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Teoria: O isomorfismo psicológico proposto pela Escola de Berlim

A Escola de Berlin- Para os integrantes da Escola de Berlim a tarefa da


psicologia é dar conta da percepção tal como é vivenciada por cada um de nós.
Nossa experiência perceptiva é marcada por relações de sentido e de valor e
não apenas por um acúmulo de sensações. Os principais integrantes da Escola
de Berlim foram WOLFANG KOHLER, MAX WERTHEIMER e KURT KOFFKA
(JAC-VILELA; FERREIRA, 2005, p. 306)

-Seus interesse está centrado sobre o que é percebido pelo sujeito, o que se
busca não é uma mensuração física, mas explicita o que foi intrinsicamente
percebido pelo sujeito ingênuo ( leigo/homem comum)

-O Gestaltismo nega o prejuízo de que o fenômeno psicológico se define ao


físico para o gestaltismo, a forma é substantiva e não adjetiva. O sentido
intrínseco à experiência é expresso através de uma relação fundamental que é
aquela que existe entre a figura e o fundo. O isomorfismo psicofisiológico
proposto pela Escola de Berlim;

-Isomorfismo indica a ideia de uma “mesma” (iso-) “forma” (-morfismo). A


hipótese explicativa da Gestalt, parte do que foi descrito pelo sujeito, o
fisiológico não antecedo o fenômeno tale qual foi sentido, A descrição da
experiência é a fonte para explicações fisiológicas (JAC-VILELA;FERREIRA,
2005). Esse isomorfismo psicofísico é um princípio estrutural: há uma
identidade de estruturas entre o percepto e o evento cerebral;

- A proposta não é desconsiderar o funcionamento nervoso a partir das


estruturas cerebrais, mas de não tratar dicotomicamente, o universo das e
psicológico, mas pensar que o fato descritivo e o fato funcional são, pois, duas
faces da mesma moeda conforme os autores trazem. Nessa perspectiva o
Fenômeno é algo na ordem do que percebo, em que ordem percebo, desligado
de atividade intelectual como pensa a escola de Graz Fenômeno é algo na
ordem do que percebo.

Existencialismo e Fenomenologia
Fenomenologia: Preconizada por Edmond Husserl meados sec XIX ,
influenciado pelas ideias de Platão, Decartes e influenciou Sartre, Schultz
entre outros. Para ele, o mundo só pode ser compreendido a partir da forma
como se manifesta, ou seja, como aparece para a consciência humana. Não há
um mundo em si e nem uma consciência em si. A consciência é responsável
por dar sentido às coisas.

-O método fenomenológico-descritivo é a via pela qual o gestaltismo incorpora


o percebido enquanto tal à ciência psicológica

Equipamento artístico usado: Apresentação da Peça musical de J. s Bach


Minueto em sol maior, 1725.

Existencialismo: Segundo Jac_ Vilela e Ferreira (2005, p. 321) o


existencialismo enquanto movimento filosófico e cultural surge no período entre
as duas guerras mundiais, de 1918 a 1945, no eixo intelectual entre a
Alemanha e a França. Seu principal articulador é o filósofo francês Jean Paul
Sartre e foi fortemente ou decisivamente influenciada pela fenomenologia.
Fenomenologia e existencialismo, em suas convergências, tensões e
entrecruzamentos, constituem juntos uma das importantes matrizes filosóficas
das psicologias do século XX.

- O Existir é um modo específico de ser relacionado ao ente cujo sentido nunca


está dado a priori;

- Heidegger designa como Dasein (ser-aí) o modo de ser deste ente que
mesmos somos. Sua diferença radical com relação aos entes que não têm o
modo de ser do homem é que ele não possui uma essência anterior à
existência, antes, o que ele é, seu ser, está sempre em jogo no seu existir.

- O indivíduo não pode, segundo Kierkegaard, ser explicado a partir de


nenhuma essência universal. O ser do homem consiste em sua própria
existência singular, sua subjetividade, que é pura liberdade de escolha. Por
isso a filosofia não se reduz à construção de sistemas abstratos, à especulação
conceitual e à descrição de essências ideais; filosofar é afirmar a existência
enquanto liberdade e assumir a responsabilidade pelas próprias escolhas.
Vemos, portanto, que o primado tradicional da essência sobre a existência é
radicalmente invertido por Kierkegaard.

- Principais nomes: HEIDEGGER (1889-1976), JEAN-PAUL SARTRE,


NIETZSCHE (1844-1900) e SÖREN KIERKEGAARD (1813-1855)

REFÊNCIAS

JAC-VILELA, Ana Maria.; FERREIRA, Arthur Arruda Leal.; PORTUGAL,


Francisco Teixeira. (Org). História da psicologia : rumos e percursos. Rio de
Janeiro, Nau Ed., 2006. P. 301-316.

KOELLREUTTER, H.J. Análise Fenomenológica do Minueto em Sol Maior de J.


S. Bach. Cadernos de Estudo – Análise Musical, São Paulo, n.1, p.1-8, out.
1989.

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