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Configurações da OLT

Conexão pela porta console

Devemos configurar os seguintes parâmetros no software de acesso

Para sabe a porta serial a qual deve conectar


verifique nas configurações de dispositivos do seu
computador
Conexão pela porta MGMT

O primeiro acesso sempre deve ser configurado pela porta do console e lá você deve habilitar a porta
MGMT.

Cabo
 RJ45

Características
 Endereço IP
 Protocolo SSH ou TELNET
Modos de Operação

Vamos ter 3 modos básicos de operação:

>  Modos EXEC View

#  Modo EXEC Privilegiado

(config)#  Modo de Configuração Global


Login do sistema

Passo 1: Quando o sistema é ligado, o boot será automaticamente iniciado e o prompt de login será
mostrado.
SWITCH login:

Passo 2: Por default o user para login é configurado como Admin, password não é necessário.
SWITCH login: admin Password: SWITCH>

Passo 3: No modo Privileged EXEC View, é possível apenas a visualização da configuração do sistema.
Para configurar e gerenciar a plataforma é necessário iniciar o modo Privileged EXEC Enable. Para
iniciar esse modo digite enable.

SWITCH> enable
Estrutura de Configuração GPON

É recomendável adotar a seguinte estrutura de configuração do equipamento OLT, ao


configurá-lo pela primeira vez:

1. Atualização de Firmware de OLT


2. Atualização de Firmware de ONUs/ONTs
3. Configuração básica do sistema
4. Configuração de VLANs (Serviços)
5. Configuração de perfis das ONUs/ONTs
6. Ativação das ONUs/ONTs
7. Aplicação de perfis às ONUs/ONTs
8. Backup do sistema
1. Atualização de Firmware de OLT

É recomendável que a OLT opere sempre na versão mais recente, assim como as ONTs.
Os firmwares mais recentes (tanto para OLT quanto para ONT) podem ser encontrados na
página de Suporte Técnico da Furukawa Electric:
https://www.furukawalatam.com/pt-br/suporte-tecnico

A forma adequada para obter o firmware do equipamento desejado é clicar na opção “Abrir
Link” (Abrir enlace) e buscar a solução necessária.
1. Atualização de Firmware de OLT

Envio dos arquivos por servidor TFTP:


Para enviar os arquivos do firmware para os equipamentos é necessário utilizar um servidor TFTP. A
Furukawa tem um aplicativo para ser utilizado como servidor TFTP. Essa ferramenta pode ser
encontrada na página de suporte, como “Servidor tftp Furukawa”.

Lembre-se que a transferência de arquivos à OLT só


será possível se a porta utilizada no equipamento
OLT está na mesma rede que o servidor TFTP.

O servidor tftp pode ser um computador.


2. Atualização de Firmware de ONUs/ONTs

Este procedimento precisa primeiro baixar o firmware das ONUs/ONT s para a memória da OLT, através
de um servidor TFTP e, em seguida, aplicar este firmware sobre cada ONU/ONT que precise ser
atualizada.

Servidor TFTP

OLT

Nota: lembre-se que você pode utilizar o


servidor TFTP oferecido pela Furukawa
ONT
3. Configuração básica do sistema

Neste ponto é necessário realizar as seguintes ações, com a finalidade de ativar os serviços, portas (no caso
de OLT tipo chassis) e de manter a segurança do sistema:

Alterar o hostname
Configurar hora e data (manual ou dinâmica)
Configurar a porta de gestão da OLT (protocolo SSH e endereço IP)
Configuração do timeout do console
Configurações de segurança (senhas de usuário, do modo ativo, criptografia de senhas, salvar configurações,
limitar o número de acessos simultâneos)
Ativar módulos (slots) (apenas para OLT de chassis)
Nota: A ativação dos módulos na OLT do chassis deve ser realizada antes de atualizar o firmware das ONTs.
3. Configuração básica do sistema

ATIVAÇÃO DOS MÓDULOS DA OLT

Em OLTs modulares existem:


slots reservados para SIUs (portas GPON), e
slots para NIUs (portas UPLINK).

Como default, todos estes slots estão bloqueados administrativamente. Isso significa que os módulos
vêm desativados de fábrica

Para ativar um slot específico é necessário registrá-lo e desbloqueá-lo manualmente (por comando).
3. Configuração básica do sistema

Provisionamento de UpLink

Primeiro temos que configurar uma rota de saída default (padrão), o endereço IP indicado na rota
default pode ser genérico 0.0.0.0/0 indicando uma rota padrão ou IP de algum equipamento válido na
rede como um gateway por exemplo: 10.0.0.1

Devemos configurar também o DNS server (servidor DNS), apontando para um endereço IP do seu
servidor local ou algum público por exemplo o DNS server do google 8.8.8.8

E por fim devemos configurar a porta de gerenciamento MGMT indicando um endereço IP válido da sua
rede ou até mesmo configurando para que ele busque um endereço via DHCP
4. Configuração de VLANs (Serviços)

Esta etapa requer as informações das VLANs da rede. Portanto, deve haver uma correspondência com os
endereços IP dos equipamentos dentro de uma mesma VLAN.

As ações de configuração incluem:


Definir e criar as VLANs do sistema
Agregar à cada VLAN o grupo de portas da OLT (denominados como membros de VLAN)
Os membros de cada VLAN são definidos como portas GPON e portas UPLINK da OLT.
Os pacotes são recebidos e enviados somente pelas portas membros da VLAN
Os equipamentos da rede em diferentes VLANs não podem se comunicar entre eles sem utilizar uma
comunicação em L3
Como default todas as portas são atribuídas à VLAN 1 ou VLAN default.
4. Configuração de VLANs (Serviços)

Ainda que não seja obrigatório, é aconselhável adicionar as informações para as VLANs criadas, como as
seguintes:

Descrição das VLANs: Permite atribuir um nome para o serviço prestado por cada VLAN. Por exemplo,
“VLAN DE DADOS” ou “Wi-Fi Clientes”

Atribuição de um endereço IP para a interface de cada VLAN (chamada SVI: Switched Virtual Inteface): Isto
permite testes de ping (ICMP) para operações de comutação e roteamento de pacotes.

Importante: Antes de realizar a configuração de VLAN é importante realizar um


planejamento dos serviços na rede do cliente.
5. Configuração de perfis das ONUs/ONTs

Um perfil (profile) é um conjunto de características que são definidas para uma ou várias ONUs/ONTs. A
configuração dos perfis é chamada de provisionamento de GPON.

Entre as características definidas em um perfil temos:


Atribuição dinâmica do tráfego de dados para as ONUs/ONTs
Modo de relatório das necessidades de tráfego em cada ONU/ONT
Informações das VLANs exigidas no perfil, com seu modo de funcionamento (Tag ou Untag), assim
como a prioridade do tráfego (CoS)
Atribuição de serviços (VLANs) que atende cada ONU/ONT, tanto em sua porta GPON de entrada de
fibra óptica (porta ANI) quanto em cada porta Ethernet de saída de UTP (portas UNI)
5. Configuração de perfis das ONUs/ONTs

Para realizar o provisionamento dos serviços de usuários (ONUs/ONTs) existem os seguintes perfis (profiles):

Profiles de Sistema (Obrigatórios)

– DBA-Profile: Atribui a banda dinâmica e o SLA para os serviços de voz, dados e vídeo.

– Traffic-Profile: Define o perfil do tráfego dos serviços oferecidos e as características de Bridge Layer-2 e QoS
das portas de usuário (com o modo de funcionamento das VLANs, através de um perfil especial chamado
“Extended-Vlan-Taggin-Operation”

– ONU-Profile: Encapsula todos os profiles criados. Contém todas as informações sobre os serviços dos
usuários e se aplica diretamente nas ONUs/ONTs.
5. Configuração de perfis das ONUs/ONTs

Profiles de Serviços (Complementares, não obrigatórios)

– VoIP-Profile: Contém as informações sobre o serviço de telefonia VoIP, tais como: protocolo de sinalização,
endereços de registro, codecs de voz, funcionalidades PABX (transferência de chamada, conferência, chamada
em espera) etc.

– Multicast-Profile: Contém as informações sobre os grupos de multicast que serão acessados pelos usuários
5. Configuração de perfis das ONTs

Os perfis DBA-Profile, Multicast-Profile e VoIP-Profile devem ser aplicados no Traffic-Profile, assim como o perfil
especial Extended-Vlan-Taggin-Operation. Em seguida se aplica o traffic-profile sobre um onu-profile, e
finalmente se atribui este último a cada ONU/ONT.

ONU/ONT
5. Configuração de perfis das ONUs/ONTs

Em uma configuração básica para serviços de dados (Internet, Wi-Fi, VoIP com telefones IP e IPTV, os perfis
devem conservar a seguinte sequência:

Em seguida é atribuído o onu-profile para a ONT, para que ela opere com os perfis exigidos:
5. Configuração de perfis das ONUs/ONTs

DBA profile

O “DBA-profile” especifica o método de atribuição de banda (SLA) e define a banda disponível para os serviços
de usuário.
Estas informações podem ser realizadas de dois modos:
Non Status Reporting DBA: A OLT observa o padrão de tráfego das ONUs (envio de GEM frames nulos).
Status Reporting DBA: As ONUs enviam informações sobre seu próprio padrão de tráfego.
O SLA de cada serviço é definido baseado em:
- Fixed Bandwidth: Banda fixa e não compartilhada (Sinalização PLOAM);
- Assured Bandwidth: Banda garantida para o usuário;
- Maximum Bandwidth: Banda máxima atribuída ao usuário
(Maximum BW ≥ Fixed BW + Assured BW )
5. Configuração de perfis das ONUs/ONTs

Componentes do DBA-profile

BDA-Profile
Modo de relatório BDA: As ações de configuração são:
SR ou NSR
Criar o DBA-Profile (atribuindo um nome ao perfil)
BW Fixo
Atribuir o modo (SR ou NSR)
BW Garantido Atribuir os valores de banda para: BW fixo, BW Garantido e BW
Máximo
Aplicar as configurações para armazenar o perfil criado
BW Máximo

Maximum ≥ Fixed + Assured


5. Configuração de perfis das ONU/ONTs

Extended-Vlan-Taggin-Operation

O “Extended-Vlan-Taggin-Operation” é um perfil auxiliar que quando é aplicado ao Traffic-profile permite que


a ONU/ONT manipule as marcações (vid - vlan) dos pacotes, atribuindo funcionalidade semelhante a uma
porta de tronco.
Permite à ONU/ONT transmitir até 8 vlans diferentes (1 vlan untagged e 7 vlans tagged ou 8 vlans tagged).
Especifica uma tabela de regras para pacotes no sentido upstream (ONU/ONT-OLT). Cada regra consiste em
um filtro (filter) e um tratamento (treat) para estes pacotes.
Todo pacote que entra na ONU/ONT é filtrado de acordo com a configuração da regra. Caso o pacote não
encontre um filtro, este é descartado.
5. Configuração de perfis das ONUs/ONTs

Extended-Vlan-Taggin-Operation

Duas categorias de regras independentes podem ser configuradas: untag e single-tag, cada uma com seu filter e
treat.

Configuração de untagged-frame
Configuração de single-tagged-frame
Tratamento de pacotes marcados (tagged) sem alteração de marcação (porta de tronco)
Tratamento de pacotes marcados (tagged) com alteração de marcação na saída (vlan translation)
Tratamento de pacotes marcados (tagged) com adição de marcação na saída (Q-in-Q)
5. Configuração de perfis das ONUs/ONTs

Componentes do Extended-Vlan-Taggin-Operation

Extended-Vlan
As ações de configuração são:
Modo dowstream

 Criar o Extended-Vlan (atribuindo um nome ao perfil)


Untagged-frame 1
 Habilitar o modo downstream
 Criar trecho Untagged (até 1 por perfil, com sua vlan e o CoS
Tagged-frame 1 da Vlan)
Tagged-frame 2  Criar trechos Tagged (até 8 por perfil, com suas Vlans e os CoS
das Vlans)
Tagged-frame 3
 Aplicar as configurações para armazenar o perfil criado
5. Configuração de perfis das ONUs/ONTs

Traffic profile

 Como vimos antes, os perfis DBA-Profile, Multicast-Profile e VoIP-Profile devem ser aplicados no Traffic-
Profile, assim como o perfil especial Extended-Vlan-Taggin-Operation.
 Além disso, o Traffic-Profile inclui as características de Bridge Layer-2 e QoS das portas de usuário.
 Portanto, define o perfil de tráfego dos serviços oferecidos aos usuários.

Serviços de usuário:
- Qual é a largura de banda atribuída? (Definido no DBA-Profile)
- Quais são as configurações de rede, tais como Vlan, 802,1q, CoS? (Definido no Extended-Vlan-Taggin-
Operation)
- Quais configurações de usuários terão acesso a este serviço? (Definido no próprio Traffic-Profile)
5. Configuração de perfis das ONUs/ONTs

Traffic profile
• Serviço de Dados:
• Qual é a largura de banda atribuída?
• Quais são as configurações de rede, tais como Vlan, 802,1q,
CoS?
• Quais configurações de usuários terão acesso a este serviço?
• Serviço de Voz:
• Qual é a largura de banda atribuída?
• Quais são as configurações de rede, tais como Vlan, 802,1q, Traffic-Profile
CoS?
• Quais configurações de usuários terão acesso a este serviço?
• Serviço de IPTV:
• Qual é a largura de banda atribuída?
• Quais são as configurações de rede, tais como Vlan, 802,1q,
CoS?
• Quais configurações de usuários terão acesso a este serviço?
5. Configuração de perfis das ONUs/ONTs

Componentes do Traffic profile

Traffic-Profile As ações de configuração são:

TCONT Criar o Traffic-Profile (com um nome de perfil)


Criar os TCONs que conterão os serviços (é atribuída a gemport para
definir as VLANs associadas e um DBA-Profile criado previamente
MAPPER com a largura de banda necessária)
Criar os MAPPERs e definir em cada um o número de serviços
(gemports) configurados no TCONT
BRIDGE Criar os BRIDGEs para definir o comportamento de cada porta (ANI e
UNI). Recomenda-se fazer isso com um Extended-Vlan-Taggin-
Operation criado previamente
Aplicar as configurações para armazenar o perfil criado.
5. Criação do Traffic-profile
Traffic-Profile Traffic-Profile Traffic-Profile Traffic-Profile
TCONT TCONT TCONT TCONT

MAPPER MAPPER MAPPER MAPPER

BRIDGE BRIDGE BRIDGE BRIDGE

(1) (2) (3) (4)

(1)Criação do Traffic-Profile com um nome específico.


(2)Criação de TCONT, atribuindo o BW através de um DBA-profile prévio. Além disso, o parâmetro GEM-ports é
atribuído para definir as vlans associadas aos serviços.
(3)Criação de MAPPER para especificar a quantidade de GEM-ports configuradas no TCONT, e que estarão disponíveis
no tráfego da ONU/ONT.
(4)Criação de BRIDGE que define a VLANS nas portas ANI e UNI atribuídas por um Extended-Vlan-Taggin-Operation
prévio. Uma ponte pode lidar com cada porta de usuário na ONU/ONT ou um conjunto de portas. Uma porta ANI
representa a interface PON da ONU/ONT, e as portas UNI são as interfaces de usuário.
Importante: Sempre ao final se deve salvar o perfil criado.
5. Configuração de perfis das ONUs/ONTs

ONU profile
5. Configuração de perfis das ONUs/ONTs

ONU profile
 O ONU profile é o resumo de todos os profiles;
 Contém todas as informações sobre os serviços dos usuários e se aplica diretamente nas ONTs;
 Um mesmo ONU Profile pode ser aplicado a várias ONTs

ONU Profile

PM-profile

Traffic Profile

Multicast-Profile Atribuído à
VoIP-Profile

DBA
DBA Profile
Profile
ONT
Extended-Vlan
5. Configuração de perfis das ONUs/ONTs

Componentes do ONU-profile

ONU Profile
As ações de configuração são:

PM-profile
 Criar o ONU-Profile (com um nome de perfil)
Traffic Profile
 Atribuição de um Traffic-Profile ao ONU-Profile
Multicast-Profile  Opcionalmente pode-se atribuir um PM-Profile
VoIP-Profile
ao ONU-Profile
 Aplicar as configurações para armazenar o perfil
DBADBA Profile
Profile
criado.
Extended-Vlan
6. Ativação das ONUs/ONTs

Registro das ONUs/ONTs:

 A OLT solicita o número de série das ONUs/ONTs conectadas a ela, periodicamente.

 Desta forma a OLT registra cada ONU/ONT que envia seu número serial e assim associa um ONU-ID
com este número serial.

 Quando a OLT registra uma ONU/ONT por seu número de série, esta ONU/ONT permanecerá em
modo de registro automático. Este modo serve apenas para “descobrir” as ONUs/ONTs, sendo
necessário alterar o modo de registro manual.
7. Aplicação de perfis às ONUs/ONTs

Atribuição do ONU-Profile:

 Após ter registrado as ONUs/ONTs, e depois de alterá-las para o modo de registro manual, deve-se aplicar
um dos ONU-Profile, previamente criados, em cada uma das ONUs/ONTs.

Aplicado à

ONU Profile
ONT

 Além disso, na Laserway deve-se habitar a comunicação entre diferentes ONUs/ONTs.


Boas práticas
Ao definir os serviços que será provido em cada porta estaremos ONT/ONU 1
definindo um “Perfil” que será criado para as ONUs/ONTs.

No sistema será criado um perfil para ela denominado ONU-Profile


portando é interessante já criarmos um documento para indicar cada
Dados VoIP
“Perfil” que teremos em nossa rede para depois configurarmos na OLT.
Dados Impressão
ONU-Profile
Porta VLAN ONU_DADOS_1_2_IMP_3_VoIP_4 A nomenclatura dada ao perfil segue a distribuição
ETH01 10 DADOS (u) dos serviços nas portas, isso facilita futuras
DADOS(t) configurações e suporte.
ETH02 10
ETH03 110 Impressão(u)
ONU_DADOS_1_2_IMP_3_VoIP_4
ETH04 120 VoIP(t)
*(u) – untagged / (t) - tagged

ATENÇÃO: Evitar nomes de perfis que não tenham


Serviço Porta
conexão com as configurações do equipamento.
8. Backup do sistema

Finalmente, após ter verificado a funcionalidade das configurações, é importante salvá-las na


memória NV-RAM (Não volátil RAM), de maneira que estas possam permanecer no sistema,
apesar de possíveis desligamentos da OLT.

Memória
NV-RAM

Não se esqueça de salvar as configurações da OLT sempre que


realizar alterações no sistema.

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