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COLÉGIO MUNICIPAL DE QUEIMADAS

8º ano – Anos Finais – Ensino Fundamental


Prof. José Ricardo Suzart
Disciplina – História
Aluno(a):________________________________________________________________________________________________

19º PROPOSTA DE ESTUDO – ANO LETIVO - 2021

PRIMEIRO ASSISTA O VÍDEO EXPLICATIVO. LOGO APÓS, LEIA O TEXTO ENVIADO, para em seguida,
RESPONDER AS QUESTÕES.

II REINADO

O Segundo Reinado iniciou-se com a


emancipação de D. Pedro II dada pelo
Parlamento que autorizou a antecipação da
maioridade de Pedro de Alcântara, o herdeiro do
trono brasileiro.

A emancipação da idade de D.Pedro II dada pelo


Parlamento Brasileiro marcou o início do reinado
de D. Pedro II, imperador do Brasil de 1840 a
1889.

As disputas de poder entre liberais e


conservadores foram acirradas e a instabilidade
do país foi percebida claramente pela quantidade
de rebeliões provinciais que se iniciaram no país. A ascensão do conservador Pedro de Araújo Lima
como regente motivou os membros do Partido Liberal a pedirem a antecipação da maioridade de
Pedro para que ele assumisse o trono.

Essa proposta ganhou força e passou a ser apoiada até mesmo por membros do Partido Conservador.
Assim, a maioridade de Pedro de Alcântara foi antecipada no dia 23 de julho de 1840, ocasião em que
ele tinha apenas 14 anos de idade. A coroação dele como D. Pedro II e imperador do Brasil aconteceu
no dia 18 de julho de 1841.

Política
A política do Segundo Reinado era complexa, e D. Pedro II teve de dar uma atenção extra aos partidos
políticos para manter a estabilidade do seu reinado. Os dois partidos eram o Partido Conservador e
o Partido Liberal, os quais tinham uma pequena diferença ideológica entre si, mas que, em geral,
eram representantes dos mesmos interesses e das mesmas classes sociais.

A disputa entre liberais e conservadores foi acirrada no começo da década de 1840, quando D. Pedro
II ainda se consolidava na função de imperador. Por essa razão, o sistema político estabelecido no
Segundo Reinado permitia um revezamento entre liberais e conservadores. No longo prazo, isso
garantiu a estabilidade do Segundo Reinado.

O sistema em questão era o parlamentarismo às avessas. Nesse sistema, o Brasil era governado
como em uma monarquia parlamentarista, havendo um gabinete ministerial, que chefiava o governo
e os parlamentares. Com isso, se o imperador não estivesse satisfeito com a atuação do gabinete ou
dos deputados, ele poderia dissolver o Parlamento e convocar novas eleições.
Ao todo, ao longo dos anos do Segundo Reinado, foram formados 36 gabinetes diferentes, o que
mostra que a rotatividade no poder entre liberais e conservadores era elevada. A possibilidade de
mudança rápida na chefia do governo foi o que garantiu esse convívio mais harmônico entre liberais
e conservadores.

Economia
No que se refere à economia, os dois grandes destaques são a economia cafeeira, que se consolidou
como o principal item da economia brasileira, e a embrionária industrialização que foi esboçada no
país. O destaque, claro, vai para o café, o principal item de exportação da economia brasileira até a
década de 1950.

O café foi introduzido no Brasil no século XVIII e, no século XIX, popularizou-se como principal
atividade econômica. As duas grandes regiões produtoras de café no país foram
o Vale do Paraíba (localizado no Rio de Janeiro e parte de São Paulo) e o Oeste Paulista. Uma
região secundária na produção cafeeira foi a Zona da Mata de Minas Gerais.

No que se refere à industrialização, o Brasil viveu um pequeno surto de desenvolvimento industrial


entre as décadas de 1840, 1850 e 1860. Nesse período, o país teve um aumento na navegação a
vapor e viu as estradas de ferro se multiplicarem, sobretudo visando ao aumento das exportações do
país. Um dos símbolos desse período foi Irineu Evangelista de Sousa, o Barão de Mauá.

Guerra do Paraguai

A GUERRA DO PARAGUAI, CONFLITO QUE SE ESTENDEU DE 1864 A 1870, FOI UM DIVISOR


DE ÁGUAS NA HISTÓRIA DO SEGUNDO REINADO.

Um acontecimento divisor de águas na história do Segundo Reinado foi a Guerra do Paraguai. Esse
conflito ocorreu de 1864 até 1870, deixando milhares de mortos nos quatro países envolvidos (até
hoje não se tem uma estimativa segura de quantos morreram nessa
guerra): Paraguai, Uruguai, Argentina e Brasil.

O Brasil, assim como o Uruguai e


a Argentina, fazia parte
da Tríplice Aliança e todos
lutaram contra o Paraguai, país
governado pelo
ditador Francisco Solano López.
Esse conflito foi motivado pelas
divergências de interesses em
questões econômicas, territoriais e
políticas que envolviam a relação
do Paraguai com as outras nações
da Bacia do Prata.

O acontecimento crucial para o


início da guerra foi a interferência
do Brasil na disputa política
entre blancos e colorados, grupos
que disputavam o poder no
Uruguai. O envolvimento do Brasil em defesa dos colorados motivou o Paraguai (aliados dos blancos)
a atacar o Brasil em dezembro de 1864 como represália.
A guerra só se encerrou quando Solano López foi morto por tropas brasileiras na Batalha de Cerro
Corá. O Paraguai sofreu grande destruição material e em vidas humanas, e o Brasil colheu problemas
na economia causados pelos grandes gastos no conflito. A imagem da monarquia e de D. Pedro II
ficou abalada depois dessa guerra.

Abolição da escravidão

Outro acontecimento crucial na história do Segundo Reinado foi a abolição do trabalho escravo, fato
que ocorreu em 1888. O processo de abolição no Brasil foi lento e atendeu aos interesses da elite
escravocrata, que não queria abrir mão dos seus trabalhadores escravos. O ponto de partida foi a
proibição do tráfico negreiro por meio da Lei Eusébio de Queirós em 1850.

As discussões pela abolição ou por reformas que ampliassem a libertação dos escravos se
estenderam nas décadas seguintes e foram acaloradas. Desses debates nasceram duas leis:

1. Lei do Ventre Livre (1871): tornava os filhos das escravas livres a partir da aprovação da lei;
2. Lei dos Sexagenários (1885): tornava livres os escravos com mais de 60 anos de idade.

Entretanto, a abolição do trabalho escravo no Brasil foi resultado da mobilização escrava e de uma
parcela da sociedade brasileira, sobretudo a partir da década de 1870. A resistência dos escravos se
deu por meio de fugas e formação de quilombos, criação de redes de informação, revoltas violentas,
recusa em trabalhar, etc.

Houve também mobilização nas grandes cidades e formação de grupos que atuavam legal e
ilegalmente para ajudar o máximo possível os escravos a obterem sua liberdade. Existiam aqueles
que escondiam escravos fugidos, davam-lhe alimentos, auxiliavam no transporte deles para
quilombos, atuavam nos tribunais processando escravocratas, etc.

O resultado foi que a escravidão se tornou uma instituição extremamente frágil no final da década de
1880 e isso abriu caminho para que a Lei Áurea fosse assinada pela Princesa Isabel em 13 de maio
de 1889.

Proclamação da República

Após a década de 1870, a monarquia entrou em crise. Ela já não conseguia atender às demandas
e aos interesses de uma parcela considerável da sociedade, incluindo classes urbanas, alguns grupos
políticos representantes das elites e os militares. Ao redor desses grupos, a república começou a
surgir como uma alternativa.

A década de 1880 foi marcada por uma crise política crônica, e a monarquia perdia cada vez mais
apoio. Grupos de militares e civis começaram a conspirar contra o imperador D. Pedro II e essa
conspiração resultou no 15 de novembro de 1889. Nesse dia, o marechal Deodoro da Fonseca
liderou a derrubada do gabinete ministerial, e o vereador José do Patrocínio proclamou a república.

D. Pedro II foi destronado e, juntamente com a família real, foi expulso do Brasil, partindo para o
exílio na Europa no dia 17 de novembro de 1889. O ex-imperador nunca mais retornou ao Brasil e
morreu em Paris, no ano de 1891

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