfase indevida na conclusão
de qualquer item em particular. Uma vez avaliado o dia
de trabalho, podem ser feitos planos para futuras
reuniões e estudos específicos. Além disso, cada um de
nós tinha seus propósitos individuais, Aldous tendo em
mente o futuro trabalho literário, enquanto meu inte-
resse se relacionava com a futura experimentação psi-
cológica no campo da hipnose.
A jornada de trabalho começou às 8h00 e per-
maneceu ininterrupta até às 18h00. com alguma revi-
são considerável de nossos cadernos no dia seguinte
para estabelecer seu plano geral, para remover qual-
quer falta de clareza de significado causada pelas ano-
tações abreviadas que havíamos feito durante o tra-
balho do dia anterior e para corrigir quaisquer omis-
sões. No geral, descobrimos que nossos cadernos esta-
vam razoavelmente de acordo, mas que, naturalmente,
algumas de nossas entradas refletiam nossos interesses
especiais e o fato de que cada um de nós, pela natureza
da situação, havia feito anotações separadas relacio-
nadas uns aos outros.
Nosso plano era deixar esses cadernos com
ability would permit a more satisfactory writing of a
joint article based upon our discussions and
experimentations of that day's work. However, I did
abstract from my notebook certain pages bearing
notations upon Huxley's behavior at times when he, as
an experimental subject, was unable to make
comprehensive notations on himself, although
postexperimentally he could and did do so, though less
completely than I had. It was proposed that, from these
certain special pages, I was to endeavor to develop an
article which could be incorporated later in the longer
study that Huxley was to write. Accordingly, I
abstracted a certain number of pages intending to
secure still more at a later date. These pages that I did
remove Huxley rapidly copied into his own notebook
to be sure of the completeness of his own data.
Unfortunately, a California brush fire
sometime later destroyed Huxley's home, his extensive
library containing many rare volumes and manuscripts,
besides numerous other treasures to say nothing of the
manuscripts upon which Huxley was currently
working as well as the respective notebooks of our
special joint study. As a result, the entire subject matter
of our project was dropped as a topic too painful to
discuss, but Huxley's recent death led to my perusal of
these relatively few pages I had abstracted from my
notebook. Examination of them suggested the
possibility of presenting to the reader a small but
informative part of that day's work. I n this regard, the
reader must bear in mind that the quotations attributed
to Huxley are not necessarily verbatim, since his more
extensive utterances were noted in abbreviated form.
However, in the essence of their meaning, they are
correct and they are expressive of Huxley as I knew
him. It is also to be borne in mind that Huxley had read
my notations on the occasion of our joint study and had
approved them.
Project Initiations
The project began with Huxley reviewing
concepts and definitions of conscious awareness,
primarily his and in part those of others, followed by a
discussion with me of his understandings of hypnotic
states of awareness. The purpose was to insure that we
were both in accord or clear in our divergences of
understanding, thus to make possible a more reliable
inquiry into the subject matter of our interest.
There followed then a review in extensive
detail of various of his psychedelic experiences with extensos de várias de suas experiências psicodélicas
literária superior permitiria uma escrita mais satis-
fatória de um artigo conjunto baseado em nossas dis-
cussões e experimentações do trabalho daquele dia. No
entanto, abstrai de meu caderno de anotações certas
páginas que traziam anotações sobre o comportamento
de Huxley às vezes quando ele, como sujeito experi-
mental, era incapaz de fazer anotações abrangentes so-
bre si mesmo, embora pudesse fazer pós-experi-
mentalmente e o fez, embora menos completamente do
que eu. Foi proposto que, a partir dessas certas páginas
especiais, eu deveria me esforçar para desenvolver um
artigo que pudesse ser incorporado posteriormente no
estudo mais longo que Huxley iria escrever. Conse-
qüentemente, abstrai um certo número de páginas com
a intenção de mantê-las seguras ara posteridade. Essas
páginas que removi, Huxley copiou rapidamente em
seu próprio caderno para ter certeza da integridade de
seus próprios dados.
Infelizmente, um incêndio florestal na
Califórnia algum tempo depois destruiu a casa de
Huxley, sua extensa biblioteca contendo muitos
volumes raros e manuscritos, além de vários outros
tesouros para não falar dos manuscritos nos quais
Huxley estava trabalhando atualmente, bem como os
respectivos cadernos do nosso estudo conjunto espe-
cial. Como resultado, todo o assunto de nosso projeto
foi descartado como um tópico doloroso demais para
discutir, mas a morte recente de Huxley levou a minha
leitura dessas relativamente poucas páginas que abstraí
do meu caderno. O exame deles sugeriu a possibilidade
de apresentar ao leitor uma pequena, mas informativa,
parte do trabalho daquele dia. A esse respeito, o leitor
deve ter em mente que as citações atribuídas a Huxley
não são necessariamente textuais, uma vez que seus
enunciados mais extensos foram anotados de forma
abreviada. No entanto, na essência de seu significado,
eles estão corretos e expressam Huxley como eu o
conhecia. Também devemos ter em mente que Huxley
leu minhas anotações por ocasião de nosso estudo
conjunto e as aprovou.
Iniciações do projeto
O projeto começou com Huxley revisando
conceitos e definições de percepção consciente, princi-
palmente os seus e em parte os de outras pessoas, se-
guido por uma discussão comigo sobre sua com-
preensão dos estados hipnóticos de percepção. O obje-
tivo era assegurar que estávamos ambos de acordo ou
claros em nossas divergências de entendimento, para
tornar possível uma investigação mais confiável sobre
o assunto de nosso interesse.
Seguiu-se então uma revisão em detalhes
mescaline, later to be recorded in this book. (Huxley, com a mescalina, que mais tarde serão registradas neste
A. The Doors of Perception. New York: Harper and livro. (Huxley, A. The Doors of Perception. New
Brothers, 1954). York: Harper and Brothers, 1954).
Huxley then proceeded with a detailed
description of his very special practice of what he, for
want of a better and less awkward term which he had
not yet settled upon, called "Deep Reflection." He
described this state (the author's description is not
complete since there seemed to be no good reason
except interest for making full notations of his
description) of Deep Reflection as one marked by
physical relaxation with bowed head and closed eyes,
a profound progressive psychological withdrawal from
externalities but without any actual loss of physical
realities nor any amnesias or loss of orientation, a
"setting aside" of everything not pertinent, and then a
state of complete mental absorption in matters of
interest to him. Yet, in that state of complete
withdrawal and mental absorption, Huxley stated that
he was free to pick up a fresh pencil to replace a dulled
one to make "automatically" notations on his thoughts
and to do all this without a recognizable realization on
his part of what physical act he was performing. It was
as if the physical act were "not an integral part of my
thinking." In no way did such physical activity seem to
impinge upon, to slow, or to impede "the train of
thought so exclusively occupying my interest. It is
associated but completely peripheral activity... I might
say activity barely contiguous to the periphery." To
illustrate further, Huxley cited an instance of another
type of physical activity. He recalled having been in a
state of Deep Reflection one day when his wife was
shopping. He did not recall what thoughts or ideas he
was examining but he did recall that, when his wife
returned that day, she had asked him if he had made a
note of the special message she had given him over the
telephone. He had been bewildered by her inquiry,
could not recall anything about answering the
telephone as his wife asserted, but together they found
the special message recorded on a pad beside the
telephone which was placed within comfortable
reaching distance from the chair in which he liked to
develop Deep Reflection. Both he and his wife reached
the conclusion that he had been in a state of Deep
Reflection at the time of the telephone call, had lifted
the receiver and had said to her as usual, "I say there,
hello," had listened to the message, had recorded it, all
without any subsequent recollections of the
experience. He recalled merely that he had been
working on a manuscript that afternoon, one that had
been absorbing all of his interest. He explained that it
was quite common for him to initiate a day's work by
entering a state of Deep Reflection as a preliminary
process of marshaling his thoughts and putting into
Huxley procedeu com uma descrição detalhada
de sua prática muito especial do que ele, por falta de
um termo melhor e menos estranho que ainda não ha-
via estabelecido, chamou de “Reflexão Profunda”. Ele
descreveu esse estado (a descrição do autor não está
completa, pois parecia não haver nenhuma boa razão,
exceto o interesse para fazer anotações completas de
sua descrição) de Reflexão Profunda como aquele
marcado pelo relaxamento físico com a cabeça baixa e
olhos fechados, um profundo afastamento psicológico
progressivo de externalidades, mas sem qualquer perda
real das realidades físicas, nem qualquer amnésia ou
perda de orientação, um “afastamento” de tudo que não
seja pertinente e, então, um estado de completa
absorção mental em assuntos de interesse para ele. No
entanto, naquele estado de completa retração e absor-
ção mental, Huxley afirmou que estava livre para pegar
um lápis novo para substituir um sem brilho para fazer
anotações “automaticamente” em seus pensamentos e
fazer tudo isso sem uma compreensão reconhecível de
sua parte de qual ato físico ele estava realizando. Era
como se o ato físico “não fosse parte integrante do meu
pensamento”. De forma alguma, tal atividade física
parecia interferir, desacelerar ou impedir “a linha de
pensamento que ocupa exclusivamente meu interesse.
É atividade associada, mas completamente periférica...
Eu poderia dizer atividade apenas contígua à periferia”.
Para ilustrar melhor, Huxley citou um exemplo de
outro tipo de atividade física. Ele se lembra de ter
estado em um estado de Reflexão Profunda um dia,
quando sua esposa estava fazendo compras. Ele não se
lembrava de quais pensamentos ou idéias estava exa-
minando, mas lembrava-se de que, quando sua esposa
voltou naquele dia, ela lhe perguntou se ele havia ano-
tado a mensagem especial que ela lhe dera por telefone.
Ele havia ficado perplexo com a pergunta dela, não
conseguia se lembrar de nada sobre atender o telefone
como sua esposa afirmou, mas juntos eles encontraram
a mensagem especial gravada em um bloco ao lado do
telefone que foi colocado a uma distância confortável
de alcance da cadeira em que ele gostava de desen-
volver reflexão profunda. Ele e sua esposa chegaram à
conclusão de que ele estava em um estado de Reflexão
Profunda no momento da chamada telefônica, tirou o
fone do gancho e disse a ela, como de costume, “Eu
digo aí, olá”, tinha ouvido a mensagem, havia gravado,
tudo sem qualquer lembrança subsequente da expe-
riência. Ele se lembrou apenas de que estivera traba-
lhando em um manuscrito naquela tarde, que havia ab-
sorvido todo o seu interesse. Ele explicou que era bas-
order the thinking that would enter into his writing later tante comum para ele iniciar um dia de trabalho entran-
that day.
As still another illustrative incident, Huxley
cited an occasion when his wife returned home from a
brief absence, found the door locked as was customary,
had entered the house and discovered in plain view a
special delivery letter on a hallway table reserved for
mail, special messages, etc. She had found Huxley
sitting quietly in his special chair, obviously in a state
of deep thought. Later that day she had inquired about
the time of arrival of the special delivery letter only to
learn that he had obviously no recollection of receiving
any letter. Yet both knew that the mailman had
undoubtedly rung the doorbell, that Huxley had heard
the bell, had interrupted whatever he was doing, had
gone to the door, opened it, received the letter, closed
the door, placed the letter in its proper place and
returned to the chair where she had found him.
Both of these two special events had occurred
fairly recently. He recalled them only as incidents
related to him by his wife but with no feeling that those
accounts constituted a description of actual meaningful
physical behavior on his part. So far as he knew, he
could only deduce that he must have been in a state of
Deep Reflection when they occurred.
His wife subsequently confirmed the
assumption that his behavior had been completely
“automatic, like a machine moving precisely and
accurately. It is a delightful pleasure to see him get a
book out of the bookcase, sit down again, open the
book slowly, pick up his reading glass, read a little, and
then lay the book and glass aside. Then some time later,
maybe a few days, he will notice the book and ask
about it. The man just never remembers what he does
nor what he thinks about when he sits in that chair. All
of a sudden, you just find him in his study working very
hard.”
In other words, while in a state of Deep
Reflection and seemingly totally withdrawn from
external realities, the integrity of the task being done in
that mental state was touched by external stimuli, but
some peripheral part of awareness made it possible for
him to receive external stimuli, to respond
meaningfully to them but with no apparent recording
of any memory of either the stimulus or his meaningful
and adequate response. Inquiry of his wife later had
disclosed that when she was at home, Aldous in a state
do em um estado de Reflexão Profunda como um pro-
cesso preliminar de organizar seus pensamentos e or-
denar o pensamento que entraria em sua escrita mais
tarde naquele dia.
Como outro incidente ilustrativo, Huxley citou
uma ocasião em que sua esposa voltou para casa de
uma breve ausência, encontrou a porta trancada como
de costume, entrou na casa e descobriu à vista de todos
uma carta de entrega especial em uma mesa do corre-
dor reservada para correspondência, encomendas espe-
ciais etc. Ela encontrou Huxley sentado calmamente
em sua cadeira especial, obviamente em um estado de
profunda reflexão. Mais tarde naquele dia, ela pergun-
tou sobre a hora de chegada da carta de entrega espe-
cial, apenas para saber que ele obviamente não se lem-
brava de ter recebido nenhuma carta. No entanto, am-
bos sabiam que o carteiro sem dúvida tocou a cam-
painha, que Huxley ouviu a campainha, interrompeu o
que quer que estivesse fazendo, foi até a porta, abriu,
recebeu a carta, fechou a porta, colocou a carta em seu
devido lugar e voltou para a cadeira onde o havia
encontrado.
Ambos os eventos especiais ocorreram recen-
temente. Ele se lembrava deles apenas como incidentes
relatados a ele por sua esposa, mas sem sentir que esses
relatos constituíam uma descrição de comportamento
físico significativo real de sua parte. Pelo que sabia, ele
só podia deduzir que devia estar em um estado de
Reflexão Profunda quando eles ocorreram.
Sua esposa posteriormente confirmou a supo-
sição de que seu comportamento tinha sido comple-
tamente “automático, como uma máquina se movendo
com precisão e precisão. É um prazer delicioso vê-lo
tirar um livro da estante, sentar-se novamente, abrir o
livro devagar, pegar seu copo de leitura, ler um pouco
e colocar o livro e o copo de lado. Algum tempo depois,
talvez alguns dias, ele notará o livro e perguntará sobre
ele. O homem simplesmente nunca se lembra do que
faz nem do que pensa a respeito quando ele se senta
naquela cadeira. De repente, você o encontra em seu
escritório trabalhando muito.”
Em outras palavras, enquanto está em um
estado de Reflexão Profunda e aparentemente total-
mente retirado das realidades externas, a integridade da
tarefa sendo realizada naquele estado mental foi tocada
por estímulos externos, mas alguma parte periférica da
consciência tornou possível para ele receber estímulos,
para responder significativamente a eles, mas sem re-
gistro aparente de qualquer memória do estímulo ou de
sua resposta significativa e adequada. A investigação
de sua esposa mais tarde revelou que, quando ela
of Deep Reflection paid no attention to the telephone
which might be beside him or the doorbell. “He simply
depends completely on me, but I can call out to him
that I'll be away and he never fails to hear the telephone
or the doorbell.”
Huxley explained that he believed he could
develop a state of Deep Reflection in about five
minutes but that in doing so he “simply cast aside all
anchors” of any type of awareness. Just what he meant
and sensed he could not describe. “It is a subjective
experience quite” in which he apparently achieved a
state of “orderly mental arrangement” permitting an
orderly free flowing of his thoughts as he wrote. This
was his final explanation. He had never considered any
analysis of exactly what his “Deep Reflection” was nor
did he feel that he could analyze it, but he offered to
attempt it as an experimental investigation for the day.
It was promptly learned that, as he began to absorb
himself in his thoughts to achieve a state of Deep
Reflection, he did indeed “cast off all anchors” and
appeared to be completely out of touch with
everything. On this attempt to experience subjectively
and to remember the processes of entering into Deep
Reflection, he developed the state within five minutes
and emerged from it within two as closely as I could
determine. His comment was, “I say, I'm deucedly
sorry. I suddenly found myself all prepared to work
with nothing to do and I realized I had better come out
of it.” That was all the information he could offer. For
the next attempt, a signal to be given by me was agreed
upon as a signal for him to “come out of it.” A
secondary attempt was made as easily as the first.
Huxley sat quietly for some minutes and the agreed-
upon signal was given. Huxley's account was, “I found
myself just waiting for something. I did not know what.
It was just a 'something' that I seemed to feel would
come in what seemed to be a timeless, spaceless void.
I say, that's the first time I noted that feeling. Always
I've had some thinking to do. But this time I seemed to
have no work in hand. I was just completely
disinterested, indifferent, just waiting for something
and then I felt a need to come out of it. I say, did you
give me this signal?”
Inquiry disclosed that he had no apparent
memory of the stimulus being given. He had had only mória aparente do estímulo que estava sendo dado. Ele
the “feeling” that it was time to “come out of it”. tinha apenas a “sensação” de que era hora de “sair
dessa”.
Several more repetitions yielded similar
results. A sense of timeless, spaceless void, a placid, semelhantes. Uma sensação de vazio atemporal e sem
estava em casa, Aldous em estado de Reflexão Profun-
da não prestava atenção ao telefone que poderia estar
ao lado dele ou à campainha. “Ele simplesmente de-
pende totalmente de mim, mas posso gritar para ele que
estarei fora e ele nunca deixa de ouvir o telefone ou a
campainha.”
Huxley explicou que acreditava que poderia
desenvolver um estado de Reflexão Profunda em cerca
de cinco minutos, mas, ao fazer isso, ele “simples-
mente jogou de lado todas as âncoras” de qualquer tipo
de consciência. Exatamente o que ele quis dizer e sen-
tiu que não poderia descrever. “É uma experiência bas-
tante subjetiva”, na qual ele aparentemente atingiu um
estado de “arranjo mental ordenado”, permitindo um
fluxo livre ordenado de seus pensamentos enquanto
escrevia. Esta foi sua explicação final. Ele nunca havia
considerado qualquer análise do que exatamente era
sua “Reflexão Profunda”, nem sentiu que poderia
analisá-la, mas se ofereceu para tentar como uma
investigação experimental para o dia. Foi prontamente
aprendido que, ao começar a absorver-se em seus pen-
samentos para atingir um estado de Reflexão Profunda,
ele realmente “lançou todas as âncoras” e parecia estar
completamente fora de contato com tudo. Nessa ten-
tativa de experimentar subjetivamente e lembrar os
processos de entrar em Reflexão Profunda, ele desen-
volveu o estado em cinco minutos e emergiu dele em
dois, tanto quanto pude determinar. Seu comentário
foi: “Eu digo, sinto muito. De repente, me vi totalmente
preparado para trabalhar sem nada para fazer e percebi
que era melhor sair dessa.” Essa era toda a informação
que ele poderia oferecer. Para a próxima tentativa, um
sinal a ser dado por mim foi combinado como um sinal
para ele “sair dessa”. Uma segunda tentativa foi feita
tão facilmente quanto a primeira. Huxley ficou sentado
em silêncio por alguns minutos e o sinal combinado foi
dado. O relato de Huxley foi: “Encontrei-me apenas
esperando por algo. Eu não sei o quê. Era apenas um
'algo' que eu parecia sentir que viria no que parecia ser
um vazio atemporal e sem espaço. Eu digo, foi a pri-
meira vez que notei esse sentimento. Sempre tive um
pensamento a fazer. Mas desta vez eu parecia não ter
nenhum trabalho em mãos. Eu estava completamente
desinteressado, indiferente, apenas esperando por algo
e então senti a necessidade de sair disso. Eu pergunto,
você me deu este sinal?”
A investigação revelou que ele não tinha me-
Várias outras repetições produziram resultados
comfortable awaiting for an undefined “something”
and a comfortable need to return to ordinary conscious
awareness constituted the understandings achieved.
Huxley summarized his findings briefly as “a total
absence of everything on the way there and on the way
back and an expected meaningless something for
which one awaits in a state of Nirvana since there is
nothing more to do”. He asserted his intention to make
a later intensive study of this practice he found so
useful in his writing.
Further experiments were done after Huxley
had explained that he could enter the state of Deep
Reflection with the simple undefined understanding
that he would respond to any “significant stimulus.”
Without informing him of my intentions, I asked him
to “arouse” (this term is my own) when three taps of a
pencil on a chair were given in close succession. He
entered the state of reflection readily and, after a brief
wait, I tapped the table with a pencil in varying
fashions at distinct but irregular intervals. Thus, I
tapped once, paused, then twice in rapid succession,
paused, tapped once, paused, tapped four times in rapid
succession, paused, then five times in rapid succession.
Numerous variations were tried but with an avoidance
of the agreed-upon signal. A chair was knocked over
with a crash while four taps were given. Not until the
specified three taps were given did he make any
response. His arousal occurred slowly with an almost
immediate response to the signal. Huxley was
questioned about his subjective experiences. He
explained simply that they had been the same as
previously with one exception, namely that several
times he had a vague sensation that “something was
coming,” but he knew not what. He had no awareness
of what had been done.
COMMENTARY ON THE ARTICLE
Huxley is already quite experienced in the
ability to enter and leave altered states of
consciousness. Notice that in the discussion of the state
which Huxley calls Deep Reflection both Huxley and
Erickson distinguish his experience of normal state of
consciousness from this special state with descriptions
such as:
As if the physical act were not an integral part
of my thinking...
In no way did such physical activity seem to
impinge...
Recalled them only as incidents related to him
by his wife but with no feeling...
espaço, uma espera plácida e confortável por um
“algo” indefinido e uma necessidade confortável de
retornar à consciência consciente comum constituíram
os entendimentos alcançados. Huxley resumiu suas
descobertas resumidamente como “uma ausência total
de tudo no caminho de ida e volta e um esperado algo
sem sentido pelo qual se espera em um estado de
Nirvana já que não há mais nada a fazer”. Ele afirmou
sua intenção de fazer um estudo posterior intensivo
desta prática que considerou tão útil em seus escritos.
Outros experimentos foram feitos depois que
Huxley explicou que ele poderia entrar no estado de
Reflexão Profunda com o entendimento simples e in-
definido de que ele responderia a qualquer “estímulo
significativo”. Sem informá-lo de minhas intenções,
pedi-lhe que “despertasse” (este termo é meu) quando
três batidas de lápis em uma cadeira fossem dadas em
sucessão próxima. Ele entrou prontamente no estado
de reflexão e, após uma breve espera, bati na mesa com
um lápis de várias formas em intervalos distintos, mas
irregulares. Assim, bati uma vez, pausei, depois duas
vezes em rápida sucessão, pausei, bati uma vez, pausei,
bati quatro vezes em rápida sucessão, pausei e depois
cinco vezes em rápida sucessão. Diversas variações
foram tentadas, mas evitando-se o sinal combinado.
Uma cadeira foi derrubada com um estrondo durante
quatro toques. Só depois que os três toques especi-
ficados foram dados ele deu qualquer resposta. Sua
excitação ocorreu lentamente com uma resposta quase
imediata ao sinal. Huxley foi questionado sobre suas
experiências subjetivas. Ele explicou simplesmente
que elas tinham sido as mesmas de antes, com uma
exceção, a saber, que várias vezes ele teve a vaga
sensação de que “algo estava vindo”, mas ele não sabia
o quê. Ele não tinha consciência do que havia sido
feito.
COMENTÁRIO SOBRE O ARTIGO
Huxley já tem bastante experiência na
habilidade de entrar e sair de estados alterados de
consciência. Observe que, na discussão do estado que
Huxley chama de Reflexão Profunda, tanto Huxley
quanto Erickson distinguem sua experiência de estado
normal de consciência deste estado especial com des-
crições como:
Como se o ato físico não fosse parte integrante
do meu pensamento...
De forma alguma, tal atividade física pareceu
interferir...
Recordou-os apenas como incidentes
relatados a ele por sua esposa, mas sem nenhum
sentimento...
 Automatic, like a machine moving precisely
and accurately... com precisão e precisão...
Simply cast aside all anchors...
To be completely out of touch with everything...
tudo...
One of the patterns which connects each of
these descriptions is that in each the normal state of
consciousness and Huxley's experience of the altered
state of consciousness are distinguished by the
reduction or complete absence of kinesthetic
sensations. If you examine the normal-state
descriptions by Huxley of his normal-state experience
of the world throughout the article, you will find a
definite preference on Huxley's part for kinesthetic
predicates - that is, verbs, adjectives and adverbs
which are based on (or presuppose) a kinesthetic
representational system. In other words, Huxley's most
highly valued representational system is kinesthetic.
Since the kinesthetic representational system is
Huxley's most highly valued one, the altered state of
consciousness - Deep Reflection - is characterized as
differing from the primary by a reduction or absence
of body sensations.
There are two additional patterns which recur
in Erickson's work and also occur in this portion of the
article. First Huxley's wife states that “The man
(Huxley) just never remembers... when he sits in that
chair.” One of the fastest ways of assisting a person
who has achieved an altered state of consciousness,
whether hypnosis, Deep Reflection, or other states, in
re-entering that state is through a full recall of their
experience at the time when they achieved that altered
state of consciousness. For ex ample, it is a standard
Erickson technique to have the client who wishes to re-
enter a trance state to re-create the experience which
he had on some previous occasion. Huxley, who has
trained himself to enter Deep Reflection rapidly, uses
one of the most powerful of these recall techniques -
kinesthetic recall. In other words, by seating himself in
"that chair," he accelerates his process of entering an
altered state of consciousness as in that chair he had
repeatedly entered that state, and the physical act of
seating himself in "that chair" places him in touch with
the familiar kinesthetic sensations of sitting in “that
chair” - a powerful set of kinesthetic cues associated
with the altered state. The recovery of re-experiencing
of kinesthetic sensations associated with former
altered states of consciousness is one of a set of
techniques which Erickson characteristically employs
to insure satisfactory future trances.
Automático, como uma máquina que se move
Simplesmente deixe de lado todas as âncoras...
Estar completamente fora de contato com
Um dos padrões que conecta cada uma dessas
descrições é que, em cada uma delas, o estado normal
de consciência e a experiência de Huxley do estado
alterado de consciência são distinguidos pela redução
ou ausência completa de sensações cinestésicas. Se
você examinar as descrições de estado normal por
Huxley de sua experiência de estado normal do mundo
ao longo do artigo, você encontrará uma preferência
definida da parte de Huxley por predicados cines-
tésicos - isto é, verbos, adjetivos e advérbios que são
baseados em (ou pressupõe) um sistema representa-
cional cinestésico. Em outras palavras, o sistema re-
presentacional mais valorizado de Huxley é cines-
tésico. Uma vez que o sistema de representação cines-
tésica é o mais valorizado, o estado alterado de cons-
ciência - Reflexão Profunda - é caracterizado como
diferente do primário por uma redução ou ausência de
sensações corporais.
Existem dois padrões adicionais que se repe-
tem no trabalho de Erickson e também ocorrem nesta
parte do artigo. Primeiro, a esposa de Huxley afirma
que “O homem (Huxley) nunca se lembra ... de quando
ele se senta naquela cadeira”. Uma das maneiras mais
rápidas de ajudar uma pessoa que atingiu um estado
alterado de consciência, seja hipnose, reflexão pro-
funda ou outros estados, a reentrar nesse estado é por
meio de uma lembrança completa de sua experiência
no momento em que alcançou aquele estado alterado
de consciência. Por exemplo, é uma técnica padrão de
Erickson fazer com que o cliente que deseja entrar
novamente em um estado de transe recrie a
experiência que teve em alguma ocasião anterior.
Huxley, que se especializou para entrar em Reflexão
Profunda rapidamente, usa uma das mais poderosas
dessas técnicas de recordação - a rechamada
cinestésica. Em outras palavras, ao sentar-se
“naquela cadeira”, ele acelera seu processo de entrar
em um estado alterado de consciência como naquela
cadeira em que havia entrado repetidamente naquele
estado, e o ato físico de sentar-se “naquela cadeira” o
coloca em contato com as sensações cinestésicas
familiares de sentar-se “naquela cadeira” - um
poderoso conjunto de pistas cinestésicas associadas
ao estado alterado. A recuperação da re-
experienciação de sensações cinestésicas associadas a
estados alterados de consciência anteriores faz parte
de um conjunto de técnicas que Erickson emprega

“The procedure is to get the subject to recall
from the beginning in a reasonably orderly, detailed
manner the events of a previous successful hypnotic
trance. As the subject does this, repetitions of his
statements are offered and helpful questions are asked.
As he becomes absorbed in this task, the subject
revivifies the previous trance state, usually regressing
subjectively to that previous situation and developing
a special rapport with the operator.” Milton Erickson,
Utilization Techniques, p.36.
Precisely this same formal pattern occurs in
what psychotherapists call the enactment technique. In
an enactment the client is asked to recall in its entirety
the kinesthetic, visual, auditory, and other sensations
which are connected with some experience which is the
basis of a block to desired growth and change in his
behavior. In this way the past is made present and the
client, by reexperiencing this event, comes to have new
choices in his behavior (see Magic I, Chapter 6, and
Magic II, Part I, for a detailed discussion of the
enactment technique).
Note that Huxley's choice of a particular
physical location (“that chair”) and the accompanying
kinesthetic sensation associated with it are congruent
with the fact that Huxley's most highly valued
representational system is kinesthetic. Erickson
systematically selects cues or signals from the client's
most highly valued representational system to assist
the client in entering or reentering trance states. Thus,
while the kinesthetic cues are quite effective with
Huxley, with a highly visual client a fantasized image
of some experience would he more appropriate.
“Another variation of the rehearsal technique is
that of having the subject visualize himself carrying out
some hypnotic task and then adding to the visualization
other forms of imagery such as auditory, kinesthetic
etc.” Milton Erickson, Deep Hypnosis and its
Induction, p. 29
He, thereby, uses the person's most highly
developed representational system to lead and gain mais desenvolvido da pessoa para liderar e obter acesso
access to the other representational systems available. aos outros sistemas representacionais disponíveis.
Second, Erickson arranges an “arousal”
signal with Huxley without informing him of his full
intentions. Here Erickson is demonstrating several
important points. He chooses a signal which is in a
different modality (auditory) from Huxley's most highly
caracteristicamente para assegurar transes futuros
satisfatórios.
“O procedimento consiste em fazer com que o
sujeito se lembre desde o início, de maneira razoa-
velmente ordenada e detalhada, dos eventos de um
transe hipnótico anterior bem-sucedido. Enquanto o
sujeito faz isso, repetições de suas declarações são ofe-
recidas e perguntas úteis são feitas. À medida que fica
absorvido nessa tarefa, o sujeito revive o estado de
transe anterior, geralmente voltando subjetivamente a
essa situação anterior e desenvolvendo uma relação
especial com o operador.” Milton Erickson, Utili-
zation Techniques, p.36.
Precisamente esse mesmo padrão formal ocor-
re no que os psicoterapeutas chamam de técnica de re-
presentação. Em uma encenação, o cliente é solicitado
a lembrar em sua totalidade as sensações cinestésicas,
visuais, auditivas e outras que estão conectadas com
alguma experiência que é a base de um bloqueio para
o crescimento desejado e a mudança em seu compor-
tamento. Dessa forma, o passado se torna presente e o
cliente, ao reviver esse evento, passa a ter novas esco-
lhas em seu comportamento (veja Estrutura da Magia
I, Capítulo 6, e II, Parte I, para uma discussão
detalhada da técnica de representação).
Observe que a escolha de Huxley de uma
localização física particular (“aquela cadeira”) e a
sensação cinestésica associada a ela são congruentes
com o fato de que o sistema representacional mais
altamente valorizado de Huxley é cinestésico. Erickson
seleciona sistematicamente pistas ou sinais do sistema
representacional mais valioso do cliente para ajudá-lo
a entrar ou reentrar em estados de transe. Assim,
embora as pistas cinestésicas sejam bastante eficazes
com Huxley, com um cliente altamente visual, uma
imagem fantasiada de alguma experiência seria mais
apropriada.
“Outra variação da técnica de ensaio é fazer
com que o sujeito se visualize realizando alguma tarefa
hipnótica e, em seguida, acrescente à visualização
outras formas de imagem, como auditivo, cinestésico
etc.” Milton Erickson, Deep Hypno-sis and its
Induction, p. 29
Ele, portanto, usa o sistema representacional
Em segundo lugar, Erickson consegue um sinal
de “excitação” com Huxley sem informá-lo de suas
intenções completas. Aqui, Erickson está demons-
trando vários pontos importantes. Ele escolhe um sinal
que está em uma modalidade diferente (auditivo) do
valued representational system (kinesthetic). Erickson
typically arranges signals or cues for post-hypnotic
behavior in modalities other than the other person's
most highly valued representational system. This
allows him to bypass the modality and representational
system most frequently connected with conscious mind
activity and to communicate more directly with the
unconscious portions of the person's mind. Erickson
then proceeds to test the effectiveness of the cue by
creating a number of signals in the same modality
(auditory - sequences of pencil taps other than the
arranged signal, the crash of a chair Erickson causes
to fall etc.).
Huxley's ability not to respond to these
auditory signals demonstrates the depth of Deep
Reflection. Erickson, in arranging the cue for arousal
with Huxley, does not give Huxley specific directions
not to respond to auditory stimulation other than the
cue.
Rather, he makes the positive statement that
Huxley will arouse to a specific signal. The way in
which Huxley is to respond or not to respond to other
auditory signals is left ambiguous, thereby allowing
Huxley to utilize his own vast resources in determining
his behavior. This is an excellent example of Erickson's
consistent pattern of limiting the person he is working
with as little as possible, consistent with the demands
of the context. By making a positive suggestion about a
specific signal, Erickson allows Huxley maximum
freedom to respond or not as he (Huxley) decides.
“In trance induction, the inexperienced
hypnotist often tries to direct or bend the subject's
behavior to fit his conception of how a subject ‘should’
behave. There should be a constant minimalization of
the role of the hypnotist and a constant enlargement of
the subject's role”. Milton Erickson, Deep Hypnosis
and its Induction, p. 18
In this way Erickson makes use of the full
resources which the person he is working with has recursos que a pessoa com quem está trabalhando tem
available. disponíveis.
Further experimentation was done in which he
was asked to enter Deep Reflection and to sense color,
a prearranged signal for arousing being that of a
handshake of his right hand. He complied readily and
when I judged that he was fully absorbed in his state of
reflection, I shook his left hand vigorously, then
followed this with a hard pinching of the back of both
sistema representacional mais valorizado de Huxley
(cinestésico). Erickson normalmente organiza sinais
ou pistas para o comportamento pós-hipnótico em
modalidades diferentes do sistema representacional
mais valioso da outra pessoa. Isso permite que ele
contorne a modalidade e o sistema representacional
mais freqüentemente conectado com a atividade da
mente consciente e se comunique mais diretamente
com as porções inconscientes da mente da pessoa.
Erickson então começa a testar a eficácia da sugestão,
criando uma série de sinais na mesma modalidade
(auditivos - sequências de toques de lápis diferentes do
sinal arranjado, o impacto de uma cadeira que
Erickson faz cair etc.).
A capacidade de Huxley de não responder a
esses sinais auditivos demonstra a profundidade da
Reflexão Profunda. Erickson, ao arranjar a deixa para
excitação com Huxley, não dá a Huxley instruções es-
pecíficas para não responder à estimulação auditiva
que não seja a deixa.
Em vez disso, ele faz a declaração positiva de
que Huxley despertará para um sinal específico. A
maneira como Huxley deve responder ou não a outros
sinais auditivos é deixada ambígua, permitindo assim
que Huxley utilize seus próprios vastos recursos para
determinar seu comportamento. Este é um excelente
exemplo do padrão consistente de Erickson de limitar
a pessoa com quem está trabalhando o menos possível,
de acordo com as demandas do contexto. Ao fazer uma
sugestão positiva sobre um sinal específico, Erickson
concede a Huxley o máximo de liberdade para res-
ponder ou não conforme ele (Huxley) decidir.
“Na indução de transe, o hipnotizador inex-
periente freqüentemente tenta direcionar ou dobrar o
comportamento do sujeito para se ajustar à sua
concepção de como o sujeito ‘deveria’ se comportar.
Deve haver uma minimização constante do papel do
hipnotizador e uma ampliação constante do papel do
sujeito.” Milton Erickson, Deep Hypnosis and its
Induction, p. 18
Desta forma, Erickson faz uso de todos os
Outras experiências foram feitas, nas quais ele
foi solicitado a entrar em Reflexão Profunda e sentir
cor, um sinal previamente combinado para o despertar,
sendo um aperto de mão de sua mão direita. Ele obe-
deceu prontamente e quando julguei que ele estava to-
talmente absorvido em seu estado de reflexão, apertei
hands that left deep fingernail markings. Huxley made
no response to th is physical stimulation, although his
eyes were watched for possible eyeball movements
under the lids and his respiratory and pulse rates were
checked for any changes. However, after about a
minute he slowly drew his arms back along the arms of
the chair where he had placed them before beginning
his reflection state. They moved slowly about an inch
and then all movement ceased.
He was aroused easily and comfortably at the Ele foi despertado facilmente e confortavel-
designated signal. mente ao sinal designado.
His subjective report was simply that he had
“lost” himself in a “sea of color”, of “sensing”,
“feeling”, “being” color, of being “quite utterly
involved in it with no identity of your own, you know”.
Then suddenly he had experienced a process of losing
that color in a “meaningless void”, only to open his
eyes and to realize that he had “come out of it”.
He remembered the agreed upon stimulus but
did not recall if it had been given. “I can only deduce it
was given from the fact that I'm out of It”, and indirect
questioning disclosed no memories of the other
physical stimuli administered. Neither was there an
absent-minded looking at nor rubbing of the backs of
his hands.
This same procedure in relation to color was
repeated but to it was added, as he seemed to be
reaching the state of Deep Reflection, a repeated,
insistent urging that, upon arousal, he discuss a certain
book which was carefully placed in full view. The
results were comparable to the preceding findings. He
became “lost”, ... “quite utterly involved in it”, ... “one
can sense it but not describe it”, ... “I say, it's an utterly
amazing, fascinating state of finding yourself a
pleasant part of an endless vista of color that is soft and
gentle and yielding and all-absorbing. Utterly
extraordinary, most extraordinary.” He had no
recollection of my verbal insistences nor of the other
physical stimuli. He remembered the agreed-upon
signal but did not know if it had been given. He found
himself only in a position of assuming that it had been
given since he was again in a state of ordinary
awareness. The presence of the book meant nothing to
him. One added statement was that entering a state of
Deep Reflection by absorbing himself in a sense of
sua mão esquerda vigorosamente, em seguida, belis-
cando com força as costas de ambas as mãos, deixando
marcas profundas nas unhas. Huxley não respondeu ao
estímulo físico, embora seus olhos fossem observados
para possíveis movimentos do globo ocular sob as
pálpebras e suas taxas respiratórias e de pulso tivessem
sido verificadas quanto a quaisquer alterações. No
entanto, após cerca de um minuto, ele lentamente
puxou os braços para trás ao longo dos braços da
cadeira onde os havia colocado antes de começar seu
estado de reflexão. Eles se moveram lentamente cerca
de uma polegada e então todos os movimentos ces-
saram.
Seu relato subjetivo foi simplesmente que ele
havia se “perdido” em um “mar de cor”, de
“sensações”, “sentimentos, “ser” a cor, de estar
“totalmente envolvido nele, sem identidade própria,
você sabe”. Então, de repente, ele experimentou um
processo de perder aquela cor em um “vazio sem
sentido”, apenas para abrir os olhos e perceber que ele
havia “saído dele”.
Ele se lembrou do estímulo combinado, mas
não se lembrou se tinha sido dado. “Só posso deduzir
que foi dado pelo fato de eu estar fora dele”, e o
questionamento indireto não revelou lembranças dos
demais estímulos físicos administrados. Nem houve
um olhar distraído, nem esfregar as costas das mãos.
Esse mesmo procedimento em relação à cor foi
repetido, mas a ela foi acrescentada, pois ele parecia
estar atingindo o estado de Reflexão Profunda, uma
insistência repetida e insistente para que, ao despertar,
ele discutisse um determinado livro que foi cuida-
dosamente colocado na sua visão. Os resultados foram
comparáveis aos achados anteriores. Ele ficou
“perdido”, ... “totalmente envolvido nisso”, ... “pode-
se sentir, mas não pode descrevê-lo”, ... “Eu digo, é um
estado absolutamente incrível e fascinante de se encon-
trar uma parte agradável de uma vista infinita de cores
que é suave, gentil, maleável e totalmente absorvente.
Totalmente extraordinário, muito extraordinário. ” Ele
não se lembrava de minhas insistências verbais nem
dos outros estímulos físicos. Ele se lembrou do sinal
combinado, mas não sabia se havia sido dado. Ele se
viu apenas em uma posição de presumir que tinha sido
dado, já que ele estava novamente em um estado de
consciência comum. A presença do livro não
significava nada para ele. Uma afirmação adicional foi
que entrar em um estado de Reflexão Profunda absor-
vendo-se em um snetimento de cor era, de certa forma,
color was, in a fashion, comparable to, but not identical comparável a, mas não idêntico, suas experiências psi-
with, his psychedelic experiences.
In this portion of the article Erickson is
presenting an important description of the process of
assisting Huxley in shifting to a representational
system other than the one primarily associated with his
normal state of awareness - in this case, visual. The
experience of color, which Erickson requests Huxley
“sense” as he re-enters Deep Reflection, is an
experience which is usually based on a visual
representational system. Erickson's choice of words
here again show his refined sense of the use of
language and his principle of allowing the person he is
working with maximum freedom to respond. Erickson
states, “... was asked to enter Deep Reflection and to
sense color.” Notice, not to see color but to sense
color.
Huxley, in fact, responds creatively with
expressions such as:
... Lost himself in a “sea of color”...
Of sensing, feeling being color...
An endless vista of color that is soft and gentle
and yielding...
Here Huxley's choice of predicates in these
descriptions shows that he is in a transition state
between his primary representational system -
kinesthetic (lost, feeling, soft, gentle, yielding) - and the
representational system for the experience indirectly
requested by Erickson - visual (e.g., color, vista, color).
Again, by allowing Huxley a maximum flexibility in
having this experience, Erickson uses Huxley's
resources more fully than would be possible if he
(Erickson) were more directive. Huxley is here, by his
use of mixed predicates, demonstrating a phenomenon
often associated with creative activity - synesthesia,
cross modality experiences. That these neural circuits
are, in fact, available as the basis for this behavior has
been established (see Magic II, Part III, and Bach-yRit
work referenced in the Bibliography).
As a final inquiry, Huxley was asked to enter
the reflection state for the purpose of recalling the
telephone call and the special-delivery letter incidents.
His comment was that such a project should be “quite
fruitful.” Despite repeated efforts, he would “come out
of it" explaining, "There I found myself without
codélicas.
Nesta parte do artigo, Erickson está apresen-
tando uma descrição importante do processo de auxi-
liar Huxley na mudança para um sistema repre-
sentacional diferente daquele basicamente associado
a seu estado normal de consciência - neste caso, visual.
A experiência da cor, que Erickson solicita a Huxley
“sentir” quando ele volta para Reflexão Profunda, é
uma experiência que geralmente é baseada em um sis-
tema de representação visual. A escolha de palavras
de Erickson aqui novamente mostra seu senso refinado
do uso da linguagem e seu princípio de permitir que a
pessoa com quem está trabalhando com o máximo de
liberdade responda. Erickson afirma: “... foi
convidado a entrar em Reflexão Profunda e a sentir a
cor”. Observe, não para ver a cor, mas para sentir a
cor.
Huxley, de fato, responde criativamente com
expressões como:
... Perdeu-se num “mar de cores” ...
De sentir, sentir ser cor ...
Um panorama infinito de cores suaves, gentis
e maleáveis ...
Aqui, a escolha de predicados de Huxley
nessas descrições mostra que ele está em um estado de
transição entre seu sistema representacional primário
- cinestésico (perdido, sentimento, suave, gentil,
flexível) - e o sistema representacional para a
experiência indiretamente solicitada por Erickson -
visual (por exemplo, cor, vista, cor). Novamente, ao
permitir a Huxley flexibilidade máxima em ter essa
experiência, Erickson usa os recursos de Huxley mais
plenamente do que seria possível se ele (Erickson)
fosse mais diretivo. Huxley está aqui, por meio do uso
de predicados mistos, demonstrando um fenômeno
frequentemente associado à atividade criativa – sines-
tesia, experiências intermodais. Foi estabelecido que
esses circuitos neurais estão, de fato, disponíveis como
a base para esse comportamento (ver A Estrutura da
Magia II, Parte III e o trabalho de Bach-y-Rita
referenciado na Bibliografia).
Como inquérito final, Huxley foi solicitado a
entrar no estado de reflexão com o propósito de
relembrar os incidentes do telefonema e da carta de
entrega especial. Seu comentário foi que tal projeto
deveria ser “bastante frutífero”. Apesar dos esforços
repetidos, ele “saía de lá” explicando: “Lá me encontrei
anything to do so I came out of it”. His memories were
limited to the accounts given to him by his wife and all
details were associated with her and not with any inner
feelings of experience on h is part.
A final effort was made to discover whether or
not Huxley could include another person in his state of
Deep Reflection. This idea interested him at once and
it was suggested that he enter the reflection state to
review some of his psychedelic experiences. This he
did in a most intriguing fashion. As the reflection state
developed, Huxley, in an utterly detached, dissociated
fashion, began making fragmentary remarks, chiefly in
the form of self-addressed comments. Thus he would
say, making fragmentary notes with a pencil and paper
quickly supplied to him, “most extraordinary... I
overlooked that... How?... Strange I should have
forgotten that (making a notation)... fascinating how
different it appears... I must look...”
When he aroused, he had a vague recollection
of having reviewed a previous psychedelic experience
but what he had experienced then or on the immediate
occasion he could not recall. Nor did he recall speaking
aloud nor making notations. When shown these, he
found that they were so poorly written that they could
not be read. I read mine to him without eliciting any
memory traces.
Huxley's choice of predicates while in Deep
Reflection reveal a complete shift to the visual estava em Reflexão Profunda revela uma mudança
representational system: completa para o sistema de representação visual:
I overlooked that
... how different it appears
I must look...
In Erickson's inductions as well as in our own
trance induction work, we notice a consistent pattern
of the emergence of the visual representational system
as primary as the client achieves more and more depth
of hypnosis. One fascinating explanation of this pattern
is that in a hypnotic induction the hypnotist is
attempting to communicate with the client's
unconscious mind. One of the ways in which the two
cerebral hemispheres of humans differ is in their
language and visual functions. In general, the
hemisphere which has the language faculty is less
developed with respect to making visual distinctions:
sem nada para fazer, então saí de lá”. Suas memórias
limitavam-se aos relatos que lhe eram prestados por
sua esposa e todos os detalhes estavam associados a ela
e não a quaisquer sentimentos internos de experiência
de sua parte.
Um esforço final foi feito para descobrir se
Huxley poderia ou não incluir outra pessoa em seu
estado de Reflexão Profunda. Essa ideia o interessou
imediatamente e foi sugerido que ele entrasse no estado
de reflexão para revisar algumas de suas experiências
psicodélicas. Ele fez isso da maneira mais intrigante. À
medida que o estado de reflexão se desenvolveu,
Huxley, de uma forma totalmente distanciada e disso-
ciada, começou a fazer comentários fragmentados,
principalmente na forma de comentários endereçados
a si mesmo. Assim dizia ele, fazendo anotações frag-
mentadas com um lápis e papel rapidamente fornecidos
a ele, “extraordinário... esqueci isso... como?...
Estranho eu deveria ter esquecido isso (fazendo uma
anotação)... fascinante como parece diferente... devo
parecer ...”
Quando acordou, tinha uma vaga lembrança de
ter revisto uma experiência psicodélica anterior, mas o
que ele havia experimentado então ou na ocasião ime-
diata ele não conseguia se lembrar. Nem se lembrava
de ter falado em voz alta nem de fazer anotações. Ao
vê-los, descobriu que estavam tão mal escritos que não
podiam ser lidos. Eu li a minha anotação para ele sem
eliciar qualquer vestígio de memória.
A escolha de predicados de Huxley enquanto
Eu esqueci isso
... como parece diferente
Eu devo olhar...
Nas induções de Erickson, bem como em nosso
próprio trabalho de indução de transe, notamos um
padrão consistente de emergência do sistema de repre-
sentação visual primário tanto quanto mais o cliente
atinge profundidade na hipnose. Uma explicação
fascinante desse padrão é que, em uma indução
hipnótica, o hipnotizador está tentando se comunicar
com a mente inconsciente do cliente. Uma das
maneiras pelas quais os dois hemisférios cerebrais
humanos diferem é em sua linguagem e funções
visuais. Em geral, o hemisfério que possui a faculdade
da linguagem é menos desenvolvido no que diz
respeito a fazer distinções visuais:
 “Each side of the brain is able to perform and
chooses to perform a certain set of cognitive tasks
which the other side finds difficult, distasteful or both.
In considering the nature of the two sets of functions, it
appears that they may be logically incompatible. The
right (non-language, in most of the population)
hemisphere synthesizes over space. The left (language,
in most of the population) analyzes over time. The right
hemisphere notes visual similarities to the exclusion of
conceptual similarities. The left hemisphere does the
opposite. The right hemisphere perceives form, the left
hemisphere, detail. The right hemisphere codes
sensory input in terms of images, the left hemisphere in
terms of linguistic descriptions... This description of
hemispheric behavior suggests that the Gestalt Laws of
Perceptual Organization pertain only to the mute
hemisphere.”
Jerre Levy, Psychobiological Implications of
Bilateral Assymetry in Hemispheric Function in the
Human Brain, Dimond and Beaumont, p. 167.
In a more recent review of cerebral assymetry,
Gardiner (1975) comments: ... that each half of the
brain controls the movements of the opposite part of
the body. When I he left foot, the left hand, or fingers
of the left hand are moved, impulses have been sent
from the right half of the brain; when the individual
looks to the left, the impulses (or connections) again go
to the right half of the brain; and impulses conveying
information from the left ear tend to go to, or "favor,"
the right half of the brain. This principle of
contralateral (" opposite-side") representation applies
equally well to the right limbs of the body; functioning
of the right hand or leg, and other organs on that side,
is controlled by the left half of the brain.
Gardiner, 1975, The Shattered Mind, p. 351.
If, when Erickson refers to "the unconscious
part of the mind," he is referring to the mute or non-
dominant hemisphere, then the pattern of emergence of
the visual representational system which we have
noted in Erickson's work as well as our own is
understandable. There are several other patterns
which we have noticed in our work which support this
interpretation.
First, in doing double inductions (trance
inductions in which each of the authors is speaking to
the client simultaneously), the style of speech which
each of us uses varies by the ear into which we are
speaking. Specifically, if John is speaking into the ear
which transmits information to the languge
“Cada lado do cérebro é capaz de realizar e
escolher realizar um determinado conjunto de tarefas
cognitivas que o outro lado considera difíceis, desa-
gradáveis ou ambas. Ao considerar a natureza dos
dois conjuntos de funções, parece que eles podem ser
logicamente incompatíveis. O hemisfério direito (sem
linguagem, na maioria da população) se sintetiza no
espaço. O esquerdo (idioma, na maioria da popu-
lação) analisa ao longo do tempo. O hemisfério direito
observa semelhanças visuais, excluindo semelhanças
conceituais. O hemisfério esquerdo faz o oposto. O he-
misfério direito percebe a forma, o hemisfério es-
querdo, os detalhes. O hemisfério direito codifica a
entrada sensorial em termos de imagens, o hemisfério
esquerdo em termos de descrições linguísticas... Esta
descrição do comportamento hemisférico sugere que
as Leis da Gestalt de Organização Perceptual per-
tencem apenas ao hemisfério mudo.”
Jerre Levy, Psychobiological Implications of
Bilateral Assymetry in Hemispheric Function in the
Human Brain, Dimond and Beaumont, p. 167.
Em uma revisão mais recente da associação
cerebral, Gardiner (1975) comenta: “...que cada
metade do cérebro controla os movimentos da parte
oposta do corpo. Quando o pé esquerdo, a mão esquer-
da ou os dedos da mão esquerda são movidos,
impulsos foram enviados da metade direita do
cérebro; quando o indivíduo olha para a esquerda, os
impulsos (ou conexões) vão novamente para a metade
direita do cérebro; e os impulsos que transmitem
informações do ouvido esquerdo tendem a ir para, ou
“favorecer”, a metade direita do cérebro. Este
princípio de representação contralateral (“lado
oposto”) se aplica igualmente bem aos membros
direitos do corpo; o funcionamento da mão ou perna
direita e de outros órgãos desse lado é controlado pela
metade esquerda do cérebro.
Gardiner, 1975, The Shattered Mind, p. 351.
Se, quando Erickson se refere à “parte incons-
ciente da mente”, ele está se referindo ao hemisfério
mudo ou não dominante, então o padrão de
emergência do sistema de representação visual que
observamos no trabalho de Erickson, bem como em
nosso próprio é compreensível. Existem vários outros
padrões que observamos em nosso trabalho que
apóiam essa interpretação.
Em primeiro lugar, ao fazer induções duplas
(instruções de transe em que cada um dos autores está
falando com o cliente simultaneamente), o estilo de
fala que cada um de nós usa varia de acordo com o
ouvido em que estamos falando. Especificamente, se
John está falando ao ouvido que transmite
hemisphere, he will speak in a style of syntax which is informações ao hemisfério da língua, ele falará em um
complex, using ambiguity, for example, as a key estilo de sintaxe complexo, usando a ambigüidade, por
technique, while Richard speaks to the mute exemplo, como uma técnica-chave, enquanto Richard
hemisphere in a style of syntax which is maximally fala ao hemisfério mudo em um estilo de sintaxe que é
simple - a style of syntax which is not well-formed adult maximamente simples - um estilo de sintaxe que não é
English but is well-formed baby English. (We discuss um inglês adulto bem formado, mas um inglês infantil
this in more detail later.) Double trance inductions are bem formado. (Discutiremos isso com mais detalhes
more rapid and the depth of trance more profound posteriormente.) As induções de transe duplo são mais
when we make this hemispheric distinction than when rápidas e a profundidade do transe maior quando
we do not. fazemos essa distinção hemisférica do que quando não
o fazemos.
Secondly, one of the more reliable indications Em segundo lugar, uma das indicações mais
that a client is entering a satisfactory state of trance is confiáveis de que um cliente está entrando em um
the coordinated appearance of movements of the side estado de transe satisfatório é o aparecimento coor-
of the body controlled by the non-dominant denado de movimentos do lado do corpo controlado
hemisphere. pelo hemisfério não dominante.
Third, in the course of our therapeutic work, we Terceiro, no curso de nosso trabalho tera-
have developed a number of techniques to assist clients pêutico, desenvolvemos uma série de técnicas para au-
in rapidly developing representational systems other xiliar os clientes no desenvolvimento rápido de sis-
than their most highly valued one. temas representacionais diferentes dos mais valiosos.
Many times, in the course of teaching a client Muitas vezes, durante nossos seminários, um
who has a most highly valued representational system cliente que tem um sistema representacional altamente
other than visual, we have noticed the client making a valorizado, diferente do visual, notamos que ele faz
distinction between "imaging a picture" and "seeing a uma distinção entre “imaginar uma imagem” e “ver
picture." In the first case, the client, typically, reports uma imagem”. No primeiro caso, o cliente, normal-
vague, relatively unfocused, schematized and unstable mente, relata imagens visuais vagas, relativamente
visual images, while in the second case, the images desfocadas, esquematizadas e instáveis, enquanto no
have the focused, stable, full, rich, vivid properties of segundo caso, as imagens têm as propriedades
direct visual input. In every case to date, the experience focadas, estáveis, completas, ricas e vivas de entrada
of "imaging a picture" has associated with it a verbal, visual direta. Em todos os casos até agora, a
internal dialogue, while the vivid visualization has no experiência de “imaginar uma imagem” tem
internal verbal dialogue associated with it. Apparently, associado a ela um diálogo verbal interno, enquanto a
the first case is one in which the client is constructing visualização vívida não tem nenhum diálogo verbal
a picture using his language system as the lead system, interno associado a ela. Aparentemente, o primeiro
while the second is a direct accessing of pictures caso é aquele em que o cliente está construindo uma
residing in the non-dominant hemisphere. Thus, one imagem usando seu sistema de linguagem como
way which we have developed to assist the client in sistema principal, enquanto o segundo é um acesso
coming to have the ability to visualize vividly is to teach direto a imagens que residem no hemisfério não
him to shut down his internal verbal dialogue. Very dominante. Assim, uma maneira que desenvolvemos
often his first experiences with shutting down his para ajudar o cliente a adquirir a capacidade de
internal dialogue leads to what appears to us to be visualizar vividamente é ensiná-lo a encerrar seu
trance behavior. diálogo verbal interno. Muitas vezes, suas primeiras
experiências com o encerramento de seu diálogo
interno conduzem ao que nos parece um compor-
tamento de transe.
Fourth, in different places in Erickson's work, Quarto, em diferentes pontos do trabalho de
he makes very effective use of melodies as part of his Erickson, ele faz um uso muito eficaz das melodias
induction. Melodies are stored in the non-dominant como parte de sua indução. As melodias são armaze-
hemisphere. nadas no hemisfério não dominante.
Fifth, in the context of therapy one of the most Quinto, no contexto da terapia, uma das téc-
effective techniques of assisting a client in changing his nicas mais eficazes para ajudar um cliente a mudar seu
model of the world is the Guided Fantasy (see Magic I, modelo de mundo é a Fantasia Guiada (ver A
Chapter 6, and Magic II, Part I, for a detailed Estrutura da Magia I, Capítulo 6, e II, Parte I, para
presentation) in which the client is typically asked to uma apresentação detalhada) em que o cliente é
close his eyes and visualize a particular experience tipicamente solicitado a fechar os olhos e visualizar
which will then assist him in changing. Our initial uma experiência particular que o ajudará a mudar.
interest in hypnosis springs from our realization that Nosso interesse inicial pela hipnose surge de nossa
our clients' behavior during a Guided Fantasy was compreensão de que o comportamento de nossos
indistinguishable from descriptions of patients in clientes durante uma fantasia guiada era indistinguível
medium and deep trance states. Next, and again in the das descrições de pacientes em estados de transe
therapeutic context, specifically when working with médio e profundo. Em seguida, e novamente no
polarities - polarities are the expression of two contexto terapêutico, especificamente ao trabalhar
conflicting models of behavior which the client has (seecom polaridades - polaridades são a expressão de dois
Magic II, Part III) - we have noted that one of the mostmodelos conflitantes de comportamento que o cliente
immediate and effective ways of assisting the client in tem (ver Estrutura da Magia II, Parte III) - observamos
fully expressing and integrating his polarities is to que um dos mais imediatos e efetivo modo de ajudar o
insure that one of the polarities is using a visual cliente a expressar e integrar totalmente suas
representational system and the other either a polaridades é assegurar que uma das polaridades
kinesthetic or an auditory representational system. esteja usando um sistema de representação visual e a
We present a more detailed account of these outra um sistema cinestésico ou auditivo.
types of evidence in A EStrutura da Magia II, Partes II Apresentamos um relato mais detalhado desses
e III. tipos de evidência em A EStrutura da Magia II, Partes
II e III.
Finally, we have observed that clients Finalmente, observamos que os clientes que
executing post-hypnotic suggestions often shift the executam sugestões pós-hipnóticas freqüentemente
predicates which they normally use to visual mudam os predicados que eles normalmente usam
predicates as they re-enter the trance state to execute para predicados visuais conforme eles reentram no
the post-hypnotie suggestions. estado de transe para executar as sugestões pós-
hipnóticas.

A repetition yielded similar results with one
exception. This was an amazed expression of complete
astonishment by Huxley suddenly declaring, “I say,
Milton, this is quite utterly amazing, most
extraordinary. I use Deep Reflection to summon my
memories, to put into order all of my thinking, to
explore the range, the extent of my mental existence,
but I do it solely to let those realizations, the thinking,
the understandings, the memories seep into the work
I'm planning to do without my conscious awareness of
them. Fascinating... never stopped to realize that my
Deep Reflection always preceded a period of intensive
work wherein I was completely absorbed... I say, no
wonder I have an amnesia.”
Later when we were examining each other's
notebooks, Huxley manifested intense amazement and
bewilderment at what I had recorded about the physical
stimuli and for which he had no memory of any sort.
He knew that he had gone into Deep Reflection
repeatedly at my request, had been both pleased and
amazed at his subjective feelings of being lost in an all-
absorbing sea of color, had sensed a certain
Uma repetição produziu resultados semelhan-
tes com uma exceção. Essa foi uma expressão de es-
panto total de Huxley declarando repentinamente: “Eu
digo, Milton, isso é absolutamente incrível, extraor-
dinário. Eu uso a Reflexão Profunda para convocar
minhas memórias, para colocar em ordem todo o meu
pensamento, para explorar o alcance, a extensão da
minha existência mental, mas eu faço isso apenas para
deixar essas realizações, o pensamento, os entendi-
mentos, as memórias infiltrar-se no trabalho que estou
planejando fazer sem minha consciência deles. Fas-
cinante... nunca parei para perceber que minha Refle-
xão Profunda sempre precedeu um período de trabalho
intensivo em que estava completamente absorvido...
digo, não admira que esteja com amnésia.”
Mais tarde, quando estávamos examinando os
cadernos um do outro, Huxley manifestou intenso es-
panto e perplexidade com o que eu havia registrado so-
bre os estímulos físicos e dos quais ele não tinha me-
mória de qualquer tipo. Ele sabia que havia entrado em
Reflexão Profunda repetidamente a meu pedido, ficara
satisfeito e surpreso com seus sentimentos subjetivos
de estar perdido em um mar de cores que tudo absorvia,
timelessness, spacelessness and had experienced a
comfortable feeling of something meaningful about to
happen. He reread my notations repeatedly in an
endeavor to develop some kind of a feeling of at least
a vague memory of subjective awareness of the various
physical stimuli I had given him. He also looked at the
backs of his hands to see the pinch marks but they had
vanished. His final comment was, “... extraordinary,
most extraordinary, I say, utterly fascinating.”
When we agreed that, at least for the while,
further inquiry into Deep Reflection might be
postponed until later, Huxley declared again that his
sudden realization of how much he had used it and how
little he knew about it made him resolve to investigate
much further into his “Deep Reflection”. The manner
and means by which he achieved it, how it constituted
a form of preparation for absorbing himself in his
writing and in what way it caused him to lose
unnecessary contact with reality were all problems of
much interest to him.
Huxley then suggested that an investigation be
made of hypnotic states of awareness by employing
him as a subject. He asked permission to be allowed to
interrupt his trance states at will for purposes of
discussion. This was in full accord with my own
wishes.
He asked that first a light trance be induced,
perhaps repeatedly, to permit an exploration of his
subjective experiences. Since he had briefly been a
somnambulistic subject previously, he was carefully
assured that this fact could serve to make him feel
confident in arresting his trance states at any level he
wished. He did not recognize this as a simple, direct
hypnotic suggestion. In reading my notebook later I
was much amused at how easily he had accepted an
obvious suggestion without recognizing its character at
the time.
He found several repetitions of the light trance
interesting but "too easily conceptualized." It is, he
explained, "a simple withdrawal of interest from the
outside to the inside." That is, one gives less and less
attention to externalities and directs more and more
attention to inner subjective sensations. Externalities
become increasingly fainter and more obscure, inner
subjective feelings more satisfying until a state of
balance exists. In this state of balance, he had the
feeling that, with motivation, he could "reach out and
seize upon reality," that there is a definite retention of
a grasp upon external reality but with no motivation to
sentiu uma certa atemporalidade, ausência de espaço e
experimentou uma sensação confortável de que algo
significativo está para acontecer. Ele releu minhas ano-
tações repetidamente em um esforço para desenvolver
algum tipo de pelo menos uma vaga memória de cons-
ciência subjetiva dos vários estímulos físicos que eu
havia dado. Ele também olhou para as costas das mãos
para ver as marcas de aperto, mas elas haviam desa-
parecido. Seu comentário final foi: “... extraordinário,
extraordinário, digo, absolutamente fascinante”.
Quando concordamos que, pelo menos por
enquanto, novas investigações sobre Reflexão Pro-
funda poderiam ser adiadas para mais tarde, Huxley
declarou novamente que sua repentina percepção de
quanto ele tinha usado e quão pouco sabia sobre isso o
fez decidir investigar muito mais no futuro sua
“Reflexão Profunda”. A maneira e os meios pelos
quais ele o alcançou, como isso constituiu uma forma
de preparação para se absorver em sua escrita e de que
forma o fez perder o contato desnecessário com a
realidade, todos foram problemas de muito interesse
para ele.
Huxley sugeriu que fosse feita uma inves-
tigação dos estados hipnóticos de consciência, empre-
gando-o como sujeito. Ele pediu permissão para inter-
romper seus estados de transe à vontade para fins de
discussão. Isso estava de acordo com meus próprios
desejos.
Ele pediu que primeiro fosse induzido um
transe leve, talvez repetidamente, para permitir uma
exploração de suas experiências subjetivas. Como ele
havia sido um sujeito sonambulico por um breve perí-
odo, ele foi cuidadosamente assegurado de que esse
fato poderia servir para fazê-lo se sentir confiante em
interromper seus estados de transe em qualquer nível
que desejasse. Ele não reconheceu isso como uma
sugestão hipnótica simples e direta. Ao ler meu cader-
no mais tarde, achei muito engraçado a facilidade com
que ele aceitara uma sugestão óbvia sem reconhecer
seu caráter na época.
Ele achou várias repetições do transe leve inte-
ressantes, mas “facilmente conceituadas”. É, explicou,
“uma simples retirada do interesse de fora para dentro”.
Ou seja, damos cada vez menos atenção às exter-
nalidades e dirigimos cada vez mais atenção às sen-
sações subjetivas internas. As externalidades tornam-
se cada vez mais fracas e obscuras, os sentimentos
subjetivos internos mais satisfatórios até que exista um
estado de equilíbrio. Nesse estado de equilíbrio, ele
tinha a sensação de que, com motivação, poderia “es-
tender a mão e agarrar a realidade”, que há uma
retenção definitiva de um domínio da realidade
deal with it. Neither did he feel a desire to deepen the
trance. No particular change in this state of balance
seemed necessary and he noted that a feeling of
contentment and relaxation accompanied it. He
wondered if others experienced the same subjective
reactions.
Huxley requested that the light trance be
induced by a great variety of techniques, some of them
non-verbal. The results in each instance, Huxley felt
strongly, were dependent entirely upon his mental set.
He found that he could accept “drifting along” (my
phrase) in a light trance, receptive of suggestions
involving primarily responses at a subjective level
only. He found that an effort to behave in a direct
relationship to the physical environment taxed his
efforts and made him desire either to arouse from the
trance or to go still deeper. He also, on his own
initiative, set up his own problems to test his trance
states. Thus, before entering the light trance he would
privately resolve to discuss a certain topic, relevant or
irrelevant, with me at the earliest possible time or even
at a fairly remote time. In such instances, Huxley found
such unexpressed desires deleterious to the
maintenance of the trance. Similarly, any effort to
include an item of reality not pertinent to his sense of
subjective satisfaction lessened the trance.
At all times there persisted a “dim but ready”
awareness that one could alter the state of awareness at
will. Huxley, like others with whom I have done
similar studies, felt an intense desire to explore his
sense of subjective comfort and satisfaction but
immediately realized that this would lead to a deeper
trance state.
When Huxley was asked to formulate
understandings of the means he could employ by
which he could avoid going into more than a light
trance, he stated that he did this by setting a given
length of time during which he would remain in a light
trance. This had the effect of making him more
strongly aware that at any moment he could “reach out
and seize external reality” and that his sense of
subjective comfort and ease decreased. Discussion of
this and repeated experimentation disclosed that
carefully worded suggestions serving to emphasize the
availability of external reality and to enhance
subjective comfort could serve to deepen the trance
even though Huxley was fully cognizant of what was
being said and why. Similar results have been obtained
with other highly intelligent subjects.
externa, mas sem motivação para lidar com ela. Ele
também não sentiu o desejo de aprofundar o transe.
Nenhuma mudança particular neste estado de
equilíbrio parecia necessária e ele notou que uma
sensação de contentamento e relaxamento acom-
panhava o processo. Ele se perguntou se outras pessoas
experimentaram as mesmas reações subjetivas.
Huxley solicitou que o transe leve fosse indu-
zido por uma grande variedade de técnicas, algumas
delas não-verbais. Os resultados em cada instância,
Huxley sentiu fortemente, dependiam inteiramente de
seu conjunto mental. Ele descobriu que podia aceitar
“ficar à deriva” (minha frase) em um transe leve, recep-
tivo a sugestões envolvendo principalmente respostas
apenas em um nível subjetivo. Ele descobriu que o
esforço para se comportar em uma relação direta com
o ambiente físico sobrecarregava seus esforços e o fa-
zia desejar despertar do transe ou ir ainda mais fundo.
Ele também, por iniciativa própria, criou seus próprios
problemas para testar seus estados de transe. Assim,
antes de entrar no transe leve, ele decidia em particular
discutir um determinado tópico, relevante ou irrele-
vante, comigo o mais cedo possível ou mesmo em um
momento bastante remoto. Em tais casos, Huxley
considerou tais desejos não expressos deletérios para a
manutenção do transe. Da mesma forma, qualquer
esforço para incluir um item de realidade não
pertinente ao seu senso de satisfação subjetiva dimi-
nuiu o transe.
Em todos os momentos, persistia uma cons-
ciência “turva, mas pronta” de que se poderia alterar o
estado de consciência à vontade. Huxley, como outros
com quem fiz estudos semelhantes, sentiu um desejo
intenso de explorar sua sensação de conforto e satis-
fação subjetiva, mas percebeu imediatamente que isso
levaria a um estado de transe mais profundo.
Quando Huxley foi solicitado a formular enten-
dimentos sobre os meios que ele poderia empregar pe-
los quais conseguiria evitar entrar em mais do que um
transe leve, ele afirmou que fez isso definindo um de-
terminado período de tempo durante o qual perma-
neceria em um transe leve. Isso teve o efeito de torná-
lo mais consciente de que a qualquer momento ele
poderia “alcançar e apreender a realidade externa” e
que sua sensação de conforto subjetivo e facilidade di-
minuía. A discussão disso e a experimentação repetida
revelaram que sugestões cuidadosamente formuladas
que servem para enfatizar a disponibilidade da rea-
lidade externa e aumentar o conforto subjetivo podem
servir para aprofundar o transe, embora Huxley esti-
vesse plenamente ciente do que estava sendo dito e por

In experimenting with medium deep trances,
Huxley, like other subjects with whom I have worked,
experienced much more difficulty in reacting to and
maintaining a fairly constant trance level. He found
that he had a subjective need to go deeper in the trance
and an intellectual need to stay at the medium level.
The result was that he found himself repeatedly
"reaching out for awareness" of his environment and
this would initiate a light trance. He would then direct
his attention to subjective comfort and find himself
developing a deep trance. Finally, after repeated
experiments, he was given both post-hypnotic and
direct hypnotic suggestion to remain in a medium deep
trance. This he found he could do with very little
concern then. He described the medium trance as
primarily characterized by a most pleasing subjective
sense of comfort and a vague, dim, faulty awareness
that there was an external reality for which he felt a
need for considerable motivation to be able to examine
it. However, if he attempted to examine even a single
item of reality for its intrinsic value, the trance would
immediately become increasingly lighter. On the other
hand, when he examined an item of external reality for
subjective values, for example, the soft comfort of the
chair cushions as contrasted to the intrinsic quiet of the
room, the trance became deeper. But both light and
deep trances were characterized by a need to sense
external reality in some manner, not necessarily clearly
but nevertheless to retain some recognizable awareness
of it.
For both types of trance, experiments were
carried out to discover what hypnotic phenomena
could be elicited in both light and medium deep
trances. This same experiment has been done with
other good subjects and also with subjects who
consistently developed only a light trance and with
those who consistently did not seem to be able to go
further than the medium trance. In all such studies, the
findings were the same, the most important seeming to
be the need of light and medium deep hypnotic subjects
to retain at least some grasp upon external reality and
to orient their trance state as a state apart from external
reality but with the orientation to such reality, however
tenuous in character, sensed as available for immediate
utilization by the subject.
quê. Resultados semelhantes foram obtidos com outros
assuntos altamente inteligentes.
Ao fazer experiências com transes meio pro-
fundos, Huxley, como outros sujeeitos com os quais
trabalhei, teve muito mais dificuldade em reagir e
manter um nível de transe razoavelmente constante.
Ele descobriu que tinha uma necessidade subjetiva de
se aprofundar no transe e uma necessidade intelectual
de permanecer no nível médio. O resultado foi que ele
se viu repetidamente “buscando consciência” de seu
ambiente e isso iniciaria um leve transe. Ele então dire-
cionaria sua atenção para o conforto subjetivo e se des-
cobriria desenvolvendo um transe profundo. Final-
mente, após repetidos experimentos, ele recebeu suges-
tões pós-hipnóticas e hipnóticas diretas para perma-
necer em transe meio profundo. Ele descobriu que
poderia fazer com muito pouca preocupação. Ele des-
creveu o transe meio profundo como caracterizado
principalmente por uma agradável sensação subjetiva
de conforto e uma vaga, vaga e falha consciência de
que havia uma realidade externa para a qual ele sentia
necessidade considerável de motivação para poder
examiná-la. No entanto, se ele tentasse examinar até
mesmo um único item da realidade por seu valor intrín-
seco, o transe imediatamente se tornaria cada vez mais
leve. Por outro lado, quando ele examinou um item da
realidade externa em busca de valores subjetivos, por
exemplo, o conforto macio das almofadas da cadeira
em contraste com o silêncio intrínseco da sala, o transe
tornou-se mais profundo. Mas tanto os transes leves
quanto os profundos eram caracterizados pela neces-
sidade de sentir a realidade externa de alguma maneira,
não necessariamente com clareza, mas mesmo assim
de reter alguma consciência reconhecível dela.
Para ambos os tipos de transe, experimentos fo-
ram realizados para descobrir quais fenômenos hipnó-
ticos poderiam ser eliciados em transes leves e meio
profundos. Este mesmo experimento foi feito com
outros sujeitos e também com sujeitos que desenvol-
veram consistentemente apenas um transe leve e com
aqueles que consistentemente não pareciam ser
capazes de ir além do transe médio. Em todos esses
estudos, os resultados foram os mesmos, o mais impor-
tante parecendo ser a necessidade dos sujeitos
hipnotizados em transe médio ou profundo reterem
pelo menos alguma compreensão da realidade externa
e orientar seu estado de transe como um estado sepa-
rado da realidade externa, mas com a orientação para
tal realidade, por mais tênue que seja essa carac-
terística, sentida como acessível de forma imediata
pelo sujeito.
 Another item which Huxley discovered by his
own efforts unguided by me and of which I was fully
aware through work with other subjects, was that the
phenomena of deep hypnosis can be developed in both
the light and the medium trance. Huxley, having
observed deep hypnosis, wondered about the
possibility of developing hallucinatory phenomena in
the light trance. He attempted this by the measure of
enjoying his subjective state of physical comfort and
adding to it an additional subjective quality, namely, a
pleasant gustatory sensation. He found it quite easy to
hallucinate vividly various taste sensations while
wondering vaguely what I would think if I knew what
he was doing. He was not aware of his increased
swallowing when he did this. From gustatory
sensations he branched out to olfactory hallucinations
both pleasant and unpleasant. He did not realize that he
betrayed this by the flaring of his nostrils. His thinking
at the time, so he subsequently explained, was that he
had the “feeling” that hallucinations of a completely
“inner type of process”, that is, occurring within the
body itself, would be easier than those in which the
hallucination appeared to be external to the body. From
olfactory hallucinations he progressed to kinesthetic,
proprioceptive and, finally, tactile sensations. In the
kinesthetic hallucinatory sensation experience he
hallucinated taking a long walk but remaining
constantly aware that I was present in some vaguely
sensed room. Momentarily he would forget about me
and his hallucinated walking would become most
vivid. He recognized this as an indication of the
momentary development of a deeper trance state which
he felt obligated to remember to report to me during the
discussion after his arousal. He was not aware of
respiratory and pulse changes during the hallucinatory
walk.
When he first tried for visual and auditory
hallucinations, he found them much more difficult and
the effort tended to lighten and to abolish his trance
state. He finally reasoned that if he could hallucinate
rhythmical movements of his body, he could then
“attach” an auditory hallucination to this hallucinated
body sensation. The measure proved most successful
and again he caught himself wondering if I could hear
the music. His breathing rate changed and slight
movements of his head were observed. From simple
music he proceeded to a hallucination of opera singing
and then finally a mumbling of words which eventually
seemed to become my voice questioning him about
Deep Reflection. I could not recognize what was
occurring.
Outro item que Huxley descobriu por seus pró-
prios esforços não guiados por mim e do qual eu estava
totalmente ciente através do trabalho com outros
sujeitos, foi que os fenômenos da hipnose profunda
podem ser desenvolvidos tanto no transe leve quanto
no médio. Huxley, tendo observado hipnose profunda,
questionou a possibilidade de desenvolver fenômenos
alucinatórios no transe leve. Ele tentou isso apreciando
seu estado subjetivo de conforto físico e acrescentando
a ele uma qualidade subjetiva adicional, a saber, uma
sensação gustativa agradável. Ele achou muito fácil
alucinar vividamente várias sensações gustativas en-
quanto se perguntava vagamente o que eu pensaria se
soubesse o que ele estava fazendo. Ele não estava
ciente de seu aumento de deglutição quando fez isso.
De sensações gustativas, ele ramificou-se para aluci-
nações olfativas tanto agradáveis quanto desagra-
dáveis. Ele não percebeu que traiu isso ao dilatar suas
narinas. Seu pensamento na época, conforme explicou
posteriormente, era que ele tinha a “sensação” de que
as alucinações de um “tipo de processo totalmente
interno”, isto é, ocorrendo dentro do próprio corpo,
seriam mais fáceis do que aquelas em que a alucinação
parecia ser externa ao corpo. Das alucinações
construídas, ele progrediu para as sensações cines-
tésicas, proprioceptivas e, finalmente, táteis. Na expe-
riência de sensação alucinatória cinestésica, ele alu-
cinou ao dar uma longa caminhada, mas permane-
cendo constantemente ciente, uma sensação vaga, de
que eu estava presente em alguma sala. Ele se
esqueceria momentaneamente de mim e seu andar
alucinado se tornaria mais vívido. Ele reconheceu isso
como uma indicação do desenvolvimento momen-
tâneo de um estado de transe mais profundo, que se
sentiu obrigado a lembrar de relatar para mim durante
a discussão após sua excitação. Ele não estava ciente
das alterações respiratórias e de pulso durante a cami-
nhada alucinatória.
Quando ele tentou alucinações visuais e audi-
tivas pela primeira vez, ele as achou muito mais difíceis
e o esforço tendia a aliviar e abolir seu estado de transe.
Ele finalmente raciocinou que se pudesse alucinar os
movimentos rítmicos de seu corpo, ele poderia então
“anexar” uma alucinação auditiva a essa sensação cor-
poral alucinada. A medida teve o maior sucesso e nova-
mente ele se surpreendeu se perguntando se eu poderia
ouvir a música. Sua respiração mudou e ligeiros movi-
mentos de sua cabeça foram observados. Da música
simples, ele passou para uma alucinação de canto de
ópera e, finalmente, um murmúrio de palavras que
eventualmente pareceu se tornar minha voz questio-
nando-o sobre Reflexão Profunda. Eu não conseguia
reconhecer o que estava acontecendo.
 From this he proceeded to visual
hallucinations. An attempt to open his eyes nearly
aroused him from his trance state. Thereafter he kept
his eyes closed for both light and medium deep trance
activities. His first visual hallucination was a vivid
flooding of his mind with an intense sense of pastel
colors of changing hues and with a wavelike motion.
He related this experience to his Deep Reflection
experiences with me and also to his previous
psychedelic experiences. He did not consider this
experience sufficiently valid for his purposes of the
moment because he felt that vivid memories were
playing too large a part. Hence he deliberately decided
to visualize a flower but the thought occurred to him
that, even as a sense of movement played a part in
auditory hallucinations, he might employ a similar
measure to develop a visual hallucination. At the
moment, so he recalled after arousing from the trance
and while discussing his experience, he wondered if I
had ever built up hallucinations in my subjects by
combining various sensory fields of experience. I told
him that that was a standard procedure for me.
He proceeded with this visual hallucination by
“feeling” his head turn from side to side and up and
down to follow a barely visible, questionably visible,
rhythmically moving object. Very shortly the object
became increasingly more visible until he saw a giant
rose, possibly three feet in diameter. This he did not
expect and thus he was certain at once that it was not a
vivified memory but a satisfactory hallucination. With
this realization came the realization that he might very
well add to the hallucination by adding olfactory
hallucinations of an intense “unroselike” sickeningly
sweet odor. This effort was also most successful. After
experimenting with various hallucinations, Huxley
aroused from his trance and discussed extensively what
he had accomplished. He was pleased to learn that his
experimental findings without any coaching or
suggestions from me were in good accord with planned
experimental findings with other subjects.
Here we find Erickson presenting one of the
clearest examples of the systematic understanding and
use of representational systems. Huxley is interested in
determining whether he can experience hallucinatory
phenomena in both light and medium trance. Huxley
himself is behaving consistently with the principles
A partir disso, ele passou para as alucinações
visuais. Uma tentativa de abrir os olhos quase o
despertou de seu estado de transe. Depois disso, ele
manteve os olhos fechados para atividades de transe
leve e médio. Sua primeira alucinação visual foi uma
inundação vívida de sua mente com uma intensa sensa-
ção de cores pastéis de tons mutáveis e com um movi-
mento ondulatório. Ele relacionou essa experiência
com suas experiências de Reflexão Profunda comigo e
também com suas experiências psicodélicas anteriores.
Ele não considerou essa experiência suficientemente
válida para seus propósitos do momento, porque sentiu
que as memórias vívidas estavam desempenhando um
papel muito importante. Portanto, ele deliberadamente
decidiu visualizar uma flor, mas ocorreu-lhe o pensa-
mento de que, mesmo que uma sensação de movi-
mento desempenhasse um papel nas alucinações audi-
tivas, ele poderia empregar uma medida semelhante
para desenvolver uma alucinação visual. No momento,
assim ele se lembrou depois de despertar do transe e ao
discutir sua experiência, ele se perguntou se eu alguma
vez teria alucinações em meus assuntos combinando
vários campos sensoriais de experiência. Eu disse a ele
que esse era um procedimento padrão para mim.
Ele prosseguiu com essa alucinação visual
“sentindo” sua cabeça virar de um lado para o outro e
para cima e para baixo para seguir um objeto quase
invisível, questionavelmente visível e em movimento
ritmado. Muito em breve o objeto se tornou cada vez
mais visível até que ele viu uma rosa gigante, possi-
velmente com um metro de diâmetro. Isso ele não
esperava e, portanto, teve a certeza de que não era uma
memória vivificada, mas uma alucinação satisfatória.
Com essa observação, veio a constatação de que ele
poderia muito bem aumentar a alucinação adicionando
alucinações olfativas de um intenso odor adocicado
“não parecido com o de rosa”. Esse esforço também foi
muito bem-sucedido. Depois de experimentar várias
alucinações, Huxley despertou de seu transe e discutiu
extensivamente o que havia realizado. Ele ficou satis-
feito em saber que suas descobertas experimentais, sem
qualquer orientação ou sugestão de minha parte, esta-
vam de acordo com as descobertas experimentais
realizadas com outros sujeitos.
Aqui encontramos Erickson apresentando um
dos exemplos mais claros da compreensão sistemática
e do uso de sistemas representacionais. Huxley está
interessado em determinar se ele pode experimentar
fenômenos alucinatórios tanto no transe leve quanto
no médio. O próprio Huxley está se comportando de
mentioned above. First, being in a light/medium
trance, his initial behavior is still in large part
conscious - he correspondingly utilizes his most highly
valued representational system, kinesthetic, as the lead
representational system to assist himself in developing
hallucinations in the other representational systems.
... Enjoying his subjective state of physical
comfort and adding to it.
An additional subjective quality, namely, a
pleasant gustatory sensation.
... From gustatory sensations he branched out
to olfactory hallucinations...
From olfactory hallucinations he progressed to
kinesthetic, proprioceptive and finally tactile
sensations.
Further, Huxley spontaneously arrives at a
technique which we have formalized in the context of
assisting people in developing additional maps or
representational systems for organizing their
experience - specifically, using a lead representational
system to develop another representational system by
finding a point of overlap or intersection between the
two.
Mary Lou, a woman in her middle 40's, was
working in a Therapist Training Group. In the process
of expressing her difficulties, the therapist noticed that
each time that she expressed some comment which was
critical of her own behavior, Mary Lou's voice quality
(tonality) changed. She literally spoke with a different
voice. The therapist then asked Mary Lou to repeat a
number of the critical remarks. As she did, the therapist
asked her to be aware of her voice. As she finished
repeating the critical remarks, the therapist leaned
forward and asked her whose voice that was. She
replied at once that it was her father's voice. At this
point the therapist asked her to close her eyes and to
hear that same voice inside her head. She was able to
do this easily. Next, the therapist instructed her as she
listened to her father's voice to see her father's mouth
moving, the lips forming the words. As she
accomplished this, she was then instructed to see the
remainder of her father's face. The therapist continued
to work with Mary Lou, using her father's voice to lead
her in constructing a full visual representation which
matched the voice she continued to hear inside her
head. Once the visual and auditory representations
were coordinated, the therapist used the material as a
forma consistente com os princípios mencionados
acima. Em primeiro lugar, estando em um transe
leve/médio, seu comportamento inicial ainda é em
grande parte consciente - ele utiliza corres-
pondentemente seu sistema representacional mais
valioso, cinestésico, como o sistema representacional
principal para se auxiliar no desenvolvimento de alu-
cinações nos outros sistemas representacionais.
... Aproveitando seu estado subjetivo de
conforto físico e aumentando ...
Uma qualidade subjetiva adicional, a saber,
uma sensação gustativa agradável.
... De sensações gustativas, ele ramificou-se
para alucinações olfativas ...
De alucinações olfativas ele progrediu para
sensações cinestésicas, proprioceptivas e finalmente
táteis.
Além disso, Huxley chega espontaneamente a
uma técnica que formalizamos no contexto de ajudar
as pessoas no desenvolvimento de mapas adicionais ou
sistemas representacionais para organizar sua expe-
riência - especificamente, usando um sistema
representacional líder para desenvolver outro sistema
representacional, encontrando um ponto de sobre-
posição ou intersecção entre os dois.
Mary Lou, uma mulher de 40 e poucos anos,
estava trabalhando em um Grupo de Treinamento de
Terapeutas. No processo de expressar suas dific-
uldades, a terapeuta percebeu que cada vez que ela ex-
pressava algum comentário crítico de seu próprio
comportamento, a qualidade (tonalidade) da voz de
Mary Lou mudava. Ela literalmente falou com uma
voz diferente. O terapeuta então pediu a Mary Lou que
repetisse algumas das observações críticas. Ao fazer
isso, o terapeuta pediu que ela ficasse ciente de sua voz.
Quando ela terminou de repetir os comentários críticos,
a terapeuta se inclinou para frente e perguntou de quem
era aquela voz. Ela respondeu imediatamente que era a
voz de seu pai. Nesse ponto, a terapeuta pediu que ela
fechasse os olhos e ouvisse a mesma voz dentro de sua
cabeça. Ela foi capaz de fazer isso facilmente. Em
seguida, o terapeuta a instruiu enquanto ela ouvia a voz
de seu pai para ver a boca de seu pai se movendo, os
lábios formando as palavras. Ao fazer isso, ela foi
instruída a ver o restante do rosto de seu pai. A tera-
peuta continuou a trabalhar com Mary Lou, usando a
voz de seu pai para conduzi-la na construção de uma
representação visual completa que combinava com a
voz que ela continuava a ouvir dentro de sua cabeça.
basis for an enactment in which Mary Lou played both Uma vez que as representações visuais e auditivas
herself and her father. foram coordenadas, a terapeuta usou o material como
base para uma encenação na qual Mary Lou repre-
sentou ela mesma e seu pai.
Thus, in this final phase, all three of the Assim, nesta fase final, todos os três sistemas
representational systems were brought into play - representacionais foram colocados em jogo - auditivo,
auditory, visual and kinesthetic. The enactment visual e cinestésico. A técnica de encenação, baseada
technique, based on using an auditory representation no uso de uma representação auditiva inicialmente e,
initially and then adding the other representational em seguida, adicionando os outros sistemas represen-
systems (visual and kinesthetic) to it - that is, Meta- tacionais (visual e cinestésico) - isto é, Meta-Tática III
Tactic III - enabled Mary Lou to confront and - permitiu que Mary Lou enfrentasse e superasse
overcome some formerly severe blocks to her further alguns bloqueios anteriormente severos para seu
growth. crescimento posterior.
This experience with Mary Lou shows the use Esta experiência com Mary Lou mostra o uso
of Meta-Tactic III. The therapist notices a sudden shift da Meta-Tática III. O terapeuta nota uma mudança re-
in a client's behavior. Making use of the pentina no comportamento do cliente. Fazendo uso do
representational system in which this sudden shift sistema representacional no qual essa mudança repen-
occurs as a basis from which to build a more complete tina ocorre como uma base a partir da qual construir
reference structure (see Chapter 6, Magic I), the uma estrutura de referência mais completa (ver
therapist finds a point of overlap between the Capítulo 6, A Estrutura da Magia I), o terapeuta
representational system in which the shift took place encontra um ponto de sobreposição entre o sistema
and the representational system which the therapist representacional no qual a mudança ocorreu e o
chooses to add. In this case, since the initial sistema representacional que o terapeuta escolhe
representational system was auditory (specifically, the adicionar. Nesse caso, como o sistema representacional
voice of another person), the therapist had the client inicial era auditivo (especificamente, a voz de outra
form a visual image of the mouth which was creating pessoa), o terapeuta fez com que o cliente formasse
that voice. Once a portion of the new representational uma imagem visual da boca que estava criando aquela
system is tied to the initial representational system, the voz. Uma vez que uma parte do novo sistema repre-
therapist can work with the client to fully develop the sentacional está ligada ao sistema representacional
new representational system. The consequence of this inicial, o terapeuta pode trabalhar com o cliente para
MetaTactic is dramatically to expand the client's desenvolver totalmente o novo sistema represen-
representation of the experience which is causing her tacional. A consequência desta MetaTática é expandir
difficulty. This expanded representation allows the dramaticamente a representação do cliente da experi-
client an expanded model of the world and, from this, ência que está causando sua dificuldade. Essa represen-
more choices in coping in her life. tação ampliada permite à cliente um modelo ampliado
de mundo e, a partir disso, mais opções de enfrenta-
mento em sua vida.
Huxley is systematically applying Meta-Tactic Huxley está aplicando sistematicamente a
III to assist himself in developing hallucinations in Meta-Tática III para auxiliar no desenvolvimento de
representational systems other than his primary ones, alucinações em sistemas representacionais diferentes
as the description indicates: ... reasoned that if he could dos primários, como a descrição indica: ... raciocinou
hallucinate rhythmic movements of his body he could que se pudesse alucinar movimentos rítmicos de seu
then “attach” an auditory hallucination to this corpo, poderia então “ anexar” uma alucinação auditiva
hallucinated body sensation... even as a sense of a esta sensação corporal alucinada... mesmo que uma
movement played a part in auditory hallucinations, he sensação de movimento desempenhasse um papel nas
might employ a similar measure to develop a visual alucinações auditivas, ele poderia empregar uma me-
allucination. dida semelhante para desenvolver uma alucinação
visual.
Equally remarkable, in our opinion, is Igualmente notável, em nossa opinião, é a
Erickson's finely developed ability to make visual habilidade finamente desenvolvida de Erickson de
distinctions and to understand, with a minimum of fazer distinções visuais e entender, com um mínimo de
cues, the experience which Huxley is having: ... pistas, a experiência que Huxley está tendo: ... alucinar
hallucinate vividly various taste sensations while
wondering vaguely what I would think if I knew what
he was doing. He was not aware of his increased
swallowing when he did this... branched out to
olfactory hallucinations... He did not realize that he
betrayed this by the flaring of his nostrils.
Erickson's ability to identify and understand the
meaning of the detailed movements of Huxley's body
leaves no doubt about his (Erickson's) explicit
understanding of the use and power of representational
systems as an organizing principle in human
experience. As he states: ... he [Huxley] wondered if I
had ever built up hallucinations in my subjects by
combining various sensory fields of experience. I told
him that that was a standard procedure for me.
This discussion raised the question of
anesthesia, amnesia, dissociation, depersonalization,
regression, time distortion, hypermnesia (an item
difficult to test with Huxley because of his phenomenal
memory) and an exploration of past repressed events.
Of these, Huxley found that anesthesia,
amnesia, time distortion, and hypermnesia were
possible in the light trance. The other phenomena were
conducive to the development of 11 deep trance with
any earnest effort to achieve them.
The anesthesia he developed in the light trance
was most effective for selected parts of the body. When
generalized anesthesia from the neck down was
attempted, Huxley found himself "slipping" into a deep
trance.
The amnesia, like the anesthesia, was effective
when selective in character. Any effort to have a total de caráter seletivo. Qualquer esforço para ter uma
amnesia resulted in a progression toward a deep trance. amnésia total resultava em uma progressão para um
transe profundo.
Time distortion was easily possible and Huxley
offered the statement that he was not certain but that he
felt strongly that he had long employed time distortion
in Deep Reflection, although his first formal
introduction to the concept had been through me.
Hypermnesia, so difficult to test because of his
extreme capacity to recall past events, was tested upon
my suggestion by asking him in the light trance state to
state promptly upon request on what page of various of
his books certain paragraphs could be found. At the
first request, Huxley aroused from the light trance and
explained, “Really now, Milton, I can't do that. I can
with effort recite most of that book, but the page
number for a paragraph is not exactly cricket.”
vividamente várias sensações de paladar enquanto me
pergunto vagamente o que eu pensaria se eu soubesse
o que estava fazendo. Ele não estava ciente do aumento
de sua deglutição quando fez isso... ramificou-se para
alucinações olfativas... Ele não percebeu que traiu isso
ao dilatar suas narinas.
A capacidade de Erickson de identificar e com-
preender o significado dos movimentos detalhados do
corpo de Huxley não deixa dúvidas sobre sua compre-
ensão explícita (de Erickson) do uso e poder dos sis-
temas representacionais como um princípio organi-
zador na experiência humana. Como ele afirma: ...ele
[Huxley] se perguntou se eu alguma vez tinha aluci-
nações em meus assuntos combinando vários campos
sensoriais de experiência. Eu disse a ele que esse era
um procedimento padrão para mim.
Essa discussão levantou a questão da anestesia,
amnésia, dissociação, despersonalização, regressão,
distorção do tempo, hipermnésia (um item difícil de
testar com Huxley por causa de sua memória
fenomenal) e uma exploração de eventos reprimidos do
passado.
Destes, Huxley descobriu que anestesia, am-
nésia, distorção do tempo e hipermnésia eram possíveis
no transe leve. Os outros fenômenos foram condu-
centes ao desenvolvimento do transe profundo sem
qualquer esforço inicial para alcançá-los.
A anestesia que ele desenvolveu no transe leve
foi mais eficaz para partes selecionadas do corpo.
Quando a anestesia generalizada do pescoço para baixo
foi tentada, Huxley percebeu que estava “entrando” em
um transe profundo.
A amnésia, como a anestesia, era eficaz quando
A distorção do tempo era facilmente possível e
Huxley disse que não tinha certeza, mas que sentia
fortemente que havia empregado a distorção do tempo
em Reflexão Profunda, embora sua primeira intro-
dução formal ao conceito tivesse sido por mim.
A hipermnésia, tão difícil de testar por causa de
sua extrema capacidade de recordar eventos passados,
foi testada de acordo com minha sugestão, pedindo-lhe
que, em estado de transe leve, declarasse prontamente,
a pedido, em que página de vários de seus livros certos
parágrafos poderiam ser encontrados. Ao primeiro pe-
dido, Huxley despertou do transe leve e explicou:
“Sério, Milton, não posso fazer isso. Posso recitar com
esforço a maior parte do livro, mas o número da página
Nevertheless, he went back into a light trance, the name
of the volume was given, a few lines of a paragraph
were read aloud to him, whereupon he was to give the
page number on which it appeared. He succeeded in
definitely better than 65 percent in an amazingly
prompt fashion. Upon awakening from the light trance,
he was instructed to remain in the state of conscious
awareness and to execute the same task. To his
immense astonishment he found that, while the page
number "flashed" into his mind in the light trance state,
in the waking state he had to follow a methodical
procedure of completing the paragraph mentally,
beginning the next, then turning back mentally to the
preceding paragraph and then “making a guess.” When
restricted to the same length of time he had employed
in the light trance, he failed in each instance. When
allowed to take whatever length of time he wished, he
could reach an accuracy of about 40 percent, but the
books had to be ones more recently read than those
used for the light trance state.
Here, again, we find behavior supporting the
pattern discussed previously. In the light trance state,
Huxley has access to functions which are localized in
the non-dominant hemisphere: ...The page number
“flashed” (a visual predicate) into his mind in the light
trance state.
However, when the same task is attempted in
the waking state or the normal state of awareness - in
Huxley's case, in the state in which the kinesthetic
representational system is dominant - no visual images
are available: ...In the waking state he had to follow a
mechanical procedure of completing the paragraph
mentally, beginning the next, then...
I Notice that, in general, Huxley is unable to
match his performance in the light trance state when in igualar seu desempenho no estado de transe leve quan-
the waking state. The task, of course, is one of visual do está acordado. A tarefa, é claro, é uma lembrança
recall - a function of the non-dominant hemisphere. visual - uma função do hemisfério não dominante.
Huxley then proceeded to duplicate in the
medium trance all that he had done in the light trance.
He accomplished similar tasks much more easily but
constantly experienced a feeling of "slipping" into a
deeper trance.
Huxley and I discussed this hypnotic behavior
of his at very considerable length with Huxley making
most of the notations since only he could record his
own subjective experience in relation to the topics
discussed. For this reason the discussion here is
limited.
de um parágrafo não é exatamente críquete.” No en-
tanto, ele voltou a um leve transe, o nome do volume
foi dado, algumas linhas de um parágrafo foram lidas
para ele, após o que deveria dar o número da página em
que aparecia. Ele teve sucesso definitivamente melhor
do que 65 por cento de uma forma incrivelmente rá-
pida. Ao despertar do transe leve, ele foi instruído a
permanecer no estado de percepção consciente e a exe-
cutar a mesma tarefa. Para seu imenso espanto, ele des-
cobriu que, enquanto o número da página “piscava” em
sua mente no estado de transe leve, no estado de vigília
ele teve que seguir um procedimento metódico de com-
pletar o parágrafo mentalmente, começando o pró-
ximo, então voltar mentalmente para o parágrafo an-
terior e, em seguida, “adivinhar”. Quando restrito ao
mesmo período de tempo que havia empregado no
transe leve, ele falhou em cada um dos casos. Quando
lhe era permitido levar o tempo que desejasse, ele
poderia alcançar uma precisão de cerca de 40 por
cento, mas os livros tinham que ser lidos mais recen-
temente do que aqueles usados para o estado de transe
leve.
Aqui, novamente, encontramos o compor-
tamento que apóia o padrão discutido anteriormente.
No estado de transe leve, Huxley tem acesso a funções
localizadas no hemisfério não dominante: ...O número
da página “brilhou” (um predicado visual) em sua
mente no estado de transe leve.
No entanto, quando a mesma tarefa é tentada
no estado de vigília ou no estado normal de consciência
- no caso de Huxley, no estado em que o sistema
representacional cinestésico é dominante - nenhuma
imagem visual está disponível: ...No estado de vigília
ele tinha que seguir um procedimento mecânico de
completar o parágrafo mentalmente, começando o pró-
ximo, então...
Percebo que, em geral, Huxley é incapaz de
Huxley então começou a duplicar no transe
médio tudo o que ele havia feito no transe leve. Ele rea-
lizava tarefas semelhantes com muito mais facilidade,
mas experimentava constantemente uma sensação de
“escorregar” para um transe mais profundo.
Huxley e eu discutimos extensamente esse seu
comportamento hipnótico, com Huxley fazendo a mai-
oria das anotações, uma vez que somente ele poderia
registrar sua própria experiência subjetiva em relação
aos tópicos discutidos. Por esta razão, a discussão aqui
é limitada.
 We then turned to the question of deep
hypnosis. Huxley developed easily a profound
somnambulistic trance in which he was completely
disoriented spontaneously for time and place. He was
able to open his eyes but described his field of vision
as being a "well of light" which included me, the chair
in which I sat, himself and his chair. He remarked at
once upon the remarkable spontaneous restriction of
his vision, and disclosed an awareness that, for some
reason unknown to him, he was obligated to "explain
things" to me. Careful questioning disclosed him to
have an amnesia about what had been done previously,
nor did he have any awareness of our joint venture. His
feeling that he must explain things became a casual
willingness as soon as he verbalized it. One of his first
statements was, "Really, you know, I can't understand
my situation or why you are here, wherever that may
be, but I must explain things to you." He was assured
that I understood the situation and that I was interested
in receiving any explanation he wished to give me and
told that I might make requests of him. Most casually,
indifferently he acceded, but it was obvious that he was
enjoying a state of physical comfort in a contented,
passive manner.
He answered questions simply and briefly,
giving literally and precisely no more and no less than
the literal significance of the question implied. In other
words, he showed the same precise literalness found in
other subjects, perhaps more so because of his
knowledge of semantics.
He was asked, "What is to my right?" His
answer was simply, "I don't know." "Why?" "I haven't
looked." "Will you do so?" "Yes." "Now!" "How far
do you want me to look?" This was not an unexpected
inquiry since I have encountered it innumerable times.
Huxley was simply manifesting a characteristic
phenomenon of the deep somnambulistic trance in
which visual awareness is restricted in some
inexplicable manner to those items pertinent to the
trance situation. For each chair, couch, footstool I
wished him to see, specific instructions were required.
As Huxley explained later, "I had to look around until
gradually it [the specified object] slowly came into
view, not all at once, but slowly as if it were
materializing. I really believe that I felt completely at
ease without a trace of wonderment as I watched things
materialize. I accepted everything as a matter of
course." Similar explanations have been received from
hundreds of subjects. Yet experience has taught me the
importance of my assumption of the role of a purely
passive inquirer, one who asks a question solely to
Em seguida, voltamos à questão da hipnose
profunda. Huxley desenvolveu facilmente um pro-
fundo transe sonâmbulo, no qual ficava completa-
mente desorientado espontaneamente para o tempo e o
lugar. Ele conseguiu abrir os olhos, mas descreveu seu
campo de visão como um “poço de luz” que incluía a
mim, a cadeira em que me sentei, ele e sua cadeira. Ele
comentou imediatamente sobre a notável restrição es-
pontânea de sua visão e revelou a consciência de que,
por alguma razão desconhecida para ele, era obrigado
a “explicar coisas” para mim. Um questionamento
cuidadoso revelou que ele tinha uma amnésia sobre o
que havia sido feito anteriormente, nem tinha qualquer
conhecimento de nossa joint-venture. Seu sentimento
de que deveria explicar as coisas tornou-se uma dispo-
sição casual assim que ele verbalizou. Uma de suas
primeiras declarações foi: “Realmente, você sabe, não
consigo entender minha situação ou por que você está
aqui, onde quer que seja, mas devo explicar as coisas
para você.” Garanti para ele que eu entendia a situação
e que eu estava interessado em receber qualquer expli-
cação que ele quisesse me dar e disse que poderia fazer
pedidos a ele. Mais casualmente, com indiferença, ele
concordou, mas era óbvio que estava desfrutando de
um estado de conforto físico de maneira passiva e
contente.
Ele respondeu às perguntas de forma simples e
breve, dando literal e precisamente nada mais e nada
menos do que o significado literal da pergunta implí-
cita. Em outras palavras, ele mostrou a mesma litera-
lidade precisa encontrada em outros assuntos, talvez
mais por causa de seu conhecimento da semântica.
Foi-lhe perguntado: “O que está à minha direi-
ta?” Sua resposta foi simplesmente: “Não sei”. “Por
quê?” “Eu não olhei.” “Você vai fazer isso?” “Sim.”
“Agora!” “Até onde você quer que eu olhe?” Esta não
foi uma investigação inesperada, já que a encontrei
inúmeras vezes. Huxley estava simplesmente mani-
festando um fenômeno característico do transe sonam-
bulico profundo, no qual a consciência visual é restrita
de uma maneira inexplicável aos itens pertinentes à si-
tuação de transe. Para cada cadeira, sofá, banquinho
que eu queria que ele visse, eram necessárias instruções
específicas. Como Huxley explicou mais tarde, “Eu
tive que olhar ao redor até que gradualmente ele [o
objeto especificado] lentamente apareceu, não de uma
vez, mas lentamente como se estivesse se materia-
lizando. Eu realmente acredito que me senti comple-
tamente à vontade sem deixar vestígios de admiração
enquanto observava as coisas se materializarem.
Aceitei tudo como uma coisa natural.” Explicações se-
melhantes foram recebidas de centenas de assuntos. No
receive an answer regardless of its content. An
intonation of interest in the meaning of the answer is
likely to induce the subject to respond as if he had been
given instructions concerning what answer to give. In
therapeutic work I use intonations to influence more
adequate personal responses by the patient.
With Huxley I tested this by enthusiastically
asking, "What, tell me now, is that which is just about
15 feet in front of you?" The correct answer should
have been, "A table." Instead, the answer received
was" A table with a book and a vase on it." Both the
book and the vase were on the table but on the far side
of the table and hence more than 15 feet away. Later
the same inquiry was made in a casual indifferent
fashion, "Tell me now what is that just about 15 feet in
front of you?" He replied, despite his previous answer,
"A table." "Anything else?" "Yes." "What else?" "A
book." (This was nearer to him than was the vase.)
"Anything else?" "Yes." "Tell me now." "A vase."
"Anything else?" "Yes." "Tell me now." "A spot."
"Anything else?" "No."
Now Huxley has fully entered the deep trance
state. One of the more interesting differences in the
linguistic behavior of subjects in profound
somnambulistic trances as opposed to either normal
states of consciousness or behavior during trance
induction in the light and medium states of trance
occurs here. In states of consciousness associated with
hypnosis other than deep somnambulistic trance and in
normal states of awareness, people will respond to
certain sentences which are in the form of questions as
though they were commands. For example, the typical
response of an adult speaker of English to questions
such as: Can you place your hands on your thighs? Are
your hands on your thighs? is to respond as though
they had been given the command: Place your hands
on your thighs!
Specifically, the typical response for the person
to whom the questions are directed is to place their
hands on their thighs. Within the transformational
linguistics model of language these phenomena are
known as conversational postulates (see Lakoff and
Gordon, 1973, for example, for a formal treatment).
Essentially, the process works as follows: If I desire to
have you perform some act but I do not wish to order
you directly to perform it, I may select anyone of the
presuppositions of the command which I want you to
entanto, a experiência me ensinou a importância de as-
sumir o papel de um investigador puramente passivo,
que faz uma pergunta apenas para receber uma res-
posta, independentemente de seu conteúdo. Uma ento-
nação de interesse no significado da resposta prova-
velmente induzirá o sujeito a responder como se ele
tivesse recebido instruções sobre que resposta dar. No
trabalho terapêutico, uso entonações para influenciar
respostas pessoais mais adequadas do paciente.
Com Huxley testei isso perguntando com
entusiasmo: “O que, diga-me agora, é aquilo que está
cerca de 15 pés na sua frente?” A resposta correta
deveria ser: “Uma mesa”. Em vez disso, a resposta
recebida foi “Uma mesa com um livro e um vaso sobre
ela”. Tanto o livro quanto o vaso estavam sobre a mesa,
mas do outro lado da mesa e, portanto, a mais de 4,5
metros de distância. Mais tarde, a mesma indagação foi
feita de maneira casual e indiferente: “Diga-me agora
o que é aquilo a cerca de 15 pés na sua frente?” Ele
respondeu, apesar de sua resposta anterior, “Uma
mesa.” “Algo mais?” “Sim.” “O quê mais?” “Um
livro.” (Isso estava mais perto dele do que o vaso.)
“Mais alguma coisa?” “Sim.” “Diga-me agora”. “Um
vaso”. “Algo mais?” “Sim.” “Diga-me agora.” “Um
ponto”.
“Algo Mais?” “Não”.
Agora Huxley entrou totalmente no estado de
transe profundo. Uma das diferenças mais interes-
santes no comportamento linguístico de sujeitos em
transes sonambulicos profundos em oposição aos esta-
dos normais de consciência ou comportamento durante
a indução de transe nos estados leve e médio ocorre
aqui. Em estados de consciência associados à hipnose,
exceto transe sonambulico profundo, e em estados nor-
mais de consciência, as pessoas responderão a certas
sentenças que estão na forma de perguntas como se
fossem comandos. Por exemplo, a resposta típica de
um falante adulto de inglês a perguntas como: Você
consegue colocar as mãos nas coxas? Suas mãos estão
nas coxas? é responder como se tivesse recebido a
ordem: Coloque as mãos nas coxas!
Especificamente, a resposta típica para a pes-
soa a quem as perguntas são dirigidas é colocar as
mãos nas coxas. Dentro do modelo transformacional
da linguagem, esses fenômenos são conhecidos como
postulados conversacionais (ver Lakoff e Gordon,
1973, por exemplo, para um tratamento formal). Es-
sencialmente, o processo funciona da seguinte ma-
neira: Se eu desejo que você execute algum ato, mas
não desejo ordenar que você o execute diretamente,
posso selecionar qualquer uma das pressuposições do
carry out, and ask you that presupposition in the form
of a yes-no question. (See Magic !, Chapters 3 and 4
and Appendix B, and also Appendix of this Volume, for
a presentation of the formal notion of presupposition.)
Specifically, one of the presuppositions of the
command: Place your hands on your thighs is that you
are able, you can, place your hands on your thighs.
Since this is a presupposition of the command, by
simply asking you whether or not you are able to do it,
I communicate the command "politely" in the form of a
question.
Command Presupposition
Place your hands on You can place your
your thighs! hands on your thighs.
by the principle of conversational postulates
Can you place your Place your hands on
your hands on your thighs!
thighs?
Developing the linguistic terminology further,
we have the notions of Surface Structure - the actual
form that the sentence which is spoken has - and Deep
Structure - the representation of the meaning which the
Surface Structure has. What makes these types of
sentences peculiar is that they have an effect different
from the effect that the meaning of the Deep Structure
represents. In other words, the recovery of the literal
Deep Structure from the Surface Structure is the
normal process by which we understand another
person's communication. However, in these particular
cases, we have an additional step in the recovery of
meaning. Specifically, if the literal Deep Structure
meaning is a yes-no question form of a presupposition
of a command, then we understand the force of the
communication to be that command rather than the
literal question meaning of the Deep Structure.
Similarly, when one person asks another the
question: What is to my right? the typical response is
either an immediate list of the items located to the right
of the questioner, in the event that the person
responding knows what is there, or the person
responding will look to see what is located there in the
event he didn't yet know. However, there are two
conditions which we have identified in which a speaker
of the language consistently will fail to respond in this
manner: either when the speaker is in a profound
somnambulistic trance or when the speaker is a child.
Erickson questions Huxley, who is in a profound
somnambulistic trance, with: What is to my right? and
comando que desejo que você execute e pedir essa
pressuposição na forma de uma pergunta sim-não.
(Veja A Estrutura da Magia, Capítulos 3 e 4 e
Apêndice B, e também o Apêndice deste Volume, para
uma apresentação da noção formal de pressuposição.)
Especificamente, uma das pressuposições do co-
mando: Coloque as mãos nas coxas é que você é capaz,
você pode, colocar as mãos nas coxas. Uma vez que
esta é uma pressuposição do comando, simplesmente
perguntando se você é ou não capaz de fazê-lo, eu
comunico o comando “educadamente” na forma de
uma pergunta.
Comando Presuposição
Coloque as mãos nas Você pode colocar as
coxas! mãos nas coxas.
pelo princípio dos postulados conversacionais
Você pode colocar as Coloque as mãos nas
mãos nas coxas? coxas!
Desenvolvendo ainda mais a terminologia
linguística, temos as noções de Estrutura Superficial -
a forma real que tem a frase falada - e Estrutura Pro-
funda - a representação do significado que a Estrutura
Superficial tem. O que torna esses tipos de sentenças
peculiares é que eles têm um efeito diferente do efeito
que o significado da Estrutura Profunda representa. Em
outras palavras, a recuperação da Estrutura Profunda
literal da Estrutura Superficial é o processo normal pelo
qual entendemos a comunicação de outra pessoa. No
entanto, nesses casos particulares, temos uma etapa
adicional na recuperação do significado. Especifi-
camente, se o significado literal da Estrutura Profunda
é uma forma de pergunta sim-não de uma pressu-
posição de um comando, então entendemos que a força
da comunicação é esse comando, em vez do signifi-
cado literal da pergunta da Estrutura Profunda.
Da mesma forma, quando uma pessoa faz a
outra pergunta: O que está à minha direita? a resposta
típica é uma lista imediata dos itens localizados à direi-
ta do questionador, no caso de a pessoa que está
respondendo saber o que está lá, ou a pessoa que está
respondendo irá olhar para ver o que está localizado lá,
caso ele não ainda não saiba. No entanto, há duas con-
dições que identificamos nas quais um falante da lín-
gua consistentemente deixará de responder dessa ma-
neira: ou quando o falante está em um transe sonam-
búlico profundo ou quando o falante é uma criança.
Erickson questiona Huxley, que está em profundo
transe sonambulico, com: O que está à minha direita?
Huxley responds neither by immediately listing what
items are located there nor by looking to see what is
located there but rather: I don't know - As Erickson
comments, this ability of the subject in a profound
somnambulistic trance to respond to the literal Deep
Structure meaning of the sentence is an excellent
indicator that the subject is in deep trance. Thus, one
excellent test for the depth of trance in many subjects
will be their ability not to respond to the additional
meaning given by the conversational postulates. An
examination of Erickson's induction techniques reveals
a consistent use of conversational postulates during
trance induction. This is consistent with his usual
emphasis on a permissive rather than an authoritarian
approach to induction. By using yes-no question forms
to communicate commands, he bypasses the issue of
control and resistance as he gives no direct commands
to the client. Furthermore, consistent with his emphasis
on the importance of distinguishing between trance
induction and behavior in the trance state, this
linguistic distinction is useful in determining where in
the process the client is at a given point in time. In
addition, notice that the behavior of the subject in
ignoring the conversational postulate when in deep
trance is totally congruent with his experience at a
previous point in his life history, namely, childhood.
This technique, then, supports the tendency in subjects
who enter deep trance to experience age regression.
Notice that when Huxley enters deep trance, he
becomes able to make visual distinctions which he
normally has no choice about. Erickson states that this
is "a characteristic phenomenon of the deep
somnambulistic trance." This becomes understandable
in the context of the remarks made previously
regarding cerebral assymetry.
This literalness and this peculiar restriction of
awareness to those items of reality constituting the
precise hypnotic situation [are] highly definitive of a
satisfactory somnambulistic hypnotic trance. Along
with the visual restriction, there is also an auditory
restriction of such character that sounds, even those
originating between the operator and the subject, seem
to be totally outside the hypnotic situation. Since there
was no assistant present, this auditory restriction could
not be tested. However, by means of a black thread not
visible to the eye, a book was toppled from the table
behind him against his back. Slowly, as if he had
experienced an itch, Huxley raised his hand and
scratched his shoulder. There was no startle reaction.
This, too, is characteristic of the response made to
e Huxley não responde listando imediatamente quais
itens estão localizados lá, nem olhando para ver o que
está localizado lá, mas sim: Eu não sei - como Erickson
comenta, essa habilidade do sujeito em um profundo
transe sonambúlico de responder literalmente com a
Estrutura Profunda da frase é um excelente indicador
de que o sujeito está em transe profundo. Assim, um
excelente teste para a profundidade do transe em
muitos assuntos será sua capacidade de não responder
ao significado adicional dado pelos postulados conver-
sacionais. Um exame das técnicas de indução de Erick-
son revela um uso consistente de postulados conver-
sacionais durante a indução de transe. Isso é consis-
tente com sua ênfase usual em uma abordagem
permissiva em vez de autoritária da indução. Usando
formulários de perguntas do tipo sim-não para comu-
nicar comandos, ele contorna a questão do controle e
da resistência, pois não dá comandos diretos ao cliente.
Além disso, consistente com sua ênfase na importância
de distinguir entre indução de transe e comportamento
no estado de transe, esta distinção linguística é útil para
determinar onde no processo o cliente está em um
determinado ponto no tempo. Além disso, observe que
o comportamento do sujeito em ignorar o postulado
conversacional quando em transe profundo é total-
mente congruente com sua experiência em um mo-
mento anterior de sua história de vida, a saber, a
infância. Essa técnica, então, apóia a tendência de
indivíduos que entram em transe profundo experimen-
tarem regressão de idade.
Observe que, quando Huxley entra em transe
profundo, ele se torna capaz de fazer distinções visuais
sobre as quais normalmente não tem escolha. Erickson
afirma que este é “um fenômeno característico do
transe sonambulico profundo”. Isso se torna compre-
ensível no contexto das observações feitas anterior-
mente sobre a assimetria cerebral.
Essa literalidade e essa restrição peculiar de
consciência aos itens da realidade que constituem a
situação hipnótica precisa são altamente definitivas de
um transe hipnótico sonambulico satisfatório. Junto
com a restrição visual, existe também uma restrição
auditiva de tal caráter que os sons, mesmo aqueles
originados entre o operador e o sujeito, parecem estar
totalmente fora da situação hipnótica. Como não havia
assistente presente, essa restrição auditiva não pôde
ser testada. No entanto, por meio de um fio preto não
visível a olho nu, um livro foi derrubado da mesa atrás
dele contra suas costas. Lentamente, como se tivesse
sentido uma coceira, Huxley ergueu a mão e coçou seu
ombro. Não houve reação de susto. Isso também é
característico da resposta dada a muitos estímulos
many unexpected physical stimuli. They are
interpreted in terms of past body experience. Quite
frequently, as a part of developing a deep
somnambulistic trance, subjects will concomitantly
develop a selective general anesthesia for physical
stimuli not constituting a part of the hypnotic situation,
physical stimuli in particular that do not permit
interpretation in terms of past experience. This could
not be tested in the situation with Huxley since an
assistant is necessary to make adequate tests without
distorting the hypnotic situation. One illustrative
measure I have used is to pass a threaded needle
through a coat sleeve while positioning the arms and
then having an assistant saw back and forth on the
thread from a place of concealment. Often a
spontaneous anesthesia would keep the subject
unaware of the stimulus. Various simple measures are
easily devised.
Huxley was then gently indirectly awakened
from the trance by the simple suggestion that he adjust
himself in his chair to resume the exact physical and
mental state he had had at the decision to discontinue
until later any further experimental study of Deep
Reflection.
Huxley's response was an immediate arousal
and he promptly stated that he was all set to enter deep
hypnosis. While this statement in itself indicated
profound post-hypnotic amnesia, delaying tactics were
employed in the guise of discussion of what might
possibly be done. In this way it became possible to
mention various items of his deep trance behavior.
Such mention evoked no memories and Huxley's
discussion of the points raised showed no
sophistication resulting from his deep trance behavior.
He was as uninformed about the details of his deep
trance behavior as he had been before the deep trance
had been induced.
There followed more deep trances by Huxley in
which, avoiding all personal significances, he was
asked to develop partial, selective, and total post-
hypnotic amnesias (by partial is meant a part of the
total experience, by selective amnesia is meant an
amnesia for selected, perhaps interrelated, items of
experience), a recovery of the amnestic material and a
loss of the recovered material. He developed also
catalepsy, tested by "arranging" him comfortably in a
chair and then creating a situation constituting a direct
command to rise from the chair ("take the book on that
table there and place it on the desk over there and do
it now"). By this means Huxley found himself,
inexplicably to him, unable to arise from the chair and
físicos inesperados. Eles são interpretados em termos
de experiências corporais anteriores. Muito frequen-
temente, como parte do desenvolvimento de um transe
sonambulico profundo, os indivíduos desenvolverão
concomitantemente uma anestesia geral seletiva para
estímulos físicos que não constituem uma parte da
situação hipnótica, estímulos físicos em particular que
não permitem a interpretação em termos de experi-
ências anteriores. Isso não poderia ser testado na
situação com Huxley, já que um assistente é necessário
para fazer testes adequados sem distorcer a situação
hipnótica. Uma medida ilustrativa que usei é passar
uma agulha com fio através da manga de um casaco
enquanto posiciono os braços e, em seguida,
movimento para frente e para trás o fio de um lugar
escondido. Freqüentemente, uma anestesia espon-
tânea manteria o sujeito inconsciente do estímulo.
Várias medidas simples são facilmente concebidas.
Huxley foi gentilmente acordado indiretamente
do transe pela simples sugestão de que se ajustasse na
cadeira para retomar o estado físico e mental exato
que tinha na decisão de interromper até mais tarde
qualquer estudo experimental adicional de Reflexão
Profunda.
A resposta de Huxley foi uma excitação
imediata e ele prontamente declarou que estava pronto
para entrar em hipnose profunda. Embora essa afir-
mação em si mesma indicasse profunda amnésia pós-
hipnótica, táticas de retardamento foram empregadas
sob o pretexto de discutir o que poderia ser feito. Desta
forma, tornou-se possível mencionar vários itens de
seu comportamento de transe profundo. Tal menção
não evocou memórias e a discussão de Huxley sobre
os pontos levantados não mostrou sofisticação resul-
tante de seu comportamento de transe profundo. Ele
estava tão desinformado sobre os detalhes de seu
comportamento de transe profundo quanto antes que o
transe profundo fosse induzido.
Seguiram-se transes mais profundos de Huxley
nos quais, evitando todos os significados pessoais, ele
foi solicitado a desenvolver amnésia pós-hipnótica
parcial, seletiva e total (por parcial significa uma
parte da experiência total, por amnésia seletiva
significa uma amnésia para itens selecionados, talvez
inter-relacionados, de experiência), uma recuperação
do material amnéstico e uma perda do material
recuperado. Ele desenvolveu também catalepsia,
testada ao “arrumá-lo” confortavelmente em uma
cadeira e, em seguida, criar uma situação que
constitua um comando direto para se levantar da
cadeira (“pegue o livro naquela mesa e coloque-o
sobre a mesa ali e faça isso agora”). Por esse meio,
unable to understand why this was so. (The
"comfortable arrangement" of his body had resulted in
a positioning that would have to be corrected before he
could arise from the chair and no implied suggestions
for such correction were to be found in the instructions
given. Hence he sat helplessly unable to stand, unable
to recognize why. This same measure has been
employed to demonstrate a saddle block anesthesia
before medical groups. The subject in the deep trance
is carefully positioned, a casual conversation is then
conducted, the subject is then placed in rapport with
another subject who is asked to exchange seats with the
first subject. The second subject steps over only to
stand helplessly while the first subject discovers that
she is (1) unable to move, and (2) that shortly the loss
of inability to stand results in a loss of orientation to
the lower part of her body and a resulting total
anesthesia without anesthesia having been mentioned
even in the preliminary discussion of hypnosis. This
unnoticed use of catalepsy not recognized by the
subject is a most effective measure in deepening trance
states.
Huxley was amazed at his loss of mobility and
became even more so when he discovered a loss of
orientation to the lower part of his body and he was
most astonished when I demonstrated for him the
presence of a profound anesthesia. He was much at
loss to understand the entire sequence of events. He did
not relate the comfortable positioning of his body to the
unobtrusively induced catalepsy with its consequent
anesthesia.
He was aroused from the trance state with
persistent catalepsy, anesthesia and a total amnesia for
all deep trance experiences. He spontaneously enlarged
the instruction to include all trance experiences,
possibly because he did not hear my instructions
sufficiently clear. Immediately he reoriented himself to
the time at which we had been working with Deep
Reflection. He was much at loss to explain his
immobile state, and he expressed curious wonderment
about what he had done in the Deep Reflection state,
from which he assumed he had just emerged, and what
had led to such inexplicable manifestations for the first
time in all of his experience. He became greatly
interested, kept murmuring such comments as "Most
extraordinary" while he explored the lower part of his
body with his hands and eyes. He noted that he could
tell the position of his feet only with his eyes, that there
was a profound immobility from the waist down, and
he discovered, while attempting futilely because of the
Huxley se viu, inexplicavelmente para ele, incapaz de
se levantar da cadeira e incapaz de entender por que
isso acontecia. (O “arranjo confortável” de seu corpo
resultou em um posicionamento que teria que ser
corrigido antes que ele pudesse se levantar da cadeira
e nenhuma sugestão implícita para tal correção foi
encontrada nas instruções dadas. Por isso ele sentou-
se impotente, incapaz de ficar de pé, incapaz de
reconhecer o porquê. Esta mesma medida foi
empregada para demonstrar uma anestesia com blo-
queio diante de grupos médicos. O sujeito em transe
profundo é cuidadosamente posicionado, uma conver-
sa casual é conduzida, o sujeito é então colocado em
relacionamento com outro sujeito que é solicitado a
trocar de lugar com o primeiro sujeito. O segundo su-
jeito passa apenas a ficar de pé, desamparado,
enquanto o primeiro sujeito descobre que é (1) incapaz
de se mover e (2) que em breve a perda da
incapacidade de se levantar resulta em uma perda de
orientação para a parte inferior de seu corpo e tem
como resultado uma anestesia total sem nenhuma
menção mesmo na discussão preliminar da hipnose.
Este uso despercebido da catalepsia não reconhecido
pelo sujeito é a medida mais eficaz para aprofundar os
estados de transe.
Huxley ficou surpreso com sua perda de mobi-
lidade e ficou ainda mais surpreso quando descobriu
uma perda de orientação para a parte inferior de seu
corpo e ficou mais surpreso quando eu demonstrei
para ele a presença de uma anestesia profunda. Ele
estava muito perdido para entender toda a seqüência
de eventos. Ele não relacionou o posicionamento
confortável de seu corpo à catalepsia induzida
discretamente com sua conseqüente anestesia.
Ele foi despertado do estado de transe com
catalepsia persistente, anestesia e uma amnésia total
para todas as experiências de transe profundo. Ele
espontaneamente ampliou a instrução para incluir to-
das as experiências de transe, possivelmente porque
não ouviu minhas instruções com clareza suficiente.
Imediatamente ele se reorientou para a época em que
estávamos trabalhando com Reflexão Profunda. Ele
estava muito perdido para explicar seu estado imóvel e
expressou curioso espanto sobre o que havia feito no
estado de Reflexão Profunda, do qual presumiu que
acabara de emergir, e o que levou a tais manifestações
inexplicáveis pela primeira vez em toda sua experi-
ência. Ele ficou muito interessado, murmurando co-
mentários como “Muito extraordinário” enquanto ex-
plorava a parte inferior de seu corpo com as mãos e os
olhos. Ele notou que podia dizer a posição de seus pés
apenas com os olhos, que havia uma imobilidade
catalepsy to move his leg with his hands, that a state of
anesthesia existed. This he tested variously, asking me
to furnish him with various things in order to make his
test. For example, he asked that ice be applied to his
bare ankle by me since he could not bend sufficiently
to do so. Finally, after much study he turned to me,
remarking, "I say, you look cool and most comfortable
while I am in a most extraordinary predicament. I
deduce that in some subtle way you have distracted and
disturbed my sense of body awareness. I say, is this
state anything like hypnosis?"
Restoration of his memory delighted him, but
he remained entirely at loss concerning the genesis of
his catalepsy and his anesthesia. He realized, however,
that some technique of communication had been
employed to effect the results achieved but he did not
succeed in the association of the positioning of his
body with the final results.
Here Erickson constructs an experience for
Huxley which is the formal equivalent in the kinesthetic
representational system of the failure of the subject in
deep trance to respond to conversational postulates in
the linguistic system. By arranging Huxley's body in a
position from which it is not possible for him to
respond directly to the command for a specific
movement and then giving Huxley that command,
Erickson demonstrates kinesthetically the same formal
phenomenon as the subject's inability to respond
unless each portion of the sequence of behavior is
made perfectly explicit. In the case of conversational
postulates, the literal meaning of the Deep Structure
only is responded to, not the force of the sentence given
by the literal Deep Structure meaning plus the meaning
derived from it by the mechanism of conversational
postulates. In a formally parallel manner, since not all
portions of the sequence of kinesthetic steps in the
carrying out of the command are given explicitly,
Huxley is paralyzed. The normal states of
consciousness mechanisms which allow a person to
supply for himself the kinesthetic steps not explicitly
presented but implied by the command are not
available to Huxley. This area of deep trance behavior
requires more thorough investigation prior to
formalization.
Further experimentation in the deep trance Outras experiências no transe profundo investi-
investigated visual, auditory and other types of garam alucinações visuais, auditivas e outros tipos de
ideosensory hallucinations. One of the measures alucinações ideosensoriais. Uma das medidas empre-
employed was to pantomime hearing a door open and gadas foi fazer uma pantomima ao ouvir uma porta se
profunda da cintura para baixo, e ele descobriu, en-
quanto tentava inutilmente - por causa da catalepsia -
mover sua perna com as mãos, que um estado de
anestesia existia. Isso ele testou de várias maneiras,
pedindo-me que lhe fornecesse várias coisas para fazer
seu teste. Por exemplo, ele pediu que eu colocasse gelo
em seu tornozelo nu, pois ele não conseguia se dobrar
o suficiente para fazê-lo. Finalmente, depois de muito
estudo, ele se virou para mim, comentando: “Eu digo,
você parece legal e mais confortável enquanto estou
em uma situação extremamente difícil. Deduzo que de
alguma forma sutil você distraiu e perturbou meu senso
de consciência corporal. Eu pergunto, esse estado se
parece com a hipnose?”
A restauração de sua memória o encantou, mas
ele permaneceu totalmente perdido quanto à gênese de
sua catalepsia e de sua anestesia. Percebeu, porém, que
alguma técnica de comunicação havia sido empregada
para efetivar os resultados alcançados, mas não conse-
guiu associar o posicionamento de seu corpo aos resul-
tados finais.
Aqui, Erickson constrói uma experiência para
Huxley que é o equivalente formal, no sistema repre-
sentacional cinestésico, da falha do sujeito em transe
profundo em responder aos postulados conversaci-
onais no sistema linguístico. Ao organizar o corpo de
Huxley em uma posição da qual não é possível para
ele responder diretamente ao comando para um movi-
mento específico e, em seguida, dar a Huxley esse co-
mando, Erickson demonstra cinestesicamente o mes-
mo fenômeno formal como a incapacidade do sujeito
de responder, a menor parte de cada sequência de
comportamento explícito. No caso de postulados con-
versacionais, é respondido apenas o significado literal
da Estrutura Profunda, não a força da frase dada pelo
significado literal da Estrutura Profunda mais o
significado derivado dele pelo mecanismo de postu-
lados conversacionais. De maneira formalmente para-
lela, uma vez que nem todas as partes da sequência de
etapas cinestésicas na execução do comando são
fornecidas explicitamente, Huxley fica paralisado. Os
mecanismos dos estados normais de consciência que
permitem a uma pessoa fornecer para si mesma as
etapas cinestésicas não apresentadas explicitamente,
mas implícitas no comando, não estão disponíveis
para Huxley. Esta área de comportamento de transe
profundo requer uma investigação mais completa
antes da formalização.
then to appear to see someone entering the room, to
arise in courtesy and to indicate a chair, then to turn to
Huxley to express the hope that he was comfortable.
He replied that he was and he expressed surprise at his
wife's unexpected return since he had expected her to
be absent the entire day. (The chair I had indicated was
one I knew his wife liked to occupy.) He conversed
with her and apparently hallucinated replies. He was
interrupted with the question of how he knew that it
was his wife and not a hypnotic hallucination. He
examined the question thoughtfully, then explained
that I had not given him any suggestion to hallucinate
his wife, that I had been as much surprised by her
arrival as he had been, and that she was dressed as she
had been just before her departure and not as I had seen
her earlier. Hence, it was reasonable to assume that she
was a reality. After a brief thoughtful pause, he
returned to his "conversation" with her, apparently
continuing to hallucinate replies. Finally I attracted his
attention and made a hand gesture suggestive of a
disappearance toward the chair in which he "saw" his
wife. To his complete astonishment he saw her slowly
fade away. Then he turned to me and asked that I
awaken him with a full memory of the experience. This
I did and he discussed the experience at some length,
making many special notations in his notebook,
elaborating them with the answers to questions he put
to me. He was amazed to discover that when I asked
[him] to awaken with a retention of the immobility and
anesthesia, he thought he had awakened but that the
trance state had, to him, unrecognizably persisted.
He then urged further work on hypnotic
hallucinatory experiences and a great variety (positive
and negative visual, auditory, olfactory, gustatory,
tactile, kinesthetic, temperature, hunger, satiety,
fatigue, weakness, profound excited expectation, etc.)
were explored. He proved to be most competent in all
regards and it was noted that his pulse rate would
change as much as twenty points when he was asked to
hallucinate the experience of mountain climbing in a
profound state of weariness. He volunteered in his
discussion of these varied experiences the information
that, while a negative hallucination could be achieved
readily in a deep trance, it would be most difficult in a
light or medium trance because negative hallucinations
were most destructive of reality values, even those of
the hypnotic situation. That is, with induced negative
hallucinations, he found that I was blurred in outline
even though he could develop a deep trance with a
negative hallucination inherent in that deep trance for
all external reality except the realities of the hypnotic
situation which would remain clear and well defined
abrir e, em seguida, aparecer para ver alguém entrando
na sala, levantar-se em cortesia e indicar uma cadeira,
em seguida, dirigir-se a Huxley para expressar a espe-
rança de que ele estivesse confortável. Ele respondeu
que sim e expressou surpresa com o retorno inesperado
da esposa, já que ele esperava que ela faltasse o dia
todo. (A cadeira que indiquei era uma que eu sabia que
sua esposa gostava de ocupar.) Ele conversou com ela
e aparentemente teve alucinações nas respostas. Ele foi
interrompido com a pergunta de como ele sabia que era
sua esposa e não uma alucinação hipnótica. Ele exa-
minou a questão com atenção, então explicou que eu
não tinha lhe dado nenhuma sugestão para alucinar sua
esposa, que eu havia ficado tão surpreso com a chegada
dela quanto ele, e que ela estava vestida como antes de
sua partida e não como eu a tinha visto antes. Portanto,
era razoável supor que ela era uma realidade. Após
uma breve pausa pensativa, ele voltou à sua “conversa”
com ela, aparentemente continuando a alucinar as res-
postas. Por fim, chamei sua atenção e fiz um gesto de
mão sugestivo de um desaparecimento em direção à
cadeira em que ele “viu” sua esposa. Para seu completo
espanto, ele a viu desaparecer lentamente. Então ele se
virou para mim e pediu que eu o acordasse com uma
memória completa da experiência. Fiz isso e ele
discutiu longamente a experiência, fazendo muitas
anotações especiais em seu caderno, elaborando-as
com as respostas às perguntas que me fazia. Ele ficou
surpreso ao descobrir que, quando pedi [a ele] para
acordar com a retenção da imobilidade e da anestesia,
ele pensou que havia acordado, mas que o estado de
transe estava, para ele, irreconhecivelmente persis-
tente.
Ele então pediu mais trabalho em experiências
alucinatórias hipnóticas e uma grande variedade (posi-
tiva e negativa visual, auditiva, olfativa, gustativa, tátil,
cinestésica, temperatura, fome, saciedade, fadiga, fra-
queza, expectativa profundamente excitada, etc.) fo-
ram exploradas. Ele provou ser o mais competente em
todos os aspectos e notou-se que sua pulsação mudaria
em até vinte pontos quando lhe pediram para alucinar
a experiência de escalar montanhas em um estado de
profundo cansaço. Ele ofereceu em sua discussão sobre
essas experiências variadas a informação de que, em-
bora uma alucinação negativa pudesse ser alcançada
facilmente em um transe profundo, seria mais difícil
em um transe leve ou médio, porque as alucinações
negativas eram mais destrutivas dos valores da rea-
lidade, mesmo aqueles da situação hipnótica. Ou seja,
com alucinações negativas induzidas, ele descobriu
que meu contorno era borrado, embora ele pudesse
desenvolver um transe profundo com uma alucinação
negativa inerente a esse transe profundo para toda a
realidade externa, exceto as realidades da situação
unless suggestions to the contrary were offered.
Subsequent work with other subjects confirmed this
finding by Huxley. I had not previously explored this
matter of negative hallucinations in light and medium
trances.
At this point, Huxley recalled his page number
identification in the lighter trance states during the
inquiry into hypermnesia and he asked that he be
subjected to similar tests in deep hypnosis. Together
we searched the library shelves, finally selecting
several books that Huxley was certain he must have
read many years previously but which he had not
touched for twenty or more years. (One, apparently, he
had never read, the other five he had.)
In a deep trance with his eyes closed, Huxley
listened intently, as I opened the book at random and
read a half dozen lines from a selected paragraph. For
some, he identified the page number almost at once and
then he would hallucinate the page, and "read" it from
the point where I had stopped. Additionally, he
identified the occasion on which he read the book. Two
of the books he recalled consulting fifteen years
previously. [For] another two he found it difficult to
give the correct page number and then only
approximating the page number. He could not
hallucinate the printing and could only give little more
than a summary of the thought content; but this, in
essence, was correct. He could not identify when he
had read them but he was certain it was more than
twenty-five years previously.
Huxley, in the post-trance discussion, was most
amazed by his performance [of] a memory feat but
commented upon the experience as primarily
intellectual with the recovered memories lacking in
any emotional significances of belonging to him as a
person. This led to a general discussion of hypnosis and
Deep Reflection with a general feeling of inadequacy
on Huxley's part concerning proper conceptualization
of his experiences for comparison of values. While
Huxley was most delighted with his hypnotic
experiences for their interest and the new
understandings they offered him, he was also
somewhat at a loss. He felt that, as a purely personal
experience, he derived certain unidentifiable subjective
values from Deep Reflection not actually obtainable
from hypnosis which offered only a wealth of new
points of view. Deep Reflection, he declared, gave him
certain inner enduring feelings that seemed to play
some significant part in his pattern of living. During
this discussion he suddenly asked if hypnosis could be
hipnótica que permaneceria clara e bem definidas, a
menos que sugestões em contrário sejam oferecidas. O
trabalho subsequente com outros sujeitos confirmou
esta descoberta de Huxley. Eu não havia explorado
anteriormente essa questão das alucinações negativas
em transes leves e médios.
Nesse ponto, Huxley lembrou-se de sua
identificação com o número da página nos estados de
transe mais leve durante a investigação sobre hiper-
mnésia e pediu que fosse submetido a testes seme-
lhantes em hipnose profunda. Juntos, vasculhamos as
prateleiras da biblioteca, finalmente selecionando vá-
rios livros que Huxley tinha certeza de ter lido muitos
anos antes, mas que não tocava por vinte ou mais anos.
(Um, aparentemente, ele nunca tinha lido, os outros
cinco ele tinha.)
Em um transe profundo com os olhos fechados,
Huxley ouviu atentamente, enquanto eu abria o livro
ao acaso e li meia dúzia de linhas de um parágrafo sele-
cionado. Para alguns, ele identificava o número da
página quase imediatamente e então alucinava a página
e a “lia” do ponto onde eu havia parado. Além disso,
ele identificou a ocasião em que leu o livro. Dois dos
livros que ele lembrava ter consultado quinze anos
antes. Outros dois, ele achou difícil fornecer o número
correto da página e, então, apenas aproximar o número
da página. Ele não podia alucinar a impressão e poderia
apenas dar pouco mais do que um resumo do conteúdo
do pensamento; mas isso, em essência, estava correto.
Ele não conseguiu identificar quando os leu, mas tinha
certeza de que isso acontecera mais de vinte e cinco
anos antes.
Huxley, na discussão pós-transe, ficou muito
surpreso com sua performance de memorização, mas
comentou sobre a experiência que as meórias eram
principalmente intelectuais sem qualquer significado
emocional de pertencer a ele como pessoa. Isso levou
a uma discussão geral sobre hipnose e Reflexão Pro-
funda com um sentimento geral de inadequação da
parte de Huxley quanto à conceituação adequada de
suas experiências para comparação de valores. Embora
Huxley tenha ficado muito satisfeito com suas expe-
riências hipnóticas, devido ao interesse dele e aos no-
vos entendimentos que elas lhe ofereceram, ele tam-
bém ficou um tanto perplexo. Ele sentiu que, como
uma experiência puramente pessoal, ele derivou certos
valores subjetivos não identificáveis de Reflexão
Profunda, não realmente obtidos da hipnose, que
ofereceu apenas uma riqueza de novos pontos de vista.
A Reflexão Profunda, declarou ele, deu-lhe certos
sentimentos internos duradouros que pareciam desem-
penhar um papel significativo em seu padrão de vida.
employed to permit him to explore his psychedelic
experiences. His request was met but upon arousal
from the trance he expressed the feeling that the
hypnotic experience was quite different than was a
comparable "feeling through" by means of Deep
Reflection. He explained that the hypnotic exploration
did not give him an inner feeling, that is, a continuing
subjective feeling, of just being in the midst of his
psychedelic experience, that there was an ordered
intellectual content paralleling the "feeling content"
while Deep Reflection established a profound
emotional background of a stable character upon which
he could "consciously lay effortlessly an intellectual
display of ideas" to which the reader would make full
response. This discussion Huxley brought to a close by
the thoughtful comment that his brief intensive
experience with hypnosis had not yet begun to digest
and that he could not expect to offer an intelligent
comment without much more thought.
Huxley's dramatic performance in his ability to
access visually coded information from the distant past
is a compelling example of the kinds of memories
which become available to the subject in deep trance.
It is especially suggestive to us that the deeper the
trance - the more distinct from Huxley's normal state
of awareness - the more available becomes the visually
stored material of the non-dominant hemisphere.
Huxley's characterization of the differences between
his experience of Deep Reflection and deep trance also
indicates a similar trend:
Description of Deep Description of deep
Reflection trance
... gave him certain ... offered only a wealth
inner feelings... of new points of view...
... feeling through by not give him an inner
means of... Deep feeling...
Reflection...
This characterization suggests that one of the
differences between Deep Reflection and deep trance
for Huxley is the extent to which the nondominant
hemisphere is accessed in these altered states of
consciousness.
He asked urgently that further deep hypnosis be
done with him in which more complex phenomena be
induced to permit him to explore himself more
adequately as a person. After a rapid mental review of
what had been done and what might yet be done, I
decided upon the desirability of a deep trance state with
Durante essa discussão, ele repentinamente perguntou
se a hipnose poderia ser empregada para permitir que
ele explorasse suas experiências psicodélicas. Seu
pedido foi atendido, mas ao sair do transe, ele expres-
sou a sensação de que a experiência hipnótica era bem
diferente de uma “sensação de atravessar” realizada
por meio de Reflexão Profunda. Ele explicou que a
exploração hipnótica não lhe deu um sentimento inte-
rior, isto é, um sentimento subjetivo contínuo, de
apenas estar no meio de sua experiência psicodélica, de
que havia um conteúdo intelectual ordenado paralelo
ao “conteúdo sentimental”, enquanto a Reflexão
Profunda estabelecia um fundo emocional profundo de
um caráter estável sobre o qual ele poderia
“conscientemente colocar sem esforço uma exibição
intelectual de ideias” com às quais acessaria resposta
completa. Huxley encerrou essa discussão com o co-
mentário pensativo de que sua breve experiência
intensiva com a hipnose ainda não havia começado a
ser digerida e que ele não poderia esperar oferecer um
comentário inteligente sem pensar muito mais.
O desempenho excepcional de Huxley em
acessar informações visualmente codificadas do
passado distante é um exemplo convincente dos tipos
de memórias que se tornam disponíveis ao sujeito em
transe profundo. É especialmente sugestivo que quanto
mais profundo o transe - quanto mais distinto do
estado normal de consciência de Huxley - mais
disponível se torna o material armazenado
visualmente do hemis-fério não dominante. A
caracterização das diferenças entre a experiência de
Reflexão Profunda e transe profundo indica uma
tendência semelhante:
Descrição de reflexão Descrição do transe
profunda profundo
... deu a ele certos ... ofereceu apenas uma
sentimentos internos ... riqueza de novos pontos
... sentindo por meio de de vista ...
... Reflexão profunda ... não dar a ele um
sentimento interior ...
Esta caracterização sugere que uma das dife-
renças entre Reflexão Profunda e transe profundo
para Huxley é a extensão em que o hemisfério não
dominante é acessado nesses estados alterados de
consciência.
Ele pediu urgentemente que mais hipnose pro-
funda fosse feita com ele, em que fenômenos mais
complexos fossem induzidos para permitir que uma
exploração pessoal mais adequada. Depois de uma rá-
pida revisão mental do que havia sido feito e do que
ainda poderia ser feito, decidi se era desejável um
the possibility of a two-state dissociative regression;
that is, of the procedure of regressing him by
dissociating him from a selected recent area of his life
experience so that he could view it as an onlooker from
the orientation of another relatively recent area of life
experience. The best way to do this I felt would be by
a confusion technique. (Erickson, M. H. The confusion
technique in hypnosis, 1964, 6, 269-271. Amer. J. Clin.
Hypn.) This decision to employ a confusion technique
was influenced in large part by the author's awareness
of Huxley's unlimited intellectual capacity and
curiosity which would aid greatly by leading Huxley to
add to the confusion technique verbalizations other
possible elaborate meanings and significances and
associations, thereby actually supplementing in effect
my own efforts. Unfortunately, there was no tape
recorder present to preserve the details of the actual
suggestions which were to the effect that Huxley go
ever deeper and deeper into a trance until "the depth
was a part and apart" from him, that before him would
appear in "utter clarity, in living reality, in impossible
actuality, that which once was, but which now in the
depths of the trance, will, in bewildering confrontation,
challenge all of your memories and understandings."
This was a purposely vague yet permissively
comprehensive suggestion and I simply relied upon
Huxley's intelligence to elaborate it with an extensive
meaningfulness for himself which I could not even
attempt to guess. There were, of course, other
suggestions but they centered in effect upon the
suggestion enclosed in the quotation above. What I had
in mind was not a defined situation but a setting of the
stage so that Huxley himself would be led to define the
task. I did not even attempt to speculate upon what my
suggestions might mean to Huxley.
Erickson now introduces what he calls his
confusion technique. (Sherlock Holmes presents
several excellent examples of Erickson's confusion
technique - see p. 423 of Volume I of The Annotated
Sherlock Holmes, by Sir Arthur Conan Doyle; edited
by William A. Baring-Gould(Clarkson N. Potter, Inc.,
New York)) The name confusion technique covers a
wide range of phenomena. Here we will extract only
some of the patterns as we will return again and again
to this technique, each time isolating additional
patterns. The first of the quoted material by Erickson is
the seven-word sentence: The depth was a part and
apart.
First the noun phrase the depth is what is Primeiro, o sintagma nominal ‘a profundida-
called in the Meta-model created in Magic I a de’ é o que chamamos no metamodelo desenvolvido
nominalization. That is, in its Deep Structure em A Estrutura da Magia I de nominalização. Ou seja,
estado de transe profundo com a possibilidade de uma
regressão dissociativa de dois estados; isto é, do
procedimento de regredi-lo, dissociando-o de uma área
recente selecionada de sua experiência de vida, de
modo que pudesse vê-la como um observador a partir
da orientação de outra área relativamente recente de
experiência de vida. A melhor maneira de fazer isso
seria por meio de uma técnica de confusão. (Erickson,
M. H. The confusion technique in hypnosis, 1964, 6,
269-271. Amer. J. Clin. Hypn.) Esta decisão de
empregar uma técnica de confusão foi influenciada em
grande parte pela consciência do autor da capacidade
intelectual e curiosidade ilimitada de Huxley, o que
ajudaria muito por levar Huxley a adicionar verbali-
zações à técnica de confusão outros possíveis signifi-
cados elaborados, significados e associações, comple-
mentando assim na verdade, meus próprios esforços.
Infelizmente, não havia nenhum gravador presente
para preservar os detalhes das sugestões reais dadas no
sentido de que Huxley se aprofundasse cada vez mais
em um transe até que “a profundidade fosse uma parte
separada” dele, que antes dele apareceria em “clareza
absoluta, na realidade viva, na realidade impossível, o
que uma vez foi, mas que agora nas profundezas do
transe, em confronto desconcertante, desafiará todas as
suas memórias e entendimentos”. Essa foi uma suges-
tão propositalmente vaga, mas permissivamente abran-
gente, e eu simplesmente confiei na inteligência de
Huxley para elaborá-la com um significado extenso
para si mesmo que eu não poderia nem tentar adivi-
nhar. Obviamente, havia outras sugestões, mas elas se
baseavam, de fato, na sugestão incluída na citação
acima. O que eu tinha em mente não era uma situação
definida, mas um cenário para que o próprio Huxley
fosse levado a definir a tarefa. Nem tentei especular
sobre o que minhas sugestões poderiam significar para
Huxley.
Erickson agora apresenta o que ele chama de
técnica de confusão. (Sherlock Holmes apresenta
vários exemplos excelentes da técnica de confusão de
Erickson - ver p. 423 do Volume I de The Annotat-ed
Sherlock Holmes, de Sir Arthur Conan Doyle; editado
por William A. Baring-Gould (Clarkson N. Potter,
Inc., Nova York)) O nome técnica de confusão cobre
uma ampla gama de fenômenos. Aqui, extrairemos
apenas alguns dos padrões, pois retornaremos
repetidamente a essa técnica, sempre isolando padrões
adicionais. A primeira parte do material citado por
Erickson é a frase de sete palavras: A profundidade
era uma parte e à parte.
representation, this noun phrase was a predicate - a
word which originally represented a relationship or
process. Through the transformational processes
available in natural language systems, this predicate
appears as the name of a thing in the Surface Structure
which Erickson uses. Perhaps a non-hypnotic example
will be of assistance. Consider the two sentences:
There was a chair in the house. There was frustration
in the house.
In Magic I, we developed a number of tests to
assist therapists in sharpening their intuitions in
identifying nominalization. For example, if your most
highly valued representational system is visual, you
may test to determine whether each of the noun phrases
in a sentence is a nominalization by imaging a silver-
green wheelbarrow and in your mind's eye attempting
to visualize placing each of the things referred to by the
noun phrases in a sentence into that wheelbarrow. If
you are able to do this, the noun phrase is not a
nominalization; otherwise it is. Using the above
sentences as an example, each of you will be able to
visualize placing a chair into a wheelbarrow but not a
frustration. This indicates that the word chair is a true
noun but that the word frustration is a nominalization
- a noun which is derived from a predicate.
One of the characteristics of nominalizations is
that they carry less information than is available. Read
through the following sentences, paying attention to
the information associated with the predicate frustrate
in each of its forms: That Betty frustrated Max was
obvious. That Max was frustrated was obvious. The
frustration was obvious.
In the first sentence, the word frustrate appears
in its verb form and it states that there is a person
(named Betty) who is frustrating another person
(named Max). In the second sentence one of the pieces
of information associated with the predicate frustrate
is missing - in the linguistic model, this is called
deletion, the process of the removal of portions of the
full linguistic representation of the sentence. In the
third sentence, both of the pieces of information
associated with the predicate frustrate arc missing,
and the form of the predicate has been changed into a
noun form. From the third sentence alone it is not
possible to determine who is frustrating whom - all of
that information has been deleted. When the
information normally carried by a predicate has been
deleted in this way, and the form of the predicate
em sua representação de Estrutura Profunda, esse
sintagma nominal era um predicado - uma palavra que
originalmente representava um relacionamento ou
processo. Por meio dos processos transformacionais
disponíveis nos sistemas de linguagem natural, esse
predicado aparece como o nome de uma coisa na Es-
trutura Superficial que Erickson usa. Talvez um e-
xemplo não hipnótico seja útil. Considere as duas sen-
tenças: Havia uma cadeira na casa. Havia frustração
na casa.
Em A Estrutura da Magia I, desenvolvemos
uma série de testes para ajudar os terapeutas a aguçar
suas intuições na identificação da nominalização. Por
exemplo, se o seu sistema representacional mais vali-
oso for visual, você pode testar para determinar se
cada um dos sintagmas nominais em uma frase é uma
nominalização, imaginando um carrinho de mão
verde-prata e tentando visualizar a colocação de cada
uma das coisas em sua mente referenciados pelos
sintagmas nominais na frase do carrinho de mão. Se
você for capaz de fazer isso, o sintagma nominal não é
uma nominalização; caso contrário, é. Usando as
frases acima como exemplo, cada um de vocês será
capaz de visualizar a colocação de uma cadeira em um
carrinho de mão, mas não será uma frustração. Isso
indica que a palavra cadeira é um substantivo
verdadeiro, mas que a palavra frustração é uma
nominalização - um substantivo derivado de um
predicado.
Uma das características das nominalizações é
que elas contêm menos informações do que as dispo-
níveis. Leia as seguintes sentenças, prestando atenção
às informações associadas ao predicado frustrate em
cada uma de suas formas: ‘Que Betty frustrou Max era
óbvio’. ‘Que Max estava frustrado era óbvio’. ‘A
frustração era óbvia’.
Na primeira frase, a palavra frustrar aparece
em sua forma verbal e afirma que há uma pessoa
(chamada Betty) que está frustrando outra pessoa
(chamada Max). Na segunda frase, falta uma das
informações associadas ao predicado frustrar - no
modelo linguístico, isso é chamado de deleção, o
processo de retirada de porções da representação
linguística completa da frase. Na terceira frase, faltam
ambas as informações associadas ao predicado
frustrar e a forma do predicado foi alterada para a
forma de substantivo. Somente com base na terceira
frase, não é possível determinar quem está frustrando
quem - todas as informações foram apagadas. Quando
a informação normalmente transportada por um
predicado foi excluída desta forma, e a forma do
predicado mudou para a forma de substantivo, então o
changed into a noun form, then the result is said to lack
a referential index - that is, the word frustration does
not pick out or refer to a portion of our experience in
its nominal form. Since it has no referential index, such
a nominal invites projections or hallucinations on the
part of the listener. In a way exactly parallel to the
nominalization frustration, the word depth has had the
information associated with it deleted and it, therefore,
has no referential index. Since it fails to have a
referential index, it invites interpretation, projection
and hallucination on the part of the listener.
One of the requirements of the statements
which the hypnotist makes to the client is that these
statements be in agreement with or congruent with the
ongoing experience of the client. We refer to this as
pacing. There are several ways in which this may be
accomplished by the hypnotist. The hypnotist may
restrict himself to verbal descriptions of precisely those
things which he can directly observe. For example,
frequently, as part of an induction, the hypnotist will
include statements such as: ‘... breathing in... and out
Reading left to right’ where he is careful to time his
pronunciation of the words in and out to match the
actual inhalations and exhalations of the client. Or, in
the case of a standard hand levitation, the hypnotist
will include typically statements such as: ‘... lifting, a
sudden twitch... even higher...’ when these descriptive
words are said by the hypnotist precisely at the point
wherein the client's hand is, in fact, lifting, twitching
etc.
Another excellent technique for pacing is for
the hypnotist to use verbal descriptions which allow the
client to hallucinate or project his ongoing experience
onto the descriptions being used. The skillful hypnotist
employing this pacing technique makes full use of the
universal processes of human modeling - deletion,
distortion, and generalization. As we describe at length
in Magic I, Chapters 2, 3 and 4, within the language
system which each of us uses to communicate -there
are a number of distortion mechanisms. Perhaps the
most severe of these, linguistically, is the process of
nominalization - the linguistic process of representing
a process as an event. As shown by the frustration and
depth examples, the other two modeling processes are
typically involved when the process of nominalization
occurs. The predicate frustrate is used in the sentence:
‘The frustration was obvious’ in a nominalized form.
In the Deep Structure of the sentence in which the
nominal frustration occurred, there was the additional
information of who or what was frustrating whom
(actually requires an additional distinction in
reference structure). Both of these pieces fail to be
resultado é considerado como sem ter um índice
referencial - isto é, a palavra frustração não seleciona
ou refere a uma parte de nossa experiência em sua
forma nominal. Como não tem índice referencial, tal
nominalização convida a projeções ou alucinações por
parte do ouvinte. De forma exatamente paralela à
frustração da nominalização, a palavra profundidade
teve a informação associada a ela deletada e, portanto,
não possui índice referencial. Por não ter um índice
referencial, convida à interpretação, projeção e aluci-
nação por parte do ouvinte.
Um dos requisitos das declarações que o
hipnotizador faz ao cliente é que essas declarações
estejam de acordo ou sejam congruentes com a
experiência contínua do cliente. Nós nos referimos a
isso como ritmo. Existem várias maneiras pelas quais
isso pode ser realizado pelo hipnotizador. O hipno-
tizador pode restringir-se a descrições verbais preci-
samente daquelas coisas que pode observar
diretamente. Por exemplo, frequentemente, como parte
de uma indução, o hipnotizador incluirá afirmações
como: '... inspirando ... e expirando’, ‘lendo da
esquerda para a direita' onde ele tem o cuidado de
cronometrar a pronúncia das palavras para coincidir
com as inalações e exalações reais do cliente. Ou, no
caso de uma levitação de mão padrão, o hipnotizador
incluirá declarações típicas como: “... levantando,
uma contração repentina ... ainda mais alto ...”
quando essas palavras descritivas são ditas pelo
hipnotizador precisamente no ponto em que a mão do
cliente está, de fato, levantando, se contorcendo etc.
Outra técnica excelente para estimulação é o
hipnotizador usar descrições verbais que permitem ao
cliente alucinar ou projetar sua experiência contínua
nas descrições que estão sendo usadas. O hipnotizador
habilidoso que emprega essa técnica de estimulação
faz pleno uso dos processos universais de modelagem
humana - deleção, distorção e generalização. Como
descrevemos detalhadamente em A Estrutura da
Magia I, Capítulos 2, 3 e 4, dentro do sistema de
linguagem que cada um de nós usa para se comunicar,
há uma série de mecanismos de distorção. Talvez o
mais severo deles, linguisticamente, seja o processo de
nominalização - o processo linguístico de representar
um processo como um evento. Conforme mostrado
pelos exemplos de frustração e profundidade, os outros
dois processos de modelagem normalmente estão
envolvidos quando o processo de nominalização
ocorre. O predicado frustrar é usado na frase: ‘A
frustração era óbvia’ de uma forma nominalizada. Na
Estrutura Profunda da frase em que ocorreu a
frustração nominal, havia a informação adicional de
quem ou o que estava frustrando quem (na verdade,
represented in the Surface Structure. Similarly, with
the nominalization depth, the Surface Structure
contains no information regarding what depth or
whose depth. In other words, the linguistic process of
deletion has occurred, removing some of the
information. As the information is deleted and thereby
fails to occur in the actual utterance by the hypnotist,
the sentence itself carries no referential index which
picks out a specific experience. Rather the resulting
phrase the depth becomes a possible description of a
wide range of experiences for the listener. This leaves
the client a great number of choices of interpretation,
hallucination, or projection. By this device the client is
more actively engaged in the process of trance
induction or deep trance behavior. In addition, of
course, the hypnotist successfully paces the client's
experience. By skillfully employing the three processes
of human modeling - in this case, the specific linguistic
mechanisms of these three processes: nominalization,
transformational deletion, and lack of referential index
- it is possible for the hypnotist to successfully pace the
client's experience without knowing what it is. This
allows the hypnotist an infinite range of choices in his
verbalizations. As Erickson says: ... a confusion
technique... would aid greatly by leading Huxley to add
to the confusion technique verbalizations other
possible elaborate meanings and significances, and
associations, thereby actually supplementing in effect
my own efforts... This was a purposely vague yet
permissively comprehensive suggestion and I simply
relied on Huxley's intelligence to elaborate it with
extensive meaningfulness for himself which I could
not even attempt to guess... I did not even attempt to
speculate what my suggestions might mean to Huxley.
Thus, the first portion of the first sentence
which Erickson quotes - the depth - admirably meets Erickson cita - a profundidade - atende
both his purposes and Huxley's. admiravelmente aos seus objetivos e aos de Huxley.
The second pattern which we want to take from
the seven words extract is the one carried by the words extrato de sete palavras é aquele carregado pelas
a part and apart: The depth was a part and apart. palavras ‘uma parte e à parte’: a profundidade era
uma parte e à parte.
First, notice that in its written form there is no
ambiguity about the phrase - the first portion is a two-
word phrase a part while the second portion is a one-
word phrase apart. When presented auditorily,
however, the phrase is completely ambiguous. One of
the intuitions which people can come to have regarding
requer uma distinção adicional na estrutura de
referência). Ambas as peças deixam de ser
representadas na Estrutura Superficial. Da mesma
forma, com a nominalização ‘profundo’, a Estrutura
Superficial não contém nenhuma informação sobre o
que é profundo ou quão profundo. Em outras palavras,
o processo linguístico de exclusão ocorreu, removendo
algumas das informações. Como a informação é
apagada e, portanto, deixa de ocorrer no enunciado
real do hipnotizador, a frase em si não carrega
nenhum índice referencial que escolha uma
experiência específica. Em vez disso, a frase resultante
a profundidade torna-se uma possível descrição de
uma ampla gama de experiências para o ouvinte. Isso
deixa ao cliente um grande número de opções de inter-
pretação, alucinação ou projeção. Por meio desse
dispositivo, o cliente está mais ativamente envolvido
no processo de indução de transe ou comportamento
de transe profundo. Além disso, é claro, o hipnotizador
acompanha com sucesso a experiência do cliente. Ao
empregar habilmente os três processos de modelagem
humana - neste caso, os mecanismos linguísticos
específicos desses três processos: nominalização, ex-
clusão transformacional e falta de índice referencial -
é possível para o hipnotizador acompanhar com .
sucesso a experiência do cliente sem saber o que é. Isso
permite ao hipnotizador uma gama infinita de escolhas
em suas verbalizações. Como diz Erickson: ... uma
técnica de confusão... ajudaria muito levando Huxley
a adicionar às verbalizações da técnica de confusão
outros possíveis significados e significados elabora-
dos, e associações, complementando assim de fato
meus próprios esforços... Isso foi propositalmente va-
go, mas permissivamente uma sugestão abrangente e
eu simplesmente confiei na inteligência de Huxley para
elaborá-la com extenso significado para si mesmo, que
eu não poderia sequer tentar adivinhar... Eu nem
mesmo tentei especular o que minhas sugestões
poderiam significar para Huxley.
A primeira parte da primeira frase que
O segundo padrão que queremos tirar do
Primeiro, observe que em sua forma escrita
não há ambigüidade sobre a frase - a primeira parte é
uma frase de duas palavras, uma parte, enquanto a
segunda parte é uma frase de uma palavra à parte.
Quando apresentada auditivamente, no entanto, a
frase é completamente ambígua. Uma das intuições
the language they speak is that of ambiguity. Some
types of ambiguity depend upon the representational
system in which they occur, such as the one which we
are considering when presenting it auditorily. Other
types of linguistic ambiguity persist even when the
representational system is shifted; for example:
Hypnotizing hypnotists can be tricky. (This particular
example was one of the topics of investigation when we
[Bandler and Grinder] visited with the author
[Erickson] of the article upon which we are now
commenting.)
The ambiguity of this sentence is: Which of the
following two sentences is intended by the sentence frases a seguir é pretendida pela frase acima:
above: ‘Hypnotizing hypnotists are tricky’ or ‘For “Hipnotizar hipnotizadores é complicado” ou “Para
anyone to attempt to hypnotize hypnotists is tricky’.
Notice that, whether you read the original
sentence aloud and listen to it (auditory
representation) or you read it silently without all
internal auditory presentation (internal dialogue),
both meanings are possible. This type of ambiguity has
been formalized by transformational linguists and is
referred to as syntactic ambiguity. In the terms we
developed previously, a sentence or Surface Structure
is called ambiguous if it is a linguistic representation
of more than one distinct experience, or in linguistic
terms if it is a linguistic representation of more than
one distinct Deep Structure. (Transformational
linguists have developed a test for the difference
between ambiguity and vagueness; sentences with
nominalizations, typically, are vague, not ambiguous.)
que as pessoas podem vir a ter em relação à língua que
falam é a da ambigüidade. Alguns tipos de ambigüi-
dade dependem do sistema representacional em que
ocorrem, como aquele que estamos considerando ao
apresentá-lo auditivamente. Outros tipos de ambi-
güidade linguística persistem mesmo quando o sistema
representacional é alterado; por exemplo: hipnotizar
hipnotizadores pode ser complicado. (Este exemplo
específico foi um dos tópicos de investigação quando
nós [Bandler e Grinder] visitamos o autor [Erickson]
do artigo sobre o qual estamos comentando agora.)
A ambigüidade desta frase é: Qual das duas
qualquer um tentar hipnotizar hipnotizadores é com-
plicado”.
Observe que, quer você leia a frase original em
voz alta e a ouça (representação auditiva), ou a leia
silenciosamente, sem toda a apresentação auditiva
interna (diálogo interno), ambos os significados são
possíveis. Esse tipo de ambigüidade foi formalizado
por linguistas transformacionais e é conhecido como
ambigüidade sintática. Nos termos que desenvolvemos
anteriormente, uma frase ou Estrutura Superficial é
chamada de ambígua se for uma representação lin-
guística de mais de uma experiência distinta, ou em
termos linguísticos se for uma representação lin-
guística de mais de uma Estrutura Profunda distinta.
(Os linguistas transformacionais desenvolveram um
teste para a diferença entre ambigüidade e
imprecisão; sentenças com nominalizações, normal-
mente, são vagas, não ambíguas.)

An example of phonological or sound Um exemplo de ambiguidade fonológica ou

ambiguity which parallels the one used by Erickson is: sonora paralela à usada por Erickson é: (adaptação da
tradução para a ambiguidade fonológica ser possível):
It’s funny to nitrate
deal nitrato
talk about a night rate É engraçado
concorda
falar sobre não trato
Say the above sentence out loud; under Diga a frase acima em voz alta; sob condições
conditions of normal speech, most listeners will be de fala normal, a maioria dos ouvintes será incapaz de
unable to distinguish between the two visually distinguir entre as duas versões apresentadas
presented versions. The phonological presentation is visualmente. A apresentação fonológica é comple-
completely ambiguous. The explanation is the same as tamente ambígua. A explicação é a mesma que a ante-
above - the Surface Structure is a representation of rior - a Estrutura Superficial é uma representação de
more than one Deep Structure. Now consider mais de uma estrutura profunda. Agora considere a
Erickson's sentence again: The depth was a part and frase de Erickson novamente: A profundidade era uma
apart. parte e à parte.
The same sound sequence - we will represent it
visually as a-part - can be decomposed into two
distinct Deep Structure sequences. Notice that
Erickson compounds the ambiguity as he repeats the
sound sequence twice, connecting them with an and.
Thus, there are not two but four possible Deep
Structure decompositions: In other words, the listener,
in this case Huxley, is left with four possible Deep
Structure phrase interpretations for the single Surface
Structure phrase.
a part and apart
a part and a part
a part and apart
apart and a part
apart and apart
Keeping in mind the linguistic distinctions
explained above, we turn to an examination of the
remainder of the quoted material presented by
Erickson in his instructions to assist Huxley in deep
trance: ... utter clarity, in living reality, in impossible
actuality, that which once was, but which now in the
depths of the trance, will in bewildering confrontation
challenge all of your memories and understandings...
Perhaps the easiest way for you to come to
appreciate the structure of Erickson's assertions is to
settle yourself into a comfortable position, place
yourself in a state of utter relaxation and, with the
thought/feeling/picture/sound which you once had,
allow yourself to assume that what you are about to
hear is extremely important and will influence the
remainder of your life. Then, have a friend read
Erickson's words to you in a low, serious, concerned
tone of voice at a slow tempo with different phrasings
(intonation patterns) and pay attention to all of the
interpretations which you are able to assign to them.
From a formal point of view, the number of possible
interpretations are astronomical. For example, twenty
of the thirty-one words are Deep Structure predicates.
Of these twenty, only two occur as Surface Structure
verbs (typically, the least distorted form a Deep
Structure predicate may take). The majority of the
remainder of these Deep Structure predicates have
undergone the process of nominalization described
previously. For each of these, of course, the number of
possible interpretations are multiple - thus, both
successfully pacing Huxley's experience and allowing
him maximum freedom to select an interpretation
which fits for him, all without a consciousness on
A mesma sequência de som - vamos repre-
sentá-la visualmente como uma parte - pode ser de-
composta em duas sequências de Estrutura Profunda
distintas. Observe que Erickson aumenta a ambigüi-
dade ao repetir a sequência de sons duas vezes, conec-
tando-os com um ‘e’. Assim, não há duas, mas quatro
decomposições de Estrutura Profunda possíveis: Em
outras palavras, o ouvinte, neste caso Huxley, fica com
quatro possíveis interpretações de frase de Estrutura
Profunda para a única frase de Estrutura de Superfície.
a parte e a parte
a parte e à parte
a parte e à parte
à parte e a parte
à parte e à parte
Tendo em mente as distinções linguísticas ex-
plicadas acima, nos voltamos para um exame do res-
tante do material citado apresentado por Erickson em
suas instruções para ajudar Huxley em transe pro-
fundo: ...clareza absoluta, na realidade viva, na atua-
lidade impossível, aquilo que uma vez foi, mas que
agora nas profundezas do transe, em confronto
desconcertante desafiará todas as suas memórias e
entendimentos...
Talvez a maneira mais fácil de você vir a
apreciar a estrutura das afirmações de Erickson é se
acomodar em uma posição confortável, colocar-se em
um estado de relaxamento total e, com o pensamento /
sentimento / imagem / som que você já teve, permita-
se assumir que o que você está prestes a ouvir é
extremamente importante e influenciará o resto de sua
vida. Em seguida, peça a um amigo que leia as
palavras de Erickson para você em um tom de voz
baixo, sério e preocupado, em um andamento lento,
com diferentes frases (padrões de entonação) e preste
atenção a todas as interpretações que você pode
atribuir a elas. Do ponto de vista formal, o número de
interpretações possíveis é astronômico. Por exemplo,
vinte das trinta e uma palavras são predicados de
Estrutura Profunda. Destes vinte, apenas dois ocorrem
como verbos de Estrutura de Superfície (normalmente,
a forma menos distorcida que um predicado de
Estrutura Profunda pode assumir). A maioria do
restante desses predicados de Estrutura Profunda
passou pelo processo de nominalização descrito
anteriormente. Para cada um deles, é claro, o número
de interpretações possíveis é múltiplo - assim, ambos
com sucesso ao acompanhar a experiência de Huxley
e permitindo-lhe o máximo de liberdade para
Huxley's part. As an example: ... bewildering
confrontation... the word confrontation is a Surface
Structure noun which results from the process of
nominalization - specifically, it derives from the Deep
Structure predicate confront. Therefore, in Deep
Structure, the predicate confront is a linguistic
representation of a process of someone's confronting
someone else about something.
Through the linguistic process of
nominalization all the material associated with this
Deep Structure predicate has been deleted, and,
consequently, the resulting expression totally lacks a
referential index, thereby making it maximally
available for Huxley's interpretation and
incorporation into his ongoing deep trance experience.
The Deep Structure predicate bewilder occurs in the
phrase as an adjective form (bewildering) which
describes the experience of someone associated with
the nominalization confrontation. It describes the way
that the confrontation was experienced. The question
here is the way that the confrontation was experienced
by whom: the person doing the confronting, the person
being confronted, or someone observing the
confrontation?
Again, this Deep Structure predicate, ni the
linguistic process of being transformed into a Surface
Structure adjective, has lost the information associated
with it in the full linguistic representation, the Deep
Structure. The result, again, is a Surface Structure
which is maximally vague and, therefore, maximally
congruent with Huxley's ongoing and future
experience. To complicate matters somewhat, the two
predicates bewilder and confront are associated
syntactically. That is, as Huxley selects an
interpretation for the missing information associated
with the predicate confront, he still has the freedom to
apply the bewilder predicate to anyone of the pieces of
information he has selected for the predicate confront
(the person confronting may be considered bewildered,
or the person being confronted, or some observer). The
following is a list of the Deep Structure predicates
which have been nominalized in Erickson's utterance:
clarity - reality - actuality - depth - trance -
confrontation - memories – understandings.
There are two additional characteristics of the
Huxley passage which occur over and over again in passagem de Huxley que ocorrem repetidamente na
Erickson's verbal work. In several cases, Erickson obra verbal de Erickson. Em vários casos, Erickson
juxtaposes predicates, one modifying the other, in a justapõe predicados, um modificando o outro, de uma
way which violates what linguists call selectional
selecionar uma interpretação que se adapte a ele, tudo
sem uma consciência da parte de Huxley. Por
exemplo: ... confronto desconcertante ... a palavra
confrontação é um substantivo da Estrutura de
Superfície que resulta do processo de nominalização -
especificamente, deriva do predicado confronto da
Estrutura Profunda. Portanto, em Deep Structure, o
predicado confrontar é uma representação linguística
de um processo de confrontação de alguém sobre algo.
Por meio do processo linguístico de
nominalização, todo o material associado a este
predicado de Estrutura Profunda foi excluído e,
conseqüentemente, a expressão resultante carece
totalmente de um índice referencial, tornando-se assim
o máximo disponível para a interpretação de Huxley e
incorporação no decorrer da sua experiência de
transe. O predicado da Estrutura Profunda
desnorteante ocorre na frase como uma forma
adjuvante (desnorteante) que descreve a experiência
de alguém associado ao confronto de nominalização.
Descreve a forma como o confronto foi vivenciado. A
questão aqui é a forma como o confronto foi
vivenciado por quem: quem está a confrontar, quem
está a ser confrontado ou quem está a observar o
confronto?
Novamente, esse predicado de Estrutura
Profunda, ni o processo linguístico de ser
transformado em um adjetivo de Estrutura de
Superfície, perdeu a informação associada a ele na
representação linguística completa, a Estrutura
Profunda. O resultado, novamente, é uma Estrutura de
Superfície que é maximamente vaga e, portanto,
maximamente congruente com a experiência contínua
e futura de Huxley. Para complicar um pouco as
coisas, os dois predicados confundir e confrontar estão
associados sintaticamente. Ou seja, como Huxley
seleciona uma interpretação para as informações
ausentes associadas ao confronto de predicado, ele
ainda tem a liberdade de aplicar o predicado confuso
a qualquer uma das informações que selecionou para
o confronto de predicado (a pessoa que confronta pode
ser considerada confusa, ou a pessoa que está sendo
confrontada, ou algum observador). A seguir está uma
lista dos predicados da Estrutura Profunda que foram
nominalizados no enunciado de Erickson: clareza -
realidade - realidade - profundidade - transe -
confronto - memórias - compreensões.
Existem duas características adicionais da
restrictions (see Grinder and Elgin, 1973; Chomsky,
1965). When a person says a sentence such as: ‘The
boy feels silly’ any native listener of English will accept
the sentence as a wellformed sentence of his language.
However, if the person says the sentence: ‘The rock
feels silly’ the typical response by a native listener of
English is one of puzzlement, of a sensation that he has
somehow failed to understand what the speaker is
attempting to communicate. The transformational
linguists' explanation for this phenomenon goes as
follows: Each predicate in a language system is the
name of some process or relationship. In the world of
human experience, certain processes or relationships
are restricted in that they can occur only with certain
classes of people or things. For example, only female
human beings can become pregnant. Conversely, the
process of being a father is restricted to male humans.
Therefore, the sentence: ‘My father is pregnant again’
is a decidedly peculiar sentence. Another way of
representing these facts is to point out that the set of
objects/people which are referred to by the term father
and the set of people/objects which are referred to by
the term pregnant do not intersect; they have no
members in common. Something cannot both be a
father and be pregnant. Linguistically, the predicate
pregnant is said to have a selectional restriction which
requires that whatever it is applied to must be female.
Other selectional restrictions are less clearly defined.
For example, some of you readers will find the
following sentences perfectly acceptable, others will
judge them to be perfectly unacceptable, while others
will find some acceptable, others unacceptable, and
still others undecidable.
My cat Tripod feels silly
My cat feels silly
My goldfish feels silly
My lizard feels silly
My worm feels silly
My roses feel silly
My weeds feel silly
My oven feels silly
Erickson makes use of this category of
linguistic patterning when he uses, for example, the
phrase impossible actuality. Many native speakers of
English will respond to this phrase as a selectional
restriction violation; specifically, how can what is
actual be impossible, or how can what is impossible be
actual?
maneira que viola o que os lingüistas chamam de res-
trições seletivas (ver Grinder e Elgin, 1973; Chomsky,
1965). Quando uma pessoa diz uma frase como: “O
menino se sente bobo”, qualquer ouvinte nativo de
inglês aceitará a frase como uma frase bem formada
de sua língua. No entanto, se a pessoa disser a frase:
“A rocha parece boba”, a resposta típica de um
ouvinte nativo de inglês é de perplexidade, de uma
sensação de que de alguma forma ele não conseguiu
entender o que o falante está tentando comunicar. A
explicação dos linguistas transformacionais para esse
fenômeno é a seguinte: Cada predicado em um sistema
de linguagem é o nome de algum processo ou
relacionamento. No mundo da experiência humana,
certos processos ou relacionamentos são restritos
porque podem ocorrer apenas com certas classes de
pessoas ou coisas. Por exemplo, apenas as mulheres
podem engravidar. Por outro lado, o processo de ser
pai está restrito a humanos do sexo masculino.
Portanto, a frase: 'Meu pai está grávida de novo' é uma
frase decididamente peculiar. Outra forma de
representar esses fatos é apontar que o conjunto de
objetos/pessoas a que se refere o termo pai e o
conjunto de pessoas/objetos a que se refere o termo
grávida não se cruzam; eles não têm membros em
comum. Algo não pode ser pai e estar grávida.
Lingüisticamente, diz-se que o predicado grávida tem
uma restrição seletiva que exige que tudo o que se
aplica deve ser feminino. Outras restrições seletivas
são definidas de forma menos clara. Por exemplo,
alguns de vocês, leitores, acharão as seguintes
sentenças perfeitamente aceitáveis, outros as julgarão
perfeitamente inaceitáveis, enquanto outros acharão
algumas aceitáveis, outras inaceitáveis e ainda outras
indecifráveis.
Meu gato Tripé parece bobo
Meu gato parece bobo
Meu peixinho dourado parece bobo
Meu lagarto parece bobo
Meu verme parece bobo
Minhas rosas parecem bobas
Minhas ervas daninhas parecem bobas
Meu forno parece bobo
Erickson faz uso dessa categoria de padroni-
zação linguística quando usa, por exemplo, a frase
‘realidade impossível’. Muitos falantes nativos de
inglês responderão a esta frase como uma violação de
restrição seletiva; especificamente, como pode o que é
real ser impossível, ou como pode o que é impossível
ser real?
 The final pattern which we want to extract from
this verbalization by Erickson is the one involved in the
use of the predicates once, was, now, and will. The
feature which these predicates have in common is that
they all refer to time - so-called temporal predicates.
Specifically, they have the following force:
was refers to the past
now refers to the present
will refers to the future
once ambiguous reference
Thus, all of the major logical possibilities with
respect to time occur in a single utterance by Erickson.
[We present the patterning of temporal predicates in
another volume with an accompanying discussion of
time distortion in hypnosis. The readers can, however,
easily construct examples by arranging and
rearranging the temporal predicates used by Erickson
in conjunction with the set of any temporal predicates
which typically occur as adverbs such as: soon, shortly
after. recent, previous, now, then, afterwards, initially,
finally,successively, ...] Once again, the consequence
of this is to allow Huxley to assign the interpretation
which is maximally congruent with his ongoing and
future experience. As we stated in the discussion of the
predicate-predicate sequences such as ... bewildering
confrontation... these three general categories of
nominalization/adjective derivations, selectional
restriction violations and temporal predicates interact
with one another to provide the client with an
astronomical number of possible interpretations from
which to choose, thus insuring a successful pacing by
the hypnotist.
It became obvious that Huxley was making an
intensive hypnotic response during the prolonged
repetitious suggestions I was offering when suddenly
he raised his hand and said rather loudly and most
urgently, “I say, Milton, do you mind hushing up there.
This is most extraordinarily interesting down here and
your constant talking is frightfully distracting and
annoying.”
For more than two hours, Huxley sat with his
eyes open, gazing intently before him. The play of
expression on his face was most rapid and bewildering.
His heart rate and respiratory rate were observed to
change suddenly and inexplicably and repeatedly at
irregular intervals. Each time that the author attempted
to speak to him, Huxley would raise his hand, perhaps
lift his head, and speak as if the author were at some
O padrão final que queremos extrair dessa
verbalização de Erickson é aquele envolvido no uso
dos predicados ‘uma vez’, ‘foi’, ‘agora’ e ‘será’. A
característica que esses predicados têm em comum é
que todos se referem ao tempo - os chamados predi-
cados temporais. Especificamente, eles têm a seguinte
força:
foi se refere ao passado
agora se refere ao presente
irá se refere ao futuro
uma vez referência ambígua
Assim, todas as principais possibilidades lógi-
cas com respeito ao tempo ocorrem em um único enun-
ciado de Erickson. [Apresentamos a padronização de
predicados temporais em outro volume com uma dis-
cussão que acompanha a distorção do tempo na hip-
nose. Os leitores podem, no entanto, facilmente cons-
truir exemplos organizando e reorganizando os predi-
cados temporais usados por Erickson em conjunto com
o conjunto de quaisquer predicados temporais que
normalmente ocorrem como advérbios, tais como:
logo, logo depois. recente, anterior, agora, então,
depois, inicialmente, finalmente, sucessivamente, ...]
Mais uma vez, a consequência disso é permitir que
Huxley atribua a interpretação que é maximamente
congruente com sua experiência contínua e futura.
Como afirmamos na discussão das sequências
predicado-predicado, como ... confronto-confuso ...
essas três categorias gerais de
nominalização/derivações de adjetivos, violações de
restrição seletiva e predicados temporais interagem
entre si para fornecer ao cliente com um número
astronômico de interpretações possíveis para
escolher, garantindo assim um ritmo bem-sucedido
por parte do hipnotizador.
Tornou-se óbvio que Huxley estava dando uma
resposta hipnótica intensa durante as sugestões repe-
titivas e prolongadas que eu estava oferecendo quando
de repente ele levantou a mão e disse em voz alta e ur-
gente: “Eu digo, Milton, você se importa em silenciar
aí. Isso é extraordinariamente interessante aqui embai-
xo e sua conversa constante é assustadoramente pertur-
badora e irritante. ”
Por mais de duas horas, Huxley ficou sentado
com os olhos abertos, olhando fixamente para a sua
frente. O jogo de expressão em seu rosto foi muito rápi-
do e desconcertante. Observou-se que sua frequência
cardíaca e respiratória mudavam repentina e inexpli-
cavelmente e repetidamente em intervalos irregulares.
Cada vez que o autor tentava falar com ele, Huxley le-
vantava a mão, talvez levantasse a cabeça, e falava
height above him, and frequently he would annoyedly como se o autor estivesse em alguma altura acima dele,
request silence. e freqüentemente pedia silêncio irritado.
After well over two hours, he suddenly looked
up toward the ceiling and remarked with puzzled
emphasis, “I say, Milton, this is an extraordinary
contretemps. We don't know you. You do not belong
here. You are sitting on the edge of a ravine watching
both of us and neither of us knows which one is talking
to you; and we are in the vestibule looking at each other
with most extraordinary interest. We know that you are
someone who can determine our identity and most
extraordinarily we are both sure we know it and that
the other is not really so, but merely a mental image of
the past or of the future. But you must resolve it despite
time and distances and even though we do not know
you. I say, this is an extraordinarily fascinating
predicament, and am I he or is he me? Come, Milton,
whoever you are.” There were other similar remarks of
comparable meaning which could not be recorded, and
Huxley's tone of voice suddenly became most urgent.
The whole situation was most confusing to me, but
temporal and other types of dissociation seemed to be
definitely involved in the situation.
Wonderingly, but with outward calm, I
undertook to arouse Huxley from the trance state by
accepting the partial clues given and by saying in
essence, “Wherever you are, whatever you are doing,
listen closely to whet is being said and slowly,
gradually, comfortably begin to act upon it. Feel rested
and comfortable, feel a need to establish an increasing
contact with my voice, with me, with the situation I
represent, a need of returning to matters in hand with
me not so long ago, in the not so long ago belonging to
me, and leave behind but AS AILABLE UPON
REQUEST practically everything of importance,
KNOWING BUT NOT KNOWING that it is
AVAILABLE UPON REQUEST. And now, let us see,
that's right, you are sitting there, wide awake, rested,
comfortable, and ready for discussion of what little
there is.”
In Erickson's article, three different types of
print were used as he attempted to overcome the
limitations of a single system (here visual - print) of
communication to the reader of the technique he
employs with Huxley. In so doing Erickson is
attempting to describe by example one of his most
powerful techniques. We begin by sorting a portion of
the total communication into the three categories as
Depois de bem mais de duas horas, ele de re-
pente olhou para o teto e observou com uma ênfase
intrigada: “Eu digo, Milton, este é um contratempo
extraordinário. Nós não conhecemos você. Você não
pertence a este lugar. Você está sentado no limite de
uma ravina nos observando e nenhum de nós sabe
quem está falando com você; e estamos no vestíbulo
olhando um para o outro com um interesse extraor-
dinário. Sabemos que você é alguém que pode deter-
minar nossa identidade e o mais extraordinariamente
nós somos ambos certos de que o sabemos e de que o
outro não é realmente assim, mas apenas uma imagem
mental do passado ou do futuro. Mas você deve
resolvê-lo apesar do tempo e das distâncias e mesmo
que não o conheçamos. Eu digo, isso é uma situação
extraordinariamente fascinante, e sou ele ou ele sou eu?
Venha, Milton, seja você quem for.”" Houve outras
observações semelhantes de significado comparável
que não puderam ser gravadas, e o tom de voz de
Huxley de repente tornou-se mais urgente. Toda a
situação era muito confusa para mim, mas a dis-
sociação temporal e outros tipos de dissociação pare-
ciam estar definitivamente envolvidos na situação.
Surpreendentemente, mas com uma calma ex-
terior, me comprometi a despertar Huxley do estado de
transe aceitando as pistas parciais fornecidas e dizendo
em essência: “Onde quer que você esteja, o que quer
que esteja fazendo, ouça atentamente o que está sendo
dito e lentamente, gradualmente, confortavelmente co-
mece a agir sobre ele. Sinta-se descansado e confor-
tável, sinta uma necessidade de estabelecer um contato
cada vez maior com minha voz, comigo, com a situ-
ação que represento, uma necessidade de retornar aos
assuntos que estão em minhas mãos há não muito
tempo atrás, no há muito tempo que me pertence , e
deixar para trás mas ASSIM QUE POSSÍOVEL
APÓS SOLICITAR praticamente tudo de importante,
SABENDO MAS NÃO SABENDO que ESTÁ
DISPONÍVEL QUANDO PEDIDO. E agora, vamos
ver, isso mesmo, você está sentado aí, bem acordado,
descansado, confortável e pronto para discutir o pouco
que existe. ”
No artigo de Erickson, três tipos diferentes de
impressão foram usados enquanto ele tentava superar
as limitações de um único sistema (aqui - visual -
impressão) de comunicação ao leitor da técnica que
ele emprega com Huxley. Ao fazer isso, Erickson está
tentando descrever por exemplo uma de suas técnicas
mais poderosas. Começamos classificando uma parte
da comunicação total nas três categorias, uma vez que
they are marked by the different types of print in the são marcadas pelos diferentes tipos de impressão no
article: artigo:
Original Decomposed by Original Decomposto pelo sinal
Analogue Signal análogo

... in the not so long ago A - in the not so long ... não faz muito tempo A - não muito tempo
belonging to me, and ago belonging to me and que me pertence, e deixa atrás pertencendo a mim
leave behind but now, let us see, you are para trás mas e agora, vejamos, você
AVAILABLE UPON sitting there, wide DISPONÍVEL está sentado aí, bem
REQUEST practically awake, rested, QUANDO PEDIDO acordado, descansado,
everything of comfortable and praticamente tudo de confortável e
importance, B - available upon importância, B - disponível mediante
KNOWING BUT NOT request... knowing but SABENDO MAS NÃO solicitação ... sabendo,
KNOWING that it is not knowing... available SABENDO que ESTÁ mas não sabendo ...
AVAILABLE UPON upon request DISPONÍVEL disponível mediante
REQUEST. And now, QUANDO PEDIDO. E solicitação
let us see, that's right, C - and leave behind... agora, vejamos, isso C - e deixar para trás ...
you are sitting there, practically everything of mesmo, você está praticamente tudo que é
wide awake, rested, importance ... that it is... sentado aí, bem importante ... que está ...
ready for discussion of
comfortable, and ready acordado, descansado, pronto para a discussão
for discussion of what what little there IS confortável e pronto do pouco que existe
little there is. para para discutir o
pouco que existe.
Each one of the print types in the original Cada um dos tipos de impressão no artigo ori-
article represents a distinct portion of the entire ginal representa uma parte distinta de toda a comu-
communication by Erickson which he marked by some nicação de Erickson, que ele marcou por algum tipo
kind of analogical signal. Which specific analogical de sinal analógico. Os sinais analógicos específicos
signals Erickson used at that time for each of the que Erickson usou naquela época para cada uma das
categories represented by the different print types is categorias representadas pelos diferentes tipos de
unimportant for our purposes here. From our personal impressão não são importantes para nossos propósitos
observations and recordings of Erickson, and keeping aqui. A partir de nossas observações e gravações
in mind the fact that Huxley, typically, had his eyes pessoais de Erickson, e tendo em mente o fato de que
closed during deep trance, our guess is that Erickson Huxley, normalmente, tinha os olhos fechados durante
used tonality and tempo shifts of his voice to mark the o transe profundo, nossa suposição é que Erickson
three sets of messages as distinct. Erickson has usou mudanças de tonalidade e ritmo de sua voz para
excellent control over his analogical voice qualities marcar os três conjuntos de mensagens como distintos.
(tonality and tempo). One of the useful generalizations Erickson tem excelente controle sobre as qualidades
from this piece of Erickson's work is the exquisitely de sua voz analógica (tonalidade e andamento). Uma
refined ability he has in his use of digital analogical das generalizações úteis deste trabalho de Erickson é
system interactions. Essentially, he produces a lengthy a habilidade primorosamente refinada que ele tem em
sequence of English words and phrases which heard seu uso de interações de sistema analógico digital.
together constitute a well-formed English Essencialmente, ele produz uma longa sequência de
communication. Imposed on top of this communication palavras e frases em inglês que ouvidas juntas
are (in this particular case) two sets of analogical constituem uma comunicação em inglês bem formada.
signals which select or pick out sequences of English Impostos acima dessa comunicação estão (neste caso
words and phrases from the total message, each of particular) dois conjuntos de sinais analógicos que
which, itself, constitutes a coherent communication. selecionam ou selecionam sequências de palavras e
Specifically, set A is designed to assist Huxley in frases em inglês da mensagem total, cada uma das
returning to a relatively normal state of awareness; set quais, por si só, constitui uma comunicação coerente.
B has as its function the establishing of the cue which Especificamente, o conjunto A é projetado para ajudar
Erickson will use later to assist Huxley in recovering Huxley a retornar a um estado de consciência
this experience; set C is instructions from Erickson to relativamente normal; o conjunto B tem como função
Huxley to experience amnesia with respect to his deep estabelecer a deixa que Erickson usará mais tarde
trance activities. We cannot overemphasize the
usefulness and power of this analogical marking of
digital material which decomposes it into separate
message units. For almost everyone with whom we
have used this technique, it has proven itself immediate
and effective. The following discussion is a partial
explanation of the effectiveness of this technique:
(1) With the exception of some hypnotists and
therapists whose skills demand that they be aware of
the congruity or incongruity of the messages
communicated by the person to whom they are
attending, no one systematically and consciously
represents all of the messages presented by a person as
that person communicates. At each point in time, as a
person communicates with us, he uses his body posture
(e.g., tight, closed, loose), gestures (e.g., hand
movements, eye-fixation patterns), tonality (e.g., shrill,
resonant), tempo (e.g., rapid, staccato), language (e.g.,
words, syntax), etc., to express a set of messages. These
messages may fit together (congruent communication)
or they may conflict (incongruent communication). In
the therapeutic context, these distinctions form the
basis for assisting the client in changing (see Magic I,
Chapter 6; Magic II, Part II; and Peoplemaking,1973,
Satir). The total message presented by Erickson
constitutes a well-formed communication of English.
The normal linguistic processing mechanisms for the
recovery of meaning apply to this level of structure,
and we' become aware of the meaning of the total
message. These linguistic processes, themselves, arc
normally unconscious or preconscious, their results
the meaning of the utterance - conscious. Since we do
not normally represent separately the messages
carried by the other person's analogical signals, we
are not conscious of the relationship between the
digital language material and these signals. Thus,
when Erickson uses analogical signals to mark the
total message for decomposition into separate message
units, we are not aware that this level of patterning is
occurring, and, consequently, we receive
communication of which we are wholly unaware. The
result of this process is that what Erickson refers to as
our unconscious mind receives and responds to a set of
messages of which we are totally unaware. Without
awareness, we do not challenge the messages but
simply respond.
para ajudar Huxley a recuperar essa experiência; o
conjunto C contém instruções de Erickson para Huxley
para experimentar amnésia com relação às suas
atividades de transe profundo. Não podemos enfatizar
demais a utilidade e o poder dessa marcação
analógica do material digital que o decompõe em
unidades de mensagem separadas. Para quase todas
as pessoas com quem usamos essa técnica, ela provou
ser imediata e eficaz. A discussão a seguir é uma
explicação parcial da eficácia desta técnica:
(1) Com exceção de alguns hipnotizadores e
terapeutas cujas habilidades exigem que eles estejam
cientes da congruência ou incongruência das men-
sagens comunicadas pela pessoa a quem estão aten-
dendo, ninguém representa de forma sistemática e
consciente todas as mensagens apresentadas por uma
pessoa conforme essa pessoa se comunica. Em cada
ponto no tempo, conforme uma pessoa se comunica
conosco, ela usa sua postura corporal (por exemplo,
tenso, fechado, solto), gestos (por exemplo,
movimentos das mãos, padrões de fixação do olho),
tonalidade (por exemplo, estridente, ressonante),
andamento (por exemplo, rápido, staccato), linguagem
(por exemplo, palavras, sintaxe) etc., para expressar
um conjunto de mensagens. Essas mensagens podem
se encaixar (comunicação congruente) ou podem
entrar em conflito (comunicação incongruente). No
contexto terapêutico, essas distinções formam a base
para ajudar o cliente a mudar (ver A Estrutura da
Magia I, Capítulo 6; A Estrutura da Magia II, Parte II;
e Peoplemaking, 1973, Satir). A mensagem total
apresentada por Erickson constitui uma comunicação
bem formada em inglês. Os mecanismos normais de
processamento linguístico para a recuperação do
significado se aplicam a este nível de estrutura, e nos
tornamos cientes do significado da mensagem total.
Esses processos linguísticos, eles próprios, são
normalmente inconscientes ou pré-conscientes, e seus
resultados são o significado do enunciado - consciente.
Visto que normalmente não representamos
separadamente as mensagens transportadas pelos
sinais analógicos da outra pessoa, não temos
consciência da relação entre o material da linguagem
digital e esses sinais. Assim, quando Erickson usa
sinais analógicos para marcar a mensagem total para
decomposição em unidades de mensagem separadas,
não temos consciência de que esse nível de
padronização está ocorrendo e, conseqüentemente,
recebemos comunicações da qual desconhecemos
totalmente. O resultado desse processo é que aquilo a
que Erickson se refere como nossa mente inconsciente
recebe e responde a um conjunto de mensagens das
quais desconhecemos totalmente. Sem consciência,

(2) Each of us went through an extended
learning experience between the ages of two and five
as we learned to speak and understand the natural
language system called English. As we did this, we
began by learning to respond to, and produce
sequences of, English words which were simpler in
their structure than adult English; these simpler
patterns are called child grammars. These child
grammars are entirely distinctive from the grammar of
adult English but are fully regular in their patterning.
... The mental abilities of a little child seem to
be rather limited in many ways, yet he masters the
exceedingly complex structure of his native language
in the course of a short three or four years. What is
more, each child, exposed to a different sample of the
language, and generally with little or no conscious
tuition on the part of his parents, arrives at essentially
the same grammar in this brief span. That is to say,
each child rapidly becomes a full-fledged member of
his language community, able to produce and
comprehend an endless variety of novel yet meaningful
utterances in the language he has mastered... Until
recently, behavioristic psychology looked upon
language, and the task of first language learning, as
just another form of human behavior which could be
reduced to the laws of conditioning. The picture we are
now beginning to form, however, is that of a child who
is creatively constructing his language on his own, in
accordance with innate and intrinsic capacities – a
child who is developing new theories of the structure of
the language, modifying and discarding old theories as
he goes.
It seems clear to us now that children form a
variety of word categories of their own - based on the
functions of words in their own language systems - and
so words must be looked at in the light of the child's
total system, rather than in terms of the adult system,
which he has not yet mastered... When the child starts
putting two words together one can begin investigating
his active grammar. The examples presented below
demonstrate that child language is structured from this
point on, that it soon can be characterized by
hierarchical structures, that it tends to be regular, that
the structures change with age, and that they do not
always correspond to adult structures.
não desafiamos as mensagens, mas simplesmente
respondemos.
(2) Cada um de nós passou por uma longa
experiência de aprendizado entre as idades de dois e
cinco anos, conforme aprendíamos a falar e entender
o sistema de linguagem natural chamado inglês. Ao
fazer isso, começamos aprendendo a responder e
produzir sequências de palavras em inglês que eram
mais simples em sua estrutura do que o inglês adulto;
esses padrões mais simples são chamados de
gramáticas infantis. Essas gramáticas infantis são
inteiramente distintas da gramática do inglês adulto,
mas são totalmente regulares em seus padrões.
... As habilidades mentais de uma criança
parecem ser bastante limitadas em muitos aspectos,
mas ela domina a estrutura extremamente complexa de
sua língua nativa no decorrer de apenas três ou quatro
anos. Além disso, cada criança, exposta a uma
amostra diferente da língua, e geralmente com pouca
ou nenhuma instrução consciente por parte de seus
pais, chega essencialmente à mesma gramática neste
breve período. Ou seja, cada criança rapidamente se
torna um membro de pleno direito de sua comunidade
linguística, capaz de produzir e compreender uma
variedade infinita de enunciados novos, mas
significativos, na linguagem que ele domina... Até
recentemente, a psicologia behaviorista olhava para a
linguagem, e a tarefa de aprender a primeira língua,
como apenas mais uma forma de comportamento
humano que poderia ser reduzida às leis do
condicionamento. A imagem que agora estamos
começando a formar, no entanto, é a de uma criança
que está construindo criativamente sua linguagem por
conta própria, de acordo com suas capacidades inatas
e intrínsecas - uma criança que está desenvolvendo
novas teorias da estrutura da linguagem, modificando
e descartando velhas teorias à medida que avança.
Parece claro para nós agora que as crianças
formam uma variedade de categorias de palavras pró-
prias - com base nas funções das palavras em seus
próprios sistemas de linguagem - e, portanto, as pa-
lavras devem ser vistas à luz do sistema total da cri-
ança, e não em termos do sistema adulto, que ela ainda
não domina... Quando a criança começa a juntar duas
palavras, pode-se começar a investigar sua gramática
ativa. Os exemplos apresentados a seguir demonstram
que a linguagem infantil se estrutura a partir deste
ponto, que logo pode ser caracterizada por estruturas
hierárquicas, que tende a ser regular, que as
estruturas mudam com a idade e que nem sempre
correspondem às estruturas dos adultos.

Some of the message units (take set B as an
example) which Erickson creates by his analogical
marking of the total communication are not well-
formed sequences of adult grammars; critically,
however, they are strongly reminiscent of the patterns
which each of us employed during our learning
experiences between the ages of two and five. Thus, to
understand the message carried by the sequence of
words and phrases in the message units separated by
analogical marking by Erickson, it is likely that we
access the grammatical mechanisms which we
employed as children. This helps to explain the almost
inevitable phenomenon of age regression which
"spontaneously" occurs when this technique is used.
(3) One of the most intriguing findings of the
research which has been done by psycholinguists and
linguists is that the different stages in child grammars
as the child moves from apparently total incompetence
with language structures to full competence tend to
have the same simplified patterns at each stage
independently of the child and of the language which
the child is learning (see Slobin, 1974; McNeill, 1970
for a more detailed presentation). This fact along with
a number of other considerations have led researchers
to the Universal Grammar hypothesis (see Chomsky,
1965; Grinder and Elgin, 1973, Chapter 13). In
essence, the Universal Grammar hypothesis states that
we begin life with a pre-wired set of distinctions which
is the basis upon which we build as we learn .to
understand and speak the amazingly complex system of
natural language to which we are exposed between two
and five years of age. From the extensive literature of
cases of brain damage (see, especially, Goldstein,
Lenneberg, Geschwind) and neurological mapping of
localized brain functions (see, especially, Penfield,
Gazzinga, Eccles, Sperry), we find that, apparently,
each of the cerebral hemispheres has the potential to
become the so-called dominant hemisphere - the
location of the language system. For example, children
who are the victims of brain injury to the dominant
cerebral hemisphere after they have begun or even
largely completed the task of learning to understand
and speak a language, initially lose their linguistic
skills but rapidly regain them. In this process they
exhibit the same set of child grammar patterns which
they showed during their initial learning periods. The
intersection of these two findings leads us to the
conclusion that each of the cerebral hemispheres has
the wired-in circuits known as universal grammar. As
Erickson decomposes his total communication
Psycholinguistics, by Dan Slobin, pp. 40-41.
Scott, Foreman, & Co., 1971.
Algumas das unidades de mensagem (tome o
conjunto B como exemplo) que Erickson cria por sua
marcação analógica da comunicação total não são
sequências bem formadas de gramáticas adultas; criti-
camente, porém, eles lembram fortemente os padrões
que cada um de nós empregou durante nossas expe-
riências de aprendizagem entre as idades de dois e cin-
co anos. Assim, para compreender a mensagem vei-
culada pela sequência de palavras e frases nas
unidades de mensagem separadas por marcação
analógica de Erickson, é provável que tenhamos
acesso aos mecanismos gramaticais que empregamos
quando crianças. Isso ajuda a explicar o fenômeno
quase inevitável da regressão da idade que ocorre
“espontaneamente” quando essa técnica é usada.
(3) Uma das descobertas mais intrigantes da
pesquisa feita por psicolinguistas e lingüistas é que os
diferentes estágios nas gramáticas infantis conforme a
criança passa de uma incompetência aparentemente
total com estruturas de linguagem para uma compe-
tência total tendem a ter os mesmos padrões sim-
plificados em cada estágio independentemente da
criança e da linguagem que a criança está aprendendo
(ver Slobin, 1974; McNeill, 1970 para uma
apresentação mais detalhada). Esse fato, junto com
uma série de outras considerações, levou os pesqui-
sadores à hipótese da Gramática Universal (ver
Chomsky, 1965; Grinder e Elgin, 1973, Capítulo 13).
Em essência, a hipótese da Gramática Universal
afirma que começamos a vida com um conjunto pré-
estabelecido de distinções que é a base sobre a qual
construímos à medida que aprendemos. Ao compre-
ender e falar o sistema incrivelmente complexo de
linguagem natural ao qual somos expostos entre dois
e cinco anos de idade. A partir da extensa literatura de
casos de danos cerebrais (ver, especialmente,
Goldstein, Lenneberg, Geschwind) e mapeamento
neurológico de funções cerebrais localizadas (ver,
especialmente, Penfield, Gazzinga, Eccles, Sperry),
descobrimos que, aparentemente, cada um dos
hemisférios cerebrais tem o potencial de se tornar o
chamado hemisfério dominante - a localização do
sistema de linguagem. Por exemplo, crianças que são
vítimas de lesão cerebral no hemisfério cerebral
dominante depois de terem começado ou mesmo
concluído amplamente a tarefa de aprender a
compreender e falar uma língua, inicialmente perdem
suas habilidades linguísticas, mas as recuperam
rapidamente. Nesse processo, eles exibem o mesmo
conjunto de padrões gramaticais infantis que exibiam
durante os períodos iniciais de aprendizagem. A
marking the separate message units analogically, some
of the sets (again, set B in the example) are composed
of patterns which approach the simplicity of patterning
characteristic of universal grammar. (There also exists
some evidence that the non-dominant hemisphere
stores frequently occurring whole words and phrases
with their meanings.) As the dominant hemisphere is
occupied with the normal processing of the wellformed
total communication, the separate message units,
carrying their simpler patterns, are available to the
non-dominant hemisphere. In this way it is possible for
us to receive and respond to messages accepted in the
nondominant hemisphere without any consciousness of
it.
These three considerations, while not
exhausting the possibilities of Erickson's analogical
marking of language material, provide a beginning
basis for the analysis of the extraordinary power and
effectiveness of this technique.
Huxley aroused, rubbed his eyes, and
remarked, "I have a most extraordinary feeling that I
have been in a profound trance, but it has been a most
sterile experience. I recall you suggesting that I go
deeper in a trance, and I felt myself to be most
compliant, and though I feel much time has elapsed, I
truly believe a state of Deep Reflection would have
been more fruitful."
Since he did not specifically ask the time, a
desultory conversation was conducted in which
Huxley compared the definite but vague appreciation
of external realities of the light trance with the more
definitely decreased awareness of externalities in the
medium trance which is accompanied by a peculiar
sense of minor comfort that those external realities can
become secure actualities at any given moment.
He was then asked about realities in the deep
trance from which he had just recently aroused. He
replied thoughtfully that he could recall vaguely
feeling that he was developing a deep trance but that no
memories came to mind associated with it. After some
discussion of hypnotic amnesia and the possibility that.
he might be manifesting such a phenomenon, he
laughed with amusement and stated that such a topic
would be most intriguing to discuss. After still further
desultory conversation, he was asked a propos of
interseção dessas duas descobertas nos leva à
conclusão de que cada um dos hemisférios cerebrais
possui os circuitos conectados conhecidos como
gramática universal. Como Erickson decompõe sua
comunicação total marcando as unidades de
mensagem separadas analogicamente, alguns dos
conjuntos (novamente, o conjunto B no exemplo) são
compostos de padrões que se aproximam da
simplicidade de padronização característica da
gramática universal. (Também existe alguma
evidência de que o hemisfério não dominante
armazena palavras e frases inteiras que ocorrem com
frequência com seus significados.) Como o hemisfério
dominante está ocupado com o processamento normal
da comunicação total bem formada, as unidades de
mensagem separadas, carregando seus padrões mais
simples, estão disponíveis para o hemisfério não
dominante. Desta forma, é possível recebermos e
respondermos às mensagens aceitas no hemisfério não
dominante, sem qualquer consciência disso.
Essas três considerações, embora não esgotem
as possibilidades da marcação analógica de Erickson
do material da linguagem, fornecem uma base inicial
para a análise do extraordinário poder e eficácia
dessa técnica.
Huxley despertou, esfregou os olhos e co-
mentou: “Tenho uma sensação extraordinária de que
entrei em um transe profundo, mas foi uma experiência
muito estéril. Lembro-me de você sugerir que eu en-
trasse em um transe mais profundo e senti para ser mais
complacente, e embora sinta que muito tempo se
passou, realmente acredito que um estado de Reflexão
Profunda teria sido mais frutífero.”
Uma vez que ele não perguntou especi-
ficamente o tempo, uma conversa desconexa foi con-
duzida na qual Huxley comparou a avaliação definida,
mas vaga, das realidades externas do transe leve com a
consciência mais definitivamente diminuída das exter-
nalidades no transe médio, que é acompanhada por
uma sensação peculiar de pequeno conforto de que
essas realidades externas podem se tornar realidades
seguras a qualquer momento.
Ele foi então questionado sobre as realidades
do transe profundo do qual ele havia acabado de des-
pertar. Ele respondeu, pensativo, que se lembrava va-
gamente de sentir que estava desenvolvendo um transe
profundo, mas que nenhuma lembrança associada a ele
vinha à mente. Depois de alguma discussão sobre am-
nésia hipnótica e a possibilidade disso. ele poderia estar
manifestando tal fenômeno, ele riu divertido e afirmou
que tal tópico seria muito intrigante para discutir. De-
nothing, "In what vestibule would you place that
chair?" (indicating a nearby armchair). His reply was
remarkable. "Really, Milton, that is a most
extraordinary question. Frightfully so! It is quite
without meaning, but that word 'vestibule' has a strange
feeling of immense, anxious warmth about it. Most
extraordinarily fascinating!" He lapsed into a puzzled
thought for some minutes and finally stated that if there
were any significance, it was undoubtedly some
fleeting esoteric association. After further casual
conversation, I remarked, "As for the edge where I was
sitting, I wonder how deep the ravine was." To this
Huxley replied, "Really, Milton, you can be most
frightfully cryptic. Those words 'vestibule: 'edge:
'ravine' have an extraordinary effect upon me. It is most
indescribable. Let me see if I can associate some
meaning with them." For nearly 15 minutes Huxley
struggled vainly to secure some meaningful
associations with those words, now and then stating
that my apparently purposive but unrevealing use of
them constituted a fu II assurance that there was a
meaningful significance which should be apparent to
him. Finally, he disclosed with elation, "I have it now.
Most extraordinary how it escaped me. I'm fully aware
that you had me in a trance and unquestionably those
words had something to do with the deep trance which
seemed to be so sterile to me. I wonder if I can recover
my associations."
After about 20 minutes of silent, obviously
intense, thought on his part, Huxley remarked, "If those
words do have a significance, I can truly say that I have
a most profound hypnotic amnesia. I have attempted
Deep Reflection, but I have found my thoughts
centering around my mescaline experiences. It was
nideed difficult to tear myself away from those
thoughts. I had a feeling that I was employing them to
preserve my amnesia. Shall we go on for another half
hour on other matters to see if there is any spontaneous
recall in association with 'vestibule: 'edge: and 'ravine?'
" espontânea associada a ‘vestíbulo’, ‘borda’, e
Various topics were discussed until finally
Huxley said, "It is a most extraordinary feeling of
meaningful warmth those words have for me, but I am
utterly, I might say frightfully, helpless. I suppose I will
have to depend upon you for something, whatever that
may be. It's extraordinary, most extraordinary."
pois de mais uma conversa desconexa, ele foi ques-
tionado sobre nada: “Em que vestíbulo você colocaria
essa cadeira?” (indicando uma poltrona próxima). Sua
resposta foi notável. “Realmente, Milton, essa é uma
pergunta extremamente extraordinária. Assustadora! É
totalmente sem significado, mas aquela palavra
'vestíbulo' tem uma sensação estranha de calor imenso
e ansioso sobre ela. Extremamente fascinante!” Ele
caiu em um pensamento intrigado por alguns minutos
e finalmente afirmou que, se havia algum significado,
era sem dúvida alguma associação esotérica fugaz.
Depois de mais uma conversa casual, comentei:
“Quanto à borda onde eu estava sentado, me pergunto
a que profundidade a ravina era”. A isso Huxley
respondeu: “Realmente, Milton, você pode ser
assustadoramente enigmático. Essas palavras
‘vestíbulo’, ‘borda’, ‘ravina’ têm um efeito extra-
ordinário sobre mim. É muito indescritível. Deixe-me
ver se posso associar algum significado a eles.” Por
quase quinze minutos, Huxley lutou em vão para
assegurar algumas associações significativas com
essas palavras, de vez em quando afirmando que meu
uso aparentemente proposital, mas não revelador,
constituía uma garantia total de que havia um
significado significativo que deveria ser aparente para
ele. Por fim, ele revelou com entusiasmo: “Agora
estou. Mais extraordinário como me escapou. Estou
plenamente ciente de que você me colocou em transe
e, sem dúvida, essas palavras têm algo a ver com o
transe profundo que parecia tão estéril para mim. Eu
me pergunto se posso recuperar minhas associações.”
Após cerca de 20 minutos de silêncio, obvi-
amente de intenso pensamento de sua parte, Huxley
observou: “Se essas palavras têm um significado,
posso realmente dizer que estou com uma amnésia
hipnótica profunda. Tentei Reflexão Profunda, mas
descobri meus pensamentos centrados em minhas
experiências com a mescalina. Foi realmente difícil me
afastar desses pensamentos. Tive a sensação de que os
estava empregando para preservar minha amnésia.
Devemos continuar por mais meia hora em outros
assuntos para ver se há qualquer recordação
‘ravina’?”
Vários tópicos foram discutidos até que final-
mente Huxley disse: “É um sentimento mais extra-
ordinário de calor significativo que essas palavras têm
para mim, mas estou totalmente, poderia dizer
assustadoramente, desamparado. Suponho que terei
que depender de você para algo, seja o que for pode ser.
É extraordinário, extraordinário.”
 This comment I deliberately bypassed but
during the ensuing conversation Huxley was observed
to have a most thoughtful puzzled expression on his
face, though he made no effort to press me for
assistance. After some time, I commented with quiet
emphasis, "Well, perhaps now matters will become
available." From his lounging comfortable position in
his chair, Huxley straightened up in a startled amazed
fashion and then poured forth a torrent of words too
rapid to record except for occasional notes.
In essence, his account was that the word
"available" had the effect of drawing back an amnestic
curtain, laying bare a most astonishing subjective
experience that had miraculously been "wiped out" by
the words "leave behind" and had been recovered in
toto by virtue of the cue words of "become available."
Here Erickson once again demonstrates his
refined ability to enter and operate in the model of the
world presented to him by the client. Accepting without
objection Huxley's comment that his experience in
deep trance had been "a most sterile experience,"
Erickson creates an experience with Huxley which
allows Huxley to come to understand the possibilities
of deep trance phenomenon. Specifically, Erickson
works to create an experience in which Huxley will
both exhibit amnesia and be partially aware that
something extraordinary is occurring. With his
sensitivity to the linguistic representation given by
Huxley while in deep trance, Erickson selects several
of the actual words which Huxley used during the
period for which he had amnesia. Erickson begins to
question Huxley. Huxley reacts markedly; specifically,
when Erickson uses the words employed by Huxley
during the portion of his deep trance for which he has
amnesia, Huxley responds with statements such as: ...
that word "vestibule" has a strange feeling of immense,
anxious warmth... ... I had a feeling that I... ... feeling
of meaningful warmth...
One of the interesting dimensions of Huxley's
experience here is that certain words have acquired a
seemingly irresistible power. Specifically, when
Huxley hears the words vestibule, edge or ravine, he
experiences a kinesthetic sensation. And he
experiences this body sensation apparently without any
choice in the matter. This process connects solidly with
several portions of our experience in the therapeutic
context. In both our work with certain types of
psychosomatic diseases (e.g., asthma, stuttering) and
Este comentário eu deliberadamente contornei,
mas durante a conversa que se seguiu, Huxley foi
observado com uma expressão intrigada e pensativa no
rosto, embora ele não tenha feito nenhum esforço para
me pressionar por ajuda. Depois de algum tempo,
comentei com ênfase discreta: “Bem, talvez agora as
coisas estejam disponíveis.” De sua confortável
posição recostada em sua cadeira, Huxley endireitou-
se de uma forma espantada e então derramou uma
torrente de palavras muito rápidas para registrar, exceto
por notas ocasionais.
Em essência, seu relato foi que a palavra
“disponível” teve o efeito de puxar uma cortina am-
néstica, revelando uma experiência subjetiva surpre-
endente que tinha sido milagrosamente “apagada”
pelas palavras “deixar para trás” e tinha sido
recuperada totalmente em virtude das palavras-chave
“torne-se disponível”.
Aqui Erickson demonstra mais uma vez sua
habilidade refinada de entrar e operar no modelo de
mundo que lhe foi apresentado pelo cliente. Aceitando
sem objeção o comentário de Huxley de que sua
experiência em transe profundo tinha sido “uma expe-
riência muito estéril”, Erickson cria uma experiência
com Huxley que permite a Huxley vir a compreender
as possibilidades do fenômeno de transe profundo.
Especificamente, Erickson trabalha para criar uma
experiência na qual Huxley exibirá amnésia e ficará
parcialmente ciente de que algo extraordinário está
acontecendo. Com sua sensibilidade para a repre-
sentação linguística dada por Huxley enquanto em
transe profundo, Erickson seleciona várias das
palavras reais que Huxley usou durante o período
para o qual ele teve amnésia. Erickson começa a
questionar Huxley. Huxley reage acentuadamente;
especificamente, quando Erickson usa as palavras
empregadas por Huxley durante a parte de seu transe
profundo para a qual ele tem amnésia, Huxley
responde com afirmações como: ...essa palavra
“vestíbulo” tem uma estranha sensação de calor
imenso e ansioso... ...Tive a sensação de que...
...sensação de calor significativo...
Uma das dimensões interessantes da expe-
riência de Huxley aqui é que certas palavras adquiriram
um poder aparentemente irresistível. Especificamente,
quando Huxley ouve as palavras vestíbulo, borda ou
ravina, ele experimenta uma sensação cinestésica. E
ele experimenta essa sensação corporal aparentemente
sem qualquer escolha a respeito. Esse processo se
conecta solidamente a várias partes de nossa experi-
ência no contexto terapêutico. Tanto em nosso trabalho
com certos tipos de doenças psicossomáticas (por
with certain frequently occurring types of patterns of
failure to cope effectively in interpersonal
relationships, we have encountered what we have
come to call fuzzy functions. A fuzzy function (see
Magic II, Part III, for a detailed discussion) is a
situation in which a person receives a message in some
input channel (e.g., visually, auditorily) but, rather than
experiencing and storing that information or message
in the associated representational system, he represents
it in some other representational system. For example,
one of our clients who suffered from asthma
experienced asthma attacks whenever he heard the
word kill and other words associated with interpersonal
violence. Another of our clients flew into an
uncontrollable rage whenever she heard the word
Dolly. Clients whose model of the world specifies that
they behave as though they have no choice about what
they experience kinesthetically whenever they hear a
particular sound sequence are displaying the fuzzy
function which we call hear-feel. Accepting a model of
the world in which they have no control over certain
fuzzy functions reduces the choices that the clients
have in their coping behavior. Specifically, for
example, if each time the client hears a certain word he
"automatically" feels a certain way, then he no longer
has the ability to respond creatively; rather, he can only
react. The responsibility for his experience - literally,
the way he feds – lies outside himself and statements
such as: ‘He makes me feel angry … She frustrates the
hell out of me’ … are unfortunately accurate
representations of the client's experience. Formally
identical patterns exist in the other possible
combinations of input channel-representational
systems. For example, one of our clients experienced
intense panic feelings of fear whenever she saw a car
stopped on the inside lane of a highway which had four
lanes. This is an example of the fuzzy function we call
see-feel. In each of these cases, the authors used
enactment techniques and related skills involving the
systematic use of representational systems to assist the
client in changing so that she had a choice about feeling
the sound and sights she had received or stored in the
corresponding representational system. (These
techniques are described extensively in Magic II, Parts
I, II and III.) The point here is that fuzzy functions are
not bad or crazy; they form the basis for much pleasure
and creativity in our experience. They are, however, in
certain contexts a restriction of the choices that a
human being has about what portions of the world are
available to him (phobias, for example). Thus, the
therapeutic techniques which we have developed are
designed not to remove or destroy these fuzzy function
processes, but rather to assist clients in gaining control
and choice over these circuits. We notice, also, that
exemplo, asma, gagueira) e com certos tipos frequentes
de padrões de falha em lidar com eficácia nas relações
interpessoais, encontramos o que passamos a chamar
de funções difusas. Uma função difusa (consulte A
Estrutura da Magia II, Parte III, para uma discussão
detalhada) é uma situação em que uma pessoa recebe
uma mensagem em algum canal de entrada (por
exemplo, visualmente, auditivamente), mas, em vez de
experimentar e armazenar essa informação ou mensa-
gem no sistema representacional associado, ele o repre-
senta em algum outro sistema representacional. Por
exemplo, um de nossos clientes que sofria de asma teve
ataques de asma sempre que ouvia a palavra matar e
outras palavras associadas à violência interpessoal.
Outra de nossas clientes ficou com uma raiva incon-
trolável sempre que ouviu a palavra Dolly. Clientes
cujo modelo de mundo especifica que eles se com-
portam como se não tivessem escolha sobre o que
experimentam cinestesicamente sempre que ouvem
uma sequência de som particular, estão exibindo a
função difusa que chamamos de ouvir-sentir. Aceitar
um modelo de mundo no qual eles não têm controle
sobre certas funções difusas reduz as escolhas que os
clientes têm em seu comportamento de enfrentamento.
Especificamente, por exemplo, se cada vez que o
cliente ouve uma determinada palavra ele “automa-
ticamente” se sente de uma determinada maneira, ele
não tem mais a capacidade de responder criativamente;
em vez disso, ele só pode reagir. A responsabilidade
por sua experiência - literalmente, a maneira como ele
alimenta - está fora de si mesmo e afirmações como:
‘Ele me deixa com raiva ... Ela me deixa muito
frustrado’ são representações infelizmente precisas da
experiência do cliente. Padrões formalmente idênticos
existem nas outras combinações possíveis de sistemas
de representação de canal de entrada. Por exemplo,
uma de nossas clientes experimentou intensos senti-
mentos de pânico e medo sempre que viu um carro
parado na faixa interna de uma rodovia que tinha
quatro faixas. Este é um exemplo da função difusa que
chamamos de ver-sentir. Em cada um desses casos, os
autores usaram técnicas de encenação e habilidades
relacionadas envolvendo o uso sistemático de sistemas
representacionais para ajudar o cliente a mudar, de
modo que ela tivesse a opção de sentir o som e as
imagens que recebeu ou armazenou na representação
correspondente sistema. (Essas técnicas são descritas
extensivamente em A Estrutura da Magia II, Partes I,
II e III.) O ponto aqui é que funções difusas não são
ruins ou malucas; eles formam a base de muito prazer
e criatividade em nossa experiência. São, no entanto,
em certos contextos, uma restrição das escolhas que
um ser humano tem sobre quais porções do mundo
estão disponíveis para ele (fobias, por exemplo).
these same patterns occur at the cultural or societal
level. Certain classes of experience are specified as
negative fuzzy function and identified as taboo - for
example, pornography is identified culturally in this
country (U.S.A.) as a negative see-feel; similarly, the
culture has proscribed the use of those words which
describe certain body experiences such as fucking,
shitting, etc; that is, they have been identified as
negative hear-feels. Conversely, the cultural standards
of physical beauty, grace, etc., and melody, rhythm,
etc., are simply the culturally identified, positively
valued fuzzy functions for see-feeling and hear-feeling,
respectively. Furthermore, the cultural differences
exhibited by the various national and ethnic groups can
be easily represented in terms of the fuzzy functions
selected as positive and negative, as are the differences
between the cultural standard requirements for the
sexes, both within a cultural or ethnic group and across
different groups. The significance of the Erickson-
Huxley interchange in this portion of the article is that
it demonstrates that fuzzy-function circuits are learned,
and, more importantly. it demonstrates the value of
hypnosis as a research tool to begin the exploration of
the process of this type of human circuitry. Erickson
has shown a life-long sensitivity for this dramatic and
exciting possibility. Very early in his career he
explored the various phenomena of hypnotically
induced deafness and color blindness (see Erickson,
1938a and b).
Finally, note that Erickson shows his usual
sensitivity to the person with whom he is working. He
allows Huxley to explore different ways of recovering
the material associated with the hear-feel circuits
which have been established. Huxley is creative in his
attempts to overcome the amnesia which is at the root
of the hear-feel circuits he is experiencing. When
Huxley has spent some considerable time in this
attempt, Erickson simply mentions one of the cue
phrases which he had marked analogically as
belonging to set B - the set of cue words and phrases
which will allow Huxley to recover his memories. The
results are dramatic. This sequence, again, shows the
value of hypnotically induced fuzzy functions as a
research instrument for the exploration of human
neurological potential - altered states of consciousness.
Assim, as técnicas terapêuticas que desenvolvemos
não são projetadas para remover ou destruir esses
processos de função difusa, mas sim para ajudar os
clientes a obter controle e escolha sobre esses circuitos.
Notamos, também, que esses mesmos padrões ocorrem
no nível cultural ou social. Certas classes de expe-
riência são especificadas como função difusa negativa
e identificadas como tabu - por exemplo, a pornografia
é identificada culturalmente neste país (EUA) como
uma sensação negativa; da mesma forma, a cultura
proibiu o uso de palavras que descrevem certas expe-
riências corporais como foder, cagar etc; isto é, eles
foram identificados como sensações auditivas nega-
tivas. Por outro lado, os padrões culturais de beleza
física, graça e melodia, ritmo etc., são simplesmente as
funções difusas culturalmente identificadas e positi-
vamente valorizadas para ver-sentir e ouvir-sentir, res-
pectivamente. Além disso, as diferenças culturais exi-
bidas pelos vários grupos nacionais e étnicos podem
ser facilmente representadas em termos das funções
difusas selecionadas como positivas e negativas, assim
como as diferenças entre os requisitos de padrões
culturais para os sexos, ambos dentro de uma pessoa
ou grupo étnico e em diferentes grupos. A importância
da troca de Erickson-Huxley nesta parte do artigo é que
ela demonstra que os circuitos de função difusa são
aprendidos e, mais importante. demonstra o valor da
hipnose como ferramenta de pesquisa para iniciar a
exploração do processo desse tipo de circuito humano.
Erickson mostrou uma sensibilidade ao longo da vida
para essa possibilidade dramática e emocionante.
Muito cedo em sua carreira, ele explorou os vários
fenômenos da surdez induzida por hipnose e
daltonismo (ver Erickson, 1938a eb).
Finalmente, observe que Erickson mostra sua
sensibilidade usual para a pessoa com quem está
trabalhando. Ele permite que Huxley explore dife-
rentes maneiras de recuperar o material associado aos
circuitos de ouvir e sentir que foram estabelecidos.
Huxley é criativo em suas tentativas de superar a am-
nésia que está na raiz dos circuitos auditivos que está
experimentando. Quando Huxley passou um tempo
considerável nessa tentativa, Erickson simplesmente
menciona uma das frases-guia que ele marcou analo-
gicamente como pertencente ao conjunto B - o con-
junto de palavras-chave e frases que permitirão a
Huxley recuperar suas memórias. Os resultados são
dramáticos. Esta sequência, mais uma vez, mostra o
valor das funções das induções difusas realizadas
hipnoticamente como um instrumento de pesquisa para
a exploração do potencial neurológico humano – es-
tados alterados de consciência.
 He explained that he now realized that he had
developed a "deep trance," a psychological state far
different from his state of Deep Reflection, that in Deep
Reflection there was an attenuated but unconcerned
and unimportant awareness of external reality, a
feeling of being in a known sensed state of subjective
awareness, of a feeling of control and a desire to utilize
capabilities and in which past memories, learnings,
and experiences flowed freely and easily. Along with
this flow there would be a continuing sense in the self
that these memories, learnings, experiences, and
understandings, however vivid, were no more than just
such an orderly meaningful alignment of psychological
experiences out of which to form a foundation for a
profound, pleasing, subjective emotional state from
which would flow comprehensive understandings to be
utilized immediately and with little conscious effort.
The deep trance state, he asserted, he now
knew to be another and entirely different category of
experience. External reality could enter but it acquired
a new kind of subjective reality, a special reality of a
new and different significance entirely. For example,
while I had boon included in part in his deep trance
state, it was not as a specific person with a specific
identity. Instead, I was known only as someone whom
he (Huxley) knew in some vague and unimportant and
completely unidentified relationship.
Aside from my "reality," there existed the type
of reality that one encounters in vivid dreams, a reality
that one does not question. Instead, one accepts such
reality completely without intellectual questioning and
there are no conflicting contrasts nor judgmental
comparisons nor contradictions so that whatever is
subjectively experienced is unquestioningly accepted
as both subjectively and objectively genuine and in
keeping with all else.
In his deep trance, Huxley found himself in a
deep, wide ravine, high up on the steep side of which, ravina larga e profunda, bem no alto, no lado íngreme
on the very edge, I sat, identifiable only by name and do qual, bem na beira, eu estava sentado, identificável
as annoyingly verbose. apenas pelo nome e como irritantemente prolixo.
Before him, in a wide expanse of soft, dry sand
was a nude infant lying on its stomach. Acceptingly,
unquestioning of its actuality, Huxley gazed at the
infant, vastly curious about its behavior, vastly intent
on trying to understand its flailing movements with its
hands and the creeping movements of its legs. To his
Ele explicou que agora percebeu que havia
desenvolvido um “transe profundo”, um estado
psicológico muito diferente de seu estado de Reflexão
Profunda, que em Reflexão Profunda havia uma
consciência atenuada, mas despreocupada e sem im-
portância da realidade externa, uma sensação de estar
em um estado conhecido, percebido de consciência
subjetiva, de um sentimento de controle e um desejo de
utilizar capacidades e no qual memórias passadas,
aprendizados e experiências fluíram livre e facilmente.
Junto com esse fluxo, haveria uma sensação contínua
no eu de que essas memórias, aprendizados, expe-
riências e entendimentos, embora vívidos, não eram
mais do que apenas um alinhamento ordenado signi-
ficativo de experiências psicológicas a partir do qual
formar uma base para um estado profundo, um estado
emocional subjetivo e agradável, do qual fluiriam
compreensões abrangentes para serem utilizados
imediatamente e com pouco esforço consciente.
O estado de transe profundo, afirmou ele,
agora sabia ser outra categoria de experiência
totalmente diferente. A realidade externa poderia
entrar, mas adquiriu um novo tipo de realidade
subjetiva, uma realidade especial de um significado
inteiramente novo e diferente. Por exemplo, embora eu
estivesse incluído em parte em seu estado de transe
profundo, não era como uma pessoa específica com
uma identidade específica. Em vez disso, eu era
conhecido apenas como alguém que ele (Huxley)
conhecia em algum relacionamento vago, sem
importância e completamente não identificado.
Além da minha “realidade”, existia o tipo de
realidade que se encontra em sonhos vívidos, uma
realidade que não se questiona. Em vez disso, aceita-
se tal realidade completamente sem questionamento
intelectual e não há contrastes conflitantes, nem
comparações de julgamento, nem contradições, de
modo que tudo o que é experimentado subjetivamente
é aceito inquestionavelmente como subjetivo e
objetivamente genuíno e em conformidade com tudo o
mais.
Em seu transe profundo, Huxley se viu em uma
Diante dele, em uma vasta extensão de areia
macia e seca, estava um bebê nu deitado de bruços. De
forma aceitável, sem questionar sua realidade, Huxley
olhou para o bebê, muito curioso sobre seu compor-
tamento, muito decidido a tentar compreender seus
movimentos de agitação com as mãos e os movimentos
amazement, he felt himself experiencing a vague
curious sense of wonderment as if he himself were the
infant and looking at the soft sand and trying to
understand what it was.
As he watched, he became annoyed with me
since I was apparently trying to talk to him, and he
experienced a wave of impatience and requested that I
be silent. He turned back and noted that the infant was
growing before his eyes, was creeping, sitting,
standing, toddling, walking, playing, talking. In utter
fascination he watched this growing child, sensed its
subjective experiences of learning, of wanting, of
feeling. He followed it in distorted time through a
multitude of experiences as it passed from infancy to
childhood to school days to early youth to teenage. He
watched the child's physical development, sensed its
physical and subjective mental experiences,
sympathized with it, emphathized with it, rejoiced with
it, thought and wondered and learned with it. He felt as
one with it, as if it were he himself, and he continued to
watch it until finally he realized that he had watched
that infant grow to the maturity of 23 years. He stepped
closer to see what the young man was looking at, and
suddenly realized that the young man was Aldous
Huxley himself, and that this Aldous Huxley was
looking at another Aldous Huxley, obviously in his
early fifties, just across the vestibule in which they both
were standing; and that he, aged 52, was looking at
himself, Aldous, aged 23. Then Aldous, aged 23, and
Aldous, aged 52, apparently realized simultaneously
that they were looking at each other and the curious
questions at once arose in the mind of each of them.
For one the question was, "Is that my idea of what I'll
be like when I am 52?" and, "Is that really the way I
appeared when I was 23?" Each was aware of the
question in the other's mind. Each found the question
of "extraordinarily fascinating interest" and each tried
to determine which was the "actual reality" and which
was the "mere subjective experience outwardly
projected in hallucinatory form."
To each, the past 23 years was an open book,
all memories and events were clear, and they
recognized that they shared those memories in
common, and to each only wondering speculation
offered a possible explanation of any of the years
between 23 and 52.
They looked across the vestibule (this
"vestibule" was not defined) and up at the edge of the (este “vestíbulo” não foi definido) e para a beira da
ravine where I was sitting. Both knew that that person ravina onde eu estava sentado. Ambos sabiam que
de arrastamento de suas pernas. Para seu espanto, ele
se sentiu experimentando uma vaga e curiosa
sensação de admiração, como se ele próprio fosse o
bebê olhando para a areia fofa e tentando entender o
que era.
Enquanto ele observava, ele ficou irritado co-
migo, já que aparentemente eu estava tentando falar
com ele, e ele experimentou uma onda de impaciência
e pediu que eu ficasse em silêncio. Ele se virou e notou
que o bebê estava crescendo diante de seus olhos,
rastejando, sentado, em pé, engatinhando, andando,
brincando, falando. Em absoluta fascinação, ele
observou essa criança em crescimento, sentiu suas
experiências subjetivas de aprendizagem, de querer,
de sentir. Ele a acompanhou em um tempo distorcido
por meio de uma infinidade de experiências, desde a
infância aos dias de escola, à juventude e à
adolescência. Ele observava o desenvolvimento físico
da criança, sentia suas experiências físicas e mentais
subjetivas, simpatizava com ele, enfatizava, alegrava-
se com ele, pensava e se maravilhava e aprendia com
ele. Ele se sentia como ele, como se fosse ele mesmo, e
continuou a observá-lo até que finalmente percebeu
que tinha visto aquele bebê crescer até a maturidade
de 23 anos. Ele se aproximou para ver o que o jovem
estava olhando e de repente percebeu que o jovem era
o próprio Aldous Huxley, e que este Aldous Huxley
estava olhando para outro Aldous Huxley, obviamente
em seus cinquenta e poucos anos, do outro lado do
vestíbulo em que eles ambos estavam de pé; e que ele,
de 52 anos, olhava para si mesmo, Aldous, de 23 anos.
Então Aldous, de 23 anos, e Aldous, de 52 anos,
aparentemente perceberam simultaneamente que se
olhavam e as curiosas questões surgiram imediata-
mente na mente de cada um deles. Para um, a pergunta
era: “Essa é a minha ideia de como serei quando tiver
52 anos?” e “É realmente assim que eu parecia
quando tinha 23 anos?” Cada um estava ciente da
questão na mente do outro. Cada um encontrou a
questão de “interesse extraordinariamente fascinan-
te” e cada um tentou determinar qual era a “realidade
real” e qual era a “mera experiência subjetiva proje-
tada externamente em forma alucinatória”.
Para cada um, os últimos 23 anos foram um
livro aberto, todas as memórias e eventos eram claros,
e eles reconheceram que compartilhavam essas memó-
rias em comum, e para cada um apenas especulações
imaginativas ofereciam uma explicação possível para
qualquer um dos anos entre 23 e 52.
Eles olharam para o outro lado do vestíbulo
sitting there had some undefined significance, was
named Milton, and could be spoken to by both. The
thought came to both, could he hear both of them, but
the test failed because they found that they spoke
simultaneously, nor could they speak separately.
Slowly, thoughtfully, they studied each other.
One had to be real. One had to be a memory image or
a projection of a self-image. Should not Aldous, aged
52, have all the memories of the years from 23 to 52?
But if he did, how could he then see Aldous, aged 23,
without the shadings and colorations of the years that
had passed since that youthful age? If he were to view
Aldous, aged 23, clearly, he would have to blot out all
subsequent memories in order to see that youthful
Aldous clearly and as he then was. But if he were
actually Aldous, aged 23, why could he not
speculatively fabricate memories for the years between
23 and 52 instead of merely seeing Aldous as 52 and
nothing more? What manner of psychological blocking
could exist to effect this peculiar state of affairs? Each
found himself fully cognizant of the thinking and the
reasoning of the "other." Each doubted "the reality of
the other" and each found reasonable explanations for
such contrasting subjective experiences. The questions
arose repeatedly, by what measure could the truth be
established and of how did that unidentifiable person
possessing only a name sitting on the edge of a ravine
on the other side of the vestibule fit into the total
situation? Could that vague person have an answer?
Why not call to him and see?
With much pleasure and interest, Huxley
detailed his total subjective experience, speculating
upon the years of time distortion experienced and the
memory blockages creating the insoluble problem of
actual identity.
Finally, experimentally, the author remarked
casually, "Of course, all that could be left behind to mentou casualmente: “Claro, tudo o que poderia ser
become available at some later time." deixado para trás para se tornar disponível em algum
momento posterior.”
Immediately there occurred a re-establishment
of the original posthypnotic amnesia. Efforts were
made to disrupt this re-induced hypnotic amnesia by
veiled remarks, frank open statements, by a narration
of what had occurred. Huxley found my narrative
statements about an infant on the sand, a deep ravine,
a vestibule "curiously interesting," simply cryptic
remarks for which Huxley judged I had a purpose. But
they were not evocative of anything more. Each
statement I made was, in itself, actually uninformative
and intended only to arouse associations. Yet no results
aquela pessoa sentada ali tinha algum significado
indefinido, se chamava Milton e podia ser escutada
por ambos. O pensamento ocorreu a ambos, ele podia
ouvir os dois, mas o teste falhou porque eles
descobriram que falavam simultaneamente, nem
podiam falar separadamente.
Lentamente, pensativamente, eles se estuda-
ram. Um tinha que ser real. Era preciso ser uma ima-
gem de memória ou uma projeção de uma auto-
imagem. Aldous, de 52 anos, não deveria ter todas as
memórias dos anos 23 a 52? Mas, se o fizesse, como
poderia então ver Aldous, de 23 anos, sem os matizes
e colorações dos anos que se passaram desde aquela
juventude? Se ele visse Aldous, de 23 anos, clara-
mente, ele teria que apagar todas as memórias subse-
quentes para ver aquele jovem Aldous claramente e
como ele era então. Mas se ele fosse realmente Aldous,
aos 23 anos, por que não poderia especulativamente
fabricar memórias para os anos entre 23 e 52, em vez
de apenas ver Aldous como 52 e nada mais? Que tipo
de bloqueio psicológico poderia existir para efetuar
esse estado peculiar de coisas? Cada um encontrou-se
plenamente ciente do pensamento e do raciocínio do
“outro”. Cada um duvidou da “realidade do outro” e
cada um encontrou explicações razoáveis para essas
experiências subjetivas contrastantes. As perguntas
surgiram repetidamente: em que medida a verdade
poderia ser estabelecida e como aquela pessoa não
identificável, possuindo apenas um nome, sentada na
beira de uma ravina do outro lado do vestíbulo se
encaixava na situação total? Essa pessoa vaga poderia
ter uma resposta? Por que não ligar para ele e ver?
Com muito prazer e interesse, Huxley detalhou
sua experiência subjetiva total, especulando sobre os
anos de distorção do tempo experimentada e os blo-
queios de memória que criaram o problema insolúvel
da identidade real.
Finalmente, experimentalmente, o autor co-
Imediatamente ocorreu um restabelecimento
da amnésia pós-hipnótica original. Esforços foram
feitos para interromper essa amnésia hipnótica re-
induzida por comentários velados, declarações
francas e abertas, por uma narração do que havia
ocorrido. Huxley achou minhas declarações
narrativas sobre um bebê na areia, uma ravina
profunda, um vestíbulo “curiosamente interessante”,
simplesmente observações enigmáticas para as quais
Huxley julgou que eu tinha um propósito. Mas elas não
evocavam mais nada. Cada afirmação que fiz foi, por
were forthcoming until again the word "AVAILABLE"
resulted in the same effect as previously. The whole
account was related by Huxley a second time but
without his realization that he was repeating his
account. Appropriate suggestions when he had
finished his second narration resulted in a full
recollection of his first account. His reaction, after his
immediate astonishment, was to compare the two
accounts item by item. Their identity amazed him, and
he noted only minor changes in the order of narration
and the choice of words.
There are two patterns here which we find of
interest: first, if the reader examines the description by
Huxley of his deep trance experience, he will notice the
consistent choice of visual predicates - a pattern which
we discussed previously in our commentary. Second,
the multiple reinduction of amnesia and subsequent
removal of the amnesia for the original deep trance
experiences as well as for the recall of these
experiences again in the normal state of consciousness
validate the power and effectiveness of the message
groups distinguished by Erickson by his analogical
marking technique.
Again, as before, a posthypnotic amnesia was
induced, and a third recollection was then elicited, hipnótica foi induzida e uma terceira lembrança foi
followed by an induced realization by Huxley that this então eliciada, seguida por uma percepção induzida por
was his third recollection. Huxley de que essa era sua terceira lembrança.
Extensive detailed notations were made of the
whole sequence of events, and comparisons were made
of the individual notations, with interspersed
comments regarding significances. The many items
were systematically discussed for their meanings and
brief trances were induced to vivify various items.
However, only a relatively few notations were made by
me of the content of Huxley's experience since he
would properly be the one to develop them fully. My
notations concerned primarily the sequence of events
and a fairly good summary of the total development.
This discussion was continued until prepa-
rations for scheduled activities for that evening
intervened, but not before an agreement on a
subsequent preparation of the material for publication.
Huxley planned to use both Deep Reflection and
additional self-induced trances to aid in writing the
article but the unfortunate holocaust precluded this.
Concluding Remarks
si só, não informativa e destinada apenas a despertar
associações. No entanto, nenhum resultado estava
disponível até que novamente a palavra
“DISPONÍVEL” resultou no mesmo efeito que
anteriormente. Todo o relato foi feito por Huxley uma
segunda vez, mas sem que ele percebesse que estava
repetindo seu relato. Sugestões apropriadas quando
ele terminou sua segunda narração resultaram em
uma completa lembrança de seu primeiro relato. Sua
reação, após seu espanto imediato, foi comparar as
duas histórias item por item. A identidade deles o
surpreendeu, e ele notou apenas pequenas mudanças
na ordem da narração e na escolha das palavras.
Existem dois padrões aqui que achamos de
interesse: primeiro, se o leitor examinar a descrição de
Huxley de sua experiência de transe profundo, ele no-
tará a escolha consistente de predicados visuais - um
padrão que discutimos anteriormente em nosso comen-
tário. Em segundo lugar, a reindução múltipla da
amnésia e a subseqüente remoção da amnésia para as
experiências originais de transe profundo, bem como
para a lembrança dessas experiências novamente no
estado normal de consciência, validam o poder e a
eficácia dos grupos de mensagens distinguidos por
Erickson por sua analogia técnica de marcação.
Novamente, como antes, uma amnésia pós-
Extensas anotações detalhadas foram feitas de
toda a sequência de eventos, e comparações foram fei-
tas das notações individuais, com comentários inter-
calados sobre significados. Os vários itens foram siste-
maticamente discutidos por seus significados e breves
transes foram induzidos para vivificar vários itens. No
entanto, apenas algumas notações foram feitas por
mim sobre o conteúdo da experiência de Huxley, uma
vez que seria ele quem as desenvolveria plenamente.
Minhas anotações diziam respeito principalmente à
sequência de eventos e a um resumo bastante bom do
desenvolvimento total.
Essa discussão continuou até que os prepa-
rativos para as atividades programadas para aquela noi-
te intervieram, mas não antes de um acordo sobre uma
preparação subsequente do material para publicação.
Huxley planejou usar tanto Reflexão Profunda quanto
transes auto-induzidos adicionais para ajudar a escre-
ver o artigo, mas o infeliz holocausto impediu isso.
Observações Finais
 It is unfortunate that the above account is only
a fragment of an extensive inquiry into a nature of
various states of consciousness. Huxley's state of Deep
Reflection did not appear to be hypnotic in character.
Instead, it seemed to be a state of utterly intense
concentration with much dissociation from external
realities but with a full capacity to respond with
varying degrees of readiness to externalities. It was
entirely a personal experience serving, apparently, as
an unrecognized foundation for conscious work
activity enabling him to utilize freely all that had
passed through his mind in Deep Reflection.
His hypnotic behavior was in full accord with
hypnotic behavior elicited from other subjects. He was
capable of all the phenomena of the deep trance and he
could respond readily to posthypnotic suggestions and
to exceedingly minimal cues. He was emphatic in
declaring that the hypnotic state was quite different
from the Deep Reflection state.
While some comparison may be made with
dream activity, and certainly the ready inclusion of the
"vestibule" and the "ravine" in the same subjective
situation is suggestive of dream-like activity, such
peculiar inclusions are somewhat frequently found as a
spontaneous development of profound hypnotic
ideosensory activity in highly intellectual subjects. His
somnambulistic behavior, his open eyes, his
responsiveness to me, his extensive posthypnotic
behavior all indicate that hypnosis was unquestionably
definitive of the total situation in that specific situation.
Huxley's remarkable development of a
dissociated state, even bearing in mind his original
request for a permissive technique, to view
hypnotically his own growth and development in
distorted time relationships, while indicative of
Huxley's all-encompassing intellectual curiosity, is
suggestive of most interesting and informative research
possibilities. Questioning postexperimentally
disclosed that Huxley had no conscious thoughts or
plans for review of his life experiences nor did he at the
time of the trance induction make any such
interpretation of the suggestions given him. This was
verified by a trance induction and making this special
inquiry. His explanation was that when he felt himself
"deep in the trance" he then began to search for
something to do and "suddenly there I found myself -
most extraordinary."
É lamentável que o relato seja apenas um
fragmento de uma extensa investigação sobre a natu-
reza dos vários estados de consciência. O estado de
Reflexão Profunda de Huxley não parecia ter um cará-
ter hipnótico. Em vez disso, parecia ser um estado de
concentração totalmente intensa com muita disso-
ciação das realidades externas, mas com plena capaci-
dade de responder em vários graus de prontidão às ex-
ternalidades. Foi uma experiência inteiramente pes-
soal, servindo, aparentemente, como uma base não
reconhecida para a atividade de trabalho consciente,
permitindo-lhe utilizar livremente tudo o que passou
por sua mente na Reflexão Profunda.
Seu comportamento hipnótico estava total-
mente de acordo com o comportamento hipnótico
provocado por outras pessoas. Ele era capaz de todos
os fenômenos do transe profundo e podia responder
prontamente às sugestões pós-hipnóticas e aos sinais
extremamente mínimos. Ele foi enfático ao declarar
que o estado hipnótico era bem diferente do estado
de Reflexão Profunda.
Embora alguma comparação possa ser feita
com a atividade onírica, e certamente a inclusão
imediata do “vestíbulo” e da “ravina” na mesma situ-
ação subjetiva de sugestiva de atividade onírica, tais
inclusões peculiares são freqüentemente encontradas
como um desenvolvimento espontâneo de atividade
hipnótica ideosensorial profunda em assuntos alta-
mente intelectuais. Seu comportamento sonâmbulo,
seus olhos abertos, sua capacidade de resposta a mim,
seu extenso comportamento pós-hipnótico, tudo indica
que a hipnose era inquestionavelmente definitiva da
situação total naquela situação específica.
O notável desenvolvimento de Huxley de um
estado dissociado, mesmo tendo em mente seu pedido
original por uma técnica permissiva, para ver hipno-
ticamente seu próprio crescimento e desenvolvimento
em relações de tempo distorcidas, enquanto indicativo
da curiosidade intelectual abrangente de Huxley, é
sugestivamente muito interessante e informativa para
possibilidades de pesquisa. O questionamento pós-
experimental revelou que Huxley não tinha pensa-
mentos ou planos conscientes para revisar suas expe-
riências de vida, nem fazia, no momento da indução do
transe, qualquer interpretação dessas sugestões dadas a
ele. Isso foi verificado por uma indução de transe e
fazendo esta investigação especial. Sua explicação foi
que, quando se sentiu “profundamente em transe”,
começou a procurar algo para fazer e “de repente me vi
– extraordinário”.
 While this experience with Huxley was most
notable, it was not my first encounter with such
developments in the regression of highly intelligent
subjects. One such experimental subject asked that he
be hypnotized and informed when in the trance that he
was to develop a profoundly interesting type of
regression. This was primarily done for his own
interest while he was waiting for me to complete some
work. His request was met and he was left to his own
devices while sitting in a comfortable chair on the other
side of the laboratory. About two hours later he
requested that I awaken him. He gave an account of
suddenly finding himself on an unfamiliar hillside and,
in looking around, he saw a small boy whom he
immediately "knew" was six years old. Curious about
this conviction about a strange little boy, he walked
over to the child only to discover that that child was
himself. He immediately recognized the hillside and
set about trying to discover how he could be himself at
26 years of age watching himself at the age of 6 years.
He soon learned that he could not only see, hear, and
feel his child-self, but that he knew the innermost
thoughts and feelings. At the moment of realizing this,
he felt the child's feeling of hunger and his wish for
"brown cookies." This brought a flood of memories to
his 26-year-old self, but he noticed that the boy's
thoughts were still centering on cookies and that the
boy remained totally unaware of him. He was an
invisible man, in some way regressed in time so that he
could see and sense completely his childhood self. My
subject reported that he "lived" with that boy for years,
watched his successes and his failures, knew all of his
innermost life, wondered about the next day's events
with the child and, like the child, he found to his
amazement that even though he was 26 years old, a
total amnesia existed for all events subsequent to the
child's immediate age at the moment, that he could not
foresee the future any more than could the child. He
went to school with the child, vacationed with him,
always watching the continuing physical growth and
development. As each new day arrived, he found that
he had a wealth of associations about the actual
happenings of the past up to the immediate moment of
life for the child-self.
He went through grade school, high school,
and then through a long process of deciding whether or
not to go to college and what course of studies he
should follow. He suffered the same agonies of
indecision that his then-self did. He felt his other self's
elation and relief when the decision was finally reached
Embora essa experiência com Huxley tenha
sido notável, não foi meu primeiro encontro com tais
desenvolvimentos na regressão de indivíduos alta-
mente inteligentes. Um desses sujeitos experimentais
pediu que fosse hipnotizado e informado, quando em
transe, que iria desenvolver um tipo de regressão pro-
fundamente interessante. Isso foi feito principalmente
para seu próprio interesse, enquanto ele esperava que
eu concluísse algum trabalho. Seu pedido foi atendido
e ele foi deixado sozinho enquanto estava sentado em
uma cadeira confortável do outro lado do laboratório.
Cerca de duas horas depois, ele pediu que eu o acor-
dasse. Ele contou que subitamente se encontrou em
uma encosta desconhecida e, olhando em volta, viu um
garotinho que imediatamente “soube” que tinha seis
anos. Curioso sobre essa convicção sobre um menino
estranho, ele caminhou até a criança apenas para
descobrir que aquela criança era ele mesmo. Ele imedi-
atamente reconheceu a encosta e começou a tentar
descobrir como ele poderia ser ele mesmo aos 26 anos
de idade se observando aos 6 anos. Ele logo aprendeu
que podia não apenas ver, ouvir e sentir seu eu infantil,
mas que conhecia seus pensamentos e sentimentos
mais íntimos. No momento em que se deu conta disso,
sentiu a sensação de fome da criança e seu desejo por
“biscoitos marrons”. Isso trouxe uma enxurrada de
memórias para seu eu de 26 anos, mas ele percebeu que
os pensamentos do menino ainda estavam centrados
em biscoitos e que o menino permanecia totalmente
inconsciente dele. Ele era um homem invisível, de
alguma forma regredido no tempo para que pudesse
ver e sentir completamente seu eu infantil. Meu sujeito
relatou que “conviveu” com aquele menino durante
anos, observou seus sucessos e fracassos, conhecia
tudo de sua vida mais íntima, se perguntava sobre os
acontecimentos do dia seguinte com a criança e, como
a criança, descobriu para seu espanto que até embora
ele tivesse 26 anos, existia uma amnésia total para
todos os eventos subseqüentes à idade imediata da
criança no momento, de que ele não podia prever o
futuro mais do que a criança. Ele ia para a escola com
a criança, passava férias com ela, sempre observando o
contínuo crescimento e desenvolvimento físico. À
medida que cada novo dia chegava, ele descobria que
tinha uma riqueza de associações sobre os acon-
tecimentos reais do passado até o momento imediato
da vida para o eu infantil.
Ele passou pelo ensino fundamental, médio e
depois por um longo processo de decidir se iria ou não
para a faculdade e que curso de estudos deveria seguir.
Ele sofreu as mesmas agonias de indecisão que seu eu
então. Ele sentiu a euforia e alívio do outro eu quando
and his own feeling of elation and relief was identical a decisão foi finalmente tomada e seu próprio sen-
with that of his other self. timento de euforia e alívio foi idêntico ao do outro eu.
My subject explained that the experience was
literally a moment-bymoment reliving of his life with
only the same awareness he had then and that the
highly limited, restricted awareness of himself at 26
was that of being an invisible man watching his own
growth and development from childhood on, with no
more knowledge of the child's future than the child
possessed.
He had enjoyed each completed event with a
vast and vivid panorama of the past memories as each
event reached completion. At the point of entrance to
college the experience terminated. He then realized
that he was in a deep trance and that he wanted to
awaken and to take with him into conscious awareness
the memory of what he had been subjectively
experiencing.
This same type of experience has been
encountered with other experimental subjects, both
male and female, but each account varies in the manner
in which the experience is achieved. For example, a girl
who had identical twin sisters three years younger than
herself found herself to be "a pair of identical twins
growing up together but always knowing everything
about the other." In her account there was nothing
about her actual twin sisters; all such memories and
associations were excluded.
Another subject, highly inclined, mechanically,
constructed a robot which he endowed with life only to
discover that it was his own life with which he
endowed it. He then watched that robot throughout
many years of experiential events and learnings,
always himself achieving them also because he had an
amnesia for his past.
Repeated efforts to set up an orderly
experiment have to date failed. Usually the subject
objects or refuses for some not-too comprehensible
reason. In all my experiences with this kind of
development in hypnotic trances, this type of "reliving"
of one's life has always been a spontaneous occurrence
and with highly intelligent, well-adjusted experimental
subjects.
Huxley's experience was the one most
adequately recorded and it is most unfortunate that the
greater number of details, having been left with him,
were destroyed before he had the opportunity to write
them up in full. Huxley's remarkable memory, his
capacity to use Deep Reflection, his ability to develop
a deep hypnotic state to achieve specific purposes and
to arouse himself at will with full conscious awareness
Meu sujeito explicou que a experiência foi
literalmente um reviver momento a momento de sua
vida com apenas a mesma consciência que ele tinha
então e que a consciência altamente limitada e restrita
de si mesmo aos 26 era a de ser um homem invisível
observando seu próprio crescimento e desenvol-
vimento da infância em diante, sem mais conhe-
cimento do futuro da criança do que a criança possuía.
Ele havia aproveitado cada evento concluído
com um panorama vasto e vívido das memórias pas-
sadas à medida que cada evento chegava à conclusão.
No momento do ingresso na faculdade a experiência
terminou. Ele então percebeu que estava em um transe
profundo e que queria despertar e levar consigo para a
consciência a memória do que estava experienciando
subjetivamente.
Esse mesmo tipo de experiência foi encontrado
com outros sujeitos experimentais, tanto homens quan-
to mulheres, mas cada relato varia na maneira como a
experiência é alcançada. Por exemplo, uma garota que
tinha irmãs gêmeas idênticas, três anos mais novas do
que ela, descobriu que era “um par de gêmeos idênticos
crescendo juntos, mas sempre sabendo tudo sobre o
outro”. Em seu relato, não havia nada sobre suas
verdadeiras irmãs gêmeas; todas essas memórias e
associações foram excluídas.
Outro sujeito, muito inclinado, mecani-
camente, construiu um robô que dotou de vida apenas
para descobrir que era a sua própria vida com que o
dotava. Ele então observou aquele robô ao longo de
muitos anos de eventos experienciais e aprendizados,
sempre era ele mesmo os alcançando também porque
ele tinha uma amnésia para seu passado.
Os esforços repetidos para configurar uma
experiência ordenada falharam até agora. Normal-
mente, o sujeito objeta ou recusa por algum motivo não
muito compreensível. Em todas as minhas experi-
ências com esse tipo de desenvolvimento em transes
hipnóticos, esse tipo de “revivência” da vida de alguém
sempre foi uma ocorrência espontânea e com sujeitos
experimentais altamente inteligentes e bem ajustados.
A experiência de Huxley foi a mais adequa-
damente registrada e é lamentável que a maior parte
dos detalhes, tendo sido deixados com ele, tenham sido
destruídos antes que ele tivesse a oportunidade de
escrevê-los por completo. A memória notável de Hux-
ley, sua capacidade de usar a Reflexão Profunda, sua
habilidade de desenvolver um estado hipnótico pro-
fundo para atingir propósitos específicos e se despertar
of what he had accomplished (Huxley required very
little instruction the next day to become skilled in
autohypnosis) augured exceedingly well for a most
informative study. Unfortunately the destruction of
both notebooks precluded him from any effort to
reconstruct them from memory because my notebook
contained so many notations of items of procedure and
observation for which he had no memories and which
were vital to any satisfactory elaboration. However, it
is hoped that the report given here may serve, despite
its deficiencies, as an initial pilot study for the
development of a more adequate and comprehensive
study of various states of consciousness.
In summary then, we point out simply that
Erickson generalizes in his concluding remarks about
what he has called in other contexts time distortion
(see, especially, Cooper and Erickson, Time Distortion
in Hypnosis, 1959). In this case he relates the ability
demonstrated by various subjects to accomplish in the
subjective time sense achieved in their deep trance
tasks which in clock time would be impossible - for
example, a review of their entire life without any sense
of rushing or hurrying. We simply mention this
phenomenon here - we will return to this topic later.
This article by Erickson of a joint, cooperative
venture between himself and one of this century's most
talented and creative human beings is an invaluable
record which suggests some very specific ways in
which we, as human beings, may begin the process of
exploring our own potential for experiencing - indeed,
for creating - altered states of consciousness. We end
this commentary simply by endorsing Erickson's final
statement: … it is hoped that the report given here may
serve despite its deficiencies, as an initial pilot study
for the development of a more adequate and
comprehensive study of the various states of
consciousness.
PART II
FAMILIARIZATION WITH PATTERNS
OF ERICKSON'S HYPNOTIC WORK
Introduction
In Part I of this volume our purpose was two
fold: first, we wanted you to see that there were duplo: primeiro, queríamos que você visse que havia
systematic patterns of behavior in Milton Erickson's padrões sistemáticos de comportamento no trabalho
work in hypnosis; and second, that these patterns could de Milton Erickson sobre hipnose; e, segundo, que
à vontade com plena consciência do que havia reali-
zado (Huxley precisou de muito pouca instrução no dia
seguinte para se tornar hábil na auto-hipnose) augura
muito bem para um estudo mais informativo. Infeliz-
mente, a destruição de ambos os cadernos o impediu
de qualquer esforço para reconstruí-los de memória,
porque meu caderno continha muitas anotações de
itens de procedimento e observação dos quais ele não
tinha memória e que eram vitais para qualquer elabo-
ração satisfatória. No entanto, espera-se que o relatório
aqui apresentado possa servir, apesar de suas defici-
ências, como um estudo piloto inicial para o desen-
volvimento de um estudo mais adequado e abrangente
dos vários estados de consciência.
Em resumo, então, apontamos simplesmente
que Erickson generaliza em suas observações finais
sobre o que ele chamou em outros contextos de distor-
ção do tempo (ver, especialmente, Cooper e Erickson,
Time Distortion in Hypnosis, 1959). Nesse caso, ele
relata a habilidade demonstrada por vários sujeitos de
realizar no sentido de tempo subjetivo alcançado em
suas tarefas de transe profundo que no tempo do reló-
gio seriam impossíveis - por exemplo, uma revisão de
toda a sua vida sem qualquer sensação de velocidade
ou pressa. Simplesmente mencionamos este fenômeno
aqui - retornaremos a este tópico mais tarde.
Este artigo de Erickson sobre uma aventura
conjunta e cooperativa entre ele e um dos seres huma-
nos mais talentosos e criativos deste século é um re-
gistro inestimável que sugere algumas maneiras muito
específicas pelas quais nós, como seres humanos,
podemos iniciar o processo de explorar nosso próprio
potencial para experimentar - na verdade, para criar -
estados alterados de consciência. Terminamos este
comentário simplesmente endossando a declaração
final de Erickson: ...espera-se que o relatório aqui
apresentado possa servir, apesar de suas deficiências,
como um estudo piloto inicial para o desenvolvimento
de um estudo mais adequado e abrangente dos vários
estados de consciência.
PARTE II
FAMILIARIZAÇÃO COM OS PADRÕES
DE TRABALHO HIPNÓTICO DE ERICKSON
Introdução
Na Parte I deste volume, nosso objetivo era
be identified and extracted in a way to be useful to you
in your own hypnotic work. During this process, we
hoped that you could begin the process of becoming
familiar with these patterns in a way that would allow
you to identify them and to imagine how they could be
useful understandings in your field of endeavor. This
second part of the book is devoted to familiarizing you
with these patterns in a more systematic manner. It is
designed to present to you the characteristics of each
of these patterns in a way that will allow you to
understand not only the nature of each pattern, but also
the useful aspect and implication of each pattern. In
Volume I we have focused primarily on the linguistic
notions and how they work for the purpose of induction
and suggestion. We would like to point out that they are
by no means all of the patterns of behavior used by
Milton Erickson in his work with hypnosis, but they are
what we believe to be the most basic and the easiest to
learn and employ. Each of the linguistic patterns
presented in this part of Volume I can be generalized
to the other forms of analogical communication used
by human beings (voice tone, body movement, etc.)
given in subsequent volumes. For example, we have
mentioned briefly the linguistic notion of ambiguity, a
Surface Structure of natural language which, by the
nature of its construction, can have more than one
meaning, e.g.: Hypnotizing hypnotists can be tricky.
This sentence can mean either one of the
following interpretations:
1. Hypnotist in act of hypnotizing can be
tricky in what they do to hypnotize
2. Hypnotizing the class of people in the
profession of hypnotizing can be tricky in
the sense of being difficult or having some
unexpected outcomes.
The intended meaning is not clear and cannot
be determined by the Surface Structure alone. This is pode ser determinado apenas pela Estrutura
an example of syntactic ambiguity. Superficial. Este é um exemplo de ambigüidade
sintática.
The following excerpt from another Erickson
article contains an example of kinesthetic ambiguity
used by Erickson. The kinesthetic ambiguities are in
italic type for clarity. The shared patterns of difficulty
of interpretation and multiple meaning are the same in
a formal sense, and are examples of how the same
formal patterns can be used in any of the sensory
systems.
esses padrões podem ser identificados e extraídos de
uma forma que sejam úteis para você em seu próprio
trabalho hipnótico. Durante esse processo, esperamos
que você possa começar o processo de familiarização
com esses padrões de uma forma que permita
identificá-los e imaginar como eles podem ser
entendimentos úteis em seu campo de atuação. Esta
segunda parte do livro é dedicada a familiarizá-lo com
esses padrões de uma maneira mais sistemática. Ele é
projetado para apresentar a você as características de
cada um desses padrões de uma forma que permitirá
que você entenda não apenas a natureza de cada
padrão, mas também o aspecto útil e a implicação de
cada padrão. No Volume I, enfocamos principalmente
as noções linguísticas e como elas funcionam com o
propósito de indução e sugestão. Gostaríamos de
salientar que eles não são de forma alguma todos os
padrões de comportamento usados por Milton
Erickson em seu trabalho com a hipnose, mas são o
que acreditamos ser os mais básicos e fáceis de
aprender e empregar. Cada um dos padrões
linguísticos apresentados nesta parte do Volume I
pode ser generalizado para as outras formas de
comunicação analógica usadas por seres humanos
(tom de voz, movimento corporal etc.) fornecidas em
volumes subsequentes. Por exemplo, mencionamos
brevemente a noção linguística de ambigüidade, uma
Estrutura Superficial da linguagem natural que, pela
natureza de sua construção, pode ter mais de um
significado, por exemplo: ‘Hipnotizar hipnotizadores
pode ser complicado’.
Esta frase pode significar uma das seguintes
interpretações:
1. O hipnotizador em ato de hipnotizar pode
ser complicado no que faz para hipnotizar
2. Hipnotizar a classe de pessoas na profissão
de hipnotizador pode ser complicado no sentido de ser
difícil ou ter alguns resultados inesperados.
O significado pretendido não é claro e não
O trecho a seguir de outro artigo de Erickson
contém um exemplo de ambigüidade cinestésica usada
por Erickson. As ambiguidades cinestésicas estão em
destaque para maior clareza. Os padrões compar-
tilhados de dificuldade de interpretação e significado
múltiplo são os mesmos em um sentido formal e são
exemplos de como os mesmos padrões formais podem
ser usados em qualquer um dos sistemas sensoriais.
 She was then brought through a side door to
confront me. Silently we looked at each other, and then
(as I had done many times previously with seminarians
in the U.S., in seeking out what I consider clinically to
be "good, responsive" subjects before the beginning of
a seminar and hence before I was known to them) I
walked toward her briskly and smilingly and extended
my right hand and she extended hers. Slowly, I shook
hands with her, staring her fully in the eyes even as she
was doing to me, and I ceased smiling. As I let loose of
her hand, I did so in an uncertain, irregular fashion,
slowly withdrawing it, now increasing the pressure
slightly with my thumb, then with the little finger, then
with the middle finger, always in an uncertain,
irregular, hesitant manner and, finally, so gently
withdrawing my hand that she would have no clear-cut
awareness of just when I had released her hand or
what part of her hand I had last touched. At the same
time, I slowly changed the focus of my eyes by altering
their convergence, thereby giving her a minimal but
appreciable cue that I seemed to be looking not at, but
through, her eyes and off into the distance. Slowly the
pupils of her eyes dialated and, as they did so, I gently
released her hand completely, leaving it in mid-air in a
cataleptic position. A slight upward pressure on the
heel of her hand raised it slightly.
The second unexpected induction was done in
January, 1961, during a visit to Caracas, Venezuela. I
had been invited to tour the Hospital Concepcion
Palacios during which I was asked to address the staff
on the use of hypnosis in obstetrics at an impromptu
meeting in the conference room. One of the audience
suggested that I demonstrate as I discussed the
phenomena of hypnosis. Remembering my experience
in Mexico City, I asked if I might work with some
young woman who did not know the purpose of my
visit there and who did not understand English and who
had had no experience in hypnosis of any sort. Three
young women were brought in and I looked them over
and selected the one who gave me a clinical impression
of what I term "responsive attentiveness." I asked that
the others be dismissed and that she be told that I
wished her cooperation while I lectured. Very
carefully, my translator so informed her without giving
her any more information and she nodded her head
affirmatively.
Stepping over to her and standing face to face
with her, I explained in English for those who
understood it that they were to watch what I did. My
translator kept silent and the young lady eyed me most
attentively and wonderingly.
Ela foi então trazida por uma porta lateral para
me confrontar. Silenciosamente, olhamos um para o
outro, e então (como já havia feito muitas vezes antes
com seminaristas nos Estados Unidos, em buscar o que
considero clinicamente como sendo assuntos “bons e
responsivos” antes do início de um seminário e, por-
tanto, antes de ser conhecido para eles) eu caminhei em
direção a ela rapidamente e sorrindo e estendi minha
mão direita e ela estendeu a dela. Lentamente, eu
apertei a mão dela, olhando-a bem nos olhos, mesmo
enquanto ela estava fazendo comigo, e parei de sorrir.
Ao soltar a mão dela, o fiz de forma incerta e irregular,
retirando-a lentamente, agora aumentando a pressão
um pouco com o polegar, depois com o dedo mínimo,
depois com o dedo médio, sempre de forma incerta,
irregular, maneira hesitante e, finalmente, retirando
minha mão com tanta delicadeza que ela não teria
consciência clara de quando eu a soltei ou que parte de
sua mão eu toquei pela última vez. Ao mesmo tempo,
mudei lentamente o foco de meus olhos, alterando sua
convergência, dando-lhe assim uma sugestão mínima,
mas apreciável, que eu parecia não estar olhando, mas
através de seus olhos e ao longe. Lentamente, as pupi-
las de seus olhos dilataram e, ao fazê-lo, eu gentilmente
soltei sua mão completamente, deixando-a no ar em
uma posição cataléptica. Uma leve pressão para cima
na palma de sua mão a levantou ligeiramente.
A segunda indução inesperada foi feita em
janeiro de 1961, durante uma visita a Caracas, na
Venezuela. Fui convidado para visitar o Hospital
Concepcion Palacios, durante o qual fui convidado a
falar à equipe sobre o uso da hipnose em obstetrícia em
uma reunião improvisada na sala de conferências. Um
dos presentes sugeriu que eu fizesse uma demonstração
enquanto discutia os fenômenos da hipnose. Lem-
brando minha experiência na Cidade do México,
perguntei se poderia trabalhar com alguma jovem que
não conhecesse o propósito de minha visita lá e que não
entendesse inglês e que não tivesse nenhuma experi-
ência em hipnose de qualquer tipo. Três jovens foram
trazidas e eu as examinei e selecionei aquela que me
deu uma impressão clínica do que denomino “atenção
responsiva”. Pedi que os outros fossem dispensados e
que ela soubesse que eu desejava sua cooperação en-
quanto dava aula. Com muito cuidado, meu tradutor a
informou sem dar mais informações e ela acenou com
a cabeça afirmativamente.
Aproximando-me dela e ficando cara a cara
com ela, expliquei em inglês para aqueles que enten-
deram que deveriam assistir o que eu fazia. Meu
tradutor ficou em silêncio e a jovem me olhou com
muita atenção e admiração.
 I showed the girl my hands, which were empty,
and then I reached over with my right hand and gently
encircled her right wrist with my fingers, barely
touching it except in an irregular, uncertain, changing
pattern of tactile stimulation with my fingertips. The
result was to attract her full, attentive, expectant,
wondering interest in what I was doing. With my right
thumb, I made slight tactile pressure on the latero-
volar-ulnar aspect of her wrist, as if to turn it upward;
at the same moment, at the area of the radial
prominence, I made a slightly downward tactile
pressure at the dorso-lateral aspect of her wrist with my
third finger; also at the same time, I made various
gentle touches with my other fingers somewhat
comparable in intensity but nonsuggestive of direction.
She made an automatic response to the directive
touches without differentiating them consciously from
the other touches, evidently paying attention first to
one touch and then to another. As she began
responding, I increased varyingly the directive touches
without decreasing the number and variation of the
other distracting tactile stimuli. Thus, I suggested
lateral and upward movements of her arm and hand by
varying tactile stimuli intermingled with a decreasing
number of nondirective touches. These responsive,
automatic movements, the origin of which she did
recognize, startled her, and as her pupils dilated, I so
touched her wrist with a suggestion of an upward
movement and... her arm began rising so gently
discontinuing the touch that she did not notice the
tactile withdrawal and the upward movement
continued. Quickly shifting my fingertips to hers, I
varied the touches, so as to direct in an unrecognizable
fashion a full upward turning of her palm, and then
other touches on her fingertips served to straighten
some, to bend others, and a proper touch on the
straightened fingertips led to a continuing bending of
her elbow. This led to a slow moving of her hand
toward her eyes. As this began, I attracted with my
fingers her visual attention and directed her attention to
my eyes. I focused my eyes for distant viewing as if
looking through and beyond her, moved my fingers
close to my eyes, slowly closed my eyes, took a deep,
sighing breath and sagged my shoulders in a relaxed
fashion and then pointed to her fingers which were
approaching her eyes.
She followed my pantomimed instructions and
developed a trance that withstood the efforts of the staff desenvolveu um transe que resistiu aos esforços da
to secure her attention. (1967, pp. 93-96)
The preceding extract was presented as an O extrato anterior foi apresentado como um
example to show you how each of the linguistic exemplo para mostrar como cada um dos padrões
patterns which we present can be generalized to linguísticos que apresentamos pode ser generalizado
Mostrei à garota minhas mãos, que estavam
vazias, e então estendi minha mão direita e gentilmente
envolvi seu pulso direito com meus dedos, mal to-
cando-o, exceto em um padrão irregular, incerto e
mutável de estimulação tátil com a ponta dos meus
dedos. O resultado foi atrair seu interesse pleno, atento,
expectante e curioso pelo que eu estava fazendo. Com
meu polegar direito, fiz uma leve pressão tátil na face
látero-volar-ulnar de seu pulso, como se fosse girá-lo
para cima; no mesmo momento, na área da proe-
minência radial, fiz uma pressão tátil ligeiramente para
baixo na face dorso-lateral do pulso com meu terceiro
dedo; também ao mesmo tempo, fiz vários toques
suaves com meus outros dedos um tanto comparáveis
em intensidade, mas não sugestivos de direção. Ela deu
uma resposta automática aos toques diretivos sem
diferenciá-los conscientemente dos outros toques,
evidentemente prestando atenção primeiro a um toque
e depois a outro. Quando ela começou a responder, au-
mentei de forma variada os toques diretivos, sem dimi-
nuir o número e a variação dos outros estímulos táteis
de distração. Assim, sugeri movimentos laterais e as-
cendentes do braço e da mão, variando os estímulos
táteis misturados com um número decrescente de to-
ques não-diretores. Esses movimentos responsivos e
automáticos, cuja origem ela reconheceu, assustaram-
na e, à medida que suas pupilas dilatavam, toquei seu
pulso com a sugestão de um movimento para cima e ...
seu braço começou a se erguer tão suavemente inter-
rompendo o toque que ela não percebeu a retirada tátil
e o movimento ascendente continuou. Mudando rapi-
damente meus dedos para os dela, variei os toques, de
modo a direcionar de uma forma irreconhecível uma
virada completa para cima de sua palma, e então outros
toques em suas pontas dos dedos serviram para endi-
reitar alguns, dobrar outros e um toque adequado no
pontas dos dedos esticadas levaram a uma dobra con-
tínua de seu cotovelo. Isso levou a um movimento lento
de sua mão em direção aos olhos. Quando isso come-
çou, eu atraí com meus dedos sua atenção visual e
direcionei sua atenção para meus olhos. Eu foquei
meus olhos para uma visão distante como se estivesse
olhando através e além dela, movi meus dedos perto
dos meus olhos, lentamente fechei meus olhos, respirei
fundo e suspirei e curvei meus ombros de forma
relaxada e depois apontei para os dedos aproximando
os olhos dela.
Ela seguiu minhas instruções de pantomima e
equipe para prender sua atenção. (1967, pp. 93-96)
analogical communication systems. Our intention in para sistemas de comunicação analógicos. Nossa
this volume is to focus primarily on the patterns of intenção neste volume é enfocar principalmente os
language Milton Erickson uses in his work. Our padrões de linguagem que Milton Erickson usa em sua
strategy will be to regroup the patterns presented so far obra. Nossa estratégia será reagrupar os padrões apre-
into natural groupings based on their use and their sentados até agora em agrupamentos naturais com base
formal characteristics. They have been split into em seu uso e suas características formais. Eles foram
techniques of: divididos em técnicas de:
(1) Pacing, to distract and utilize the dominant (1) Pacing, para distrair e utilizar o hemisfério
hemisphere; dominante;
(2) Accessing the non-dominant hemisphere. (2) Acessando o hemisfério não dominante.
Careful reading of Part II will provide you not A leitura cuidadosa da Parte II fornecerá não
only with a variety of linguistic techniques of induction apenas uma variedade de técnicas linguísticas de indu-
and suggestion, but also with a coherent strategy for ção e sugestão, mas também uma estratégia coerente
their use in hypnotic work. para seu uso no trabalho hipnótico.
We conclude with a series of quotes from a Concluímos com uma série de citações de um
well-known contemporary author, Carlos Castaneda conhecido autor contemporâneo, Carlos Castaneda
(Tales of Power, 1974; P. 231-233,245,247-248,265). (Tales of Power, 1974; P. 231-233.245.247-248.265).
... The first act of a teacher is to introduce the “... O primeiro ato de um professor é apresentar
idea that the world we think we see is only a view, a a ideia de que o mundo que pensamos ver é apenas uma
description of the world. Every effort of a teacher is visão, uma descrição do mundo. Todo esforço de um
geared to prove this point to his apprentice. But professor é voltado para provar esse ponto a seu
accepting it seems to be one of the hardest things one aprendiz. Mas aceitar isso parece uma das coisas mais
can do; we are complacently caught in our particular difíceis que alguém pode fazer; somos complacen-
view of the world, which compels us to feel and act as temente apanhados em nossa visão particular do mun-
if we knew everything about the world. A teacher, from do, que nos obriga a sentir e agir como se soubéssemos
the very first act he performs, aims at stopping that tudo sobre o mundo. Um professor, desde o primeiro
view. Sorcerers call it stopping the internal dialogue ato que realiza, visa impedir essa visão. Os feiticeiros
and they are convinced that it is the single most chamam de interromper o diálogo interno e estão
important technique that an apprentice can learn... convencidos de que é a técnica mais importante que um
aprendiz pode aprender ...”
"Stopping the internal dialogue is, however, the “Interromper o diálogo interno é, no entanto, a
key to the sorcerers' world," he said. "The rest of the chave para o mundo dos feiticeiros”, disse ele. "O resto
activities are only props; all they do is accelerate the das atividades são apenas adereços; tudo o que fazem
effect of stopping the internal dialogue." é acelerar o efeito de interromper o diálogo interno."
“... The teacher reorders the view of the world. “... O professor reorganiza a visão do mundo.
I have called that view the island of the tonal. I've said Eu chamei essa vista de ilha do tonal. Já disse que tudo
that everything that we are is on that island. The o que somos está naquela ilha. A explicação dos feiti-
sorcerers' explanation says that the island of the tonal ceiros diz que a ilha do tonal é feita por nossa percep-
is made by our perception, which has been trained to ção, que foi treinada para focar em certos elementos;
focus on certain elements; each of those elements and cada um desses elementos e todos eles juntos formam
all of them together form our view of the world. The nossa visão do mundo. O trabalho do professor, no que
job of a teacher, insofar as the apprentice's perception diz respeito à percepção do aprendiz, consiste em reor-
is concerned, consists of reordering all the elements of denar todos os elementos da ilha em uma das metades
the island on one half of the bubble. By now you must da bolha. Você já deve ter percebido que limpar e reor-
have realized that cleaning and reordering the island of denar a ilha do tonal significa reagrupar todos os seus
the tonal means regrouping all its elements on the side elementos do lado da razão. Minha tarefa tem sido de-
of reason. My task has been to disarrange your sorganizar sua visão comum, não não para destruí-la,
ordinary view, not no to destroy it, but to force it to mas para forçá-la a fornecer combustível para o lado da
rally Oil to the side of reason...” razão ... ”
 ... “He drew an imaginary circle on the rock and
divided it in two along a vertical diameter. He said that
the art of a teacher was to force his disciple to group
his view of the world on the right half of the bubble.
‘Why the right half?’ I asked.
‘That's the side of the tonal,’ he said. ‘The
teacher always addresses himself to that side, and by
presenting his apprentice on the one hand with the
warrior's way he forces him into reasonableness and
sobriety, and strength of character and body; and by
presenting him on the other hand with unthinkable but
real situations, which the apprentice cannot cope with,
he forces him to realize that his reason, although it is a
most wonderful affair, can only cover a small area’”...
... ‘Walking in that specific manner saturates
the tonal," he said. "It floods it. You see, the attention
of the tonal has to be placed on its creations. In fact, it
is that attention that creates the order of the world in the
first place; so, the tonal must be attentive to the
elements of its world in order to maintain it, and must,
above all, uphold the view of the world as internal
dialogue.’
He said that the right way of walking was a
subterfuge. The warrior, first by curling his fingers,
drew attention to the arms; and then by looking,
without focusing his eyes, at any point directly in front
of him on the arc that started at the tip of his feet and
ended above the horizon, he literally flooded his tonal
with information. The tonal without its one-to-one
relation with the elements of its description, was
incapable of talking to itself, and thus one became
silent...
... Order in our perception is the exclusive
realm of the tonal; only there can our actions have a
sequence; only there are they like stairways where one
can count the steps. There is nothing of that sort in the
nagual. Therefore, the view of the tonal is a tool, and
as such it is not only the best tool but the only one we've
got...
"Dreaming is a practical aid devised by
sorcerers," he said. "They were not fools; they knew
what they were doing and sought the usefulness of the
nagual by training their tonal to let go for a moment,
so to speak, and then grab again. This statement doesn't
make sense to you. But that's what you've been doing
all along: training yourself to let go without losing your
marbles. Dreaming, of course, is the crown of the
sorcerers' efforts, the ultimate use of the nagual."
... “Ele desenhou um círculo imaginário na
rocha e dividiu-o em dois ao longo de um diâmetro
vertical. Ele disse que a arte de um professor era forçar
seu discípulo a agrupar sua visão de mundo na metade
direita da bolha.
‘Por que a metade direita?” - Perguntei.
‘Esse é o lado do tonal’, disse ele. ‘O professor
sempre se dirige a esse lado e, ao apresentar ao seu
aprendiz, por um lado, o caminho do guerreiro, força-
o à razoabilidade e sobriedade, e força o caráter e o
corpo; e ao apresentar-lhe, por outro lado, situações im-
pensáveis, mas reais, às quais o aprendiz não consegue
lidar, o obriga a perceber que sua razão, embora seja
uma coisa maravilhosa, só pode abranger uma pequena
área’”...
... ‘Caminhar dessa maneira específica satura o
tom’, disse ele. ‘Isso o inunda. Veja, a atenção do tonal
deve ser colocada em suas criações. Na verdade, é essa
atenção que cria a ordem do mundo em primeiro lugar;
assim, o tonal deve estar atento aos elementos de seu
mundo para mantê-lo, e deve, acima de tudo, defender
a visão do mundo como um diálogo interno. '
Ele disse que andar certo era um subterfúgio. O
guerreiro, primeiro curvando os dedos, chamou a
atenção para os braços; e então, olhando, sem focalizar
seus olhos, para qualquer ponto diretamente à sua
frente no arco que começava na ponta de seus pés e
terminava acima do horizonte, ele literalmente inundou
seu tonal com informações. O tonal sem sua relação
um-a-um com os elementos de sua descrição, era
incapaz de falar consigo mesmo, e assim se calava ...
... A ordem em nossa percepção é o domínio
exclusivo do tonal; somente aí nossas ações podem ter
uma sequência; só existem como escadas onde se pode
contar os degraus. Não há nada desse tipo no nagual.
Portanto, a visão do tonal é uma ferramenta, e como tal
não é apenas a melhor ferramenta, mas a única que
temos...
“Sonhar é uma ajuda prática concebida por
feiticeiros”, disse ele. "Eles não eram tolos; eles sabiam
o que estavam fazendo e procuraram a utilidade do na-
gual treinando seu tom para se soltar por um momento,
por assim dizer, e então agarrar novamente. Esta decla-
ração não faz sentido para você. Mas isso é o que você
tem feito o tempo todo: treinar-se para deixar ir sem
perder suas bolas de gude. Sonhar, é claro, é a coroa
dos esforços dos feiticeiros, o uso final do nagual.”
 Pacing, Distraction and Utilization of the Ritmo, distração e utilização do hemisfério
Dominant Hemisphere dominante
In understanding this technique, it may be well
to keep in mind the pattern of the magician which is not
intended to inform but to distract so that his purposes
may be accomplished. Milton H. Erickson, Special
Techniques of Brief Hypnotherapy, 1967, p. 393.
Introduction
The induction of the altered state of
consciousness called trance requires and implies the
distraction and/or utilization of what Milton calls the
conscious mind. Conscious representation of ongoing
experience to oneself may come in a number of distinct
modalities (visual, auditory, kinesthetic). In order to
establish a trance state all of the representational
systems must, to some extent, be involved in the
process, since the process is generally one of
simultaneous representation of a small, focused part of
the experience. The beginning of this process we call
pacing. This is usually achieved in most hypnotic work
by having clients focus their eyes on a single spot and
listen to the sound of the hypnotist's voice. The
hypnotist begins to describe the experiences he knows
by observation the client is having; for example, the
changes in visual perception (e.g., the third feeling of
the client's eyes that result from his staring at a fixed
point). This description, explained before, establishes a
feedback loop between what the client is observably
doing - what the hypnotist sees and hears the client
doing - and what the client hears the hypnotist saying.
This is, in fact, equivalent to meeting the client at his
model of the world - going to the client's reality,
accepting it, and then utilizing it for the purposes of the
hypnotic session. Meeting a client at his model of the
world, pacing that model and then leading it into new
territory is one of Erickson's consistent strategies
which make his work easier both for himself and for
his client. Any attempt to force a client into something,
or to get him to deny what he believes, opens the
possibility for resistance by giving the client something
to resist. This struggle only serves to waste the time and
energies of all involved and very rarely serves any
purpose.
Most of you probably have had the common
experience of becoming what we called "hooked" in
interpersonal communications. Someone, for example,
comes up to you and casually says something such as:
Gee, I'm just so stupid; I can't do anything right.
Ao compreender esta técnica, pode ser bom ter
em mente o padrão do mágico que não tem a intenção
de informar, mas de distrair para que seus propósitos
possam ser realizados. Milton H. Erickson, Special
Techniques of Brief Hypnotherapy, 1967, p. 393.
Introdução
A indução do estado alterado de consciência
chamado transe requer e implica na distração e/ou
utilização do que Milton chama de mente consciente.
A representação consciente da experiência contínua
para si mesmo pode vir em uma série de modalidades
distintas (visual, auditiva, cinestésica). Para estabelecer
um estado de transe, todos os sistemas represen-
tacionais devem, até certo ponto, estar envolvidos no
processo, uma vez que o processo geralmente é uma
representação simultânea de uma pequena parte foca-
lizada da experiência. O início desse processo cha-
mamos de pacing. Isso geralmente é obtido na maioria
dos trabalhos hipnóticos, fazendo com que os clientes
focalizem os olhos em um único ponto e ouçam o som
da voz do hipnotizador. O hipnotizador começa a
descrever as experiências que conhece por meio da
observação do cliente; por exemplo, as mudanças na
percepção visual (por exemplo, a terceira sensação dos
olhos do cliente que resulta de ele olhar fixamente para
um ponto fixo). Essa descrição, explicada anteri-
ormente, estabelece um ciclo de feedback entre o que
o cliente está fazendo de forma observável - o que o
hipnotizador vê e ouve o cliente fazer - e o que o cliente
ouve o hipnotizador dizer. Na verdade, isso equivale a
encontrar o cliente em seu modelo de mundo - ir até a
realidade do cliente, aceitá-la e, então, utilizá-la para os
propósitos da sessão hipnótica. Encontrar um cliente
em seu modelo de mundo, acompanhar esse modelo e
então conduzi-lo a um novo território é uma das estra-
tégias consistentes de Erickson, que tornam seu traba-
lho mais fácil para ele e para seu cliente. Qualquer ten-
tativa de forçar um cliente a algo, ou de fazê-lo negar o
que acredita, abre a possibilidade de resistência, dando
ao cliente algo para resistir. Essa luta serve apenas para
desperdiçar o tempo e as energias de todos os envol-
vidos e muito raramente serve a algum propósito.
A maioria de vocês provavelmente já teve a
experiência comum de se tornar o que chamamos de
“fisgado” nas comunicações interpessoais. Alguém,
por exemplo, chega até você e diz casualmente algo co-
mo: Puxa, eu sou tão estúpido; Eu não consigo fazer
nada certo.
 One possible response is to attempt to be
"helpful" and reply: That's not true; you know you can responder: Isso não é verdade; você sabe que pode
do a lot. You can X, Y, Z, etc. fazer muito. Você pode X, Y, Z etc..
The characteristic result in our experience is
that, the more you try to "help" in this way, the more
the other person expresses the opposite viewpoint. As
an additional example, an acquaintance might say to
you: I want your opinion; do you think I should X or Y,
etc. You say: Well, X looks good.
Typically, the person will immediately defend
Y. One strategy which we have found invaluable in our
therapeutic work is to agree with the other person who
will then, invariably, take the other side. As an
example, consider the following transcript from a
therapy session:
Jane: I'm so dumb, I... I never say the right
thing.
Therapist: I've not iced I hat; in fact, you're so
dumb that I don't think anyone can help you. You
probably can't do anything - you'd better just give up.
Jane: Well... a... um... a
Therapist: No, no you're right; you must be
beyond help. I think you'd better just go home and lock
yourself in the closet; no one in the whole wide world
is as dumb as you.
Jane: (interrupting) I'm not that bad; come on,
(beginning to laugh) I know what you're doing, so let's
just get on with it, shall we?
Therapist: OK, if you think you can be helped,
let's begin.
Erickson has a very refined sensitivity to this
kind of communication; he meets his client at his
model, accepting it and utilizing it to the fullest. The
following extracts are examples of this exceptionally
refined ability.
Case Report 1
George had been a patient in a mental hospital
for five years. His identity had never been established.
He was simply a stranger around the age of 25 who had
been picked up by the police for irrational behavior and
committed to the state mental hospital. During those
five years he had said, "My name is George," "Good
morning," and "Good night," but these were his only
rational utterances. He uttered otherwise a continuous
word-salad completely meaningless as far as could be
determined. It was made up of sounds, syllables,
words, and incomplete phrases. For the first three years
he sat on a bench at the front door of the ward and
Uma resposta possível é tentar ser "útil" e
O resultado característico de nossa experiência
é que, quanto mais você tenta “ajudar” dessa forma,
mais a outra pessoa expressa o ponto de vista oposto.
Como exemplo adicional, um conhecido pode dizer a
você: ‘Quero sua opinião; você acha que eu deveria X
ou Y, etc. Você diz: Bem, X parece bom.’
Normalmente, a pessoa defenderá Y imedia-
tamente. Uma estratégia que consideramos inestimável
em nosso trabalho terapêutico é concordar com a outra
pessoa que então, invariavelmente, tomará o outro la-
do. Como exemplo, considere a seguinte transcrição de
uma sessão de terapia:
Jane: Eu sou tão burra, eu ... eu nunca digo a
coisa certa.
Terapeuta: Eu não coloquei gelo nisso; na
verdade, você é tão burro que acho que ninguém pode
ajudá-lo. Você provavelmente não pode fazer nada - é
melhor desistir.
Jane: Bem ... um ... um ... um
Terapeuta: Não, você está certo; você deve
estar além da ajuda. Acho melhor você ir para casa e se
trancar no armário; ninguém em todo o mundo é tão
burro quanto você.
Jane: (interrompendo) Eu não sou tão ruim;
vamos, (começando a rir) Eu sei o que você está
fazendo, então vamos continuar com isso, vamos?
Terapeuta: Ok, se você acha que pode ser
ajudado, vamos começar.
Erickson tem uma sensibilidade muito refinada
para esse tipo de comunicação; ele encontra seu cliente
em seu modelo, aceitando-o e utilizando-o ao máximo.
Os extratos a seguir são exemplos dessa capacidade
excepcionalmente refinada.
Relato de Caso 1
George foi paciente em um hospital psiquiá-
trico por cinco anos. Sua identidade nunca foi estabe-
lecida. Ele era simplesmente um estranho com cerca de
25 anos que havia sido preso pela polícia por compor-
tamento irracional e internado no hospital psiquiátrico
estadual. Durante esses cinco anos, ele disse: ‘Meu no-
me é George’, ‘Bom dia’ e ‘Boa noite’, mas essas eram
suas únicas declarações racionais. Ele proferiu, de ou-
tra forma, uma salada de palavras contínua comple-
tamente sem sentido, tanto quanto poderia ser determi-
nado. Era composto de sons, sílabas, palavras e frases
incompletas. Nos primeiros três anos, ele se sentou em
eagerly leaped up and poured forth his word-salad most
urgently to everyone who entered the ward. Otherwise,
he merely sat quietly mumbling his word-salad to
himself. Innumerable efforts had been made by
psychiatrists, psychologists, nurses, social service
workers, other personnel and even fellow patients to
secure intelligible remarks from him, all in vain.
George talked only one way, the word-salad way. After
approximately three years he continued to greet
persons who entered the ward with an outburst of
meaningless words, but in between times he sat silently
on the bench, appearing mildly depressed but
somewhat angrily uttering a few minutes of word-salad
when approached and questioned.
The author joined the hospital staff in the sixth
year of George's stay. The available information about
his ward behavior was secured. It was learned also that
patients or ward personnel could sit on the bench
beside him without eliciting his word-salad so long as
they did not speak to him. With this total of information
a therapeutic plan was devised. A secretary recorded in
shorthand the word-salads with which he so urgently
greeted those who entered the ward. These transcribed
recordings were studied but no meaning could be
discovered. These word-salads were carefully
paraphrased, using words that were least likely to be
found in George's productions and an extensive study
was made of these until the author could improvise a
word-salad similar in pattern to George's, but utilizing
a different vocabulary.
Then all entrances to the ward were made
through a side door some distance down the corridor
from George. The author then began the practice of
sitting silently on the bench beside George daily for
increasing lengths of time until the span of an hour was
reached. Then, at the next sitting, the author,
addressing the empty air, identified himself verbally.
George made no response.
The next day the identification was addressed
directly to George. He spat out an angry stretch of
word-salad to which the author replied, in tones of
courtesy and responsiveness, with an equal amount of
his own carefully contrived wordsalad. George
appeared puzzled and, when the author finished,
George uttered another contribution with an inquiring
um banco na porta da frente da enfermaria e ansiosa-
mente saltou e derramou sua salada de palavras com
mais urgência para todos que entravam na enfermaria.
Do contrário, ele apenas ficou sentado murmurando
baixinho sua salada de palavras para si mesmo. Inú-
meros esforços foram feitos por psiquiatras, psicó-
logos, enfermeiras, assistentes sociais, outro pessoal e
até mesmo outros pacientes para obter dele comen-
tários inteligíveis, todos em vão. George falava apenas
de um jeito, o jeito da salada de palavras. Depois de
aproximadamente três anos, ele continuou a cumpri-
mentar as pessoas que entravam na enfermaria com
uma explosão de palavras sem sentido, mas entre as
vezes ele ficava sentado em silêncio no banco, pare-
cendo levemente deprimido, mas com certa raiva pro-
ferindo alguns minutos de salada de palavras quando
abordado e questionado.
O autor ingressou na equipe do hospital no
sexto ano de internação de George. As informações
disponíveis sobre o comportamento de sua ala foram
garantidas. Aprendeu-se também que os pacientes ou
funcionários da enfermaria podiam sentar-se no banco
ao lado dele sem provocar sua salada de palavras,
desde que não falassem com ele. Com esse total de
informações foi elaborado um plano terapêutico. Uma
secretária registrou em taquigrafia as saladas de
palavras com que saudava com tanta urgência os que
entravam na enfermaria. Essas gravações transcritas
foram estudadas, mas nenhum significado pôde ser
descoberto. Essas saladas de palavras foram parafra-
seadas cuidadosamente, usando palavras que eram me-
nos prováveis de serem encontradas nas produções de
George e um extenso estudo foi feito delas até que o
autor pudesse improvisar uma salada de palavras
semelhante em padrão ao de George, mas utilizando
um vocabulário diferente.
Em seguida, todas as entradas para a enfer-
maria eram feitas por uma porta lateral a alguma
distância de George no corredor. O autor então
começou a prática de sentar-se silenciosamente no
banco ao lado de George diariamente por períodos
cada vez maiores de tempo até atingir o intervalo de
uma hora. Então, na próxima sessão, o autor, dirigindo-
se ao vazio, identificou-se verbalmente. George não
respondeu.
No dia seguinte, a identificação foi endereçada
diretamente a George. Ele cuspiu uma raivosa porção
de salada de palavras à qual o autor respondeu, em tons
de cortesia e receptividade, com uma quantidade igual
de suas próprias palavras cuidadosamente elaboradas.
George pareceu confuso e, quando o autor terminou,
intonation. As if replying the author verbalized still George proferiu outra contribuição com uma ento-
further word-salad. nação inquisitiva. Como se respondendo, o autor ver-
balizasse ainda mais palavras-salada.
After a half dozen interchanges, George lapsed
into silence and the author promptly went about other ficou em silêncio e o autor prontamente tratou de ou-
matters. tros assuntos.
The next morning appropriate greetings were
exchanged employing proper names by both. Then
George launched into a long word-salad speech to
which the author courteously replied in kind. There
followed then brief interchanges of long and short
utterances of word-salad until George fell silent and the
author went to other duties.
This continued for some time. Then George,
after returning the morning greeting, made
meaningless utterances without pause for four hours. It
taxed the author greatly to miss lunch and to make a
full reply in kind. George listened attentively and made
a two-hour reply to which a weary two-hour response
was made. (George was noted to watch the clock
throughout the day.)
The next morning George returned the usual
greeting properly but added about two sentences of
nonsense to which the author replied with a similar
length of nonsense. George replied, 'Talk sense,
Doctor." "Certainly, I'll be glad to. What is your last
name?" "O'Donovan and it's about time somebody who
knows how to talk asked. Over five years in this lousy
joint"... (to which was added a sentence or two of
word-salad). The author replied, "I'm glad to get your
name, George. Five years is too long a time"... (and
about two sentences of word-salad were added).
The rest of the account is as might be expected.
A complete history sprinkled with bits of word-salad
was obtained by inquiries judiciously salted with
wordsalad. His clinical course, never completely free
of word-salad which was eventually reduced to
unintelligible mumbles, was excellent. Within a year
he had left the hospital, was gainfully employed, and at
increasingly longer intervals returned to the hospital to
report his continued and improving adjustment.
Nevertheless, he invariably initiated his report or
terminated it with a bit of wordsalad, always expecting
the same from the author. Yet he could, as he
Depois de meia dúzia de intercâmbios, George
Na manhã seguinte, saudações apropriadas fo-
ram trocadas empregando nomes próprios por ambos.
Então George lançou um longo discurso de salada de
palavras ao qual o autor respondeu cortesmente na
mesma moeda. Seguiram-se breves intercâmbios de
pronunciamentos longos e curtos de salada de palavras
até que George se calou e o autor passou a outras
funções.
Isso continuou por algum tempo. Então Geor-
ge, após retornar a saudação matinal, fez declarações
sem sentido sem pausa por quatro horas. Custou muito
o autor perder o almoço e dar uma resposta completa
na mesma moeda. George ouviu com atenção e deu
uma resposta de duas horas, à qual foi dada uma
resposta cansativa de duas horas. (George observou o
relógio ao longo do dia.)
Na manhã seguinte, George retornou a sau-
dação usual de maneira adequada, mas acrescentou
cerca de duas frases sem sentido, às quais o autor res-
pondeu com uma extensão semelhante de absurdo. Ge-
orge respondeu:
‘Fale com bom senso, doutor.’
‘Certamente, ficarei feliz em fazê-lo. Qual é o
seu sobrenome?’
‘O'Donovan e já era hora de alguém que sabe
falar perguntar. Mais de cinco anos neste lugar
nojento’... (ao qual foi adicionada uma frase ou duas de
salada de palavras).
O autor respondeu: ‘Fico feliz em saber seu
nome, George. Cinco anos é muito tempo’... (e cerca
de duas frases de salada de palavras foram
adicionadas).
O resto da conta é o esperado. Uma história
completa polvilhada com pedaços de salada de pala-
vras foi obtida por meio de investigações judici-
osamente salgadas com saladas de palavras. Seu curso
clínico, nunca completamente livre de palavras com-
plicadas que acabou sendo reduzido a resmungos inin-
teligíveis, foi excelente. Em um ano, ele deixou o hos-
pital, conseguiu um emprego remunerado e, a inter-
valos cada vez maiores, voltou ao hospital para relatar
seu ajuste contínuo e aprimorado. No entanto, ele inva-
riavelmente iniciava seu relato ou o encerrava com
uma palavrinha, sempre esperando o mesmo do autor.
frequently did on these visits, comment wryly,
"Nothing like a little nonsense in life, is there Doctor?"
to which he obviously expected and received a sensible
expression of agreement to which was added a brief
utterance of nonsense. After he had been out of the
hospital continuously for three years of fully
satisfactory adjustment, contact was lost with him
except for a cheerful postcard from another city. This
bore a brief but satisfactory summary of his
adjustments in a distant city. It was signed properly but
following his name was a jumble of syllables. There
was no return address. He was ending the relationship
on his terms of adequate understanding.
During the course of his psychotherapy he was
found hypnotizable, developing a medium to deep
trance in about 15 minutes. However, his trance
behavior was entirely comparable to his waking
behavior and it offered no therapeutic advantages,
although repeated tests were made. Every therapeutic
interview was characterized by the judicious use of an
appropriate amount of word-salad.
The above case represents a rather extreme
example of meeting a patient at the level of his
decidedly serious problem. The author was at first
rather censoriously criticized by others but when it
became apparent that inexplicable imperative needs of
the patient were being met, there was no further
adverse comment. (1967, pp. 501-502)
Erickson's ability to meet George at his model
of the world, even to the extent of speaking his
language, is a brilliant example of how Erickson will
go to the client to make contact in his model, instead of
expecting the client to come to him. When practitioners
of hypnosis and therapy learn this skill, the term
resistant client will have no meaning, and trance states
will be available to more people.
The next excerpt is a good example of what,
typically, is called a resistant patient, who may have
been labeled as unhypnotizable or unsusceptible.
Erickson's induction is simple because he meets the
client at her model and leads quickly into the desired
state. Her "resistance" becomes the very model for the
induction.
“You wish to have hypnosis utilized in
connection with your dental work. Your husband and conexão com o seu trabalho odontológico. Seu marido
his colleagues wish the same, but each time hypnosis e seus colegas desejam o mesmo, mas cada vez que a
No entanto, ele podia, como fazia com frequência
nessas visitas, comentar ironicamente: “Nada como
um pequeno disparate na vida, não é doutor?” ao que
ele obviamente esperava e recebeu uma expressão
sensata de concordância à qual foi adicionada uma
breve declaração de absurdo. Depois de ter estado fora
do hospital continuamente por três anos de adaptação
totalmente satisfatória, o contato com ele foi perdido,
exceto por um cartão postal alegre de outra cidade. Isso
trazia um breve mas satisfatório resumo de seus ajustes
em uma cidade distante. Estava assinado corretamente,
mas após seu nome havia uma confusão de sílabas.
Não havia endereço de retorno. Ele estava terminando
o relacionamento em seus termos de compreensão ade-
quada.
Durante o curso de sua psicoterapia, ele foi
considerado hipnotizável, desenvolvendo um transe
médio a profundo em cerca de 15 minutos. No entanto,
seu comportamento de transe era inteiramente compa-
rável ao de vigília e não oferecia vantagens tera-
pêuticas, embora testes repetidos fossem feitos. Cada
entrevista terapêutica foi caracterizada pelo uso crite-
rioso de uma quantidade adequada de salada de pa-
lavras.
O caso representa um exemplo bastante extre-
mo de encontrar um paciente no nível de seu problema
decididamente sério. O autor foi inicialmente criticado
de forma um tanto censurável por outros, mas quando
se tornou aparente que as necessidades imperativas
inexplicáveis do paciente estavam sendo atendidas,
não houve mais comentários adversos. (1967, pp. 501-
502)
A habilidade de Erickson de conhecer George
em seu modelo do mundo, mesmo ao ponto de falar sua
língua, é um exemplo brilhante de como Erickson
busca o cliente para fazer contato em seu modelo, em
vez de esperar que o cliente venha até ele. Quando os
praticantes de hipnose e terapia aprenderem essa
habilidade, o termo cliente resistente não terá
significado e os estados de transe estarão disponíveis
para mais pessoas.
O próximo trecho é um bom exemplo do que,
normalmente, é chamado de paciente resistente, que
pode ter sido rotulado como não hipnotizável ou não
suscetível. A introdução de Erickson é simples porque
ele encontra a cliente em seu modelo e leva
rapidamente ao estado desejado. Sua “resistência” se
torna o próprio modelo para a indução.
“Você deseja que a hipnose seja utilizada em
was attempted, you have failed to go into a trance. You
got scared stiff and you cried. It would really be enough
just to get stiff without crying. Now you want me to
treat you psychiatrically, if necessary, but I don't
believe it is. Instead, I will just put you in a trance so
that you can have hypnosis for your dentistry.”
She replied, "But I'll just get scared stiff and
cry."
She was answered with, "No, you will first get
stiff. That is the first thing to do and do it now. Just get
more and more stiff, your arms, your legs, your body,
your neck - completely stiff - even stiffer than you were
with your husband. Now close your eyes and let the
lids get stiff, so stiff that you can't open them."
Her responses were most adequate.
Erickson's ability both to pace and to utilize his
client's model of the world is a great tool; there is much
for other practitioners of hypnosis to learn from this
area of his work. Too often the failure of hypnotists to
meet the client and use the client's model results in
failures that could have been the very source of
success. A dramatic example of this occurred in our
work after a visit with Erickson. We were conducting
an evening seminar in hypnotism and exploring the
various hypnotic phenomena described by Erickson in
his articles. We were working with negative
hallucinations with a young woman. While she was in
a deep trance, we gave a series of relatively direct
suggestions to her that she would not see her hand.
When she awoke, she opened her eyes, looked at her
right hand carefully and said in a disappointed tone,
"But it's still there." One of the authors immediately
replied, "Yes, of course, you can see that hand," his
voice clearly implying more. She then shifted slowly
her gaze, looking over at her other hand, and gasped,
"I don't believe it! It's gone!" Pacing her initial
response, accepting her present model of her ongoing
experience and leading her made possible this visual
alternation.
... A clinical instance in which this same
technique was employed centers around an
obstreperous 25-year-old patient for whom
hypnotherapy was not indicated. Nevertheless, he
repeatedly demanded hypnosis and in the same breath
declared himself unhypnotizable. On one occasion, he
forced the issue by demanding absolutely, “Hypnotize
me even though I'm not hypnotizable.”
hipnose foi tentada, você não conseguiu entrar em
transe. Você ficou com muito medo e chorou. Seria
realmente suficiente ficar rígido sem chorar. Agora
você quer que eu trate você psiquiatricamente, se ne-
cessário, mas eu não acredito que seja. Em vez disso,
vou apenas colocá-lo em transe para que você possa ter
hipnose para sua odontologia.”
Ela respondeu: “Mas vou ficar com muito me-
do e chorar.”
Ela foi respondida com: “Não, primeiro você
vai ficar rígida. Essa é a primeira coisa a fazer e faça
agora. Apenas fique cada vez mais rígida, seus braços,
pernas, corpo, pescoço - completamente rígido - ainda
mais rígido do que você estava com seu marido. Agora
feche os olhos e deixe as pálpebras ficarem rígidas, tão
rígidas que você não consegue abri-las.”
Suas respostas foram as mais adequadas.
A capacidade de Erickson de acompanhar e
utilizar o modelo de mundo de seu cliente é uma ótima
ferramenta; há muito que outros praticantes da
hipnose podem aprender nessa área de seu trabalho.
Muitas vezes, o fracasso dos hipnotizadores em
encontrar o cliente e em usar o modelo do cliente
resulta em falhas que poderiam ter sido a própria fonte
de sucesso. Um exemplo dramático disso ocorreu em
nosso trabalho depois de uma visita a Erickson.
Estávamos conduzindo um seminário noturno sobre
hipnotismo e explorando os vários fenômenos
hipnóticos descritos por Erickson em seus artigos.
Estávamos trabalhando com alucinações negativas
com uma jovem. Enquanto ela estava em um transe
profundo, demos uma série de sugestões relativamente
diretas de que ela não veria sua mão. Quando
acordou, abriu os olhos, olhou atentamente para a
mão direita e disse em tom desapontado: “Mas ainda
está lá.” Um dos autores respondeu imediatamente:
“Sim, claro, você pode ver essa mão”, sua voz
claramente implicando mais. Ela então mudou
lentamente seu olhar, olhando para a outra mão, e
engasgou, “Eu não acredito! Ela se foi!” Acompanhar
sua resposta inicial, aceitar seu modelo atual de sua
experiência contínua e conduzi-la tornou possível essa
alternância visual.
... Um caso clínico em que essa mesma técnica
foi empregada gira em torno de um paciente obstrutivo
de 25 anos para o qual a hipnoterapia não estava indi-
cada. No entanto, ele repetidamente exigiu hipnose e
ao mesmo tempo declarou-se não hipnotizável. Em
uma ocasião, ele forçou o problema ao exigir abso-
lutamente: “Hipnotize-me, embora eu não seja
hipnotizável”.
 This demand was met by employing softly
spoken suggestions of slow, progressive relaxation,
fatigue, and sleep. Throughout the hour that this was
done, the patient sat on the edge of his chair,
gesticulated, and bitterly denounced the entire
procedure as stupid and incompetent. At the close of
the session, the patient declared that his time and
money had been wasted. He could "remember every
ineffectual, stupid suggestion" that had been offered
and could "remember everything that took place the
whole time."
The writer immediately seized upon these
utterances to declare, somewhat repetitiously,
"Certainly you remember. You are here in the office.
Naturally here in the office you can remember
everything. It all occurred here in the office and you
were here and hem you can remember everything."
The patient impatiently demanded another
appointment and left angrily.
At the next appointment, he was deliberately
met in the reception room. He immediately inquired if
he had kept his previous appointment. Reply was given
evasively that surely he would remember if he had
done so. He explained that on that day, he had suddenly
found himself sitting in his car unable to remember if
he had just returned from his appointment or were just
leaving for it. This question he debated for an indefinite
period of time before he thought of checking with his
watch and then he discovered that the time was long
past the proper hour. However, he was still unable to
decide the problem because he did not know how long
he had debated the question. He asked, again, if he had
kept his previous appointment, and again he was
assured evasively that surely he would remember if he
had.
As he entered the office, he stopped short and
declared, "I did too keep my appointment. You wasted “Eu também cumpri meu compromisso. Você desper-
my time with that silly, soft, gentle, ineffectual diçou meu tempo com essa sua técnica hipnótica tola,
hypnotic technique of yours, and you failed suave, gentil e ineficaz, e falhou miseravelmente.”
miserably."
After a few more derogatory comments, he was
maneuvered into returning to the reception room where
he again manifested an amnesia for the previous
appointment as well as his original inquiries about it.
His questions were once more parried. He was led back
into the office, where for a second time he experienced
full recall of the previous appointment.
Again he was induced to return to the reception
room with a resultant reestablishment of his amnesia. recepção com o restabelecimento de sua amnésia. Ao
Essa demanda foi atendida com o emprego de
sugestões faladas suavemente de relaxamento lento e
progressivo, fadiga e sono. Durante toda a hora em que
isso foi feito, o paciente sentou-se na ponta da cadeira,
gesticulou e denunciou amargamente todo o proce-
dimento como estúpido e incompetente. No encerra-
mento da sessão, o paciente declarou que seu tempo e
dinheiro haviam sido desperdiçados. Ele podia “se
lembrar de cada sugestão estúpida e ineficaz” que
havia sido oferecida e podia “se lembrar de tudo o que
aconteceu o tempo todo”.
O escritor imediatamente aproveitou essas
declarações para declarar, um tanto repetidamente,
“Certamente você se lembra. Você está aqui no
escritório. Naturalmente aqui no escritório você pode
se lembrar de tudo. Tudo ocorreu aqui no escritório e
você estava aqui e pode lembrar de tudo.” O paciente
exigiu impacientemente outra consulta e saiu furioso.
Na próxima consulta, ele foi deliberadamente
recebido na sala de recepção. Ele imediatamente
perguntou se ele havia mantido seu compromisso an-
terior. A resposta foi dada evasivamente que certa-
mente ele se lembraria se tivesse feito isso. Ele expli-
cou que naquele dia, de repente se viu sentado em seu
carro, sem conseguir lembrar se havia acabado de
voltar de seu compromisso ou se estava saindo para ir.
Ele debateu essa questão por um período indefinido de
tempo antes de pensar em verificar com seu relógio e
então descobrir que já havia passado da hora certa. No
entanto, ele ainda não foi capaz de decidir o problema
porque não sabia por quanto tempo havia debatido a
questão. Ele perguntou, novamente, se ele tinha
mantido seu compromisso anterior, e novamente ele
foi evasivamente garantido que certamente ele se lem-
braria se tivesse.
Ao entrar no escritório, ele parou e declarou:
Depois de mais alguns comentários depre-
ciativos, ele foi levado a retornar à sala de recepção,
onde novamente manifestou amnésia pela consulta
anterior, bem como por suas indagações originais a
respeito. Suas perguntas foram mais uma vez evitadas.
Ele foi conduzido de volta ao escritório, onde pela
segunda vez experimentou a completa lembrança do
compromisso anterior.
Novamente ele foi induzido a retornar à sala de
Upon reentering the office, he added to his recollection
of the previous appointment a full recall of his separate
entrances into the reception room and the
accompanying amnesic states. This bewildered and
intrigued him to such an extent that he spent most of
the hour going from the office to the reception room
and back again. He experienced a full amnesia in the
reception room, and full recollection of the total
experience inclusive of the reception room
manifestations in the office.
The therapeutic effect of this hypnotic
experience was the almost immediate correction of
much of the patient's hostile, antagonistic,
hypercritical, demanding attitude and the
establishment of a good rapport. An acceleration of
therapy resulted even though no further hypnosis was
employed. (1967, pp. 41-42)
Inexperienced hypnotists too readily accept
initial failure as a lack of ability on the part of
themselves or the subject. Erickson consistently
emphasizes the importance of accepting every aspect
of the client's behavior and utilizing it, thereby meeting
his client's at their model of the world and leading them
to new places. His description of this process follows:
In trance induction, the inexperienced hypnotist often
tries to direct or bend the subject's behavior to fit his
conception of how the subject "should" behave. There
should be a constant minimization of the role of the
hypnotist and a constant enlargement of the subject's
role. An example may be cited of a volunteer subject,
used later to teach hypnosis to medical students.
After a general discussion of hypnosis, she
expressed a willingness to go into a trance
immediately. The suggestion was offered that she
select the chair and position she felt would be most
comfortable. When she had settled herself to her
satisfaction, she remarked that she would like to smoke
a cigarette. She was immediately given one, and she
proceeded to smoke lazily, meditatively watching the
smoke drifting upward. Casual conversational remarks
were offered about the pleasure of smoking, of
watching the curling smoke, the feeling of ease in
lifting the cigarette to her mouth, the inner sense of
satisfaction of becoming entirely absorbed just in
smoking comfortably and without need to attend to any
external things. Shortly, casual remarks were made
about inhaling and exhaling, these words timed to fit in
with her actual breathing. Others were made about the
ease with which she could almost automatically lift her
cigarette to her mouth and then lower her hand to the
reentrar no escritório, ele acrescentou à sua lembrança
da nomeação anterior uma lembrança completa de suas
entradas separadas na sala de recepção e os estados
amnésicos que as acompanham. Isso o confundiu e
intrigou a tal ponto que ele passou a maior parte da hora
indo do escritório para a sala de recepção e vice-versa.
Ele experimentou uma amnésia completa na sala de
recepção, e plena lembrança da experiência total,
incluindo as manifestações da sala de recepção no es-
critório.
O efeito terapêutico dessa experiência hipnó-
tica foi a correção quase imediata de grande parte da
atitude hostil, antagônica, hipercrítica e exigente do pa-
ciente e o estabelecimento de um bom relacionamento.
O resultado foi uma aceleração da terapia, embora
nenhuma hipnose adicional fosse empregada. (1967,
pp. 41-42)
Hipnotizadores inexperientes aceitam pronta-
mente o fracasso inicial como uma falta de habilidade
por parte deles próprios ou do sujeito. Erickson enfa-
tiza consistentemente a importância de aceitar cada
aspecto do comportamento do cliente e utilizá-lo, aten-
dendo assim ao modelo de mundo de seu cliente e
conduzindo-o a novos lugares. Sua descrição desse
processo é a seguinte: “Na indução de transe, o
hipnotista inexperiente freqüentemente tenta dire-
cionar ou dobrar o comportamento do sujeito para se
ajustar à sua concepção de como o sujeito ‘deveria’ se
comportar. Deve haver uma minimização constante do
papel do hipnotizador e uma ampliação constante do
papel do sujeito. Um exemplo pode ser citado de uma
disciplina voluntária, usada posteriormente para
ensinar hipnose a estudantes de medicina.
Após uma discussão geral sobre a hipnose, ela
expressou a disposição de entrar em transe imedia-
tamente. Sugeriu-se que ela escolhesse a cadeira e a po-
sição que considerasse mais confortável. Depois de se
acomodar a contento, ela comentou que gostaria de
fumar um cigarro. Ela recebeu um imediatamente e
começou a fumar preguiçosamente, observando medi-
tativamente a fumaça subindo. Comentários casuais
em conversas foram feitos sobre o prazer de fumar, de
observar a fumaça ondulante, a sensação de facilidade
em levar o cigarro à boca, a sensação interna de satis-
fação de se tornar inteiramente absorvido apenas em
fumar confortavelmente e sem a necessidade de cuidar
de qualquer coisa externa. Em breve, comentários
casuais foram feitos sobre inspirar e expirar, essas
palavras cronometradas para se encaixar em sua
respiração real. Outras foram feitas sobre a facilidade
com que ela podia quase automaticamente levar o
cigarro à boca e depois abaixar a mão até o braço da
arm of the chair. These remarks were also timed to
coincide with her actual behavior. Soon, the words
"inhale," "exhale," "lift," and "lower" acquired a
conditioning value of which she was unaware because
of the seemingly conversational character of the
suggestions. Similarly, casual suggestions were
offered in which the words sleep, sleepy, and sleeping
were timed to her eyelid behavior.
Before she had finished the cigarette, she had
developed a light trance. Then the suggestion was
made that she might continue to enjoy smoking as she
slept more and more soundly; that the cigarette would
be looked after by the hypnotist while she absorbed
herself more and more completely in deep sleep; that,
as she slept, she would continue to experience the
satisfying feelings and sensations of smoking. A
satisfactory profound trance resulted and she was given
extensive training to teach her to respond in accord
with her own unconscious pattern of behavior. (1967,
p. 18)
Pacing, then, is part of Erickson's general
strategy for dealing with the dominant hemisphere in
establishing a trance state. As this pacing feedback
loop is established, the rest of the overall strategy for
dealing with the dominant hemisphere begins.
Erickson describes this as follows: Deep hypnosis is
that level... that permits the subject to function
adequately and directly at an unconscious level of
awareness without interference by the conscious mind.
This is accomplished by pacing,
simultaneously distracting and utilizing the
unconscious patterns of behavior generated by the
dominant hemisphere. Speaking to a client in a way
that makes use of the process by which people create
linguistic models of their experience allows the
hypnotist to tap the vast resources of his client. The
Structure of Magic I is the volume in which we
described the process by which people create linguistic
models of their experience. The Meta-model is a set of
precise forms with which a psychotherapist can
directly challenge impoverishing representations.
Hypnosis, on the other hand, does not challenge these
processes of representation but rather turns them into
the very vehicle that enables a client to achieve both the
trance state and its goals. Thus, therapeutic goals can
be achieved in waking therapy by Meta-modeling both
to understand and to expand your client's model of the
world. What could be called in hypnosis an anti- or
inverse Meta-model is used to pace and distract,
utilizing the modeling processes of the client to achieve
cadeira. Essas observações também foram progra-
madas para coincidir com seu comportamento real.
Logo, as palavras ‘inspire’, ‘expire’, ‘levante’ e
‘abaixe’ adquiriram um valor de condicionamento que
ela desconhecia devido ao caráter aparentemente
coloquial das sugestões. Da mesma forma, foram
oferecidas sugestões casuais nas quais as palavras
dormir, sonolento e dormindo eram sincronizadas com
o comportamento das pálpebras.
Antes de terminar o cigarro, ela desenvolveu
um leve transe. Em seguida, sugeriu-se que ela conti-
nuasse a gostar de fumar enquanto dormia cada vez
mais profundamente; que o cigarro seria cuidado pelo
hipnotizador enquanto ela se absorvia cada vez mais no
sono profundo; que, enquanto dormia, ela continuaria
a experimentar os sentimentos e sensações satisfatórias
de fumar. Resultou em um transe profundo satisfatório
e ela recebeu um treinamento extensivo para ensiná-la
a responder de acordo com seu próprio padrão incons-
ciente de comportamento. (1967, p. 18)
O pacing, então, é parte da estratégia geral de
Erickson para lidar com o hemisfério dominante no
estabelecimento de um estado de transe. Conforme
esse ciclo de feedback de ritmo é estabelecido, inicia-
se o resto da estratégia geral para lidar com o
hemisfério dominante. Erickson descreve isso da
seguinte maneira: ‘A hipnose profunda é aquele
nível... que permite ao sujeito funcionar adequada e
diretamente em um nível inconsciente de consciência,
sem interferência da mente consciente’.
Isso é conseguido com o ritmo, distraindo e uti-
lizando simultaneamente os padrões inconscientes de
comportamento gerados pelo hemisfério dominante.
Falar a um cliente de uma maneira que faça uso do
processo pelo qual as pessoas criam modelos linguís-
ticos de sua experiência permite ao hipnotizador ex-
plorar os vastos recursos de seu cliente. Em A Estrutura
da Magia Parte I descrevemos o processo pelo qual as
pessoas criam modelos linguísticos de sua experiência.
O metamodelo é um conjunto de formas precisas com
as quais um psicoterapeuta pode desafiar diretamente
representações empobrecedoras. A hipnose, por outro
lado, não desafia esses processos de representação,
mas os transforma no próprio veículo que permite ao
cliente atingir o estado de transe e seus objetivos.
Assim, os objetivos terapêuticos podem ser alcançados
na terapia de vigília por meio da metamodelagem para
compreender e expandir o modelo de mundo do seu
cliente. O que poderia ser chamado na hipnose de um
metamodelo anti ou inverso é usado para ritmar e
distrair, utilizando os processos de modelagem do
trance and the goals of the hypnotic endeavor. This cliente para alcançar o transe e os objetivos do esforço
inverse Meta-model we have lovingly named the hipnótico. A esse metamodelo inverso, chamamos
“Milton model.” carinhosamente de “modelo de Milton”.

Causal Linguistic Modeling Processes Processos de Modelagem Linguística Causal

In constructing models of our experience, each
of us attempts to make sense out of the patterns which
we experience. We attempt to create for ourselves a
map or guide for our behavior in the world which will
be of use in securing the things which we want for
ourselves. The language systems which we use in
constructing our models have the same three modeling
universals deletion, distortion, and generalization -
which we encounter in other representational systems.
When we remain flexible in our use of these processes,
they are the basis for the useful, creative and beneficial
representations we generate and use to make our way
in the world. However, when we make the tragic error
of mistaking the model for the territory, we then have
representations which impoverish our experience and
limit our potential. Thus, the very same processes
which allow us to produce useful and aesthetically
pleasing models of our experience can impoverish and
limit us. Hypnosis is a particularly striking example of
this.
One of the most common forms of distortion is
the way in which we select several parts of our
experience and establish causal relations among them,
linking them in our model so that, when we detect the
presence of one or more of these parts, we come to
expect some other part.
Linguistically, we have found it useful to
distinguish three categories of causal relations or categorias de relações causais ou ligações:
linkages:
(A) Conjunction - use of the connectives and,
but (i.e., and not)
Statements exploiting simple conjunctions
have the general form: X conjunction Y
You are listening to the sound of my voice
BUT
you are relaxing more and more
You are sitting in the chair
AND
you are drifting deeper into trance
You are focusing your eyes on that spot
i. e.
Ao construir modelos de nossa experiência,
cada um de nós tenta dar sentido aos padrões que expe-
rimentamos. Tentamos criar para nós mesmos um ma-
pa ou guia para nosso comportamento no mundo, que
será útil para garantir as coisas que queremos para nós.
Os sistemas de linguagem que usamos na construção
de nossos modelos têm os mesmos três modelos de
exclusão, distorção e generalização universais - que
encontramos em outros sistemas representacionais.
Quando permanecemos flexíveis no uso desses pro-
cessos, eles são a base para as representações úteis,
criativas e benéficas que geramos e usamos para abrir
nosso caminho no mundo. No entanto, quando come-
temos o erro trágico de confundir o modelo com o
território, temos então representações que empo-
brecem nossa experiência e limitam nosso potencial.
Assim, os mesmos processos que nos permitem
produzir modelos úteis e esteticamente agradáveis de
nossa experiência podem nos empobrecer e nos limitar.
A hipnose é um exemplo particularmente notável
disso.
Uma das formas mais comuns de distorção é a
forma como selecionamos várias partes de nossa expe-
riência e estabelecemos relações causais entre elas,
ligando-as em nosso modelo para que, ao detectarmos
a presença de uma ou mais dessas partes, venhamos
esperar alguma outra parte.
Lingüisticamente, achamos útil distinguir três
(A) Conjunção - uso dos conectivos ‘e’, ‘mas’,
‘ou seja’ e ‘não é’
As declarações que exploram conjunções
simples têm a forma geral: X conjunção Y
Você está ouvindo o som da minha voz
MAS
está relaxando cada vez mais
Você está sentado na cadeira
E
está mergulhando mais profundamente em um transe
Você está focando seus olhos naquele ponto
OU SEJA
 your eyelids are becoming heavy
AND NOT
(B) Implied Causatives - use of the connectives
as, while, during, before, after…
Statements which make use of this type of
causal linkage have the same type of form:
X implied causative Y
You will go deeper into trance
WHILE
you listen to the sound of my voice
Your eyelids will grow heavy
AFTER
you sit all the way down in the chair
That forgotten name will appear suddenly in
your mind's eye
BEFORE
you finish repeating the letters of the alphabet to your
self
(C) Cause-Effect - use of predicates which
claim a necessary connection between the portions of
the speaker's experience such as: make, cause, force,
require, etc.
The general form for this type of causal linkage
is: X causative predicate Y (e.g., will make)
Sitting all the way in that chair
WILL MAKE
you go into a profound somnambulistic trance
Staring at that paperweight
WILL MAKE
your eyelids become heavy
Listening to the sound of my voice
WILL MAKE
you relax more and more
Each of these constructions makes the claim
that there is a connection between two classes of
events. The strength of the connection that is claimed
varies from simple co-occurrence to one of necessity.
As we showed in Part I of this volume, the most typical
way in which a hypnotist uses these modeling
processes is by linking some portion of the client's on-
going experience which the client is able immediately
to verify to some experience or behavior which the
hypnotist wishes the client to have. These same
patterns may be made to appear much more complex
by introducing negatives into the general forms
presented, as the following examples show:
…you won't be able to keep your eyelids open
AS
you feel their weight...
suas pálpebras estão ficando pesadas
NÃO É
(B) Causativos implícitos - uso dos conectivos
‘como’, ‘enquanto’, ‘durante’, ‘antes’, ‘depois’ ...
As declarações que fazem uso deste tipo de
ligação causal têm o mesmo tipo de forma: X causativo
implícito y
Você entrará mais profundamente em transe
ENQUANTO
ouvir o som da minha voz
Suas pálpebras ficarão pesadas
DEPOIS
de você se sentar totalmente na cadeira
Esse nome esquecido aparecerá de repente em
sua mente
ANTES
de terminar de repetir as letras do alfabeto para si
mesmo
(C) Causa-Efeito - uso de predicados que rei-
vindicam uma conexão necessária entre as partes da
experiência do falante, como: fazer, causar, forçar,
exigir etc.
A forma geral para este tipo de ligação causal
é: X predicado causal Y (por exemplo, fará)
Ficar sentado naquela cadeira
FARÁ
você entrar em um profundo transe sonâmbulo
Olhar para aquele peso de papel
FARÁ
suas pálpebras pesarem
Ouvir o som da minha voz
FARÁ
você relaxar mais e mais
Cada uma dessas construções afirma que existe
uma conexão entre duas classes de eventos. A força da
conexão que é reivindicada varia de uma simples
coocorrência a uma por necessidade. Como mostramos
na Parte I deste volume, a maneira mais típica em que
um hipnotizador usa esses processos de modelagem é
ligando alguma parte da experiência contínua do
cliente em que ele é capaz de verificar imediatamente
a alguma experiência ou comportamento que o hipno-
tizador deseja que o cliente tenha. Esses mesmos pa-
drões podem parecer muito mais complexos, intro-
duzindo negativos nas formas gerais apresentadas,
como mostram os exemplos a seguir:
...você não será capaz de manter suas pálpebras
abertas
 AO
~X as Y sentir o peso delas...
where ~ is the symbol for negation ~X as Y
onde ~ é o símbolo de negação
You can't prevent as yourself from experiencing the Você não pode evitar sentir os olhos profundos de
deep feeling eyes of sadness tristeza
AS COMO
You feel the tight around your eyes você sente o aperto em volta dos seus olhos

X as Y X como Y
Not talking makes it so easy Não falar é tão fácil
AS COMO
to not listen to any sound but my voice não ouvir nenhum som além da minha voz

~X makes it so easy as ~Y ~X é tão fácil como ~Y

In addition, to add negation to the basic Além disso, para adicionar negação aos
patterns, you may also compound the events listed padrões básicos, você também pode compor os eventos
under the cover symbols X and Y, thus making each of listados sob os símbolos de capa X e Y, tornando cada
them themselves complex as in: um deles complexo como em:
Not speaking AND preventing your eyes from closing Não falar E impedir que seus olhos se fechem
WILL MAKE FARÁ
you go even more rapidly into a trance AS you listen você entrar ainda mais rapidamente em um transe
to the sound of my voice ENQUANTO escuta o som da minha voz

~X1 and ~X2 will make Y1 as Y2 ~X1 e ~X2 fará Y1 enquanto Y2

As the reader can verify for himself, the Como o leitor pode verificar por si mesmo, as
variations on these patterns are inexhaustible. variações desses padrões são inesgotáveis.
We now quote several examples of Erickson's Citamos agora vários exemplos do uso desses
use of these patterns. padrões por Erickson.
... And that paperweight; the filing cabinet; ... E aquele peso de papel; o arquivo; seu pé no
your foot on the rug; the ceiling light; the draperies; tapete; a luz do teto; as cortinas; sua mão direita no
your right hand on the arm of the chair; the pictures on braço da cadeira; as fotos na parede; a mudança de foco
the wall; the changing focus of your eyes as you glance de seus olhos enquanto você olha em volta; o interesse
about; the interest of the book titles; the tension in your dos títulos dos livros; a tensão em seus ombros; a
shoulders; the feeling of the chair; the disturbing noises sensação da cadeira; os ruídos e pensamentos pertur-
and thoughts; weight of hands and feet; weight of badores; peso das mãos e pés; peso dos problemas,
problems, weight of desk; the stationery stand; the peso da mesa; o suporte de papelaria; os registros de
records of many patients; the phenomena of life, of muitos pacientes; os fenômenos da vida, da doença, da
illness, of emotion, of physical and mental behavior; emoção, do comportamento físico e mental; a tranqui-
the restfulness of relaxation; the need to attend to one's lidade do relaxamento; a necessidade de atender às
needs; the need to attend to one's tension while looking próprias necessidades; a necessidade de cuidar da pró-
at the desk or the paperweight or the filing cabinet; the pria tensão ao olhar para a mesa, o peso de papel ou o
comfort of withdrawal from the environment; fatigue arquivo; o conforto da retirada do meio ambiente;
and its development; the unchanging character of the fadiga e seu desenvolvimento; o caráter imutável da
desk; the monotony of the filing cabinet; the need to mesa; a monotonia do arquivo; a necessidade de
take a rest; the comfort of closing one's eyes; the descansar; o conforto de fechar os olhos; a sensação
relaxing sensation of a deep breath; the delight of relaxante de uma respiração profunda; o prazer de
learning passively; the capacity for intellectual learning aprender passivamente; a capacidade de aprendizagem
by the unconscious... intelectual pelo inconsciente...
Here is an excellent example of Erickson's use Aqui está um excelente exemplo do uso de
of Cause-Effect at a high level of patterning. He causa-efeito de Erickson em um alto nível de padro-
maneuvers the client into a situation wherein she nização. Ele conduz a cliente a uma situação em que
comes to believe that her feeling of success caused the ela passa a acreditar que seu sentimento de sucesso
author's discomfiture. This makes use of the client's causou a derrota do autor. Isso faz uso dos próprios
own modeling processes to assist her in entering trance. processos de modelagem do cliente para ajudá-lo a
entrar em transe.
... To illustrate, a Ph.D. in psychology, ... Para ilustrar, um Ph.D. em psicologia,
extremely scornful and skeptical of hypnosis, extremamente desdenhosa e cética em relação à
challenged the author to "try to work your little fad" on hipnose, desafiou o autor a “tentar trabalhar sua
her in the presence of witnesses who would be able to pequena moda” nela na presença de testemunhas que
attest to the author's failure. However, she did state that seriam capazes de atestar o fracasso do autor. No en-
if it could be demonstrated to her that there were such tanto, ela afirmou que, se pudesse ser demonstrado a
a phenomenon as hypnosis, she would lend herself to ela que existe um fenômeno como a hipnose, ela se
any studies the author might plan. Her challenge and prestaria a quaisquer estudos que o autor planejasse.
conditions were accepted. Her promise to act as a Seu desafio e condições foram aceitos. Sua promessa
subject, if convinced, was carefully and quietly de agir como um sujeito, se convencida, foi cuidadosa
emphasized since it constituted behavior of her own e discretamente enfatizada, uma vez que constituía um
and could become the foundation for future trance comportamento próprio e poderia se tornar a base para
behavior. Next, a technique of suggestion was um comportamento de transe futuro. Em seguida, foi
employed which was believed certain to fail, which it empregada uma técnica de sugestão que se acreditava
did. Thus, the subject was given a feeling of success certamente falharia, o que de fato aconteceu. Assim, o
gratifying to her, but carrying an admixture of some assunto ganhou uma sensação de sucesso gratificante
regret over the author's discomfiture. This regret para ela, mas trazendo uma mistura de algum pesar
constituted a foundation stone for future trances. Then, pela derrota do autor. Esse arrependimento constituiu a
apparently as a face-saving device for the author, the pedra fundamental para transes futuros. Então, aparen-
topic of ideomotor activity was raised. After some temente como um dispositivo para salvar a imagem do
discussion, indirect suggestion led her to express a autor, o tópico da atividade ideomotora foi levantado.
willingness to cooperate in experimentation of Após alguma discussão, a sugestão indireta levou-a a
ideomotor activity. She qualified this by stating, "Don't expressar a vontade de cooperar na experimentação da
try to tell me that ideomotor activity is hypnosis, atividade ideomotora. Ela qualificou isso dizendo:
because I know it isn't." This was countered by the “Não tente me dizer que a atividade ideomotora é
observation that ideomotor activity could undoubtedly hipnose, porque eu sei que não é.” Isso foi rebatido pela
be achieved in hypnosis even as in the waking state. observação de que a atividade ideomotora poderia, sem
Thus, another foundation stone was laid for future dúvida, ser alcançada na hipnose, mesmo no estado de
trance activity... (1967, p. 21) vigília. Assim, outra pedra fundamental foi lançada
para a futura atividade de transe ... (1967, p. 21)
A closely related modeling process called mind Um processo de modelagem intimamente
reading - the situation in which one person claims to relacionado denominado leitura da mente - a situação
have knowledge of another person's non-observable em que uma pessoa afirma ter conhecimento do
behavior - is useful in pacing and leading the client. comportamento não observável de outra pessoa - é útil
para acompanhar e liderar o cliente.
For example, here are some common Surface Por exemplo, aqui estão algumas Estruturas
Structures of this form that are rarely challenged in Superficiais comuns desta forma que raramente são
spite of their mind reading. These, in fact, are a part of desafiadas, apesar da leitura da mente. Isso, na verdade,
almost everyone's experience. In some cases, these faz parte da experiência de quase todos. Em alguns
statements may be true, but without a specification of casos, essas afirmações podem ser verdadeiras, mas
the process, no distinction between hallucinations and
well-formed representations can be made.

I know what makes him happy.
You should have known I wouldn't be pleased.
I know he doesn't like me.
I'm sorry to keep annoying you.
You must be wondering about my concern.
By carefully employing the mind-reading
pattern, the hypnotist can successfully pace and lead
the client even in the areas of the client's experience
which have no observable consequences. We quote
another example from Erickson's work.
We both want to know why you are so
promiscuous. We both want to know the cause of your
behavior. We both know that that knowledge is in your
unconscious mind.
For the next two hours, you will sit quietly here
thinking of nothing, doing nothing, just knowing that
your unconscious is going to tell you and me the reason
for your behavior. It will tell the reason clearly and
understandably, but neither you nor I will understand
until the right time comes, and not until then. You don't
know how your unconscious will tell. I won't know
what it tells until after you do, but then I will learn the
reason too. At the right time, in the right way, you will
know and I will know.
Then you will be all right. (1967, p. 402)
The careful and skillful use of these patterns
will soon blur the distinction between pacing and logo confundirá a distinção entre controlar e liderar a
leading the client's experience. experiência do cliente.
Transderivational Search
This section deals with the distinctions of the
dominant hemisphere which are the most important to
an understanding of Milton Erickson's effective work
with hypnosis. Each of the following linguistic
distinctions shares a common pattern, i.e., in order to
find a relevant meaning in the Surface Structure of
these forms, information must be obtained from
outside the Deep Structure meaning that is derived
from the Surface Structure actually said. We intend to
keep this section as simple as possible, and we suggest
that you consult the construction exercises in Part III
for additional help.
Transformational processes are any deletion,
distortion, or generalization that occur between the full exclusão, distorção ou generalização que ocorre entre
linguistic representation - Deep Structure - and the a representação linguística completa - Estrutura
sem uma especificação do processo, nenhuma dis-
tinção entre alucinações e representações bem for-
madas pode ser feita.
Eu sei o que o deixa feliz.
Você deveria saber que eu não ficaria satisfeito.
Eu sei que ele não gosta de mim.
Sinto muito por continuar aborrecendo você.
Você deve estar se perguntando sobre minha
preocupação.
Empregando cuidadosamente o padrão de lei-
tura da mente, o hipnotizador pode acompanhar e con-
duzir o cliente com sucesso, mesmo nas áreas de sua
experiência que não têm consequências observáveis.
Citamos outro exemplo do trabalho de Erickson.
Ambos queremos saber por que você é tão pró-
míscuo. Ambos queremos saber a causa do seu com-
portamento. Ambos sabemos que esse conhecimento
está em sua mente inconsciente.
Pelas próximas duas horas, você ficará sentado
em silêncio, sem pensar em nada, sem fazer nada, ape-
nas sabendo que seu inconsciente vai dizer a você e a
mim o motivo de seu comportamento. Ele contará o
motivo de maneira clara e compreensível, mas nem
você nem eu entenderemos até que chegue a hora certa,
e não antes disso. Você não sabe como o seu incons-
ciente dirá. Não saberei o que isso diz antes de você
fazer, mas então também aprenderei o motivo. Na hora
certa, da maneira certa, você saberá e eu saberei.
Então você ficará bem. (1967, p. 402)
O uso cuidadoso e habilidoso desses padrões
Busca transderivacional
Esta seção trata das distinções do hemisfério
dominante que são as mais importantes para a compre-
ensão do trabalho eficaz de Milton Erickson com a
hipnose. Cada uma das seguintes distinções linguís-
ticas compartilha um padrão comum, ou seja, a fim de
encontrar um significado relevante na Estrutura
Superficial dessas formas, as informações devem ser
obtidas de fora do significado de Estrutura Profunda
que é derivado da Estrutura Superficial realmente dita.
Pretendemos manter esta seção o mais simples possível
e sugerimos que você consulte os exercícios de
construção na Parte III para obter ajuda adicional.
Os processos transformacionais são qualquer
Surface Structure that is actually spoken or written, or
heard, or seen. For example, this case of deletion:
‘Someone can give something to someone’ could be
uttered in this form or could be said as: ‘Something was
given’ and convey the same Deep Structure meaning.
Linguistics, as we stated before, is the study of the
intuitions which each of us has as a native
speaker/listener of English and the formalization of
those intuitions. We ask you now to pay attention to
your own intuitions and to the formal maps which
represent the experiences you have. These individual,
personal intuitions will allow you to check what we are
doing in this book and also are the very skills which
have made it possible for Milton Erickson to create his
successful techniques of hypnosis. If you pay attention
to your own intuitions, trust them and use them, there
is much that you can and will learn. As a child, you
learned a natural language full of complexities in a very
short time - an ability which no machine has yet
acquired. Your language has rules which you use in a
systematic way, without being consciously aware of
what those rules are, just as Erickson uses language in
a rule-governed way during hypnosis. This book, then,
is a map of the rules he uses without being cognizant
of them - a map to help you learn his intuitions and to
pay attention to, and learn from, your own intuitions.
Now, if you heard the Surface Structure:
‘Something was given’ you would know intuitively the 'Algo foi dado', você saberia intuitivamente a Estrutura
Deep Structure: ‘Someone gave something to Profunda: 'Alguém deu algo a alguém'.
someone’.
In order to make the fullest relevant meaning
out of the Surface Structure Something was given, you
know that someone had to do the giving and someone
had to do the receiving. The model of this process is
represented as follows:
Full linguistic representation
Deep Structure
Transformation / Derivação
Three processes modeling human
Spoken or written representation
Surface structure
This is a representation of part of the process
we go through in understanding and producing speech
and writing. But if you consider the example even
further, you will see that the words someone and
something have no referential index. The meaning of
just who gave what to whom is not available even in
the Deep Structure. How, then, is the meaning made
clear? How does a listener find a meaningful
Profunda - e a Estrutura Superficial que é realmente
falada ou escrita, ou ouvida ou vista. Por exemplo, este
caso de eliminação: “Alguém pode dar algo a alguém”
pode ser pronunciado desta forma ou pode ser dito
como: “Algo foi dado” e transmitir o mesmo
significado de Estrutura Profunda. Lingüística, como
afirmamos antes, é o estudo das intuições que cada um
de nós tem como falante nativo/ouvinte de inglês e a
formalização dessas intuições. Pedimos agora que
preste atenção às suas próprias intuições e aos mapas
formais que representam as experiências que você tem.
Essas intuições pessoais e individuais permitirão que
você verifique o que estamos fazendo neste livro e
também as próprias habilidades que possibilitaram a
Milton Erickson criar suas técnicas de hipnose bem-
sucedidas. Se você prestar atenção às suas próprias
intuições, confiar nelas e usá-las, há muito que você
pode e irá aprender. Quando criança, você aprendeu
uma linguagem natural cheia de complexidades em
muito pouco tempo - uma habilidade que nenhuma
máquina adquiriu ainda. Sua linguagem tem regras que
você usa de uma maneira sistemática, sem estar cons-
ciente de quais são essas regras, assim como Erickson
usa a linguagem de uma maneira governada por regras
durante a hipnose. Este livro, então, é um mapa das
regras que ele usa sem estar ciente delas - um mapa
para ajudá-lo a aprender suas intuições e a prestar
atenção e aprender com suas próprias intuições.
Agora, se você ouviu a Estrutura Superficial:
A fim de extrair o significado mais completo e
relevante da Estrutura Superficial ‘algo foi dado’ você
sabe que alguém teve que dar e alguém que receber. O
modelo deste processo é representado da seguinte
forma:
Representação linguística completa
Estrutura Profunda
Transformação / Derivação
Três processos de modelagem humana
Representação falada ou escrita
Estrutura Superficial
Esta é uma representação de parte do processo
pelo qual passamos na compreensão e produção da fala
e da escrita. Mas se você considerar o exemplo ainda
mais, verá que as palavras alguém e alguma coisa não
têm índice referencial. O significado de quem deu o
que a quem não está disponível nem mesmo na
Estrutura Profunda. Como, então, o significado é
esclarecido? Como um ouvinte encontra uma
interpretation of these words relevant to his own interpretação significativa dessas palavras relevantes
experience? The simple answer would be to ask; para sua própria experiência? A resposta simples seria
however, during a hypnotic induction this can rarely be perguntar; no entanto, durante uma indução hipnótica,
done. isso raramente pode ser feito.
Specifically, for the example given: Especificamente, para o exemplo dado:
Deep Structure Representation Representação de Estrutura Profunda
NP1 – Someone (Noun phrase 1) => VP NP1 - Alguém (sintagma nominal 1) => VP
(Verbe phrase): V - gave (verb) NP2 - something (sintagma verbal): V - deu (verbo) NP2 - algo
(noun phrase 2) NP3 - to someone (noun phrase 3) (sintagma nominal 2) NP3 - a alguém (sintagma
Derivating including transformation deletion nominal 3)
(twice) removing NP1 e NP3. Incluyindo incluindo derivação/transformação
Surface structure representation por deleção (duas vezes) removendo NP1 e NP3.
NP – Something (noun phrase) => VP – was Representação da estrutura da superfície
given (verbal phrase) NP - Algo (sintagma nominal) => VP - foi
Transformational permutation NP2 becomes dado (sintagma verbal)
the subject in NP1 position. A permutação transformacional NP2 torna-se o
sujeito na posição NP1.
Other circumstances people do not have the Em outras circunstâncias, as pessoas não têm
opportunity to ask. oportunidade de perguntar.
Furthermore, does this search for meaning take Além disso, essa busca por significado ocorre
place on a conscious level? The answer, apparently, is em um nível consciente? A resposta, aparentemente, é
"No." We are constantly processing information, most “Não”. Estamos constantemente processando informa-
of it unconsciously. If you heard the sentences: “You ções, muitas delas inconscientemente. Se você ouviu as
know, people should study language closely if they frases: “Sabe, as pessoas deveriam estudar a linguagem
want to learn how to use it in their work. People who de perto se quiserem aprender como usá-la no trabalho.
do hypnosis use language as their main tool, yet they Pessoas que fazem hipnose usam a linguagem como
fail to study it closely.” sua ferramenta principal, mas não conseguem estudá-
la profundamente.”
How would you recover the meaning most Como você recuperaria o significado mais
relevant for you? Now think of those same words being relevante para você? Agora pense nessas mesmas
said to you personally by another person in a palavras sendo ditas a você pessoalmente por outra
conversation. Pay attention to your intuitions as you do pessoa em uma conversa. Preste atenção às suas
this. Most likely, you will connect the sentences about intuições ao fazer isso. Muito provavelmente, você
people to be about you, depending upon whether you conectará as sentenças sobre as pessoas a respeito de
are engaged in the practice of hypnosis and how well você, dependendo se você está engajado na prática da
you can fully experience these words being said about hipnose e se você pode vivenciar plenamente essas
you. They do not mention you directly nor is there any palavras sendo ditas a seu respeito. Eles não men-
Deep Structure reference to you. Nevertheless, some cionam você diretamente, nem há qualquer referência
process is at work in you which supplies a referential à Estrutura Profunda para você. Não obstante, está em
index which will make meaning out of the words as ação algum processo em você que fornece um índice
though they were being said to you specifically. We referencial que dará sentido às palavras como se
call this phenomenon a transderivational search. estivessem sendo ditas a você especificamente.
Chamamos esse fenômeno de busca transderivacional.
If Deep Structure for a nominal phrase without Se Estrutura Profunda for um sintagma
reference index derivation, the Superficial Structure nominal sem derivação de índice referencial, a
must have a phrase where 'then' will be understood. Estrutura Superficial deverá ter um sintagma onde
‘então’ estará subentendido.
A set of derivations which are formally Um conjunto de derivações que são formal-
equivalent to the Deep Structure will be generated, mente equivalentes à Estrutura Profunda será gerado,
except that they will have noun phrases which have exceto que elas terão sintagmas nominais que possuem
referential indices. índices referenciais.
The new Deep Structures which contain As novas estruturas profundas que contêm
referential indices (noun phrases) must, of course, índices referenciais (sintagmas nominais) devem, é
come from somewhere obviously, the client's model of claro, vir de algum lugar obviamente, o modelo de
the world. For years now we have found it very mundo do cliente. Há anos, achamos muito valioso em
valuable in our work to ask any client who claims he nosso trabalho pedir a qualquer cliente que alega não
does not know the answer to one of our questions to saber a resposta a uma de nossas perguntas que adi-
guess. The guess must come from the client's model; it vinhe. A estimativa deve vir do modelo do cliente; é,
is, in essence, a one-line dream. This goes on em essência, um sonho de uma linha. Isso acontece
constantly will people as they process language, and it constantemente com as pessoas à medida que elas pro-
is one main source of the massive problems resulting cessam a linguagem, e é uma das principais fontes dos
from "projecting" upon the communications of others. enormes problemas resultantes da “projeção” nas
However, this projection can become a singular tool in comunicações de outras pessoas. No entanto, essa
hypnosis when used as Erickson skillfully does. projeção pode se tornar uma ferramenta singular na
hipnose, quando usada como Erickson habilmente faz.
The set of Deep Structures activated by the O conjunto de Estruturas Profundas ativadas
transderivation search will be a result of the richness of pela busca por transderivação será fruto da riqueza do
the listener's model of the world. However, the one modelo de mundo do ouvinte. No entanto, o único ín-
referential index that will always be available in dice referencial que sempre estará disponível no mode-
anybody's model of the world will be his own unique lo de mundo de qualquer pessoa será seu próprio índice
referential index. All of the above diagrams are a referencial único. Todos os modelos possíveis são uma
formal way of displaying what happens when forma de exibir o que acontece quando é feita uma
somebody says to you: ‘People should be nicer to me’. busca transderivacional quando alguém diz, por
exemplo: “Pessoas deveriam ser mais legais comigo’.
Who is the person you think of that they are Quem é a pessoa em quem você pensa que eles
saying should be nicer? Could be anyone - could even dizem que deveria ser mais legal? Pode ser qualquer
be you. The specific forms of Surface Structure which um - pode até ser você. As formas específicas de
activate transderivational search will now be presented Estrutura Superficial que ativam a pesquisa transderi-
one by one. vacional serão agora apresentadas uma a uma.
1. Generalized Referential Index 1. Índice referencial generalizado
Surface Structures of this form can be Estruturas Superficiais desta forma podem ser
extremely useful in hypnotic endeavors. A sentence extremamente úteis em esforços hipnóticos. Uma frase
with a noun phrase with a generalized referential index com um sintagma nominal com um índice referencial
allows the client full assessing and activating of the generalizado permite que o cliente avalie e ative total-
transderivational search processes. This is mente os processos de busca transderivacional. Isso é
accomplished simply by using noun phrases with no feito simplesmente usando sintagmas nominais sem
referential index in the world of the client's experience. índice referencial no mundo da experiência do cliente.
Erickson describes a sentence of this form as: ... Sounds Erickson descreve uma frase desta forma como: ...
so specific, yet it is so general... Parece tão específico, mas é tão geral...
Certain sensations in your hand will increase. Certas sensações em sua mão aumentarão.
You become aware of that specific memory. Você se torna ciente dessa memória específica.
Nobody knows for sure. Ninguém sabe ao certo.
People can be comfortable while reading this As pessoas podem se sentir confortáveis ao ler
sentence. esta frase.
All of the above Surface Structures are Todas essas Estruturas Superficiais são exem-
examples of generalized referential indices. Certain plos de índices referenciais generalizados. Certas sen-
sensations does not refer to any particular sensation, sações não se referem a nenhuma sensação particular,
thus allowing the client to fully supply the index most permitindo ao cliente fornecer integralmente o índice
relevant from his own experience. The same is true for
the specific memory, allowing the client a choice.
People, again, could be anyone, and Nobody could be
anyone, also. There is no referential index in any of the
above four phrases.
Noun Phrases with no referential indices and
example sentences:
woman - A woman who went into a trance.
patient - A patient I had once.
problem - The problem was improving.
one - One can feel so good.
situation - Way situation is decaying.
feeling - I get that feeling each time I'm in this decaindo.
situation.
2. Generalized Referential Index with
Suggested Noun Phrase
This class of patterns is basically the same as
the previous one with a single exception: Specifically,
a person attaches the missing noun phrase to any
position in the sentence, thus increasing the likelihood
it will be selected by the transderivational search. For
example, in the last section, the Surface Structure:
‘People can be comfortable while reading this
sentence’ takes on a slightly different form:
People can be comfortable while reading this
sentence, Joe.
Joe, people can be comfortable while reading
this sentence.
People, Joe, can be comfortable while reading
this sentence.
People can, Joe, be comfortable while reading
this sentence. People can be comfortable, Joe, while
reading this sentence.
Each of these forms has a slightly different
effect. Try saying them out loud, using your own
intuitions as a gauge to experience the differences.
Exchange them with a partner and pay attention to the
intuitions you have while hearing them, how they
affect you. Try them in the course of a normal
conversation. For example, say to someone in the
course of a conversation: ‘You know (name) People
can read this sentence (name) any time they want to.’
Surface Structures of this form are easy to
construct and can be very useful. fáceis de construir e podem ser muito úteis.
mais relevante de sua própria experiência. O mesmo
vale para a memória específica, permitindo ao cliente
uma escolha. Pessoas, novamente, podem ser qualquer
um, e ninguém pode ser ninguém também. Não há
índice referencial em nenhuma das quatro frases acima.
Sintagmas nominais sem índices referenciais e
exemplos de sentenças:
mulher - Uma mulher que entrou em transe.
paciente - Um paciente que tive uma vez.
problema - O problema estava melhorando.
um - Pode-se sentir tão bem.
situação - Situação de maneira que está
sentimento - eu tenho esse sentimento cada vez
que estou nessa situação.
2. Índice referencial generalizado com frase
substantiva sugerida
Essa classe de padrões é basicamente a mesma
que a anterior, com uma única exceção: especi-
ficamente, é incorporada ao sintagma nominal ausente
uma pessoa em qualquer posição na frase, aumentando
assim a probabilidade de ser selecionado pela pesquisa
transderivacional. Por exemplo, na última seção, a
Estrutura Superficial: ‘As pessoas podem se sentir
confortáveis ao ler esta frase’ assume uma forma
ligeiramente diferente:
As pessoas podem se sentir confortáveis ao ler
esta frase, Joe.
Joe, as pessoas podem se sentir confortáveis ao
ler esta frase.
As pessoas, Joe, podem se sentir confortáveis
ao ler esta frase.
As pessoas podem, Joe, ficar à vontade ao ler
esta frase.
As pessoas podem se sentir confortáveis, Joe,
enquanto lêem esta frase.
Cada uma dessas formas tem um efeito ligei-
ramente diferente. Tente dizê-los em voz alta, usando
suas próprias intuições como um medidor para sentir
as diferenças. Troque-os com um parceiro e preste
atenção às intuições que você tem ao ouvi-los, como
eles o afetam. Experimente-os durante uma conversa
normal. Por exemplo, diga a alguém durante uma
conversa: ‘Você sabe (nome), as pessoas podem ler
esta frase (nome) a qualquer hora que quiserem.
As Estruturas Superificiais desta forma são
 Deletion - Grammatical and Ungrammatical Exclusão - gramatical e não gramatical
One of the three universal processes of human Um dos três processos universais de modela-
modeling is deletion. This process occurs at the gem humana é a exclusão. Esse processo ocorre no ní-
neurological level, the social level and the level ofvel neurológico, no nível social e no nível da experi-
individual experience (see Magic I, Chapter 1, for more
ência individual (ver A Estrutura da Magia I, Capítulo
detailed discussion). Our sensory apparatus detects and
1, para uma discussão mais detalhada). Nosso aparelho
reports on changes in the patterns of energy only within
sensorial detecta e relata mudanças nos padrões de
narrow ranges. For example, the human ear shows energia apenas dentro de faixas estreitas. Por exemplo,
phenomenal amplitude sensitivity even to o ouvido humano mostra uma sensibilidade de ampli-
displacement of the eardrum the diameter of a tude fenomenal até mesmo ao deslocamento do tím-
hydrogen atom (Noback, 1967, p. 156). It responds to pano do diâmetro de um átomo de hidrogênio (Noback,
wavelengths only between 20 and 20,000 cycles per 1967, p. 156). Ele responde a comprimentos de onda
second. Thus, patterns of energy - potential sounds -apenas entre 20 e 20.000 ciclos por segundo. Assim,
above 20,000 cycles per second are not available to us
padrões de energia - sons potenciais - acima de 20.000
to assist us in organizing our experience. In other ciclos por segundo não estão disponíveis para nos
words, our nervous systems delete all of the patternsajudar a organizar nossa experiência. Em outras pala-
above 20,000 cycles per second. At the level of vras, nosso sistema nervoso exclui todos os padrões
patterning of language, transformational linguists have
acima de 20.000 ciclos por segundo. No nível de
identified a number of specific patterns of deletion padronização da linguagem, os linguistas transfor-
which occur between the full linguistic representation
macionais identificaram uma série de padrões espe-
- Deep Structure - and the actual sentences used by us
cíficos de exclusão que ocorrem entre a representação
in our communication - Surface Structure. Notice the linguística completa - Estrutura Profunda - e as
difference in the amount of information available in sentenças reais usadas por nós em nossa comunicação
each of the following sentences: - Estrutura Superficial. Observe a diferença na quan-
(1) The man bought the car from the woman for tidade de informações disponíveis em cada uma das
twenty dollars. seguintes frases:
(2) The car was bought. (1) O homem comprou o carro da mulher por
vinte dólares.
(2) O carro foi comprado.
In the field of transformational grammar, each No campo da gramática transformacional, cada
predicate or process word can be classified by the predicado ou palavra de processo pode ser classificado
number and kind of nouns or arguments whose pelo número e tipo de substantivos ou argumentos cuja
relationship or process it describes. The predicate buy relação ou processo descreve. O predicado comprar
can be classified as a four-place predicate: ‘buy’ is a pode ser classificado como um predicado de quatro lu-
predicate which describes the process which takes gares: 'comprar' é um predicado que descreve o
place among: processo que ocorre entre:
1. a buyer - the person doing the buying, 1. comprador - a pessoa que compra,
acquiring the material; adquire o material;
2. a seller - the person doing the selling, 2. vendedor - a pessoa que vende, libera o
releasing the material; material;
3. the material - the things whose 3. material - as coisas cuja posse está
possession is being changed; e sendo mudada; e
4. the amount - the thing or service being 4. quantidade - a coisa ou serviço que está
exchanged for the material. sendo trocado pelo material.
In the first sentence, all of these noun Na primeira frase, todos esses argumentos
arguments occur in the Surface Structure (1); in the substantivos ocorrem na Estrutura de Supericial (1); na
second sentence, only one of them is represented; the segunda frase, apenas um deles é representado; os
other three have been removed by the transformational outros três foram removidos pelos processos
processes of deletion (see Magic I for a fuller transformacionais de exclusão (veja A Estrutura dfa
discussion). Magia I para uma discussão mais completa).
 In the context of hypnosis, as the client
attempts to make sense, or, more accurately, to make
complete meaning, out of the hypnotist's
verbalizations, the skillful use of the transformational
process of deletion assists the hypnotist in pacing the
client. By skillfully deleting portions of the full
linguistic representation the Deep Structure - the client
is forced to activate additional Deep Structures to
recover the full meaning. In the process of generating
and selecting these Deep Structures in their search for
full meaning, clients will generate and select Deep
Structures which will:
1. Insure participation on the part of the
client, fully engaging the dominant
hemisphere
2. Insure that the hypnotist's
verbalizations effectively pace the
client's experience
3. Insure that the client has the freedom to
employ his own resources in the
process of recovering the full meaning
No contexto da hipnose, à medida que o cliente
tenta dar sentido, ou, mais precisamente, dar um signi-
ficado completo às verbalizações do hipnotizador, o
uso habilidoso do processo transformacional de exclu-
são auxilia o hipnotizador a acompanhar o cliente. Ao
excluir habilmente partes da representação linguística
completa da Estrutura Profunda - o cliente é forçado a
ativar Estruturas Profundas adicionais para recuperar o
significado completo. No processo de geração e sele-
ção dessas Estruturas Profundas em sua busca pelo
significado completo, os clientes irão gerar e selecionar
Estruturas Profundas que irão:
1. Assegurar a participação por parte do cliente,
envolvendo totalmente o hemisfério dominante;
2. Assegursr que as verbalizações do hipno-
tizador acompanhem efetivamente a experiência do
cliente; e
3. Garantir que o cliente tenha a liberdade de
empregar seus próprios recursos no processo de recu-
peração de todo o significado.

There are two types of deletions which Existem dois tipos de exclusões que Erickson
Erickson typically employs: normalmente emprega:
1. Grammatical deletion, in which the 1. Exclusão gramatical, em que a Estrutura
resulting Surface Structure is a well Superficial resultante é uma frase bem formada;
formed sentence of English; 2. Exclusão não gramatical, na qual a Estrutura
2. Ungrammatical deletion, in which the Superficial resultante não é uma frase bem formada.
resulting Surface Structure is not a
well-formed sentence of English.
The sentence presented earlier - The car was A frase apresentada anteriormente – ‘O carro
bought - is an example of the use of grammatical foi comprado’ - é um exemplo do uso de deleção
deletion. Examples of the result of ungrammatical gramatical. Exemplos do resultado da exclusão não
deletion are sentence fragments such as: gramatical são fragmentos de frases como:
and you fully realize so well that you... e você percebe tão bem que você...
and so clearly you want and need... e tão claramente você quer e precisa...
I will want soon to tell you... Eu vou querer em breve te contar...
These sequences of words are considered by Essas sequências de palavras são consideradas
most native speakers of English to be sentence pela maioria dos falantes nativos de inglês como frag-
fragments - pieces of sentences which, in themselves, mentos de frases - pedaços de frases que, por si mes-
do not constitute a complete, well-formed sentence of mas, não constituem uma frase completa e bem for-
English. Such fragments - the result of ungrammatical mada. Esses fragmentos - o resultado de uma exclusão
deletion - force maximum participation on the part of não gramatical - forçam a participação máxima por
the client to make a complete meaning. parte do cliente para formar um significado completo.
... And that paperweight; the filing cabinet; ... E aquele peso de papel; o arquivo; seu pé no
your foot on the rug; the ceiling light; the draperies; tapete; a luz do teto; as cortinas; sua mão direita no
your right hand on the arm of the chair; the pictures on braço da cadeira; as fotos na parede; a mudança de foco
the wall; the changing focus of your eyes as you glance de seus olhos enquanto você olha em volta; o interesse
about; the interest of the book titles; the tension in your dos títulos dos livros; a tensão em seus ombros; a
shoulders; the feeling of the chair; the disturbing noises sensação da cadeira; os ruídos e pensamentos pertur-
and thoughts; weight of hands and feet; weight of badores; peso das mãos e pés; peso dos problemas,
problems, weight of desk; the stationery stand; the
records of many patients; the phenomena of life, of
illness, of emotion, of physical and mental behavior;
the restfulness of relaxation; the need to attend to one's
needs; the need to attend to one's tension while looking
at the desk or the paperweight or the filing cabinet; the
comfort of withdrawal from the environment; fatigue
and its development; the unchanging character of the
desk; the monotony of the filing cabinet; the need to
take a rest; the comfort of closing one's eyes; the
relaxing sensation of a deep breath; the delight of
learning passively; the capacity for intellectual learning
by the unconscious....
The preceding paragraph is a variable jungle of
deletions, both grammatical and ungrammatical. For
example, consider the two italic examples:
the changing focus of your eyes - Change
from what to what?
the phenomena of life - What phenomena? Of
whose life?
Nominalization
Nominalization is the linguistic process of
turning a process word or verb into an event or thing
through a complex transformational process. This
almost always occurs with the total deletion of some
referential index and also serves to activate
transderivational search. For example:
The satisfaction of allowing your unconscious
mind to communicate
The awareness of the feeling of the chair
The depths of the trance state
Hearing the impossible actuality
The utter comfort of knowledge and clarity
As the presence of relaxation and curiosity
Nominalization occurs when Deep-Structure
process words are transformed into nouns in the
Surface Structure. Nominalization of a process word
serves the hypnotist as a tool in overloading the
dominant hemisphere's linguistic processes by
requiring complex coding. Deletions must be
recovered and ambiguity often arises. For example, in
the Surface Structure: ‘The satisfaction of knowing you
can learn’ the referential index of just whose
satisfaction is deleted, the search for full meaning will
require that the following meanings be accessed from
other sources: X satisfies Y by Y knowing Z
(nominalized in Surface Structure).
peso da mesa; o suporte de papelaria; os registros de
muitos pacientes; os fenômenos da vida, da doença, da
emoção, do comportamento físico e mental; a
tranquilidade do relaxamento; a necessidade de atender
às próprias necessidades; a necessidade de cuidar da
própria tensão ao olhar para a mesa, o peso de papel ou
o arquivo; o conforto da retirada do meio ambiente;
fadiga e seu desenvolvimento; o caráter imutável da
mesa; a monotonia do arquivo; a necessidade de
descansar; o conforto de fechar os olhos; a sensação
relaxante de uma respiração profunda; o prazer de
aprender passivamente; a capacidade de aprendizagem
intelectual pelo inconsciente ....
O parágrafo anterior é uma selva variável de
exclusões, tanto gramaticais quanto não gramaticais.
Por exemplo, considere os dois exemplos:
a mudança de foco de seus olhos - Mudança de
quê para quê?
os fenômenos da vida - Que fenômenos? De
quem é a vida?
Nominalização
Nominalização é o processo linguístico de
transformar uma palavra ou verbo de processo em um
evento ou coisa por meio de um processo de trans-
formação complexo. Isso quase sempre ocorre com o
apagamento total de algum índice referencial e também
serve para ativar a busca transderivacional. Por exem-
plo:
A satisfação de permitir que sua mente
inconsciente se comunique
A consciência da sensação da cadeira
As profundezas do estado de transe
Ouvindo a realidade impossível
O conforto absoluto do conhecimento e clareza
Como a presença do relaxamento e curio-
sidade
A nominalização ocorre quando as palavras do
processo de Estrutura Profunda são transformadas em
substantivos na Estrutura da Superfície. A nomi-
nalização de uma palavra de processo serve ao hipnoti-
zador como uma ferramenta para sobrecarregar os
processos linguísticos do hemisfério dominante, exi-
gindo uma codificação complexa. As exclusões devem
ser recuperadas e freqüentemente surge a ambigüidade.
Por exemplo, na Estrutura Superficial: “A satisfação de
saber que você pode aprender” o índice referencial de
apenas “satisfação” é excluída, a busca pelo signi-
ficado completo exigirá que os seguintes significados

Nominalization serves to allow the client to
activate from his model of the world the meanings
which will best serve his own purposes and needs, at
the same time aiding in the process of overloading the
dominant hemisphere.
Nominalizations also will allow the hypnotist
to better pace the client by using phrases which are very notizador acompanhar melhor o cliente, usando frases
unspecified by nature and require the client to fill in the que não são especificadas por natureza e exigem que o
meaning and specification.
Selectional Restrictions
This is the class of Surface Structures which are
usually referred to as metaphors. They are violations of
well-formed meaning as understood by native speakers
of the language. For example, the Surface Structures:
‘The man drank the rock’
‘The flower was angry’
‘The happy chair sang a love song’
are violations of selectional restrictions.
Drinking implies the act of consuming some liquid
substance; rocks are defined as something which are
not, by their nature, liquid. Anger is an activity engaged
in by sentient beings - animals; flowers are not of this
class. Thus, this also violates selectional restrictions.
Happiness is an activity engaged in by sentient beings.
Chairs do not have this quality; they are not in the class
of animals which can sing songs. Selectional restriction
in normal conversation demands that transderivational
activity be performed to access a referential index that
will be well formed, as when Erickson told Joe (in Part
I) that a tomato plant can feel relaxed and comfortable.
A well-formed meaning requires a noun phrase which
identifies a sentient being for the activity of feeling
relaxed and comfortable. This is the power of
metaphor, fairy tales, and fables. It is also the process
at work when Erickson tells stories about a tomato
plant or a tractor.
Ambiguity
Each of us, as a native speaker of English, has
the ability to appreciate some of the patterns in the
structure of the English language. One of the patterns
which we are able to sensitize ourselves to detect is that
of ambiguity. Ambiguity is the name of the pattern in
which a single sentence in English is a verbal
representation of more than one distinct process in the
world of the listener's experience. As we stated in
sejam acessados de outras fontes: X satisfaz Y por Y
sabendo Z (nominalizado em Estrutura de Superfície).
A nominalização serve para permitir ao cliente
ativar a partir de seu modelo de mundo os significados
que melhor servirão aos seus próprios propósitos e
necessidades, ao mesmo tempo auxiliando no processo
de sobrecarga do hemisfério dominante.
As nominalizações também permitirão ao hip-
cliente preencha o significado e a especificação.
Restrições Seletivas
Esta é a classe de Estruturas Superficiais
geralmente chamadas de metáforas. Eles são violações
de um significado bem formado, conforme entendido
por falantes nativos. Por exemplo, as estruturas de
superfície:
‘O homem bebeu a pedra’
'A flor estava com raiva'
‘A cadeira feliz cantou uma canção de amor’
são violações de restrições seletivas. Beber
implica no ato de consumir alguma substância líquida;
rochas são definidas como algo que não é, por natureza,
líquido. A raiva é uma atividade exercida por seres
sencientes - animais; flores não são desta classe. Por-
tanto, isso também viola as restrições seletivas. A feli-
cidade é uma atividade realizada por seres sencientes.
As cadeiras não têm essa qualidade; eles não estão na
classe de animais que podem cantar. A restrição sele-
tiva na conversa normal exige que a atividade trans-
derivacional seja realizada para acessar um índice refe-
rencial que será bem formado, como quando Erickson
disse a Joe (na Parte I) que um tomate pode ser
relaxado e confortável. Um significado bem formado
requer um sintagma nominal que identifica um ser
senciente para a atividade de se sentir relaxado e con-
fortável. Este é o poder da metáfora, dos contos de
fadas e das fábulas. É também o processo em funcio-
namento quando Erickson conta histórias sobre um
tomate ou um trator.
Ambiguidade
Cada um de nós tem a capacidade de apreciar
alguns dos padrões da estrutura da língua. Um dos
padrões que podemos nos sensibilizar para detectar é o
da ambigüidade. Ambiguidade é o nome do padrão no
qual uma única frase é uma representação verbal de
mais de um processo distinto no mundo da experiência
do ouvinte. Como afirmamos em A Estrturua da Magia
I: Ambiguidade é a intuição que falantes nativos têm
Magic I: Ambiguity is the intuition that native speakers
have when the same Surface Structure has more than
one distinct semantic meaning and is represented as
(see page 165): Ambiguity in the Meta-model is the
case wherein more than one Deep Structure is
connected, by transformations, with the same Surface
Structure. Nearly every sentence has more than one
possible interpretation. Yet in ordinary use we appear
to understand each sentence in one way at a time. The
preceding sections have outlined some of the
psychological mechanisms which we employ in
sentence understanding, hut it has not specified how
often we reapply them to a single speech stimulus
which has more than one potential interpretation. Some
recent experiments indicate that we process many
structures for each sentence preconsciously but we are
conscious of only one meaning at a time.
Deep Deep Deep
Structure Structure Structure
Derivation
(series of Surfaced Structure
transformations)
As a specific example:
Deep Structure 1 Deep Structure 2
FBI agents who
For someone investigate
conducting
FBI agents can be
investigations can be
dangerous for someone
dangerous for someone
Surface Structure
Investigating FBI agents can be dangerous
Ambiguous Sequences - Conclusion
Although every sentence contains some sort of
ambiguity, in ordinary usage nearly every sentence is
preceded by a context which makes one interpretation
more likely than any of the others. Thus, the preceding
studies may be experimental oddities rather than
representative of normal perceptual behavior. Their
primary implication for normal perceptual habits is to
highlight the hypothesis of the preceding section that
during speech perception we oscillate between two
quando a mesma Estrutura Superficial tem mais de um
significado semântico distinto e é representada dessa
forma. Ambiguidade no metamodelo é o caso em que
mais de uma Estrutura Profunda está conectada, por
transformações, à mesma Estrutura Superficial. Quase
todas as frases têm mais de uma interpretação possível.
No entanto, no uso comum, parecemos compreender
cada frase de uma maneira de cada vez. As seções ante-
riores delinearam alguns dos mecanismos psicológicos
que empregamos na compreensão de sentenças, mas
não especificou com que frequência os reaplicamos a
um único estímulo de fala que tem mais de uma inter-
pretação potencial. Alguns experimentos recentes indi-
cam que processamos muitas estruturas para cada frase
de forma pré-consciente, mas temos consciência de
apenas um significado por vez.
Estrutura Estrutura Estrutura
Profunda Profunda Profunda
Derivação
(series de Estrutura Superficial
tranformação)
Como no exemplo específico:
Estrutura Profunda 1 Estrutura Profunda 2
Agentes do FBI que
Para alguns investigar
realizam investigações
agentes do FBI pode ser
por ser perigosos para
perigoso para alguém
alguém
Estrutura Superficial
Investigações de agentes do FBI podem ser
perigosas
Sequências Ambíguas – Conclusão
Embora cada sentença contenha algum tipo de
ambigüidade, no uso comum quase todas as sentenças
são precedidas por um contexto que torna uma inter-
pretação mais provável do que qualquer outra. Assim,
os estudos anteriores podem ser estranhezas expe-
rimentais em vez de representativos do comportamento
perceptivo normal. Sua implicação primária para hábi-
tos perceptivos normais é destacar a hipótese da seção
anterior de que durante a percepção da fala oscilamos
kinds of activities: periods of stimulus input and
unconscious processing (during which potential
ambiguity can have an effect), and periods of internal
analysis and conscious perception of the preceding unit
(during which potential ambiguities arc ignored in
favor of one interpretation). Plath and Bever, 1968,p.
43
We have identified four categories of
ambiguity which occur in Erickson's work. These are
phonological, syntactic, scope and punctuation.2 An
excellent example of phonological ambiguity occurs in
Erickson's trance instruction with Huxley; specifically,
the phrase: ... a part and apart...
Notice that there is a useful interaction between
the patterns of nominalization, selectional restrictions,
deletion, and ambiguity. Consider a phrase such as: ...
the feeling of the couch...
The ambiguity is whether the noun phrase the
couch is the Deep Structure subject or object of the
predicate feel; in other words, whether ~the Deep
Structure of the above phrase is: someone feels the
couch or the couch feels a certain way to someone.
Another way of stating the question raised by
this phrase is whether the Deep Structure subject or
object has been deleted. This ambiguity can only occur
when the predicate selectional restrictions allow nouns
of different classes to fit grammatically into both the
subject and the object positions.
As we stated in the commentary, while the
phrase is unambiguous when presented visually, it is
completely ambiguous when presented auditorily. We
follow with a list of examples of additional
phonological ambiguities: light (in color, or in weight)
knows/nose here/hear read/red.
Weight pronounced aloud becomes
ambiguous. Is it weight or wait? Wait is also an guo. É peso ou preso ou penso? Preso ou penso
effective message for this patient who has trouble também são mensagens eficaz para alguém com
concentrating. dificuldade de concentração.
One very rich source of these word ambiguities
is pairs of words which are ambiguous with respect to
their syntactic category. Many verb/nominalized verb
combinations have this feature: lift rest talk pull push
shake point nod hand touch move feel.
entre dois tipos de atividades: períodos de entrada de
estímulos e processamento inconsciente (durante os
quais a ambiguidade potencial pode ter um efeito) e
períodos de análise e percepção consciente da unidade
precedente (durante a qual ambiguidades potenciais
são ignoradas em favor de uma interpretação). (Plath e
Bever, 1968, p. 43)
Identificamos quatro categorias de ambigüi-
dade que ocorrem na obra de Erickson. São eles: fono-
lógico, sintático, escopo e pontuação.2 Um excelente
exemplo de ambigüidade fonológica ocorre na ins-
trução de transe de Erickson com Huxley; especifi-
camente, a frase: ... uma parte e à parte ...
Observe que há uma interação útil entre os
padrões de nominalização, restrições seletivas, exclu-
são e ambigüidade. Considere uma frase como: ... a
sensação do sofá...
A ambigüidade é se o sintagma nominal o sofá
é o sujeito da Estrutura Profunda ou o objeto do predi-
cado sentir; em outras palavras, se a Estrutura Profunda
da frase acima é: alguém sente o sofá ou o sofá é senti-
do de uma determinada maneira por alguém.
Outra forma de expressar a questão levantada
por esta frase é se o assunto ou objeto da Estrutura Pro-
funda foi excluído. Essa ambigüidade só pode ocorrer
quando as restrições seletivas de predicado permitem
que substantivos de diferentes classes se ajustem gra-
maticalmente às posições do sujeito e do objeto.
Como afirmamos, embora a frase seja inequí-
voca quando apresentada visualmente, é completamen-
te ambígua quando apresentada auditivamente. Segui-
mos com uma lista de exemplos de ambigüidades
fonológicas adicionais: peso/preso/penso; fato/ato;
claro/caro; cumprimento/comprimento; tráfego/trá-
fico; assento/acento; conserto/concerto; calda/cauda.
[Na língua portuguesa, as palavras com formas seme-
lhantes são denominadas parônimos. Essas palavras
podem apresentar grafia ou pronúncia parecida mas
significados diferentes.]
O peso pronunciado em voz alta torna-se ambí-
Uma fonte muito rica dessas ambigüidades de
palavras são pares de palavras que são ambíguas com
respeito à sua categoria sintática. Muitas combinações
de verbo/verbo nominalizado têm este recurso: levan-
tar, descansar, falar, puxar, empurrar, agitar, apontar,
acenar, mão, tocar, mover, sentir.
 Each of these words, depending upon its
context, may function either as a predicate or as a noun
(more specifically, as the nominalization derived from
that predicate). When these words are used in well-
formed Surface Structures in English and are marked
analogically, for example, as distinct from their
surrounding linguistic context, Erickson is able to
make full use of their inherent phonological ambiguity.
Cada uma dessas palavras, dependendo de seu
contexto, pode funcionar como um predicado ou como
um substantivo (mais especificamente, como a nomi-
nalização derivada desse predicado). Quando essas pa-
lavras são usadas em Estruturas Superficiais bem
formadas e são marcadas analogicamente, por exem-
plo, como distintas de seu contexto linguístico circun-
dante, Erickson é capaz de fazer uso total de sua
ambiguidade fonológica inerente.

The extract given from Magic I is an example O trecho fornecido de A Estrturua da Magia I é
of a syntactic ambiguity. Another example is the one um exemplo de ambigüidade sintática. Outro exemplo
used in the commentary in this volume on the Huxley é aquele usado no comentário deste volume sobre o
article: Hypnotizing hypnotists can be tricky. artigo de Huxley: Hipnotizar hipnotizadores pode ser
complicado.
Scope ambiguity is the kind of ambiguity Ambiguidade de escopo é o tipo de
present in sentences and phrases such as: the old men ambigüidade presente em sentenças e frases como: os
and women. homens e mulheres velhas.
The ambiguity here is whether the adjective old A ambigüidade aqui é se o adjetivo ‘velho’ se
applies both to the noun phrase men and women or aplica tanto ao sintagma nominal homens e mulheres
simply to the noun phrase men. In other words, is the ou simplesmente ao sintagma nominal mulheres. Em
phrase to be understood to be: the men who are old and outras palavras, é a frase a ser entendida como: os
the women who are old or the men who are old and the homens que são velhos e as mulheres que são velhas
women. ou os homens e as mulheres que são velhos.
One place where this scope ambiguity seems to Um lugar onde essa ambigüidade de escopo pa-
occur frequently and effectively in Erickson's work is rece ocorrer com frequência e eficácia na obra de Eric-
where several sentences are embedded under a factive kson é onde várias sentenças são inseridas sob um ver-
verb. For example, Erickson might say: ... how soon bo factivo. Por exemplo, Erickson pode dizer: ... quan-
you will fully realize that you are sitting here to tempo você vai perceber plenamente que está sen-
comfortably, listening to the sound of my voice, and tado aqui confortavelmente, ouvindo o som da minha
you are going into a deep trance only as quickly as voz, e que está entrando em um transe profundo tão
your unconscious mind wants... rapidamente quanto sua mente inconsciente deseja ...
The ambiguity here is whether the portion of A ambigüidade aqui é se a parte da comuni-
Erickson's communication which occurs after the word cação de Erickson que ocorre após o termo ‘e’ é uma
and is a part of the sentence which begins with the verb parte da frase que começa com o verbo ‘perceber’. Se
realize. If it is, then it is presupposed to be true. If it is for, pressupõe-se que seja verdade. Se não for, então é
not, then it is simply an independent sentence which simplesmente uma frase independente que o cliente
the client may challenge. Predicates such as realize pode contestar. Predicados como ‘perceber’ exigem
require that whatever follows them in the same que tudo o que os segue na mesma frase seja pres-
sentence is presupposed to be true in order for the suposto como verdadeiro para que a comunicação que
communication taking place to make any sense at all. está ocorrendo faça algum sentido. Por exemplo, se eu
For example, if I say to you: Are you aware that you lhe disser: Você está ciente de que está sentado no meu
are sitting on my hat? chapéu?
I am presupposing that you are sitting on my Estou pressupondo que você está sentado em
hat and simply asking whether you are aware of it. cima do meu chapéu e simplesmente perguntando se
Either a yes or a no answer on your part indicates your está ciente disso. Uma resposta sim ou não de sua parte
acceptance of the truth of the portion of the sentence indica sua aceitação da verdade da parte da frase que
which follows the factive predicate aware. Thus, when segue o predicado factivo ciente. Assim, quando Eric-
Erickson uses the scope ambiguity with a factive kson usa a ambigüidade de escopo com um predicado
predicate, he leaves the client to deal with the question factivo, ele deixa o cliente lidar com a questão (não
(not necessarily consciously - in fact, preferably, not necessariamente conscientemente - na verdade, de
consciously) of whether his going into a deep trance is
a fact presupposed by the communication or not, an
excellent topic to occupy the client's dominant
hemisphere.
The fourth type of ambiguity which we find as
a consistent pattern in Erickson's work is punctuation como padrão consistente no trabalho de Erickson é a
ambiguity. Erickson might, for example, say: ... I notice ambigüidade de pontuação. Erickson pode, por exem-
that you are wearing a watch carefully I am doing...
This sequence of words is not a well-formed
sentence of English. We decompose the sequence into
two sequences, each of which is a well-formed
sentence of English: ... I notice that you are wearing a
watch... and ... Watch carefully what I am doing...
Here Erickson is making use of the ambiguity
of the word watch which can occur both as a noun and
as a verb in the Surface Structures of English.
Essentially, Erickson has overlapped two well-formed
Surface Structures of English. The listener, up until the
word carefully, has processed the first of these well-
formed sentences and recovered the Deep Structure
meaning; however, when he comes to the word
carefully, his normal processing strategies fail. As he
receives the remainder of the communication from
Erickson, he attempts other analyses, probably
recovering the second well-formed Deep Structure.
However, there is no solution to the overlap problem
and the normal processing strategies fail. If he assumes
that the word watch is a noun which goes with the first
part of the communication, then the second part makes
no sense at all (i.e., he cannot recover a Deep Structure
for it). If he assumes that the word watch is a verb and
goes with the second part of the communication, then
he can recover no Deep Structure for the first portion
of the communication. In this sense, then, there is no
satisfactory solution to the punctuation ambiguity
involving overlap. Thus, the ambiguity here is to which
sequence of words will the listener assign the
phonologically ambiguous pivot word (watch, in this
example). This phenomenon could be classified
equally well as a special case of ungrammatical
deletion. No matter which characterization you prefer
to assist you in organizing your experience of it, it
preferência, não conscientemente) se sua entrada em
transe profundo é um fato pressuposto pela comuni-
cação ou não, um excelente tópico para ocupar o he-
misfério dominante do cliente.
O quarto tipo de ambigüidade que encontramos
plo, dizer: ... eu noto que você está usando um
relógio/veja cuidadadosamente o que eu estou
fazendo...
Esta sequência de palavras não é uma frase
bem formada. Decompomos a sequência em duas se-
quências, cada uma das quais é uma frase bem formada
em inglês: ... noto que você está usando um relógio ...
e ... veja com atenção o que estou fazendo ...
[Na tradução para o português o sentido de
ambiguidade do termo watch se perde... Um modelo
em português para a mesma ambiguidade é: ... eu
percebo que você sabe o caminho junto com você para
seu objetivo... Sua decomposição criaria duas
sentenças bem formadas: ...Eu percebo que você sabe
o caminho e caminho junto com você para seu
objetivo...]
Aqui, Erickson está fazendo uso da ambi-
güidade da palavra ‘caminho, que pode ocorrer tanto
como substantivo quanto como verbo nas Estruturas
Superficiais. Essencialmente, Erickson sobrepôs duas
Estruturas Superficiais bem formadas. O ouvinte, até a
palavra ‘caminho’, processou a primeira dessas frases
bem formadas e recuperou o significado da Estrutura
Profunda; no entanto, quando ele lida com a palavra
‘caminho’, suas estratégias normais de processamento
falham. Ao receber o restante da comunicação de
Erickson, ele tenta outras análises, provavelmente
recuperando a segunda Estrutura Profunda bem
formada. No entanto, não há solução para o problema
de sobreposição e as estratégias normais de proces-
samento falham. Se ele assumir que a palavra
‘caminho’ é um substantivo que acompanha a primeira
parte da comunicação, então a segunda parte não faz
sentido algum (ou seja, ele não pode recuperar uma
Estrutura Profunda para ela). Se ele assumir que a
palavra ‘caminho’ é um verbo e acompanha a segunda
parte da comunicação, então ele não pode recuperar
nenhuma Estrutura Profunda para a primeira parte da
comunicação. Nesse sentido, então, não há solução
satisfatória para a ambigüidade de pontuação envol-
vendo sobreposição. Portanto, a ambigüidade aqui é a
qual sequência de palavras o ouvinte atribuirá a pala-
vra-pivô fonologicamente ambígua (observe, neste
exemplo). Esse fenômeno pode ser classificado
igualmente bem como um caso especial de exclusão
constitutes a very powerful technique for distracting não gramatical. Não importa qual caracterização você
the dominant hemisphere. prefira para ajudá-lo a organizar sua experiência, ela
constitui uma técnica muito poderosa para distrair o
hemisfério dominante.
These four types of ambiguity have in common
that each is a single language representation of more
than one meaning or Deep Structure. In each, the client
is faced with the task of selecting meaning from the set
of possible Deep Structures which the single Surface
Structure represents. In order to accomplish this, the
listener must generate a set of Deep Structures and
make some decision as to which he will accept as the
meaning of the communication intended by the
hypnotist. Again, this involves a transderivational
search for the most appropriate meaning which can be
represented by the Surface Structure presented.
Ambiguity, then, has a positive value in the context of
hypnosis in that, since the client generates a number of
Deep Structures and searches through these
transderivationally for the most appropriate meaning,
he will:
1. Become an active participant in the
hypnotic process,
2. Select a Deep Structure which represents a
meaning which fits for him, thereby
insuring a satisfactory pacing,
3. Employ his normal linguistic processing
mechanisms with a transderivational
search for meaning.
Lesser Included Structures
The following two categories of Surface
Structures Imbedded Questions and Imbedded
Commands - which have included in them another
structure can constitute a valuable resource for giving
imbedded commands and for building response
potential by utilizing the processes of the dominant
hemisphere. Imbedded Commands and Imbedded
Questions arc the two categories of this that will be
discussed here.
Imbedded Questions
Imbedded Questions serve the purpose of
building response potential in a client by raising
questions without allowing an overt response from the
client. They very often are a presupposition of some
other command and serve to distract the dominant
hemisphere by having it utilize the internal dialogue in
answering questions, or trying to answer questions, or
even trying to figure out if it should answer the
questions, or even, still further, if it could answer the
questions, even though a question has not really been
Esses quatro tipos de ambiguidade têm em
comum que cada uma é uma representação de uma
única linguagem com mais de um significado ou Estru-
tura Profunda. Em cada uma, o cliente se depara com a
tarefa de selecionar significado a partir do conjunto de
Estruturas Profundas possíveis que a Estrutura de Su-
perfície única representada. Para conseguir isso, o ou-
vinte deve gerar um conjunto de Estruturas Profundas
e tomar uma decisão quanto a qual aceitará como o
significado da comunicação pretendida pelo hipnoti-
zador. Novamente, isso envolve uma busca transde-
rivacional pelo significado mais apropriado que pode
ser representado pela Estrutura de Superfície apresen-
tada. A ambigüidade, então, tem um valor positivo no
contexto da hipnose, pois, uma vez que o cliente gera
uma série de Estruturas Profundas e as busca transde-
rivacionalmente pelo significado mais apropriado, ele
irá:
1. Tornar-se um participante ativo no
processo hipnótico,
2. Selecionar uma Estrutura Profunda que
represente um significado adequado para
ele, garantindo assim um ritmo satisfatório,
3. Empregar seus mecanismos normais de
processamento linguístico com uma busca
transderivacional de significado.
Estruturas Menores Embutidas
As duas categorias a seguir de questões embu-
tidas de Estruturas Superficiais e comandos embutidos
- que incluíram nelas outra estrutura, podem constituir
um recurso valioso para dar comandos embutidos e
para construir potencial de resposta utilizando os pro-
cessos do hemisfério dominante. Comandos embutidos
e questões embutidas são as duas categorias que serão
discutidas aqui.
Perguntas Embutidas
As perguntas embutidas servem ao propósito
de construir potencial de resposta em um cliente levan-
tando perguntas sem permitir uma resposta aberta do
cliente. Muitas vezes, são um pressuposto de algum
outro comando e servem para distrair o hemisfério
dominante, fazendo-o utilizar o diálogo interno para
responder às perguntas, ou tentar responder às per-
guntas, ou mesmo tentando descobrir se ele deve res-
ponder às perguntas, ou ainda mais, se pudesse res-
ponder às perguntas, mesmo que uma pergunta não
asked. Some examples will serve to clarify this
concept:
I wonder whether you know which hand will
rise first I'm curious to know if you can really find your
knee in the dark
I don't know if you know whether or not you're
going into a trance
I'm pondering over how you feel about the
prospect of hypnosis I'm very curious about when you
first decided to see me and what you really want for
yourself
All of the above Surface Structures have in
common the characteristic of raising a question
without a request for an overt reply by the client. This
is most easily accomplished by making a statement
about the question in the form that follows:
X (question verbs) if Y (aware) of (question)
I'm curious whether you know which of your
hands will rise first.
X call be (he speaker of any other person as
well; example:
John is wondering if you know which of your
hands will rise first - (not aware) can be any phrase
such as wonder, curious, don't know, etc. "if" can be
any conditional such as whether, if, whether or not or
can be a question word such as about, how, what, when,
why
I'm curious why you came here, and if you even
know why - where question verbs are any verbs which
allow embedded questions to follow.
These imbedded questions are most effective
when they are stacked together to maximally distract quando são agrupadas para distrair ao máximo o
the dominant hemisphere. hemisfério dominante.
This allows the hypnotist to follow these
imbedded questions with a clear command desired by
the hypnotist, thereby utilizing the response potential
the hypnotist has built up in the client, e.g.: I wonder
why you wish to go into a trance, and I'm even more
curious to know if you know whether or not you think
you can, I don't know if you know how soon you will
close your eyes; in fact, I don't even know if you know
anything about a trance at all. I'm pondering this and
I am very curious about knowing if you know how to
even relax completely.
Imbedded Commands
Imbedded Commands serve the purpose of Os Comandos embutidos servem para fazer
making suggestions to the client indirectly and, sugestões ao cliente indiretamente e, assim, dificultar a
tenha realmente sido feita. Alguns exemplos servirão
para esclarecer este conceito:
Eu me pergunto se você sabe qual mão se
levantará primeiro. Estou curioso para saber se você
realmente consegue encontrar seu joelho no escuro...
Não sei se você sabe se está ou não entrando
em transe...
Estou pensando em como você se sente sobre a
perspectiva da hipnose. Estou muito curioso para
saber quando você decidiu me ver pela primeira vez e
o que você realmente quer para si mesmo...
Todas as estruturas de superfície acima têm em
comum a característica de levantar uma questão sem
um pedido de resposta aberta do cliente. Isso é mais
facilmente realizado fazendo uma declaração sobre a
questão da seguinte forma:
X (verbos de pergunta) se Y (ciente) da
(pergunta)
Estou curioso para saber se você sabe qual das
suas mãos se levantará primeiro.
X (o orador pode ser qualquer outra pessoa
também) exemplo:
John está se perguntando se você sabe qual de
suas mãos se levantará primeiro – ‘saber’ pode ser
qualquer termo como curioso, não sei etc. "se" pode ser
qualquer condição como ‘se’, ‘ou não’ ou pode ser uma
palavra interrogativa, como ‘sobre’, ‘como’, ‘o quê’,
‘quando’, ‘por quê’.
Estou curioso para saber por que você veio
aqui, e se você sabe por quê - onde os verbos de
pergunta são quaisquer verbos que permitem que
perguntas incorporadas se sigam.
Essas questões embutidas são mais eficazes
Isso permite que o hipnotizador siga essas per-
guntas embutidas com um comando claro desejado pe-
lo hipnotizador, utilizando assim o potencial de res-
posta que o hipnotizador construiu no cliente, por
exemplo: Eu me pergunto por que você deseja entrar
em transe, e estou até mais curioso para saber se você
sabe se acha que pode ou não, não sei se você sabe
quando vai fechar os olhos; na verdade, nem sei se
você sabe alguma coisa sobre transe. Estou ponde-
rando sobre isso e estou muito curioso em saber se
você sabe até mesmo relaxar completamente.
Comandos Embutidos
thereby, making it difficult to resist in any way. These resistência de qualquer forma. Estes constituem um
constitute a pattern of Surface Structures which include padrão de Estruturas Superficiais que incluem um
within them a command, just as the preceding pattern comando, assim como o padrão anterior incluía uma
included a question. For example: pergunta. Por exemplo:
Children are able to Fred, sit down and relax. As crianças são capazes Fred, de sentar e
I may, Fred, breathe deeply while I speak but relaxar.
you don't mind, do you. Consigo, Fred, respirar profundamente en-
People must Fred, sit all the way down in the quanto falo, mas você não se importa, não é?
chair relax. As pessoas devem Fred, sentar-se na cadeira e
Plants can Fred, feel comfortable and relaxed. relaxar.
As plantas podem Fred, sentir-se confortáveis
e relaxadas.
These four Surface Structures are one type of Essas quatro estruturas de superfície são um
imbedded command. These are constructed by placing tipo de comando embutido. Estes são construídos
the client’s name after a modal operator such as: can, colocando o nome do cliente após um operador modal,
may, might, must, able to. como: capazes, consigo, devem, sentir.
This is a sufficient, though not a necessary, Esta é uma condição suficiente, embora não
condition for imbedded commands.3 They may also be necessária, para comandos embutidos. Eles também
constructed by using the infinitive form of some podem ser construídos usando a forma infinitiva de
predicate such as: to see, to feel, to move. algum predicado como: ver, sentir, mover.
Many people want to see clearly what I mean. Muitas pessoas querem ver claramente o que
quero dizer.
The reader may have noticed that the patterns O leitor pode ter notado que os padrões
called lesser included structures (specifically, chamados de estruturas menores embutidas (especifi-
embedded commands) overlap with conversational camente, comandos embutidos) se sobrepõem aos pos-
postulates. One of the presuppositions of every tulados conversacionais. Um dos pressupostos de todo
command is the statement to the effect that the person comando é a declaração de que a pessoa que receberá
who is to be given the command is able to do what the o comando é capaz de fazer o que o comando ordena.
command directs. Furthermore, the Surface Structure Além disso, a Estrutura Superficial usando o formato
using the yes/no question form corresponding to that de pergunta sim/não correspondente a essa pressupo-
presupposition will have the command embedded as a sição terá o comando embutido como uma estrutura
lesser included structure. menor embutida.
Imbedded Command form: Formato de comando embutido:
Many people want to Fred, see clearly... I want Muita gente quer Fred, veja bem ... quero que
you to Fred feel relaxed você Fred se sinta relaxado.
My mother often tells me to Fred, breathe Minha mãe sempre me diz Fred, respire pro-
deeply and slowly. funda e lentamente.
Imbedded commands may also be given by Comandos embutidos também podem ser da-
direct and indirect quotation. This is one of Erickson's dos por citação direta e indireta. Esta é uma das formas
favorite and most often utilized forms of giving favoritas de Erickson e mais frequentemente utilizadas
commands indirectly. This is accomplished by placing de dar comandos indiretamente. Isso é feito colocando
the command in the context of either a direct or an o comando no contexto de uma citação direta ou indi-
indirect quote from some other time, place, or situation. reta de alguma outra época, lugar ou situação. Por
For example: I used to have a patient who would tell exemplo: Eu costumava ter um paciente que dizia para
me to feel relaxed. eu me sentir relaxado.
These are most effective when they are also Eles são mais eficazes quando também são
marked analogically by emphasizing the command and marcados analogicamente, enfatizando o comando e
by looking intently at the listener, if their eyes are open.

Indirect Imbedded Command: My friends tell
me to feel comfortable and to loosen up when we are dizem para me sentir confortável e me soltar quando
out on the town estivermos na cidade.
Direct Imbedded Command: I had a patient
once who would say to me, Milton, scratch your nose. uma vez que me dizia: Milton, coce seu nariz. Nunca
It never made much sense but he would consistently tell fez muito sentido, mas ele sempre me dizia para fazer
me to Do it now. isso agora.
Another example would be: Meaning is so
difficult to understand; what does it mean when
someone says, don't move or don't talk. What do they
mean when they say, shut your eyes NOW. What do
they mean when they say, Count backwards silently
from 20 to 1.
All of the above-described lesser included
structures, both questions and commands, serve the
hypnotist as valuable tools to give suggestions
indirectly and at the same time to distract and utilize
the dominant hemisphere. The imbedding of either
questions or commands is simply the inclusion of the
question or command in a larger Surface Structure
which serves as a cloak. The style thus far presented
has been the grammatical approach; however, the
effect is the same if the imbedding is not grammatical,
in fact, it may be more effective when presented in non-
grammatical form. This will serve to further distract
and overload the dominant hemisphere. For example,
consider the following combination of all lesser
included structures, both grammatical and non-
grammatical: I wonder whether or not you understand
that you can feel comfortable and relaxed, now, I had
a friend who used to say, You can learn anything if only
you give yourself a chance to relax, and I wonder if you
know whether or not you can Fred feel relaxed, and I'm
very curious to know if you fully realize that you can
Fred know you can and will learn now. I also wish,
though I don't know whether or not you wish to know,
if you can Fred have closing eyes and restful feelings
now.
Derived Meanings
When each of us uses natural language systems
to communicate, we assume the listener's ability to
hear our Surface Structures and decode them from
sound sequences into meaning. In other words, we
assume the listener's capability to recover the Deep
Structure representation from the Surface Structure we
present. In addition to this recovery of the Deep
Structure from a Surface Structure, we often assume
olhando atentamente para o ouvinte, se seus olhos
estiverem abertos.
Comando indireto embutido: Meus amigos me
Comando embutido direto: Tive um paciente
Outro exemplo seria: O significado é tão difícil
de entender; o que significa quando alguém diz, não se
mova ou não fale. O que eles querem dizer quando
dizem, feche os olhos AGORA. O que eles querem dizer
quando dizem, conte de trás para frente silenciosa-
mente de 20 para 1.
Todas as estruturas menores embutidas des-
critas acima, tanto perguntas quanto comandos, servem
ao hipnotizador como ferramentas valiosas para dar
sugestões indiretamente e ao mesmo tempo para dis-
trair e utilizar o hemisfério dominante. A incorporação
de perguntas ou comandos é simplesmente a inclusão
da pergunta ou comando em uma Estrutura de Super-
fície maior que serve como uma capa. O estilo apre-
sentado até agora tem sido a abordagem gramatical;
entretanto, o efeito é o mesmo se a incorporação não
for gramatical; na verdade, pode ser mais eficaz
quando apresentada de forma não gramatical. Isso
servirá para distrair e sobrecarregar ainda mais o
hemisfério dominante. Por exemplo, considere a
seguinte combinação de todas as estruturas menores
embutidas, gramaticais e não gramaticais: Eu me
pergunto se você entende ou não que pode se sentir
confortável e relaxado, agora, eu tinha um amigo que
costumava dizer: Você pode aprender qualquer coisa
se ao menos você se der uma chance para relaxar, e eu
me pergunto se você sabe se pode ou não Fred se sentir
relaxado, e estou muito curioso para saber se você
percebe totalmente que pode Fred sabe que você pode
e vai aprender agora. Eu também gostaria, embora
não saiba se você deseja ou não saber, se você pode
Fred fechar os olhos e ter sentimentos de descanso
agora.
Significados Derivados
Quando cada um de nós usa sistemas de lingua-
gem natural para se comunicar, assumimos a capaci-
dade do ouvinte de ouvir nossas Estruturas Superficiais
e decodificá-las de sequências de som em significado.
Em outras palavras, assumimos a capacidade do ouvin-
te de recuperar a representação da Estrutura Profunda
a partir da Estrutura Superficial que apresentamos.
Além dessa recuperação da Estrutura Profunda a partir
certain additional abilities in the way that the listener de uma Estrutura Superficial, freqüentemente assu-
will make meaning out of what we offer. Here we are mimos certas habilidades adicionais de forma que o
referring to native speaker/listener's ability, for ouvinte dará sentido ao que oferecemos. Aqui, estamos
example, to establish a context in which the sentence nos referindo à capacidade do falante/ouvinte, por
we present could have some pragmatic value. Erickson exemplo, de estabelecer um contexto no qual a frase
uses two of these extra or derived-meanings abilities on que apresentamos poderia ter algum valor pragmático.
the part of native listener's in his work. These are Erickson usa duas dessas habilidades extras ou de
Presuppositions and Conversational Postulates. We significados derivados por parte do ouvinte nativo em
presented the subject of Presuppositions in Magic I as seu trabalho. Esses são pressupostos e postulados
one of the Meta-model distinctions (Chapters 3 and 4). conversacionais. Apresentamos o assunto das pressu-
posições em A Estrutura da Magia I como uma das dis-
tinções do metamodelo (capítulos 3 e 4).
In recent work in linguistics, transforma- Em trabalhos recentes em linguística, os
tionalists have begun to explore how presuppositions transformacionalistas começaram a explorar como as
work in natural language. Certain sentences when used pressuposições funcionam na linguagem natural. Cer-
imply that certain other sentences must be true in order tas sentenças, quando usadas, implicam que outras
for them to make sense. For example, if I hear you say: sentenças devem ser verdadeiras para que façam sen-
There is a cat on the table. tido. Por exemplo, se eu ouvir você dizer: Há um gato
na mesa.
I may choose to believe that there is a cat on the Posso escolher acreditar que há um gato na
table or not and, either way, I can make sense out of mesa ou não e, de qualquer forma, posso entender o
what you are saying. However, if I hear you say: Sam que você está dizendo. No entanto, se eu ouvir você
realized that there is a cat on the table. dizer: Sam percebeu que há um gato na mesa.
I must assume that there is, in fact, a cat on the Devo presumir que haja, de fato, um gato na
table in order to make any sense out of what you are mesa, a fim de entender o que você está dizendo. Essa
saying. This difference shows up clearly if I introduce diferença aparece claramente se eu introduzir o ele-
the negative element not into the sentence: Sam does mento negativo que não está na frase: Sam não percebe
not realize that there is a cat on the table. que há um gato na mesa.
This shows that, when one says the sentence Isso mostra que, quando alguém diz a frase que
which means the opposite I he one that denies what the significa o oposto, aquele que nega o que a primeira
first one claims is true - one still must assume that there afirma ser verdade - ainda assim, deve-se supor que há
is a cat on the table in order to make sense out of the um gato na mesa para dar sentido à frase. Uma frase
sentence. A sentence which must be true in order for que deve ser verdadeira para que alguma outra frase fa-
some other sentence to make sense is called the ça sentido é chamada de pressuposto da segunda frase.
presupposition of the second sentence.
The value of the skilfull use of presuppositions O valor do uso habilidoso de pressuposições no
in the hypnotic context is that it allows the hypnotist to contexto hipnótico é que permite ao hipnotizador cons-
build a model of the ongoing process by using truir um modelo do processo em andamento usando
presuppositions. Since presuppositions are not an pressuposições. Como as pressuposições não são uma
immediate question to the client, it is very difficult for questão imediata para o cliente, é muito difícil para ele
him to challenge them. Thus, the client accepts the questioná-las. Assim, o cliente aceita as pressuposições
hypnotist's presuppositions and the process continues. do hipnotizador e o processo continua. Por exemplo,
For example, Erickson says: I don't yet know whether Erickson diz: Eu ainda não sei se será sua mão direita
it will be your right hand or your left hand or both of ou esquerda ou ambas as mãos que sua mente incons-
your hands which your unconscious mind will allow to ciente permitirá que subam até o seu rosto ...
rise to your face...
Here the issue is which hand or whether it will Aqui, a questão é qual mão ou se será uma ou
be one or both hands, not whether the client will ambas as mãos, não se o cliente responderá à levitação
respond to hand levitation. Or, again, Erickson says: da mão. Ou, novamente, Erickson diz: Quando eu o
When I wake you from the trance, you will fully acordar do transe, você reconhecerá totalmente sua
recognize your fine ability to learn quickly from your excelente capacidade de aprender rapidamente com
unconscious mind. sua mente inconsciente.
Here the issue is whether the client will fully
recognize, not whether she will recognize, or whether
she has been in a trance (presupposed by wake you
from trance), or whether she has and can learn from her
unconscious mind. These latter are background
assumptions which the client must develop and accept
for the communication to be meaningful at all. The way
in which Erickson consistently uses presuppositions to
assist the client in entering deep trance and learning
deep trance phenomena demonstrates the power of this
technique.
... When you get up and move your chair to the
other side of that table your unconscious mind will then
release a lot of important information. Perhaps it will
take your unconscious even longer than five or ten
minutes to do it, or perhaps it will not be until the next
session...
Again, since the presuppositions of a sentence
arc not part of its Deep Structure, their use both
involves the client as an active participant in the
process of making meaning (in this case, derived
meaning) and removes from challenge whatever the
presuppositions of the statements are.
The second class of derived meanings used by
Erickson arc called Conversational Postulates. As with
the presuppositions, the meaning represented by the
conversational postulates is derived it is not a part of
the Deep Structure recovered by the client but requires
additional processing. For example, if I say to you: Can
you take out the garbage? the literal Deep Structure
requires only that you respond with a yes or a no.
However, the typical response is for you to take out the
garbage. In other words, although I use a Surface
Structure whose corresponding Deep Structure is a
yes/no question, you respond to it as though it were a
command. In the Appendices at the end of this volume,
we will instruct you on how to construct examples
utilizing these conversational postulates to secure the
effects you wish as a hypnotist. For our present
purposes, it is necessary only to point out that, when
Erickson chooses to use the conversational postulate
mechanism for securing a response from his client, he
is operating consistently with his stated guidelines.
Specifically, by using conversational postulates, he
avoids giving commands, simultaneously allowing the
client to choose to respond or not and avoiding the
authoritarian relationship between himself and the
client. Thus, the client, if he chooses to respond to the
sentence: ... Can you allow your hand to rise... by
allowing her hand to rise, actively participates in the
Aqui, a questão é se o cliente reconhecerá total-
mente, não se reconhecerá ou se esteve em transe (pres-
suposto para acordá-lo do transe), ou se conseguiu e
pode aprender com sua mente inconsciente. Estas últi-
mas são suposições básicas que o cliente deve desen-
volver e aceitar para que a comunicação seja signifi-
cativa. A maneira como Erickson usa consistentemente
pressuposições para ajudar o cliente a entrar em transe
profundo e aprender os fenômenos de transe profundo
demonstra o poder dessa técnica.
... Quando você se levantar e mover sua ca-
deira para o outro lado da mesa, sua mente inconsci-
ente irá liberar muitas informações importantes. Tal-
vez o seu inconsciente demore ainda mais do que cinco
ou dez minutos para fazê-lo, ou talvez não demore até
a próxima sessão...
Novamente, uma vez que as pressuposições de
uma frase não fazem parte de sua Estrutura Profunda,
seu uso envolve o cliente como um participante ativo
no processo de construção de significado (neste caso,
significado derivado) e remove do desafio quaisquer
que sejam as pressuposições das declarações.
A segunda classe de significados derivados
usados por Erickson é chamada de Postulados Conver-
sacionais. Tal como acontece com as pressuposições, o
significado representado pelos postulados conver-
sacionais é derivado, não é parte da Estrutura Profunda
recuperada pelo cliente, mas requer processamento
adicional. Por exemplo, se eu disser: Você pode levar
o lixo para fora? a Estrutura Profunda literal requer
apenas que você responda com um sim ou não. No
entanto, a resposta típica é você levar o lixo para fora.
Em outras palavras, embora eu use uma Estrutura
Superficial cuja Estrutura Profunda correspondente
seja uma pergunta de sim/não, você responde a ela
como se fosse um comando. Nos apêndices no final
deste volume, iremos instruí-lo sobre como construir
exemplos utilizando esses postulados conversacionais
para assegurar os efeitos que deseja como
hipnotizador. Para nossos propósitos atuais, é
necessário apenas apontar que, quando Erickson opta
por usar o mecanismo do postulado conversacional
para assegurar uma resposta de seu cliente, ele está
operando de forma consistente com suas diretrizes
declaradas. Especificamente, ao utilizar postulados
conversacionais, ele evita dar comandos, permitindo
simultaneamente que o cliente opte por responder ou
não e evitando a relação autoritária entre ele e o cliente.
Assim, o cliente, se decidir responder à frase: ... Você
process of trance induction, using conversational
postulates to understand the derived meaning of the
Surface Structure yes/no question – a processing act in
addition to the recovery of the Deep Structure. If he
fails to respond, there is no disruption of the process of
trance induction by Erickson, since there was no
command given; a question was simply asked and no
response is required.
The non-yes/no question form of the
communication also works in the same way. Erickson
might, for example, say: There is no need for you to
move or There is no need for you to keep your eyes
closed or It is possible for you to go even deeper into a
trance.
If the client is moving when Erickson says the
first of these sentences, then the effect of the
communication is the command don't move. If the
client was not moving, this statement is an effective
pacing technique. Similarly, if the client's eyes are
closed when Erickson says the second sentence, then
the effect is far the client to respond by opening his
eyes. Finally, when the client hears Erickson utter the
third sentence, it has the effect of the command go even
deeper into a trance.
We will present a formal outline of these Apresentaremos um esboço formal desses fe-
phenomena in Part III. nômenos na Parte III.
Accessing the Non - Dominant Hemisphere
Hypnosis is essentially a communication of
ideas and understandings to a patient in such a fashion
that he will be most receptive to the presented ideas and
thereby be motivated to explore his own body
potentials for the control of his psychological and
physiological responses and behavior. Milton H.
Erickson, 1967.
Milton Erickson has succeeded in developing a
powerful set of techniques for accessing and
communicating with the nondominant hemisphere in
human beings. His skills allow him to call out the
resources of the person with whom he is
communicating. In his hypnotic work Erickson makes
extensive use of the distinction between the conscious
and the unconscious mind of the client. Erickson
received his medical and psychiatric training in the
standard institutions of his school years; specifically,
he was trained in the psychoanalytic tradition from
which he appropriated the terms conscious and
unconscious. In his own writings he uses the two terms
in a number of ways. He, himself, comments in
Hypnotic Psychotherapy, 1948: As for the trance state
pode permitir que sua mão suba... ao permitir que sua
mão suba, participa ativamente do processo de indução
de transe, utilizando postulados conversacionais para
compreender o derivado significado da Estrutura Sup-
erficial da pergunta sim/não - um ato de processamento
além da recuperação da Estrutura Profunda. Se ele não
responder, não haverá interrupção do processo de
indução de transe por Erickson, uma vez que não
houve comando dado; uma pergunta foi feita
simplesmente e nenhuma resposta é necessária.
A forma de pergunta não-sim/não da comuni-
cação também funciona da mesma maneira. Erickson
pode, por exemplo, dizer: Não há necessidade de você
se mover ou Não há necessidade de manter os olhos
fechados ou É possível que você entre em um transe
ainda mais profundo.
Se o cliente está se movendo quando Erickson
diz a primeira dessas frases, o efeito da comunicação é
o comando não se mexa. Se o cliente não estava se
movendo, esta afirmação é uma técnica de estimulação
eficaz. Da mesma forma, se os olhos do cliente estão
fechados quando Erickson diz a segunda frase, o efeito
está longe de o cliente responder abrindo os olhos. Fi-
nalmente, quando o cliente ouve Erickson proferir a
terceira frase, isso faz com que o comando entre ainda
mais profundamente em um transe.
Acessando o hemisfério não dominante
A hipnose é essencialmente uma comunicação
de ideias e entendimentos a um paciente de tal forma
que ele será mais receptivo às idéias apresentadas e,
assim, estará motivado a explorar os potenciais de seu
próprio corpo para o controle de suas respostas
psicológicas e fisiológicas e comportamento. Milton H.
Erickson, 1967.
Milton Erickson teve sucesso no desenvolvi-
mento de um poderoso conjunto de técnicas para aces-
sar e se comunicar com o hemisfério não dominante
em seres humanos. Suas habilidades permitem que ele
invoque os recursos da pessoa com quem está se
comunicando. Em seu trabalho hipnótico, Erickson faz
amplo uso da distinção entre a mente consciente e a
inconsciente do cliente. Erickson recebeu seu treina-
mento médico e psiquiátrico nas instituições padrão de
seus anos escolares; especificamente, ele foi treinado
na tradição psicanalítica, da qual se apropria dos
termos consciente e inconsciente. Em seus próprios
escritos, ele usa os dois termos de várias maneiras. Ele
mesmo comenta em Hypnotic Psychotherapy, 1948:
Quanto ao estado de transe em si, deve ser considerado
itself, it should be regarded as a special, unique, but
wholly normal psychological state.... For convenience
in conceptualization, this special state, or level of
awareness, has been termed Unconscious or
subconscious.
Again, Erickson, in The Investigation of a
Specific Amnesia, 1967, p. 159, comments: While in a
state of profound, hypnotic sleep, the subject was given
the suggestion that she could reveal indirectly the
information desired with neither conscious nor
subconscious realization of what she was doing. To
this end she was instructed to continue in a state of deep
hypnosis, thereby dissociating her conscious mind
from, and leaving it in, a state of quiescence. At the
same time, by means of her subconscious mind, she
was to engage the author in an animated conversation.
Thus, with both conscious and subconscious minds
engaged, a third level of consciousness in response to
hypnotic suggestion would emerge from the depths of
her mind, and would express itself by guiding her hand
in automatic writing, of which she would be aware
neither consciously nor subconsciously.
Erickson goes on to comment in a footnote to
this portion of the text: The author assumes no
responsibility for the validity of these concepts, and the
trance state of the subject probably accounts for her
acceptance of them, but, at all events, they served the
purposes.
These passages underline one of the most
important characteristics of Erickson's complex
behavior in hypnosis and therapy. His willingness to
accept the client's model of the world allows him to
assist his client in changing. “This means I'm less
distracted by the content of what people say. Many
patterns of behavior are reflected in the way a person
says something rather than in what he says.”
In other words, Erickson listens for the
modeling principles which the clients use to construct pios de modelagem que os clientes usam para construir
their realities. suas realidades.
A number of people in the history of
civilization have made this point - that there is an
irreducible difference between the world and our
experience of it. We, as human beings, do not operate
directly upon the world, but, rather, we operate upon
the world through our representations of it. Each of us
creates a representation of the world we live in - that is,
we create a map or model which we use to generate our
behavior. The map or model which we create serves us
as a representation of what is possible, what is
como um estado psicológico especial, único, mas
totalmente normal... Por conveniência na concei-
tuação, este estado especial ou nível de consciência ,
foi denominado Inconsciente ou subconsciente.
Novamente, Erickson, em The Investigation of
a Specific Amnesia, 1967, p. 159, comentários: En-
quanto em um estado de sono profundo e hipnótico, o
sujeito recebeu a sugestão de que ela poderia revelar
indiretamente as informações desejadas, sem a realiza-
ção consciente nem subconsciente do que estava fa-
zendo. Para esse fim, ela foi instruída a continuar em
um estado de hipnose profunda, dissociando assim sua
mente consciente de um estado de quiescência e dei-
xando-a em estado de repouso. Ao mesmo tempo, por
meio de seu subconsciente, ela deveria envolver o
autor em uma conversa animada. Assim, com as men-
tes conscientes e subconscientes engajadas, um ter-
ceiro nível de consciência em resposta à sugestão hip-
nótica emergiria das profundezas de sua mente e se
expressaria guiando sua mão na escrita automática, da
qual ela não estaria ciente nem consciente, nem sub-
conscientemente.
Erickson continua a comentar em uma nota de
rodapé a esta parte do texto: O autor não assume ne-
nhuma responsabilidade pela validade desses
conceitos, e o estado de transe do sujeito provavel-
mente explica sua aceitação deles, mas, em todos os
eventos, eles serviram os objetivos.
Essas passagens sublinham uma das carac-
terísticas mais importantes do comportamento com-
plexo de Erickson na hipnose e na terapia. Sua dispo-
sição em aceitar o modelo de mundo do cliente permite
que ele ajude seu cliente a mudar. “Isso significa que
fico menos distraído com o conteúdo do que as pessoas
dizem. Muitos padrões de comportamento se refletem
na maneira como a pessoa diz algo, e não no que ela
diz.”
Em outras palavras, Erickson escuta os princí-
Diversas pessoas na história da civilização afir-
maram que há uma diferença irredutível entre o mundo
e nossa experiência dele. Nós, como seres humanos,
não operamos diretamente sobre o mundo, mas, ao
contrário, operamos sobre o mundo por meio de nossas
representações dele. Cada um de nós cria uma repre-
sentação do mundo em que vivemos - ou seja, criamos
um mapa ou modelo que usamos para gerar nosso
comportamento. O mapa ou modelo que criamos nos
serve como uma representação do que é possível, do
available, what the structure of the world is. Our
representation of the world determines to a large
degree what our experience of the world is, how we
perceive the world, what choices we see available to us
as we live in the world.
It must be remembered that the object of the
world of ideas as a whole [the map or model] is not the
portrayal of reality - this would be an utterly impossible
task - but rather to provide us with an instrument for
finding our way about more easily in the world. H.
Vaihinger, The Philosophy of As If, p.15.
No two human beings have exactly the same
experiences. The model of the world which we create
to guide us is based, in part, upon our experiences.
Each of us may, then, create a different model of the
world we share, and thus come to live in a somewhat
different reality.
... important characteristics of maps should be
noted. A map is not the territory it represents, but, if
correct, it has a similar structure to the territory, which
accounts for its usefulness... A. Korzybski, Science &
Sanity, 4th Ed., 1958, pp. 58-60.
Erickson allows himself the same flexibility in
the creation of his own model for therapy and hypnosis.
This flexibility has allowed him to detect and to come
to utilize effectively in his work patterns which are
very fast and powerful.
Our purpose is to create a model of a portion of
Erickson's behavior which will make these patterns
available. One of the most useful ways of organizing
our own experience in hypnosis and therapy, and of
understanding Erickson's technique, was to realize
Erickson's use of the terms conscious and unconscious
refer (at least partially) to the dominant and
nondominant hemispheres of the human brain. We are
not suggesting that Erickson's use of the term
unconscious mind is always and only referring to the
nondominant hemisphere, but that a model which
translates the terms in this way provides a guide for
learning Erickson's techniques.
Once a satisfactory deep trance state has been
achieved by the client, for example, both hemispheres
are being accessed and utilized, especially in some of
the more complex deep trance phenomena (e.g.,
positive hallucinations). As with any model, the
usefulness of this translation of the term unconscious
into the term nondominant hemisphere will be the
criterion for its acceptance.
The Non-dominant Hemisphere in Humans
que está disponível, de qual é a estrutura do mundo.
Nossa representação do mundo determina em grande
parte qual é a nossa experiência do mundo, como o
percebemos, que escolhas vemos à nossa disposição
enquanto vivemos no mundo.
É preciso lembrar que o objeto do mundo das
ideias como um todo [o mapa ou modelo] não é o
retrato da realidade - seria uma tarefa totalmente im-
possível - mas, sim, fornecer-nos um instrumento para
definir mais facilmente nossa experiência de mundo.
H. Vaihinger, The Philosophy of As If, p.15.
Não há dois seres humanos que tenham exata-
mente as mesmas experiências. O modelo do mundo
que criamos para nos guiar é baseado, em parte, em
nossas experiências. Cada um de nós pode, então, criar
um modelo diferente do mundo que compartilhamos e,
assim, vir a viver em uma realidade um tanto diferente.
... características importantes dos mapas devem
ser observadas. Um mapa não é o território que repre-
senta, mas, se correto, tem uma estrutura semelhante ao
território, o que explica sua utilidade... A. Korzybski,
Science & Sanity, 4ª Ed., 1958, pp. 58-60.
Erickson se permite a mesma flexibilidade na
criação de seu próprio modelo de terapia e hipnose.
Esta flexibilidade permitiu-lhe detectar e vir a utilizar
de forma eficaz nos seus padrões de trabalho que são
muito rápidos e poderosos.
Nosso objetivo é criar um modelo de uma parte
do comportamento de Erickson que tornará esses pa-
drões disponíveis. Uma das maneiras mais úteis de or-
ganizar nossa própria experiência em hipnose e terapia,
e de compreender a técnica de Erickson, foi perceber
que o uso de Erickson dos termos consciente e incons-
ciente se referem (pelo menos parcialmente) aos he-
misférios dominantes e não dominantes do cérebro hu-
mano. Não estamos sugerindo que o uso de Erickson
do termo mente inconsciente esteja sempre e apenas se
referindo ao hemisfério não dominante, mas que um
modelo que traduz os termos dessa maneira fornece um
guia para aprender as técnicas de Erickson.
Uma vez que um estado de transe profundo
satisfatório tenha sido alcançado pelo cliente, por
exemplo, ambos os hemisférios estão sendo acessados
e utilizados, especialmente em alguns dos fenômenos
de transe profundo mais complexos (por exemplo,
alucinações positivas). Como acontece com qualquer
modelo, a utilidade dessa tradução do termo
inconsciente para o termo hemisfério não dominante
será o critério para sua aceitação.
O hemisfério não dominante em humanos
 As we related in the Introduction to Part II,
research on the neurological organization of human
beings (especially, split-brain) has revealed some
typical differences between the behavior of the cerebral
hemispheres. Specifically, the researchers have
identified differences in the quality, speed and
accuracy of response of the two parts of the cerebral
cortex for different sensory and representational
functions (see, especially, Jerre Levy's article,
Psychobiological Implications of Bilateral
Asymmetry). For our present purposes, the most
interesting of these are the following:
Dominant Non-dominant
full language system visualization
time melody
contralateral side of the body special class of
language
This asymmetry between the cerebral
hemispheres shows up in interesting ways in common,
everyday tasks; for example, Gardner (1975, p. 374)
comments: Kinsbourne's model of hemispheres
competing for control of attentional mechanisms has
generated some imaginative research, both on his part
and on that of others. He has found, for example, that
skill in balancing a dowel in one hand is enhanced
when one is simultaneously speaking if the dowel is in
the left hand, while performance is impaired when one
is speaking if the dowel is in the right hand. His
explanation is that speaking and bal ancing are
competing activities, which, owing to the "spill-over"
effect, interfere with one another when they both occur
in opposite hemispheres, and they then promote and
facilitate one another. Exemplifying the same,
complementary side-effect, speaking improves the
subject's ability to recognize elements in the right
visual field, even when those shapes are nonsensical.
In contrast, when the patient rehearses melodies (a
right-hemisphere function), a left-visual-field advan-
tage results.
This partial list of cerebral asymmetries in the
human brain serves both as a list of ways in which the
unconscious may be accessed in the context of
hypnosis and also as an important organizing principle
in the context of therapy, especially in work with
incongruities (see Magic I, Chapter 6, and Magic II,
Part II). In other words, by recognizing these
asymmetries, the hypnotist who is working to assist the
client in achieving trance becomes systematic in his
choices about how to communicate with the
unconscious mind of the client.
Como relatamos na Introdução à Parte II, a
pesquisa sobre a organização neurológica dos seres hu-
manos (especialmente o cérebro dividido) revelou
algumas diferenças típicas entre o comportamento dos
hemisférios cerebrais. Especificamente, os pesqui-
sadores identificaram diferenças na qualidade, veloci-
dade e precisão da resposta das duas partes do córtex
cerebral para diferentes funções sensoriais e represen-
tacionais (ver, especialmente, o artigo de Jerre Levy,
Implicações psicobiológicas da assimetria bilateral).
Para os nossos propósitos presentes, os mais
interessantes deles são os seguintes:
Dominante Não Dominante
sistema de linguagem visualização
tempo melodia
lado oposto do corpo linguagem especial
Essa assimetria entre os hemisférios cerebrais
se mostra de maneiras interessantes nas tarefas comuns
do dia a dia; por exemplo, Gardner (1975, p. 374)
comenta: O modelo de hemisférios de Kinsbourne
competindo pelo controle dos mecanismos de atenção
gerou algumas pesquisas imaginativas, tanto de sua
parte quanto de outras pessoas. Ele descobriu, por
exemplo, que a habilidade de equilibrar um bastão em
uma mão é aprimorada quando se fala simultanea-
mente se o passador está na mão esquerda, enquanto o
desempenho é prejudicado quando se fala se o pas-
sador está na mão direita. Sua explicação é que falar e
equilibrar são atividades concorrentes que, devido ao
efeito “transbordamento”, interferem uma na outra
quando ambas ocorrem em hemisférios opostos e,
então, promovem e facilitam uma à outra. Exempli-
ficando o mesmo efeito colateral complementar, falar
melhora a capacidade do sujeito de reconhecer elemen-
tos no campo visual correto, mesmo quando essas for-
mas não fazem sentido. Em contraste, quando o paci-
ente ensaia melodias (uma função do hemisfério direi-
to), resulta uma vantagem do campo visual esquerdo.
Esta lista parcial de assimetrias cerebrais no
cérebro humano serve como uma lista de maneiras pe-
las quais o inconsciente pode ser acessado no contexto
da hipnose e também como um importante princípio
organizador no contexto da terapia, especialmente no
trabalho com incongruências (ver A Estrutura da
Magia I, Capítulo 6 e A Estrutura da Magia II, Parte
II). Em outras palavras, ao reconhecer essas assi-
metrias, o hipnotizador que está trabalhando para
ajudar o cliente a atingir o transe torna-se sistemático
em suas escolhas sobre como se comunicar com a
mente inconsciente do cliente.
 In the list of non-dominant hemisphere func-
tions, we have included special classes of language.
This requires an explanation and a slight excursion into
linguistic and psycholinguistic research. There are two
parts to the explanation. First, human language systems
are remarkably complex systems. The intricacies of the
patterning in human languages has so far exceeded the
linguist's skills in creating a model which represents all
of these patterns. In other words, although we are
completely systematic in our linguistic behavior, we
have not yet been successful in describing that
behavior. Thus, the task of learning the patterns which
are our language system has eluded the linguists, yet,
each of us accomplishes essentially the same task
between the ages of two and six years. Furthermore,
although the languages of the world sound
dramatically quite different when heard and appear
quite different when represented visually in their
written forms, a deeper analysis of their patterns shows
a close similarity in their structures. Out of all of the
logically possible forms which the patterns (syntax) of
natural language systems could have, only a relatively
restricted number of patterns occur. Largely
independent of the specific language which they are
learning, children seem to learn at the same rate with
the same kind of "mistakes." These considerations
have led linguists and psycho linguists to formulate the
model of wired-in (neurological) linguistic distinctions
known as Universal Grammar. These universal
distinctions are said to be part of the genetically
specified nervous system of each of us at birth.
The presence of these universals in the model
helps researchers to understand both how languages
display such marked similarity and also how children
accomplish the complex task of learning a language in
such a short time.
The second part of the explanation involves the
fact that children who are fully fluent in a language and
who suffer some brain trauma in the language
hemisphere typically become mute. They then go
through the standard stages for the acquisition of the
language once again and become fully fluent speakers.
This pattern has been interpreted by researchers as a
demonstration of the ability of either hemisphere to
learn and to function as a full linguistic system. Thus,
in the case in which some condition prevents the
dominant hemisphere from functioning adequately as
the language center, the non-dominant hemisphere will
take over that function. This equipotentiality or
plasticity of the human nervous system is another piece
Na lista de funções do hemisfério não domi-
nante, incluímos classes especiais de linguagem. Isso
requer uma explicação e uma pequena excursão pela
pesquisa linguística e psicolinguística. A explicação
tem duas partes. Primeiro, os sistemas de linguagem
humana são sistemas notavelmente complexos. Os me-
andros da padronização nas línguas humanas exce-
deram até agora as habilidades do linguista na criação
de um modelo que representa todos esses padrões. Em
outras palavras, embora sejamos completamente siste-
máticos em nosso comportamento linguístico, ainda
não tivemos sucesso em descrever esse comporta-
mento. Assim, a tarefa de aprender os padrões que
constituem o nosso sistema de linguagem iludiu os
linguistas; no entanto, cada um de nós realiza essenci-
almente a mesma tarefa entre as idades de dois e seis
anos. Além disso, embora as línguas do mundo soem
dramaticamente muito diferentes quando ouvidas e pa-
reçam bastante diferentes quando representadas visual-
mente em suas formas escritas, uma análise mais pro-
funda de seus padrões mostra uma semelhança pró-
xima em suas estruturas. De todas as formas logica-
mente possíveis que os padrões (sintaxe) dos sistemas
de linguagem natural poderiam ter, apenas ocorre um
número relativamente restrito de padrões. Em grande
parte independente da linguagem específica que estão
aprendendo, as crianças parecem aprender na mesma
velocidade com o mesmo tipo de “erros”. Essas consi-
derações levaram lingüistas e psicolinguistas a for-
mular o modelo de distinções lingüísticas conectadas
(neurológicas) conhecidas como Gramática Universal.
Diz-se que essas distinções universais fazem parte do
sistema nervoso geneticamente especificado de cada
um de nós no nascimento.
A presença desses modelos universais ajuda os
pesquisadores a entender como as línguas apresentam
semelhanças tão marcantes e também como as crianças
realizam a complexa tarefa de aprender uma língua em
tão pouco tempo.
A segunda parte da explicação envolve o fato
de que as crianças que são totalmente fluentes em um
idioma e que sofrem algum trauma cerebral no hemis-
fério da linguagem geralmente ficam mudas. Em se-
guida, eles passam pelos estágios padrão para a aquisição
da língua mais uma vez e se tornam falantes totalmente
fluentes. Esse padrão foi interpretado por pesqui-
sadores como uma demonstração da capacidade de
qualquer um dos hemisférios de aprender e funcionar
como um sistema linguístico completo. Assim, no caso
em que alguma condição impeça o hemisfério domi-
nante de funcionar adequadamente como centro da
linguagem, o hemisfério não dominante assumirá essa
of evidence pointing to great human potential so far função. Essa equipotencialidade ou plasticidade do sis-
largely unexplored. tema nervoso humano é outra evidência que aponta
para um grande potencial humano até agora ampla-
mente inexplorado.
Considering these two facts together, we Considerando esses dois fatos juntos, preve-
predict that the non-dominant hemisphere will mos que o hemisfério não dominante demonstrará
demonstrate some language abilities. Specifically, as a algumas habilidades de linguagem. Especificamente,
minimum, all of the distinctions available in the no mínimo, todas as distinções disponíveis no modelo
Universal Grammar model will be present in the non- de Gramática Universal estarão presentes no hemis-
dominant hemisphere. This prediction of the authors fério não dominante. Essa previsão dos autores acaba
turns out to be supported by research from various sendo apoiada por pesquisas de várias fontes. Por
sources. For example, one description of the classes of exemplo, uma descrição das classes de habilidades de
language abilities by hemisphere is given by Levy linguagem por hemisfério é dada por Levy (1974, p.
(1974, p. 174): Since the right hemispheres of 174): Uma vez que os hemisférios direitos dos paci-
commissurotomy patients appear to have some entes com comissurotomia parecem ter alguma com-
comprehension of both spoken language as well as preensão tanto da linguagem falada quanto da escrita
written nouns, verbs, and adjectives, and also have de substantivos, verbos e adjetivos, e também têm
some minimal capacities for expressive speech, the algumas capacidades mínimas para a fala expressiva,
question arises as to the differences in the two surge a questão quanto às diferenças nos dois hemis-
hemispheres which underlie the vast differences in férios que estão por trás das grandes diferenças nas
linguistic abilities. If the minor hemisphere could habilidades linguísticas. Se o hemisfério menor não
comprehend no speech, but could produce some, one pudesse compreender a fala, mas pudesse produzir
could postulate the absence of phonologies in the right alguma, poderia-se postular a ausência de fonologias
hemisphere and could interpret speech production as a no hemisfério direito e interpretar a produção da fala
result of a direct translation from a semantic to como resultado de uma tradução direta de um código
articulatory code. If the right hemisphere could semântico para o articulatório. Se o hemisfério direito
comprehend, but not produce speech, one could pudesse compreender, mas não produzir a fala, pode-
postulate the absence of an articulatory code. However, ria-se postular a ausência de um código articulatório.
when the right hemisphere can both comprehend and No entanto, quando o hemisfério direito pode compre-
express language, even though at a very limited level, ender e expressar a linguagem, mesmo que em um
an interpretation becomes much more difficult. nível muito limitado, uma interpretação se torna muito
mais difícil.
We will return to the topic of linguistic Voltaremos ao tópico da comunicação lin-
communication with the non-dominant hemisphere guística com o hemisfério não dominante mais adiante
later in this chapter. neste capítulo.
Visual Accessing Acesso Visual
The hypnotist is faced with the task of assisting O hipnotizador se depara com a tarefa de ajudar
the client in getting access to his unconscious or non- o cliente a obter acesso ao seu hemisfério inconsciente
dominant hemisphere. As we outlined, this has two ou não dominante. Conforme destacamos, isso tem
parts - distraction and simultaneous utilization of the duas partes - distração e utilização simultânea do he-
dominant hemisphere, and accessing of the non- misfério dominante e acesso do hemisfério não domi-
dominant hemisphere. One of the most direct and nante. Uma das mais diretas e poderosas técnicas de
powerful of the nondominant hemisphere accessing acesso ao hemisfério não-dominante encontradas por
techniques found by hypnotists is that of having the hipnotizadores é fazer com que o cliente crie imagens
client create visual images in his mind's eye. By visuais em sua mente. Ao trazer o cliente para uma
bringing the client to a task which presupposes a tarefa que pressupõe uma capacidade de visualização,
visualization capacity, the hypnotist facilitates the o hipnotizador facilita a transferência de controle do
transfer of control from the dominant hemisphere to the hemisfério dominante para o não dominante.
non-dominant hemisphere.
Subjective accounts from many subjects Relatos subjetivos de muitos assuntos que
explaining these findings may be summarized as explicam essas descobertas podem ser resumidos da
follows: "When I listen to the imaginary metronome, it
speeds up or slows down, gets louder or fainter, as I
start to go into a trance, and I just drift along. With the
real metronome, it remains distractingly constant, and
it keeps pulling me back to reality instead of letting me
drift along into a trance. The imaginary metronome is
changeable and always fits in with just the way I'm
thinking and feeling, but I have to fit myself to the real
one."
In this same connection, mention should be
made of findings in experimental and clinical work
centering around hypnotically induced visual
hallucinations. For example, a patient, greatly
confused about her personal identity, was induced to
visualize a number of crystal balls in which she could
hallucinate a whole series of significant life
experiences, make objective and subjective
comparisons and thus establish the continuity of her
life, from one hallucinated experience to the next. With
a real crystal ball, the hallucinated experiences were
physically limited in extent, and the changing and
superimposition of "scenes" much less satisfactory.
Milton H. Erickson, 1967, pp. 8 and 9.
Our experiences in both hypnosis and therapy
have repeatedly included for many of our clients the
distinction 'mentioned previously in the commentary
on the Huxley article - the difference between imaging
a picture in the mind's eye and seeing a picture in the
mind's eye. The experience of imaging a picture is an
activity which occurs in the dominant hemisphere -
this, essentially, is the construction of a visual image
using the language system to lead in the construction.
The images which result from this process are,
typically, poor in quality, unfocused and drab, with
only a faint resemblance to the images which the client
experiences with his eyes open. The process of seeing
a picture in the mind's eye is apparently a non-
dominant-hemisphere activity. Here, the resulting
images are clear and focused and so closely
approximate the client's experience with his eyes open.
Clients will differ greatly in their ability to see pictures
in their mind's eye. In general, clients who have as their
most highly valued representational system a visual
system will respond most satisfactorily to this
technique of visual accessing of the non-dominant
hemisphere. The hypnotist needs only to ask the client
to visualize to begin the process of trance induction
effectively. In the context of therapy, the therapist's
skills in identifying and responding to the client in the
client's own representational system is one of his most
powerful techniques:
seguinte forma: “Quando ouço o metrônomo
imaginário, ele acelera ou desacelera, fica mais alto
ou mais fraco, conforme eu começo a entrar em transe
e simplesmente fico à deriva junto. Com o metrônomo
real, ele permanece perturbadoramente constante e
me puxa de volta à realidade em vez de me deixar
entrar em transe. O metrônomo imaginário é mutável
e sempre se encaixa na maneira como estou pensando
e sentimento, mas eu tenho que me ajustar ao
verdadeiro.”
Nesse mesmo contexto, deve-se mencionar as
descobertas em trabalhos experimentais e clínicos cen-
trados em alucinações visuais hipnoticamente induzi-
das. Por exemplo, uma paciente, muito confusa sobre
sua identidade pessoal, foi induzida a visualizar uma
série de bolas de cristal nas quais ela poderia alucinar
toda uma série de experiências de vida significativas,
fazer comparações objetivas e subjetivas e, assim,
estabelecer o continuidade de sua vida, de uma
experiência alucinada a outra. Com uma bola de
cristal real, as experiências alucinadas foram
fisicamente limitadas em extensão, e a mudança e
sobreposição de “cenas” muito menos satisfatórias.
Milton H. Erickson, 1967, pp. 8 e 9.
Nossas experiências em hipnose e terapia in-
cluíram repetidamente para muitos de nossos clientes a
distinção mencionada anteriormente no comentário
sobre o artigo de Huxley - a diferença entre imaginar
uma imagem no olho da mente e ver uma imagem no
olho da mente. A experiência de imaginar uma imagem
é uma atividade que ocorre no hemisfério dominante -
esta, essencialmente, é a construção de uma imagem
visual usando o sistema de linguagem para conduzir a
construção. As imagens que resultam desse processo
são, normalmente, de baixa qualidade, desfocadas e
sem brilho, com apenas uma leve semelhança com as
imagens que o cliente experimenta com os olhos aber-
tos. O processo de ver uma imagem com o olho da
mente é aparentemente uma atividade do hemisfério
não dominante. Aqui, as imagens resultantes são claras
e focadas e se aproximam muito da experiência do cli-
ente com os olhos abertos. Os clientes diferem muito
em sua capacidade de ver imagens com os olhos da
mente. Em geral, os clientes que têm como sistema de
representação mais valorizado um sistema visual res-
ponderão da forma mais satisfatória a essa técnica de
acesso visual do hemisfério não dominante. O hipno-
tizador precisa apenas pedir ao cliente que visualize
para iniciar o processo de indução de transe de forma
eficaz. No contexto da terapia, as habilidades do tera-
peuta em identificar e responder ao cliente no próprio
sistema representacional do cliente é uma de suas
técnicas mais poderosas:
 These two case reports have been presented in
considerable detail to illustrate the naturalistic
hypnotic approach to children. There is seldom, if ever,
a need for a formalized or ritualistic technique. The
eidetic imagery of child, his readiness, eagerness and
actual need for new learnings, his desire to understand
and to share in the activities of the world about him,
and the opportunities offered by "pretend" and
imitation games all serve to enable him to respond
competently and well to hypnotic suggestions. (1967,
p. 423)
Franz Baumann, a well-known San Francisco
medical hypnotist who specializes in child and
adolescent practice, utilizes the visualization accessing
technique in his inductions almost exclusively with
consistent results. Specifically, he has his clients close
their eyes and watch their favorite TV program. Visual
fantasy work - called Guided Fantasy (see Magic I,
Chapter 6, and Magic II, Part I, for a fuller discussion)
- was the way in which cach of the authors first became
interested in hypnosis as a tool for assisting clients in
changing. Our therapeutic experiences had already
convinced us of the power and effectiveness of
visualization as a therapeutic technique before we
became aware that the behavior of our clients matched
perfectly the behavior described by hypnotists of their
clients doing visual tasks while in light and medium
trances.
One of the techniques employed by hypnotists
in inducing or deepening a trance state in a client is that
of having the client count, or counting for the client.
This technique serves several purposes. In the present
context, the counting technique is a special case of
visual accessing of the non-dominant hemisphere.
When a client is listening to himself or someone else
count, he is quite likely simultaneously to represent the
numerals which he is hearing as an internal visual
display. Numerals, as with other standard visual
patterns, are stored in the nondominant hemisphere;
thus, the counting technique accesses the unconscious
part of the client's brain. The relative ineffectiveness of
counting as a trance induction and deepening technique
for certain clients now becomes understandable - these
are clients whose ability to access the non-dominant
hemisphere for visual representations has yet to be
developed. With this understanding of the counting
task as a special case of visual accessing of the non-
dominant hemisphere, hypnotists who are working
with clients who have some ability to see visual
representations in their mind's eye may increase the
Esses dois relatos de caso foram apresentados
em detalhes consideráveis para ilustrar a abordagem
hipnótica naturalista para crianças. Raramente, ou
nunca, há necessidade de uma técnica formalizada ou
ritualística. As imagens eidéticas da criança, sua
prontidão, ânsia e necessidade real de novos
aprendizados, seu desejo de compreender e
compartilhar as atividades do mundo ao seu redor e as
oportunidades oferecidas por jogos de “fingimento” e
imitação servem para capacitá-lo a responder com
competência e bem às sugestões hipnóticas. (1967, p.
423).
Franz Baumann, um conhecido hipnotizador
médico de São Francisco que se especializou em crian-
ças e adolescentes, utiliza a técnica de visualização em
suas induções quase exclusivamente com resultados
consistentes. Especificamente, ele faz seus clientes
fecharem os olhos e assistirem seu programa de TV
favorito. Trabalho de fantasia visual - chamado de
fantasia guiada (ver A Estrutura da Magia I, Capítulo
6, e A Estrutura da Magia II, Parte I, para uma discus-
são mais completa) - foi a maneira pela qual o grupo
do autores começou a se interessar pela hipnose como
uma ferramenta para ajudar os clientes a mudar . Nos-
sas experiências terapêuticas já haviam nos convencido
do poder e eficácia da visualização como uma técnica
terapêutica antes de percebermos que o compor-
tamento de nossos clientes combinava perfeitamente
com o comportamento descrito por hipnotizadores de
seus clientes realizando tarefas visuais durante transes
leves e médios.
Uma das técnicas empregadas por hipnotizado-
res para induzir ou aprofundar um estado de transe em
um cliente é fazer o cliente contar, ou contar pelo cli-
ente. Essa técnica serve a vários propósitos. No pre-
sente contexto, a técnica de contagem é um caso espe-
cial de acesso visual do hemisfério não dominante.
Quando um cliente está ouvindo a si mesmo ou outra
pessoa contar, é bem provável que ele represente si-
multaneamente os números que está ouvindo como
uma exibição visual interna. Os numerais, assim como
outros padrões visuais padrão, são armazenados no
hemisfério não dominante; assim, a técnica de con-
tagem acessa a parte inconsciente do cérebro do cli-
ente. A relativa ineficácia da contagem como uma
indução de transe e técnica de aprofundamento para
certos clientes agora se torna compreensível - esses são
clientes cuja capacidade de acessar o hemisfério não
dominante para representações visuais ainda não foi
desenvolvida. Com esta compreensão da tarefa de
contagem como um caso especial de acesso visual do
hemisfério não dominante, os hipnotizadores que estão
trabalhando com clientes que têm alguma capacidade
effectiveness of this technique simply by instructing
the client, for example, that, as he sits there breathing
rhythmically, listening to the sound of the voice
counting, he is to make clear, focused images of each
of the numerals as he hears its name, each in a different
color. Listening to the client's use of predicates for
identifying the client's most highly valued
representational system will allow the hypnotist to
easily decide whether a visualization accessing
induction will be effective.
Hypnotists have, in fact, developed a series of
so-called suggestibility tests which they often use prior
to beginning a standard induction. These suggestibility
tests are simply ways for testing to determine whether
the client has the ability to employ certain
representational systems. For example, notice the
predicates which occur in the following hand clasp
suggestibility test (Weitzenhoffer, 1957, pp. 127128):
I want you to clasp your hands like this... make
them real tight, as tight as you can... As you do, you
will soon find that your fingers are becoming locked
together, so that your hands are becoming stuck
together... your hands and fingers are sticking more
and more together... more and more tightly clasped
together.
Precisely the same suggestibility test - that is, a
test for representational system abilities - can easily be
altered to serve as a test for the client's visualization
abilities. Specifically, by shifting the predicates used to
visual predicates and observing how well the client
responds, the hypnotist can make a valid choice as to
which kind of accessing of the non-dominant
hemisphere he will use. For example, using
Weitzenhoffer's induction as a guide, we change the
predicates from kinesthetic to visual:
I want you to make a picture in your mind's eye
of your hands clasped together. Look just above your
hands and see the dark green bucket filled with white
glue. Watch closely as the white fluid falls, dripping
down the scarred, battered sides of the green bucket...
In many of Erickson's inductions, he will
include statements about the letters of the alphabet - for
example, reminding the client of the great difficulty
which he experienced at one point in his life in
distinguishing between a b and a d as he learned the
alphabet forms. In addition to functioning as a covert
instruction for age regression, these statements access
de ver representações visuais em sua mente podem
aumentar a eficácia desta técnica simplesmente ins-
truindo o cliente, por exemplo, que, ao sentar-se ali
respirando ritmicamente, ouvindo o som da contagem
de vozes, faça imagens claras e focalizadas de cada um
dos numerais ao ouvir seu nome, cada um em uma cor
diferente. Ouvir o uso de predicados do cliente para
identificar o sistema representacional mais valioso do
cliente permitirá ao hipnotizador decidir facilmente se
uma visualização acessando a indução será eficaz.
Os hipnotizadores desenvolveram, de fato,
uma série dos chamados testes de sugestionabilidade,
que costumam usar antes de iniciar uma indução
padrão. Esses testes de sugestionabilidade são simples-
mente maneiras de testar para determinar se o cliente
tem a capacidade de empregar certos sistemas repre-
sentacionais. Por exemplo, observe os predicados que
ocorrem no seguinte teste de sugestibilidade de aperto
de mão (Weitzenhoffer, 1957, pp. 127128):
Eu quero que você junte suas mãos assim ...
faça-as bem apertadas, tão apertadas quanto você
puder ... Ao fazer isso, você logo descobrirá que seus
dedos estão travando juntos, de modo que suas mãos
estão ficando grudadas. .. suas mãos e dedos estão
cada vez mais unidos ... cada vez mais firmemente
entrelaçados.
Precisamente o mesmo teste de sugestionabi-
lidade - isto é, um teste para habilidades do sistema
representacional - pode ser facilmente alterado para
servir como um teste para as habilidades de visua-
lização do cliente. Especificamente, mudando os pre-
dicados usados para predicados visuais e observando
quão bem o cliente responde, o hipnotizador pode fazer
uma escolha válida quanto ao tipo de acesso do
hemisfério não dominante que ele usará. Por exemplo,
usando a indução de Weitzenhoffer como guia, muda-
mos os predicados de cinestésico para visual:
Eu quero que você faça uma imagem em sua
mente de suas mãos entrelaçadas. Olhe acima de suas
mãos e veja o balde verde escuro cheio de cola branca.
Observe atentamente enquanto o fluido branco cai,
pingando nas laterais danificadas e com cicatrizes do
balde verde...
Em muitas das induções de Erickson, ele inclu-
irá declarações sobre as letras do alfabeto - por exem-
plo, lembrando o cliente da grande dificuldade que ele
experimentou em um ponto de sua vida em distinguir
entre ‘a’ e ‘b’ e ao aprender as formas do alfabeto.
Além de funcionar como uma instrução velada para
the visual representations for the letters of the alphabet regressão de idade, essas afirmações acessam as repre-
just as the numeral sequences do, making this a special sentações visuais das letras do alfabeto da mesma
case of visual accessing.
If the client shows little or no ability to create
non-dominant hemisphere visual representations, the
hypnotist need not give up the choice of accessing the
nondominant hemisphere by visualizing. Indeed, it is
exactly here that Erickson again demonstrates his
skills. As he describes in the Huxley article, as part of
a "standard procedure" for Erickson, he uses the
client’s most highly valued representational system to
assist him in gaining access to others.
In the problem of developing general
techniques for the induction of trances and the eliciting
of hypnotic behavior, there have been numerous
uncritical utilizations of traditional misconceptions of
hypnotic procedure. The "eagle eye," the "crystal ball,"
strokings and passes, and similar aids as sources of
mysterious force have been discarded by the
scientifically trained. Yet the literature abounds with
reports of hypnotic techniques based upon the use of
apparatus intended to limit and restrict the subject's
behavior, to produce fatigue and similar reactions, as
if they were the essential desiderata of hypnosis:
Crystal balls held at a certain distance from the eyes,
revolving mirrors, metronomes, and flashing lights are
often employed as the major consideration. As a result,
too much emphasis is placed upon external factors and
the subject's responses to them. Primarily, emphasis
should be placed upon the intrapsychic behavior of the
subject rather than upon the relationship to
externalities. At best, apparatus is only an incidental
aid, to be discarded at the earliest possible moment in
favor of the utilization of the subject's behavior which
may be initiated but not developed by the apparatus.
However much staring at a crystal ball may be
conducive to fatigue and sleep, neither of these results
is an essential part of the hypnotic trance. To illustrate:
A number of subjects were systematically trained by a
competent hypnotist to develop a trance by staring
fixedly at a crystal ball held at a distance of six inches
and slightly above the subjects' eye level. As a result of
this conditioning, efforts to hypnotize them without a
crystal ball were difficult and, in some instances,
ineffectual. Personal experimentation with these
subjects disclosed that having them simply imagine
that they were looking at a crystal ball resulted in more
rapid trance induction and profounder trance states.
Repetition of this procedure by colleagues and students
yielded similar results. Return to the actual crystal
gazing resulted in the original slower and less
forma que as sequências numéricas, tornando este um
caso especial de acesso visual.
Se o cliente mostra pouca ou nenhuma habi-
lidade para criar representações visuais do hemisfério
não dominante, o hipnotizador não precisa desistir da
escolha de acessar o hemisfério não dominante pela
visualização. Na verdade, é exatamente aqui que
Erickson mais uma vez demonstra suas habilidades.
Como ele descreve no artigo de Huxley, como parte de
um “procedimento padrão” para Erickson, ele usa o
sistema de representação mais valioso do cliente para
ajudá-lo a obter acesso a outras pessoas.
No problema de desenvolver técnicas gerais
para a indução de transes e a eliciação do comporta-
mento hipnótico, tem havido numerosas utilizações
acríticas de conceitos errados tradicionais do procedi-
mento hipnótico. O “olho de águia”, a “bola de
cristal”, golpes e passes, e ajudas semelhantes como
fontes de força misteriosa foram descartados pelos
cientificamente treinados. No entanto, a literatura está
repleta de relatos de técnicas hipnóticas baseadas no
uso de aparelhos destinados a limitar e restringir o
comportamento do sujeito, para produzir fadiga e
reações semelhantes, como se fossem os desideratos
essenciais da hipnose: Bolas de cristal mantidas a uma
certa distância do olhos, espelhos giratórios,
metrônomos e luzes intermitentes são frequentemente
empregados como a consideração principal. Como
resultado, muita ênfase é colocada nos fatores
externos e nas respostas do sujeito a eles.
Primeiramente, a ênfase deve ser colocada no
comportamento intrapsíquico do sujeito, e não na
relação com as externalidades. Na melhor das
hipóteses, o aparelho é apenas um auxílio incidental,
a ser descartado o mais cedo possível em favor da utili-
zação do comportamento do sujeito, que pode ser inici-
ado, mas não desenvolvido pelo aparelho. Por mais
que olhar para uma bola de cristal possa levar à fadiga
e ao sono, nenhum desses resultados é uma parte
essencial do transe hipnótico. Para ilustrar: vários
indivíduos foram sistematicamente treinados por um
hipnotizador competente para desenvolver um transe
olhando fixamente para uma bola de cristal mantida a
uma distância de quinze centímetros e ligeiramente
acima do nível dos olhos dos participantes. Como
resultado desse condicionamento, os esforços para
hipnotizá-los sem uma bola de cristal eram difíceis e,
em alguns casos, ineficazes. Experimentos pessoais
com esses sujeitos revelaram que fazê-los
simplesmente imaginar que estavam olhando para
uma bola de cristal resultou em uma indução de transe
profound trances characterized by greater dependence mais rápida e em estados de transe mais profundos. A
upon external factors. Milton H. Erickson, 1967, pp. 8 repetição desse procedimento por colegas e alunos
and 9 produziu resultados semelhantes. O retorno ao cristal
real resultou nos transes originais mais lentos e menos
profundos, caracterizados por uma maior dependência
de fatores externos. Milton H. Erickson, 1967, pp. 8 e
9
If, for example, the client has a well-developed Se, por exemplo, o cliente tem um sistema de
kinesthetic representational system but little or no representação cinestésico bem desenvolvido, mas pou-
ability for non-dominant hemisphere visualization, ca ou nenhuma capacidade de visualização do hemis-
then the hypnotist may have the client adopt a fério não dominante, o hipnotizador pode fazer com
particular familiar body posture. Once the client is in que o cliente adote uma postura corporal familiar par-
that body position and fully experiencing the ticular. Uma vez que o cliente está nessa posição cor-
kinesthetic sensations, the hypnotist can instruct the poral e experimentando totalmente as sensações cines-
client to look and to see whatever visual tésicas, o hipnotizador pode instruir o cliente a olhar e
representations are commonly associated with those ver quaisquer representações visuais comumente asso-
body sensations. By using the client's most highly ciadas a essas sensações corporais. Ao usar o sistema
valued representational system as a lead system, the de representação mais valioso do cliente como um
client can be helped to gain access to new states of sistema líder, o cliente pode ser ajudado a obter acesso
awareness. For example: In one of our training a novos estados de consciência. Por exemplo: Em um
sessions, a middle-aged psychologist complained that de nossos treinamentos, um psicólogo de meia-idade
he was unable to make visual imagery, in spite of the queixou-se de não ser capaz de fazer imagens visuais,
fact that he had his clients use this technique. We had apesar de seus clientes usarem essa técnica. Pedimos a
this man place his body in the position of playing his esse homem que colocasse seu corpo na posição de
piano (his favorite hobby). He was then instructed to tocar piano (seu hobby favorito). Ele então foi instruído
move his fingers in the pattern of a familiar tune. With a mover os dedos no padrão de uma melodia familiar.
his eyes closed, he was instructed to hear the tune Com os olhos fechados, ele foi instruído a ouvir a me-
internally as well as to move his fingers. He was then lodia internamente, bem como a mover os dedos. Ele
asked to look down at the keyboard. He exclaimed, "I então foi convidado a olhar para o teclado. Ele
can see the keys and my fingers on the keyboard." He exclamou: “Posso ver as teclas e meus dedos no tecla-
was then instructed to look up at the rest of the piano, do”. Ele então foi instruído a olhar para o resto do
and then at the rest of the living room, and then at the piano, e depois para o resto da sala de estar, e então
people in the room. This technique of using highly para as pessoas na sala. Esta técnica de usar sistemas
valued representational systems to recover and representacionais altamente valorizados para recuperar
improve impoverished ones is a common technique in e melhorar os empobrecidos é uma técnica comum em
our work. The main principle is simply to find a nosso trabalho. O princípio básico é simplesmente en-
situation in which the impoverished system overlaps contrar uma situação em que o sistema empobrecido se
the developed system, such as recovery of dialogue by sobreponha ao sistema desenvolvido, como a recu-
having a visual client see someone's mouth moving and peração do diálogo fazendo um cliente visual ver a bo-
then hear the words, and many variations of this theme. ca de alguém se movendo e então ouvir as palavras e
This is an example of what we call body tuning (see muitas variações desse tema. Este é um exemplo do
Magic II). que chamamos de ajuste do corpo (veja A Estreutura
da Magia II).
The visual accessing principle, then, ties O princípio de acesso visual, então, une muitas
together many of Erickson's observations about das observações de Erickson sobre induções eficazes
effective deep trance inductions: de transe profundo:
... The utilization of imagery rather than actual ... A utilização de imagens em vez de aparatos
apparatus permits the subject to utilize his actual reais permite ao sujeito utilizar suas capacidades reais
capabilities.... The utilization of imagery in trance ... A utilização de imagens na indução de transe quase
induction almost always facilitates the development of sempre facilita o desenvolvimento de comportamento
similar or related, more complex hypnotic behavior. hipnótico semelhante ou relacionado, mais complexo.
For example, the subject who experiences much Por exemplo, o sujeito que tem muita dificuldade em
difficulty in developing hallucinations often learns to
develop them when a trance is induced by utilization of
imagery... was induced to visualize a number of crystal
balls in which she could hallucinate a whole series...
Erickson, Deep Hypnosis and Its Induction, 1967, p. 9.
Accessing the Non-dominant Hemisphere by Acessando o hemisfério não dominante por
Melody melodia
Another one of the asymmetries which has
been consistently found between the cerebral
hemispheres in humans is the location of melody.
Apparently, the nondominant hemisphere is the storage
location for representations of melodies in humans.
The fact that totally aphasic patients can recite
well-known verses, sing simple familiar songs, and
emit curse words suggests the presence of whole
auditory Gestalts in the right hemisphere, particularly
in view of the fact that such patients cannot recite
verses or sing songs unless they start at the beginning.
If they are stopped midway through, and then told to
continue where they left off, they cannot do so, but must
start over again at the beginning. The same
phenomenon occurs to a lesser degree in normal
people for material which has been thoroughly
memorized in a given sequence, such as the alphabet.
Bogen and Bogen (1969) suggest that if the
right hemisphere has a special capacity for tonal,
timbre and other aspects of music (see Milner, 1962),
then interhemispheric communication could contribute
to musical creativity. They report that, in collaboration
with Gordon, observations were made of patients,
known to be right handed, asked to sing before and
during administration of sodium amytal into the right
internal carotid artery. During the time when the left
hemiparesis was evident, articulation was intelligible,
though slurred, and while rhythm was preserved,
singing was essentially amelodic, having relatively few
changes in pitch.
The last twenty-five years have led to a marked
revision of some of these older notions. We are now
aware that while aphasic disorders of speech and
comprehension are even more strongly linked to left
unilateral lesions than was thought by the classical
authors, certain disabilities, for instance dressing
difficulty, are more closely associated with right
hemisphere damage. It now seems likely that the right
hemisphere is not the minor hemisphere, but rather is
itself dominant for certain functions. Thus it appears to
be dominant for certain spatial functions (while the left
desenvolver alucinações frequentemente aprende a
desenvolvê-las quando um transe é induzido pela
utilização de imagens ... foi induzido a visualizar
várias bolas de cristal nas quais ela poderia alucinar
uma série inteira ... Erickson , Deep Hypnosis and Its
Induction, 1967, p. 9
Outra das assimetrias que tem sido consisten-
temente encontrada entre os hemisférios cerebrais em
humanos é a localização da melodia. Aparentemente, o
hemisfério não dominante é o local de armazenamento
para representações de melodias em humanos.
O fato de pacientes totalmente afásicos pode-
rem recitar versos bem conhecidos, cantar canções fa-
miliares simples e emitir palavrões sugere a presença
de Gestalts auditivos inteiros no hemisfério direito,
principalmente em vista do fato de que tais pacientes
não podem recitar versos ou cantar canções, a menos
que eles começam no início. Se eles forem inter-
rompidos no meio do caminho e depois instruídos a
continuar de onde pararam, eles não podem fazer isso,
mas devem começar novamente do início. O mesmo
fenômeno ocorre em um grau menor em pessoas nor-
mais para materiais que foram completamente memo-
rizados em uma dada seqüência, como o alfabeto.
Bogen e Bogen (1969) sugerem que se o hemis-
fério direito tem uma capacidade especial para tons,
timbre e outros aspectos da música (ver Milner, 1962),
então a comunicação inter-hemisférica poderia con-
tribuir para a criatividade musical. Eles relatam que,
em colaboração com Gordon, foram feitas
observações de pacientes, sabidamente destros,
solicitados a cantar antes e durante a administração
de amital sódico na artéria carótida interna direita.
Durante o tempo em que a hemiparesia esquerda era
evidente, a articulação era inteligível, embora
indistinta, e enquanto o ritmo era preservado, o canto
era essencialmente amelódico, tendo relativamente
poucas mudanças no tom.
Os últimos vinte e cinco anos levaram a uma
revisão marcante de algumas dessas noções mais anti-
gas. Agora estamos cientes de que, embora os distúr-
bios afásicos da fala e da compreensão estejam ainda
mais fortemente associados às lesões unilaterais es-
querdas do que os autores clássicos pensavam, certas
deficiências, por exemplo, dificuldade de vestir-se,
estão mais intimamente associadas a danos no hemis-
fério direito. Agora parece provável que o hemisfério
direito não seja o hemisfério menor, mas sim ele mes-
mo dominante para certas funções. Assim, parece ser
is probably dominant for others), for certain musical
tasks, and as has now been suggested by several lines
of evidence, possibly for certain aspects of emotional
response. Gardner, 1975, pp. 329-330
The use of melody as a technique for accessing
the unconscious portion of the human mind is sar a porção inconsciente da mente humana é mencio-
mentioned specifically by Erickson: nado especificamente por Erickson:
A musician, unresponsive to direct hypnotic
suggestion, was induced to recall the experience of
having his thoughts haunted by a strain of music. This
led to a suggested search for other similar [memories]
. Soon he became so absorbed in trying to recall
forgotten melodies and beating time as a kinesthetic
aid that a deep trance... Erickson, 1967, p. 30.
In our own work in hypnosis, the instruction to
the client to playa melody or series of melodies inside
his head has proven again and again an effective
induction technique, particularly in combination with
some of the other techniques. Some convincing
evidence for both locality and usefulness of melody
comes from work being done with asphasic patients,
those people who have brain damage and have suffered
partial loss of language abilities. Those patients who
have suffered lesions in their dominant hemisphere, in
Broca's area in the base of the 3rd frontal convolution,
can be treated with what is called melodic intonation
therapy.
What this amounts to is with singing to train the
non-dominant hemisphere to perform the functions lost
by the dominant hemisphere's damage. The lost
distinctions in language arc trained into the other
hemisphere by singing patterns of words instead of
saying them (a task which the Broca's asphasic can not
do until after the words have been sung repeatedly).
See Gardner, 1974, for further reading.
Jane was then thoroughly drilled in saying the
"Pease Porridge" rhyme in a halting, hesitant and
stuttering fashion.
She learned this in a phenomenally fast
manner, and then Anne, who knew nothing of this
special measure, was asked to recite with Jane the
Pease Porridge rhyme, however hesitantly she had to
do it.
Slowly the two began, Anne slowly, while Jane
began to increase the tempo and then to stutter the tamente, enquanto Jane começou a aumentar o ritmo
words in a painfully annoying fashion. Anne glanced e a gaguejar as palavras de uma forma dolorosamente
dominante para certas funções espaciais (enquanto a
esquerda é provavelmente dominante para outras),
para certas tarefas musicais e, como agora foi
sugerido por várias linhas de evidência, possivelmente
para certos aspectos da resposta emocional. Gardner,
1975, pp. 329-330
O uso da melodia como uma técnica para aces-
Um músico, que não respondia à sugestão
hipnótica direta, foi induzido a se lembrar da experi-
ência de ter seus pensamentos assombrados por uma
linha de música. Isso levou a uma sugestão de busca
por outras [memórias] semelhantes. Logo ele ficou tão
absorvido em tentar lembrar melodias e ritmos
esquecidos como em um processo cinestésico de um
transe profundo ... Erickson, 1967, p. 30
Em nosso próprio trabalho com hipnose, a ins-
trução para o cliente tocar uma melodia ou série de me-
lodias dentro de sua cabeça tem se mostrado repeti-
damente uma técnica de indução eficaz, particular-
mente em combinação com algumas das outras téc-
nicas. Algumas evidências convincentes tanto da loca-
lidade quanto da utilidade da melodia vêm do trabalho
que está sendo feito com pacientes asfásicos, aquelas
pessoas que têm danos cerebrais e sofreram perda
parcial das habilidades de linguagem. Aqueles pacientes
que sofreram lesões em seu hemisfério dominante, na
área de Broca na base da 3ª convolução frontal, podem
ser tratados com o que se denomina terapia de
entonação melódica.
Isso significa cantar para treinar o hemisfério
não dominante para desempenhar as funções perdidas
pelos danos do hemisfério dominante. As distinções
perdidas na linguagem são treinadas pelo outro hemis-
fério cantando padrões de palavras em vez de dizê-los
(uma tarefa que o asfásico de Broca não pode realizar
até que as palavras tenham sido cantadas repetidamen-
te). Veja Gardner, 1974, para leituras adicionais.
Jane foi então completamente treinada para
dizer a rima “Pease Porridge” de uma forma
hesitante, hesitante e gaguejante.
Ela aprendeu isso de uma maneira
fenomenalmente rápida, e então Anne, que nada sabia
sobre essa medida especial, foi convidada a recitar
com Jane a rima do mingau de ervilha, por mais
hesitante que precisasse fazê-lo.
Lentamente as duas começaram, Anne len-
at the author, was sternly instructed to listen to Jane and
to continue the joint recitation. Anne turned to Jane and
her lips and face showed the ideomotor, therefore
involuntary and uncontrollable efforts on Anne's part
to correct Jane's stutter. On and on, over and over, Jane
continued, with Anne's lips twitching and finally Anne
was haltingly prompting Jane throughout the whole
rhyme. This particular session lasted about two hours
and Anne's speech became increasingly better. The
same measure was employed with other rhymes and
Anne was obviously pleased and confident though
often immensely annoyed. Milton H. Erickson, 1967,
p. 451
The selection of melody itself offers the
hypnotist many choices. For example, in the context of
therapy, the hypnotist might choose to select some
melody connected in the client's life history with a
period of his life which the hypnotist wishes the client
to recover for the purposes of an enactment. Similarly,
in the context of hypnotism, the hypnotist might give
the client some melody to play inside his head which
indirectly suggests age regression. We have found
nursery rhyme melodies particularly effective in this
way.
Language Accessing of the Non-dominant Acesso à linguagem do hemisfério não domi-
Hemisphere nante
As we stated previously, the so-called mute, or
non-dominant, hemisphere in humans, typically, has
some language ability. The extent of this ability seems
to be unknown, with different researchers making
conflicting claims (compare, for example, Gazziniga,
1970, with Levy, 1974). What is probable in light of
the universal grammar and plasticity findings is that the
nondominant hemisphere has all of the distinctions
available in universal grammar.
Since the right hemispheres of
commissurotomy patients appear to have some
comprehension of both spoken language, as well as
written nouns, verbs, and adjectives, and also have
some minimal capacities for expressive speech, the
question arises as to the differences in the two
hemispheres which underlie the vast differences in
linguistic abilities. If the minor hemisphere could
comprehend no speech, but could produce some, one
could postulate the absence of phonologies in the right
hemisphere and could interpret speech production as
a result of a direct translation from a semantic to
articulatory code. If the right hemisphere could
comprehend, but not produce speech, one could
irritante. Anne olhou para o autor e foi severamente
instruída a ouvir Jane e continuar a recitação
conjunta. Anne voltou-se para Jane e seus lábios e
rosto mostraram a reação ideomotora, portanto
esforços involuntários e incontroláveis da parte de
Anne para corrigir a gagueira de Jane. Mais e mais,
mais e mais, Jane continuou, com os lábios de Anne se
contraindo e finalmente Anne estava hesitante levando
Jane ao longo de toda a rima. Esta sessão em
particular durou cerca de duas horas e o discurso de
Anne ficou cada vez melhor. A mesma medida foi
empregada com outras rimas e Anne estava
obviamente satisfeita e confiante, embora muitas vezes
extremamente aborrecida. Milton H. Erickson, 1967,
p. 451
A seleção da melodia em si oferece muitas op-
ções ao hipnotizador. Por exemplo, no contexto da
terapia, o hipnotizador pode escolher selecionar algu-
ma melodia conectada na história de vida do cliente
com um período de sua vida que o hipnotizador deseja
que o cliente recupere para fins de encenação. Da mes-
ma forma, no contexto do hipnotismo, o hipnotizador
pode dar ao cliente alguma melodia para tocar dentro
de sua cabeça, o que sugere indiretamente uma regres-
são de idade. Descobrimos que as melodias de versos
infantis são particularmente eficazes nesse sentido.
Como afirmamos anteriormente, o chamado
hemisfério mudo, ou não dominante, em humanos,
normalmente, tem alguma habilidade de linguagem. A
extensão dessa capacidade parece ser desconhecida,
com diferentes pesquisadores fazendo afirmações con-
flitantes (compare, por exemplo, Gazziniga, 1970, com
Levy, 1974). O que é provável, à luz das descobertas
da gramática universal e da plasticidade, é que o
hemisfério não dominante tem todas as distinções dis-
poníveis na gramática universal.
Uma vez que os hemisférios direitos dos paci-
entes com comissurotomia parecem ter alguma com-
preensão da linguagem falada, bem como
substantivos, verbos e adjetivos escritos, e também têm
algumas capacidades mínimas para a fala expressiva,
surge a questão quanto às diferenças nos dois
hemisférios que estão subjacentes às vastas diferenças
nas habilidades linguísticas. Se o hemisfério menor
não pudesse compreender a fala, mas pudesse
produzir alguma, poderia-se postular a ausência de
fonologias no hemisfério direito e interpretar a
produção da fala como resultado de uma tradução
direta de um código semântico para o articulatório. Se
o hemisfério direito pudesse compreender, mas não
postulate the absence of an articulatory code.
However, when the right hemisphere can both
comprehend and express language, even though at a
very limited level, an interpretation becomes much
more difficult. (Levy, 1974, p. 237)
Thus, as further linguistic and psycholinguistic
research uncovers the structure of universal grammar,
the exact linguistic capabilities of the non-dominant
hemisphere will become available. Equally fascinating
to us is the role that hypnotism has the potential to play
in researching the linguistic capabilities of the non-
dominant hemisphere. Until more thorough studies of
the linguistic capabilities of the mute hemisphere are
made, however, we are aware of two models of our
experience in hypnosis which account for our
observations.
As mentioned previously, one of the most
powerful techniques which we have developed is the
double induction - an induction in which each of us
speaks simultaneously into the client's cars. In doing
this type of induction, we systematically vary the style
of speech we use depending upon into which ear we
are speaking. For example, if John is speaking into the
contralateral ear with respect to the dominant
hemisphere (e.g., in right-handed people, usually the
left cerebral hemisphere is dominant, and the
contralateral car is the right ear), he will systematically
use the most complex syntactic forms of the language,
employing all of the linguistic overload/distraction
principles presented in the first chapter of this part.
Simultaneously, Richard will speak into the ear
contralateral to the nondominant cerebral hemisphere
(in this example, the left ear), using only the simplest
of linguistic forms - either single-word utterances or
the patterns used by children at the two-word utterance
stage of language development (see pivot grammars in
Slobin, 1974). In employing the double induction
technique, rarely have we had an induction last for
more than five minutes before a satisfactory trance
state is reached by the client.
One model which accounts for the power and
speed of the double induction is that: cia e a velocidade da dupla indução é a seguinte:
a) We are successfully overloading the
dominant hemisphere; and
b) We are accessing the non-dominant
hemisphere with the child grammar
style of language which we feed into
that hemisphere.
produzir a fala, poderia-se postular a ausência de um
código articulatório. No entanto, quando o hemisfério
direito pode compreender e expressar a linguagem,
mesmo que em um nível muito limitado, uma
interpretação se torna muito mais difícil. (Levy, 1974,
p. 237)
Assim, à medida que novas pesquisas linguís-
ticas e psicolinguísticas revelam a estrutura da gramá-
tica universal, as capacidades linguísticas exatas do he-
misfério não dominante se tornarão disponíveis. Igual-
mente fascinante para nós é o papel que o hipnotismo
tem o potencial de desempenhar na pesquisa das capa-
cidades linguísticas do hemisfério não dominante. Até
que estudos mais completos das capacidades linguís-
ticas do hemisfério mudo sejam feitos, no entanto,
estamos cientes de dois modelos de nossa experiência
em hipnose que explicam nossas observações.
Como mencionado anteriormente, uma das téc-
nicas mais poderosas que desenvolvemos é a indução
dupla - uma indução em que cada um de nós fala simul-
taneamente nos ouvidos do cliente. Ao fazer esse tipo
de indução, variamos sistematicamente o estilo de fala
que usamos, dependendo do ouvido em que estamos
falando. Por exemplo, se John está falando no ouvido
contralateral em relação ao hemisfério dominante (por
exemplo, em pessoas destras, geralmente o hemisfério
cerebral esquerdo é dominante e o ouvido contralateral
é o ouvido direito), ele usará sistematicamente o má-
ximo formas sintáticas complexas da linguagem, em-
pregando todos os princípios de sobrecarga/distração
linguística apresentados no primeiro capítulo desta
parte. Simultaneamente, Richard falará no ouvido con-
tralateral ao hemisfério cerebral não dominante (neste
exemplo, o ouvido esquerdo), usando apenas as formas
lingüísticas mais simples - sejam enunciados de uma
palavra ou os padrões usados por crianças no estágio
de enunciação de duas palavras do desenvolvimento da
linguagem (ver gramáticas pivô em Slobin, 1974). Ao
empregar a técnica de dupla indução, raramente tive-
mos uma indução que durou mais de cinco minutos
antes de um estado de transe satisfatório ser alcançado
pelo cliente.
Um modelo que leva em consideração a potên-
a) Estamos sobrecarregando com sucesso o
hemisfério dominante; e
b) Estamos acessando o hemisfério não
dominante com o estilo de linguagem da
gramática infantil que aplicamos naquele
hemisfério.
 A second model which provides a guide for
understanding the potency of this technique is:
a) We are successfully overloading the
dominant hemisphere; and
b) We are not accessing the non-dominant
hemisphere, but, rather, the child
grammar material we feed into the ear
most intimately connected with the
nondominant hemisphere is being
processed by and responded to by the
dominant hemisphere without
awareness.
This last model is a distinct possibility as it is
true that the human car has projections to both cerebral
hemispheres. If conflicting messages arrive at the same
ear or at the projection areas of the auditory cortex, the
contralateral ear message has priority. However,
simply because the contralateral ear message has
priority over the ipsolateral ear message does not imply
that the ipsolateral ear message is entirely lost with
respect to the dominant hemisphere. Thus, the second
model would claim that the speed and effectiveness of
our double inductions depend, not upon accessing the
non-dominant hemisphere linguistically, but rather
depend upon the combination of overload and child
grammar to the dominant hemisphere. By presenting a
conflicting message to the dominant hemisphere
without its awareness, we are forcing the client to
regress his dominant hemisphere linguistic abilities to
an earlier stage of development. The only additional
piece of evidence which we have at this time is that
there is a tendency for the side of the body controlled
by the hemisphere (the contralateral hemisphere) to
respond differentially to instructions delivered to that
hemisphere. The result, particularly evident in the
physical asymmetries in the client's face, is that, when
conflicting instructions are received simultaneously by
the client in different ears, the sides of the body respond
independently. Similarly, when hand levitation
instructions are interspersed in the conflicting material
being fed into the client's hemisphere, the hand
controlled by the hemisphere to which those
instructions are presented tends to be the hand which
rises. These patterns seem to us to support the first
model. Of course, it is possible that both processes are
occurring. In any case, while the double induction
serves as one of the most powerful induction and
deepening techniques of which we are aware, the
question of which model is more useful remains
unanswered.
Um segundo modelo que fornece um guia para
entender a potência desta técnica é:
a) Estamos sobrecarregando com sucesso o
hemisfério dominante; e
b) Não estamos acessando o hemisfério não
dominante, mas, em vez disso, o material de gramática
infantil que colocamos no ouvido mais intimamente
conectado com o hemisfério não dominante está sendo
processado e respondido pelo hemisfério dominante
sem consciência.
Este último modelo é uma possibilidade dis-
tinta, pois é verdade que o carro humano tem projeções
para ambos os hemisférios cerebrais. Se mensagens
conflitantes chegarem ao mesmo ouvido ou às áreas de
projeção do córtex auditivo, a mensagem do ouvido
contralateral terá prioridade. No entanto, o simples fato
de a mensagem do ouvido contralateral ter prioridade
sobre a mensagem do ouvido ipsolateral não significa
que a mensagem do ouvido ipsolateral seja totalmente
perdida em relação ao hemisfério dominante. Assim, o
segundo modelo afirmaria que a velocidade e eficácia
de nossas induções duplas dependem, não de acessar o
hemisfério não dominante linguisticamente, mas sim
da combinação de sobrecarga e gramática infantil para
o hemisfério dominante. Ao apresentar uma mensagem
conflitante ao hemisfério dominante sem que ele
perceba, estamos forçando o cliente a regredir suas
habilidades linguísticas do hemisfério dominante a um
estágio anterior de desenvolvimento. A única evidên-
cia adicional de que dispomos neste momento é que
existe uma tendência do lado do corpo controlado pelo
hemisfério (o hemisfério contralateral) de responder
diferencialmente às instruções dadas a esse hemisfério.
O resultado, particularmente evidente nas assimetrias
físicas no rosto do cliente, é que, quando instruções
conflitantes são recebidas simultaneamente pelo clien-
te em diferentes ouvidos, os lados do corpo respondem
de forma independente. Da mesma forma, quando as
instruções de levitação da mão são intercaladas no
material conflitante sendo alimentado no hemisfério do
cliente, a mão controlada pelo hemisfério ao qual essas
instruções são apresentadas tende a ser a mão que se
levanta. Esses padrões nos parecem apoiar o primeiro
modelo. Claro, é possível que ambos os processos
estejam ocorrendo. Em qualquer caso, embora a
indução dupla sirva como uma das técnicas de indução
e aprofundamento mais poderosas de que temos conhe-
cimento, a questão de qual modelo é mais útil perma-
nece sem resposta.
 Milton Erickson has never, to our knowledge,
worked closely with another hypnotist and used the
double-induction technique we have been presenting.
He is so skillful in his use of the language that he is able
to accomplish something quite close to the double
induction. In this procedure, which we call analogical
marking of included sequences, Erickson presents the
dominant hemisphere with a series of highly complex,
syntactic constructions which, apparently, overload the
processing capacity of the linguistic mechanisms of the
dominant hemisphere. These wellformed Surface
Structures of English form a pool of sequences of
English words and phrases which have a double
function. They are, first of all, constituents or sub-parts
of the Surface Structures directed by Erickson at the
dominant hemisphere. They are, secondly, embedded,
or contain messages which are received by and
responded to by processes outside the normal
boundaries of consciousness. An example will help: ....
realize that you have to start from scratch and nobody
really knows...
The phrases presented above are part of a
complex and wellformed-in-English Surface Structure
which is received and processed by the dominant
hemisphere. In addition, however, the words in non-
italic type are identified by some analogical marking
supplied by Erickson which distinguishes them from
the remainder of the words in that well-formed Surface
Structure. This analogical marking of included words
and phrase results in the fragmentation of the
communication into (in this case) two sets: .... realize
that you have to start from scratch and nobody really
knows... ... realize that you have to scratch knows
(equivalent, start from scratch and nobody
phonologically, to scratch really knows... nose).
The response which Erickson anticipates is for
the client, without any consciousness of his action, to
scratch his nose. The choices which Erickson has for
analogically marking the original message are as
numerous as the means he has of communicating
analogically; for example, shifts of tonality, tempo,
repetitive movements of different parts of the body,
changes in facial expression, eye fixation on the same
object, etc.
The Huxley article presents an excellent
example of the use of analogical marking by Erickson
to fragment the Surface Structure into three sets: the
original, a set of cue words to induce amnesia, and a set
of cue words to remove amnesia. Erickson's exquisite
control over this technique allows him to induce and
remove the memories of Huxley's experience from
Huxley's consciousness repetitively. This pattern of
Milton Erickson nunca, até onde sabemos, tra-
balhou em estreita colaboração com outro hipnotizador
e usou a técnica de dupla indução que temos apresen-
tado. Ele é tão hábil no uso da linguagem que consegue
realizar algo muito próximo da dupla indução. Nesse
procedimento, que chamamos de marcação analógica
das sequências incluídas, Erickson apresenta o hemis-
fério dominante com uma série de construções sintá-
ticas altamente complexas que, aparentemente, sobre-
carregam a capacidade de processamento dos meca-
nismos linguísticos do hemisfério dominante. Essas
Estruturas Superficiais bem estreuturadas formam um
conjunto de sequências de palavras e frases em inglês
que têm uma função dupla. Eles são, em primeiro
lugar, constituintes ou subpartes das Estruturas Super-
ficiais dirigidas por Erickson no hemisfério dominante.
Eles estão, em segundo lugar, embutidos ou contêm
mensagens que são recebidas e respondidas por proces-
sos fora dos limites normais da consciência. Um exem-
plo ajudará: ... perceber que você tem que começar do
zero e ninguém realmente sabe...
As frases apresentadas acima são parte de uma
Estrutura Superficial complexa e bem formada que é
recebida e processada pelo hemisfério dominante.
Além disso, no entanto, as palavras destacadas são
identificadas por alguma marcação analógica fornecida
por Erickson que as distingue do restante das palavras
naquela Estrutura Superficial bem formada. Essa mar-
cação analógica de palavras e frases incluídas resulta
na fragmentação da comunicação em (neste caso) dois
conjuntos: .... perceba que você tem que começar do
zero e ninguém sabe realmente ... ... perceba que você
tem riscar sabe (equivalente, começar do zero e
ninguém fonologicamente, sabe realmente riscar...
nariz).
A resposta que Erickson antecipa para o clien-
te, sem nenhuma consciência de sua ação, é coçar o
nariz. As escolhas que Erickson tem para marcar
analogicamente a mensagem original são tão nume-
rosas quanto os meios que ele dispõe para se comunicar
analogicamente; por exemplo, mudanças de tona-
lidade, ritmo, movimentos repetitivos de diferentes
partes do corpo, mudanças na expressão facial, fixação
dos olhos no mesmo objeto etc.
O artigo de Huxley apresenta um excelente
exemplo do uso de marcação analógica por Erickson
para fragmentar a Estrutura Superficial em três
conjuntos: o original, um conjunto de palavras-chave
para induzir amnésia e um conjunto de palavras-chave
para remover a amnésia. O controle requintado de
Erickson sobre esta técnica permite que ele induza e
remova as memórias da experiência de Huxley da sua
analogical marking of included words and phrases to
create independent message sets is available for any
purpose which the hypnotist needs. It simply requires
that the hypnotist select some set of analogical cites -
as many different ones as he wishes to create
independent message sets - and use them to identify the
words and phrases in his ongoing speech which he
wishes to have serve either as an independent message
or as cues for some desired behavior by the client. The
only limit to this technique is the creativity of the
hypnotist.
Here we are unable, at present, to provide an
explanation of the technique free of ambiguity. Again,
in modeling our own experience with this technique as
well as Erickson's, there are several plausible models:
a) The original Surface Structure message
is processed by the dominant
hemisphere while the included,
analogically marked messages are
accepted and responded to by the non-
dominant hemisphere; or
b) The original as well as the analogically
marked, included message units are
received and processed by the
dominant hemisphere - the original
message by the normal processing
mechanisms, and the included
messages by processes wholly outside
of consciousness and age regression
occurs; or
c) Both of the above explanations in
combination.
In any case, the form of the process is clear to
us - we provide a step-by-step procedure for the nós - fornecemos um procedimento passo a passo para
construction and use of this technique in the final part a construção e uso desta técnica na parte final deste
of this volume.
One question which interests us greatly about
this technique is the choice of analogical marking
which the hypnotist selects to identify the included
message units. There are several things to consider in
choosing the analogical marking signal. First, if the
non-dominant hemisphere is being accessed, then the
most effective choice of analogical marking by the
hypnotist will be one of the sets of analogical signals
which, typically, are processed and distinguished by
the non-dominant hemisphere. The non-dominant
hemisphere processes and distinguishes the analogical
signal sets of tonality and analogical body posture and
movements of the hypnotist's body visually. So, by this
model, the most effective cues for the hypnotist to use
consciência repetidamente. Este padrão de marcação
analógica de palavras e frases incluídas para criar con-
juntos de mensagens independentes está disponível
para qualquer propósito que o hipnotizador precisar.
Exige simplesmente que o hipnotizador selecione al-
gum conjunto de citações analógicas - tantos quantos
diferentes ele deseja para criar conjuntos de mensagens
independentes - e os use para identificar as palavras e
frases em seu discurso contínuo que ele deseja que
sirvam como uma mensagem independente ou como
dicas para algum comportamento desejado pelo
cliente. O único limite para essa técnica é a criatividade
do hipnotizador.
Aqui, não podemos, no momento, fornecer
uma explicação da técnica livre de ambigüidades. No-
vamente, ao modelar nossa própria experiência com
esta técnica, bem como a de Erickson, existem vários
modelos plausíveis:
a) A mensagem da Estrutura Superficial
original é processada pelo hemisfério dominante, en-
quanto as mensagens marcadas analogicamente
embutidas são aceitas e respondidas pelo hemisfério
não dominante; ou
b) As unidades de mensagem originais, bem
como as marcadas analogicamente, embutidas, são re-
cebidas e processadas pelo hemisfério dominante - a
mensagem original pelos mecanismos de processa-
mento normal e as mensagens embutidas por processos
totalmente fora da consciência e da ocorrência de re-
gressão de idade; ou
c) Ambas as explicações acima combinadas.
Em todo caso, a forma do processo é clara para
volume.
Uma questão que nos interessa muito sobre
esta técnica é a escolha da marcação analógica que o
hipnotizador seleciona para identificar as unidades de
mensagem embutidas. Há várias coisas a serem consi-
deradas na escolha do sinal de marcação analógico.
Primeiro, se o hemisfério não dominante está sendo a-
cessado, então a escolha mais eficaz de marcação ana-
lógica pelo hipnotizador será um dos conjuntos de si-
nais analógicos que, normalmente, são processados e
distinguidos pelo hemisfério não dominante. O hemis-
fério não dominante processa e distingue os conjuntos
de sinais analógicos de tonalidade e postura corporal
analógica e movimentos do corpo do hipnotizador
visualmente. Portanto, por este modelo, as dicas mais
will be tonal and body shifts. If the second model is a
more useful representation of the process of
communicating by digital analogical signal
combinations, t hen the most effective cues will be
those which are normally received and processed by
the dominant hemisphere, tempo shifts, for examples.
Summary
In this section, we have presented what we
consider to be one of the most wide-open and exciting
areas of research into altered states of human
consciousness, communication, and human potential.
The parallels between the organization of the parts of
the human brain which Erickson refers to as the
conscious and unconscious and the functional
organization of the human cerebral hemispheres are
striking. Furthermore, the parallels between the
organization of the unconscious and conscious portions
of the human mind and the patterns of incongruity in
the therapeutic context are startlingly close (see Magic
II, Part III). We have reviewed three classes of
techniques for accessing the nondominant hemisphere
in humans in the context of hypnotism: the first two
classes, visualization and melodic accessing, are well
supported by Erickson's work and research, our own
work in hypnosis and the neurological research
referenced within the section. The third class of
accessing techniques involves ways to communicate
with the non-dominant hemisphere linguistically. Here
the evidence is equivocal, and there are at least two
coherent models which account for the process. The
relationships between universal grammar, the plasticity
of the human nervous system, and the possibility of
communicating with the non-dominant hemisphere
raise questions which, when answered, will provide
information of importance to the fields of hypnosis,
neurology, psychology and linguistics. Fortunately, the
ambiguity regarding the most useful model for
describing the possibility of accessing the mute
hemisphere linguistically does not prevent us from
constructing a step-by-step model which will make
these powerful Erickson techniques available to others.
We will present models for each of these accessing
techniques later in this volume. Erickson demonstrates
in his refined use of these methods a sensitivity to all
the resources which are available to the client, both
consciously and unconsciously.
Conclusion to Part II
In hypnotic research, and the clinical use of
hypnosis, Milton Erickson stands out as the world's hipnose, Milton Erickson se destaca como o médico
most effective and creative practitioner. His skill is mais eficaz e criativo do mundo. Sua habilidade é reco-
recognized around the world as not only the most nhecida em todo o mundo não apenas como a mais
eficazes para o hipnotizador usar serão as mudanças
tonais e corporais. Se o segundo modelo é uma repre-
sentação mais útil do processo de comunicação por
combinações de sinais analógicos digitais, então as
dicas mais eficazes serão aquelas que são normalmente
recebidas e processadas pelo hemisfério dominante,
mudanças de ritmo, por exemplo.
Resumo
Nesta seção, apresentamos o que consideramos
uma das áreas de pesquisa mais abertas e estimulantes
dos estados alterados da consciência humana, da co-
municação e do potencial humano. Os paralelos entre
a organização das partes do cérebro humano, que
Erickson chama de consciente e inconsciente, e a
organização funcional dos hemisférios cerebrais huma-
nos são impressionantes. Além disso, os paralelos entre
a organização das porções inconsciente e consciente da
mente humana e os padrões de incongruência no
contexto terapêutico são surpreendentemente próxi-
mos (ver A Estrutura da Magia II, Parte III). Nós
revisamos três classes de técnicas para acessar o
hemisfério não dominante em humanos no contexto do
hipnotismo: as duas primeiras classes, visualização e
acesso melódico, são bem apoiadas pelo trabalho e
pesquisa de Erickson, nosso próprio trabalho em
hipnose e a pesquisa neurológica referenciada dentro a
seção. A terceira classe de técnicas de acesso envolve
maneiras de se comunicar linguisticamente com o
hemisfério não dominante. Aqui a evidência é ambígua
e existem pelo menos dois modelos coerentes que ex-
plicam o processo. As relações entre a gramática uni-
versal, a plasticidade do sistema nervoso humano e a
possibilidade de comunicação com o hemisfério não
dominante levantam questões que, quando respon-
didas, fornecerão informações importantes para os
campos da hipnose, neurologia, psicologia e linguís-
tica. Felizmente, a ambigüidade quanto ao modelo
mais útil para descrever a possibilidade de acessar o
hemisfério mudo linguisticamente não nos impede de
construir um modelo passo a passo que tornará essas
poderosas técnicas de Erickson disponíveis para ou-
tros. Apresentaremos modelos para cada uma dessas
técnicas de acesso posteriormente neste volume. Eric-
kson demonstra em seu uso refinado desses métodos
uma sensibilidade para todos os recursos que estão à
disposição do cliente, tanto consciente quanto incons-
cientemente.
Conclusão para a Parte II
Na pesquisa hipnótica e no uso clínico da
effective, but, for most people who have seen or heard
of his work, as exceptional and remarkable, and, for
some, stretching the limits of credibility. His career
holds a long and uncountable list of successes in areas
in which no other could succeed. He has been able to
help to have better lives untold numbers of people who
were considered to be beyond help. He has assisted the
hopeless, who had tried every avenue of assistance to
no avail, to have hope, and he has given them the
choices they desperately desired. This courageous man
has been called everything from a miracle worker to a
fraud; he is loved and praised by some, and feared and
despised by others. He has been attacked and harassed;
even as recently as the 1950's, the American Medical
Association tried to revoke his medical license. But,
against a sceptical world, he has continued to explore,
develop, and use hypnosis. He has acquired a skill in
its use that he, himself, does not fully understand. The
power of his skill cannot be discounted by those who
have experienced it firsthand. But, like most highly
talented people, his skill is explained as being only
intuition and, therefore, unlearnable. Our specific skill
is in making intuitions about human behavior explicit
and, therefore, learnable. This volume constitutes
merely a beginning in the process of making Milton
Erickson's hypnotic skills available for others to learn.
We have focused, primarily, in this volume, on the
linguistic aspects of his work on the way he uses
language. We intend in future volumes to build a
further model of his work which will include the way
he uses analogical forms of communication (voice
tone, voice tempo, body gestures, movements, etc.) and
also how he uses the information he receives both
verbally and analogically from his clients. This is just a
beginning, not the whole model of his work. We have
presented thus far what we believe to be the most basic
and common language patterns in his work. Part III
presents to you the tools for constructing these patterns
explicitly.
Thus far we presented three major principles
for organizing your experience while doing trance
inductions. First is pacing clients; this means that you
take the observable and verifiable behavior of the client
and connect it with the behavior to which you wish to
lead the client.
You're sitting there, breathing, watching that
spot (pacing) becoming relaxed. (leading). And as you aquele ponto (acompanhando) se tornando relaxado.
close your eyes (pacing) you will feel your body float (conduzindo). E conforme você fecha seus olhos
eficaz, mas, para a maioria das pessoas que viram ou
ouviram falar de seu trabalho, como excepcional e
notável, e, para alguns, ultrapassando os limites da cre-
dibilidade. Sua carreira contém uma longa e incontável
lista de sucessos em áreas nas quais nenhum outro con-
seguiu ter sucesso. Ele tem sido capaz de ajudar a ter
uma vida melhor para um número incontável de pes-
soas que foram consideradas sem ajuda. Ele ajudou os
desesperados, que tentaram todos os meios de ajuda
sem sucesso, para ter esperança, e deu-lhes as escolhas
que eles desejavam desesperadamente. Este homem
corajoso foi chamado de tudo, de um fazedor de mi-
lagres a uma fraude; ele é amado e elogiado por alguns,
e temido e desprezado por outros. Ele foi atacado e as-
sediado; ainda na década de 1950, a American Medical
Association tentou revogar sua licença médica. Mas,
contra um mundo cético, ele continuou a explorar, de-
senvolver e usar a hipnose. Ele adquiriu uma habi-
lidade em seu uso que ele mesmo não entende com-
pletamente. O poder de sua habilidade não pode ser
desconsiderado por aqueles que a experimentaram em
primeira mão. Mas, como a maioria das pessoas alta-
mente talentosas, sua habilidade é explicada como sen-
do apenas intuição e, portanto, impossível de aprender.
Nossa habilidade específica é tornar as intuições sobre
o comportamento humano explícitas e, portanto, passí-
veis de aprendizado. Este volume constitui apenas um
começo no processo de tornar as habilidades hipnóticas
de Milton Erickson disponíveis para outros apren-
derem. Nos concentramos, principalmente, neste volu-
me, nos aspectos linguísticos de seu trabalho sobre a
maneira como ele usa a linguagem. Pretendemos em
volumes futuros construir mais um modelo de seu
trabalho que incluirá a maneira como ele usa formas
analógicas de comunicação (tom de voz, ritmo de voz,
gestos corporais, movimentos etc.) e também como ele
usa as informações que recebe verbalmente. e analogi-
camente de seus clientes. Este é apenas um começo,
não todo o modelo de seu trabalho. Apresentamos até
agora o que acreditamos ser os padrões de linguagem
mais básicos e comuns em sua obra. A Parte III apre-
senta a você as ferramentas para construir esses pa-
drões explicitamente.
Até agora, apresentamos três princípios
fundamentais para organizar sua experiência ao fazer
induções de transe. O primeiro é o acompanhamento
dos clientes; isso significa que você pega o compor-
tamento observável e verificável do cliente e o conecta
com o comportamento para o qual você deseja condu-
zir o cliente.
Você está sentado lá, respirando, observando
and become light (leading). And as you sit all the way
down in the chair (pacing), you will go into a deep
trance (leading). [The pacing strategy is then connected
with the behavior desired.] And as you close your eyes
(pacing), you go into a deep trance, remembering a
pleasant memory from your childhood (leading) and
this will make you smile. (pacing)
This process is continued throughout the entire
trance state. The second principle is to distract and de transe. O segundo princípio é distrair e utilizar o
utilize the dominant hemisphere. The third principle is hemisfério dominante. O terceiro princípio é o acesso
the accessing of the non-dominant hemisphere. ao hemisfério não dominante.
We would like to point out that, when Erickson
refers to the unconscious, he is referring to more than
the non-dominant hemisphere and the linguistic
processes in the dominant hemisphere below the level
of awareness. Erickson's behavior systematically
demonstrates that, frequently, he is using the term
unconscious to refer to the processes and functions of
the non-dominant hemisphere. This constitutes a rich
source of research which can be applied to hypnosis.
When we learn to segregate exactly the specific
components of the unconscious mind, medical and
dental, as well as psychological uses of hypnosis will
be faster and more effective. Part III is designed to give
specific skills necessary to utilize the patterns we have
identified in Erickson's work.
CONSTRUCTION OF THE PATTERNS OF CONSTRUÇÃO DOS PADRÕES DE TRA-
ERICKSON'S HYPNOTIC WORK BALHO HIPNÓTICO DE ERICKSON
Introduction
This last part of Volume 1 is designed to
provide you with the step-by-step procedure for
constructing each of the patterns presented thus far.
This format will allow you to utilize the potent skills of
Milton Erickson in your own work, for your own
purposes, in your own way, and in whatever context
you need for effective hypnotic skills. We highly
recommend that you use this portion of the book as a
training manual, reading each section slowly one at a
time. Experimenting with each pattern on paper and
vocally will provide you with a way to train yourself
first, consciously to produce each pattern. Then, as our
experience in training others in these techniques has
proven repeatedly, these formal patterns drop out of
your consciousness while you will continue to be able
to generate the patterns spontaneously. This kind of
careful study will allow you to reap the greatest
rewards, whether you use hypnosis for medical, dental,
(aompanhando) você sentirá seu corpo flutuar e se
tornar leve (conduzindo). E ao sentar-se totalmente na
cadeira (acompanhando), você entrará em um transe
profundo (conduzindo). [A estratégia de estimulação é
então conectada com o comportamento desejado.] E ao
fechar os olhos (acompanhando), você entra em um
transe profundo, relembrando uma agradável lem-
brança de sua infância (conduzindo) e isso o fará
sorrir. (acompanhando)
Este processo continua durante todo o estado
Gostaríamos de salientar que, quando Erickson
se refere ao inconsciente, está se referindo a mais do
que o hemisfério não dominante e os processos linguís-
ticos no hemisfério dominante abaixo do nível de
consciência. O comportamento de Erickson demonstra
sistematicamente que, freqüentemente, ele está usando
o termo inconsciente para se referir aos processos e
funções do hemisfério não dominante. Isso constitui
uma rica fonte de pesquisa que pode ser aplicada à
hipnose. Quando aprendermos a segregar exatamente
os componentes específicos da mente inconsciente,
médicos e odontológicos, bem como os usos
psicológicos da hipnose serão mais rápidos e eficazes.
A Parte III é projetada para fornecer habilidades espe-
cíficas necessárias para utilizar os padrões que identi-
ficamos no trabalho de Erickson.
Introdução
Esta última parte do Volume 1 foi projetada
para fornecer a você o procedimento passo a passo para
construir cada um dos padrões apresentados até agora.
Esse formato permitirá que você utilize as potentes
habilidades de Milton Erickson em seu próprio tra-
balho, para seus próprios objetivos, do seu próprio jeito
e em qualquer contexto de que você precise aplicar ha-
bilidades hipnóticas eficazes. É altamente recomen-
dável que você use esta parte do livro como um manual
de treinamento, lendo cada seção lentamente, uma de
cada vez. Experimentar cada padrão no papel e vocal-
mente fornecerá a você uma maneira de treinar pri-
meiro, conscientemente, para produzir cada padrão.
Então, como nossa experiência em treinar outras pes-
soas nessas técnicas tem provado repetidamente, esses
padrões formais saem de sua consciência e você
passará a ser capaz de gerar os padrões espontanea-
mente. Esse tipo de estudo cuidadoso permitirá que
psychological, or research purposes. We have found
with our students that those who use the method of
reading and rereading, returning again and again as you
would to any training in a complex skill, acquire the
greatest' proficiency. We add this suggestion to help
you to gain the most that you can from Milton
Erickson's years of creative experience. Those who
seek your help, then, will have the opportunity to best
realize their own vast potential and succeed in gaining
their own goals with your skillful help.
Construction and Use of Linguistic Causal Construção e uso de processos de modelagem
Modeling Processes causal lingüística
As we have stated repeatedly, each of us
constructs, from our experiences, a model or
representation of the world in which we live. In the
process of constructing this model or guide for our
behavior, we employ the three universal processes of
human modeling: Generalization, Distortion and
Deletion. Within the language system which we use to
assist us in making sense out of our experience, we
often try to "explain" the connections between different
parts of our model of the world in causal terms,
employing the terms of natural language and, typically,
claiming a necessary connection between these parts of
our experience. Such explanations, generally, are
absurd in that they attempt to reduce the complex
circumstances involved in the production of some
event to a simple, often single, "cause."
Gregory Bateson (1972, pp. 399-400)
has characterized this type of explanation of causal
reasoning and contrasts it with cybernetic explanation:
Causal explanation is usually positive. We say that
billiard ball B moved in such and such a direction
because billiard ball A hit it at such and such an angle.
In contrast to this, cybernetic explanation is always
negative. We consider what alternative possibilities
could conceivably have occurred and then ask why
many of the alternatives were not followed, so that the
particular event was one of those few which could, in
fact, occur.
In cybernetic language, the course of events is
said to be subject to restraints, and it is assumed that,
apart from such restraints, the pathways of change
would be governed only by equality of probability. In
fact, the "restraints" upon which cybernetic
explanation depends can in all cases be regarded as
factors which determine inequality of probability. If we
find a monkey striking a typewriter apparently at
você obtenha as maiores recompensas, quer use a
hipnose para fins médicos, odontológicos, psicológicos
ou de pesquisa. Nós descobrimos com nossos alunos
que aqueles que usam o método de leitura e releitura,
retornando repetidamente como você faria para qual-
quer treinamento em uma habilidade complexa, ad-
quirem maior proficiência. Adicionamos esta sugestão
para ajudá-lo a obter o máximo possível dos anos de
experiência criativa de Milton Erickson. Aqueles que
buscam sua ajuda, então, terão a oportunidade de
realizar melhor seu vasto potencial e ter sucesso em
alcançar seus próprios objetivos com sua ajuda
habilidosa.
Como afirmamos repetidamente, cada um de
nós constrói, a partir de nossas experiências, um mo-
delo ou representação do mundo em que vivemos. No
processo de construção deste modelo ou guia para
nosso comportamento, empregamos os três processos
universais de modelagem humana: Generalização,
Distorção e Exclusão. Dentro do sistema de linguagem
que usamos para nos ajudar a dar sentido à nossa
experiência, muitas vezes tentamos “explicar” as cone-
xões entre as diferentes partes do nosso modelo do
mundo em termos causais, empregando os termos da
linguagem natural e, normalmente, reivindicando uma
conexão necessária entre essas partes de nossa
experiência. Essas explicações, geralmente, são
absurdas porque tentam reduzir as complexas circuns-
tâncias envolvidas na produção de algum evento a uma
“causa” simples, muitas vezes única.
Gregory Bateson (1972, pp. 399-400) carac-
terizou este tipo de explicação do raciocínio causal e o
contrasta com a explicação cibernética: “A explicação
causal é geralmente positiva. Dizemos que a bola de
bilhar B se moveu em tal direção porque a bola de bi-
lhar A atingiu-a em tal ângulo. Em contraste com isso,
a explicação cibernética é sempre negativa. Conside-
ramos quais possibilidades alternativas poderiam
concebivelmente ter ocorrido e então perguntamos por
que muitas das alternativas não foram seguidas, de
modo que o evento particular foi um daqueles poucos
que poderiam, de fato, ocorrer.
Na linguagem cibernética, diz-se que o curso
dos eventos está sujeito a restrições e pressupõe-se que,
à parte dessas restrições, os caminhos da mudança se-
riam governados apenas pela igualdade de proba-
bilidades. Na verdade, as "restrições" das quais de-
pende a explicação cibernética podem, em todos os ca-
sos, ser consideradas como fatores que determinam a
desigualdade de probabilidade. Se encontrarmos um
random but in fact writing meaningful prose, we shall
look for restraints, either inside the monkey or inside
the typewriter. Perhaps the monkey could not strike
inappropriate letters; perhaps the type bars could not
move if improperly struck; perhaps incorrect letters
could not survive on the paper. Somewhere there must
have been a circuit which could identify error and
eliminate it.
Ideally - and commonly - the actual event in
any sequence or aggregate is uniquely determined
within the terms of the cybernetic explanation.
Restraints of many different kinds may combine to
generate this unique determination. For example, the
selection of a piece for a given position in a jigsaw
puzzle is "restrained" by many factors. Its shape must
conform to that of its several neighbors and possibly
that of the boundary of the puzzle; its color must
conform to the color pattern of its region; the
orientation of its edges must obey the topological
regularities set by the cutting machine in which the
puzzle was made, and so on. From the point of view of
the man who is trying to solve the puzzle, these are all
clues, i.e., sources of information which will guide him
in his selection. From the point of view of the
cybernetic observer, they are restraints.
Similarly, from the cybernetic point of view, a
word in a sentence, or a letter within the word, or the
anatomy of some part within an organism, or the role
of a species in an ecosystem, or the behavior of a
member within a family - these are all to be
(negatively) explained by an analysis of restraints.
We find ourselves in essential agreement with
Bateson 's comments. In fact, in Magic I, we spend
time discussing the negative effects which a specific
form of this causal type of explanation has on people.
We call this specific type of causal explanation
causeeffect. Associated with this type of causal
modeling process is another type called mind-reading.
In this type of modeling, an individual comes to believe
that he knows the thoughts, feelings, etc., of another
without any direct communication of these experiences
on the part of this second person (see Magic I, Chapters
3, 4, and 6;Magic II, Chapters 2 and 3).
In the context of hypnosis, however, wherein
one of the objectives which the hypnotist has is, objetivos do hipnotizador é, inicialmente, acompanhar
initially, to pace and then to lead the client's experience,
macaco batendo em uma máquina de escrever aparen-
temente ao acaso, mas na verdade escrevendo uma pro-
sa significativa, procuraremos restrições, seja dentro
do macaco ou dentro da máquina de escrever. Talvez o
macaco não pudesse bater em letras inadequadas;
talvez as barras de tipo não pudessem se mover se
tocadas incorretamente; talvez letras incorretas não
sobrevivessem no papel. Em algum lugar deve ter
havido um circuito que poderia identificar o erro e
eliminá-lo.
Idealmente - e comumente - o evento real em
qualquer sequência ou agregado é determinado de for-
ma única nos termos da explicação cibernética. Res-
trições de muitos tipos diferentes podem se combinar
para gerar essa determinação única. Por exemplo, a
seleção de uma peça para uma determinada posição em
um quebra-cabeça é “restringida” por muitos fatores.
Sua forma deve estar de acordo com a de seus vários
vizinhos e, possivelmente, com a dos limites do que-
bra-cabeça; sua cor deve estar de acordo com o padrão
de cor de sua região; a orientação de suas arestas deve
obedecer às regularidades topológicas estabelecidas
pela máquina de corte na qual o quebra-cabeça foi
feito, e assim por diante. Do ponto de vista do homem
que está tentando resolver o quebra-cabeça, todas essas
são pistas, ou seja, fontes de informação que o guiarão
em sua escolha. Do ponto de vista do observador
cibernético, são restrições.
Da mesma forma, do ponto de vista ciberné-
tico, uma palavra em uma frase, ou uma letra dentro da
palavra, ou a anatomia de alguma parte de um orga-
nismo, ou o papel de uma espécie em um ecossistema,
ou o comportamento de um membro em um família -
tudo isso deve ser explicado (negativamente) por uma
análise das restrições.
Estamos essencialmente de acordo com os
comentários de Bateson. Na verdade, em A Estrutura
da Magia I, passamos algum tempo discutindo os efei-
tos negativos que uma forma específica desse tipo de
explicação causal tem nas pessoas. Chamamos esse
tipo específico de explicação causal de causa e efeito.
Associado a este tipo de processo de modelagem cau-
sal está outro tipo denominado leitura da mente. Nesse
tipo de modelagem, um indivíduo passa a acreditar que
conhece os pensamentos, sentimentos etc., de outra
pessoa, sem qualquer comunicação direta dessas expe-
riências por parte dessa segunda pessoa (ver A
Estrutura da Magia I, Capítulos 3, 4 e 6 ; A Estrutura
da Magia II, Capítulos 2 e 3).
Porém, no contexto da hipnose, em que um dos
these processes of cause-effect and mind-reading have
a positive value. Since the client, characteristically,
employs these types of explanation for himself, the
hypnotist can make use of this process to assist the
client in achieving the desired state of trance.
Specifically, the hypnotist can make causal
connections between immediately verifiable portions
of the client's experience and the desired behavior.
First, we present some examples of this technique of
utilizing cause-effect in the hypnotic context:
Sitting all the way down in that chair will make
you go into a deep trance. As you continue to breathe,
each exhaling of your breath will make you become
more and more relaxed.
When your hand touches your face, it will
cause you to go completely into a profound trance.
As your breathing slowly changes, it will make
you aware of those particular sensations in your
fingers and hand.
Each of these example sentences has the same
logical form:
X cause Y
sitting all the way down in the CAUSE You go
into a deep trance chair
Your breathing changing CAUSE You become
aware of those particular sensations in your fingers and
hands
The reader can easily determine that the
connections which are claimed by the example
sentences to hold between the two pieces of behavior
are not, in fact, necessary connections. However, in the
context of a hypnotic induction, since the client
employs these same types of semantic ill-formedness
modeling principles, these causal connections are
extraordinarily effective in securing the behavior
desired.
To construct such sentences is quite easy;
simply follow these steps: guir estas etapas:
Step 1 - Determine the type of behavior which
you, as the hypnotist, wish to elicit from the client; call
this Y;
Step 2 - Identify some behavior which the
client is already experiencing, some portion of his
ongoing behavior and experience; call this X;
Step 3 - Make up a sentence which has the
form: X Cause Y.
e depois conduzir a experiência do cliente, esses pro-
cessos de causa-efeito e leitura da mente têm um valor
positivo. Uma vez que o cliente, caracteristicamente,
emprega esses tipos de explicação para si mesmo, o
hipnotizador pode fazer uso desse processo para ajudar
o cliente a atingir o estado de transe desejado. Espe-
cificamente, o hipnotizador pode fazer conexões cau-
sais entre porções imediatamente verificáveis da expe-
riência do cliente e o comportamento desejado. Primei-
ramente, apresentamos alguns exemplos dessa técnica
de utilização de causa-efeito no contexto hipnótico:
Sentar-se completamente naquela cadeira o
fará entrar em um transe profundo. À medida que você
continua a respirar, cada expiração vai deixá-lo cada
vez mais relaxado.
Quando sua mão tocar seu rosto, você entrará
em um transe profundo.
À medida que sua respiração muda lenta-
mente, você fica ciente dessas sensações específicas
em seus dedos e mão.
Cada uma dessas frases tem a mesma forma
lógica:
X causa Y
Sentar-se completamente na CAUSA Você vai
para um transe profundo na cadeira
Sua respiração muda CAUSA Você se torna
ciente dessas sensações particulares em seus dedos e
mãos
O leitor pode facilmente determinar que as co-
nexões que as frases de exemplo afirmam manter entre
as duas peças de comportamento não são, de fato, co-
nexões necessárias. No entanto, no contexto de uma in-
dução hipnótica, uma vez que o cliente emprega esses
mesmos tipos de princípios de modelagem de má
formação semântica, essas conexões causais são
extraordinariamente eficazes para garantir o
comportamento desejado.
Construir essas frases é muito fácil; basta se-
Passo 1 - Determine o tipo de comportamento
que você, como hipnotizador, deseja obter do cliente;
chame isso de Y;
Etapa 2 - Identificar algum comportamento que
o cliente já está experimentando, alguma parte de seu
comportamento e experiência contínua; chame isso de
X;
Passo 3 - Elabore uma frase que tenha a forma:
X Causa Y.
 The hypnotist may employ the verb cause,
itself, directly or use some verb which is synonymous
with cause (e.g., make), or which incorporates cause as
a portion of its meaning, such as: force, require, push,
pull, close, open.
Closely associated with these cause-effect
sentences is a group of sentences which involve what
we have called an implied causative (see Magic I for a
fuller discussion). This class of sentences does not,
strictly speaking, involve the claim of a necessary
connection between two events; they do, however,
invite the listener to make an inference of a necessary,
causal connection between the two events mentioned;
that is, they claim a contingency between two classes
of events or experiences. First, we list some examples
of this class:
As you sit all the way down in that chair, you
will go into a deep trance
As you listen to the sound of my voice, you will
relax more and more When you fully understand this
communication, you will be at the right level of trance
After you have finished allowing your hand to
return to your thigh, you will be fully prepared to
experience new deep trance phenomena
Each of these sentences has the same logical
form:
X As Y X
sit all the way you go into a deep
when
down in that chair trance
you will be fully
you finish allowing prepared to
your hand to return after experience new
to your thigh deep trance
phenomena
Again, the readers can easily satisfy themselves
that there is no logical connection, necessary or not, certificar de que não há conexão lógica, necessária ou
between the behaviors under the X and Y categories. não, entre os comportamentos nas categorias X e Y.
In a step-by-step format, the hypnotist may
construct these implied causative sentences by:
Step 1 - Determine the type of behavior which
you, as the hypnotist, wish to elicit from the client; call
it Y;
Step 2 - Identify some behavior which the
client is already experiencing, some portion of
his ongoing behavior and experience; call this X;
O hipnotizador pode empregar o verbo causar,
ele mesmo, diretamente ou usar algum verbo que é
sinônimo de causa (por exemplo, fazer), ou que
incorpora causa como uma parte de seu significado,
como: forçar, exigir, empurrar, puxar, fechar, abrir.
Intimamente associado a essas sentenças de
causa e efeito está um grupo de sentenças que envol-
vem o que chamamos de causativo implícito (ver A
Estrutura da Magia I para uma discussão mais com-
pleta). Essa classe de sentenças não envolve, estri-
tamente falando, a reivindicação de uma conexão ne-
cessária entre dois eventos; eles, entretanto, convidam
o ouvinte a fazer uma inferência de uma conexão cau-
sal necessária entre os dois eventos mencionados; isto
é, eles reivindicam uma contingência entre duas classes
de eventos ou experiências. Primeiro, listamos alguns
exemplos desta classe:
Ao se sentar nessa cadeira, você entrará em um
transe profundo
Conforme você escuta o som da minha voz,
você relaxa mais e mais. Quando você entender
completamente esta comunicação, você estará no nível
certo de transe
Depois de permitir que sua mão volte para a
coxa, você estará totalmente preparado para
experimentar novos fenômenos de transe profundo
Cada uma dessas frases tem a mesma forma
lógica:
As Y
sente-se totalmente você entra em um
quando
naquela cadeira transe profundo
você estará
você termina de totalmente pronto
deixar que sua mão depois para novos
volte para sua coxa fenômenos de
transe profundo
Novamente, os leitores podem facilmente se
Em um formato passo a passo, o hipnotizador
pode construir essas sentenças causais implícitas:
Passo 1 - Determine o tipo de comportamento
que você, como hipnotizador, deseja obter do cliente;
chame-o de Y;
Etapa 2 – Identifique algum comportamento
que o cliente já está experimentando, alguma parte de
seu comportamento e experiência contínua; chame isso
de X;
 Step 3 - Make up a sentence of the form: X
implied causative connective Y where the implied
causative connective is any connective which invites
the listener to a causal connection examples: as, when,
after, before, during, throughout, following, etc.
A second type of closely related sentences
which Erickson uses in trance work are those called
mind reading. These are sentences by which the
speaker claims to have knowledge of the internal,
unobservable experience of the listener without
specifying the process by which he came to have that
knowledge. Here is a list of examples:
You must be wondering now what will happen
next...
You can continue to feel the satisfaction of...
You are 1earning even more rapidly than you
just...
You really are beginning. to understand how
quickly you can...
In each of these sentences, the
speaker/hypnotist is claiming to have knowledge of
some experience which the listener is having without
specifying how he came to have that knowledge.
Specifically, the hypnotist is claiming that he knows
about the following internal states of the listener:
wondering, feeling, learning, understanding. In none
of the examples does the hypnotist specify how he
came to have this information.
In order to construct sentences of this class, the
hypnotist must:
Step 1 - Identify some internal state or
experience of the client which is consistent with all of
the information which is available to him;
Step 2 - Form a sentence which states that he
knows that the client is having this experience.
There are two additional comments which a
hypnotist will find of use in constructing these
sentences: first, there are a number of internal states or
experiences which are typical of a human being
undergoing a trance induction, or which a person will
experience whenever the name of this experience is
mentioned; for example: wondering, learning, feeling,
thinking, remembering, recalling, experiencing.
Choosing anyone of these activities as the basis
for constructing a sentence which is semantically ill-
formed mind reading will insure a successful pacing of
the client's experience. Another excellent choice is any
verb which is unspecified with respect to
representational systems. Second, when forming a
Passo 3 - Elabore uma sentença da forma: X
conectivo causal implícito Y, onde o conectivo causal
implícito é qualquer conectivo que convida o ouvinte a
uma conexão causal como esses exemplos: como,
quando, depois, antes, durante, durante, após etc.
Um segundo tipo de sentenças intimamente re-
lacionadas que Erickson usa no trabalho de transe são
as chamadas leitura da mente. Essas são sentenças pe-
las quais o falante afirma ter conhecimento da expe-
riência interna inobservável do ouvinte, sem especi-
ficar o processo pelo qual ele veio a ter esse conhe-
cimento. Aqui está uma lista de exemplos:
Você deve estar se perguntando agora o que
vai acontecer a seguir...
Você pode continuar a sentir a satisfação de...
Você está aprendendo ainda mais rápido do
que apenas...
Você realmente está começando. para
entender o quão rápido você pode...
Em cada uma dessas sentenças, o falante/hip-
notizador afirma ter conhecimento de alguma experi-
ência que o ouvinte está tendo, sem especificar como
ele veio a ter esse conhecimento. Especificamente, o
hipnotizador está alegando que conhece os seguintes
estados internos do ouvinte: questionamento, senti-
mento, aprendizagem, compreensão. Em nenhum dos
exemplos, o hipnotizador especifica como obteve essa
informação.
Para construir frases desta classe, o
hipnotizador deve:
Passo 1 - Identificar algum estado ou experiên-
cia interna do cliente que seja consistente com todas as
informações que lhe são disponibilizadas;
Passo 2 - Forme uma frase que afirme que sabe
que o cliente está passando por essa experiência.
Existem dois comentários adicionais que um
hipnotizador encontrará úteis na construção dessas
sentenças: primeiro, há uma série de estados internos
ou experiências que são típicas de um ser humano
submetido a uma indução de transe, ou que uma pessoa
experimentará sempre que o nome desta experiência é
mencionada; por exemplo: imaginar, aprender, sentir,
pensar, lembrar, relembrar, experimentar.
A escolha de qualquer uma dessas atividades
como base para a construção de uma frase que seja uma
leitura da mente semanticamente malformada garantirá
um ritmo bem-sucedido da experiência do cliente. Ou-
tra escolha excelente é qualquer verbo que não seja
sentence employing the mind-reading technique, the
hypnotist can use it in conjunction with the technique
of using presuppositions to cover the claim he is
making. For example, rather than simply saying: ... you
are learning... the hypnotist may use a word such as
even which forces the listener to accept the truth of the
mind-reading claim by the hypnotist in order to make
any sense out of the communication and to focus,
instead, on the question of speed, as in the example: ...
you are learning even more rapidly than... Or, as a
second example, notice the difference between: ... you
can feel the... and ... you can continue to feel the...
In this example, the predicate continue
presupposes that the activity mentioned (feeling) began
prior to the saying of the sentence; thus the client's
attention is shifted from whether or not he is feeling X
to when he first began to feel X. We will present a more
systematic treatment of presuppositions in the section
on Derived Meanings.
In summary, then, the hypnotist may make use
of the linguistic causal modeling processes which the
client typically employs in constructing his model of
the world and his ongoing experience in order to
achieve the goals of the hypnotic encounter.
Specifically, since these modeling processes are an
integral part of the client's construction of the world of
his experience, the hypnotist, by the skillful use of
these techniques, can successfully pace and lead the
client to the desired objectives in hypnosis. Erickson
employs these techniques with the grace and power of
a master.
Transderivational Phenomena
[The name of this class of phenomena,
transderivational, with its marvelous phonological
ambiguity, refers to the process which our model
claims the listener goes through to make meaning.
Upon hearing a Surface Structure and recovering its
associated Deep Structure, which has little or no
obvious meaning relationship to the listener's ongoing
experience, the listener activates additional Deep
Structures, with their associated derivations, which are
obtained from the original recovered Deep Structure by
some specifiable formal characteristic. Thus, the
listener searches across Deep Structures and their
associated derivations at the unconscious level of
language processing to extract some meaning relevant
to his ongoing experience - therefore,
transderivational. Transderivational phenomena were
first proposed in liguistic theory by Postal, Perlmutter,
especificado com respeito a sistemas representaci-
onais. Em segundo lugar, ao formar uma frase empre-
gando a técnica de leitura da mente, o hipnotizador
pode usá-la em conjunto com a técnica de usar pressu-
posições para cobrir a afirmação que está fazendo. Por
exemplo, em vez de simplesmente dizer: ...você está
aprendendo... o hipnotizador pode usar uma palavra
como ‘até mesmo’, que força o ouvinte a aceitar a
verdade da alegação de leitura da mente do hipno-
tizador para fazer algum sentido da comunicação e
focar na questão da velocidade, como no exemplo:
...você está aprendendo ainda mais rápido do que...
Ou, como um segundo exemplo, observe a diferença
entre: ...você pode sentir... e ...você pode continuar a
sentir o...
Neste exemplo, o predicado continuar pressu-
põe que a atividade mencionada (sentimento) começou
antes de dizer a frase; assim, a atenção do cliente é
desviada de estar ou não sentindo X para o momento
em que começou a sentir X. Apresentaremos um
tratamento mais sistemático das pressuposições na
seção sobre Significados Derivados.
Em resumo, então, o hipnotizador pode fazer
uso dos processos de modelagem causal linguística que
o cliente normalmente emprega na construção de seu
modelo do mundo e de sua experiência contínua a fim
de atingir os objetivos do encontro hipnótico. Especi-
ficamente, uma vez que esses processos de modelagem
são parte integrante da construção do mundo de sua
experiência pelo cliente, o hipnotizador, pelo uso habi-
lidoso dessas técnicas, pode acompanhar e conduzir
com sucesso o cliente aos objetivos desejados na
hipnose. Erickson emprega essas técnicas com a graça
e o poder de um mestre.
Fenômenos Transderivacionais
[O nome dessa classe de fenômenos, transde-
rivacional, com sua maravilhosa ambigüidade fono-
lógica, refere-se ao processo pelo qual nosso modelo
sugere que o ouvinte utilizar para dar sentido. Ao ouvir
uma Estrutura Superficial e recuperar sua Estrutura
Profunda associada, que tem pouca ou nenhuma
relação de significado óbvio com a experiência contí-
nua do ouvinte, o ouvinte ativa Estruturas Profundas
adicionais, com suas derivações associadas, que são
obtidas da Estrutura Profunda original recuperada por
algumas características formais especificáveis. Assim,
o ouvinte pesquisa em sua Estrutura Profunda e suas
derivações associadas no nível inconsciente do proces-
samento da linguagem para extrair algum significado
relevante para sua experiência contínua - portanto,
transderivacional. Os fenômenos transderivacionais
foram propostos pela primeira vez na teoria liguística
and Grinder (see Lakoff, G., Some Thoughts on por Postal, Perlmutter e Grinder (ver Lakoff, G., Some
Transderivational Constraints, mimeograph, 1970).] Thoughts
mimeograph, 1970).]
One of the desirable characteristics of the
communication which occurs between a hypnotist and
his client is that the client participate actively in the
process. When the client can be engaged actively in the
communication process at both the conscious and the
unconscious levels of the mind, the communication
will be highly successful. The four classes of
phenomena presented in this section have in common
the fact that the client is engaged at the unconscious
level of his mind in his participation in the
communication process. By engaging the client at the
unconscious level, the hypnotist accomplishes several
important tasks simultaneously. First, when the client
is participating unconsciously, his conscious mind
does not interfere with the transition to the altered state
of consciousness which is the immediate objective of
the trance induction. Second, since the client's
conscious mind is not making the selection of the
meaning conveyed by the hypnotist's communication,
his response is the response selected as most
appropriate to the unconscious needs of the client. (We
repeat ourselves from Part I for the reader's
convenience.)
In our everyday communications with the
people around us, we employ a set of language
processing strategies which allow us to extract from the
speech of others the meaning of the words, phrases,
and sentences which they use. These language
processing strategies arc the research domain for
psycholinguists (see, for example, references for Bever
and for Slobin in the Bibliography). Erickson has
succeeded in utilizing these language processing
mechanisms in a way which allows him to
communicate with both the conscious and the
unconscious portions of the client's mind. Essentially,
he accomplishes this by presenting the client with a
Surface Structure of English which activates the
normally conscious mindprocessing mechanisms. At
the same time, he activates additional meaning
recovery processes which develop meanings which are
available to the unconscious portion of the client's
mind but not to the conscious portion. In some cases,
he uses Surface Structures of English which are not
well formed. The effect that this has is, typically, to
overload or jam the normal language processing
mechanisms of the client while the unconscious mind
of the client extracts the most appropriate meaning for
its purposes. We begin by reviewing the basic
linguistic distinctions necessary for an understanding
on Transderivational Constraints,
Uma das características desejáveis da comu-
nicação que ocorre entre um hipnotizador e seu cliente
é que o cliente participe ativamente do processo.
Quando o cliente pode se envolver ativamente no
processo de comunicação tanto no nível consciente
quanto no inconsciente da mente, a comunicação será
muito bem-sucedida. As quatro classes de fenômenos
apresentados nesta seção têm em comum o fato de que
o cliente está engajado no nível inconsciente de sua
mente em sua participação no processo de comuni-
cação. Ao envolver o cliente no nível inconsciente, o
hipnotizador realiza várias tarefas importantes simulta-
neamente. Primeiro, quando o cliente está participando
inconscientemente, sua mente consciente não interfere
na transição para o estado alterado de consciência, que
é o objetivo imediato da indução do transe. Em segun-
do lugar, uma vez que a mente consciente do cliente
não está fazendo a seleção do significado transmitido
pela comunicação do hipnotizador, sua resposta é a
resposta selecionada como mais apropriada para as
necessidades inconscientes do cliente. (Nos repetimos
da Parte I para a conveniência do leitor.)
Em nossas comunicações diárias com as pes-
soas ao nosso redor, empregamos um conjunto de es-
tratégias de processamento de linguagem que nos per-
mite extrair da fala dos outros o significado das pala-
vras, frases e sentenças que eles usam. Essas estratégias
de processamento de linguagem são o domínio de pes-
quisa para psicolinguistas (ver, por exemplo, refe-
rências para Bever e para Slobin na Bibliografia).
Erickson conseguiu utilizar esses mecanismos de pro-
cessamento da linguagem de uma forma que lhe per-
mite se comunicar com as partes consciente e incons-
ciente da mente do cliente. Essencialmente, ele conse-
gue isso apresentando ao cliente uma Estrutura Super-
ficial que ativa os mecanismos de processamento
mental normalmente conscientes. Ao mesmo tempo,
ele ativa processos adicionais de recuperação de signi-
ficados que desenvolvem significados que estão dispo-
níveis para a parte inconsciente da mente do cliente,
mas não para a parte consciente. Em alguns casos, ele
usa Estruturas de Superfície que não são bem for-
madas. O efeito que isso tem é, normalmente, sobre-
carregar ou travar os mecanismos normais de proces-
samento da linguagem do cliente enquanto a mente
inconsciente do cliente extrai o significado mais apro-
priado para seus propósitos. Começamos revisando as
distinções lingüísticas básicas necessárias para uma
compreensão dessas técnicas (ver A Estrutura da
of these techniques (see Magic I, Appendix A, for Magia I, Apêndice A, para uma discussão mais
fuller discussion). completa).
Each sentence of every natural language has
two distinct representations: the representation of the
way it actually sounds (or, if written, the way it actually
appears), called the Surface Structure, and the
representation of the meaning which it has, called the
Deep Structure. For example, when a person says the
sentence: The window was broken… the Surface
Structure' is the representation of the actual sounds
made by the person speaking, or, in the case of a
written representation, the words written out, as above.
In addition to this representation, this sentence is
associated with another representation which is the
meaning it has - the Deep Structure. In this particular
case, the Deep Structure can be represented as: PAST
(BREAK [someone, window, with something]).
This Deep Structure representation is designed
to capture the intuition that each of us has as a native
speaker of English that, when we hear the Surface
Structure presented above, we understand the
following:
(a) Some event occurred in the PAST;
(b) The event was a complex event having the
following parts:
(1) An action - BREAK - which occurred
between:
a. The agent - some person or thing
doing the breaking - here represented
by someone;
b. The object - some person or thing
being broken - here represented by the
window;
c. The instrument - the thing used to do
the breaking here represented by with
something.
Notice that, even though not all of the parts of
the Deep Structure representation appear in the Surface
Structure (in this case, the agent and the instrument are
not represented in the Surface Structure), the native
speaker of English has that information available in his
understanding of the sentence. The ways in which
Surface Structures can differ from their associated
Deep Structures is the research domain of
transformational linguists. They have postulated a
series of formal mapping operations called
transformations which specify precisely how Deep and
Surface Structures may differ - the entire process
which links a Deep Structure to its Surface Structure(s)
is called a derivation.
Cada frase de cada linguagem natural tem duas
representações distintas: a representação da maneira
como realmente soa (ou, se escrita, a maneira como
realmente aparece), chamada de Estrutura Superficial,
e a representação do significado que tem, chamada de
Estrutura Profunda. Por exemplo, quando uma pessoa
diz a frase: A janela foi quebrada... a Estrutura
Superficial é a representação dos sons reais feitos pela
pessoa que fala, ou, no caso de uma representação
escrita, as palavras escritas, como acima. Além desta
representação, esta frase está associada a outra
representação que é o significado que ela tem - a
Estrutura Profunda. Neste caso particular, a Estrutura
Profunda pode ser representada como: PASSADO
(QUEBRADA [alguém, janela, com algo]).
Esta representação da Estrutura Profunda é
projetada para capturar a intuição que cada um de nós
tem como um falante nativo, quando ouvimos a
Estrutura Superficial apresentada acima, entendemos o
seguinte:
(a) Algum evento ocorreu no PASSADO;
(b) O evento foi um evento complexo com as
seguintes partes:
(1) Uma ação - QUEBRADA - que ocorreu
entre:
a. O agente - alguma pessoa ou coisa que
quebra - aqui representado por alguém;
b. O objeto - alguma pessoa ou coisa sendo
quebrada - aqui representado pela janela;
c. O instrumento - a coisa usada para fazer a
quebra aqui representada por algo.
Observe que, embora nem todas as partes da
representação da Estrutura Profunda apareçam na Es-
trutura Superficial (neste caso, o agente e o instrumento
não estão representados na Estrutura da Superfície), o
falante nativo tem essa informação disponível na sua
compreensão da frase. As maneiras pelas quais as
Estruturas Superficiais podem diferir de suas Estru-
turas Profundas associadas é o domínio de pesquisa dos
linguistas transformacionais. Eles postularam uma
série de operações formais de mapeamento chamadas
transformações que especificam precisamente como as
Estruturas Profundas e Superficiais podem diferir -
todo o processo que liga uma Estrutura Profunda às
suas Estruturas Superficiais é chamado de derivação.
 With these basic linguistic distinctions, we may
begin a presentation of the patterns themselves. podemos começar uma apresentação dos próprios
padrões.
Transderivational Search - Generalized
Referential Index
One of Erickson's favorite devices, employed
when the client is in both trance and "normal" state of
awareness, is for him to tell a story. This story.
typically, begins with the phrase: I had a patient once...
Erickson then proceeds to describe some actual or
created-on-the.spot version or an experience which
will be relevant to the person to whom he is presently
speaking. The amount of relevance which the story has
depends upon how direct Erickson wishes to be in his
communication; in general, this will depend upon the
depth of the client's trance. Erickson employs the
principle that the client will respond best if the
relevance of the story is just outside the client's
conscious awareness. This is an example of the
transderivational search for meaning spurred by the use
of a generalized referential index. If Erickson utters the
sentence: You can focus your eyes on the corner of...
the noun you has the referential index of the client - the
person to whom Erickson is talking - and the client is
conscious that Erickson intends the word you to refer
to him. However, when Erickson says: I had a patient
once... the client's normal linguistic processing
mechanisms derive from that Surface Structure a Deep
Structure meaning which contains no noun which
refers to the client himself. Similarly, when a client
hears the following phrases: People can make the most
of learning opportunities... A man once sat in that very
chair and felt nervous... A waitress wanted to have an
important thing for herself... he constructs for himself
a Deep Structure which includes no occurrence of a
noun which has his own referential index as a part.
Erickson's behavior and the response which he secures
from his clients, as well as our own experience and the
responses which we consistently secure from our
clients, have convinced us that there is an extra bit of
linguistic processing which occurs at the unconscious
level.
The most useful model which we have found
to assist us in organizing our own experience, as well
as building a model for Erickson's work, is that of the
transderivational search. This process operates as
follows:
Com essas distinções linguísticas básicas,
Pesquisa Transderivacional - Índice Referen-
cial Generalizado
Um dos artifícios favoritos de Erickson, empre-
gado quando o cliente está tanto em transe quanto em
estado “normal” de consciência, é ele contar uma
história. Essa história, tipicamente, começa com a
frase: Eu tive um paciente uma vez... Erickson então
passa a descrever alguma versão real ou criada no local
ou uma experiência que será relevante para a pessoa
com quem ele está falando no momento. A relevância
da história depende de quão direto Erickson deseja ser
em sua comunicação; em geral, isso dependerá da pro-
fundidade do transe do cliente. Erickson emprega o
princípio de que o cliente responderá melhor se a rele-
vância da história estiver fora da consciência do clien-
te. Este é um exemplo da busca transderivacional de
sentido estimulada pelo uso de um índice referencial
generalizado. Se Erickson proferir a frase: Você pode
focar seus olhos no canto de... o substantivo você tem
o índice referencial do cliente - a pessoa com quem
Erickson está falando - e o cliente está consciente de
que Erickson pretende que a palavra você se refira a
ele. Porém, quando Erickson diz: Eu tive um paciente
uma vez... os mecanismos de processamento
linguístico normal do cliente derivam um significado
dessa Estrutura Superficial para um significado de
Estrutura Profunda que não contém nenhum
substantivo que se refere ao próprio cliente. Da mesma
forma, quando um cliente ouve as seguintes frases: As
pessoas podem aproveitar ao máximo as oportu-
nidades de aprendizagem... Certa vez, um homem sen-
tou-se naquela cadeira e ficou nervoso ... Uma garço-
nete queria ter uma coisa importante para ela ... ele
constrói para si mesmo uma Estrutura Profunda que
não inclui a ocorrência de um substantivo que tenha
seu próprio índice referencial como parte. O compor-
tamento de Erickson e a resposta que ele obtém de seus
clientes, bem como nossa própria experiência e as
respostas que consistentemente obtemos de nossos
clientes, nos convenceram de que há um pouco mais de
processamento linguístico que ocorre no nível incons-
ciente.
O modelo mais útil que encontramos para nos
ajudar a organizar nossa própria experiência, bem
como a construir um modelo para a obra de Erickson,
é o da busca transderivacional. Este processo funciona
da seguinte forma:
 a) The client hears a well-formed Surface
Structure;
b) The client recovers the associated Deep
Structure and is aware of the meaning
of that Deep Structure, one which has
no direct reference to him;
c) The client activates a transderivational
search for an additional Deep Structure
which is more relevant for his ongoing
experience.
This last step requires more explanation.
Clients do not randomly generate additional Deep
Structures; rather, the Deep Structures which they
generate are systematically related to the originally
recovered Deep Structure. Specifically, they generate
Deep Structures which are identical in form to the
recovered Deep Structure except that they substitute
nouns with referential indices which pick out portions
of their ongoing behavior, thus making them
maximally relevant for themselves. We illustrate by
example. The client hears the Surface Structure:
People can make the most of learning opportunities…
the normal linguistic processing mechanisms apply,
deriving the associated Deep Structure: POSSIBLE
(MAKE MOST [EVERY (people, learning
opportunities)] ) so, presenting the entire process to
this point in a visual display, we have: POSS (MAKE
MOST [EVERY (people, learning opportunities)]) -
People can make the most out of learning
opportunities.
The Deep Structure which we present here is a
very crudely simplified version of what the actual Deep
Structure is from a linguistic analysis. For example, the
reader will notice that the words learning and
opportunities are, themselves, complex; each of them
is a nominalization (derived from a Deep Structure
representation in which they originally occurred as
predicates). Thus, while the actual Deep Structure from
a linguistic analysis is much more complex, the
processes which are being represented here in this
simplified example apply to the more complex
structure in the same way.
Now, by the principle of transderivational
search, the client begins the unconscious process of
finding a Deep Structure which is identical in form to
the recovered Deep Structure with nouns with
referential indices relevant to his ongoing experience,
substituted into the positions of the nouns which are in
the recovered Deep Structure but which have no
referential index relevant to his experience of the
a) O cliente ouve uma Estrutura Superficial
bem formada;
b) O cliente recupera a Estrutura Profunda
associada e está ciente do significado dessa Estrutura
Profunda, que não tem nenhuma referência direta a ele;
c) O cliente ativa uma busca transderivacional
por uma Estrutura Profunda adicional que seja mais
relevante para sua experiência contínua.
Esta última etapa requer mais explicação. Os
clientes não geram estruturas profundas adicionais ale-
atoriamente; em vez disso, as Estruturas Profundas que
eles geram são sistematicamente relacionadas à Estru-
tura Profunda originalmente recuperada. Especifi-
camente, eles geram Estruturas Profundas que são
idênticas em forma à Estrutura Profunda recuperada,
exceto que eles substituem substantivos com índices
referenciais que selecionam porções de seu compor-
tamento contínuo, tornando-os assim maximamente
relevantes para si mesmos. Ilustramos com um exem-
plo. O cliente ouve a Estrutura Superficial: As pessoas
podem aproveitar ao máximo as oportunidades de
aprendizagem... aplicam-se os mecanismos normais de
processamento linguístico, derivando a Estrutura
Profunda associada: PODEM (APROVEITAR
[CADA (pessoas, oportunidades de aprendizagem)])
portanto, apresentando todo o processo até este ponto
em uma exibição visual, temos: POSSÍVEL (FAZER
MAIS [TODOS (pessoas, oportunidades de
aprendizagem)]) - As pessoas podem tirar o máximo
proveito das oportunidades de aprendizagem.
[A Estrutura Profunda que apresentamos aqui é
uma versão muito simplificada do que é a Estrutura
Profunda real de uma análise linguística. Por exemplo,
o leitor notará que as palavras aprendizagem e oportu-
nidades são, elas mesmas, complexas; cada uma delas
é uma nominalização (derivado de uma representação
de Estrutura Profunda na qual eles ocorreram original-
mente como predicados). Assim, embora a Estrutura
Profunda real de uma análise linguística seja muito
mais complexa, os processos que estão sendo repre-
sentados aqui neste exemplo simplificado se aplicam à
estrutura mais complexa da mesma maneira.]
Agora, pelo princípio da busca transderiva-
cional, o cliente começa o processo inconsciente de
encontrar uma Estrutura Profunda que é idêntica em
forma à Estrutura Profunda recuperada com substan-
tivos com índices referenciais relevantes para sua expe-
riência contínua, substituídos nas posições dos
substantivos que são na Estrutura Profunda recuperada,
mas que não tem índice referencial relevante para sua
moment. The recovered Deep Structure contains two
nouns which have no referential index relevant to the
client's ongoing experience; therefore, the newly
generated Deep Structures will be identical to the
recovered one with new nouns substituted in those
positions. The client will generate, among others, the
following Deep Structure: POSSIBLE (MAKE MOST
[I, this specific learning opportunity] ).
In other words, among the Deep Structures
identical with the one originally recovered is the one
above - one which has the associated Surface Structure:
I (the client) can make the most out of this learning
opportunity.
Thus, by the process of transderivational
search, the client generates the meaning which is
maximally relevant for his ongoing experience. By this
technique, Erickson successfully paces the client's
ongoing experience, allows the client maximal
freedom to create meaning for himself and, thereby,
participate actively in the process of communication,
and avoids instructing the client in a way of which he
is conscious (no "resistance" could possibly arise as no
direction to resist has been given by Erickson).
This transderivational search technique is the
pattern common to all of the phenomena presented in padrão comum a todos os fenômenos apresentados
this section. With this in mind, we extract the formal nesta seção. Com isso em mente, extraímos o padrão
pattern of the transderivational search as shown on formal da busca transderivacional conforme mostrado.
page 223.
In other words, the client recovers the Deep
Structure which corresponds to the Surface Structure
Erickson utters, then he generates a series of Deep
Structures identical up to the referential indices. From
this set, the client then selects the Deep Structure which
is most relevant for his ongoing experience.
From the description of the transderivational
search model: Surface structure 1 => deep structure 1
=> by transderivational search process => deep
structure 2 => by transderivational search process =>
deep structure n; the construction of statements
containing generalized referential indices is quite easy.
In a step-by-step format, the process can be modeled as
follows:
Step 1 - Determine the message of which you,
as the hypnotist, desire the client to have an
unconscious understanding;
Step 2 - Make a sentence (or a series of
sentences) which communicates that message directly;
experiência do momento. A Estrutura Profunda recu-
perada contém dois substantivos que não possuem
índice referencial relevante para a experiência contínua
do cliente; portanto, as Estruturas Profundas recém-
geradas serão idênticas às recuperadas com novos
substantivos substituídos nessas posições. O cliente irá
gerar, entre outras, a seguinte Estrutura Profunda:
POSSO (FAZER O MÁXIMO [Eu, esta oportunidade
de aprendizagem específica]).
Em outras palavras, entre as Estruturas
Profundas idênticas à originalmente recuperada está a
anterior - aquela que tem a Estrutura Superficial
associada: Eu (o cliente) posso tirar o máximo partido
desta oportunidade de aprendizagem.
Assim, pelo processo de busca transderiva-
cional, o cliente gera o significado que é maximamente
relevante para sua experiência em curso. Com esta téc-
nica, Erickson acompanha com sucesso a experiência
contínua do cliente, permite ao cliente a máxima
liberdade para criar significado para si mesmo e, assim,
participar ativamente do processo de comunicação e
evita instruir o cliente de uma maneira da qual ele
esteja consciente (nenhuma “resistência” poderia sur-
gir, já que nenhuma direção para resistir foi dada por
Erickson).
Essa técnica de busca transderivacional é o
Em outras palavras, o cliente recupera a Estru-
tura Profunda que corresponde à Estrutura Superficial
que Erickson enuncia, então ele gera uma série de
Estruturas Profundas idênticas até os índices referen-
ciais. A partir desse conjunto, o cliente seleciona a Es-
trutura Profunda que é mais relevante para sua expe-
riência contínua.
A partir da descrição do modelo de busca
transderivacional: Estrutura superficial 1 => estrutura
profunda 1 => processo de busca transderivacional =>
estrutura profunda 2 => processo de busca
transderivacional => estrutura profunda n; a construção
de enunciados contendo índices referenciais
generalizados é bastante fácil. Em um formato passo a
passo, o processo pode ser modelado da seguinte
forma:
Passo 1 - Determine a mensagem sobre a qual
você, como hipnotizador, deseja que o cliente tenha
uma compreensão inconsciente;
 Step 3 - Replace every occurrence of nouns Passo 2 - Faça uma frase (ou uma série de
bearing referential indices which pick out the client and frases) que comunique essa mensagem diretamente;
occurrences of nouns bearing referential indices which Passo 3 - Substitua todas as ocorrências de
pick out the present situation and problem, with nouns substantivos com índices referenciais que selecionam
which have no relevance to the client, the present o cliente e ocorrências de substantivos com índices
situation or the problem with which you are dealing. referenciais que selecionam a situação e o problema
presentes, por substantivos que não têm relevância para
o cliente, a situação presente ou o problema com o qual
você está lidando.
As mentioned earlier, the extent to which the Como mencionado anteriormente, a extensão
nouns referring to the client, present situation and em que os substantivos que se referem ao cliente, a
problem being dealt with are replaced depends upon situação atual e o problema a ser tratado são substi-
factors such as the depth of the client's trance state. The tuídos depende de fatores como a profundidade do
general principle is that the intended meaning should estado de transe do cliente. O princípio geral é que o
not be recognized consciously by the client. Here significado pretendido não deve ser reconhecido cons-
Erickson's phenomenal visual and auditory abilities to cientemente pelo cliente. Aqui, as fenomenais habi-
detect minute changes in the client's body and voice are lidades visuais e auditivas de Erickson para detectar
his primary ways of determining how extensive the mudanças mínimas no corpo e na voz do cliente são
replacement of relevant nouns should be. suas maneiras principais de determinar o quão extensa
deve ser a substituição de substantivos relevantes.
Transderivational Search - Generalized Pesquisa Transderivacional - Índice Refe-
Referential Index with Suggested Noun Substitution rencial Generalizado com Sugestão de Substituição
Substantiva
Erickson will sometimes use the generalized Erickson às vezes usará o método de índice
referential index method of activating transderivational referencial generalizado para ativar a pesquisa transde-
search with all addition. rivacional com todas as adições.
The following examples are of this type: Os exemplos a seguir são deste tipo: As pessoas
People can, Susan, make the most of learning podem, Susan, aproveitar ao máximo as oportunidades
opportunities… People, Susan, can make the most of de aprendizagem... As pessoas, Susan, podem
learning opportunities… People can make the most of aproveitar ao máximo as oportunidades de
learning opportunities, Susan… aprendizagem... As pessoas podem aproveitar ao
máximo as oportunidades de aprendizagem, Susan...
Here Erickson is employing the same Aqui Erickson está empregando a mesma téc-
technique as that covered in the last section with the nica que aquela abordada na última seção com a adição
addition of also supplying the noun which he wishes de também fornecer o substantivo que ele deseja que o
the client to substitute into the noun position when he cliente substitua na posição do substantivo quando ele
(the client) generates the set of related Deep Structures (o cliente) gera o conjunto de Estruturas Profundas
- namely, the noun-bearing referential index of the relacionadas - a saber, o índice referencial portador de
client himself. The construction procedure for the substantivo do próprio cliente. O procedimento de
generalized referential index with suggested noun construção para o índice referencial generalizado com
substitution is identical to the procedure for the substituição de substantivo sugerido é idêntico ao
construction of the generalized referential index itself procedimento para a construção do próprio índice
with the addition of Step 4: referencial generalizado com a adição da Etapa 4:
Step 4 - Insert into the sentence which results Etapa 4 - Insira na frase que resulta das três
from the first three steps the noun which you, as the primeiras etapas o substantivo que você, como hipno-
hypnotist, wish the client to substitute into the set of tizador, deseja que o cliente substitua no conjunto de
related Deep Structures generated by the Estruturas Profundas relacionadas geradas pelo
transderivational search process. processo de busca transderivacional.
 This addition of the desired noun referential
index increases the probability that the client will select
the related Deep Structure the one which carries the
message which is the hypnotist's intended message.
The position in the sentence into which the suggested
noun is inserted has different effects. This will be
discussed under the heading of Lesser Included Deep
Structures.
Selectional Restriction Violations
In every natural language there are words
called predicates which describe relationships or
processes. These words pick out specific categories of
experience in the models of the speakers of that
language. Certain processes or relationships occur only
between specific parts of the models of the speakers'
experience. For example, using English, we are certain
that the process named by the predicate drink has never
occurred in any reader's experience associated with the
object designated by the word nominalization, as in the
sentence: The nominalization drank two quarts of
orange juice.
Linguists have characterized the kind of oddity
displayed by this sentence as the violation of a
selectional restriction. Specifically, the predicate drink
is said to have a selectional restriction which requires
that it be used only with nouns which name sentient
beings. Since the word nominalization does not refer to
a sentient being, the sentence above contains a
selectional restriction viola tion, thus explaining its
oddity.
Erickson uses selectional restriction violations
to force the client into a transderivational search for para forçar o cliente a uma busca transderivacional por
meaning. Erickson says, for example: ... a tomato plant significado. Erickson diz, por exemplo: ...um tomate
can feel good... pode setnri-se bem... [ou em uma adaptação: um
tomate pode ser bom]
In the standard usage of the predicate feel, there
is a selectional restriction violation which requires that
the noun which appears as its subject be an animal or a
human. For most speakers of English, the sentence
quoted above is peculiar; specifically, the selectional
restriction on the predicate feel has been violated. The
sentence doesn't quite make sense. In the context of
hypnosis, this selectional restriction violation is
puzzling to the client who, in order to make sense out
of Erickson's communication, activates a kson, ativa uma busca transderivacional por possíveis
transderivational search for possible relevant
meanings. In this case, the set of Deep Structures
generated by the transderivational search process will
be identical to the recovered Deep Structures except
with a noun substituted into the position(s) occupied by
the noun(s) which caused the selectional restriction
Esta adição do índice referencial de substantivo
desejado aumenta a probabilidade de que o cliente sele-
cione a Estrutura Profunda relacionada, aquela que car-
rega a mensagem, que é a mensagem pretendida pelo
hipnotizador. A posição na frase em que o substantivo
sugerido é inserido tem efeitos diferentes. Isso será
discutido sob o título de Estruturas Profundas Menores
Embutidas.
Violações de restrição seletiva
Em toda linguagem natural, existem palavras
chamadas predicados que descrevem relações ou
processos. Essas palavras selecionam categorias espe-
cíficas de experiência nos modelos dos falantes dessa
língua. Certos processos ou relacionamentos ocorrem
apenas entre partes específicas dos modelos da experi-
ência dos falantes. Por exemplo, temos certeza de que
o processo denominado pelo predicado bebida nunca
ocorreu na experiência de nenhum leitor associado ao
objeto designado pela palavra ‘nominalização’, como
na frase: A nominalização bebeu dois litros de suco de
laranja.
Os lingüistas caracterizaram o tipo de estranhe-
za exibida por essa frase como a violação de uma
restrição seletiva. Especificamente, diz-se que o
preidcado ‘bebida’ tem uma restrição seletiva que
exige que seja usada apenas com substantivos que
nomeiam seres sencientes. Visto que a palavra
nominalização não se refere a um ser senciente, a
sentença acima contém uma violação de restrição
seletiva, explicando assim sua estranheza.
Erickson usa violações de restrição seletiva
No uso padrão do predicado sentir-se bem, há
uma violação de restrição seletiva que exige que o
substantivo que aparece como seu sujeito seja um ani-
mal ou humano. Para a maioria dos falantes de inglês,
a frase citada acima é peculiar; especificamente, a
restrição seletiva na sensação do predicado foi violada.
A frase não faz muito sentido. No contexto da hipnose,
essa violação da restrição seletiva é intrigante para o
cliente que, para dar sentido à comunicação de Eric-
significados relevantes. Neste caso, o conjunto de
Estruturas Profundas gerado pelo processo de busca
transderivacional será idêntico às Estruturas Profundas
recuperadas, exceto com um substantivo substituído
nas posições ocupadas pelos substantivos que
causaram as violações de restrição seletiva . Usando a
violation(s). Using the above sentence as an example,
we have: POSSIBLE FEEL GOOD (tomato plant) =>
by transderivational search processes => deep structure
2 => deep structure N.
One of the Deep Structures generated by the
transderivational search process will be the Deep processo de busca transderivacional será a Estrutura
Structure associated with the Surface Structure: ... I Profunda associada à Estrutura Superficial: ...Eu (o
(the client) can feel good... cliente) posso me sentir bem...
Once again, as in the case of the generalized
referential index technique, Erickson will sometimes
supply the noun with the referential index which he
wishes the client to select out of the set of additional
Deep Structures generated in the transderivational
search. For example, Erickson will say: ... a tomato
plant can, Joe, feel good...
In a step-by-step format, a hypnotist can use
Erickson's selectional restriction violation technique
with the following construction:
Step 1 - Determine the message of which you,
as the hypnotist, desire the client to have an
unconscious understanding;
Step 2 - Make a sentence (or series of
sentences) which communicates that message directly;
Step 3 - Replace the occurrences of the nouns
bearing referential indices which pick out the client, the
present situation, and the problem being dealt with,
with nouns which violate the selectional restrictions of
the predicates with which they occur;
Step 4 - This is an optional step - insert into the
sentences which result from the first three steps the
noun(s) which you, as a hypnotist, wish the client to
substitute into the set of related Deep Structures
generated by the transderivational search process.
Erickson often will insert meta-comments
regarding the very process which he is employing into
the ongoing communication. For example, he might
say: ... a tomato plant can, Joe, feel good... funny to talk
about a tomato plant feeling good, isn't it, Joe...
[There is an excellent example of intonation
ambiguity in this passage: Erickson first meta-
comments ... funny to talk about a tomato plant feeling
good... and then again comments: ... isn't it Joe...
Depending upon the intonation pattern which the
hypnotist uses here, the client will hear a simple tag
question: ... isn't it (pause) Joe... or a direct meta-
comment:... isn't it Joe.... That is, isn't it Joe whom I'm
talking about feeling good.]
frase acima como exemplo, temos: POSSÍVEL
SENTIMENTO BOM (tomate) => por processos de
pesquisa transderivacional => estrutura profunda 2 =>
estrutura profunda N.
Uma das Estruturas Profundas geradas pelo
Mais uma vez, como no caso da técnica do ín-
dice referencial generalizado, Erickson às vezes forne-
cerá ao substantivo o índice referencial que ele deseja
que o cliente selecione do conjunto de Estruturas
Profundas adicionais geradas na busca transderi-
vacional. Por exemplo, Erickson dirá: ...um tomate
pode, Joe, sentir-se bem... [OU... Um tomate pode, Joe,
ser bom]
Em um formato passo a passo, um hipnotizador
pode usar a técnica de violação de restrição seletiva de
Erickson com a seguinte construção:
Passo 1 - Determine a mensagem sobre a qual
você, como hipnotizador, deseja que o cliente tenha
uma compreensão inconsciente;
Passo 2 - Faça uma frase (ou série de frases)
que comunique aquela mensagem diretamente;
Passo 3 - Substituir as ocorrências dos subs-
tantivos com índices referenciais que identificam o cli-
ente, a situação presente e o problema a ser tratado por
substantivos que violam as restrições seletivas dos pre-
dicados com os quais ocorrem;
Etapa 4 - Esta é uma etapa opcional - insira nas
sentenças que resultam das três primeiras etapas os
substantivos que você, como hipnotizador, deseja que
o cliente substitua no conjunto de Estruturas Profundas
relacionadas geradas pelo processo de pesquisa trans-
derivada .
Erickson freqüentemente insere meta-comen-
tários sobre o próprio processo que está empregando na
comunicação em andamento. Por exemplo, ele pode
dizer: ...um tomate pode, Joe, sentir-se bem... engra-
çado falar sobre um tomate que se sente bem, não é,
Joe...
[Há um excelente exemplo de ambigüidade de
entonação nesta passagem: os primeiros meta-comen-
tários de Erickson ...engraçado falar sobre uma planta
de tomate que está se sentindo bem... e novamente
comenta: ...não é, Joe... Dependendo do padrão de
entonação que o hipnotizador usa aqui, o cliente ouvirá
uma pergunta simples: ...não é (pausa) Joe... ou um
meta-comentário direto: ...não é Joe... Isto é, não é Joe
de quem estou falando sobre se sentir bem.]
 This kind of meta-commenting insures that the
client will activate a transderivational search. Erickson ente ativará uma busca transderivacional. Erickson está
is calling the client's attention to the selectional chamando a atenção do cliente para a violação da
restriction violation.
Deletions
In the example given early in this section: The
window was broken… we pointed out that the Deep
Structure associated with this Surface Structure was
more complete, contained more elements: PAST
(BREAK [someone, the window, with something}).
Specifically, in the process of the derivation as
the Deep Structure representation is mapped onto the
Surface Structure, several portions of the Deep
Structure representation were deleted or removed and
do not appear in the Surface Structure. In the example
we are using here, both the agent - the person or thing
that broke the window - and the instrument - the thing
that was used to break the window - have no
representation in the Surface Structure. This example
demonstrates the linguistic process of deletion.
Erickson employs deletion processes to induce
the client to activate a transderivational search for
meaning. For example, Erickson might say: ... it is so
satisfying... ... you have learned so quickly... ... I have
understood so much from you...
In each of these examples, Erickson has used
one of the grammatical deletion processes available in
English to remove a portion of the Deep Structure
representation so that it does not appear in the Surface
Structure. By skillfully using these natural language
processes, the hypnotist leaves the client the maximum
amount of freedom to interpret for himself the missing
parts of the Deep Structure. Specifically, in the above
examples, the following parts have been deleted:
...it is so satisfying... => Satisfying to whom?
...you have learned so much… => What,
specifically, has been learned?
... I have understood so much from you… =>
What, specifically, have I understood from you?
Since Erickson's communication leaves these
pieces of the Deep Structure associated with the
Surface Structure he utters wholly unspecified, the
client activates a transderivational search in which the
set of Deep Structures generated are identical with the
recovered Deep Structure except that the nouns which
have been deleted from the Surface Structure and
Esse tipo de meta-comentário garante que o cli-
restrição seletiva.
Exclusões/Eliminações
No exemplo dado no início desta seção: A jane-
la foi quebrada... apontamos que a Estrutura Profunda
associada a esta Estrutura Superficial era mais
completa, continha mais elementos: PAST (BREAK
[alguém, a janela, com algo}).
Especificamente, no processo de derivação à
medida que a representação da Estrutura Profunda é
mapeada na Estrutura Superficial, várias partes da
representação da Estrutura Profunda foram excluídas
ou removidas e não aparecem na Estrutura da Super-
ficial. No exemplo que estamos usando aqui, tanto o
agente - a pessoa ou coisa que quebrou a janela - quanto
o instrumento - a coisa que foi usada para quebrar a
janela - não têm representação na Estrutura Superficial.
Este exemplo demonstra o processo linguístico de
exclusão.
Erickson emprega processos de deleção para
induzir o cliente a ativar uma busca transderivacional
por significado. Por exemplo, Erickson pode dizer: ...é
tão gratificante... ...você aprendeu tão rápido... ...eu
entendi muito de você...
Em cada um desses exemplos, Erickson usou
um dos processos de exclusão gramatical disponíveis
em inglês para remover uma parte da representação da
Estrutura Profunda de modo que ela não apareça na
Estrutura Superficial. Ao usar habilmente esses proces-
sos de linguagem natural, o hipnotizador dá ao cliente
o máximo de liberdade para interpretar por si mesmo
as partes que faltam da Estrutura Profunda. Especifi-
camente, nos exemplos acima, as seguintes partes
foram excluídas:
...é tão gratificante... => Gratificante para
quem?
...você aprendeu tanto... => O que foi
aprendido?
...Eu entendi muito de você... => O que eu
entendi de você?
Uma vez que a comunicação de Erickson deixa
essas peças da Estrutura Profunda associada à Estru-
tura Superficial que ele profere totalmente não especi-
ficada, o cliente ativa uma busca transderivacional na
qual o conjunto de Estruturas Profundas geradas são
idênticas à Estrutura Profunda recuperada, exceto que
which, thereby, have no referential index in their Deep
Structure representation4 are replaced with some noun
which has a referential index which is relevant to the
client's ongoing experience.
[In the standard linguistic analysis, Deep
Structure nouns may only be deleted (grammatically)
if they either have another noun in the same Deep
Structure which carries the same referential index (and
is in certain specified structural relations to the one
being deleted) or they carry no referential index in the
Deep Structure representation.]
The second kind of deletion which Erickson
uses effectively in his work is deletion which results in
a Surface Structure which is, itself, not well formed.
For example, Erickson might say: ... and you want and
need.... ... you fully realize so well...
In each of these example cases, the resulting
sequence of words is not a wellformed sentence of
English - ungrammatical deletion. The client is faced
with the task of making sense out of Erickson's
communication. He may accomplish this by activating
the transderivational search process - in these cases, the
set of Deep Structures generated are identical to the
recovered (partial) Deep Structure except that they are
complete. The client generates a set of structures with
the portions which were missing in the recovered
(partial) Deep Structure (which rendered it
ungrammatical) filled in:
... and you want and need... => What do you
want and need?
... you fully realize so well.... => What do you
fully realize so well?
That is, the client generates Deep Structures
with nouns with referential indices relevant to his
ongoing experience in t he positions in which Erickson
makes the ungrammatical deletions. Our experience
has been that, when a client is presented with a large
number of these ungrammatical deletions he appears to
give up the task of making sense out of the
communication altogether and his normal linguistic
processing mechanisms seem to jam.
To construct sentences utilizing these deletion
principles, the hypnotist may: cípios de exclusão, o hipnotizador pode:
(1) Identify the message which you, as a
hypnotist, wish the client to understand unconsciously;
(2) Form a sentence which conveys this
message;
os substantivos que foram excluídos da Estrutura Su-
perficial e que, portanto, não têm índice referencial em
sua representação da Estrutura Profunda, são substi-
tuídos por algum substantivo que tem um índice refe-
rencial que é relevante para a experiência contínua do
cliente.
[Na análise lingüística padrão, substantivos da
Estrutura Profunda só podem ser excluídos (gramati-
calmente) se eles tiverem outro substantivo na mesma
Estrutura Profunda que carregue o mesmo índice refe-
rencial (e está em certas relações estruturais especi-
ficadas com aquele que está sendo excluído) ou eles
não carregam nenhum índice referencial na repre-
sentação da Estrutura Profunda.]
O segundo tipo de exclusão que Erickson usa
com eficácia em seu trabalho é a exclusão que resulta
em uma Estrutura de Superfície que, por si só, não é
bem formada. Por exemplo, Erickson poderia dizer: ...e
você quer e precisa... ...você percebe tão bem...
Em cada um desses casos de exemplo, a
sequência de palavras resultante não é uma frase bem
formada em inglês - exclusão não gramatical. O cliente
se depara com a tarefa de dar sentido à comunicação de
Erickson. Ele pode fazer isso ativando o processo de
busca transderivacional - nesses casos, o conjunto de
Estruturas Profundas geradas são idênticas à Estrutura
Profunda recuperada (parcial), exceto que eles são
completos. O cliente gera um conjunto de estruturas
com as partes que faltavam na Estrutura Profunda
recuperada (parcial) (o que a tornava não gramatical)
preenchidas:
...e você quer e precisa... => O que você quer e
precisa?
...você percebe tão bem... => O que você
percebe tão bem?
Ou seja, o cliente gera Estruturas Profundas
com substantivos com índices referenciais relevantes
para sua experiência contínua nas posições em que
Erickson faz as exclusões não gramaticais. Nossa expe-
riência tem sido que, quando um cliente é apresentado
com um grande número dessas exclusões não grama-
ticais, ele parece desistir da tarefa de dar sentido à
comunicação por completo e seus mecanismos nor-
mais de processamento linguístico parecem emperrar.
Para construir sentenças utilizando esses prin-
1) Identifique a mensagem que você, como
hipnotizador, deseja que o cliente
compreenda inconscientemente;
 (3) Delete the nouns in the sentence formed
until
(a) the maximum number of nouns have been
removed, consistent with leaving the sentence well
formed in English; or
(b) As many of the nouns have been deleted as
the hypnotist desires, independent of whether the
resulting sentence is well formed or not.
Nominalizations
Linguists use the term nominalization to refer
to the result of the linguistic process of turning a Deep
Structure predicate into a Surface Structure noun. For
example, the words in italic type in the following list
are nominalizations: frustration – frustrate;
satisfaction – satisfy… he words which occur to the
right of these nominalizations are the non nominalized,
Surface Structure predicate forms of these Deep
Structure predicates. In general, when a speaker of
English uses a predicate in a Surface Structure in
predicate form, he must include information about the
things or people between whom the predicate is
describing the process. However, in the nominalized
form, there is no requirement that such information be
provided when the predicate is used. This allows the
speaker to avoid specifying what he is talking about.
This also provides the listener with a large number’s of
choices of how he will interpret or assign meaning to
the communication.
In the context of hypnotic work, the
nominalization assumes a positive value in that it
provides an occasion for the client to activate the
transderivational processes in his search for meaning
for the communication coming from the hypnotist. For
example, the client hears the hypnotist say: ... the
satisfaction... The Deep Structure representation of this
nominalization is: SA TISFY (someone/something,
someone, with some one/something).
In words, the Deep Structure process of
SATISFY involves a person or thing doing the
satisfying action, a person who is experiencing the
satisfaction, and someone or something which is the
occasion for the process of satisfying (the instrument).
Since none of these nouns appears in the Surface
Structure of Erickson's communication, the client's
recovered Deep Structure has no referential indices for
the nouns which are the parts of the Deep Structure
representation. He, therefore, activates the
transderivational search processes, literally, to make
meaning for himself, thereby selecting the most
2) Forme uma frase que transmita essa
mensagem;
3) Exclua os substantivos na frase formada até
a) o número máximo de substantivos foi
removido, consistente com deixar a
frase bem formada em inglês; ou
b) Tantos substantivos foram deletados
quanto o hipnotizador deseja,
independente de a sentença resultante
ser bem formada ou não.
Nominalizações
Os lingüistas usam o termo nominalização para
se referir ao resultado do processo linguístico de trans-
formar um predicado de Estrutura Profunda em um
substantivo de Estrutura Superficial. Por exemplo, as
palavras em itálico na lista a seguir são
nominalizações: frustração - frustrar; satisfação -
satisfazer ... As palavras que ocorrem à direita dessas
nominalizações são as formas predicativas da Estrutura
Superficial não nominalizadas desses predicados de
Estrutura Profunda. Em geral, quando um falante usa
um predicado em uma Estrutura Superficial na forma
de predicado, ele deve incluir informações sobre as
coisas ou pessoas entre as quais o predicado está
descrevendo o processo. No entanto, na forma nomi-
nalizada, não há exigência de que tais informações
sejam fornecidas quando o predicado é usado. Isso
permite que o falante evite especificar sobre o que está
falando. Isso também fornece ao ouvinte um grande
número de opções de como ele interpretará ou atribuirá
significado à comunicação.
No contexto do trabalho hipnótico, a nomina-
lização assume um valor positivo na medida em que
proporciona ao cliente a oportunidade de ativar os pro-
cessos transderivacionais em sua busca de sentido para
a comunicação vinda do hipnotizador. Por exemplo, o
cliente ouve o hipnotizador dizer: ...a satisfação... A
representação da Estrutura Profunda desta nomina-
lização é: SATISFAZER (alguém/algo com alguém /
algo).
O processo de Estrutura Profunda de
SATISFAÇÃO envolve uma pessoa ou coisa fazendo
a ação satisfatória, uma pessoa que está experi-
mentando a satisfação e alguém ou algo que é a ocasião
para o processo de satisfação (o instrumento). Uma vez
que nenhum desses substantivos aparece na estrutura
de superfície da comunicação de Erickson, a estrutura
profunda recuperada do cliente não tem índices
referenciais para os substantivos que são as partes da
representação da estrutura profunda. Ele, portanto,
ativa os processos de busca transderivacional, literal-
mente, para fazer sentido para si mesmo, selecionando
appropriate and relevant meaning from the set of Deep
Structures generated. Nominalizations are particularly
useful in pacing and leading a client's experience when
the experience is of the kind which has little
manifestation in the client's body movements, actions
and speech.
To construct sentences utilizing this technique,
the hypnotist may: o hipnotizador pode:
1) Identify the type of behavior into which he
wishes to pace or lead the client;
2) Form a sentence which uses the predicate
which describes the experience;
3) Delete all nouns and change the predicate
into its nominalized form.
In selecting the experience to be paced or
induced in the client's ongoing experience, the
hypnotist should be aware that there arc certain
predicates which describe or easily induce experiences
in clients in the context of hypnosis. As in the case of
mind reading, the selection of one of these predicates
will insure a successful communication between the
hypnotist and the client. Examples of these predicates
are: wonder, satisfy, learn, think, feel, etc.
Ambiguity
In the course of normal communication in
natural language, there is, usually, a premium placed
upon producing sentences which are non-ambiguous -
sentences which carry only one meaning. In the context
of hypnosis, the inverse is often the case. The skill with
which the hypnotist can produce sentences which are
ambiguous serves him well in his task of pacing and
leading the client in his trance work. Linguists have
characterized the linguistic phenomenon of ambiguity
formally as the situation in which a single sound
sequence or Surface Structure is associated with more
than one derivation and, therefore, more than one Deep
Structure. In visual form, we can represent ambiguity
as:
Surface structure
deep structure deep structure deep structure
1 2 n Profunda 1
We now move directly into the construction of
the four different types of ambiguity. ção dos quatro tipos diferentes de ambigüidade.
Phonological Ambiguity
assim o significado mais adequado e relevante do
conjunto de Estruturas Profundas geradas. Nomina-
lizações são particularmente úteis para acompanhar e
conduzir a experiência de um cliente quando a experi-
ência é do tipo que tem pouca manifestação nos movi-
mentos corporais, ações e fala do cliente.
Para construir sentenças utilizando esta técnica,
1) Identificar o tipo de comportamento para o
qual deseja acompanhar ou conduzir o
cliente;
2) Forme uma frase que use o predicado que
descreve a experiência; e
3) Exclua todos os substantivos e mude o pre-
dicado em sua forma nominalizada.
Ao selecionar a experiência a ser determinada
ou induzida na experiência contínua do cliente, o hip-
notizador deve estar ciente de que existem certos predi-
cados que descrevem ou facilmente induzem expe-
riências em clientes no contexto da hipnose. Como no
caso da leitura da mente, a seleção de um desses
predicados garantirá uma comunicação bem-sucedida
entre o hipnotizador e o cliente. Exemplos desses pre-
dicados são: maravilhar-se, satisfazer, aprender,
pensar, sentir etc.
Ambiguidade
No curso da comunicação normal em lingua-
gem natural, geralmente há um prêmio atribuído à
produção de sentenças que não são ambíguas – senten-
ças que carregam apenas um significado. No contexto
da hipnose, o inverso costuma ser premiado. A habili-
dade com a qual o hipnotizador pode produzir frases
ambíguas serve-lhe bem em sua tarefa de acompanhar
e conduzir o cliente em seu trabalho de transe. Os lin-
güistas caracterizaram o fenômeno linguístico da ambi-
güidade formalmente como a situação em que uma
única sequência sonora ou Estrutura Superficial está
associada a mais de uma derivação e, portanto, a mais
de uma Estrutura Profunda. Na forma visual, podemos
representar a ambigüidade como:
Estrutura Superficial
Estrutura Estrutura Estrutura
Profunda 2 Profunda n
Agora avançamos diretamente para a constru-
Ambiguidade Fonológica
 Phonological ambiguity depends upon the fact
that, in natural languages, the distinct meaning of
certain words or phrases is represented by the slime
sound sequence. Take, for example, the word duck.
Without any further context, the sound sequence duck
has two meanings - the noun meaning, which identifies
a class of birds, and a verb meaning, which describes a
quick movement of a certain type. In order for the
hypnotist to make use of phonological ambiguities, he
may:
Step 1 - Identify the message he wishes the
client to receive;
Step 2 - List the words which are involved in
the message; Step 3 - Check each word on the list to
determine whether any of them are phonologically
ambiguous (note here that it is critical for the hypnotist
either to say the words on the list aloud or to use an
internal auditory dialogue to say them as words which,
in their written, visual form are non-ambiguous, are
sometimes ambiguous when presented auditorily - e.g.,
here/ hear).
Step 4 - Use the ambiguous words in his
Surface Structures to the client, marking the words
analogically (see techniques of analogical marking in
the section on Lesser Included Deep Structure).
Syntactic Ambiguity
Syntactic ambiguities occur when the syntactic
function of a word cannot be uniquely determined from
the immediate context. For example, in the sentence:
They are visiting relatives… it is not possible to
determine whether the word visiting is functioning as a
Surface Structure verb to be grouped with the verb are
as in the example: They are visiting orange groves…
or whether it is functioning as a Surface Structure
adjective to be grouped with relatives, as in the
example: They are relatives who are visiting here with
us or They are traveling relatives.
A ambigüidade fonológica depende do fato de
que, nas línguas naturais, o significado distinto de cer-
tas palavras ou frases é representado pela sequência de
sons ‘escorregadios’. Tomemos, por exemplo, a
palavra passo. Sem qualquer contexto adicional, a
sequência de sons passo tem dois significados - o
significado do substantivo, que identifica o movimento
das pernas ao andar, e o significado do verbo, que
possui diversos significados, um transitivo direto, que
descreve um movimento de transpor, atravessar
(passamos o canteiro para entrar na casa) e transitivo
indireto entregar algo a alguém ou algo por algo (o
barco passa as mercadorias pelo rio). Para que o
hipnotizador faça uso de ambiguidades fonológicas,
ele pode:
Passo 1 – Identificar a mensagem que deseja
que o cliente receba;
Passo 2 - Listar as palavras que estão
envolvidas na mensagem;
Passo 3 – Verificar cada palavra na lista para
determinar se alguma delas é fonologicamente
ambígua (observe aqui que é fundamental para o
hipnotizador dizer as palavras da lista em voz alta ou
usar um diálogo auditivo interno para dizê-las como
palavras que, em sua forma escrita, visual não são
ambíguas, às vezes são ambíguas quando apresentadas
auditivamente - por exemplo, aqui/ouvir).
Passo 4 - Use as palavras ambíguas em suas
Estruturas Superficial para o cliente, marcando as
palavras analogicamente (ver técnicas de marcação
analógica na seção Estrutura Profunda Menor
Embutida).
Ambiguidade Sintática
Ambiguidades sintáticas ocorrem quando a
função sintática de uma palavra não pode ser determi-
nada exclusivamente a partir do contexto imediato. Por
exemplo, na frase: Eles estão encontrando parentes...
[N.T.: A tradução literal de visiting para visitando não
funcionaria como ambiguidade, pois implicaria
necessariamente que o sujeito – eles – se deslocaram
para encontrar parentes. Por isso, a mudança para
ECONTRANDO... que gera a ambiguidade... de Ele
terem ido encontrar seus parentes ou os parentes terem
se encontrado com eles] não é possível determinar se a
palavra ENCONTRAR está funcionando como um
verbo da Estrutura Superficial a ser agrupada com o
verbo estão como no exemplo: Eles estão
ECONTRANDO pomares de laranja... ou se está
funcionando como um adjetivo de Estrutura Super-
ficial para ser agrupado com parentes, como no
 exemplo: São parentes que estão nos ENCONTRAN-
DO aqui.
There are two forms of syntactic ambiguity Existem duas formas de ambigüidade sintática
which we have found in Erickson's work. These are: que encontramos na obra de Erickson. Esses são:
... Verb + ing + Noun Verbo + infinitivo/gerúndio + substantivo
... Flying planes can be dangerous ... Pilotar aviões pode ser perigoso
... Investigating FBI agents can be dangerous ... Investigar agentes do FBI pode ser perigoso.
They are murdering peasants... Eles estão assassinando camponeses...
…They are walking dogs... ... Eles estão andando com cachorros...
... Nominalization of Noun... Nominalização do substantivo
... The touch of the man... ...O toque do homem...
... The feeling of the couch... ...A sensação do sofá...
Each of these syntactically ambiguous forms Cada uma dessas formas sintaticamente ambí-
may be utilized by the hypnotist by using the following guas pode ser utilizada pelo hipnotizador usando o se-
construction procedure: guinte procedimento de construção:
Step 1 - Identify the message that you, as a Passo 1 - Identifique a mensagem que você,
hypnotist, wish the client to receive; como hipnotizador, deseja que o cliente receba;
Step 2 - Place the message into one of the Etapa 2 - Coloque a mensagem em uma das
syntactically ambiguous forms listed above. formas sintaticamente ambíguas listadas acima.
Scope Ambiguity Ambiguidade de escopo
Scope ambiguity occurs when it cannot be A ambigüidade de escopo ocorre quando não
determined from an inspection of the immediate pode ser determinado a partir de uma inspeção do
linguistic context how much is applied to that sentence contexto linguístico imediato quanto é aplicado a essa
by some other portion of that sentence. For example, frase por alguma outra parte dela. Por exemplo,
Erickson might say: I want you to draw me a picture of Erickson pode dizer: Quero que você me desenhe uma
yourself in the nude. imagem nua.
Here, the communication is ambiguous, as the Aqui, a comunicação é ambígua, já que o termo
phrase in the nude could apply equally well to the way ‘nua’ pode aplicar-se igualmente bem à maneira como
in which Erickson wants the listener to dress (or, rather, Erickson quer que o ouvinte se vista (ou, melhor, não
not dress) when drawing the picture or to the way in se vista) ao desenhar a imagem ou à maneira como o
which the listener is to portray himself in the picture he ouvinte deve retratar a imagem que ele desenha.
draws.
One of Erickson's favorite scope ambiguities is Uma das ambiguidades de escopo favoritas de
that associated with age regression. He will, in the Erickson é aquela associada à regressão de idade. Ele
course of an induction, look meaningfully at the client irá, no decorrer de uma indução, olhar significativa-
and say: ...speaking to you as a child... mente para o cliente e dizer: ... falando com você como
uma criança...
Here, of course, the ambiguity is whether the Aqui, é claro, a ambigüidade é se a frase como
phrase as a child refers to Erickson or to the client, uma criança se refere a Erickson ou ao cliente,
thus, the effect is a scope ambiguity which induces age portanto, o efeito é uma ambigüidade de escopo que
regression on the part of the client. induz regressão de idade por parte do cliente.
Punctuation Ambiguity Ambiguidade de pontuação
In this book, we have identified punctuation Neste livro, identificamos a ambigüidade de
ambiguity as the cases in which Erickson uses a pontuação como os casos em que Erickson usa uma
sequence of words which is the result of an overlap of sequência de palavras que é o resultado de uma sobre-
two wellformed Surface Structures sharing a word or posição de duas estruturas de superfície bem formadas
phrase. For example, Erickson might say: I want you to compartilhando uma palavra ou frase. Por exemplo,
notice your hand me the glass. Erickson pode dizer: Quero que você observe que está
me entregando o copo.
This ill-formed Surface Structure can be Esta Estrutura Superficial mal formada pode
decomposed into two well-formed Surface Structures ser decomposta em duas estruturas de superfície bem
with the shared pivot word hand: 5 I want you to notice formadas com a palavra pivô compartilhada mão:
your hand - Hand me the glass. Quero que você observe sua mão - Dê-me o copo.
[This type of punctuation ambiguity is [Este tipo de ambigüidade de pontuação é
mentioned in Grinder and Elgin, 1973, under the name mencionado em Grinder e Elgin, 1973, sob o nome de
of Overlap Deletion, a technique sometimes employed Deleção por sobreposição, uma técnica às vezes
in literary language and poetry.] empregada em linguagem literária e poesia.]
All cases of punctuation ambiguity result in ill- Todos os casos de ambiguidade de pontuação
formed Surface Structures. Our experience in using resultam em Estruturas Superificiais malformadas.
this technique is that it is very effective and that the Nossa experiência no uso desta técnica é que ela é
client, typically, either responds immediately to the muito eficaz e que o cliente, normalmente, responde
command given or stops processing with the normal imediatamente ao comando dado ou para o proces-
linguistic processes almost immediately. The hypnotist samento com os processos linguísticos normais quase
may construct sentences using this technique by: imediatamente. O hipnotizador pode construir frases
Step 1 - Identify the message you, as a usando esta técnica:
hypnotist, desire that the client receive; Passo 1 - Identifique a mensagem que você,
Step 2 - Check each of the words in the como hipnotizador, deseja que o cliente receba;
message to determine whether they are phonologically Passo 2 - Verifique cada uma das palavras da
ambiguous; mensagem para determinar se são fonologicamente
Step 3 - Form two sentences, one of which has ambíguas;
the phonologically ambiguous word as the last word in Passo 3 - Forme duas frases, uma das quais
the sentence, the second, a command, in which the tendo a palavra fonologicamente ambígua como última
ambiguous word occurs as the first word in the palavra da frase, a segunda, um comando, em que a
sentence; palavra ambígua ocorre como primeira palavra da
Step 4 - Delete the first word of the second frase;
sentence and say the entire sequence to the client. Passo 4 - Exclua a primeira palavra da segunda
frase e diga toda a sequência ao cliente.
You will help yourself to acquire this skill (as Você se ajudará a adquirir essa habilidade
well as the others presented here) by generating a set of (assim como as outras apresentadas aqui), gerando um
phonologically ambiguous words which occur conjunto de palavras fonologicamente ambíguas que
naturally in your work. One set which we have found ocorrem naturalmente em seu trabalho. Um conjunto
very useful are organ language (words which identify que consideramos muito útil é a linguagem do órgão
body parts and functions, e.g., hand, shoulder), (palavras que identificam partes do corpo e funções,
phonologically ambiguous words such as those listed por exemplo, mão, ombro), palavras fonologicamente
in Part II of this book in the section on ambiguity. ambíguas, como as listadas na Parte II deste livro, na
seção sobre ambigüidade.
Lesser Included Structures Estruturas Menores Embutidas
The linguistic analysis of Surface Structures A análise linguística das Estruturas Super-
claims that there is another level of representation ficiais afirma que há outro nível de representação dis-
available to native speakers/ listeners of the language - ponível para falantes / ouvintes nativos da língua - a
the meaning representation, or Deep Structure. For representação de significado ou Estrutura Profunda.
example, the Surface Structure: I hope that you feel Por exemplo, a Estrutura Superficial: Espero que você
better… includes two complete clauses in Deep se sinta melhor... inclui duas cláusulas completas em
Structure, one of which corresponds to the sentence: I Estrutura Profunda, uma das quais corresponde à frase:
hope X and one which corresponds to the sentence: you Espero X e outra que corresponde à frase: você se sinta
feel better. melhor.
We refer to this last clause as a lesser included
structure of the entire sentence. Erickson has succeeded
in making extensive and skillful use of this pattern in
his hypnotic work. There are three major types of lesser
included structures: Embedded Questions, Embedded
Commands, and Quotes.
Embedded Questions
In English, there are a number of predicates
which, naturally, have as their objects a complete
sentence which is characterized as a question. For
example, the predicates wonder, ask, question, am
curious, know, understand - all take a whether
complement clause: I wonder whether... I ask myself
whether... I am curious whether...
When a native speaker of English is asked the
question: Do you know where your knee is? he,
typically, responds either yes or no, and the
communication is complete at that point. However,
when the native speaker of English hears the embedded
question: I wonder whether you really know where
your knee is… since no response is asked for (no
question was asked; therefore, there is no need to
respond), he, typically, makes no direct response. Our
experience is that clients do, however, respond
covertly. In other words, when they hear an embedded
question, they tend to respond internally as though the
embedded question were asked directly. There are
several ways in which the hypnotist can utilize this
covert response. First, since he knows that the client is
responding to the embedded questions covertly, he
knows about a portion of the client's experience which
the client is unaware that he knows about - a perfect
situation for effective mind reading. Second, by
skillfully selecting the question which he embeds, the
hypnotist can lead the client in a direction which will
accomplish the objectives of the hypnotic work. The
following procedure will allow you to generate
embedded questions:
Step 1 - Identify the message which you, as a
hypnotist, wish the client to receive;
Step 2 - Form a question which will lead the
client to the message which you wish him to receive;
Step 3 - Embed the question within one of the
verbs listed above to form an embedded or indirect
question.
Referimo-nos a esta última cláusula como uma
estrutura embutida menor em toda a sentença. Erickson
conseguiu fazer uso extensivo e habilidoso desse pa-
drão em seu trabalho hipnótico. Existem três tipos
principais de estruturas menores embutidas: questões
embutidas, comandos embutidos e citações.
Questões embutidas
Há uma série de predicados que, naturalmente,
têm como objeto uma frase completa que se caracteriza
como uma pergunta. Por exemplo, os predicados ima-
gine, pergunte, questione, estou curioso, sei, entendo -
todos tomam uma cláusula complementar de se: Eu me
pergunto se ... Eu me pergunto se ... Estou curioso se
...
Quando se faz a pergunta a um falante nativo:
você sabe onde está seu joelho?... ele, normalmente,
responde sim ou não, e a comunicação está completa
nesse ponto. No entanto, quando o falante nativo de
ouve a pergunta embutida: Eu me pergunto se você
realmente sabe onde seu joelho está... já que nenhuma
resposta é solicitada (nenhuma pergunta foi feita;
portanto, não há necessidade de responder), ele,
normalmente, não dá uma resposta direta. Nossa
experiência é que os clientes, no entanto, respondem
secretamente. Em outras palavras, quando ouvem uma
pergunta embutida, eles tendem a responder interna-
mente como se a pergunta embutida fosse feita direta-
mente. Existem várias maneiras pelas quais o hipno-
tizador pode utilizar essa resposta secreta. Em primeiro
lugar, como ele sabe que o cliente está respondendo às
perguntas embutidas secretamente, ele sabe sobre uma
parte da experiência do cliente que o cliente não sabe
que conhece - uma situação perfeita para uma leitura
eficaz da mente. Em segundo lugar, ao selecionar
habilmente a pergunta que ele incorpora, o hipno-
tizador pode conduzir o cliente em uma direção que
cumprirá os objetivos do trabalho hipnótico. O
procedimento a seguir permitirá que você gere per-
guntas incorporadas:
Passo 1 - Identifique a mensagem que você,
como hipnotizador, deseja que o cliente receba;
Passo 2 - Formule uma pergunta que levará o
cliente à mensagem que deseja que ele receba;
Etapa 3 - Incorpore a pergunta em um dos
verbos listados acima para formar uma questão
incorporada ou indireta.
 This technique is rendered much more Esta técnica torna-se muito mais eficaz se
effective if combined with presuppositions and combinada com pressupostos e marcação analógica.
analogical marking.
Embedded Commands
As a hypnotist, one of the ways to determine
how responsive a client is at any given point in time is
to present him with a command to respond in some
way visible to you without the client's being aware that
you have given such a command. Presenting the
command in a covert way has all the other advantages
which we have mentioned previously; e.g., avoids the
authoritarian issue and, thereby, resistance; engages
active participation on the part of the client at the
unconscious level of behavior:
Step 1 - Identify some message to which you,
as a hypnotist, wish the client to respond;
Step 2 - Form a command with the message;
Step 3 - Find a Surface Structure which the
command will fit into without making the result
ungrammatical.
Again, the effectiveness of this technique is
increased dramatically when it is combined with
analogical marking. Examples of the result of this
process are: ... a tomato can, Joe, feel better... ... people
are able to learn quickly...
Quotes
In recounting our experiences to one another in
verbal communication, we sometimes choose to
present verbatim some of the conversation or verbal
exchange which we had with a person in the course of
our experiences. For example, in telling a story, we
may say something such as the following: ... Yeah, and
then he said to me, "Scratch your nose"...
The language material inside the quotes
(marked by voice change in the auditory presentation
is quoted material. It is understood by the listener at the
conscious level to be a command directed at someone
in the story not at the listener. However, the consistent
effect which Erickson obtains with quoted material (as
well as our own consistent experience with it) is the
same as though he had delivered the command directly
to the listener except that the listener responds
unconsciously. This tendency depends upon the
listener's tendency to commit an error of logical typing
at the unconscious level - that is, to respond to a
metastatement (the quoted material) as though it were
Comandos Embutidos
Como um hipnotizador, uma das maneiras de
determinar o quão responsivo um cliente é em qualquer
momento é apresentar a ele um comando para res-
ponder de alguma forma visível para você, sem que o
cliente saiba que você deu tal comando. Apresentar o
comando de forma oculta tem todas as outras van-
tagens que mencionamos anteriormente; por exemplo,
evita a questão autoritária e, assim, a resistência;
envolve a participação ativa por parte do cliente no
nível inconsciente de comportamento:
Passo 1 - Identifique alguma mensagem à qual
você, como hipnotizador, deseja que o cliente res-
ponda;
Passo 2 - Forme um comando com a mensa-
gem;
Passo 3 - Encontre uma Estrutura Superficial
na qual o comando se encaixará sem tornar o resultado
não gramatical.
Novamente, a eficácia desta técnica aumenta
drasticamente quando combinada com a marcação
analógica. Exemplos do resultado deste processo são:
...um tomate pode, Zé, sentir-se melhor... ...as pessoas
conseguem aprender rapidamente...
Citações
Ao relatarmos nossas experiências uns aos ou-
tros em comunicação verbal, às vezes optamos por
apresentar literalmente parte da conversa ou troca
verbal que tivemos com uma pessoa no decorrer de
nossas experiências. Por exemplo, ao contar uma
história, podemos dizer algo como o seguinte: ...Sim, e
então ele me disse: “Coça o nariz”...
O material de linguagem dentro das citações
(marcado pela mudança de voz na apresentação audi-
tiva é um material citado. É entendido pelo ouvinte no
nível consciente como um comando dirigido a alguém
na história e não ao ouvinte. No entanto, o efeito
consistente que Erickson obtém com o material citado
(bem como nossa própria experiência consistente com
ele) como se ele tivesse entregue o comando dire-
tamente ao ouvinte, exceto que o ouvinte responde
inconscientemente. Essa capacidade depende da ten-
dência do ouvinte de cometer um erro de lógica digitar
no nível inconsciente - isto é, para responder a uma
meta-citação (o material citado) como se estivesse em
at a different logical level (see Bateson). This
technique is extremely easy to use:
Step 1 - Identify the message which you, as a
hypnotist, desire the client to receive;
Step 2 - Form the message into a command;
Step 3 - Make up a story in which one of the
characters says the command(s) emphatically.
Common to each of these three techniques is a
dramatic increase in their effectiveness when they are
combined with analogical marking. Erickson typically
uses both his own movements and tempo and tonality
changes to mark different portions of the Surface
Structures he is uttering as a separate message. In this
way, he is able to present several messages - to activate
several Deep Structures simultaneously. Analogical
marking of verbal communication and analogical
communication more generally is a topic of Volume II
of this series. We will leave a fuller discussion of the
powerful techniques of Erickson until then.
The most basic strategy for analogical marking
as it is used by Erickson can be presented here
however:
Step 1 - Identify the message which you, as a
hypnotist, wish the client to receive;
Step 2 - Make up a series of sentences which
include as a proper subset all of the words which, if
they were extracted, would communicate the message
directly;
Step 3 - Mark the subset of words included in
the communication analogically (by tonal shifts, body
shifts, tempo shifts, etc.) to communicate the included
meaning.
Derived Meanings
As we stated before, when each of us uses a
natural language system to communicate, we assume
that the listener can decode complex sound sequences
into meanings, i.e., the listener has the ability to derive
the Deep Structure meaning from the Surface Structure
we present to him auditorily. In addition to the recovery
of Deep-Structure meaning from Surface-Structure
communication, we also assume the complex skill of
listeners to derive extra meaning from some Surface
Structures by the nature of their form. Even though
neither the speaker nor the listener may be aware of this
process, it goes on all of the time. For example, if
someone says: I want to watch Kung Fu tonight on
TV… we must understand that Kung Fu is on TV
um nível lógico diferente (ver Bateson). Esta técnica é
extremamente fácil de usar:
Passo 1 - Identifique a mensagem que você,
como hipnotizador, deseja que o cliente receba;
Etapa 2 - Transforme a mensagem em um
comando;
Passo 3 - Invente uma história em que um dos
personagens diga os comandos enfaticamente.
Comum a cada uma dessas três técnicas é um
aumento dramático em sua eficácia quando combi-
nadas com a marcação analógica. Erickson normal-
mente usa seus próprios movimentos e mudanças de
ritmo e tonalidade para marcar diferentes partes das
estruturas de superfície que ele está proferindo como
uma mensagem separada. Desta forma, ele é capaz de
apresentar várias mensagens - para ativar várias
estruturas profundas simultaneamente. A marcação
analógica da comunicação verbal e da comunicação
analógica de maneira mais geral é um tópico do
Volume II desta série. Vamos deixar uma discussão
mais completa sobre as poderosas técnicas de Erickson
até então.
A estratégia mais básica para marcação analó-
gica, conforme usada por Erickson, pode ser apresen-
tada aqui:
Passo 1 - Identifique a mensagem que você,
como hipnotizador, deseja que o cliente receba;
Passo 2 - Forme uma série de frases que
incluam como subconjunto próprio todas as palavras
que, se extraídas, comunicariam a mensagem direta-
mente;
Passo 3 - Marque o subconjunto de palavras
incluídas na comunicação analogicamente (por
mudanças tonais, mudanças corporais, mudanças de
ritmo etc.) para comunicar o significado embutido.
Significados Derivados
Como afirmamos antes, quando cada um de
nós usa um sistema de linguagem natural para se comu-
nicar, assumimos que o ouvinte pode decodificar se-
quências de sons complexas em significados, ou seja,
o ouvinte tem a capacidade de derivar o significado da
Estrutura Profunda da Estrutura Superficial que apre-
sentamos para ele auditivamente. Além da recuperação
do significado de Estrutura Profunda da comunicação
de Estrutura Superficial, também assumimos a
habilidade complexa dos ouvintes de derivar signi-
ficado extra de algumas Estruturas Superficiais pela
natureza de sua forma. Mesmo que nem o locutor nem
o ouvinte estejam cientes desse processo, ele ocorre o
tempo todo. Por exemplo, se alguém disser: Eu quero
tonight in order to process the sentence I want to assistir Kung Fu hoje à noite na TV... devemos
watch... to make any sense. These processes are called entender que Kung Fu está na TV hoje à noite para
presuppositions of natural language. processar a frase eu quero assistir... para fazer algum
sentido. Esses processos são chamados de pressupostos
da linguagem natural.
Another example of derived meaning is Outro exemplo de significado derivado é o pos-
conversational postulate: If you answer the phone and tulado de conversação: se você atender o telefone e al-
someone says to you, "Is Jane there?" you are expected guém lhe disser: “Jane está aí?” espera-se que você
to derive the meaning that they wish to speak to her. obtenha o significado de que eles desejam falar com
This is part of our ongoing experience of processing ela. Isso faz parte de nossa experiência contínua de
language. It also offers a resource for hypnotists to give processamento de linguagem. Também oferece um
suggestions in an indirect manner. recurso para que os hipnotizadores dêem sugestões de
maneira indireta.
Construction of Presuppositions Construção de pressuposições
The formal representation of what constitutes A representação formal do que constitui pres-
presuppositions in natural language is as follows: suposições em linguagem natural é a seguinte: Men-
Message A is a presupposition of Message B when sagem A é uma pressuposição da Mensagem B quando
Message A must be a true statement necessary for both a Mensagem A deve ser uma declaração verdadeira
Message B and the Message Not B: necessária para a Mensagem B e a Mensagem ‘Não B’:
A is a presupposition of B if B implies A and ~ A é uma pressuposição de B se B implicar A e
B implies A. ~ B implicam em A.
B=> I want to watch B => Eu quero assistir
A=> Kung Fu on TV tonight A => Kung Fu na TV hoje à noite

~B=> I don't want to watch ~B => não quero assistir

A=> Kung Fu on TV tonight
A where ~means negation
Both statements imply that Kung Fu is on TV
tonight. Therefore, A is a presupposition of B and not
B.
I want to know whether [B] you'll quit smoking
on Sunday or Monday [A]
I don't want to know whether [B] you'll quit
smoking on Sunday or Monday [A]
Procedure of Constructing Presuppositions
Step 1 - Identify the suggestion you, as a
hypnotist, wish to make;
Step 2 - Form a sentence with the suggestion in
it. Call this A;
Step 3 - Pick one of the syntactic environments
from the Appendix on Presuppositions at the end of
this volume. There are 32 from which to choose;
Step 4 - Imbed the sentence from Step 2 into
the syntactic environment you chose from the
Appendix.
A => Kung Fu na TV hoje à noite
Onde ~ significa negação
Ambas as declarações implicam que Kung Fu
está na TV esta noite. Portanto, A é uma pressuposição
de B e ~B.
Quero saber se [B] você vai parar de fumar no
domingo ou na segunda-feira [A].
Não quero saber se [B] você vai parar de fumar
no domingo ou na segunda-feira [A].
Procedimento de construção de pressuposições
Passo 1 - Identifique a sugestão que você, como
hipnotizador, deseja fazer;
Passo 2 - Forme uma frase com a sugestão nela.
Chame isso de A;
Etapa 3 - Escolha um dos ambientes sintáticos
do Apêndice sobre pressuposições no final deste
volume. Existem 32 para escolher;
Etapa 4 - Incorpore a frase da Etapa 2 no
ambiente sintático que você escolheu no Apêndice.
 The result will be a presupposition. Erickson
uses presuppositions in almost every aspect of his
work, and they arc most useful and effective: Will your
unconscious mind let your conscious [mind] know
what this terrible thing is in five minutes or in ten
minutes?
Construction of Conversational Postulates
There are two classes of conversational
postulates. The first class is formally represented as
follows:
[A] is a conversational postulate when A is
a Yes/No question constructed from a
presupposition,
[B] is the sentence, “I want you to open the
door” or “Open the door”. [B] has the
presuppositions:
1) You can open the door.
2) The door is closed.
O resultado será uma pressuposição. Erickson
usa pressuposições em quase todos os aspectos de seu
trabalho, e elas são muito úteis e eficazes: Sua mente
inconsciente deixará sua [mente]consciente saber o
que é essa coisa terrível em cinco ou dez minutos?
Construção de Postulados Conversacionais
Existem duas classes de postulados conversa-
cionais. A primeira classe é formalmente representada
da seguinte forma:
[A] é um postulado conversacional quando A é
uma pergunta Sim / Não construída a partir de uma pré-
suposição,
[B] é a frase, “Eu quero que você abra a porta”
ou “Abra a porta”. [B] tem as pré-suposições:
1) Você pode abrir a porta.
2) A porta está fechada.

So a conversational postulate can be construc- Portanto, um postulado conversacional pode

ted by changing (1) or (2) into a Yes/No question form. ser construído mudando (1) ou (2) para um formulário
Can you open the door? de pergunta Sim/Não.
Is the door closed? Você pode abrir a porta?
A porta está fechada?
The conversational postulate derived meaning O significado derivado do postulado
is [B], "Open the door." conversacional é [B], "Abra a porta".
Conversational postulate examples, first type: Exemplos de postulados conversacionais, pri-
Can you focus your eyes on that spot meiro tipo:
[COMMAND] => Focus your eyes on that spot. Você pode focar seus olhos naquele ponto
Will your eyes dose tightly? [COMMAND] => [COMANDO] => Foque seus olhos naquele ponto.
Close your eyes tightly. Seus olhos ficarão fechados com força?
[COMMAND] => Feche os seus olhos com força.
Construction procedures, first type: Procedimentos de construção, primeiro tipo:
Step 1 - Identify suggestion you want to give; Passo 1 - Identifique a sugestão que deseja dar;
Step 2 - Make the suggestion a command; Passo 2 - Faça a sugestão de um comando;
Step 3 - Pick out one of the presuppositions of Passo 3 - Escolha um dos pressupostos do
the command; comando;
Step 4 - Form a Yes/No question from one of Passo 4 - Forme uma pergunta Sim/Não a partir
the presuppositions of the command. de um dos pressupostos do comando.
The result will be a conversational postulate. O resultado será um postulado conversacional.
The second class of conversational postulates A segunda classe de postulados conversacio-
are Surface Structures such as: nais são Estruturas Superficiais, como:
(1) There's no need to move. (1) Não há necessidade de se mover.
(2) You don't have to talk. (2) Você não precisa falar.
(3) You can see her. (3) Você pode vê-la.
(4) You may go now. (4) Você pode ir agora.
 Examples (1) and (2) are slightly different in
form from (3) and (4). The first two are examples of
negative conversational postulates represented
formally as: Any negation followed by a modal
operator of necessity and then X is understood to mean
not X; Not X No need to move then implies don't move
It isn't necessary to talk = don't talk… The modal
operator is dropped and the negation plus X are the
derived meaning.
Examples (3) and (4) are positive
conversational postulates which can be represented
formally as:
Any modal operator of possibility followed by
X implies X …You can smile implies smile…
…You may speak now implies speak now…
Both are similar in that they carry the same
meaning with or without the modal operators.
Construction of negatives:
Step 1 - Identify suggestion: Keep arm
suspended in air after it has been lifted;
Step 2 - Form a command: Don't put your arm
down;
Step 3 - Embed command by inserting modal
operator of necessity between negation and command:
Not necessary to put your arm down.
Construction procedure for positives:
Step 1 - Identify suggestion: Open eyes.
Step 2 - Make command out of suggestion:
Open your eyes, Steve. sugestão: Abra os olhos, Steve.
Step 3 - Imbed modal operator of possibility:
You can open your eyes, Steve. imbed: Você pode abrir os olhos, Steve.
Further examples of this class:
No need to remember => Negative: no
remember any thing.
You can forget this => Positive: forget this.
It can be a boring task to remember =>
Positive: boring task to remember.
It's not necessary to hear anyone else’s voice
=> Negative: no hear anyone else's voice.
Os exemplos (1) e (2) são ligeiramente diferen-
tes na forma de (3) e (4). Os dois primeiros são
exemplos de postulados conversacionais negativos
representados formalmente como:
Qualquer negação seguida por um operador
modal de necessidade e então X é entendido como
significando não X;
~X
Não há necessidade de se mover, então implica
em não se mover.
Não é necessário falar é igual a não falar.
O operador modal é descartado e a negação
mais X são o significado derivado.
Os exemplos (3) e (4) são postulados conversa-
cionais positivos que podem ser representados formal-
mente como:
Qualquer operador modal de possibilidade
seguido por X implica em X ...Você pode sorrir...
implica em sorrir; ...Você pode falar agora... implica
em falar agora.
Ambos são semelhantes no sentido de que
carregam o mesmo significado com ou sem os opera-
dores modais.
Construção de negativos:
Passo 1 - Identifique a sugestão: Mantenha o
braço suspenso no ar após ter sido levantado;
Passo 2 - Forme um comando: Não abaixe o
braço;
Etapa 3 - Comando incorporado inserindo o
operador modal de necessidade entre a negação e o
comando: Não é necessário abaixar o braço.
Procedimento de construção para positivos:
Etapa 1 - Identificar a sugestão: Abra os olhos.
Passo 2 - Dê um comando com base na
Passo 3 - Possibilidade de operador modal
Outros exemplos desta classe:
Não há necessidade de lembrar => Negativo:
não lembra de nada.
Você pode esquecer isso => Positivo: esqueça
isso.
Pode ser uma tarefa chata de lembrar =>
Positivo: tarefa chata de lembrar.
Não é necessário ouvir a voz de ninguém =>
Negativo: não é necessário ouvir a voz de ninguém.
 You don't have to listen me => Negative: no
listen.
Your unconscious minds can hear me =>
Unconscious: hear me.
Conversational postulates are an extremely
effective form of suggestion when used by Erickson (or
by you). They utilize the processing of information at
nonconscious levels in ways to which people are very
used to responding. And, although they do not sound
like commands, they are a form of command to which
we all respond almost every day.
The common features of the two categories of
presuppositions and conversational postulates are: de pressuposições e postulados conversacionais são:
a) They allow the hypnotist to instruct the
client without directly stating the
instructions;
b) They allow the client to respond selectively
without reducing the effectiveness of the
hypnotist's induction or deep trance
instruction's;
c) They depend for their effectiveness upon
an additional processing on the part of the
client - involving him even more actively
in the process.
Summary of Part III
The linguistic patterns presented in a step-by-
step manner in this part of Volume I constitute the basic
foundations of Milton Erickson's use of language in his
work with hypnosis. The next level of patterning is the
way these lower level patterns are used in combination
with each other to achieve the desired level of trance
and the desired outcome of the suggested phenomenon
(anastesia, control of pain, access to memory, weight
loss, age regression, psychotherapeutic goals, etc.).
Erickson's use of these patterns in combination
demonstrates creative, consistent, and effective use at
this meta-level of organization. The basic meta-
patterns of:
a) Pace and then lead;
b) Distract and utilize dominant
hemisphere;
c) Access non-dominant hemisphere;
have been presented already and are useful
principles for organizing your own hypnotic work.
There are an infinite number of choices of how the first
order patterns may be put together. Erickson's creative
use of these patterns in a large variety of contexts
demonstrates his sensitive and ingenious use of these
Você não tem que me ouvir => Negativo: não
ouvir.
Suas mentes inconscientes podem me ouvir =>
Inconsciente: me ouvir.
Postulados conversacionais são uma forma
extremamente eficaz de sugestão quando usados por
Erickson (ou por você). Eles utilizam o processamento
de informações em níveis inconscientes de maneiras
que as pessoas estão acostumadas a responder. E,
embora não soem como comandos, são uma forma de
comando a que todos respondemos quase todos os dias.
As características comuns das duas categorias
a) Permitem que o hipnotizador instrua o cli-
ente sem indicar diretamente as instruções;
b) Eles permitem que o cliente responda sele-
tivamente sem reduzir a eficácia da
indução do hipnotizador ou das instruções
de transe profundo;
c) Dependem, para sua eficácia, de um
processamento adicional por parte do
cliente – envolvendo-o ainda mais ativa-
mente no processo.
Resumo da Parte III
Os padrões linguísticos apresentados passo a
passo nesta parte do Volume I constituem os funda-
mentos básicos do uso da linguagem por Milton
Erickson em seu trabalho com a hipnose. O próximo
nível de padronização é a maneira como esses padrões
de nível inferior são usados em combinação uns com
os outros para atingir o nível desejado de transe e o
resultado desejado do fenômeno sugerido (anestesia,
controle da dor, acesso à memória, perda de peso,
regressão de idade , objetivos psicoterapêuticos etc.).
O uso que Erickson faz desses padrões em combinação
demonstra o uso criativo, consistente e eficaz nesse
metanível da organização. Os meta-padrões básicos de:
a) Acompanhe e depois conduza;
b) Distrair e utilizar o hemisfério dominante;
c) Acessar hemisfério não dominante;
já foram apresentados e são princípios úteis
para organizar seu próprio trabalho hipnótico. Há um
número infinito de opções de como os padrões de
primeira ordem podem ser colocados juntos. O uso
criativo desses padrões por Erickson em uma grande
variedade de contextos demonstra seu uso sensível e
infinite complexities. The various ways in which all of
these patterns can be put together, and how Erickson
has put them together, arc too numerous to mention in
this first volume. However, there are some simple
meta-patterning principles which will assist you in
organizing your experience in combining these lower
level patterns in a way which will most effectively
assist you in achieving your desired purpose, while at
the same time leaving you maximal room to use your
own creativity to construct inductions which will fit
your own style and needs as a practitioner of hypnosis.
Most Highly Valued Induction and Suggestion
The notion of most highly valued induction and
suggestion is that the induction and suggestion which
use the lower level patterns to achieve the maximal
amount of:
a) Pacing
b) Distracting
c) Utilization of dominant hemisphere
functions
d) Accessing of non-dominant hemisphere
with the least amount of words, at the same
time being consistent with the client's model of the
world. Any verbalizations meeting these criteria will
be most highly valued. Of course, this depends upon
the context and purpose of the hypnotic induction and
suggestion. There are two principal ways to construct
a highly valued induction and suggestion.
1. Intersection of Unconscious Meanings
The principle of intersection of non-conscious
meanings is that inductions and suggestions will be
most effective when the Deep Structure meanings that
are activated (not the ones represented consciously) by
transderivational search, ambiguity, lesser included
structure, derived meanings, analogical marking, and
causal modeling statements interact, i.e., all give the
same suggestion. As a result, the suggestion is most
likely to be accepted and acted upon by the client. For
example: If one of the Deep Structures from an
ambiguity is message P, one of the lesser included
Deep Structures is P, one of derived Deep Structures is
P, an analogically marked message is P, and a Deep
Structure activated transderivational is P, then the
unconscious meanings maximally intersect and
message P will be accepted and acted upon by the
client.
engenhoso dessas complexidades infinitas. As várias
maneiras pelas quais todos esses padrões podem ser
reunidos, e como Erickson os juntou, são numerosas
demais para serem mencionadas neste primeiro
volume. No entanto, existem alguns princípios de
meta-padrões simples que o ajudarão a organizar sua
experiência na combinação desses padrões de nível
inferior de uma forma que o ajudará mais efetivamente
a alcançar seu propósito desejado, ao mesmo tempo
que lhe deixa espaço máximo para usar sua própria
criatividade para construir induções que se encaixem
em seu próprio estilo e necessidades como praticante
de hipnose.
Sugestão e indução potencializada
A noção de indução e sugestão potencializada
é que a indução e a sugestão usam os padrões de nível
inferior para atingir a quantidade máxima de:
a) Ritmo
b) Distração
c) Utilização das funções do hemisfério do-
minante
d) Acesso ao hemisfério não dominante
com o mínimo de palavras, ao mesmo tempo
que condiz com o modelo de mundo do cliente. Quais-
quer verbalizações que atendam a esses critérios serão
potencializadas. Claro, isso depende do contexto e do
propósito da indução e sugestão hipnótica. Existem
duas maneiras principais de construir uma indução e
uma sugestão altamente potencializada.
1. Intersecção de singificados inconscientes
O princípio da interseção de significados não-
conscientes é que induções e sugestões serão mais
eficazes quando os significados da Estrutura Profunda
que são ativados (não aqueles representados consci-
entemente) pela busca transderivacional,
ambiguidade, estrutura menor embutida,
significados derivados, marcação analógica e as
declarações de modelagem causal interagem, ou seja,
todas dão a mesma sugestão. Como resultado, é mais
provável que a sugestão seja aceita e posta em prática
pelo cliente. Por exemplo: Se uma das Estruturas
Profundas de uma ambigüidade for a mensagem P,
uma das Estruturas Profundas menor embutidas é P,
uma das Estruturas Profundas derivadas é P, uma
mensagem marcada analogicamente é P, e uma busca
transderivacional ativada pela Estrutura Profunda é P,
então, os significados inconscientes se cruzam ao
máximo e a mensagem P será aceita e posta em prática
pelo cliente.
 2. Maximal Direction
The principle of maximal direction is that the
unified action of combining lower level patterns will
serve to pace the client's experience while distracting
the dominant hemisphere by utilizing the modeling
processes of that hemisphere and, simultaneously, also
serving to access the non-dominant hemisphere. This
principle is stated as: If the hypnotist uses the level-one
patterns to activate a set of unconsciously generated
and accepted meanings represented by messages PI,
P2, P3,... Pn for each pair of messages, P2 and Pj, there
is no conflict (they are consistent), then the overall
effect is maximal direction. The set of unconscious
messages reinforce one another and should proceed in
an increasingly meaningful direction toward the
desired goal; that is, Pj should not only not negate any
other Pk, but PI should be the logical step leading to
P2. This is probably the most important factor in
expediating hypnotic work.
The reader will have noticed that, following
each of the patterns of Erickson's work which we
extract in Part II of this volume, we have included the
same short paragraph, with, in italic type, the
expressions which were examples of the patterns
which we had just finished describing. This paragraph,
then, is an excellent example of the higher level
patterning - the principles of the most highly valued
induction and suggestion, especially intersection and
maximal overlap. We repeat the same paragraph again
for the convenience of the reader.
The writer immediately seized upon this last
comment as the basis for the initial cooperation with
him. He was told, "Please proceed with an account of
your ideas and understanding, permitting me only
enough interruptions to insure that I understand fully
and that I follow along with you. For example, you
mentioned the chair but obviously you have seen my
desk and have been distracted by the objects on it.
Please explain fully.
He responded verbosely with a wealth of more
or less connected comments about everything in sight.
At every slight pause, the writer interjected a word or
phrase to direct his attention anew. These interruptions,
made with increasing frequency, were as follows:
And that paperweight; the filing cabinet; your
foot on the rug; the ceiling light; the draperies; your
right hand on the arm of the chair; the pictures on the
wall; the changing focus of your eyes as you glance
about; the interest of the book titles; the tension in your
2. Direcionamento Máximo
O princípio do direcionamento máximo é que a
ação unificada de combinar padrões de nível inferior
servirá para ritmar a experiência do cliente enquanto
distrai o hemisfério dominante, utilizando os processos
de modelagem daquele hemisfério e, simultaneamente,
servindo também para acessar o hemisfério não domi-
nante. Este princípio é declarado como: Se o hipnoti-
zador usa os padrões de nível um para ativar um con-
junto de significados gerados inconscientemente e
aceitos representados pelas mensagens P1, P2, P3... Pn
para cada par de mensagens, P2 e Pj, não há nenhum
conflito (eles são consistentes), então o efeito geral é o
direcionamento máxima. O conjunto de mensagens
inconscientes reforça-se mutuamente e deve prosseguir
em uma direção cada vez mais significativa em direção
ao objetivo desejado; isto é, Pj não deve apenas não
negar qualquer outro Pk, mas P1 deve ser o passo
lógico que leva a P2. Este é provavelmente o fator mais
importante para acelerar o trabalho hipnótico.
O leitor terá notado que, seguindo cada um dos
padrões do trabalho de Erickson que extraímos na Parte
II deste volume, incluímos o mesmo parágrafo curto,
com, em itálico, as expressões que eram exemplos dos
padrões que tínhamos acabado de descrever. Este
parágrafo, então, é um excelente exemplo da
padronização de nível superior - os princípios da
indução e sugestão mais valorizadas, especialmente a
interseção e a sobreposição máxima. Repetimos o
mesmo parágrafo novamente para a conveniência do
leitor.
O escritor imediatamente aproveitou este últi-
mo comentário como base para a cooperação inicial
com ele. Disseram a ele: “Por favor, prossiga com um
relato de suas idéias e compreensão, permitindo-me
apenas interrupções suficientes para garantir que en-
tendo totalmente e que acompanho você. Por exemplo,
você mencionou a cadeira, mas obviamente viu minha
mesa e foram distraídos pelos objetos nele. Explique
completamente.
Ele respondeu de forma detalhada, com muitos
comentários mais ou menos relacionados sobre tudo o
que estava à vista. A cada pequena pausa, o escritor
interpunha uma palavra ou frase para dirigir
novamente sua atenção. Essas interrupções, feitas com
frequência crescente, foram as seguintes:
E aquele peso de papel; o arquivo; seu pé no
tapete; a luz do teto; as cortinas; sua mão direita no
braço da cadeira; as fotos na parede; a mudança de
foco de seus olhos enquanto você olha em volta; o inte-
resse dos títulos dos livros; a tensão em seus ombros;
shoulders; the feeling of the chair; the disturbing
noises and thoughts; weight of hands and feet; weight
of problems, weight of desk; the stationary stand; the
records of many patients; the phenomena of life, of
illness, of emotion, of physical and mental behavior;
the restfulness of relaxation; the need to attend to one's
needs; the need to attend to one's tension while looking
at the desk or the paperweight or the filing cabinet; the
comfort of withdrawal from the environment; fatigue
and its development; the unchanging character of the
desk; the monotony of the filing cabinet; the need to
take a rest; the comfort of closing one's eyes; the
relaxing sensation of a deep breath; the delight of
learning passively; the capacity for intellectual
learning by the unconscious.
Various other similar brief interjections were
offered, slowly at first and then with increasing foram oferecidas, lentamente no início e depois com
frequency. frequência crescente.
Initially, these interjections were merely
supplementary to the patient's own train of thought and
utterances. At first, the effect was simply to stimulate
him to further effort. As this response was made, it
became possible to utilize his acceptance of stimulation
of his behavior by a procedure of pausing and
hesitating in the completion of an interjection. This
served to effect in him an expectant dependency upon
the writer for further and more complete stimulation.
(1967, p. 33)
Clearly, the medical practitioner will have a
different purpose in mind than psychotherapists, who
will have a different goal than the dental practitioner,
and so on. However, the notion of most highly valued
induction will exist in each context. Faster inductions
will make hypnosis a more practical tool for every
practitioner and deeper trances, although not always
required, will open new horizons for the application of
hypnosis in other fields. The form of highly valued
inductions will remain constant, although the content
will vary in relationship to your purposes and the client
with whom you are working. Explicit patterns of these
inductions will be presented in Volume II. As we stated
before, this work constitutes only a few of the many
patterns of behavior used so effectively by Milton
Erickson in his work with hypnosis. Although this
work may represent only a part of what Erickson has to
offer, the patterns presented here arc effective in and of
themselves. Study and experimentation in your own
experience will reveal that the preceding patterns offer
you a vast resource to enrich your skill in hypnotic
activity and a foundation for you to further explore
your own potentials. Volume II is on the way. The
study of Erickson's work has been an incredible
a sensação da cadeira; os ruídos e pensamentos
perturbadores; peso das mãos e pés; peso dos proble-
mas, peso da mesa; o suporte estacionário; os regis-
tros de muitos pacientes; os fenômenos da vida, da
doença, da emoção, do comportamento físico e men-
tal; a tranquilidade do relaxamento; a necessidade de
atender às próprias necessidades; a necessidade de
cuidar da própria tensão ao olhar para a mesa, o peso
de papel ou o arquivo; o conforto da retirada do meio
ambiente; fadiga e seu desenvolvimento; o caráter
imutável da mesa; a monotonia do arquivo; a neces-
sidade de descansar; o conforto de fechar os olhos; a
sensação relaxante de uma respiração profunda; o
prazer de aprender passivamente; a capacidade de
aprendizagem intelectual pelo inconsciente.
Várias outras breves interjeições semelhantes
Inicialmente, essas interjeições eram mera-
mente complementares à linha de pensamento e de de-
clarações do próprio paciente. No início, o efeito era
simplesmente estimulá-lo a mais esforços. Quando
essa resposta foi dada, tornou-se possível utilizar sua
aceitação da estimulação de seu comportamento por
um procedimento de pausa e hesitação na conclusão de
uma interjeição. Isso serviu para efetuar nele uma
dependência expectante do escritor para um estímulo
posterior e mais completo. (1967, p. 33)
Claramente, o médico terá um propósito dife-
rente em mente do que os psicoterapeutas, que terão
um objetivo diferente do dentista e assim por diante.
No entanto, a noção de indução mais valorizada exis-
tirá em cada contexto. Induções mais rápidas farão da
hipnose uma ferramenta mais prática para todos os
praticantes e transes mais profundos, embora nem
sempre sejam necessários, abrirão novos horizontes
para a aplicação da hipnose em outros campos. A
forma de induções altamente valorizadas permanecerá
constante, embora o conteúdo varie em relação aos
seus objetivos e ao cliente com quem você está traba-
lhando. Os padrões explícitos dessas induções serão
apresentados no Volume II. Como afirmamos antes,
este trabalho constitui apenas alguns dos muitos pa-
drões de comportamento usados com tanta eficácia por
Milton Erickson em seu trabalho com a hipnose.
Embora este trabalho possa representar apenas uma
parte do que Erickson tem a oferecer, os padrões apre-
sentados aqui são eficazes por si próprios. O estudo e a
experimentação em sua própria experiência revelarão
que os padrões anteriores lhe oferecem um vasto
recurso para enriquecer sua habilidade na atividade
hipnótica e uma base para explorar ainda mais seus
learning experience for us - we hope it will prove to be próprios potenciais. O Volume II está a caminho. O
fascinating and useful for you.
Epilogue
This volume is the first in a series of studies of
the patterns of hypnotic techniques employed by
Milton H. Erickson. In this first volume, we have
focused primarily on the verbal patterns which~
Erickson uses in his work. Furthermore, our emphasis
here has been on the portions of his work dealing with
the induction of trance and the use of suggestion for
assisting the client in accomplishing the objectives of
trance work. We intend to shift the emphasis of the
future volumes to other patterns - the Table of Contents
which we include for Volume II of Patterns will give
the reader some notion of this future emphasis.
The patterns of Erickson's work which we
make explicit in this first volume are neutral with
respect to their application that is, they are of equal
value and potency in their medical, dental and
psychotherapeutic forms. Common to the use of
hypnosis in each of these three areas is that, during a
trance induction and the subsequent trance work
employing the powerful Erickson patterns which we
have modeled in this volume, the client is assisted in
achieving an altered state of consciousness in which
communication between the hypnotist and the client
occurs and dramatic and far-reaching changes may be
initiated by the client without the awareness of the
client's conscious mind. From our work both in therapy
and in hypnosis we understand and accept the value of
sorting or separating portions of the client's
consciousness which assists the client in making the
changes which he desires. However, will work in both
arcas, we insist upon working with the client to
integrate the changes made in one state of
consciousness with his skills and resources in other
states of consciousness, thereby leaving the client with
a coordinated, unified and integrated model of the
world on which to make choices which guide his
behavior. In Chapter Six of Magic I and Part Two of
Magic II, we go into great detail in presenting both
examples and principles which underlie the integration
of changes which clients succeed in making in therapy.
Thus, what we wish to point out clearly to those who
intend to use the powerful patterns which we have
extracted and modeled from Erickson's work is that the
use of these patterns includes the presupposition that
the client may communicate and initiate changes of
which one portion of his consciousness has no
estudo do trabalho de Erickson foi uma experiência de
aprendizado incrível para nós - esperamos que seja
fascinante e útil para você.
Epílogo
Este volume é o primeiro de uma série de estu-
dos sobre os padrões de técnicas hipnóticas empre-
gadas por Milton H. Erickson. Neste primeiro volume,
enfocamos principalmente os padrões verbais que
Erickson usa em sua obra. Além disso, nossa ênfase
aqui tem sido sobre as partes de seu trabalho que lidam
com a indução do transe e o uso da sugestão para
auxiliar o cliente a cumprir os objetivos do trabalho de
transe. Pretendemos deslocar a ênfase dos volumes
futuros para outros padrões - o índice que incluímos no
Volume II de Padrões dará ao leitor alguma noção
dessa ênfase futura.
Os padrões do trabalho de Erickson que torna-
mos explícitos neste primeiro volume são neutros no
que diz respeito à sua aplicação, isto é, eles são de igual
valor e potência em suas formas médica, odontológica
e psicoterapêutica. Comum ao uso da hipnose em cada
uma dessas três áreas é que, durante uma indução de
transe e o trabalho de transe subsequente empregando
os poderosos padrões de Erickson que modelamos
neste volume, o cliente é ajudado a atingir um estado
alterado de consciência no qual a comunicação entre o
hipnotizador e o cliente ocorre e mudanças dramáticas
e de longo alcance podem ser iniciadas pelo cliente sem
a percepção de sua mente consciente. Com base em
nosso trabalho tanto na terapia quanto na hipnose,
entendemos e aceitamos o valor de classificar ou sepa-
rar partes da consciência do cliente que o auxilia a fazer
as mudanças que deseja. No entanto, trabalharemos em
ambos os arcos, insistimos em trabalhar com o cliente
para integrar as mudanças feitas em um estado de
consciência com suas habilidades e recursos em outros
estados de consciência, deixando assim o cliente com
um modelo coordenado, unificado e integrado do
mundo no qual fazer escolhas que orientam seu
comportamento. No Capítulo Seis de A Estrutura da
Magia I e na Parte Dois de A Estrutura da Magia II,
detalhamos a apresentação de exemplos e princípios
que fundamentam a integração das mudanças que os
clientes conseguem realizar na terapia. Assim, o que
desejamos apontar claramente para aqueles que pre-
tendem usar os padrões poderosos que extraímos e mo-
delamos do trabalho de Erickson é que o uso desses
padrões inclui a pressuposição de que o cliente pode
comunicar e iniciar mudanças das quais uma parte da
awareness; in other words, the use of these hypnotic
patterns includes the disassociation of a portion of the
client's model of the world. The use of these powerful
techniques requires that the hypnotist assist the client
in reintegrating his model fully before the hypnotic
relationship is ended. In this way, the client truly comes
to control his behavior and has available the choices
which he entered the hypnotic relationship to secure for
himself. Erickson has made this point over and over
again in his work and writings - we endorse completely
his statement:
Another common oversight in hypnotic
psychotherapy lies in the lack of appreciation of the
separateness or the possible mutual exclusiveness of
the conscious and the unconscious (or subconscious)
levels of awareness. Yet, all of us have had the
experience of having a word or a name "on the tip of
the tongue" but being unable to remember it so that it
remained unavailable and inaccessible in the
immediate situation. Nevertheless, full knowledge
actually existed within the unconscious, but
unavailably so to the conscious mind.
In hypnotic psychotherapy, too often, suitable
therapy may be given to the unconscious but with the
failure by the therapist to appreciate the tremendous
need of either enabling the patient to integrate the
unconscious with the conscious, or, of making the new
understandings of the unconscious fully accessible,
upon need, to the conscious mind. Comparable to this
failure would be an appendectomy with failure to close
the incision. It is in this regard that many arm-chair
critics naively denounce hypnotic psychotherapy as
without value since "it deals only with the
unconscious." Additionally, there is even more
oversight of the fact, repeatedly demonstrated by
clinical experience, that in some aspects of the patient's
problem direct reintegration under the guidance of the
therapist is desirable; in other aspects, the
unconscious should merely be made available to the
conscious mind, thereby permitting a spontaneous
reintegration free from any immediate influence by the
therapist. Properly, hypnotherapy should be oriented
equally about the conscious and unconscious, since the
integration of the total personality is the desired goal
in psychotherapy.
Milton H. Erickson, Hypnotic Psychotherapy,
1948, pp. 575 and 576
We are aware that simply pointing out the
necessity of integration as the final step in the use of a necessidade de integração como a etapa final no uso
hypnosis is not adequate; rather, an explicit model of da hipnose não é adequado; em vez disso, é necessário
the way in which the hypnotist may assist the client in um modelo explícito da maneira como o hipnotizador
sua consciência não tem percepção; em outras pala-
vras, o uso desses padrões hipnóticos inclui a disso-
ciação de uma parte do modelo de mundo do cliente. O
uso dessas técnicas poderosas requer que o hipnoti-
zador ajude o cliente a reintegrar totalmente seu mo-
delo antes que o relacionamento hipnótico termine.
Desse modo, o cliente realmente passa a controlar seu
comportamento e tem à sua disposição as opções que
estabeleceu para si mesmo na relação hipnótica.
Erickson enfatizou isso repetidamente em seu trabalho
e em seus escritos - endossamos completamente sua
declaração:
Outro descuido comum na psicoterapia hipnó-
tica reside na falta de apreciação da separação ou da
possível exclusividade mútua dos níveis de consciência
e inconsciente (ou subconsciente). No entanto, todos
nós já tivemos a experiência de ter uma palavra ou um
nome “na ponta da língua”, mas ser incapazes de
lembrá-lo, de modo que permaneceu indisponível e
inacessível na situação imediata. No entanto, o
conhecimento total realmente existia dentro do incons-
ciente, mas inevitavelmente para a mente consciente.
Na psicoterapia hipnótica, muitas vezes, a
terapia adequada pode ser administrada ao incons-
ciente, mas com o fracasso do terapeuta em avaliar a
tremenda necessidade de permitir ao paciente integrar
o inconsciente com o consciente, ou de fazer novos
entendimentos do inconsciente totalmente acessível,
conforme a necessidade, à mente consciente. Compa-
rável a esta falha seria uma apendicectomia com falha
no fechamento da incisão. É a esse respeito que muitos
críticos da poltrona ingenuamente denunciam a psico-
terapia hipnótica como sem valor, uma vez que “ela
lida apenas com o inconsciente”. Além disso, há ainda
mais supervisão do fato, repetidamente demonstrado
pela experiência clínica, de que em alguns aspectos do
problema do paciente a reintegração direta sob a
orientação do terapeuta é desejável; em outros
aspectos, o inconsciente deve apenas ser colocado à
disposição da mente consciente, permitindo assim uma
reintegração espontânea livre de qualquer influência
imediata do terapeuta. Adequadamente, a hipnotera-
pia deve ser orientada igualmente sobre o consciente e
o inconsciente, visto que a integração da persona-
lidade total é o objetivo almejado na psicoterapia.
Milton H. Erickson, Hypnotic Psychothera-py,
1948, pp. 575 e 576
Estamos cientes de que simplesmente apontar
integration is required. This is the point of the
references to the portions of Magic I and II and a
portion of the focus of Volume II of Patterns. We wish
to be clear here regarding integration - one of the
advantages of the use of hypnosis in the therapeutic
context is that through disassociation the client is able
to cope with and initiate changes in portions of his
model of the world which are so heavily laden with
negative emotional associations that the client in the
normal state of consciousness panics or feels
overwhelmed. Thus, while integration in our model of
hypnotic and therapeutic work is a necessary
component, there is no need to require that the
integration occur immediately; this would run counter
to one of the most powerful advantages of hypnosis.
Erickson, once again, states the case clearly:
However, the above does not necessarily mean
that integration must constantly keep step with the
progress of the therapy. One of the greatest advantages
of hypnotherapy lies in the opportunity to work
independently with the unconscious without being
hampored by the reluctance, or sometimes actual
inability, of the conscious mind to accept therapeutic
gains. For example, a patient had full unconscious
insight into her periodic nightmares of an incestuous
character from which she suffered, but, as she
spontaneously
declared in the trance, "I now understand those
horrible dreams, but I couldn't possibly tolerate such
an understanding consciously." By this utterance, the
patient demonstrated the protectiveness of the
unconscious for the conscious. Utilization of th is
protectiveness as a motivating force enabled the
patient subsequently to accept consciously her
unconscious insights.
Experimental investigation has repeatedly
demonstrated that good unconscious understandings
allowed to become conscious before a conscious
readiness exists will result in conscious resistance,
rejection, repression and even the loss, through
repression, of unconscious gains. By working
separately with the unconscious there is then the
opportunity to temper and to control the patient's rate
of progress and thus to effect a reintegration in the
manner acceptable to the conscious mind. M.
Erickson, Hypnotic Psychotherapy, 1948, p. 576.
Bibliography
I. General
pode ajudar o cliente na integração. Este é o ponto das
referências às porções de a Estrutura da Magia I e II e
uma porção do foco do Volume II de Padrões. Que-
remos deixar claro aqui a respeito da integração - uma
das vantagens do uso da hipnose no contexto tera-
pêutico é que, por meio da dissociação, o cliente é ca-
paz de enfrentar e iniciar mudanças em partes de seu
modelo de mundo que estão tão carregadas de asso-
ciações emocionais negativas de que o cliente no
estado normal de consciência entre em pânico ou se
sinta oprimido. Assim, embora a integração em nosso
modelo de trabalho hipnótico e terapêutico seja um
componente necessário, não há necessidade de exigir
que a integração ocorra imediatamente; isso iria contra
uma das vantagens mais poderosas da hipnose.
Erickson, mais uma vez, afirma o caso claramente:
No entanto, o que foi dito acima não significa
necessariamente que a integração deva acompanhar
constantemente o progresso da terapia. Uma das mai-
ores vantagens da hipnoterapia reside na oportuni-
dade de trabalhar independentemente com o incons-
ciente, sem ser prejudicado pela relutância, ou às ve-
zes pela incapacidade real, da mente consciente em
aceitar ganhos terapêuticos. Por exemplo, uma paci-
ente teve uma visão inconsciente total de seus pesade-
los periódicos de um personagem incestuoso do qual
ela sofria, mas, como ela espontaneamente declarou
em transe: “Agora entendo aqueles sonhos horríveis,
mas não poderia tolerar tal compreensão conscien-
temente.” Com esse enunciado, o paciente demonstrou
a proteção do inconsciente para o consciente. A utili-
zação dessa proteção como força motivadora permitiu
ao paciente subsequentemente aceitar consciente-
mente seus insights inconscientes.
A investigação experimental tem demonstrado
repetidamente que boas compreensões inconscientes
que se permitem tornar-se conscientes antes que exista
uma prontidão consciente resultarão em resistência
consciente, rejeição, repressão e até mesmo na perda,
por meio da repressão, de ganhos inconscientes. Ao
trabalhar separadamente com o inconsciente, há então
a oportunidade de moderar e controlar a taxa de
progresso do paciente e, assim, efetuar uma reinte-
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