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Regras Especificas Fios e Cabos Eletricos
Regras Especificas Fios e Cabos Eletricos
SUMÁRIO
1. Objetivo
2. Campo de Aplicação
3. Responsabilidade
4. Documentos complementares
5. Siglas e abreviaturas
6. Definições
7. Atribuições
8. Condições Gerais
9. Condições Específicas
10. Administração da Marca de Conformidade
11. Solicitação de Licença para o Uso da Marca de Conformidade
12. Processo de Certificação
13. Manutenção do Processo de Avaliação do Fornecedor e da Certificação
14. Organização e Controle da Marca de Conformidade
15. Produtos Importados
16. Compromissos do OCP
17. Obrigações do Fornecedor
18. Reclamações
19. Paralisação da Fabricação e/ou Importação
20. Fiscalização
Anexo A – Ensaios e Amostragem
Anexo B – Requisitos para Avaliação do Controle da Qualidade da Fábrica
1 OBJETIVO
Esta Norma estabelece as condições para a certificação de fios e cabos elétricos até 750 V,
fabricados de acordo com a norma NBR 6148.
2 CAMPO DE APLICAÇÃO
3 RESPONSABILIDADE
NBR 5111:1997 Fios de cobre nus, de seção circular, para fins elétricos – Especificação
NBR 6148:1997 Condutores isolados com isolação extrudada de cloreto de polivinila (PVC)
para tensões até 750 V - Sem cobertura – Especificação
NBR 6242:1980 Verificação dimensional para fios e cabos elétricos – Método de ensaio
NBR 6243:1980 Choque térmico para fios e cabos elétricos – Método de ensaio
NBR 6251:2997 Cabos de potência com isolação sólida extrudada para tensões de 1 kV a 35
kV – Construção – Padronização
NBR 6812:1995 Fios e cabos elétricos - Queima vertical (fogueira) – Método de ensaio
NBR 6814:1985 Fios e cabos elétricos - Ensaio de resistência elétrica – Método de ensaio
NBR 6880:1997 Condutores de cobre mole para fios e cabos isolados – Características –
Padronização
NBR 6881:1981 Fios e cabos elétricos de potência ou controle - Ensaio de tensão elétrica –
Método de ensaio
NBR 7040:1986 Fios e cabos elétricos - Absorção de água – Método de ensaio
ABNT ISO IEC GUIA 28:1993 Regras Gerais para um Modelo de Sistema de Certificação de
Produtos por Terceira Parte
ABNT ISO IEC GUIA 39:1993 Guia para Apresentação de Resultados de Inspeção
ABNT ISO IEC GUIA 53:1993 Uma abordagem de Utilização do Sistema da Qualidade de um
Fornecedor em Certificação de Produto por Terceira Parte
5 SIGLAS E ABREVIATURAS
6 DEFINIÇÕES
6.7 Fornecedor
Representante legal, pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, que
desenvolve atividades de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação,
exportação, distribuição ou comercialização de fios e cabos elétricos até 750 V.
7 ATRIBUIÇÕES
7.1 INMETRO
Órgão Credenciador do SBC responsável pela gestão da aplicação desta Norma.
7.2 OCP
Organismo responsável pela implementação dos programas de certificação, aprovados no âmbito do
CBC, e pela concessão da licença para o uso da Marca de Conformidade do SBC, conforme
determinado nesta Norma.
8 CONDIÇÕES GERAIS
8.1 Todos os fios e cabos elétricos até 750 V comercializados no País devem atender ao
especificado nesta Norma e na legislação em vigor.
8.2 A Marca de Conformidade do SBC nos fios e cabos elétricos até 750 V tem por objetivo
indicar a existência de nível adequado de confiança de que o produto está em conformidade com as
normas técnicas específicas relacionadas no item 4 desta Norma.
8.3 O uso da Marca de Conformidade do SBC nos fios e cabos elétricos até 750 V está vinculada
à concessão de licença emitida pelo OCP, conforme previsto nesta Norma, e aos compromissos
assumidos pelo fornecedor através do contrato de licença para o uso da Marca de Conformidade do
SBC firmado com o mesmo.
8.4 Todo fornecedor de fios e cabos elétricos até 750 V, deve obter licença para o uso da Marca
de Conformidade, conforme modelo 5 definido na resolução CONMETRO 08/92.
8.5 A licença para uso da Marca de Conformidade, concedida mediante contrato firmado entre o
OCP e o fornecedor, deve conter os seguintes dados:
8.6 Caso haja revisão das normas técnicas específicas e/ou desta Norma, com base nas quais foi
concedida a licença para o uso da Marca de Conformidade, o INMETRO, estabelecerá prazo para
adequação às novas exigências.
9 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS
9.1 A Identificação da Certificação no âmbito do SBC para fios e cabos elétricos até 750 V está
estabelecida na NIE-DINQP-034, em conformidade com a resolução do CONMETRO número 02
de 11/12/1997, publicada no DOU em 10/03/1998.
9.1.1 A marcação dos fios e cabos e das embalagens e etiquetas deve atender a norma NBR 6148
e as regulamentações técnicas pertinentes emitidas pelo INMETRO.
9.1.2 Para fios e cabos com seções iguais ou maiores que 1,5 mm2 , a identificação da certificação
é obrigatória no produto, na embalagem e nas etiquetas. Para as seções menores que 1,5 mm2 a
identificação da certificação do SBC e do OCP no produto é opcional, sendo, porém, obrigatória na
embalagem e etiquetas.
9.2 O fornecedor tem responsabilidade técnica, civil e criminal referente aos seus produtos, bem
como a todos os documentos referentes à certificação, não havendo hipótese de transferência desta
responsabilidade.
9.3 O OCP deve assegurar-se que a aposição da Marca de Conformidade seja feita de forma
indelével e visível bem como de que os produtos sejam rastreáveis.
a) análise pelo OCP, da solicitação do fornecedor para obtenção da licença para o uso da Marca
de Conformidade;
b) análise da documentação do fornecedor;
c) auditoria inicial do fornecedor;
d) avaliação do Controle de Qualidade da fábrica, segundo o anexo B;
e) ensaios conforme Anexo A;
f) apreciação do processo na Comissão de Certificação;
g) assinatura do contrato objeto de licença;
h) emissão da licença para o uso da Marca de Conformidade;
i) supervisão e controle do licenciamento;
j) ensaios e avaliações de acompanhamento.
11.1 O OCP deve analisar a solicitação e dar ciência ao fornecedor das condições para a realização
dos trabalhos com base nesta Norma, informando-o se há pendência de documentação ou
informações.
11.2 A solicitação de certificação para um produto deve ser feita a um OCP pelo fornecedor.
11.4 O OCP deve orientar o fornecedor quanto à documentação referente ao produto, que deve
acompanhar a solicitação, bem como aos requisitos técnicos dispostos nesta Norma.
12 PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO
12.1.2 Durante os ensaios iniciais, devem ser realizados os ensaios de tipo completos em todas as
amostras. Quando os ensaios iniciais forem realizados em protótipos, no máximo até 60 (sessenta)
dias após a emissão da licença, devem ser realizados ensaios em amostra coletada no estoque pronto
para expedição, para confirmação do resultado inicial.
12.1.3 Os ensaios de tipo são aqueles relacionados no Anexo A e nas normas técnicas relacionadas
no item 4 desta Norma.
12.1.4 Os ensaios de tipo devem ser realizados em laboratórios de acordo com os critérios
estabelecidos da NIE-DINQP-067.
12.1.7 As condições de envio das amostras ao laboratório de ensaio devem ser acordadas entre o
OCP, o fornecedor e o laboratório, observados os cuidados especiais que as mesmas requerem
quanto à embalagem, identificação, prazo e forma de envio ao laboratório.
12.1.8 O solicitante deve definir em conjunto com o OCP a data para a auditoria inicial. A auditoria
inicial deve ser realizada tendo como documento base a norma NBR ISO 9002. No caso específico
de fabricantes novos, cuja licença de instalação e funcionamento tenha menos de 18 (dezoito)
meses, na auditoria inicial são aplicáveis os itens da NBR ISO 9002 indicados abaixo, caso o
fabricante ainda não possua o Sistema de Qualidade totalmente implantado:
12.1.8.1 Nesse caso, o fornecedor deve finalizar a implantação dos requisitos do Sistema,
visando atender de maneira completa a norma NBR ISO 9002, até a realização da primeira
avaliação do acompanhamento do produto, após a obtenção da licença para uso da Marca.
12.1.8.2 Se o fabricante declarar já possuir o Sistema implantado, a auditoria inicial deve ser
realizada tendo como base a norma NBR ISO 9002 em sua totalidade.
12.1.8.4 Caso o fornecedor possua certificado de seu Sistema da Qualidade emitido por
Organismo de Certificação de Sistema da Qualidade, credenciado pelo INMETRO e que englobe o
produto em pauta, este deve ser considerado, mas não o exime de ser avaliado no processo de
certificação do produto. O fornecedor deverá disponibilizar as informações referentes à certificação
de Sistema para o OCP de produto.
12.2.1 Para avaliação inicial do controle da qualidade da fábrica, deverão ser verificados os
requisitos detalhados no Anexo B desta Norma.
12.2.2 Os ensaios de tipo são aqueles previstos nas normas técnicas relacionadas no item 4 desta
Norma.
12.3.1 O OCP deve manter acordo de reconhecimento recíproco com organismo de certificação
estrangeiro que atenda as mesmas regras internacionais de credenciamento adotadas pelo
INMETRO, para o reconhecimento das atividades de certificação realizadas por este organismo.
12.3.2 Os resultados de ensaios realizados por laboratório estrangeiro, devem ser aceitos quando
este laboratório for credenciado por organismo de credenciamento com os mesmos critérios de
credenciamento exigidos do laboratório nacional.
12.4.1 Cumpridos todos os requisitos exigidos nesta Norma, o OCP apresenta o processo contendo
o relatório de auditoria, o relatório de avaliação do fornecedor e os relatórios de ensaios à Comissão
de Certificação do OCP.
12.4.3 Aprovado o processo, o OCP comunica ao fornecedor o número de sua licença. Em caso de
não aprovação, o OCP encaminha ao fornecedor o parecer da Comissão de Certificação do OCP.
12.4.4 A licença para o uso da Marca de Conformidade deve ser concedida após a assinatura do
contrato firmado entre o OCP e o fornecedor.
O OCP, por ocasião das auditorias de supervisão, deve efetuar a verificação de conformidade do
produto.
13.1.2 Esta avaliação periódica deve ser realizada, pelo menos, uma vez a cada 6 (seis) meses.
13.4.1 Na avaliação dos fios e cabos elétricos até 750 V, para a aprovação, os ensaios descritos no
Anexo A devem ser levados à Comissão de Certificação do OCP, que deliberará pela aceitação ou
rejeição dos mesmos.
13.4.2 Nos ensaios de avaliação dos fios e cabos até 750 V, se ocorrer alguma não-conformidade,
estes devem ser repetidos em duas novas amostras, não sendo admitida qualquer não-conformidade.
14.1.1 Após a concessão da licença para o uso da Marca de Conformidade, o controle desta é
realizado exclusivamente pelo OCP, o qual deve planejar novas auditorias para constatar se as
condições técnico organizacionais que deram origem à concessão inicial da licença estão mantidas,
podendo haver outras sem prévio aviso, desde que haja deliberação da Comissão de Certificação do
OCP, baseada em evidências que as justifiquem.
14.1.2 O OCP deve estabelecer procedimento para a coleta de amostras no comércio e na fábrica,
para execução dos ensaios e verificações estabelecidas nas normas técnicas relacionadas no item 4
desta Norma. Os custos e a reposição do produto decorrentes desta amostragem são de
responsabilidade do fornecedor.
14.1.3 Realizada a coleta de amostras, estas devem ser encaminhadas para o laboratório, para
realização dos ensaios. Para a contratação do laboratório de ensaio, o OCP deve utilizar laboratórios
conforme os critérios definidos na Norma INMETRO NIE-DINQP-067.
14.1.4 O OCP deve aplicar o mesmo critério utilizado em 13.2 desta Norma para a definição dos
ensaios e o utilizado em 13.6 desta Norma para a aceitação ou rejeição dos ensaios.
14.2.1 O controle dos fios e cabos elétricos até 750 V certificados é executado pelo fornecedor sob
sua inteira e única responsabilidade.
14.2.2 Esse controle deve ter por objetivo verificar a conformidade de fios e cabos elétricos até 750
V às normas técnicas aplicáveis relacionadas no item 4 desta Norma.
14.2.3 O fornecedor deve exercer todos os controles que venham atender aos requisitos técnico-
organizacionais do controle da qualidade definidos no Anexo B.
14.2.4 O fornecedor deve realizar ensaios de controle, de acordo com o Anexo A desta Norma, e
exercer todos os controles referentes a estes ensaios e avaliações, para fins de comprovação por
ocasião das auditorias.
15.1.1 A certificação de fios e cabos elétricos até 750 V realizada no exterior deve ser realizada por
organismo de certificação que atenda as mesmas regras internacionais de credenciamento adotadas
pelo INMETRO.
15.1.2 A emissão para o uso da Marca de Conformidade, mantida a condição anterior, obedece as
seguintes regras:
15.2.1 No caso de o solicitante não ser o representante legal do fabricante, a certificação pode ser
executada através da realização dos ensaios de tipo em uma amostra representativa do lote
importado, seguindo os mesmos critérios definidos no Anexo A, para cada família de produto
presente no lote. O certificado emitido pelo OCP deve indicar claramente esta situação e a
identificação do lote que está sendo certificado.
15.2.2 Quando da chegada do produto ao porto de entrada no País, a liberação fica condicionada à
verificação pelas autoridades alfandegárias da existência de documentação comprobatória do
cumprimento das condições da certificação compulsória, para a obtenção das guias de importação e
desembaraço correspondentes.
16 COMPROMISSOS DO OCP
16.1 Fazer cumprir, com base nos critérios de credenciamento de OCP, estabelecidos pelo
INMETRO, todas as condições descritas nas normas técnicas relacionadas desta Norma, às
disposições legais referentes ao uso da Marca de Conformidade, esta Norma e a legislação em
vigor.
16.2 Acatar todas as resoluções formais do INMETRO pertinentes aos serviços de certificação
dos produtos tratados nesta Norma.
16.3 Submeter à Comissão de Certificação do OCP todos os processos de certificação bem como
os relatórios de apuração de denúncias contra empresas certificadas.
16.5 Manter registro das reclamações e denúncias recebidas, bem como das ações implementadas
pelo OCP.
16.6 Verificar se o solicitante da certificação em algum momento foi certificado por outro OCP e,
caso afirmativo, executar todo o processo de certificação, dando ênfase à verificação do
atendimento às não-conformidades já apontadas por esse OCP.
16.8 Formalizar junto ao INMETRO todas as denúncias e reclamações contra qualquer integrante
do SBC.
16.9 Entregar uma cópia do relatório de auditoria à empresa auditada ao final da auditoria, para
que a mesma tome conhecimento imediato das não-conformidades registradas.
17 OBRIGAÇÕES DO FORNECEDOR
18 RECLAMAÇÕES
As reclamações apresentadas pelo fornecedor, após esgotados os recursos junto ao OCP, devem ser
endereçadas ao INMETRO.
20 FISCALIZAÇÃO
Caberá ao INMETRO, em conjunto com os organismos federais, estaduais e municipais, com eles
conveniados, respeitada a legislação em vigor, articular a fiscalização do cumprimento desta
Norma, bem como prover os meios para obtenção dos recursos necessários para a implementação
desta fiscalização.
__________________________
/Anexos
ANEXO A – ENSAIOS E AMOSTRAGEM
1 Amostragem
1.1.2 No caso de coleta no comércio, a amostragem deve ser constituída de apenas prova. Se
houver necessidade de se repetir algum ensaio, deve ser realizada nova amostragem em duplicata,
como contra-prova e testemunha.
1.1.3 As amostragens devem ser realizadas coletando-se 2 rolos ou lances de cada seção, por
classe de produto (classes 1, 2, 4 ou 5, previstas na Norma NBR 6148). Para o ensaio de queima
vertical, quando necessário, a quantidade de amostra deve ser calculada pelo OCP, de acordo com a
Norma NBR 6148. Um relatório de amostragem deve ser elaborado em cada processo de
amostragem realizado.
1.1.4 As provas devem ser utilizadas nos ensaios de tipo iniciais ou de acompanhamento e as
contra-provas e testemunhas devem permanecer com o fabricante ou o OCP até o final do processo,
lacradas pelo OCP. Caso haja reprovação nas amostras de prova, as contra-provas e testemunhas
devem ser ensaiadas simultaneamente.
1.3.2 Durante o acompanhamento regular da certificação, devem ser efetuadas duas amostragens
por ano, no mínimo em duas seções de produto. A cada amostragem, as duas seções devem ser
alternadas.
1.5 Ensaios
• Verificação da marcação;
• Verificação dimensional;
• Tensão elétrica;
• Resistência elétrica;
• Resistência de isolamento à temperatura ambiente;
• Índice de Oxigênio NBR 6148.
1.5.3.3 Na renovação do contrato deve ser iniciada uma nova seqüência de ensaios, conforme
descrito acima.
1.5.3.4 Caso haja modificações de materiais ou de construção do condutor isolado, devem ser
realizados ensaios adicionais relacionais à modificação efetuada, a critério do OCP.
/Anexo B
ANEXO B – REQUISITOS PARA AVALIAÇÃO DO CONTROLE DA QUALIDADE DA
FÁBRICA
Nas avaliações de fábrica, devem ser verificados os seguintes itens da NBR ISO 9002:
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