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VENTILAÇÃO MECÂNICA
Histórico:
o 1928 – Philip Drinker e Lois Shaw – Pulmão de aço (surtos de poliomielite). Primeiro
aparelho de VM com pressão negativa.
o 1957 – Henry Bird – 1° respirador pneumático ciclado a pressão positiva intermitente BIRD
MARK 7.
o Técnicas com pressão positiva – maiores vantagens sobre a pressão negativa.
o Após a segunda guerra mundial – ampliação do conhecimento da fisiologia respiratória.
o Década de 70 – surgimento das primeiras UTIs; TQT com balonetes cilíndricos de baixa
pressão; inicio do uso do PEEP; conceito de modalidade assistida e ventilação mandatória
intermitente (IMV).
o Década de 80 – ventiladores microprocessados; conceito de ventilação com pressão
controlada e pressão de suporte.
o Década de 90 – uso racional da VMNI evitando IOT; curvas para ajuste da PEEP ideal;
estratégia protetora na SDRA; novas modalidades espontâneas (VAPS); métodos voltados
para o desmame difícil; mensuração da complacência.
o 200 atualidades – evolução tecnológica respiradores microprocessados e monitorização.
O que é?
o ‘’DESLOCAR AR’’ – é importante essa noção pois no caso objetivamos levar o ar
(ambiente ou enriquecido em O²) até intimidade alveolar e de lá retirar o ar, rico em CO².
Assim visamos garantir o deslocamento de ar quando o paciente não puder fazê-lo,
objetivando manter a troca gasosa, chamado hematose.
o Conceito de VM: manutenção da oxigenação e/ou ventilação dos pctes portadores de
Insuficiência respiratória aguda ou Crônica Agudizada de maneira artificial, até que estes
estejam capacitados a reassumi-la. ‘’ A VM é um método de suporte para o pcte durante
uma enfermidade, não se constituindo um tratamento curativo’’.
Classificação:
Ventilação Mecânica Invasiva – VMI. (TOT e TQT)
Ventilação Mecânica Não-Invasiva – VNI. (Mascaras: Total face (desvantagem pq resseca
musoca do olho); Nasal (tratamento da apneia do sono)).
Nas duas situações, a ventilação artificial é conseguida com a aplicação de pressão
positiva nas vias aéreas.
Intubação: utiliza uma prótese introduzida na via aérea. (TOT). Traqueostomia: utiliza uma
prótese na via aérea.
Definições:
o Ventilação espontânea: quando o indivíduo realiza essa tarefa sozinho, utilizando-se da
musculatura respiratória (diafragma).
o Ventilação mecânica: necessidade de auxílio de um dispositivo externo para promover a
ventilação.
o Ventilador: dispositivo utilizado para executar a tarefa de mover ar para os pulmões.
Princípios básicos
1. Fase inspiratória
2. Mudança da fase inspiratória para a fase expiratória – CICLAGEM
3. Fase expiratória
4. Mudança da fase expiratória para a inspiratória – DISPARO
PNEUMOLOGIA
DAYANE KRAUZE BOONE
4. Mudança da fase expiratória para a fase inspiratória: o ventilador interrompe a fase
expiratória e permite o início da fase inspiratória do novo ciclo, é o que chamamos de
disparo. Esta transição pode ser desencadeada pelo próprio aparelho (critério de tempo)
ou pelo próprio paciente (sensibilidade). O disparo pode ser determinado:
Tins
A tempo: não depende da vontade do pcte,
Insp Exp ajusta a FR, CMV.
PNEUMOLOGIA
DAYANE KRAUZE BOONE
Ventilação mecânica assisto/controlada
(A/CMV): o ventilador assiste cada ventilação
espontânea, necessita do esforço do pcte e
sensibilidade ativada (Pressão ou fluxo)
(PCV/A ou VCV/A). Antes de finalizar o ciclo o
pcte realiza esforço para inspirar de novo. Na
pratica é visualizado no VM, quando o
terapeuta cloca um N° de insp. Por minuto e no monitor aparece a mais (A/CMV) ou igual
(contolada).
Sensibilidade: esforço despendido pelo pcte para disparar nova inspiração pelo ventilador.
Utilizada nos ciclos assistidos e espontâneos. Determinada por pressão (cmH20) ou fluxo
(l/min). Escala varia -0,5 a -20cmH2O. Valores: -1,5 a -2cmH2O (pressão ou 2-4 l/min (fluxo).
Suspiros: pode ser utilizada como manobra de reexpansão pulmonar. Alivio de pressões
elevada. (Não é todos que tem, mas em tempos ele faz insp prolongada, reexpansão (não há
estudos comprovando sua eficácia).
Alarmes ajustáveis
Som audível; pressão de pico (máx 35 – 45 cmH20 (se passa ocorrer barotrauma), mínimo de
5cmH20; VC max e min de 20% ideal. Volume minuto max 15 L e min 3 L, FR 30ipm. Tempo
de apneia 15 segundos.
FACIAL TOTAL
Vantagens: mínimo vazamento; mais fácil de ser adaptada ao pcte; mentem as vantagens da
oronasal sobre a nasal; não tem contato sobre a ponte do nariz, não gerando dor ou lesão de
pele.
Desvantagens: maior risco de vômitos e de sua aspiração; maior dificuldade para expectorar;
maior claustrofobia; impossibilidade de falar, resseca mucosa do olho.
HELMET PEÇA BUCAL
Vantagens: mínimo vazamento, não lesa a Vantagens: pode ser aplicada como alternativa
pele; fácil ajuste ao pcte, com menor a outra interface em esquema de rodizio; não
necessidade de colaboração. determina lesão cutânea.
Desvantagens: reinalação de gás carbônico; Desvantagens: pode induzir a salivação e
maior risco de vômitos; ruído elevado vômitos; vazamentos; distensão gástrica;
(necessidade de protetor de ouvido); dificuldade de fala e alimentação.
desconforto na axila (ponto de fixação das
tiras que posicionam a interface); menor
disponibilidade e, consequentemente, menor
experiência em nosso meio.
PLUG NASAL
Vantagens: pode ser aplicada como alternativa a outra interface em esquema de rodizio; não
determina lesão cutânea.
Desvantagens: vazamentos inspiratórios e expiratórios; irritação e desconforto nasal.
Contraindicações da VNI:
ABSOLUTAS: necessidade de intubação de emergência; parada cardíaca ou
respiratória.
RELATIVAS (analisar caso a caso risco X beneficio): incapacidade de cooperar,
proteger as vias aéreas, ou secreções abundantes; rebaixamento no nível de
consciência (ECG 3 -15: 13- 15 leve; 12-8 moderado; <8 grave, por isso indicado
VMI para proteger vias aéreas e broncoaspiração) (exceto acidose hipercapnica em
DPOC); falências orgânicas não respiratórias (encefalopatia, arritmias malignas ou
hemorragia digestivas graves com instabilidade hemodinâmica); cirurgia facial ou
neurológica; trauma ou deformidade facial; alto risco de aspiração; obstrução das
vias aéreas superiores; anastomose de esôfago recente (evitar pressirização de
20cmH20) (cuidado para não soltar/ abrir os pontos).
PNEUMOLOGIA
DAYANE KRAUZE BOONE
dado por esforço do pcte e/ou por ajuste prévio da FR. (volume/pressão/ assistido
(A/C)
Ventilador convencional: PSV.
DESMAME E INTERRUPÇÃO DA VM
Desmame: refere-se ao processo de transição da ventilação artificial para a espontânea
nos pctes que permanecem em VMI por tempo superior a 24 horas.
Interrupção da VM: refere-se aos pctes que toleram um teste de respiração espontânea e
que podem ou não ser elegíveis para extubação.
Extubação e decanulação: refere-se a retirada da via aérea artificial. No caso de pctes
traqueostomizados, utiliza-se e o termo decanulação.
Fracasso da extubação: necessidade de reinstituir a via aérea artificial, precoce quando
ocorrer em menos de 48 horas após extubação.
Sedação: suspensão diária para identificar para verificação de capacidade respiratória
espontânea.
Indicações para considerar desmame
Resolução da causa usa falência respiratória resolvida ou controlada;
PaO2 > 60 mmHg com FiO2 <0,4 e PEEP <5 a 8 cmH2O;
Hemodinâmica estável, com boa perfusão tecidual, sem ou com doses baixas de
vasopressores. (PA/ T°/ FR/ FC) (Controle neurológico, sem sedação e ECG >10)
Ausência de insuficiência coronariana descompensada ou arritmias com
repercussão hemodinâmica.
Pcte capaz de iniciar esforços inspiratórios
Balanço hídrico zerado ou negativo nas últimas 24 horas
Equilíbrio acidobásico e eletrolítico normais
Adiar extubação quando houver programação de transporte para exames ou cirurgia
com anestesia geral nas próximas 24 horas.
Teste de respiração espontânea:
PNEUMOLOGIA
DAYANE KRAUZE BOONE
TUBO T
Realiza-se a desconexão da VM e faz adaptação de um tubo T no tubo
Ofertar O2 suplementar para manter SaO2 acima e 90%
Não aumentar a suplementação de O2 durante o teste
Não ultrapassar FiO2 superior a 40%
Duração teste mínimo 30 minutos e máximo 120 minutos.
Teste em PSV
Manter pcte conectado ao VM
Ajustar OS 5 a 7 cmH2O
Não ultrapassar FiO2 superior a 40%
Duração teste mínimo 30 minutos máximo 120 minutos
Sinais de intolerância
FR > 35 ipm
Saturação <90%
FC >140 bpm
PA sistólica > 180 mmHg ou <90mmHg
Sinais e sintomas de agitação, sudorese, alteração do nível de consciência.
Na confirmação de intolerância repouso por 24 horas.
Indice de ventilação superficial rápida
Indice de Tobin = FR/ VC (L)
Valores próximos de 104 indica insucesso
Valores menor que 50 otimiza e desmame
Cuidados pré-extubação
Escala de coma Glasgow maior que 8
Aspiração das vias aéreas e cavidade oral
Elevar a cabeceira 30 a 45°
Avaliar pausa da dieta
Avaliar corticoides profilático, para evitar estridor após extubação
Decanulação
Avalia os critérios acima;
Não passa pelos testes; deixa pcte no O2 e o diminui e avalia a gasometria
No outro dia desinsufla o balonete
Depois oclui e desoclui a cânula, durante a noite deixa aberta de hora em hora, para
ir evoluindo.
PNEUMOLOGIA