Você está na página 1de 9

DAYANE KRAUZE BOONE

VENTILAÇÃO MECÂNICA
Histórico:
o 1928 – Philip Drinker e Lois Shaw – Pulmão de aço (surtos de poliomielite). Primeiro
aparelho de VM com pressão negativa.
o 1957 – Henry Bird – 1° respirador pneumático ciclado a pressão positiva intermitente BIRD
MARK 7.
o Técnicas com pressão positiva – maiores vantagens sobre a pressão negativa.
o Após a segunda guerra mundial – ampliação do conhecimento da fisiologia respiratória.
o Década de 70 – surgimento das primeiras UTIs; TQT com balonetes cilíndricos de baixa
pressão; inicio do uso do PEEP; conceito de modalidade assistida e ventilação mandatória
intermitente (IMV).
o Década de 80 – ventiladores microprocessados; conceito de ventilação com pressão
controlada e pressão de suporte.
o Década de 90 – uso racional da VMNI evitando IOT; curvas para ajuste da PEEP ideal;
estratégia protetora na SDRA; novas modalidades espontâneas (VAPS); métodos voltados
para o desmame difícil; mensuração da complacência.
o 200 atualidades – evolução tecnológica respiradores microprocessados e monitorização.

O que é?
o ‘’DESLOCAR AR’’ – é importante essa noção pois no caso objetivamos levar o ar
(ambiente ou enriquecido em O²) até intimidade alveolar e de lá retirar o ar, rico em CO².
Assim visamos garantir o deslocamento de ar quando o paciente não puder fazê-lo,
objetivando manter a troca gasosa, chamado hematose.
o Conceito de VM: manutenção da oxigenação e/ou ventilação dos pctes portadores de
Insuficiência respiratória aguda ou Crônica Agudizada de maneira artificial, até que estes
estejam capacitados a reassumi-la. ‘’ A VM é um método de suporte para o pcte durante
uma enfermidade, não se constituindo um tratamento curativo’’.
Classificação:
Ventilação Mecânica Invasiva – VMI. (TOT e TQT)
Ventilação Mecânica Não-Invasiva – VNI. (Mascaras: Total face (desvantagem pq resseca
musoca do olho); Nasal (tratamento da apneia do sono)).
Nas duas situações, a ventilação artificial é conseguida com a aplicação de pressão
positiva nas vias aéreas.
Intubação: utiliza uma prótese introduzida na via aérea. (TOT). Traqueostomia: utiliza uma
prótese na via aérea.
Definições:
o Ventilação espontânea: quando o indivíduo realiza essa tarefa sozinho, utilizando-se da
musculatura respiratória (diafragma).
o Ventilação mecânica: necessidade de auxílio de um dispositivo externo para promover a
ventilação.
o Ventilador: dispositivo utilizado para executar a tarefa de mover ar para os pulmões.

Sistema de ventilação artificial – sistema de funcionamento


o Ar comprimido: 4 a 6 kgf/cm²
PNEUMOLOGIA
DAYANE KRAUZE BOONE
o Oxigênio: 4 a 6 kgf/cm²
o Rede elétrica: bi volts 100 e 200v
o Circuito: simboliza a traqueia/anéis.
o Válvulas: possui 2; uma é exalatória (fica externamente, pois pode ser contaminada); a
outra é inalatória (que fica internamente), e a peça em Y. Fase INSPIRATÓRIA: abertura
da válvula de fluxo e fechamento da válvula de exalação, enchimento dos pulmões:
pressão necessária para vencer o atrito nas VAS e expandir os pulmões. Fase
EXPIRATÓRIA: fechamento da válvula de fluxo e abertura da válvula de exalação,
ESVAZIAMENTO DOS PULMOES (passiva).
o Sensor de fluxo: informa volume/fluxo. Esterização álcool 70%, por 1 hora e secar em ar
ambiente por mais 1 hora.
INDICAÇÕES OBJETIVOS CLINICOS
Insuficiência Respiratória aguda, crônica Reverter hipoxemia;
agudizada; Reverter a acidose respiratória aguda;
Quando se desejar diminuir o trabalho respiratório; Reduzir o desconforto respiratório
Em situações especiais como hipertensão Prevenir ou reverter atelectasias
intracraniana, e tórax instável pós-traumatismo. Reverter a fadiga dos músculos
Apneia respiratórios;
Hipoxemia com PaO² < 50mmHg com FiO² >40% Reduzir o consumo de oxigênio sistêmico
Hipercapnia Aguda com PaCO² > 50 mmHg e pH e miocárdico;
<7,30 Reduzir a pressão intracraniana (porque
Fadiga muscular mantém PCO² em níveis normais)
Alterações na mecânica respiratória Estabilizar a parede torácica
PCR
Coma – Glasgow <8
Anestesias gerais
Doenças neuromusculares
(Em pctes neurológicos, se não precisar de
urgência, este é submetido a VM de maneira
profilática para não ocorrer broncoaspiração)

Princípios básicos
1. Fase inspiratória
2. Mudança da fase inspiratória para a fase expiratória – CICLAGEM
3. Fase expiratória
4. Mudança da fase expiratória para a inspiratória – DISPARO

1. Fase inspiratória: o ventilador devera insuflar os pulmões do paciente, vencendo as


propriedades elásticas e resistidas do sistema respiratório. Ao final desta fase pode-se
utilizar um recurso denominado pausa inspiratória com a qual pode-se prolongar esta fase
de acordo com o necessário para uma melhor troca gasosa.
2. Mudança da fase inspiratória para a fase expiratória: o ventilador devera interromper a fase
inspiratória e permitir o início da fase expiratória; é o que chamamos de ciclagem do
ventilador.
3. Fase expiratória: de forma passiva, o ventilador permite o esvaziamento dos pulmões.
Nesta fase o ventilador pode permitir apenas o esvaziamento parcial dos pulmões
mantendo uma pressão positiva residual no final da fase expiratória e aumentando a
capacidade residual funcional (CRF) do indivíduo. Este recurso é denominado PEEP.

PNEUMOLOGIA
DAYANE KRAUZE BOONE
4. Mudança da fase expiratória para a fase inspiratória: o ventilador interrompe a fase
expiratória e permite o início da fase inspiratória do novo ciclo, é o que chamamos de
disparo. Esta transição pode ser desencadeada pelo próprio aparelho (critério de tempo)
ou pelo próprio paciente (sensibilidade). O disparo pode ser determinado:
Tins
A tempo: não depende da vontade do pcte,
Insp Exp ajusta a FR, CMV.

A pressão e a fluxo: dependem da vontade do


pcte (sensibilidade ventilador/ pcte se interagir
Disparo: FR, Texp
com a máquina), A/C, SIMV, PSV, Fluxo (BNT
sensibilidade 760), Pressão (BNT 7200)
A ciclagem pode ser determinada:
PCV – ventilação controlada por pressão.
Volume (VCV); volume corrente pré-determinado
VCV – ventilação controlada por volume.
Tempo (PCV): ajuste da FR
PSV – pressão de suporte / espontânea.
A pressão (Bird Mark 7); pressão pré-determinada

Fluxo (PSV): fluxo inspiratório cai de um valor pré-


determinado

Como ajustar os parâmetros ventilatórios em UTI?


1. Definir MODO e MODALIDADE.
2. Determinar VC ideal
3. Ajustar: FiO²
4. Determinar PEEP
5. Determinar T. insp e T. exp.
6. Ajustar sensibilidade
7. Verificar alarmes de segurança

Modos Ventilatórios MODALIDADES


Pressão CONTROLADOS: iniciados e finalizados pelo VM. (CMV)
X ASSISTIDOS: iniciados pelo pcte e finalizados pelo VM. (A/CMV)
Volume ESPONTÂNEOS: iniciados e ‘’finalizados’’ pelo pcte.

 Modalidade - Ventilação mecânica


controlada (CMV): o ventilador disponibiliza
de ciclos controlados baseados na
frequência respiratória programada, (PCV ou
VCV). Ajustar pressão inspiratória ou
volume/ qto maior pressão maior volume.
VCV: cirurgias; quadros sépticos; outras
patologias não relacionadas ao pulmão.
PCV: dçs restritivas; DPOC; pneumonias etc.

PNEUMOLOGIA
DAYANE KRAUZE BOONE
 Ventilação mecânica assisto/controlada
(A/CMV): o ventilador assiste cada ventilação
espontânea, necessita do esforço do pcte e
sensibilidade ativada (Pressão ou fluxo)
(PCV/A ou VCV/A). Antes de finalizar o ciclo o
pcte realiza esforço para inspirar de novo. Na
pratica é visualizado no VM, quando o
terapeuta cloca um N° de insp. Por minuto e no monitor aparece a mais (A/CMV) ou igual
(contolada).

 Ventilação mandatória intermitente sincronizada


(SIMV) assisto/Controlado: permite ciclos
controlados, assistidos e espontaneos. Em
intervalos regulares libera um volume ou uma
pressão previamente determinados. (SMIV/P ou
SMIV/V). (de tempos em tempos a máquina faz
ciclo contolado, gerando assicronia, atrapalhando
assim o pcte respirar espontaneo).
 Ventilaçãp com pressão de suporte (PSV): pressões suportes de 5 a 10 cmH2O – vencem a
resistencia do circuito. De 10 a 20 cm H2O
diminuem o esforço muscular espontanea. Volume
corrente variavel. Ciclos respiratorios totalmente
espontaneos. Modalidade utilizada muito para
desmame / quando médico tira sedação. PSV= PS
+ PEEP. Os ciclos são espontaneos, o disparo pode ser fluxo ou pressão, e a ciclagem a
fluxo de 25%. O valor de PS utilizado deve ser suficiente para manter o VC adequado(6-8
ml/kg). Se em 20 segundos o pcte permanecer em apneia, o VM passa para modalidade
controlada.
 VM com pressão positiva continua nas vias aéreas (CPAP): pcte ventila espontaneamente em
um sistema a partir de uma linha de base de pressão positiva. Sistema por válvula de
demanda. FR e VC = controlados pelo paciente. Ciclagem: determinada pelo pcte (livre).
 VM com pressão positiva bifásica nas vias aeres (BIPAP): PERMITE OXIGENOTERAPIA.
Mais usado em home CARE.
CPAP e BIPAP são VNI.

VOLUME CORRENTE (VC) ou (VT):


o Maneira prática: peso ideal (IMC) X 6-8 ml/kg  Ex: 70 kg X 8 = 560 ml.
o Modo cientifico: PESO PREDITO (PBW): Peso predito homens (50+0,91(alt.cm –
152,4); para mulheres (45+0,91(Alt.cm – 152,4). Ex: 50+0,91(180-152,4) 
50+0,91x27,6  50+25,1 = 75,1 X 8=> 600ml (VC IDEAL).

FRAÇÃO INSPIRADA DE OXIGENIO (FiO²):


o Porcentagem de O² enviada a cada ciclo ventilatório. Acima de 400 = muito boa
FiO² 21% a 100% = cálculo da PaO²: 109 – > 300 = bom
(idadex0.43). Manter FiO² suficiente para obter SaO² > <200 = ruim
90% e PaO² >60 mmHg. É avaliada pela gasometria <100= péssimo
arterial e pela SaO². Índice Oxigenação: PaO²
(gasometria) /FiO² (ventilador) = > 300

PEEP = 5cmH20 – impede colabamentoPNEUMOLOGIA


alveolar.
PEEP >8cmH2O – melhora oxigenação
PEEP > 12cmH20 – repercussões hemodinâmicas
DAYANE KRAUZE BOONE
Pressão positiva ao final da expiração (PEEP): pcte IOT/TQT- perda da PEEP ‘’fisiológica’’.
5cmH20 (adultos); 2 a 4 cmH20 (crianças). Utilizadas em todas modalidades. Relacionada as
trocas gasosas.

Frequência respiratória (FR): dependendo da faixa etária, doença e modo de ventilação


escolhido. Deve ser ajustado de acordo com a PaCO² e pH desejados. 12 – 20 ipm. FR
desejada= FR conhecida X PaCo² conhecida / PaCO² desejada.

Relação tempo inspiratório e expiratório – I: E ou TI:TE:


o Relação I: E normal = 1:1,5 a 1:2.
o T insp varia com a idade: adulto 0,8 a 1,4 segundos.
o Pctes com obstrução ao fluxo respiratório = 1:3. P
o Pctes hipoxêmicos = 1:1.
o Relação I: E > 1:1 (invertida) = predispõe auto-PEEP. (Cuidado para não aumentar T
insp e diminuir o T exp., pode ocasionas acidose).

Sensibilidade: esforço despendido pelo pcte para disparar nova inspiração pelo ventilador.
Utilizada nos ciclos assistidos e espontâneos. Determinada por pressão (cmH20) ou fluxo
(l/min). Escala varia -0,5 a -20cmH2O. Valores: -1,5 a -2cmH2O (pressão ou 2-4 l/min (fluxo).
Suspiros: pode ser utilizada como manobra de reexpansão pulmonar. Alivio de pressões
elevada. (Não é todos que tem, mas em tempos ele faz insp prolongada, reexpansão (não há
estudos comprovando sua eficácia).

Alarmes ajustáveis
Som audível; pressão de pico (máx 35 – 45 cmH20 (se passa ocorrer barotrauma), mínimo de
5cmH20; VC max e min de 20% ideal. Volume minuto max 15 L e min 3 L, FR 30ipm. Tempo
de apneia 15 segundos.

VENTILAÇÃO MECÂNICA NÃO-INVASIVA (VNI)


 O uso da VNI com pressão positiva para o tratamento de pctes com insuficiência
respiratória aguda ou crônica agudizada, foi certamente, um dos maiores avanços da
VM nas últimas décadas.
 O uso da VNI com exacerbação de DPOC é responsável pela diminuição da
necessidade de intubação, mortalidade e custos do tratamento.
 Entende-se por VNI todo suporte ventilatório fornecido ao pcte sem a presença de
cânula na via aérea, ou seja, sem IOT ou TQT.
 Classificação:
 Máscara nasal: cobre nariz, mas não a boca; (apneia do sono)
 Mascara oronasal (ou facial): cobre nariz e boca;
 Máscara facial total: cobre nariz, boca e olhos, não se apoiando
sobre a ponte do nariz.
 Helmet (capacete): cobre toda a cabeça e parte do pescoço;
 Peça bucal: ajustado entre os lábios;
 Plug nasal: colocado dentro das narinas.
NASAL ORONASAL
Vantagens: permite a fala e a alimentação; Vantagens: menos vazamentos que a nasal;
reduz a ocorrência de vômitos e o risco de sua menor necessidade de cooperação do pcte
aspiração; permite a tosse e a expectoração; que a nasal, que pode manter a boca aberta.
PNEUMOLOGIA
DAYANE KRAUZE BOONE
causa menos claustrofobia. Desvantagens: maior risco de vômitos e de
Desvantagens: vazamento de ar quando o sua aspiração; maior dificuldade para
pcte abre a boca (adaptação mais difícil em expectorar; maior claustrofobia; possibilidade
pctes muito dispneicos e sem dentes); exige a de dor e risco de lesão cutânea na ponte do
patência nasal; possibilidade de dor e risco de nariz; impossibilidade de falar.
lesão cutânea na ponte do nariz.

FACIAL TOTAL
Vantagens: mínimo vazamento; mais fácil de ser adaptada ao pcte; mentem as vantagens da
oronasal sobre a nasal; não tem contato sobre a ponte do nariz, não gerando dor ou lesão de
pele.
Desvantagens: maior risco de vômitos e de sua aspiração; maior dificuldade para expectorar;
maior claustrofobia; impossibilidade de falar, resseca mucosa do olho.
HELMET PEÇA BUCAL
Vantagens: mínimo vazamento, não lesa a Vantagens: pode ser aplicada como alternativa
pele; fácil ajuste ao pcte, com menor a outra interface em esquema de rodizio; não
necessidade de colaboração. determina lesão cutânea.
Desvantagens: reinalação de gás carbônico; Desvantagens: pode induzir a salivação e
maior risco de vômitos; ruído elevado vômitos; vazamentos; distensão gástrica;
(necessidade de protetor de ouvido); dificuldade de fala e alimentação.
desconforto na axila (ponto de fixação das
tiras que posicionam a interface); menor
disponibilidade e, consequentemente, menor
experiência em nosso meio.
PLUG NASAL
Vantagens: pode ser aplicada como alternativa a outra interface em esquema de rodizio; não
determina lesão cutânea.
Desvantagens: vazamentos inspiratórios e expiratórios; irritação e desconforto nasal.

 Contraindicações da VNI:
 ABSOLUTAS: necessidade de intubação de emergência; parada cardíaca ou
respiratória.
 RELATIVAS (analisar caso a caso risco X beneficio): incapacidade de cooperar,
proteger as vias aéreas, ou secreções abundantes; rebaixamento no nível de
consciência (ECG 3 -15: 13- 15 leve; 12-8 moderado; <8 grave, por isso indicado
VMI para proteger vias aéreas e broncoaspiração) (exceto acidose hipercapnica em
DPOC); falências orgânicas não respiratórias (encefalopatia, arritmias malignas ou
hemorragia digestivas graves com instabilidade hemodinâmica); cirurgia facial ou
neurológica; trauma ou deformidade facial; alto risco de aspiração; obstrução das
vias aéreas superiores; anastomose de esôfago recente (evitar pressirização de
20cmH20) (cuidado para não soltar/ abrir os pontos).

 Os ventiladores específicos para VNI fornece-las em duas modalidades:


 CPAP (do inglês, ‘’contínuos positive airway pressure’’): o mesmo nível de pressão
positiva aplicado nas vias aéreas durante a inspiração e a expiração. Todos os
ciclos são espontâneos, não havendo ajuste de FR. (VM portátil/ assistida/ pressão
de suporte/ gera fluxo continuo).
 BIPAP (do inglês, ‘’bilevel positive airway pressure’’): dois níveis de pressão positiva
são fornecidos nas vias aéreas, um maior na inspiração (IPAP - PSV), outro menor
na expiração (EPAP - PEEP). O disparo do ciclo (mudança de EPAP para IPAP) é

PNEUMOLOGIA
DAYANE KRAUZE BOONE
dado por esforço do pcte e/ou por ajuste prévio da FR. (volume/pressão/ assistido
(A/C)
 Ventilador convencional: PSV.

 A escolha deverá levar em conta uma série de fatores, tais como:


 Disponibilidade do equipamento; níveis pressóricos tanto inspiratórios quanto
expiratórios – geralmente os portáteis podem não gerar pressões suficientes para as
necessidades dos pctes.
 FiO² necessária – os equipamentos portáteis não permitem ajustes.
 Ventiladores microprocessados; possibilidade de monitoração – o equipamento
portáteis tem recursos muito limitados de monitoração e alarmes.
 Capacidade de compensar vazamentos – classicamente os aparelhos específicos
para VNI são mais eficazes na compensação de vazamentos.
 COMO AJUSTAR VNI:
 Equipamentos específicos para VNI:
IPAP: pelo menos 12, chegando a 20 cmH20;
VC: próximo de 8 ml/kg;
EPAP: entre 3 e 5 cmH20.
 Ventilador microprocessados:
Sensibilidade de 0,5 cmH20 ou 2 l/min;
Pressão de suporte: 8ml/kg e manter FR entre 30 e 30 ipm;
FiO²: necessária para SaO² >90%
PEEP: inicialmente entre 3 e 5 cmH20, podendo ser aumentada em casos de
manutenção da hipoxemia.
CONSIDERAÇÕES DE SUCESSO:
 O uso de VNI deve ser monitorado por profissional da saúde a beira leito de 0,5 a 2 horas.
 Para ser considerado sucesso, deve ser observado diminuição da FR, aumento do VC.
 Melhora no nível de consciência, diminuição ou cessação de uso de musculatura
acessória.
 Aumento da PaO2 e/ou SpO2 e diminuição da PaCO2 sem distensão abdominal
significativa.
BENEFICIOS PÓS EXTUBAÇÃO DA VNI:
 Hipercapnia
 Insuficiência cardíaca congestiva
 Tosse ineficaz ou secreção retida em vias aéreas
 Obstrução das vias aéreas superiores
 Idade > 65 anos
 Tempos de VM > 72 horas
 Pcte portador de doenças neuromusculares
 Pctes obesos (a sedação fica no tecido adiposo, e volta para corrente sanguínea,
mantendo as vias aéreas abertas)

COMO MONITORAR PACIENTES EM VM


 Ventilador mecânico:
Volume corrente expirado: obstrução auto-PEEP (acumulo de ar no alvéolo)
Pressão de pico: não ultrapassa 40 cmH20, porque pode lesionar o alvéolo.
PNEUMOLOGIA
DAYANE KRAUZE BOONE
Pressão de platô: elasticidade pulmonar
PEEP
 Gasometria arterial:
Deve-se coletar gasometria arterial preferencialmente na artéria radial ou femoral,
permite a avaliação diagnostica do estado acidobásico e da troca gasosa pulmonar
com medidas diretas do pH, PaCO2 e PaO2.
Deve-se realizar a coleta de gasometria em pacientes sob suporte ventilatório cerca
de 20 minutos após ajustes.
Recomenda-se oximetria de pulso em pctes sob suplementação de O2, VNI ou
suporte ventilatório invasivo e nos casos de IRA.
 Capnografia – quantidade de CO2 exalado:
Recomenda-se em pctes sob suporte ventilatório com doenças neurológicas, para
confirmação de adequado posicionamento da prótese ventilatória.
E em todas as situações de retenção de CO2 acima de 50 mmHg.
 Monitorização por tomografia de impedância elétrica:
Ré uma técnica não invasiva que se utiliza da mensuração da passagem da corrente
elétrica entre eletrodos colocados ao redor do tórax, permitindo identificar os
territórios mais ou menos resistentes a passagem da corrente.
É utilizada para monitoração da ventilação e mais recentemente da perfusão
pulmonar a beira leito de forma continua.
Um mapa comparativo de ventilação e perfusão é gerado através de uma
segmentação das imagens, segundo notas de corte sobre os valores dos pixels.

DESMAME E INTERRUPÇÃO DA VM
 Desmame: refere-se ao processo de transição da ventilação artificial para a espontânea
nos pctes que permanecem em VMI por tempo superior a 24 horas.
 Interrupção da VM: refere-se aos pctes que toleram um teste de respiração espontânea e
que podem ou não ser elegíveis para extubação.
 Extubação e decanulação: refere-se a retirada da via aérea artificial. No caso de pctes
traqueostomizados, utiliza-se e o termo decanulação.
 Fracasso da extubação: necessidade de reinstituir a via aérea artificial, precoce quando
ocorrer em menos de 48 horas após extubação.
 Sedação: suspensão diária para identificar para verificação de capacidade respiratória
espontânea.
Indicações para considerar desmame
 Resolução da causa usa falência respiratória resolvida ou controlada;
 PaO2 > 60 mmHg com FiO2 <0,4 e PEEP <5 a 8 cmH2O;
 Hemodinâmica estável, com boa perfusão tecidual, sem ou com doses baixas de
vasopressores. (PA/ T°/ FR/ FC) (Controle neurológico, sem sedação e ECG >10)
 Ausência de insuficiência coronariana descompensada ou arritmias com
repercussão hemodinâmica.
 Pcte capaz de iniciar esforços inspiratórios
 Balanço hídrico zerado ou negativo nas últimas 24 horas
 Equilíbrio acidobásico e eletrolítico normais
 Adiar extubação quando houver programação de transporte para exames ou cirurgia
com anestesia geral nas próximas 24 horas.
Teste de respiração espontânea:
PNEUMOLOGIA
DAYANE KRAUZE BOONE
 TUBO T
Realiza-se a desconexão da VM e faz adaptação de um tubo T no tubo
Ofertar O2 suplementar para manter SaO2 acima e 90%
Não aumentar a suplementação de O2 durante o teste
Não ultrapassar FiO2 superior a 40%
Duração teste mínimo 30 minutos e máximo 120 minutos.
 Teste em PSV
Manter pcte conectado ao VM
Ajustar OS 5 a 7 cmH2O
Não ultrapassar FiO2 superior a 40%
Duração teste mínimo 30 minutos máximo 120 minutos

Sinais de intolerância
 FR > 35 ipm
 Saturação <90%
 FC >140 bpm
 PA sistólica > 180 mmHg ou <90mmHg
 Sinais e sintomas de agitação, sudorese, alteração do nível de consciência.
Na confirmação de intolerância repouso por 24 horas.
Indice de ventilação superficial rápida
 Indice de Tobin = FR/ VC (L)
 Valores próximos de 104 indica insucesso
 Valores menor que 50 otimiza e desmame
Cuidados pré-extubação
 Escala de coma Glasgow maior que 8
 Aspiração das vias aéreas e cavidade oral
 Elevar a cabeceira 30 a 45°
 Avaliar pausa da dieta
 Avaliar corticoides profilático, para evitar estridor após extubação
Decanulação
 Avalia os critérios acima;
 Não passa pelos testes; deixa pcte no O2 e o diminui e avalia a gasometria
 No outro dia desinsufla o balonete
 Depois oclui e desoclui a cânula, durante a noite deixa aberta de hora em hora, para
ir evoluindo.

PNEUMOLOGIA

Você também pode gostar